Importância Da Interculturalidade No Contexto Educacional Formal

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UNIVERIDADE FEDERAL DO MARANHÃO

CURSO DE LICENCIATURA EM COMPUTAÇÃO E INFORMÁTICA


DISCIPLINA: POLÍTICA EDUCACIONAL INCLUSIVA I
ACADÊMICA: JACYLIA LAÍS FREITAS FRAZÃO

ATIVIDADE 04

A partir do estudo dos Texto 01 "A Cultura e as diferentes concepções


apreendidas nas determinações históricas" e do Texto 02 "Tessituras de um
processo de pesquisa: uma escola criativa e intercultural” construa um texto
dissertativo (2 laudas) sobre a importância da interculturalidade no contexto
educacional formal (2 laudas).
A educação formal proporcionada pelo Estado, o qual atende aos interesses
de uma classe, qual seja a classe dominante, forma, mas não informa.
Aparentemente sua função tem sido baseada em neutralizar e alienar as classes
populares para mantê-las sob controle e prepará-las apenas para o trabalho
explorador, visto que o sistema de ensino no decorrer do contexto histórico mostrou-
se organizado no intuito de atender ao maior número de pessoas possível
(educação em massa) ao mesmo tempo, a partir de pressupostos etnocêntricos,
generalizantes e com os valores hegemônicos.
A inclusão da interculturalidade no contexto educacional transforma a prática
dos sujeitos em sociedade, constrói ambientes e relações democráticas. Portanto,
deve encontrar-se subsidiada em quatro dimensões centrais na perspectiva da
compreensão da pesquisa como fenômeno multicultural, o que se dá através da
formação dos futuros professores e professores formadores como pesquisadores em
ação; por meio do incentivo às discussões dos temas educacionais de forma
problematizadora; no decurso da apresentação dos professores em formação a
metodologias plurais de pesquisa e durante a análise das identidades institucionais
ou organizacionais onde se processa a formação docente e sua articulação à
perspectiva de pesquisa.
De modo geral faz-se necessário o estudo dos diferentes tipos de cultura na
formação inicial e continuada buscando analisar as determinações que as compõem
e as ideologias as quais cada uma está sujeita, bem como considerar a influência da
sociedade no desenvolvimento dessa cultura implícito na sua simbologia.
O Brasil segue um padrão de escolarização que desconsidera a subjetividade
humana realizando o que Paulo Freire denomina de educação bancária, ou seja,
entende o aprendiz como um depósito de informações sem mitigar a recepção e
transmissão de conhecimentos a partir de situações diárias que englobam os
processos de ensino-aprendizagem. A sociedade não é homogênea, mas plural.
Assim, educação deve promover vivências que contemplem os indivíduos com o
conhecimento e reconhecimento das diversas culturas e como autoconhecimento.
Assim eles podem considerar a interculturalidade como relevante para o crescimento
pessoal e social deles.
Nessa premissa, a educação popular de Paulo Freire, converge com a
ideologia que fundamenta a importância da interculturalidade no contexto
educacional formal, impulsionando as ações e objetivos da Escola. O foco principal é
educar, porém não uma educação pautada na adaptação dos indivíduos à realidade
social assim em seu estado atual, mas, para que se mobilizem politicamente,
buscando espaço de fala e incitando transformações.
O grande desafio para a inserção da interculturalidade na educação formal
está no alcance da capacidade de enxergar a diversidade. A escola precisar ser o
espaço onde as relações humanas são formadoras da inclusão e emancipação. No
entanto, os professores nem sempre estão consoantes com essas práticas no
contexto do ensino que deveria agregar a incorporação e apreciação da abordagem
das diferenças e da diversidade em sua metodologia disciplinar. Se faz necessário
reorganizar a prática pedagógica de modo que contemple a subjetividade dos alunos
de maneira significativa.
A educação é uma peça-chave na transformação do ser humano para o
desenvolvimento de suas atividades no decorrer de sua vida. A educação formal é o
ensino que se desenvolve amplamente nas escolas, é institucionalizada,
metodicamente organizada e prevê conteúdos.
Sendo assim, a busca por avanços pautados na educação intercultural deve
sempre caminhar lado a lado dos processos educativos escolares com total abertura
para as diferenças, destacando características tais como decolonial, criativa,
complexa, transdisciplinar e ecologizada, abominando a padronização construída em
cima de tudo aquilo que foi herdado da colonização, outrora baseado em
homogeneização e monoculturalidade. É eminente que a o fator mais relevante da
importância da interculturalidade é articulação da igualdade e diferença (leia-se
equidade) que possa atuar diretamente na construção de sujeitos e conhecimentos
teóricos/práticos abraçando a legislação democrática e autonomia social.

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