Landmarks Texto
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LANDMARKS (L A N D E M A R Q U E S )
Elaboração:
Segundo os estudiosos das leis judaicas, o ato de violação dos limites e marcos
de propriedades era considerado crime gravíssimo e punido severamente. Aslan (1971,p.15)
reafirma esse comportamento: “E tinha forte razão para que assim fosse. Efetivamente, na
antigüidade, os limites das terras de vários donos eram assinalados apenas por alguns
marcos de pedras. Se alguém removesse esses marcos não se tinha outro guia para
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reconhecer os limites das propriedades. Por essa razão, tal ato era considerado um crime
entre os mais horríveis.”
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Em 1955 (ano II, nr.7, Janeiro/Março) a Revista “Oriente”, inicia um artigo
sobre o assunto, assim dizendo: “São chamados Landmarks ou antigos limites os princípios
gerais da Franco-Maçonaria .... Essa expressão traduz as mais antigas leis que regem a
Maçonaria universal, caracterizando-se pela sua antiguidade”.
Não é tarefa fácil estabelecer-se no tempo, a sua origem; sabe-se também que
um verdadeiro “landmark” nem sempre tem um autor conhecido, pois poderá ter sido
gerado pelo uso da comunidade; e muitos deles nasceram de regras particulares de conduta.
Embora os já citados “old charger” (velhas obrigações) não sejam “landmarks”, tomando-
os como exemplo de remota procedência, podemos dizer que são textos diversos escritos
por várias pessoas, em épocas diferentes, sobre temas gerais relativos à Maçonaria
Operativa, oriundos da Idade Média e da Era de Transição da Maçonaria (de Operativa para
Especulativa).
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- Classificação de Findel (J.G.Findel – 1825/1905), historiador e maçonólogo alemão,
publicada em 1861, na obra “História da Franco-Maçonaria”, contendo 9 itens;
- Classificação de Pound (H.Roscoe Pound), da Grande Loja de Virgínia, USA,
publicada em sua obra “Jurisprudência Maçônica”, contendo também 9 itens;
- Classificação de Pike (Albert Pike – 1809/1891), célebre maçom norte-americano,
publicada em 1871, na obra “Morals and Dogma”, contendo 5 itens;
- Classificação de Grant (H.B.Grant), considerada sem muito critério, pois foram
arrolados 52 itens, mas cuja leitura pode ser considerada proveitosa como registro
histórico;
- Classificação de Berthelon (Jean Pierre Berthelon), francês, publicada na obra
“Miscellanées Tradicionelles et Maçonniques”, contendo 6 itens.
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09 A necessidade de os Maçons se “Loja” – era o nome dado à reunião dos
congregarem em Loja. Maçons. Não possuía a organização formal
nem personalidade jurídica e nem local fixo
de funcionamento. Cartas Constitutivas,
Regulamentos, Lojas e Oficinas
permanentes são inovações da Franco-
Maçonaria.
10 O governo de cada Loja por um A denominação é universalmente homogê-
Venerável e dois Vigilantes. nea.
11 A necessidade de que toda Loja Derivada do caráter esotérico da Maçonaria.
trabalhe a coberto. Profanos não podem ter acesso ou tomar
ciência dos assuntos tratados em Loja.
12 O direto de todo Mestre Maçom Hoje, essa representação é feita por meio de
de se fazer representar nas Deputados eleitos pelos Mestres Maçons
assembléias gerais da Fraternida- para representá-los junto às Assembléias
de e de dar instruções aos seus Legislativas na forma da Lei.
representantes.
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19 Que todo Maçom há de crer na O padrinho há de verificar se o seu
existência de Deus como o candidato, pelas suas ações e filosofia de
Grande Arquiteto do Universo. vida, demonstra crer em Deus. A negação
ou incerteza quanto à crença, constitui
impedimento absoluto e insuperável à
iniciação.
20 Que todo Maçom há de crer na Relaciona-se com o “Landmark” anterior.
ressurreição a uma vida futura. Implica crença na imortalidade de alma e na
vida após a morte. Esta crença está implícita
em todo o simbolismo maçônico.
21 Que um Livro da Lei de Deus Nas Lojas dos Países cristãos, a BÌBLIA
deve constituir parte, indispensá- SAGRADA; nos maometanos, o
vel do equipamento de uma Loja. ALCORÃO etc.
22 Que todos os homens são iguais A doutrina da IGUALDADE Maçônica
perante Deus e que na Loja se prescreve que a virtude e o conhecimento
encontrem em um mesmo nível. são bases das honras maçônicas e das
recompensas justas
23 Que a Maçonaria é uma sociedade Tem base na ética do sigilo, no esoterismo e
cujos segredos não podem ser na inefabilidade do conhecimento inciático.
divulgados.
24 Que a Maçonaria consiste em uma O uso simbólico e a explicação dos termos
ciência especulativa fundada na dessa Arte têm como propósito O
arte operativa. ENSINAMENTO MORAL.
25 Que os “Landmarks” da Maçona- Os “Landmarks” não esgotam todas as
ria são inalteráveis. características e usos maçônicos da Franco-
Maçonaria, mas têm a tradicional fonte de
inspiração que valeu à Ordem a sua peculiar
atuação através dos tempos.
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No entanto, consideramos esse assunto de muita importância, pois a Maçonaria
Regular consulta-os como parâmetro, quando da elaboração de instrumentos normativos. O
GOB considera que nos casos omissos da Constituição vigente, poderão ser aplicadas
disposições constantes nos “Landmarks” (Classificação de Mackey), e também nos outros
documentos tradicionais.
Concluindo este estudo, queremos enfatizar a necessidade do conhecimento dos
“Landmarks”, suas origens, sua evolução, suas classificações, e acima de tudo a sua
aplicação para o bom andamento dos trabalhos maçônicos, contribuindo para a evolução
moral e intelectual dos IIr:. que aqui vem “vencer suas paixões, submeter sua vontade e
fazer novos progressos na Maçonaria”.
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Bibliografia: