Peregrino - John Bunyan
Peregrino - John Bunyan
Peregrino - John Bunyan
2020v20p318-345
O PROGRESSO DO PEREGRINO
E A ÉTICA DA CONVERSÃO
INDIVIDUALISTA
Arquivo enviado em
14.11.2018
e aprovado em
15.03.2020
V. 10 - N. 20 - 2020 Resumo
O objetivo deste artigo é apresentar a
*Graduado e Mestre em
alegoria religiosa The Pilgrim’s Progress, do
Teologia com doutorado escritor inglês John Bunyan, buscando en-
em Filosofia. O presente contrar no enredo e no contexto histórico que
trabalho foi realizado com se entrelaça à obra, alguns elementos que
apoio da Coordenação nos permitam compreender o ethos da vida
de Aperfeiçoamento peregrina desse indivíduo em busca da sua
de Pessoal de Nível salvação. Assim, considerando que a obra
Superior - Brasil (CAPES). foi escrita como resposta ao conturbado ce-
E-mail: marcelo. nário religioso e político da Inglaterra do sé-
[email protected] culo XVII, analisaremos o enredo, os dogmas
e os símbolos religiosos presentes no livro,
buscando compreender a relação entre fé e
vida “mundana”, indivíduo e comunidade e,
principalmente, o valor das narrativas de de-
voção na experiência de conversão, para, en-
tão, entender como tais valores, expostos nas
potentes alegorias de Bunyan, geraram um
universo lúdico e concreto que validou uma
ética religiosa, profundamente individualista,
que se tornou a marca do conversionismo pu-
ritano, e que continua a fazer sentido, mesmo
ISSN - 2236-9937 Teoliterária V. 10 - N. 20 - 2020
Abstract
This article aims to present the religious allegory of John Bunyan’s The
Pilgrim’s Progress, seeking to find, in the narrative and in the historical con-
text that interweaves the literary work, some elements that allow us to unders-
tand the peregrine life ethos of the main character in search of his salvation.
Considering that the book was written in response to the troubled religious and
political scene of seventeenth-century England, we will analyze the narrative,
dogmas and religious symbols present in the book, seeking to understand the
relationship between faith and “mundane” life, individual and community, and
especially the value of the devotion narratives present in the conversion expe-
rience, and then to understand how those values, exposed in Bunyan’s powerful
allegories, generated a playful and concrete universe that validated a profoundly
individualistic religious ethic that became the a mark of puritanical conversionism
that continues to make sense even for people who do not share Bunyan’s histo-
rical and social context.
Introdução
As I walked through the wilderness of this world, I lighted on a certain place, where
was a den; and I laid me down in that place to sleep: and as I slept, I dreamed a
dream. I dreamed, and, behold, I saw a man clothed with rags, standing in a certain
place, with his face from his own house, a book in his hand, and a great burden
upon his back. I looked, and saw him open the book, and read therein; and as
he read, he wept and trembled; and not being able longer to contain, he brake
out with a lamentable cry, saying, “What shall I do?” (BUNYAN, 2008, p. 10.)
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John Gifford, que havia falecido no mesmo ano. Dois anos depois foi or-
denado ao diaconato, mas sua pouca instrução impediu a sua ordenação
oficial ao ministério pastoral, o que lhe gerou grandes problemas com o
Act of Uniformity, que proibiu a pregação leiga e estabeleceu a expulsão
dos ministros que não haviam sido ordenados segundo o rito anglicano,
exigindo a todos os ministros ordenados o juramento de lealdade ao
anglicanismo e a aceitação do Livro de orações comuns. Cabe contextu-
alizar que em 1660, com a morte do puritano Oliver Cromwell, findou-se
os onze anos de governo presbiteriano e a monarquia Stuart foi restau-
rada. Com ela ocorreu o fortalecimento do modelo litúrgico e teológico da
Igreja Anglicana, bem como o conflito com as práticas puritanas e a per-
seguição aos divergentes. Nesse período, foi imposto ao povo inglês um
sistema rígido de leis, conhecido como Código de Clarendon, que proibia
as reuniões particulares com mais de cinco pessoas (Conventicle Act),
decretava a oficialidade do culto anglicano e colocava os cargos da igre-
ja e do estado nas mãos daqueles que se conformaram ao anglicanismo
(Corporation Act). Em 1665, o Five-Mile Act estabelecia que os ministros
expulsos não poderiam residir dentro de um raio de cinco milhas do cen-
tro da cidade de sua antiga paróquia. Em decorrência dessas proibições,
“cerca de dois mil ministros presbiterianos, congregacionalistas e batis-
tas foram expulsos das suas igrejas” (NICHOLS, 2000, p. 225).
