Trabalho Aps Treliças

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UNICEUG

TRELIÇAS

ALUNOS: Grazyella Fernandes Pereira RA: 14234


Leandro Moreira Luciano RA: 11935
Michelle Antônio de Moura RA: 11542
Ronaldo Guimarães Sousa RA: 14741

GOIÂNIA

2020
SUMÁRIO

1INTRODUÇÃO ......................................................................................................... 3
2 OBJETIVOS ............................................................................................................ 4
2.1 Objetivo Geral...................................................................................................... 4
2.2 Objetivo Específicos........................................................................................... 4
3 HISTÓRIA DAS TRELIÇAS .................................................................................... 5
4 PRINCIPAIS CARACTERISTICAS DAS TRELIÇAS ............................................. 7
4.1 Treliça Warren ..................................................................................................... 7
4.2 Treliça Pratt ......................................................................................................... 7
4.3 Treliça Howe ....................................................................................................... 8
5 MATERIAIS UTILIZADOS ...................................................................................... 8
6 VANTAGEM E DESVANTAGEM DE UTILIZAR AS TRELIÇAS ........................... 8
7 METODOS NUMERICO .......................................................................................... 9
7.1 Condição de estaticidade .................................................................................. 9
7.2 Métodos dos Nós .............................................................................................. 11
8 SOFTWARE FTOOL ............................................................................................. 14
9 CALCULO DAS FORÇAS NA TRELIÇA ............................................................. 18
10 CALCULOS DOS NÓS ....................................................................................... 19
11 DIMENSIONAMENTO FTOOL ........................................................................... 24
12 DEFORMAÇÃO .................................................................................................. 25
13 TRELIÇA 2 ......................................................................................................... 26
14 SOMATORIA DAS FORÇAS ............................................................................. 26
15 DIMENSIONAMENTO NO FTOOL ................................................................... 29
16 DEFORMAÇÃO ................................................................................................ 30
17 CONCLUSÃO ................................................................................................... 31
REFERÊNCIAS ..................................................................................................... 32
3

1 INTRODUÇÃO

Um sistema articulado plano rígido é definido como sendo um sistema de


barras rígidas delgadas complanares ligadas entre si por extremidades rotuladas,
formando um sistema estável. Esta estrutura é definida como treliça. O
carregamento numa treliça é realizado nos nós. A forma como as barras estão
colocadas na treliça torna-a num sistema eficiente para suportar estas cargas, ou
seja, uma treliça pode suportar cargas pesadas comparativamente com o seu peso
próprio. (GOMES , 2016, pag. 6 e 7)
As treliças são um dos principais tipos de estruturas de engenharia,
apresentando-se como uma solução estrutural simples, prática e económica para
muitas situações de engenharia, especialmente em projecto de passagens
superiores, pontes e coberturas. A treliça apresenta a grande vantagem de
conseguir vencer grandes vãos, podendo suportar cargas elevadas
comparativamente com o seu peso. Podemos ainda observar as estruturas
treliçadas em postes de alta tensão, vigas de lançamento, gruas e em inúmeras
outras estruturas de engenharia. (GOMES, 2016, pag. 5)
Essas estruturas de engenharia como a treliça são capazes de suportar
cargas pesadas para que isso ocorra de forma eficiente são realizados vários
cálculos, como as reações de apoio a partir das equações de estática universais
para determinar os esforços normais das barras através de vários métodos, como no
numérico Método dos Nós e no software FTOOL, concluindo se as barras estão
sofrendo compressão ou tração, e no software FTOOL, além disso, ainda especifica-
se o deslocamento da treliça, quanto menor o deslocamento mais eficiente será a
treliça.
4

2 OBJETIVOS

2.1 Objetivo Geral

Esse trabalho tem como objetivo aprimorar nosso conhecimento sobre treliças
destacando alguns pontos como a historia, principais características, vantagens e
desvantagens, materiais utilizados, locais aplicados, método numérico como o
Metodo dos Nós e sobre o software FTOOL, para assim conseguir determinar
treliças com menor deslocamento.

