Do Lenocínio e Do Tráfico de Pessoas - 2017-2 Versão Reduzida
Do Lenocínio e Do Tráfico de Pessoas - 2017-2 Versão Reduzida
Do Lenocínio e Do Tráfico de Pessoas - 2017-2 Versão Reduzida
CONCEITO DE LENOCÍNIO
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O LENOCÍNIO ACESSÓRIO pressupõe uma precedente fase de corrupção ou
prostituição da vítima (arts. 229, 230 e outros).
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Dessa forma, deduz-se que as disposições previstas no caput art. 227 do CP são
aplicadas quando O SUJEITO PASSIVO É PESSOA MAIOR DE DEZOITO (18) ANOS,
pois o § 1° do mesmo artigo prevê como forma qualificada o fato da vítima ser maior de
14 (catorze) anos e menor de 18 (dezoito) anos.
Para a doutrina, o crime previsto no art. 227 do CP deveria ser extirpado do CP,
pois para ele, a liberdade sexual exercida sem violência ou grave ameaça não deve ser
tutelada pelo Estado. Afirma ainda que, aqueles que acreditam ser ainda necessária tal
figura típica, estão fechando os olhos para a realidade, pois basta consultar as inúmeras
ofertas de sexo feitas pelos mais variados meios de comunicação de massa do País para
verificar o excessivo número de pessoas que estão, dia após dia, induzindo outras à
satisfação da lascívia alheia e – o que é mais ostensivo – com a nítida finalidade de lucro.
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Basta apenas um caso de induzimento para a caracterização do crime previsto no
art. 227, que não exige habitualidade, ressaltando-se que a violência, grave ameaça e a
fraude atuam como qualificadoras (§ 2º do art. 227 do CP).
Para a Doutrina, pouco importa a espécie do ato libidinoso, que tanto pode ser a
conjunção carnal como as práticas sexuais anormais ou meramente contemplativas, ou
quaisquer outras expressivas de depravação física ou moral.
SUJEITO ATIVO – qualquer pessoa, homem ou mulher, que deve colaborar com a
ação do agente, embora não seja punida, podendo haver, inclusive, coautoria ou
participação quando dois ou mais agentes contribuem para a ação delituosa (crime comum).
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Se a vítima é maior de 14 e menor de 18 anos, incide a qualificadora prevista no
§ 1º. Se menor de 14 anos, teremos o CRIME SEXUAL CONTRA VULNERÁVEL, previsto
no art. 218, do CP, criado pela Lei 12.015/2009.
A reiteração da mesma conduta reprovável pelo fim de lucro poderá levar ao crime
de rufianismo (art. 230, CP), considerado a mais sórdida atividade delituosa das que
gravitam ao redor de crime relacionado à prostituição.
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quando esta está prestes a praticar qualquer ato de cunho libidinoso, é impedida por
terceiros.
FORMAS
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Exemplo de lenocínio fraudulento: a conduta do agente que, após convencer a
vítima de que esta deveria efetuar exames médicos preventivos, a conduz até a presença
do destinatário do crime e, este, então, simulando ser médico, determina que a vítima
desnude-se, para, a seguir, tocá-la com o intuito de satisfazer a sua luxúria.
Por isso, a qualificadora do art. 227, § 2º, tem aplicação somente para casos em
que o agente emprega violência ou grave ameaça para forçar a vítima a fazer sexo por
telefone, danças sensuais ou striptease para outrem, hipóteses não configuradoras de
estupro.
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PARA ALGUNS AUTORES, NÃO SE EXCLUINDO DO CONCEITO A ENTREGA A
QUALQUER PESSOA POR SIMPLES DESREGRAMENTO OU NINFOMANIA.
Vale ressaltar que a prostituição, por si só, não constitui crime ou contravenção
penal. É atividade lícita, embora, taxada de imoral, importando para o Direito Penal a
sua exploração e o seu estímulo.
Afirma Capez que, por razões de política criminal, a prostituição, em si, não foi
elevada à categoria de crime, podendo constituir, QUANDO HÁ SOLICITAÇÃO
ESCANDALOSA EM LUGARES PÚBLICOS, UMA CONTRAVENÇÃO (art. 61 da LCP).
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No art. 228 é definido o crime de FAVORECIMENTO DA PROSTITUIÇÃO OU
OUTRA FORMA DE EXPLORAÇÃO SEXUAL, COM REDAÇÃO DA LEI 12.015/2009:
Dessa forma, o delito consiste no fato de o sujeito ativo induzir ou atrair alguém
à prostituição ou a outra forma de exploração sexual, facilitá-la, impedir ou dificultar
que alguém a abandone.
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atrair, simplesmente levando a pessoa para o ambiente, sem, no entanto, ficar
dizendo que ela tem de se prostituir; Constitui LENOCÍNIO PRINCIPAL porque a
vítima ainda não estava prostituída.
É possível a PRÁTICA DO CRIME POR OMISSÃO, desde que o agente tenha o dever
jurídico de impedir o resultado. Assim, cometem o crime em questão, o pai, tutor e
curador que aceitam e toleram a prostituição ou outra forma de exploração sexual de
pessoa que lhe é sujeita e cuja educação, orientação e guarda lhes compete.
b) Arranjar-lhes fregueses;
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Afirma a Doutrina que, com a alteração provocada pela Lei 12.015/2009, incluindo no
tipo penal “outra forma de exploração sexual” a simples presença da mulher ou do homem
em bares ou boates em que o corpo do agente passivo é usado com a estrita finalidade de
atrair freguesia, estará constituído o crime na modalidade “outra forma de exploração
sexual”.
- a filha constrangida ou induzida pela mãe a manter relações sexuais periódicas com
alguém, independentemente de remuneração, para agradá-lo e assim dele obter favores
de qualquer natureza ou somente a sua permanência sob o mesmo teto;
- a mulher, coagida pelo marido a se tornar amante de seu superior apenas para
favorecer a sua promoção;
Outros exemplos: induzir uma mulher a ser dançarina de striptease em lupanar, a ser
modelo habitual de filmes pornográficos, a dedicar-se a fazer sexo por telefone ou via
internet por meio de webcams (sem que haja efetivo contato físico com cliente), etc.
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Afirma Victor Eduardo Rios Gonçalves que, tem proliferado essas duas últimas
modalidades antes não abrangidas pelo texto legal. Nestas, o cliente: a) tem conversas
eróticas com a vítima pelo telefone – normalmente mulheres – mediante pagamento
bancário direcionado ao responsável por organizar o esquema, providenciar as linhas
telefônicas, reunir as atendentes e divulgar o número de telefone em jornais ou pela
internet; b) fornece o número do seu cartão de crédito para desconto de determinado
valor para que, durante alguns minutos, tenha contato visual com a vítima da exploração
sexual via webcam. Nesse período, ele pede para que a vítima faça poses eróticas, se
masturbe, fale coisas indecorosas, etc. Responde pelo crime o responsável pela
organização e cobrança dessas práticas.
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PELO AUTOR OU TEM A SUA SAÍDA DA PROSTITUIÇÃO OU OUTRA FORMA DE
EXPLORAÇÃO SEXUAL DIFICULTADA PELO SUJEITO ATIVO.
Afirma Rogério Greco, que não é necessário o contato físico para configuração da
prostituição, a exemplo do que ocorre com o chamado DISK-SEXO, onde alguém presta
serviços sexuais a alguém em troca do preço, conduta que caracteriza a prostituição.
FORMAS
SIMPLES – caput.
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AÇÃO PENAL – trata-se de crime de ação penal pública incondicionada. Nos
termos do art. 234-B, do CP, os processos em que se apura o crime previsto no art. 227
do CP correrão em segredo de justiça.
DISTINÇÃO
Ressalte-se mais uma vez que a prostituição, por si só, não é crime. A lei pune a
sua exploração. O que a lei sempre puniu foi o lenocínio, que é a atividade acessória ou
parasitária da prostituição.
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REQUISITOS DA PROSTITUIÇÃO:
a) A habitualidade da conduta;
Tem-se entendido que se deve dar ao dispositivo, interpretação estrita, não sendo
casas de prostituição ou hotéis de alta rotatividade, estabelecimentos destinados, em
princípio a receber toda espécie de hóspedes. Essa interpretação tem sido, por vezes,
acolhida na jurisprudência.