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3. Até 1885 nenhuma biografia de John Bunyan questionava a identidade batista de John
Bunyan. O fato ter sido recebido como membro na Igreja Batista St. John, em Bedford,
após passar pelo batismo no Rio Great Ouse em 1653 e ter exercido o ministério nessa
mesma congregação, era suficiente para defini-lo como batista. Contudo, John Brow,
que exerceu o ministério na mesma congregação de Bunyan no período entre 1864 e
1903, após a leitura de registros paroquiais dessa comunidade, compreendeu que a po-
lítica de adesão aberta tanto de credobatistas quanto de pedobatistas aproximava esse
grupo mais das práticas congregacionais que das batistas. Essa dúvida, fruto de uma
visão anacrônica sobre a prática da adesão e da comunhão aberta nas igrejas batistas,
não leva em conta que antes da Declaração de Savoy, de 1658, havia entre as igrejas
independentes um considerável intercâmbio religioso e, inclusive, a prática da comunhão
aberta entre batistas, quaker, congregacionalista e presbiterianos sem dar importância
demasiada a questão do batismo. Acerca desse debate, recomendo o ainda atual artigo
Was John Bunyan a Baptist, de Joseph D. Ban (BAN, 1984).
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4. Originalmente, The Pilgrim’s Progress era uma obra independente. Beth Lynch acredi-
ta que a polêmica entre Bunyam e Thomas Sherman, um Batista que havia se proposto
a “melhorar” a teologia e a escrita de Bunyan, encorajou a escrita da segunda parte do
livro, de 1684 (LYNCH, 2004, p. 93).
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5. “My name is now Christian, but my name at the frst was Graceless; I came of the race of
Japheth, whom God will persuade to dwell in the tents of Shem” (BUNYAN, 2008, p. 47).
6. Cf. a tese 141 em BUNYAN, John. Grace Abounding to the Chief of Sinners. Disponível
em: <https://www.gutenberg.org/files/654/654-h/654-h.htm>. Acesso em: 14 ago. 2019.
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8. “He hath skill to cure those that are somewhat crazed in their wits with their burdens.”
(BUNYAN, 2008, p. 20)
9. Cf. o capítulo “A use of examination about the Old Covenant” (BUNYAN, 2014).
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10. “An individual fundamentally at odds with the world, sometimes willing to play by the
rules of those in power, but always ready to stand up against them in the name of God”
(SPURR, 1998, p.47).
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11. O Arminianismo foi uma doutrina teológica iniciada por Jacobus Arminius que divergia
da doutrina da predestinação absoluta presente no Calvinismo. Para Arminius, o centro
da predestinação não está na vontade soberana de Deus, como no Calvinismo, mas na
presciência divina. Assim, Deus predestinou aquelas pessoas que iriam perseverar até
o fim, gerando uma relação harmônica entre a predestinação e o livre-arbítrio humano.
Nessa concepção, o ser humano é livre para cooperar com a salvação e até mesmo
resistir à graça divina.
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12. Allegorie auf Gesetz und Gnade. Óleo sobre madeira (72.7 × 60.2 cm). 1529.
Atualmente na Galeria Nacional de Praga.
13. Nascido Lucas Maler, em 1473, em Kronach, na Bavária, assumiu o nome artístico
de Lucas Cranach. Quando o seu filho, também pintor, passou a usar o mesmo nome, o
Cranach, o pai, acrescentou a expressão der Ältere (o velho).
