Recurso de Apelaçao Lab Penal

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EXCELENTISSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ...

VARA CRIMINAL DE PORTO


ALEGRE – RS

Breno, já qualificado nos autos do processo nº.... por meio de seu advogado que
esta subscreve, inconformado com a respeitável decisão que o condenou as penas de
em 03 anos e 06 meses de reclusão e 26 dias-multa, respeitosamente se faz presente
perante Vossa Excelência para interpor o presente RECUSO DE APELAÇÃO com fulcro
no artigo 593, I do Código de Processo Penal pelas razões de fato e de direito a seguir.

Ante ao exposto, requer seja o presente recurso recebido e processado com as


inclusas razões a serem endereçadas ao Egrégio Tribunal de justiça do Rio Grande do
Sul.

Termos em que,
Pede Deferimento,
Porto Alegre, 11 de dezembro de 2017
Advogado / OAB
Razões De Apelação
Processo Nº....
Apelante: Breno
Apelada: Justiça Pública

Egrégio Tribunal De Justiça do Estado do Rio Grande do Sul


Colenda Câmara
Douto Procurador De Justiça

Em que pese o notório saber jurídico do Douto Magistrado “a quo”, merece ser
reformada a sua decisão pelas razões de fato e de direito a seguir expostas.

I – DOS FATOS

O apelante, com 73 anos foi acusado de falsificar uma folha de cheque e


apresenta-la em uma loja de eletrodomésticos.
O Ministério Publico o denunciou pelas práticas dos crimes previstos nos artigos
171, caput e art. 297, §2º ambos do Código Penal, em concurso material.
Em audiência de instrução o apelante não pode comparecer e, embora a defesa
tivesse pedido o adiamento, o magistrado seguiu adiante e condenou o apelante as
penas de 3 anos e 6 meses de reclusão e 26 dias multa.
II – DO DIREITO

Preliminarmente, o processo é nulo diante do manifesto cerceamento de defesa


praticado pelo juízo “a quo”, isso porque, o apelante não teve o direito de ser interrogado,
já que na data da Audiência de Instrução e Julgamento apresentou problemas de saúde.
Ao não permitir o adiamento da audiência o magistrado violou o direito da ampla defesa,
conforme o artigo 5º, LV, da Constituição Federal.
No mérito, não poderia o apelante ser condenado por dois crimes em concurso material,
já que o crime fim (estelionato) deve absorver o crime meio (falsificação de documento)
como diz a doutrina e a jurisprudência.
Segundo a doutrina, aplica-se o princípio da consunção, o qual o apelante deve
responder apenas pelo crime fim.
Além disso, a sumula 17, STJ assim também entende “Súmula 17 do STJ: Quando o
falso se exaure no estelionato, sem mais potencialidade lesiva, é por este absor vido.”
Outrossim, o apelante não praticou o crime de estelionato na sua modalidade
consumada, já que não teve a oportunidade de adquirir a vantagem ilícita, configurando
assim, crime tentado, nos termos do art. 14, II do Código Penal

III – DO PEDIDO

Diante do exposto, requer seja o presente recurso conhecido e provido, para que o
apelante seja condenado apenas por tentativa de estelionato, aplicando-se a
circunstância atenuante do artigo 65, I, do Código Penal, excluindo-se o aumento da
pena pela presença do Dolo, que já configura elemento do tipo penal.
Requer, outrossim, seja a pena substituída por restritivas de direitos, nos termos do
artigo 44 do Código de Processo Penal ou que seja aplicada a suspensão condicional
da pena nos termos do artigo 77 do Código Penal.

Por fim, requer seja dado ao apelante o direito de recorrer em liberdade.

Porto Alegre, 11 de dezembro de 2017.


Advogado / OAB

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