2.2 Objetivo Específicos

- Aplicar conhecimentos sobre treliças


- Aplicar e compreender o cálculo numérico Método dos Nós
- Compreender a atuação das forças em cada barra das treliças
- Entender e identificar tração e compressão nas treliças
- Utilizar, compreender e dimensionar a treliça no software FTOOL
- Identificar no software FTOOL os valores dos esforços normais e valores de
deslocamento
- Desenvolver uma treliça com comprimento de exatamente 90 cm entre os
apoios para sofrer o menor deslocamento com uma força de carga 30 N
5

3 HISTÓRIA DA TRELIÇA

Damos o nome de estrutura aos elementos resistente de uma edificação, de


máquinas de qualquer objeto. Ao olhar em nosso redor, podemos observar que tudo
possui uma estrutura, a edificação onde moramos, o computador a estante,
cadeiras, mesas etc. tudo possui uma estrutura. (Schmidt e Boresi, 1999)

A estrutura tem como função resistir ações que nela atuam. Para That uma
estrutura que cumpra suas funções deve resistir, (toda e qualquer solicitação física
imposta a uma estrutura). (Schmidt e Boresi, 1999)

Pode-se observar nas figuras algumas das configurações clássicas de


estruturas treliça das que foram utilizadas desde o século XIX. Na época do
desenvolvimento das treliças, estas distinguiam-se pelas suas configurações, pelo o
materiais, capacidade de resistirem a elevados esforços e ainda por apresentar
grandes vão, as treliças designam-se pelos os nomes de quem as
aperfeiçoou.(Schmidt e Boresi, 1999)

Figura 1 – Modelo de Treliças

Fonte: Schmidt e Boresi, 1999


6

As treliças surgiram como um sistema estrutural mais económico às vigas,


sendo um dos principais tipos de estruturas de engenharia. O engenheiro romano
Apollodorus construiu sobre o Rio Danúbio por volta de 105 d.C, uma ponte de
treliça de múltiplos vãos. Cada vão de ponte tomou forma similar à arqueada
(Schmidt e Boresi, 1999).

Durante a revolução industrial devido à falta de ferro forjado na Europa e com


a expansão das ferrovias, os engenheiros desenvolveram treliças mais racionais e
mais leves para a construção de pontes com grandes vãos. No início do século XIX
surge o ferro laminado que apesar de ser mais caro que o ferro fundido, apresentava
melhoria substancial no comportamento as trações.(Schmidt e Boresi, 1999).

A partir da década de 70 do século XIX o aço começou a substituir o ferro


fundido e o laminado devido a sua maior resistência a ductilidade.(Schmidt e Boresi,
1999).

Figura 3 - Ponte de Apollodorus sobre o Danúbio

Fonte: Schmidt e Boresi, 1999


7

4 PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DA TRELIÇA

A treliça é definida como um sistema articulado, plano, rígido como um


sistema de barra rígida delgada com planares ligadas entre si por extremidades
rotuladas, formando um sistema estável.(GOMES, 2016)

O carregamento em uma treliça é realizado nos nós, a forma de como as


barras são colocadas, formam um sistema eficiente para suportar cargas pesadas
comparadas ao seu peso, a maioria das estruturas apesentam várias treliças unidas,
formando uma figura espacial.(GOMES, 2016)

Cada treliça é projetada para suportar as cargas que atam no seu plano,
podendo assim ser tradas como estruturas bidimensionais. A treliça é composta pelo
o cordão inferior (conjunto de elementos que forma que forma a parte inferior),
cordão superior (conjunto de elementos que forma a arte superior, montante (são as
barras verticais) e diagonais (são as barras inclinadas).(GOMES, 2016)

Na teoria de projeto, as barras de uma treliça simples são sujeitas somente a


esforços normais (tração ou compressão), sendo estas barras elementos retos
indeformáveis, unidos na sua extremidade por nós (articulações) consideradas
perfeitas. Estes elementos são menores e podem suportar pouca carga lateral,
sendo assim as cargas devem ser aplicadas preferencialmente nos vários nós e não
nos elementos retos, ficando os elementos que as constituem solicitados somente
nos esforços normais.(GOMES, 2016)

4.1 Treliça Warren

É a mais comum quando se necessita de uma estrutura simples e contínua. Estas


treliças são usadas para vencer vãos entre 50 e 100 metros. Quando se projeta
pontes com pequenos vão, também se pode utilizar as treliças tipo warren, quando
não necessita de elementos verticais (utilizado para amarrar a estrutura).(Instituto
Politécnico de Lisboa, 2018)

4.2 Treliça Pratt


8

É identificado pelos os seus elementos diagonais que, à excepção dos


extremos, apresentam-se todos eles inclinados e na direção do centro do vão. Todas
as barras diagonais à excepção das diagonais do centro, estão sujeitos somente à
tração, enquanto que as barras verticais suportam as forças de compressão.
(Instituto Politécnico de Lisboa, 2018)

4.3 Treliça Howe

É o oposto da treliça Pratt. As barras diagonais estão dispostas na direção


contrária do centro da treliça da ponte e suportam a forças de compressão. (Instituto
Politécnico de Lisboa, 2018)

