Ficha Gramática - Correção

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Português - 12º Ano - GRAMÁTICA

Ano letivo 2019/2020


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CORREÇÃO

FUNÇÕES SINTÁTICAS

1. Refira as funções sintáticas desempenhadas pelos constituintes destacados em cada uma das frases.

a. Essas são Memórias de quem se emociona. – Complemento do nome

b. Porque nem sequer conhece o significado da própria água. Complemento direto

c. Só quando o tiram de lá sente a verdadeira emoção. Complemento oblíquo

d. As gerações depois da minha partilham outros códigos de liberdade. sujeito

e. Isso eles sabem muito bem. Complemento direto

f. Não, filho, muitos dos nossos eram presos e torturados. Vocativo; predicativo do sujeito

g. Alguns viviam nas periferias longe das famílias. Complemento oblíquo; modificador do grupo verbal

h. Ou, em alternativa, fugiam da guerra. Complemento oblíquo

i. “A liberdade é um dado adquirido. predicado

j. Jamais voltaremos atrás, pois estamos satisfeitos com a nossa coragem e determinação”. Complemento oblíquo;
Complemento do adjetivo

k. As nossas opções de diplomacia não são feitas de forma soberana e autónoma. Complemento do nome;
Complemento do nome

l. Finalmente, somos agora livres de escolher”. Modificador frásico; complemento do adjetivo

m. Finalmente, somos agora livres de escolher. Predicativo do sujeito

n. A ameaça reside na própria democracia. Complemento oblíquo

FRASE COMPLEXA

2. Classifique as orações sublinhadas em cada um dos segmentos selecionados.

a. Essas são memórias inesquecíveis de quem se emociona porque sabe o que é sem elas viver.

Oração subordinada substantiva relativa

b. “aprendem desde que estejam, efetivamente, com atenção. Oração subordinada adverbial condicional

c. É provável que tenham chegado, apesar de não terem vindo cá Oração subordinada substantiva completiva;
oração subordinada adverbial concessiva

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d. “houve gente que morreu por causa da política, o que considero inaceitável.

Oração subordinada adjetiva relativa restritiva; Oração subordinada adjetiva relativa explicativa

e. “é preciso que alguém os avise que o atendimento está tão atrasado que dificilmente serão atendidos hoje.

Oração subordinada substantiva completiva; Oração subordinada substantiva completiva; Oração subordinada
adverbial consecutiva

3. Nas frases «Descobriu-se então que, numa região do hipotálamo, os núcleos supraquiasmáticos, há umas células
que constituem o nosso relógio biológico central. São cerca de 20 mil neurónios que têm uns genes relacionados,
de forma rítmica, com certas proteínas. Todas as noites, este relógio «apita»: é um sinal enviado à glândula pineal
para que produza melatonina. Este aviso serve ainda como ordem para os restantes ritmos biológicos do corpo
entrarem em funcionamento», a sequência textual dominante é

(A) narrativa. (B) argumentativa. (C) explicativa. (D) descritiva.

4. A função sintática desempenhada pelos elementos sublinhados em «descobriu-se que estava relacionada com os
ritmos circadianos» é a de

(A) complemento direto. (B) complemento oblíquo. (C) predicativo do sujeito. (D) modificador.

5. Os elementos sublinhados em «As investigações subsequentes com animais mostraram o seu envolvimento
noutros ciclos endócrinos e metabólicos» contribuem para a coesão

(A) interfrásica. (B) frásica. (C) referencial. (D) temporal.

6. Os processos de formação das palavras «biológico» e «escuridão» são, respetivamente,

(A) prefixação e parassíntese. (B) composição e derivação.

(C) composição e prefixação. (D) derivação e composição.

7. Identifica a função sintática dos elementos sublinhados em «Há outro externo, o fotoperíodo, que está
relacionado com as mudanças de luz e escuridão» .

outro externo, - complemento direto

o fotoperíodo, modificador do nome apositivo

que está relacionado com as mudanças de luz e escuridão». modificador do nome restritivo

8. Atenta no pequeno excerto:

“Os investigadores só começaram a interessar-se pela melatonina nos finais dos anos 70. Até então, poucos a
conheciam e nem sequer era mencionada na maioria das universidades. A verdade é que se conservou ao longo da

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evolução da espécie humana, o que indiciava que devia ter uma função importante, e por isso começou a ser alvo
de estudo, sendo isto o que me agrada.”