Em fevereiro de 2011 a 1ª. Turma do STF negou pedido de Habeas Corpus (HC
104467), impetrado pelos donos da Boate Pantera, na cidade de Cidreira (RS),
denunciados pelo crime previsto no art. 229 do CP. A relatora ministra Cármen Lúcia
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Antunes Rocha, AFASTOU A APLICAÇÃO DO PRINCÍPIO DA ADEQUAÇÃO SOCIAL
alegado pela defesa, que defendia a necessidade de aplicar a lei vigente aos “fatos da
vida real”. Ao proferir seu voto, a citada Ministra do STF observou que, pelo exposto na
peça acusatória, tratava-se de “uma espécie de lenocínio” e que os bens jurídicos
protegidos, no caso, pelo CP, em benefício de toda a coletividade, são “a moralidade
sexual e os bons costumes, valores ainda de elevada importância”.
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funcionamento de tais locais, porém, o agente, por desconhecer a lei, supõe ser lícito o
fato.
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FALTA DE MANDADO PARA O INGRESSO NO MESMO”. Porém, deve-se ressalvar que,
no caso do estabelecimento em que ocorra a exploração sexual, muitas vezes a mesma
serve de residências para as prostitutas, de forma que, se o local estiver fechado ao
público, será objeto de proteção penal.
O proprietário de um imóvel que o aluga para determinado fim comercial (por ex:
clínica estética para homem), vindo o inquilino a nele manter estabelecimento em que
ocorra a exploração sexual sem o conhecimento daquele, não pode ser considerado
coautor do crime do art. 229. Também se exclui do art. 229 do CP a conduta da
prostituta, que aluga um imóvel para exercer o meretrício, pois não é crime prostituir-se.
Mesmo que várias prostitutas mantenham um imóvel com esse fim, a conduta será atípica,
pois tem de existir a figura de terceira pessoa que mantenha, administre a casa com o
fim de proporcionar os encontros sexuais. Caso a pessoa que administre o estabelecimento
também seja prostituta, responderá ela por esse delito, pois não está somente exercendo
o meretrício por si só.
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SUJEITO PASSIVO – são aqueles (homem ou mulher) que se dedicam à exploração
sexual (prostituição), ou frequentam o local destinado a encontros libidinosos. Tratando-
se de sujeitos passivos menores de 18 anos, configura-se o crime previsto no art. 218-B,
do CP.
FORMAS DO DELITO
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CAUSAS DE AUMENTO DE PENA: previstas no art. 234-A: “Nos crimes
previstos neste Título a pena é aumentada: I – (vetado); II (vetado); III – de
metade, se do crime resultar gravidez e IV – de um sexto até a metade, se o agente
transmite à vítima doença sexualmente transmissível de que sabe ou deveria saber ser
portador.”
DISTINÇÃO: Os tipos dos arts. 228 e 229 são autônomos, embora o segundo
seja uma espécie do primeiro. Nada impede, porém, que o agente, além de manter
estabelecimento de exploração sexual, induza ou atraia alguém à prática do meretrício
ou a facilite, ou mesmo que impeça ou dificulte que alguém a abandone, ocorrendo, no
caso, concurso material. Ressalte-se que, a prostituta que recebe clientes em sua
casa para encontros sexuais, explorando o próprio comércio carnal, não incorre no
crime previsto no art. 229 do Código Penal.
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A 8 (OITO) ANOS, SEM PREJUÍZO DA PENA CORRESPONDENTE À
VIOLÊNCIA.”
AÇÕES NUCLEARES
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SUJEITO ATIVO – qualquer pessoa, homem ou mulher, pode praticar o crime
de rufianismo. São vários tipos de rufiões: há os que utilizam coação, inclusive pela
força ou terror; há os que atuam pelo poder de sedução ou do amor ou o que faz
apenas da atividade um comércio (comerciante). Segundo Rogério Greco, o sujeito
ativo na segunda ação nuclear (FAZENDO-SE SUSTENTAR NO TODO OU EM PARTE
POR QUEM EXERÇA A PROSTITUIÇÃO) é o famoso GIGOLÔ, normalmente amante
da prostituta.
CLASSIFICAÇÃO: trata-se de crime comum (aquele que não demanda sujeito ativo
qualificado ou especial), material (delito que exige resultado naturalístico, consistente
no efeito proveito auferido pelo agente em detrimento da vítima), de forma livre
(podendo ser cometido por qualquer meio eleito pelo agente), comissivo (“tirar proveito”
implica em ação), e, excepcionalmente comissivo por omissão (omissivo impróprio, ou
seja, é a aplicação do art. 13, § 2°, do CP), instantâneo (cujo resultado se dá de
maneira instantânea, não se prolongando no tempo), embora dependa de minuciosa
verificação, pois o complemento é de natureza habitual; unissubjetivo (que pode ser
praticado por um só agente), plurissubsistente (em regra, vários atos integram uma
conduta). Não admite tentativa.