5 MATERIAIS UTILIZADOS

Os materiais utilizados pode ser o aço, madeira, ferro e por vez o alumínio. As
barras podem ser unidas por meio de parafusos, soldas, rebites ou por placas de
metal entre outras. Nas treliças admite-se que o peso das barras é aplicado nos nós,
assim metade do peso de cada barra é aplicada em cada um dos seus nós.
(PEREIRA, 2019)

6 VANTAGEM E DESVANTAGEM DE UTILIZAR AS TRELIÇAS

Devido a elasticidade do aço, as estruturas metálicas podem ser construídas


mais esbelta, assim aproveitando os espaços e uma menor carga nas fundações. Os
perfis metálicos são produzidos por grandes indústrias assim passando mais
confiabilidade e segurança comparado as estruturas de concreto armado. Canteiro
de obra mais limpo, com menor movimentação e menos perdas. As peças metálicas
são recicláveis e se comparados a estrutura de concreto armado obtemos um maior
vão livre. (PEREIRA, 2019)

Como desvantagem as peças metálicas possuem seções mais esbeltas por


isso deve ter mais atenção com a flambagem das peças mais cumpridas. São mais
vulneráveis a ventos forte, muitas estruturas metálicas se contorcem após ventos
fortes, o comportamento ao fogo exige maiores cuidados em função da dilatação
térmica e perda de resistência. O ruído gerado ou as vibrações, como em
mezaninos, pode ser incômodo ao usuário de edificações, vulnerabilidade a
9

corrosão principalmente sem a manutenção preventiva como a tintura, por requerer


mão de obra especializado se torna mais alto o custo da estrutura metálica.
(PEREIRA, 2019)

7 METODO NUMERICO

7.1 Condição de Estaticidade

Ao iniciar o método numérico de uma treliça faz-se a classificação da sua


estaticidade, que é a determinação do numero mínimo de barras para estar em
equilíbrio estático, obtendo a classificação em treliça isostática, hiperestática e
hipostática.

Treliça Isostática é determinada através da igualdade entre a quantidade do


número de barras e a multiplicação em 2 vezes o numero de nós menos 3, ou seja,
dada pela equação nº barras = (2 x nº nós) - 3.

Treliça Hiperestática é determinada quando a quantidade do numero de


barras é maior que a multiplicação em 2 vezes o numero de nós menos 3, ou seja,
dada pela equação nº barras > (2 x nº nós) – 3.

Treliça Hipostática é determinada quando a quantidade do numero de barras


é menor que a multiplicação em 2 vezes o numero de nós menos 3, ou seja, dada
pela equação nº barras < (2 x nº nós) – 3.

Resumidamente assim:

Treliça Isostática: nº barras = (2 x nº nós) – 3

Treliça Hiperestática: nº barras > (2 x nº nós) – 3

Treliça Hipostática: nº barras < (2 x nº nós) – 3


10

Exemplo:

Figura - Treliça

Nº barras = 7

Nº nós = 5

Estaticidade: Nº barras = (2 x nº nós) – 3

7 = (2 x 5) – 3

7 = 7

Logo, é uma Treliça Isostática

Após a classificação da condição de estaticidade da treliça, faz-se a


determinação dos esforços axiais das barras de treliças podendo utilizar vários
métodos dos quais abordaremos o método do equilíbrio dos nós, ou Método dos
Nós.
11

7.2 Método dos Nós

Este método consiste em isolar sucessivamente cada um dos nós, marcar as


forças exteriores, ativas e reativas, e os esforços normais das barras que nele
concorrem. Os esforços normais das barras serão assim determinados como forças
que garantem o equilíbrio do nó. Se a treliça está em equilíbrio, todos os seus nós
também o estão. (GOMES, 2016, p.22)
Assim, aplica-se a equação ∑F = 0 que garante o equilíbrio de forças
concorrentes num ponto material, à qual correspondem as equações de projeção
∑Fx = 0 e ∑Fy = 0, tendo o referencial de eixos ortogonais Ox e Oy em qualquer
orientação. (GOMES, 2016, p.22)
É de notar que, se o nó tiver mais de duas barras para determinação dos
esforços, ou seja, duas incógnitas, as duas equações da estática não chegam para
determinar a solução do sistema. O cálculo deve-se sempre iniciar pelos nós que
possuam apenas duas incógnitas a determinar. Assim, a sucessão de nós é feita de
modo que surjam apenas dois esforços como incógnitas em cada novo nó. É
aconselhável, no caso da nossa sensibilidade estática não nos permitir antever a
natureza do esforço, que sejam todos considerados à tração, e assim, os sinais
obtidos já serão os sinais dos esforços atuantes: se for positivo (confirma o sentido
arbitrado) indica tração; se for negativo indica compressão. A barra estará sujeita à
compressão se a força que a comprime converge para os nós e, estará à tração se a
força que a traciona sai dos nós. (GOMES, 2016, p.22)
Resumidamente deve seguir os seguintes passos:
a) Determinação das reações de apoio
b) Verificação do equilíbrio de cada nó da treliça, iniciando-se sempre os
cálculos pelo nó que tenha o menor número de incógnitas.
c) Identificação do tipo de solicitação em cada barra (barra tracionada ou
barra comprimida)
12

