Portfólio 2 (Projeto) - Biologia

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Centro Universitário Claretiano

Curso de Graduação em Educação Física

JENNIFER LEILIANY ARAUJO DO NASCIMENTO


8060582

A INGESTÃO DE ANABOLIZANTES E SUAS CONSEQUÊNCIAS NAS


CÉLULAS E NOS TECIDOS HUMANOS

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Belo Horizonte
2018
O que são anabolizantes?
Os anabolizantes ou esteróides anabólicos são derivados sintéticos do hormônio masculino
testosterona, que é produzido nos testículos e córtex-adrenal. Eles potencializam a função
anabólica, responsável pelo desenvolvimento muscular.

Tipos mais comuns de anabolizantes


Embora os anabolizantes sejam produzidos em vários tipos diferentes (supositórios, cremes,
selos de fixação na pele e sublingual), a forma mais consumida é a oral e injetável.

Consequências da ingestão de anabolizantes


A testosterona e os esteróides anabolizantes-androgênicos sintéticos se ligam a um receptor
androgênico na musculatura do esqueleto e, também, em outros órgãos, fazendo com que o
mecanismo genético do núcleo celular produza ácido ribonucleico de forma acelerada, de
modo que são sintetizadas mais proteínas no ribossomo da célula.
No músculo, algumas dessas proteínas são a actina e miosina, produtoras de energia, que
podem gerar força.
Os anabolizantes quando administrados, entram em contato com as células do tecido
muscular e agem aumentando o tamanho dos músculos, reduzindo a taxa de gordura corporal.
O consumo de anabolizantes proporciona ganho de força, potência e aumento da tolerância
ao exercício físico.
É importante destacar que o uso indiscriminado de anabolizantes é ilegal e pode trazer sérios
riscos à saúde.
Entre os problemas mais comuns causados pelo uso desregrado de esteróides pode-se
destacar: distúrbios hepáticos, doenças cardíacas (redução do HDL), tumores, incluindo
câncer, cistos de sangue, bloqueio dos dutos biliares, tumores renais, comportamento
agressivo, oscilações de humor e outras perturbações psicológicas e acne.
Em mulheres, podem-se destacar como efeitos pelo uso de anabolizantes a irregularidade ou
interrupção do ciclo menstrual, a atrofia da mama e do útero, o aparecimento de pelos no
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rosto, a diminuição do volume de cabelo (normalmente irreversíveis), aumento do clitóris
(irreversível) e o engrossamento da voz (irreversível).
Já nos homens, o uso de esteróides pode causar a diminuição do tamanho dos testículos,
redução da contagem de espermatozóides, impotência, infertilidade, calvície,
desenvolvimento de mamas, dificuldade ou dor para urinar e aumento e câncer da próstata.
Contudo, destaca-se que os anabolizantes também podem ter efeitos positivos. Utilizados de
maneira correta e sob acompanhamento médico, os anabolizantes são indicados para quem
sofre de doenças degenerativas, na reposição hormonal e até para astronautas após longas
estadias no espaço.
Também têm sido desenvolvidos estudos apontando bons resultados para o uso dos
anabolizantes na recuperação de lesões musculares.

Como os anabolizantes agem no organismo


Depois de ingeridos ou injetados no organismo, os esteróides invadem determinadas células
(como as musculares e as do fígado), causando alterações bioquímicas.
Nos músculos, além de reter líquidos, os anabolizantes aceleram a atividade metabólica e
intensificam o anabolismo, que é a fase pós-exercício, quando o corpo repõe a energia e
reconstrói as células degeneradas.
De modo geral, as moléculas de anabolizantes, após invadirem as células, provocam
alterações no citoplasma, de modo que, por meio da osmose, por exemplo, a água que está ao
redor das células penetra em seu interior. Dessa forma, as células incham.
Em razão da dose extra de hormônio, o metabolismo celular aumenta, acelerando
todas as suas funções.
Com o inchaço e os exercícios intensos ocorre a hipertrofia muscular, ou seja, o
aumento dos músculos.
No entanto, embora os músculos sejam elásticas e aumentem de tamanho, os
tendões são estruturas fixas e rígidas.
Assim, muitas vezes, os tendões não suportam o súbito aumento da massa
muscular e se rompem ou se desprendem dos ossos.

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O excesso de hormônios, em razão da ingestão de anabolizantes, aumenta o
metabolismo celular, causando inchaço e hipertrofia muscular.

Células: constituição, constituição molecular e participação na composição dos tecidos


A célula é a unidade estrutural e funcional fundamental dos organismos vivos, ou seja, todos
os organismos vivos são compostos por células.
No que diz respeito à sua constituição, toda célula apresenta:
• Membrana plasmática: envolve as células e seleciona as substâncias que vão entrar ou sair
do seu interior;
• Citoplasma: região compreendida entre a membrana plasmática e o núcleo,
formada por uma substância fluida constituída de água e proteínas. É o local onde estão
mergulhadas as organelas (órgãos celulares) responsáveis por algumas funções importantes,
como digestão, secreção, respiração e síntese protéica e
• Núcleo: local onde se encontram os cromossomos (DNA e RNA), responsáveis
pela duplicação celular. Quase todas as células são mononucleadas (um único núcleo); porém,
existem células binucleadas (células hepáticas e cartilaginosas) e polinucleadas (célula
muscular esquelética).

Basicamente, existem dois tipos de células, as procarióticas e as eucarióticas.


As células procarióticas não apresentam núcleo, e seu material genético encontra-
se disperso no citoplasma. Já a célula eucariótica, apresenta um núcleo bastante organizado e
delimitado por uma membrana chamada envoltório nuclear ou carioteca.

Quanto à constituição molecular das células, pode-se dizer que as moléculas


atuam como unidades construtoras das células animais, que em conjunto chamamos de
biomoléculas, isto é, moléculas da vida.
São biomoléculas que merecem destaque:
1) Água;
2) Carboidratos;
3) Lipídios;

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4) Proteínas e
5) Ácidos nucleicos.
Todas essas biomoléculas são formadas basicamente pelos átomos de hidrogênio
(H), carbono (C), oxigênio (O) e nitrogênio (N).

São funções preponderantes das células:


1) Adquirir e utilizar a glicose como fonte de energia necessária para realização de
atividades metabólicas que requerem gasto energético, como, por exemplo, no transporte
ativo de substância para fora da célula;
2) Realizar reações químicas através de enzimas, que são proteínas específicas;
3) Responder a estímulos como luz, calor e hormônios, e, assim, se preparar para
se contrair, se dividir ou se deslocar e
4) Locomover ou alterar sua forma através de proteínas motoras.

A união de várias células com a mesma função foram os tecidos.


Os tecidos são basicamente constituídos de células e matriz extracelular produzida
pelas próprias células. De acordo com o tipo de tecido pode-se encontrar mais ou menos
material extracelular.
Os quatro tipos básicos de tecidos humanos são:
1) Tecido epitelial
O tecido epitelial é constituído por células justapostas, formando uma camada
celular contínua com pouquíssimo material extracelular.
É responsável por revestir as superfícies externas e as cavidades do corpo, como
pele, cavidade bucal, tubo digestório, mucosas das fossas nasais, árvore respiratória etc.
Também têm capacidade de secreção, como, por exemplo, glândulas salivares e sudoríparas.
Além disso, têm função de captar estímulos externos como luz, odor, gosto,
denominado neuroepitélio.

2) Tecido conjuntivo

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Tem suas células separadas por abundante material extracelular ou matriz
extracelular. A matriz extracelular é composta pelas fibras do conjuntivo e pela substância
fundamental amorfa, que é composta por polissacarídeos, glicoproteínas, fibras colágenas e
elásticas.
O tecido conjuntivo proporciona a sustentação estrutural e metabólica para os
tecidos e órgãos do corpo humano, fazendo a integração entre os diferentes tecidos corporais,
além de regular a troca de nutrientes, gases e metabólitos entre os tecidos e sistema
circulatório.
Além disso, o tecido conjuntivo também está trata do armazenamento de gorduras
em seus adipócitos e participa das defesas do organismo, criando barreiras contra a entrada de
micro-organismo e participando do sistema imune, por meio de suas células.
Por fim, destaca-se que as células e as fibras do tecido conjuntivo participam
ativamente do processo de cicatrização e reparo após lesões teciduais.

3) Tecido muscular
Constituído por células especializadas em contração, o tecido muscular é
responsável pelos movimentos corporais ou pela mudança na forma dos órgãos.
Essas células apresentam uma enorme capacidade de transformar energia química
em mecânica, através da quebra do ATP.
As células musculares apresentam formato fusiforme, alongadas e são chamadas
fibras musculares, dispondo de forma paralela para permitir o encurtamento do tecido
muscular, produzindo o movimento.
O tecido muscular, dependendo de suas características morfológicas e funcionais,
pode ser classificado em tecido muscular estriado esquelético, tecido muscular estriado
cardíaco e tecido muscular liso.

4) Tecido nervoso
O tecido nervoso é responsável pela comunicação entre o meio ambiente e o
organismo.