14. Helmut Renders nos informa que Wierix “criou duas obras denominadas, posterior-
mente, De smalle en de brede Weg: a primeira, por volta de 16006, e a segunda, aproxi-
madamente em 1619” (RENDERS, 2016, p. 197)
15. Leonildo Silveira Campos conta que a obra foi desenhada na cidade de Stuttgart,
Alemanha, no ano de 1862, a pedido de uma ativa participante do “movimento de diaco-
nisas” chamada Charlotte Reihlen (1805-1868). A versão conhecida pelos puritanos foi
impressa em Londres, no ano de 1883. (Cf. CAMPOS, 2014, p. 340).
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Uma vez livre do fardo que o oprimia, Cristão seguiu sua peregri-
nação pelo caminho estreito, onde encontrou três indivíduos chamados
Simples (Simple), Preguiça (Sloth) e Presunção (Presumption), todos
16. A mais celebre dessas versões data de 1821 e pode ser acessada no site de https://
digital.library.cornell.edu/catalog/ss:3293746.
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17. Bunyan descreve que os peregrinos falavam a língua de Canaã e os feirantes a lin-
guagem do mundo.
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tátua de sal que continha uma placa com os seguintes dizeres: “Lembrai-
vos da mulher de Ló”, o que lhes serviu de alerta contra as propostas de
seus falsos companheiros.
O julgamento de Fiel faz uma referência velada às audiências a que
muitos puritanos eram submetidos em tribunais parciais que faziam com
que o processo circundasse apenas acerca de questões relativas ao
Livro de Oração Comum, de modo que o centro do debate já não era
jurídico, mas teológico, buscando a renúncia da fé puritana e a confor-
mação ao establishment anglicano. Isso contribuiu para o antinomianis-
mo do ethos puritano peregrino, que não reconhece a existência de um
lugar para si na sociedade terrena. A verdadeira sociedade está no reino
vindouro e neste mundo tudo deve estar submetido ao crivo da vaidade:
o que permanece na Cidade Celestial pode ser cultivado, o que não
permanece pertence a este mundo e deve ser deixado de lado para que
não atrapalhe a caminhada. A Feira da Vaidade exemplifica essa rela-
ção conturbada entre o perene e o transitório. Assim como no cristianis-
mo dos primeiros séculos, as igrejas que seguiram a visão peregrina de
Bunyan não tardaram em reorganizar os argumentos, harmonizando a
relação entre o terreno e o celestial.
Retornando à história de Cristão, após se deliciarem nas águas do
Rio da Vida, os peregrinos se desviaram do caminho correto, seguin-
do um prado que, equivocadamente, acreditavam seguir paralelo ao
Caminho Estreito. Depois de enfrentar uma densa noite e uma violenta
tempestade, foram aprisionados no Castelo da Dúvida (Doubting-Castle)
pelo Gigante Desespero (Giant Despair). Nessa prisão eram atormenta-
dos com açoites e constantemente incentivados pelo gigante a tomarem
o atalho do suicídio. Em meio a orações, Cristão lembra-se da Chave da
Promessa (key called Promise that will), capaz de abrir todas as portas
do Castelo da Dúvida.
A próxima parada dos peregrinos foi nas Montanhas das Delícias
(Delectable Mountains), onde foram recebidos pelos Pastores da Terra
de Emanuel (Immanuel’s Land). Assim como na casa do Intérprete, os
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18. Para Calvino, a Bíblia contém a “doutrina celestial” e, por isso, nela há uma autori-
dade absoluta que faz com que deva ser obedecida acima de qualquer coisa. (TILLICH,
1988, p. 270).
19. Richard Baxter (1615-1691), em suas “Directions for Hating Sin”, condena o ateísmo,
não apenas por sua falta de crença em Deus, mas, principalmente, por sua descrença
no pecado. Jonathan Edwards, na famosa pregação de 8 de julho de 1741 chamada
“Sinners in the hands of an angry god”, referenciava o ateu simplesmente como o ímpio,
aquele que já está debaixo da sentença de condenação ao inferno. Charles Spurgeon
(1834-1892), um puritano tardio, desqualificava o ateísmo qualificando-o como algo es-
tranho, já que até os demônios nunca caíram nesse vício (SPURGEON, 1988, p.12).