FORMAS
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CAUSAS DE AUMENTO DE PENA: previstas no art. 234-A: “Nos crimes
previstos neste Título a pena é aumentada: I – (vetado); II (vetado); III – de
metade, se do crime resultar gravidez e IV – de um sexto até a metade, se o agente
transmite à vítima doença sexualmente transmissível de que sabe ou deveria saber ser
portador.” Redação da Lei 12.015 de 07/08/2009.
TRÁFICO INTERNO DE PESSOA (ART. 231-A) – também foi revogado pelo art.
13 da Lei 13.344/2016.
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Afirma Masson que, em tempos de globalização, de “cidadãos do mundo”, no qual
todos procuram transformar seus sonhos em realidade, com facilidade, surgem
verdadeiras redes criminosas que se aproveitam da vulnerabilidade de muitas pessoas,
para praticarem uma das mais cruéis e desumanas formas de escravidão humana: o
tráfico de pessoas.
O tráfico de pessoas é uma das atividades mais lucrativas do mundo, faz milhões
de vítimas e movimenta bilhões dólares por ano, segundo informações do Escritório da
ONU sobre drogas e Crime (UNODC). Tal crime está relacionado a outras práticas
criminosas e de violações de direitos humanos, servindo não apenas à exploração da
mão de obra escrava, mas também a redes internacionais de exploração sexual
comercial, muitas vezes ligadas a roteiros de turismo sexual e associações criminosas
transnacionais especializadas em remoção de órgãos.
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estabelece a sua aplicação para o tráfico de pessoas cometido no território nacional
contra vítima brasileira ou estrangeira e no exterior contra vítima brasileira. Portanto,
não dispõe ser aplicável ao tráfico de pessoas cometido no exterior contra vítima
estrangeira. Outro ponto interessante e com enorme efeito prático está no art. 3º,
VIII, quando aponta como diretriz do enfrentamento ao tráfico de pessoas a preservação
do sigilo dos procedimentos administrativos e judiciais, nos termos da lei. Em seu art.
5º, prevê que a repressão ao tráfico de pessoas ocorrerá por meio da cooperação entre
órgãos do sistema de justiça e segurança, nacionais e estrangeiros; da integração de
políticas e ações de repressão aos crimes correlatos e da responsabilização dos seus
autores; e da formação de equipes conjuntas de investigação. Um dos aspectos mais
significativos da nova Lei é a previsão no seu art. 6º de várias formas de proteção e
atendimento, de forma semelhante à Lei Maria da Penha. Destaca-se, por exemplo, o
atendimento humanizado, assim como as várias formas de assistência (jurídica, social, de
trabalho e emprego e de saúde). Da mesma forma, possibilita que o juiz, inclusive de
ofício, determine medidas assecuratórias relacionadas a bens, direitos ou valores
pertencentes ao investigado ou acusado, que sejam instrumento, produto ou proveito do
crime de tráfico de pessoas.Também nessa linha, o art. 13-B do CPP, possibilita que o
membro do Ministério Público ou o delegado de polícia requisitem, mediante autorização
judicial, às empresas prestadoras de serviço de telecomunicações e/ou telemática que
disponibilizem imediatamente os meios técnicos adequados que permitam a localização da
vítima ou dos suspeitos do delito em curso. Na esfera da execução penal, a nova Lei
altera o art. 83, V, do Código Penal, para exigir do condenado pelo crime de tráfico de
pessoas o cumprimento de 2/3 da pena para que possa obter o livramento condicional.
Assim, o tráfico de pessoas, sem ser um crime hediondo ou equiparado a hediondo, passa
a exigir essa fração superior, da mesma forma que os crimes hediondos, de tráfico de
drogas, de terrorismo e de tortura.
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CONCEITO: O art. 149 do CP, disciplina que configura TRÁFICO DE PESSOAS
AGENCIAR, ALICIAR, RECRUTAR, TRANSPORTAR, TRANSFERIR, COMPRAR, ALOJAR
OU ACOLHER PESSOA, MEDIANTE GRAVE AMEAÇA, VIOLÊNCIA, COAÇÃO, FRAUDE
OU ABUSO.
