Ficha3 BG11 2122
Ficha3 BG11 2122
Ficha3 BG11 2122
Grupo I
Pode isolar-se DNA humano a partir de uma grande variedade de produtos biológicos. O material mais utilizado é o sangue
mas também a saliva, o cabelo ou o suor podem deixar desvendar esta «marca» tão particular.
Em ciência forense o estudo de toda a molécula de DNA tornava o processo muito moroso e ineficaz por isso são analisadas
regiões não codificantes de genes essenciais e aí surgem sequencias de tal modo raras que a probabilidade de dois indivíduos
terem as sequencias analisadas iguais e de 1 em100 milhões.
1. A molécula de DNA é:
A. Um monómero de nucleótidos. C. Uma cadeia simples polipeptídica.
B. Um polímero de nucleótidos. D. Uma hélice dupla polipeptídica.
3. Classifique como verdadeiras ou falsas cada uma das seguintes afirmações relativas ao DNA e respetiva estrutura:
A. A molécula de DNA esta presente em todas as células.
B. O número de Guaninas e de Citosinas é sempre igual numa molécula de DNA.
C. A Adenina e a Guanina são bases púricas.
D. Dois nucleótidos de cadeias complementares ligam-se entre si por duas pontes de H.
E. A complementaridade de bases só ocorre durante a replicação.
F. O diâmetro da molécula de DNA é variável de individuo para individuo.
G. No DNA há tantas bases púricas como pirimídicas.
H. Os nucleótidos da mesma cadeia simples ligam-se entre si através da pentose e do grupo fosfato.
4. Em determinada experiência com ratos, obtiveram-se «embriões» transferindo o núcleo de uma célula somática de um
rato adulto x, para um óvulo anucleado de uma rata y. De seguida o embrião foi implantado na rata z, onde se originou
um novo indivíduo, o rato w. Selecione a alternativa que completa corretamente a afirmação seguinte. Podemos concluir
que...
A. w é clone de x. C. w e clone de z.
B. w e clone de y. D. w e clone de x e y.
5. A hipótese da replicação semiconservativa da molécula de DNA foi proposta por James Watson e Francis Crick, após a
publicação do artigo onde expuseram a respetiva estrutura. Esta hipótese foi testada magistralmente por Meselson e Stahl,
em 1957. Meselson e Stahl cultivaram células de E. coli, durante várias gerações, num meio cuja fonte de azoto continha
o isótopo pesado, 15 N, em substituição do isótopo mais abundante, leve, de número de massa 14. E possível separar, por
centrifugação, uma mistura de DNA pesado (com 15N) e de DNA leve (com 14N). Ambos os isótopos são estáveis. As células
de E. coli que se desenvolveram no meio com azoto pesado, e que se encontravam todas no mesmo estádio do ciclo celular,
foram então transferidas para um meio onde a única fonte de azoto continha o isótopo leve. Aí se desenvolveram, até que
a população duplicou. 0 DNA isolado, obtido a partir desta primeira geração de bactérias, foi submetido a uma técnica
de centrifugação.
Numa segunda etapa da experiência, permitiu-se que as bactérias da primeira geração, cultivadas no meio com azoto leve,
crescessem neste mesmo meio até que a população duplicasse novamente. Isolou-se o DNA desta segunda geração de
bactérias e procedeu-se novamente a centrifugação. Os resultados obtidos na segunda etapa da experiência descrita foram
apresentados sob a forma de gráfico.
5.1. Selecione a alternativa que formula corretamente o problema que esteve na base deste procedimento experimental.
A. E. coli reproduz-se em meios não radioativos?
B. Como se replica, em E. coli, a molécula de DNA?
C. E. coli só sobrevive em meios com azoto leve?
D. As características do meio afetam o tempo de geração de E. coli?
Legenda:
L- Moléculas de DNA leve
I- Moléculas de DNA com peso intermédio
P- Moléculas de DNA pesado
y- Percentagem de moléculas de DNA
x- Tipo de molécula de DNA
5.4 Explica de que modo o cultivo de células de E. coli num meio com azoto pesado, durante várias gerações, contribuiu para
que os resultados das experiências de Meselson e Stahl fossem fiáveis.
6. Procedeu-se à análise química quantitativa de duas substâncias que intervêm na produção de insulina. Os resultados
obtidos figuram no quadro seguinte.
SUBSTÂNCIAS MACROMOLÉCULAS 6.1. Selecione a alternativa que permite preencher os espaços, de modo a obter
X Y uma afirmação correta.
