Legislação de Justiça Militar

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3S TAD FELIPE

SLIDES DA 2S SAD LETÍCIA LEMOS


ADVERTÊNCIA
Este material de aula não se destina à
comercialização e foi preparado como roteiro de
aula pela 2S SAD LETÍCIA LEMOS DE MOURA
CORAÇÃO, para fins didáticos e para utilização em
sala de aula, nas instruções da Escola de
Especialistas de Aeronáutica, sendo vedada
qualquer reprodução total ou parcial, em locais
público ou não, sem o consentimento escrito da
autora.
É proibida a comercialização deste material.
a) Identificar as normas processuais previstas
no Código de Processo Penal Militar (Cn);

b) Identificar a Organização Judiciária


Militar.
 CÓDIGO DE PROCESSO PENAL MILITAR
(CPPM)

 LEI DE ORGANIÇÃO JUDICIÁRIA MILITAR


(LOJM)
 Ramo do direito que regula a função do Estado
de julgar as infrações penais e aplicar as penas.

 Decreto-Lei nº 1.002/1969 – CPPM


 Livro I
 Livro II
 Livro III
 Livro IV
 Livro V
 Poder de punir do Estado – jus puniendi

 Persecução penal (apurar, processar e punir)

Fase investigatória

Fase Processual

Execução Penal
FASE INVESTIGATÓRIA

 Procedimento Administrativo
Competência da polícia judiciária militar

Art. 8º Compete à Polícia judiciária militar:

a) apurar os crimes militares, bem como os que, por


lei especial, estão sujeitos à jurisdição militar, e sua
autoria;
[...]
FASE INVESTIGATÓRIA

 Polícia Judiciária Militar

Art. 7º A polícia judiciária militar é exercida nos termos do art. 8º,


pelas seguintes autoridades, conforme as respectivas jurisdições:
a) pelos ministros da Marinha, do Exército e da Aeronáutica, em
todo o território nacional e fora dele, em relação às forcas e órgãos que
constituem seus Ministérios, bem como a militares que, neste caráter,
desempenhem missão oficial, permanente ou transitória, em país
estrangeiro;
b) pelo chefe do Estado-Maior das Forcas Armadas, em relação a
entidades que, por disposição legal, estejam sob sua jurisdição;
c) pelos chefes de Estado-Maior e pelo secretário-geral da Marinha,
nos órgãos, forcas e unidades que lhes são subordinados;
[...]
FASE INVESTIGATÓRIA

 Polícia Judiciária Militar

[...]
d) pelos comandantes de Exército e pelo comandante-chefe da
Esquadra, nos órgãos, forcas e unidades compreendidos no âmbito da
respectiva ação de comando;
e) pelos comandantes de Região Militar, Distrito Naval ou Zona Aérea,
nos órgãos e unidades dos respectivos territórios;
f) pelo secretário do Ministério do Exército e pelo chefe de Gabinete
do Ministério da Aeronáutica, nos órgãos e serviços que lhes são
subordinados;
g) pelos diretores e chefes de órgãos, repartições, estabelecimentos
ou serviços previstos nas leis de organização básica da Marinha, do
Exército e da Aeronáutica;
h) pelos comandantes de forcas, unidades ou navios;
Finalidade do inquérito (CPPM)
Art. 9º O inquérito policial militar é a apuração sumária de
fato, que, nos termos legais, configure crime militar, e de
sua autoria. Tem o caráter de instrução provisória, cuja
finalidade precípua é a de ministrar elementos necessários à
propositura da ação penal.
INQUÉRITO POLICIAL MILITAR

 Art. 10 – Instauração do IPM

 Iniciado mediante portaria:


- De ofício pela autoridade responsável
- Determinação ou delegação de autoridade superior
- Requisição do MPM
- Decisão do STM
- Requerimento da parte ofendida ou de seu representante legal
- Solução de Sindicância
INQUÉRITO POLICIAL MILITAR