Exemplo:

Figura - Treliça

Fonte: Lima, pág. 49

De acordo com a Figura:

a) Determinação das reações de apoio


Primeiramente identifica a geometria da treliça, seus carregamentos, Força
P, e os tipos de apoio, em A apoio fixo do segundo gênero, e em B apoio
móvel do primeiro gênero. Em seguida faz o ∑ Fh = 0 e ∑ Fv = 0.
Encontra-se os valores das reações de apoio em Va e Vb que são iguais,
pois a carga P está aplicada simetricamente entre os apoios.
Va = Vb = P/2

b) Verificação do equilíbrio de cada nó da treliça


Cálculo dos Esforços nas barras
Inicia-se o cálculo dos esforços pelo nó A que juntamente com o nó B são
os que possuem o menor numero de incógnitas.

Nó A:

∑ Fv = 0
13

+ Va + N1 . senα = 0
P/2 + N1 . senα = 0
N1 = - P / 2 . senα
N1 – barra comprimida

∑ Fh = 0
+ N2 + N1 . cosα = 0
N2 + (- P / 2 . senα) . cosα = 0
N2 = + P . cosα / 2 . senα
N2 – barra tracionada

Nó D:

∑ Fv = 0
- P + N3 = 0
P = + N3
N3 – barra tracionada

∑ Fh = 0
- N2 + N4 = 0
- P . cosα / 2 . senα + N4 = 0
N4 = + P. cosα / 2 . senα
N4 – barra tracionada

Nó B:

∑ Fv = 0
+ Vb + N5 . senα = 0
P / 2 + N5 . senα = 0
N5 = - P / 2 . senα
N5 – barra comprimida
14

c) Identificação do tipo de solicitação em cada barra (barra tracionada ou


barra comprimida)
Barra tracionada sinal positivo (+)
Barra comprimida sinal negativo (-)

N1 – barra comprimida (-)


N2 – barra tracionada (+)
N3 – barra tracionada (+)
N4 – barra tracionada (+)
N5 – barra comprimida (-)

8 SOFTWARE – FTOOL

O FTOOL é um programa que se destina ao ensino do comportamento


estrutural de pórticos planos, ocupando um espaço pouco explorado por programas
educativos, que se preocupam mais com o ensino das técnicas numéricas de
análise, ou por versões educacionais de programas comerciais, mais preocupados
em introduzir os estudantes às suas interfaces. Do seu objetivo básico decorre a
necessidade do FTOOL ser uma ferramenta simples, unindo em uma única interface
recursos para uma eficiente criação e manipulação do modelo (préprocessamento)
aliados a uma análise da estrutura rápida e transparente e a uma visualização de
resultados rápida e efetiva (pós-processamento). (MARTHA, 2012, pag. 5 e 6)
O FTOOL (Two-dimensional Frame Analysis Tool) foi desenvolvido
inicialmente através de um projeto de pesquisa integrado, coordenado pelo
professor Marcelo Gattass do Departamento de Informática da PUC-Rio e diretor do
Grupo de Tecnologia em Computação Gráfica (Tecgraf/PUCRio) e com apoio do
CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico). O
idealizador e responsável pelo programa é o professor Luiz Fernando Martha do
Departamento de Engenharia Civil da PUC-Rio. Participaram no desenvolvimento
inicial do programa os ex-alunos de graduação Eduardo Thadeu Leite Corseuil,
Vinícius Samu de Figueiredo e Adriane Cavalieri Barbosa, todos do Departamento
de Engenharia Civil da PUC-Rio, como bolsistas de iniciação científica no período de
março de 1991 a dezembro de 1992. O programa, desenvolvido na plataforma DOS,
sofreu alguns aprimoramentos até abril de 1995. (MARTHA, 2012, pag. 7)
15