Adenina 1500 50 A letra X corresponde a uma molécula de ________ e as letras C e D representam
Guanina A 30 respetivamente ________ desoxirriboses e ________ grupos fosfatos.
(A) RNA […] 5000 […] 156
Citosina 1000 40
(B) RNA […] 1000 […] 36
Uracilo 0 36 (C) DNA […] 1000 […] 36
Timina B 0 (D) DNA […] 5000 […] 156
Ribose 0 156
Desoxirribose C 0 6.2. Selecione a alternativa que permite preencher os espaços, de modo a
obter uma afirmação correta.
Grupos fosfatos 5000 D
As letras ________ e _______ correspondem respetivamente a ________ e ________.
(A) A […] B […] 1000 […] 1500
(B) B […] A […] 1000 […] 1500
(C) C […] B […] 1500 […] 1000
(D) C […] A […] 1500 […] 1000
8. O ADN e o ARN são os dois tipos conhecidos de ácidos nucleicos. Suponha que tinha duas amostras desses ácidos e as
seguintes informações relativas a essas amostras:
Amostra A: 30% de timina; 30% de adenina; 20% de citosina; 20% de guanina.
Amostra B: 5% de adenina; 25% de uracilo; 30% de citosina; 40% de guanina.
8.2. Justifique a resposta à questão anterior, apresentando duas razões para a sua escolha.
Grupo II
O património genético de todas as células vivas está inscrito no seu DNA. Nos seres eucariontes, o RNA sintetizado sofre um
processamento ou maturação antes de abandonar o núcleo. Durante este processo, diversas secções do RNA, inicialmente
transcritas, são removidas. Estas porções são chamadas intrões. As porções não removidas – exões – ligam-se entre si, formando
um mRNA maduro, que será traduzido numa proteína. Todavia, entre o DNA e as proteínas esconde-se um outro código, o que
explica que, apesar de o DNA humano não conter mais do que uma vintena de milhares de genes, as nossas células retirem dele
informação para fabricar centenas de milhares de proteínas diferentes. Na Figura 3, está representado um processamento
alternativo em que são produzidas duas moléculas diferentes de mRNA a partir do mesmo gene. Este processamento obedece
a regras de um código bem preciso, que era até há pouco tempo inimaginável. A partir de uma mesma sequência de DNA, a
célula pode produzir não um, mas mais de uma dezena de mRNA diferentes. Em cada tecido, a célula reconhece, na sequência
de um primeiro intrão, a informação que nesse momento conduz à conservação ou à supressão do exão seguinte. Eis aqui uma
nova forma de controlar o código da vida, que permite à célula saber como processar o RNA pré-mensageiro de acordo com o
seu papel no organismo. É graças a este processo que as células se distinguem umas das outras e ajustam os seus
comportamentos às circunstâncias. Na Figura 2, está representada a produção de diferentes moléculas de mRNA a partir do
mesmo gene, em diferentes tecidos. Assim, a partir de um único gene, o organismo é capaz de conceber diferentes proteínas
cuja funcionalidade é específica.
4. Numa célula eucariótica, a sequência dos acontecimentos que conduzem à síntese de uma proteína é:
A. transcrição – processamento – ligação do mRNA aos ribossomas.
B. processamento – ligação do mRNA aos ribossomas – transcrição.
C. transcrição – ligação do mRNA aos ribossomas – processamento.
D. processamento – transcrição – ligação do mRNA aos ribossomas.
6. Seleciona a única opção que permite obter uma afirmação correta. Um mRNA pode ser lido sequencialmente por vários
ribossomas. Este fenómeno permite...
A. uma organização mais eficiente dos ribossomas no citoplasma.
B. a formação de proteínas constituídas por várias cadeias polipeptídicas.
C. a síntese de proteínas formadas por um elevado número de aminoácidos.
D. a produção de várias proteínas iguais a partir de uma única molécula de RNA.
7. Seleciona a alternativa que permite preencher os espaços e obter uma afirmação correta. Durante o processo de replicação
do DNA podem ocorrer alterações do material genético que não provocam efeito nos polipéptidos codificados. A ocorrência
de mutações silenciosas pode explicar-se porque o código genético __ uma vez que ____.