Antônio Carlos dos Santos (SANTOS, 2018), em seu artigo “O grande monstro: o ateu
no século XVII inglês”, apresenta a imprecisão conceitual acerca desse termo, muitas
atrelando à imagem de um monstro capaz de atrair maldição sobre a cristandade.
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20. Uma versão on-line do texto pode ser encontrada no site Biblehub (https://biblehub.
com/library/bunyan/the_works_of_john_bunyan_volumes_1-3/differences_in_judgment_
about_water.htm)
21. Convém lembrar que o batismo em questão é o batismo praticado em adultos, me-
diante declaração de fé.
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Then I saw that there was a way to hell, even from the gates of
Heaven, as well as from the City of Destruction! So I awoke, and
behold it was a dream (BUNYAN, 2008, p. 154).
Esta última frase do livro serve para o leitor como um aviso a res-
peito da ilusão da falsa religião, aquela baseada na força humana. Mas
também traz ao peregrino a certeza de que só na ressurreição, quando
finalmente tiver entrado no reino celestial, encontrará o descanso e a
certeza de ter completado a caminhada.
22. O supralapsarianismo é uma doutrina calvinista referente à ordem lógica dos decretos
eternos de Deus. Calvino, embora considerasse o estudo da predestinação mais que um
exercício acadêmico, já que a lia a partir da noção de soberania absoluta de Deus, alertou
acerca da pesquisa exageradamente profunda do assunto (CALVINO. As institutas da re-
ligião cristã, livro 3, cap. 21, seção 1). A despeito da advertência do reformador, seu discí-
pulo Teodoro Beza aprofundou os ensinos de Calvino sobre a predestinação, chegando a
afirmar que Deus conduz indivíduos ao pecado por já os ter condenado ao inferno. Nessa
lógica, o decreto de salvação é anterior ao da criação, de modo que algumas pessoas
seriam criadas com a finalidade de serem condenadas e, portanto, não teriam escolha.
Acerca do assunto, recomenda-se o artigo “O antecedente da salvação: predestinação”
da Teologia sistemática de Millard J. Erickson (ERICKSON, 2015, p. 880-899).
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Considerações finais
Os puritanos ingleses de orientação batista tinham uma vida cúlti-
ca muito simples. A ênfase do culto que prestavam a Deus estava na
“simplicidade bíblica”, ou seja, um culto baseado na palavra, sem cân-
ticos, liturgia escrita e ou símbolos litúrgicos como vestes, movimentos
ou imagens. Os hinos só foram introduzidos no final do século XVII, com
a segunda Confissão Batista de Londres. Essa austeridade simbólica
serviu ao ideal puritano de criar distinção entre o catolicismo e o protes-
tantismo, no entanto, gerou uma religião dos símbolos quebrados, numa
pobreza que precisava ser superada de alguma forma. Nesse contexto,
a obra The Pilgrim’s Progress trouxe um refrigério ao deserto imagético
do puritanismo ao trazer uma enxurrada de imagens que passaram a
povoar o imaginário dos leitores da obra, devolvendo os bens simbólicos
negados pela iconoclastia puritana. Como o culto privado e desinstitu-
cionalizado era a base da espiritualidade puritana da época, a obra de
Bunyan foi muito mais eficiente que os tratados de fé no duro processo
de manter viva a proposta de espiritualidade desse grupo cristão.
Assim sendo, podemos dizer que The Pilgrim’s Progress não apenas
serviu de registro de um padrão religioso do século XVII, mas foi capaz
de devolver ao puritanismo batista a riqueza lúdica das representações
imagéticas. Indo além, podemos ver a alegoria de Bunyan como o tes-
tamento espiritual de um pastor aprisionado, o que faz a obra entrar na
esfera da terapia e da poimênica, exercendo um papel consolador na
vida do leitor devoto que, comparando sua trajetória à dos personagens
peregrinos, encontra consolo para seguir sua caminhada extramundana.
Mesmo com todo dogmatismo que permeia o livro, o leitor encontra nele
um lugar de emoção, de compadecer-se com a dor do peregrino, de
reconhecer-se nos personagens do livro e na experimentação estética
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