O documento discute as dimensões da democracia brasileira ao longo da história, incluindo a liberal, participativa, deliberativa e igualitária. A dimensão liberal mostra que as regressões autoritárias diminuíram mais o poder do Legislativo do que do Judiciário. A dimensão participativa teve altos e baixos com as mudanças de regime, e aumentou com as conferências nacionais no governo Lula. A dimensão deliberativa teve drásticas mudanças com os regimes, e atingiu os maiores valores na democ
O documento discute as dimensões da democracia brasileira ao longo da história, incluindo a liberal, participativa, deliberativa e igualitária. A dimensão liberal mostra que as regressões autoritárias diminuíram mais o poder do Legislativo do que do Judiciário. A dimensão participativa teve altos e baixos com as mudanças de regime, e aumentou com as conferências nacionais no governo Lula. A dimensão deliberativa teve drásticas mudanças com os regimes, e atingiu os maiores valores na democ
O documento discute as dimensões da democracia brasileira ao longo da história, incluindo a liberal, participativa, deliberativa e igualitária. A dimensão liberal mostra que as regressões autoritárias diminuíram mais o poder do Legislativo do que do Judiciário. A dimensão participativa teve altos e baixos com as mudanças de regime, e aumentou com as conferências nacionais no governo Lula. A dimensão deliberativa teve drásticas mudanças com os regimes, e atingiu os maiores valores na democ
O documento discute as dimensões da democracia brasileira ao longo da história, incluindo a liberal, participativa, deliberativa e igualitária. A dimensão liberal mostra que as regressões autoritárias diminuíram mais o poder do Legislativo do que do Judiciário. A dimensão participativa teve altos e baixos com as mudanças de regime, e aumentou com as conferências nacionais no governo Lula. A dimensão deliberativa teve drásticas mudanças com os regimes, e atingiu os maiores valores na democ
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Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Ciências Sociais
Faculdade de Administração e Finanças
Alunos (as): Camila Ribeiro
Raquel Kropf Gila
1) Explique, utilizando exemplo(s), como acontecem as relações intergovernamentais no
Brasil. Máximo 20 linhas. (3,0 pts)
2) Discuta, utilizando exemplo(s), as seguintes dimensões da democracia brasileira ao
longo da sua história: a liberal, a participativa, a deliberativa e a igualitária. Máximo 30 linhas. (4,0 pts) A dimensão liberal, ao longo da nossa história, mostra que na história dos regimes políticos brasileiros as regressões autoritárias se fizeram muito mais às custas da diminuição da capacidade do Legislativo em controlar o Executivo que às custas do Judiciário. Isso obviamente não significa que os dados não apontem a diminuição da capacidade do Judiciário em limitar o Executivo nos contextos autoritários experimentados pelo Brasil, mas reforça a impressão de que as experiências autoritárias no Brasil tiveram importantes limites, fechando os canais de pressão popular via Legislativo, mas não impedindo a manutenção de certas dinâmicas de controle internas ao Estado brasileiro. Dimensão participativa - A análise da evolução histórica mostra como também nesse componente estão capturadas as dinâmicas dos regimes políticos brasileiros, com uma sucessão de altos e baixos simultânea às mudanças entre democracia e autoritarismo, ainda que em menor intensidade que os dois índices discutidos anteriormente. a despeito das experiências bem-sucedidas de participação no nível local que marcam alguns contextos brasileiros, essas experiências participativas ainda não se espalharam no território nem ascenderam à estrutura federativa brasileira ao ponto de produzir um incremento substantivo do componente participativo da democracia brasileira. Uma evidência importante nesse sentido é o fato de que é justamente durante o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (2003- 2010) que o índice alcança seus maiores valores, recuando para valores semelhantes aos observados anteriormente durante o governo de Dilma Rousseff. Nós interpretamos que essa mudança seja uma expressão da importante experiência que as Conferências Nacionais – mecanismos federais de participação da sociedade civil na elaboração de políticas públicas (Avritzer, 2012) – tiveram para o componente participativo durante aquele período. A suspensão da experiência das Conferências a partir de 2011 pode ser a explicação para o recuo observado ao fim do governo Lula. Dimensão deliberativa - o componente deliberativo sofre mudanças drásticas a cada mudança de regime no Brasil. Em contextos autoritários os valores desse índice decrescem substancialmente, e se recuperam de maneira igualmente forte após a redemocratização. Nesse caso também, o período atual obtém os maiores valores da história política brasileira desde 1900, reforçando a imagem positiva da democracia brasileira contemporânea oferecida pelos dados do V-Dem Por um lado, o indicador que descreve em que medida a deliberação esteve voltada para o bem comum tem sempre apresentado resultados elevados, tendo historicamente se posicionado muito próximo da categoria máxima – atingindo-a na democracia contemporânea. Os recuos durante os contextos autoritários não foram tão drásticos Universidade do Estado do Rio de Janeiro Centro de Ciências Sociais Faculdade de Administração e Finanças
quanto os observados em outros indicadores. Tal comportamento não é inesperado:
diferentemente de regimes personalistas e cleptocráticos que tendem a registrar valores bastante baixos nessa medida, os governos autoritários brasileiros foram fortemente associados com a atuação da burocracia estatal e suas ideias de promoção do desenvolvimento nacional, algo mais próximo da noção de bem comum que aquela que se observa em regimes autoritários de outros tipos. Os indicadores nos quais os resultados brasileiros se saem pior dentre aqueles que compõem o componente deliberativo são os que medem o respeito geral pelo contraditório e a intensidade da participação popular no processo decisório. Novamente, não é surpresa que em um país que tenha experimentado regimes autoritários tais indicadores apresentem consistentemente resultados ruins, dado que esses indicadores tendem a sofrer mais quando da restrição das liberdades individuais e do insulamento dos formuladores da política pública das pressões populares, geralmente canalizadas por lideranças políticas eleitas. No período atual, contudo, esse indicador obtém valores dentro da categoria máxima. Dimensão igualitária - Na evolução histórica desse índice (Figura 6) é interessante notar como há pouca variação no período 1930-1988. Após um primeiro incremento ao final da República Velha, o índice que mede o componente igualitário brasileiro permaneceu com valores intermediários durante quase 60 anos – com um pequeno aumento no período que antecede o golpe militar, durante o governo de João Goulart –, só avançando substancialmente após a mais recente redemocratização. Ainda assim, os valores desse índice não atingiram a categoria máxima, sugerindo que na percepção dos codificadores do V-Dem ainda permanecem limites importantes no que tange à promoção do componente igualitário da democracia brasileira. Durante a maior parte do século XX os resultados para o Brasil estiveram concentrados na categoria mínima – na qual se lê que a desigualdade é “extrema”, com mais de 75% da população recebendo educação e saúde de baixa qualidade. Esses resultados começam a melhorar nos anos 1990, acompanhando os esforços de reorganização da educação pública brasileira e a universalização do acesso ao ensino fundamental (Lima, 2011), e a criação e consolidação do Sistema Único de Saúde. Nos últimos anos os resultados encontram- se na categoria 2, na qual ainda persistem desigualdades educacionais e de saúde, porém de maneira mais limitada, atingindo apenas de 10% a 25% dos brasileiros.
3) Explique como funciona a separação de poderes, suas funções típicas e atípicas, o
sistema de freios e contrapesos entre os poderes no país. Forneça exemplos da realidade atual do Brasil para contextualizar suas explicações. Máximo 20 linhas. (3,0 pts)