A. não é ambíguo … vários tripletos podem codificar o mesmo aminoácido.
B. não é ambíguo … o mesmo tripleto pode codificar aminoácidos diferentes.
C. é redundante … vários tripletos podem codificar o mesmo aminoácido.
D. é redundante … o mesmo tripleto pode codificar aminoácidos diferentes.
8. Explique de que modo o processo de inibição da transcrição de genes e o processamento alternativo contribuem para a
diferenciação celular.
Grupo III
Na década de 40 do século XX, os geneticistas George Beadle e Edward Tatum defendiam um modelo explicativo da relação
entre os genes e a biossíntese de aminoácidos. Segundo este modelo, as mutações alteravam os genes, produzindo enzimas não
funcionais. Tais enzimas são proteínas que, quando funcionais, são responsáveis pela biossíntese de aminoácidos.
Para testar a sua hipótese, «Um gene, uma enzima», expuseram os esporos do fungo Neurospora crassa, da estirpe selvagem, a
radiação ultravioleta e obtiveram uma estirpe mutante, resultante de uma mutação genética. A estirpe mutante não podia
crescer sem a adição de um aminoácido específico. Numa primeira fase da investigação, colocaram em três tubos de ensaio (A,
B e C) um meio de cultura mínimo. Seguidamente, cultivaram, a partir dos respetivos esporos, a estirpe selvagem, no tubo A, a
estirpe mutante, no tubo C, e no tubo B não cultivaram nenhuma das estirpes. Os tubos A, B e C foram incubados sob as mesmas
condições ambientais e durante o mesmo período de tempo. Os resultados obtidos estão apresentados na Figura 3.
Figura 4 – Resultados obtidos após a inoculação de esporos da estirpe mutante em vinte e dois meios de cultura diferentes.
Nos itens de 1 a 4, seleciona a opção que permite obter uma afirmação correta.
1. Na primeira fase da investigação, representada na Figura 3, o tubo que serviu de controlo foi o…
A. tubo A, devido à presença de esporos da estirpe selvagem.
B. tubo B, devido à ausência de esporos das estirpes selvagem e mutante.
C. tubo B, devido à ausência de micélios das estirpes selvagem e mutante.
D. tubo A, devido à presença de micélios da estirpe selvagem.
2. Os resultados obtidos nos _______ demonstram que a _______ ao crescimento da estirpe mutante.
A. tubos 1 e 6 … arginina e a lisina não são os aminoácidos essenciais
B. tubos 2 e 6 … lisina é o aminoácido essencial
C. tubos 1 e 12 … arginina é o aminoácido essencial
D. tubos 2 e 12 … arginina e a lisina são os aminoácidos essenciais
3. Com os resultados obtidos nas duas fases da investigação realizada com o fungo Neurospora crassa, concluiu-se que, na
estirpe…
A. mutante, as mutações são letais.
B. mutante, as mutações inviabilizam a síntese de um aminoácido.
C. selvagem, os genes inviabilizam a síntese de um aminoácido.
D. selvagem, os genes são letais.
4. Uma forma de interpretar os resultados obtidos com a investigação realizada por Beadle e Tatum poderá ser a de que o
mecanismo envolvido na transcrição da informação do…
A. RNAm para o DNA se traduz na síntese de uma proteína.
B. RNAm para o DNA se traduz na síntese de um aminoácido.
C. DNA para o RNAm se traduz na síntese de um aminoácido.
D. DNA para o RNAm se traduz na síntese de uma proteína.
Grupo IV
Vários trabalhos durante décadas permitiram que o código genético fosse decifrado e fossem conhecidas as suas características.
O código genético é uma linguagem comum a quase todas as células.
A imagem ao lago representa de forma simplificada o código genético.
No início dos anos 60 do século passado, um bioquímico americano, Severo
Ochoa, e um biólogo francês, M. Grunberg-Manago, conseguiram isolar a
enzima que catalisa a formação do mRNA – a RNA-polimerase. Utilizando esta
enzima, Marshall Niremberg e J. Heinrich Mathei sintetizaram uma molécula de
mRNA formada unicamente por nucleótidos de Uracilo (poli U). Ao adicionarem
este “falso” mRNA a um extrato bacteriano contendo todos os componentes
necessários à síntese proteica, verificaram que o polipéptido formado era
constituído apenas por um tipo de aminoácidos - a fenilalanina. Este facto
levou-o a considerar que tinha descoberto o processo de decifrar o código
genético, já que o tripleto UUU do mRNA (AAA no DNA) deveria significar
fenilalanina na linguagem do código genético. Todos estes e outros trabalhos
permitiram que, no código genético estivesse decifrado e fossem conhecidas as
suas características. O código genético é uma linguagem comum a quase todas
as células. A figura 5 (ao lado) representa o código genético.