 Art. 27 – Suficiência do APF

Se, por si só, for suficiente para a elucidação do fato e sua


autoria, o auto de flagrante delito constituirá o inquérito,
dispensando outras diligências, salvo o exame de corpo de
delito no crime que deixe vestígios, a identificação da
coisa e a sua avaliação, quando o seu valor influir na
aplicação da pena. A remessa dos autos, com breve
relatório da autoridade policial militar, far-se-á sem
demora ao juiz competente, nos termos do art. 20.
INQUÉRITO POLICIAL MILITAR

 Art. 28 – Dispensa de Inquérito

a) quando o fato e sua autoria já estiverem esclarecidos por


documentos ou outras provas materiais;

b) nos crimes contra a honra, quando decorrerem de escrito


ou publicação, cujo autor esteja identificado;

c) nos crimes previstos nos arts. 341 e 349 do Código Penal


Militar.
Aconteceu um crime, o que deve ser feito?
 Art. 12 - Medidas preliminares ao Inquérito
a) dirigir-se ao local, providenciando para que se não
alterem o estado e a situação das coisas, enquanto
necessário;
b) apreender os instrumentos e todos os objetos que
tenham relação com o fato;
c) efetuar a prisão do infrator, observado o disposto no art.
244;
d) Colher todas as provas que sirvam para o esclarecimento
do fato e suas circunstâncias.
INQUÉRITO POLICIAL MILITAR

 Art. 16- Sigilo

 Art. 17 – Incomunicabilidade

 Art. 19 – Inquirição

 Art. 15 – Encarregado do Inquérito

 Art. 11 – Escrivão
INQUÉRITO POLICIAL MILITAR

 Art. 20 – Prazo

 Art. 22 – Relatório

 Art. 22, §1º – Solução

 Art. 23 – Remessa dos autos

 Art. 24 – Arquivamento
FASE INVESTIGATÓRIA

INQUÉRITO PRESO: 20 dias - improrrogável


POLICIAL
MILITAR
SOLTO: 40 dias + 20 dias

ENCARREGADO – Art. 15, CPPM ESCRIVÃO – Art. 11, CPPM

- se possível, Capitão ou Capitão- -Indiciado (oficial) = 1º ou 2º Tenente


Tenente - Indiciado (outros) = sargento ou suboficial
FASE PROCESSUAL

CIRCUNSCRIÇÃO
INQUÉRITO JUDICIÁRIA MILITAR
Juiz Federal da JMU MINISTÉRIO
POLICIAL PÚBLICO MILITAR
MILITAR
(Aula de LOJM)

1. Recebimento da denúncia
1. Oferecimento denúncia
2. Determinar diligências
3. Determinar arquivamento
2. Requerer diligências
3. Requerer arquivamento
 REMESSA DO IPM
FASE PROCESSUAL

CITAÇÃO E
OFERECIMENTO RECEBIMENTO INTERROGATÓRIO*
DA DENÚNCIA DA DENÚNCIA DO RÉU

REQUERIMENTO OITIVA DAS OITIVA DAS


DE DILIGÊNCIA TESTEMUNHAS TESTEMUNHAS
PELAS PARTES DA DEFESA DE ACUSAÇÃO
FASE PROCESSUAL

ALEGAÇÕES DESPACHO ALEGAÇÕES ORAIS


ESCRITAS SANEADOR

ABSOLVIÇÃO
SESSÃO DE
SENTENÇA
JULGAMENTO
CONDENAÇÃO
MEDIDAS PREVENTIVAS E ASSECURATÓRIAS

Providências que recaem sobre coisas ou


pessoas

 Art. 170, do CPPM – A busca poderá ser


domiciliar ou pessoal.
BUSCA DOMICILIAR

 Mandado de busca domiciliar (Art. 5, XI,


CF/88)

 Termo “casa”

 Não compreende o termo “casa”


BUSCA DOMICILIAR
 Art. 172, CPPM – Proceder-se-á a busca domiciliar, quando
fundadas razões a autorizarem, para:
a) prender criminosos;
b) apreender coisas obtidas por meios criminosos ou guardadas
ilìcitamente;
c) apreender instrumentos de falsificação ou contrafação;
d) apreender armas e munições e instrumentos utilizados na
prática de crime ou destinados a fim delituoso;
e) descobrir objetos necessários à prova da infração ou à defesa do
acusado;
f) apreender correspondência destinada ao acusado ou em seu
poder, quando haja fundada suspeita de que o conhecimento do
seu conteúdo possa ser útil à elucidação do fato;
g) apreender pessoas vítimas de crime;
h) colher elemento de convicção.
BUSCA DOMICILIAR
 Durante o dia, salvo para acudir vítimas de
crime ou desastre. Poderá ser durante a noite
com o consentimento expresso do morador (Art.
175, do CPPM)

 Presença do morador

 Ausência do morador

 Casa desabitada
BUSCA PESSOAL
 Procurar material nas vestes, pastas, malas, outros objetos, e
quando necessário, no próprio corpo (Art. 180)

 Instrumento do crime
 Elementos de prova Art. 181

 Sem mandado (Art. 182)


 Captura
 Busca domiciliar
 Suspeita de objetos ou papéis que constituam corpo de delito
 Presença de autoridade judiciária ou do presidente do inquérito
BUSCA PESSOAL

“A busca em mulher será feita por outra mulher, se não


importar retardamento ou prejuízo da diligência.”
(art. 183, do CPPM)
MEDIDAS PREVENTIVAS E ASSECURATÓRIAS

 Art. 185 - Apreensão

 Art. 190 - Restituição


MEDIDAS PREVENTIVAS E ASSECURATÓRIAS

“Ninguém será preso senão em flagrante


delito ou por ordem escrita e
fundamentada de autoridade judiciária
competente, salvo nos casos de
transgressão militar ou crime
propriamente militar, definidos em lei” -
Art. 5º, LXI CF/88
MEDIDAS PREVENTIVAS E ASSECURATÓRIAS

PRISÃO
 Prisão Penal

 Prisão Processual ou provisória


 Prisão em Flagrante
 Prisão Preventiva
 Prisão Temporária
 Prisão por pronúncia

 Prisão Civil

 Prisão Administrativa
MEDIDAS PREVENTIVAS E ASSECURATÓRIAS

PRISÃO EM FLAGRANTE

Quem poderá dar voz de prisão?

“Qualquer pessoa poderá e os militares


deverão prender quem for insubmisso
ou desertor, ou seja encontrado em
flagrante delito”. (Art. 243, do CPPM)
MEDIDAS PREVENTIVAS E ASSECURATÓRIAS

PRISÃO EM FLAGRANTE

 Flagrante próprio

 Flagrante impróprio ou quase flagrante

 Flagrante ficto ou presumido


MEDIDAS PREVENTIVAS E ASSECURATÓRIAS

PRISÃO EM FLAGRANTE

 Auto de prisão em Flagrante: esclarecimentos dos


fatos imputados ao flagranteado

 Competência: Comandante, Oficial-de-Dia ou


militar (portaria de delegação)

 Escrivão: Capitão, 1º ou 2º Tenente (preso – oficial)


Suboficial ou Sargento (demais casos)
PRISÃO EM FLAGRANTE
LAVRATURA DO APFD (art. 245, CPPM)

1. APRESENTAÇÃO DO PRESO: designação do escrivão,


imediata comunicação ao juiz, comunicação à família
do preso ou pessoa por ele indicado;
2. OUVIR O CONDUTOR
3. OUVIR A VÍTIMA(se possível)
4. OUVIR TESTEMUNHAS
5. INTERROGATÓRIO DO PRESO (flagranteado)
PRISÃO EM FLAGRANTE
LAVRATURA DO APFD (art. 245, CPPM)