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O sistema nervoso possui as funções de receber as informações sensoriais
(temperatura, dor, tato, pressão, visão, audição, paladar) do meio ambiente e do próprio
organismo, além de processar ou integrar essas informações e produzir uma resposta que pode
ser uma contração muscular, uma secreção hormonal ou uma contração visceral.
Anatomicamente, o sistema nervoso é dividido em sistema nervoso central (SNC),
composto pela medula espinhal, tronco encefálico, cérebro e cerebelo e em sistema nervoso
periférico (SNP), composto pelos nervos (espinhais e cranianos), pelos gânglios sensitivos e
pelas terminações nervosas (receptor e placa motora).
O tecido nervoso é constituído por células e pouca quantidade de matriz
extracelular. As suas células são os neurônios e os vários tipos de células da glia ou neuroglia.

Para a formação de um tecido, as células totipotentes passam por um processo de


diferenciação celular e passam a apresentar certas características e a exercer funções
especializadas; não podendo mais originar células com outras funções.
As células com a mesma função estabelecem associações permanentes para
formar os tecidos, denominadas junções celulares. Essas junções podem permitir a união entre
as células, estabelecendo comunicações entre seus citoplasmas, ou a vedação dos espaços
entre as células para impedir a passagem de substâncias. A partir da função que a célula
exerce, as junções celulares podem ser classificadas em três grupos:
• Junções aderentes ou desmossomos: une fortemente uma célula à outra.
• Zônula oclusiva: vedação entre as células.
• Junção comunicante ou gap junction: permite a comunicação entre as células.

1.1 Metabolismo celular

O metabolismo celular é o conjunto de transformações, em um organismo vivo,


pelas quais passam as substâncias que o constituem, visando a produção de energia para o
funcionamento das células.
O metabolismo celular pode se dar de duas formas: anabolismo e catabolismo.

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O anabolismo compreende as reações de armazenamento de energia, quando há a
síntese de compostos.
Já o catabolismo abrange as reações de liberação de energia, a partir da
decomposição de moléculas.
Durante o metabolismo celular, além da produção de energia, também acontece a
síntese de intermediários que participam de reações químicas, como lipídios, aminoácidos,
nucleotídeos e hormônios.
Desse modo, tem-se que o metabolismo celular é essencial para a sobrevivência
dos organismos.

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2 OBJETIVOS

2.1 Gerais

Pesquisar e compreender a importância dos processos fisiológicos relacionados


com a ingestão de anabolizantes e suas consequências nas células e nos tecidos humanos.

2.2 Específicos

Estudar a célula, sua constituição, funcionamento e sua participação na


composição dos tecidos.
Estudar a importância do metabolismo celular e a função dos tecidos.
Estudar as consequências da ingestão de anabolizantes nas células e nos tecidos
humanos.

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3 METODOLOGIA

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CONCLUSÃO

Após a realização da pesquisa, percebeu-se que o uso de anabolizantes é cada vez


mais comum, no meio esportivo ou não.
As pessoas estão sempre em busca de resultados rápidos, de obterem melhor
desempenho físico ou melhorar sua aparência, no menor tempo e com o menor esforço.
Esta busca, sem se preocupar com os possíveis efeitos colaterais tem exposto
muitas pessoas a riscos sérios de problemas de saúde e até de morte.
É importante que os efeitos colaterais dos anabolizantes sejam conhecidos e
amplamente divulgados, a fim de conscientizar a população dos riscos do seu uso
indiscriminado.
A pessoas devem ser conscientizadas que a prática dos exercícios físicos corretos,
de forma habitual, associada a uma alimentação e demais hábitos de vida saudáveis, resultarão
em músculos sadios e definidos.
Além disso, a saúde é mais do que um corpo musculoso.
Neste sentido, é importante destacar que, como exposto, os anabolizantes causam
inúmeros problemas para saúde, podendo levar até a morte. Ao passo que os exercícios físicos
contribuem, não só para fins estéticos, mas também proporcionam inegáveis benefícios em
vários aspectos da saúde humana.
Dessa forma, deve ser combatido o uso de anabolizantes e estimulada a prática de
exercícios físicos e adoção de hábitos de vida saudáveis.

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REFERÊNCIAS

Disponível em: <http://educacaofisica.org/joomla/index.php?option=com_


content&amp;task=view&amp;id=86&amp;Itemid=2>. Acesso em: 11/10/2018.

Disponível em: < https://super.abril.com.br/mundo-estranho/como-os-anabolizantes-agem-no-


organismo/>. Acesso em: 11/10/2018.

SILVA, Camila Tavares Valadares da. Biologia Humana. Batatais, SP: Claretiano, 2013.

UCHIDA MC, Bacurau RFP, Navarro F, Pontes LF, Tessuti VD, Moreau RL, et al.
Alteração da relação testosterona: cortisol induzida pelo treinamento de força em
mulheres. Rev. Bras Med. Esporte 2004.

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