2. Na sequência das experiências de Niremberg e no sentido de aprofundar a decifração do código genético, H. Gobind
Khorana sintetizou moléculas de mRNA mais complexas, constituídas por uma sequência de nucleótidos com dois tipos de
bases azotadas, em alternância, como por exemplo: ACACACACA… A cadeia polipeptídica sintetizada com este mRNA era
formada por dois tipos de aminoácidos: _____ e _____.
A. lisina (Lys) … prolina (Pro) C. histidina (His) … treonina (Thr)
B. prolina (Pro) … lisina (Lys) D. treonina (Thr) … histidina (His)
4. Como os codões são consecutivos (AAA CAA CAC UUU), e por esta característica poder originar uma tradução
incorreta da mensagem, ….
A. … o terceiro nucleótido do codão é menos específico que os dois primeiros.
B. … diferentes codões podem codificar o mesmo aminoácido.
C. … existe um codão de iniciação, AUG, a partir do qual se faz a leitura.
D. … existem três codões de terminação (STOP). A partir dos quais termina a leitura.
5. Classifica como verdadeira (V) ou falsa (F) cada uma das seguintes afirmações, relacionadas com as características
da biossíntese de proteínas.
A. A síntese de proteínas é um processo lento.
B. Várias moléculas de mRNA podem ser sintetizadas a partir de um mesmo gene do DNA.
C. A mesma mensagem do mRNA pode ser traduzida simultaneamente por vários ribossomas.
D. Em cada ribossoma de um polirribossoma, a biossíntese de cada cadeia polipeptídica encontra-se em
diferentes estádios.
E. A mensagem do mRNA pode ser traduzida várias vezes porque esta molécula tem longa duração.
Grupo V
A figura 6, ao lado ilustra, esquematicamente, o modelo da síntese de uma
cadeia polipeptídica. Selecione a alternativa que completa corretamente as
afirmações:
1. X, Y e Z correspondem, respetivamente, aos codões...
A. ...CCU, CUU, CUC. B. ...CGT, CTT, CTC.
C. ... UGG, UUC, CUG. D. ...TCC, TTC, CTC.
6. As frases que se seguem reconstituem as fases da biossíntese de proteínas. Reconstitua a sequência temporal dos
acontecimentos mencionados, segundo uma relação de causa-efeito, colocando por ordem as letras que os
identificam.
A. Ligação do codão de iniciação ao mRNA.
B. Fecho do ribossoma e início da produção de proteínas.
C. Excisão dos intrões do mRNA e união dos exões.
D. Migração do mRNA para o citoplasma.
E. Cópia de uma sequência de bases de uma das cadeias de DNA.
7. Explique por que razão duas proteínas com o mesmo número de aminoácidos podem desempenhar funções
distintas.
Grupo VI
A obesidade é, atualmente, um problema de saúde pública com sérias implicações sociais, físicas e psíquicas. As
consequências físicas estão diretamente associadas a maiores riscos de morbilidade e mortalidade, bem como a
doenças crónicas, como hipertensão arterial e diabetes mellitus tipo 2.
Em 1953, G.Kennedy sugeriu que existia um fator no plasma, que dedignou por fator de saciedade, o qual, atuando ao
nível do hipotálamo, regularia a ingestão de nutrientes, o gasto energético, os depósitos de gordura e o peso corporal.
Em 1994, a descoberta do gene ob e da proteína por ele codificada, a leptina, veio apoiar esta hipótese.
A leptina é uma hormona polipeptídica formada por 167 aminoácidos, produzida e segregada, quase exclusivamente
pelos adipócitos, as células do tecido adiposo. O seu armazenamento nestas células é insignificante, sendo praticamente
toda segregada para o sangue. A forma circulante possui apenas 146 aminoácidos, uma vez que os primeiros 21 são
removidos aquando da sua secreção para a corrente sanguínea. No ser humano, o gene ob está situado ao nível do
braço longo do cromossoma 7. É no tecido adiposo que o mRNA do gene ob se encontra em maiores quantidades.
Pequenos níveis foram detetados no coração e na placenta.
A leptina exerce a sua ação principalmente no hipotálamo e atua unindo-se a recetores que são codificados pelo gene
db. Pensa-se que este gene, no ser humano, se localiza no braço curto do cromossoma 1.