6. CONFORME O CASO: exame de corpo de delito, busca e


apreensão de instrumentos e outras diligências;

7. ENTREGA DA NOTA DE CULPA: contendo a identificação


dos responsáveis pela prisão e o interrogatório

8. RECOLHIMENTO DO PRESO À PRISÃO

9. REMESSA DO AUTO DE FLAGRANTE AO JUIZ


PRISÃO EM FLAGRANTE
LAVRATURA DO APFD (art. 245, CPPM)

Medidas a serem adotadas após a prisão

• Informar o preso de seus direitos constitucionais

• Informar ao juiz a prisão

• Encaminhar o preso para realizar exame de integridade física

• Entregar ao preso, dentro do prazo de 24 h após a prisão, a nota


de culpa assinada pela autoridade, com o motivo da prisão, o
nome do condutor e os das testemunhas
PRISÃO EM FLAGRANTE
LAVRATURA DO APFD (art. 245, CPPM)

Direitos constitucionais

DIREITOS DO PRESO (art. 5º, ____, da CF)

 LXIII – preso deverá ser informado de seus direitos:


permanecer calado, assistência familiar e assistência de
advogado.
 LXIV – identificação dos responsáveis pela prisão
EMPREGOS DE FORÇA, ALGEMAS E USO DE
ARMAS – Art. 234, §§ 1º e 2º

 Emprego da força: indispensável (desobediência,


resistência ou tentativa de fuga).
 Emprego de algemas: perigo de fuga ou de agressão
e de modo algum será permitido, nos presos a que se
refere o art. 242.
(Súmula vinculante 11,STF)
 Emprego de armas: absolutamente necessário
(vencer a resistência ou proteger a incolumidade do
executor da prisão ou de auxiliar seu).
 Lei nº 8.457, de 4 de setembro de 1992

Organiza a Justiça Militar da União e regula o


funcionamento de seus Serviços Auxiliares.
ORGANIZAÇÃO DO PODER JUDICIÁRIO
Art. 1º - São órgãos da Justiça Militar:

 Superior Tribunal Militar


 Corregedoria da Justiça Militar
 Juiz-Corregedor de Justiça
 Juízes Federais da Justiça Militar e Juízes
Federais Substitutos da Justiça Militar
SUPERIOR TRIBUNAL
15 MINISTROS
MILITAR (STM)

AUDITORIAS 19 AUDITORIAS

CONSELHO ESPECIAL
DE JUSTIÇA

CONSELHO DE JUSTIÇA
CONSELHO
PERMANENTE DE
JUSTIÇA
 SUPERIOR TRIBUNAL MILITAR
 SUPERIOR TRIBUNAL MILITAR
 AUDITORIAS
 AUDITORIAS
 CONSELHOS DE JUSTIÇA
 JUIZ MONOCRÁTICO

I-B - processar e julgar civis nos casos previstos


nos incisos I e III do art. 9º do Decreto-Lei nº 1.001,
de 21 de outubro de 1969 (Código Penal Militar), e
militares, quando estes forem acusados juntamente
com aqueles no mesmo processo;
 CORREGEDORIA DA JUSTIÇA MILITAR

 Jurisdição: território nacional

 Exercício: Ministro Vice-Presidente do STM

 Competência: órgão de fiscalização e orientação


jurídico-administrativa
 ÓRGÃOS QUE ATUAM JUNTO À JUSTIÇA
MILITAR DA UNIÃO.

 Defensoria Pública

 Ministério Público Militar


 CÓDIGO DE PROCESSO PENAL MILITAR
(CPPM)

 LEI DE ORGANIÇÃO JUDICIÁRIA MILITAR


(LOJM)
a) Identificar os preceitos relevantes do
Código Penal Militar (Cn); e
b) Identificar as normas processuais previstas
no Código de Processo Penal Militar (Cn).

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