8.1. Sublinha e classifica as quatro orações subordinadas presentes no trecho.

Oração subordinada substantiva completiva

Oração subordinada adjetiva relativa explicativa

Oração subordinada substantiva completiva

Oração subordinada adjetiva relativa restritiva

8.2. Refere o tipo de coesão assegurado pelo uso dos vocábulos destacados em:

8.2.1. “Os investigadores só começaram a interessar-se pela melatonina nos finais dos anos 70.” Coesão
frásica

8.2.2. “Até então, poucos a conheciam”. Coesão referencial

8.2.3. ““Os investigadores só começaram a interessar-se pela melatonina nos finais dos anos 70. Até
então, poucos a conheciam e nem sequer era mencionada na maioria das universidades”. Coesão temporal

8.2.4. Indica o referente do elemento anafórico “o que” e indica o tipo de coesão em causa.
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“se conservou ao longo da evolução da espécie humana” – coesão referencial

9. Indica o valor aspetual presente na frase «Todos queriam saber para que servia aquela pequena «bolota» situada
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num lugar tão estratégico, ignorando que se tratava de uma glândula». Valor aspetual imperfetivo

GRUPO II

Nas respostas aos itens de escolha múltipla, selecione a opção correta.


Escreva, na folha de respostas, o número do item e a letra que identifica a opção escolhida.

Leia o texto.
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Um «louco» que «quis grandeza qual a sorte a não dá». É assim que Fernando Pessoa descreve el-rei D.
Sebastião, o homem que, num laivo de loucura, decidiu compor um exército a partir da fina flor da nobreza
portuguesa e embarcar para o norte de África, numa missão suicida que custou a Portugal o chefe de Estado
e, subsequentemente, a independência. Estas palavras serão também as mais apropriadas para descrever o
20 D. Sebastião de Manoel de Oliveira, realizador centenário conhecido pelo uso da literatura portuguesa
enquanto fonte primária dos seus filmes e que escolheu a peça El-rei D. Sebastião, de José Régio, como
ponto de partida para a sua longa-metragem O Quinto Império — ontem como hoje.
Fiel à estrutura da peça, o «Mestre» faz da palavra a principal condutora da história, e mesmo os atores
são, por vezes, dramaticamente teatrais. Com esse propósito, confina a ação a um espaço, o paço real, sendo
25 grande parte do tempo passado nos aposentos do rei. Assim, no seu estilo conhecidamente minimalista, é
através de uma câmara, por vezes estática, por vezes panorâmica, que seguimos o jovem monarca nas suas
passadas inquietas pelo palácio, entre o trono e a capela, aonde vai procurar a bênção divina para o seu
projeto militar. Se o enredo gira em redor das dúvidas, inseguranças e ambições megalómanas de D. Sebastião,
ou seja, da sua vida interior, é lógico que a história se esconda no interior do palácio, espaço psicológico que é a
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metáfora ideal para a prisão do «Desejado» às suas ânsias e à pressão colocada sobre os seus ombros
pelos «egrégios avós», representados nas estátuas que o olham fixamente na sala do trono.
Qual Hamlet de Shakespeare, O Quinto Império desenrola-se languidamente e sem pressas, arrastando-
-se em palavras medidas e silêncios prolongados. Mas, se Hamlet é a tragédia da indecisão porque o prota-
gonista é incapaz de atuar, a componente trágica de O Quinto Império está precisamente no conhecimento
prévio que o espectador tem de que o rei não só vai agir como vai falhar por completo nas suas aspirações.
Deste modo, o tom do filme é nostálgico, melancólico e agoirento. A desgraça iminente é anunciada em
sequências repletas de símbolos e imagens ominosos, como o momento em que a espada de D. Afonso
Henriques é lançada ao ar para aterrar com eco no chão, ou a sequência em que o rei adormece e desliza
cadeira abaixo, desaparecendo de cena perante a câmara estática e deixando o trono profeticamente vazio. A
fotografia de Sabine Lancelin traz as sombras e a solenidade a espaços iluminados apenas por velas e luz
natural, e a banda sonora de Carlos Paredes, com o ressoar triste das cordas da guitarra portuguesa,
relembra-nos que o conceito de Fado já era parte da mística lusitana ainda antes de poder ser identificado
com a música.
Ricardo Trêpa, neto do realizador e um dos seus atores-fetiche, dá um D. Sebastião convincente, de
rosto desassossegado e expressão ausente, como todos imaginamos. De lábios vermelhos e traços efemi-
nados, o «Encoberto» é-nos apresentado como uma criança mimada, vítima de adulações exageradas e de
um discurso messiânico desde o berço, que o levam a acreditar ser o salvador da Pátria e um paladino do
cristianismo.
Mas mais do que um mapa psicológico de uma personagem-chave da nossa História, O Quinto Império é
um manifesto bastante atual contra doutrinas e ideais imperialistas que continuam a ser uma realidade,
ainda que surjam disfarçados sob diversas formas, nas sociedades democráticas contemporâneas.
O «Mestre» não desilude. O Quinto Império é tanto uma denúncia intemporal dos males da classe política
portuguesa — na Monarquia como na República, «ontem como hoje» — como uma carta de amor aos
valores culturais e aos mitos e lendas que constituem o imaginário do povo português. Humanizando um
homem que, para a maioria, é um herói de uma história que ficou por contar, Manoel de Oliveira força-nos a
questionar a nossa conceção do passado, bem como a imagem mental que construímos do nosso pre-
sente. Eu faço isso constantemente.
MARIANA CRUZ, https://espalhafactos.com/2016/02/25/207999, publicado em 25 de fevereiro de 2016;
consultado em 22 de outubro de 2016 (com adaptações).