Os cinco incisos previstos no art. 149-A são elementos do tipo penal, tratando-se
de finalidade especial ou dolo específico. Portanto, somente haverá consumação do crime
de tráfico de pessoas se o agente tiver alguma das finalidades legalmente previstas,
independentemente de conseguir concretizá-las.
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INCISO IV – ADOÇÃO ILEGAL = a adoção de crianças e adolescentes está
disciplinados pelos arts. 39 a 52-D da Lei 8069/90 (ECA). Lamentavelmente, o comércio
clandestino de crianças de pouca idade, muitas vezes bebês, cresce a cada dia, inclusive
com o transporte das vítimas ao exterior.
SUJEITO ATIVO: crime comum, que pode ser praticado por qualquer pessoa,
sendo certo que é comum esse delito ser praticado por uma pluralidade de pessoas, que
formam uma associação criminosa de agentes.
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CLASSIFICAÇÃO DOUTRINÁRIA: é crime bicomum, simples, formal, de
consumação antecipada ou de resultado cortado, de forma livre, comissivo (em regra),
trata-se de TIPO MISTO ALTERNATIVO, crime de ação múltipla que pode ser praticado
mediante qualquer uma de suas condutas. HÁ ATOS QUE DENONTAM PERMANÊNCIA
(TRANSPORTAR, ALOJAR E ACOLHER) EM QUE A CONSUMAÇÃO SE PROLONGA NO
TEMPO. É CRIME FORMAL (de consumação antecipada), dessa forma, o tráfico de
pessoas se consuma com a simples prática de um dos verbos presentes no caput, desde
que com o emprego de grave ameaça, violência, coação, fraude ou abuso, bem como uma
das finalidades previstas em alguns dos respectivos incisos, não se exigindo o alcance do
resultado naturalístico previsto no tipo, que, caso seja alcançado, constituirá mero
exaurimento do crime, a ser analisado quando da fixação da pena-base. É CRIME
PLURISUBSISTENTE, que permite o fracionamento do iter criminis. Via de regra, é
plurissubjetivo.
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incidem no caso de: (a) crime cometido por funcionário público; (b) contra criança,
adolescente ou pessoa idosa ou com deficiência; (c) prevalência de relações de
parentesco, domésticas, de coabitação, de hospitalidade, de dependência econômica, de
autoridade ou de superioridade hierárquica inerente ao exercício de emprego, cargo ou
função e (d) retirada da vítima do território nacional.
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campanhas nacionais de enfrentamento ao tráfico de pessoas, a serem divulgadas em
veículos de comunicação, visando à conscientização da sociedade sobre todas as
modalidades de tráfico de pessoas.
REFERÊNCIAS:
BÁSICA:
1-CAPEZ, Fernando. Curso de Direito Penal. Parte especial. Vol. III. São Paulo. Saraiva,
13ª edição, 2015.
2-JESUS, Damásio E. de. Direito Penal, Parte especial. Vol. III. São Paulo, Saraiva,
23ª edição, 2015.
3- MASSON, Cleber. Direito penal; especial, Vol. III; esquematizado. São Paulo,
Método, 7ª edição, 2017.
4-MIRABETE, Julio Fabbrini. Manual de Direito Penal. Vol. III. Atlas, 32ª edição, 2015.
5-NUCCI, Guilherme de Souza. Manual de Direito Penal. Forense, 11ª. Edição, Rio de
Janeiro, 2015.
COMPLEMENTAR
6-ANDREUCCI, Ricardo Antônio. Manual de Direito Penal. São Paulo, Saraiva, 10ª
edição, 2014.
9- CAPEZ, Fernando. Código Penal Comentado. Porto Alegre. Verbo Jurídico, 4ª edição,
2014.
10- CUNHA, Rogério Sanches. Código Penal para concursos. Salvador. Bahia, Editora
Podivm, 7ª, edição, 2014.
11- GRECO, Rogério. Código Penal comentado. Rio de Janeiro. Ímpetus, 11ª edição,
2014.
12- ESTEFAM, André. Direito Penal; parte especial; vol. III. São Paulo, Saraiva, 3ª
edição, 2015.
13- MASSON, Cleber. Código Penal Comentado. 5ª. ed. Revista, atualizada e ampliada -
Rio de Janeiro, Forense. São Paulo: Método, 2017.
14- NUCCI, Guilherme de Souza. Código Penal Comentado. São Paulo. RT, 13ª edição,
2014.
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