Os neurotransmissores e/ou neuropeptídeos que medeiam a ação da leptina, a nível central, ainda não foram
identificados. Um dos mais estudados é o neuropeptídeo Y (NPY), constituído por 36 aminoácidos. No quadro I
encontram-se alguns codões e os respetivos aminoácidos.
Quadro I
2. Uma mutação no tripleto GCT, que codifica um aminoácido na posição 105 da cadeia polipeptídica, para ACT resulta
na formação de uma proteína ____ e na acumulação de ____.
(A) funcional (…) mRNA nos adipócitos (C) funcional (…) leptina no sangue
(B) não funcional (…) leptina no sangue (D) não funcional (…) mRNA nos adipócitos
3. O tripleto TAC é um
(A) codogene porque contém a informação que desencadeia a síntese da leptina.
(B) codão que codifica o aminoácido metionina.
(C) anticodão que permite a adição do aminoácido Metionina à cadeia polipeptídica em formação.
(D) codogene que codifica o aminoácido metionina da proteína.
4. No gene ob verifica-se a seguinte relação entre as bases azotadas:
(A) (A + C) > (T + G) (C) (T + A) (C + G)
(B) (T + G) / (A +C) 1 (D) (A + G) < (T + C)
7. O segmento da proteína leptina formado pelos aminoácidos Leu-Asp-Fen-Ile-Pro é codificado pela seguinte
sequência de desoxirribonucleótidos:
(A) UUGGACUUCAUCCCU (C) AACCTGAAGTAGGGA
(B) TTGGACTTCATCCCT (D) AACCUGAAGUAGGGA
8. Ordene as frases identificadas pelas letras de A a E, de modo a reconstituir a sequência cronológica dos acontecimentos
que traduzem a ação da leptina sobre o hipotálamo.
A – O complexo de Golgi segrega leptina para o meio extracelular.
B – A RNA-polimerase liga-se ao cromossoma 7, iniciando a transcrição do gene ob.
C – Subunidades ribossómicas ligam-se ao mRNA, iniciando-se a tradução.
D – O mRNA migra para o citoplasma através dos poros do invólucro nuclear.
E – A leptina inibe a secreção de NPY.
9. Nem sempre a substituição de um nucleótido por outro diferente na sequência nucleotídica do gene ob implica
alterações na sequência de aminoácidos da leptina. Explique este facto atendendo às características do código genético.
Grupo VII
As regiões que não serão traduzidas do mRNA de um gene podem determinar a sua expressão ao influenciar a estabilidade
do mRNA e a sua eficiência translacional. Estudos recentes mostram que a expressão de um gene pode ser regulada de forma
alternativa através da utilização de regiões não traduzidas do mRNA transcrito a partir dele. A expressão de transcritos
específicos, com diferentes regiões não traduzidas (untranslated regions - UTRs), em diferentes tecidos, permitem controlar
a expressão de proteínas que regulam aspetos fisiológicos, patológicos e do desenvolvimento.
São vários os mecanismos que permitem o controlo da síntese proteica e obtenção de diferentes proteínas a partir de um
mRNA com UTRs alternativos. De entre eles salientam-se a formação de locais de ligação de proteínas reguladoras ao mRNA,
que modulam muitos aspetos da sua função; a inibição da tradução por pequenas sequências de UTRs que limitam o acesso
dos ribossomas ao codão de iniciação.
Os mecanismos que permitem a expressão dos UTRs estão representados na figura 7. Diferentes estruturas genómicas são
apresentadas para ilustrar cada um desses mecanismos. As linhas horizontais representam o gene com os exões a cinzento e
as regiões que não serão traduzidas a negro. As setas representam os locais do início da transcrição e da tradução
representada pelos codogenes de iniciação e de terminação (ATG e TAA, respetivamente). Note-se a possibilidade dos
mesmos exões do gene estarem associados a regiões UTRs alternativas.
A B
Figura 7
C D
Adaptado de Hughes, Thomas A. Regulation of gene
expression by alternative untranslated regions
1. Comparativamente aos nucleótidos do _____, os nucleótidos das sequências dos codões possuem a______ como pentose
estrutural.
(A) DNA (...) desoxirribose (C) RNA (...) ribose
(B) DNA (...) ribose (D) RNA (...) desoxirribose
2. As _____ correspondem a porções das moléculas de mRNA que ________ aminoácidos das cadeias polipeptídicas.
(A) UTRs (...) codificam (C) proteínas (...) codificam
(B) UTRs (...) não codificam (D) proteínas (...) não codificam
3. O anticodão do tRNA que transfere o primeiro aminoácido do exão, representado no esquema A da figura 7, possuirá a
seguinte sequência.