1. O filme O Quinto Império — ontem como hoje

(A) baseia-se em Mensagem, de Fernando Pessoa.


(B) inspira-se em Hamlet, de Shakespeare.
(C) parte de El-rei D. Sebastião, de José Régio.
(D) expressa a visão singular de Manoel de Oliveira relativamente à figura de D. Sebastião.

2. Segundo a autora do texto, o confinamento da ação ao paço real

(A) procura acentuar o protagonismo de D. Sebastião.


(B) decorre do estilo minimalista de Manoel de Oliveira.
(C) está de acordo com o gosto do realizador por espaços interiores.
(D) resulta da obra dramática em que o realizador se inspira.

3. O segundo período do terceiro parágrafo do texto (linhas 18 a 20), relativamente à frase anterior, introduz uma ideia
de

(A) causalidade.
(B) concessão.
(C) oposição.
(D) adição.

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4. Nas expressões «passadas inquietas» (linha 12) e «rosto desassossegado» (linha 30), encontramos

(A) uma metonímia e uma metáfora, respetivamente.


(B) uma metáfora e uma sinédoque, respetivamente.
(C) duas metáforas.
(D) duas hipálages.

5. No contexto em que ocorre, a palavra «iminente» (linha 21) significa

(A) «que está mesmo para cair».


(B) «prestes a acontecer».
(C) «muito grande».
(D) «superior».

6. Em « Eu faço isso constantemente » (linha 43), o valor aspetual é

(A) Imperfetivo.
(B) perfetivo.
(C) iterativo.
(D) genérico.

7. Nas linhsa 40 e 41, as duas ocorrências da palavra «que» correspondem a

(A) um pronome em ambos os casos.


(B) uma conjunção em ambos os casos.
(C) uma conjunção e um pronome, respetivamente.
(D) um pronome e uma conjunção, respetivamente.

8. Identifique a função sintática desempenhada pelo constituinte «neto do realizador e um dos seus atores-fetiche» (linha 30).

Modificador do nome apositivo

9.. Identifique o mecanismo de coesão textual decorrente do uso de «como» (linha 30).coesão interfrásica

10. Classifique a oração «ainda que surjam disfarçados sob diversas formas» (linha 36). – oração subordinada adverbial
concessiva

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