(A) ATG (C) UAC
(B) TAC (D) AUG
4. No código genético, que regula a tradução da sequência dos codões do mRNA numa cadeia de aminoácidos de uma
dada proteína,
(A) vários codões codificam o mesmo aminoácido, tornando-o ambíguo.
(B) um codão codifica vários aminoácidos, tornando-o redundante.
(C) vários codões codificam o mesmo aminoácido, tornando-o redundante.
(D) um codão codifica vários aminoácidos, tornando-o universal.
6. Faça corresponder a cada letra das afirmações da coluna A, referentes à síntese proteica, o número do termo da
coluna B que lhe corresponde. Utilize cada letra e cada número apenas uma vez.
Coluna A Coluna B
1. Ribossoma
a. Constituinte celular responsável pela tradução da informação genética. 2. tRNA
b. Cadeia simples de ribonucleotídeos com um local de ligação a um aminoácido 3. mRNA
específico. 4. Codão
c. Sequência de três nucleótidos complementar dos transcritos de DNA. 5. Anticodão
Grupo VIII
Em 2012, um grupo de cientistas conseguiu produzir um par de bases nucleotídicas sintéticas, complementares entre
si, diferentes das que se encontram na natureza. Em 2014, os mesmos cientistas adicionaram estas bases a um meio de
cultura. Este meio de cultura foi inoculado com uma estirpe da bactéria E. coli, que expressa um transportador
membranar capaz de incorporar estas bases nas células bacterianas. Uma vez dentro da célula, as bases teriam de ser
reconhecidas e aceites pelas enzimas que copiam o DNA e pelas enzimas envolvidas na transcrição dos genes. Os
cientistas comprovaram que as bactérias se multiplicaram, sintetizaram cópias de DNA artificial com seis tipos de bases
e, em 99,4% dos casos, transmitiram o novo par de bases à descendência. Para que as bactérias identifiquem este novo
código, os cientistas têm ainda de modificar os mecanismos de tradução, garantindo o reconhecimento das bases
artificiais introduzidas nos ácidos nucleicos e a incorporação de aminoácidos sintéticos específicos nas proteínas,
tornando, deste modo, possível a produção de proteínas inexistentes na natureza.
Baseado em E. Abdoun, «Code de la Vie», Science & Vie, 1163, agosto de 2014
Nas alíneas que se seguem, seleciona a alternativa que permite obter uma afirmação correta.
1. Os novos nucleótidos manterão a configuração em dupla hélice do DNA se tiverem….
(A) bases nitrogenadas que se unam por ligações de hidrogénio.
(B) moléculas de desoxirribose que se liguem entre si.
(C) grupos fosfato unidos por ligações de hidrogénio.
(D) bases nitrogenadas ligadas a grupos fosfato.
2. A importação das bases artificiais para a célula ocorreu através _______, por meio de um mecanismo de transporte
____.
(A) da bicamada fosfolipídica … mediado (C) de proteínas … mediado
(B) da bicamada fosfolipídica … não mediado (D) de proteínas … não mediado
4. Suponha que, no DNA da estirpe de E. coli resultante do estudo descrito, 23% dos nucleótidos são nucleótidos de
timina e 25% são nucleótidos de citosina. A soma das percentagens das bases do novo par será de …
(A) 52%. (B) 26%. (C) 4%. (D) 2%.
5. De acordo com o sistema de classificação de Whittaker modificado, E. coli deve ser integrada no reino _______,
pois é um ser _______.
(A) Protista … unicelular (C) Protista … procarionte
(B) Monera … procarionte (D) Monera … unicelular
7. Faz corresponder a cada uma das descrições relativas à síntese proteica, expressas na coluna A, a respetiva designação
que consta da coluna B.
Coluna A Coluna B
A. Macromolécula responsável pela transcrição do DNA 1. Aminoácido
B. Molécula que possui uma sequência de ribonucleótidos 2. DNA
complementar de um codão 3. DNA polimerase
C. Monómero que entre na constituição de um polipéptido 4. Gene
D. Polirribonucleótido que contem informação para a síntese de um 5. RNA de transferência
polipéptido 6. RNA mensageiro
E. Sequência de desoxirribonucleótidos que contem informação para a 7. RNA polimerase
síntese de uma proteína. 8. RNA ribossómico
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