Durante o período do final de 1997 ao início de 1998, o FTOOL foi reescrito


pelo professor Luiz Fernando Martha utilizando o sistema de interface IUP e o
sistema gráfico CD, desenvolvidos pelo Tecgraf/PUC-Rio. Em fevereiro de 1998 foi
lançada a versão 2.00 do FTOOL. Desde então, sucessivas versões do FTOOL
foram lançadas, cada uma com alguns melhoramentos. Na versão 3.00 de agosto de
2012, a interface gráfica do programa foi atualizada em função da evolução do
sistema de interface IUP utilizado pelo FTOOL, sendo que na versão Linux a
interface gráfica utiliza o pacote GTK. Isso proporciona uma interface gráfica para a
versão Linux bem melhor do que a versão anterior. Além de outras melhorias e
correções, a principal modificação foi a consideração de barras com deformação por
cisalhamento (barras de Timoshenko). (MARTHA, 2012, pag. 7)
No ano de 2017, teve o lançamento da sua ultima versão 4.00, de
responsabilidade da empresa ALIS Soluções em Engenharia e Sistemas.
Anteriormente totalmente gratuito, o software passa agora a ser pago para que
possa abrir todos os seus recursos. Introduzidas diversas alterações na interface do
programa para permitir um fluxo de trabalho mais eficiente. Ftool 4.0 é compatível
com diversas plataformas do Windows e Linux, e permite a introdução e geração
automática de combinações de ações, bem como a representação gráfica das linhas
de influência. Além disso, a ferramenta Ftool 4.0 possibilita a utilização de secções
personalizadas para as barras, o que permite o aumento da versatilidade da análise
estrutural. (DE ALCANTARA, 2017)
Desde o início, o FTOOL demonstrou ser uma valiosa ferramenta para o
ensino de engenharia, sendo utilizado nos cursos de Análise Estrutural, Estruturas
de Concreto Armado e Estruturas de Aço dos cursos de Engenharia Civil de diversas
universidades no Brasil e no exterior. (MARTHA, 2012, pag. 8)
A treliça para ser feita no FTOOL, basicamente, segue os seguintes passos:

1) Abra o software FTOOL.


2) Marque a opção “GRID” localizada no canto inferior direito para pontuar a
tela. Certifique-se que o espaço entre os pontos tenha uma medida
preferencialmente fácil de trabalhar. Dependendo da escala adotada para
o eixo x e para o eixo y, precisará dar zoom para visualizar os pontos do
“GRID”.
16

3) Marque a opção “SNAP” localizada no canto inferior direito, perto da opção


“GRID”, para restringir o desenho apenas aos pontos definidos pelo
“GRID”.
4) Clique no botão “INSERT MEMBER (M)”, segundo botão localizado do
lado esquerdo na vertical, e desenhe a ponte, definindo a quantidade de
barras e nós.
5) Clique no botão “INSERT DIMENSION LINE (D)”, terceiro botão localizado
do lado esquerdo na vertical, e defina as cotas da treliça.
6) Clique no botão “MATERIAL PARAMETERS”, primeiro botão localizado na
parte superior, para definir um novo material, clique em “CREATE NEW
MATERIAL PARAMETERS”, nomeie o material em “New Label”, selecione
a opção “GENERIC ISOTROPIC” em “MATERIAL TYPE” e clique em
“DONE”. Coloque o valor do módulo de elasticidade longitudinal (E) do
material. Esse dado só altera os resultados para o caso de estruturas
hiperestáticas. Selecione todas as barras e clique em “APPLY CURRENT
MATERIAL TO ALL MEMBERS”.
7) No botão “SECTION PROPERTIES”, segundo botão localizado na parte
superior, clique em “CREATE NEW SECTION PROPERTIES” para definir
uma nova propriedade da seção transversal. Em ‘”NEW LABEL”, coloque
um nome e selecione o tipo de seção a ser analisada. Após isso clique em
“DONE”.
8) Defina as dimensões da seção transversal, selecione todas as barras e
clique em “APPLY CURRENT SECTION TO ALL MEMBERS”.
9) Para definir o apoio clique em “SUPPORT CONDITIONS”, terceiro botão
localizado na parte superior, em “SELECT MODE (ESC)”, primeiro botão
localizado do lado esquerdo na vertical, e em seguida clique no nó
desejado. Para apoio de primeiro gênero marque “FIX” em “DISPLAC. Y”,
após isso clique no botão “APPLY SUPPORT CONDITIONS TO SELECT
NODES”. Para apoio de segundo genero marque “FIX” em “DISPLAC. Y” e
“FIX” em “DISPLAC. X”, após isso clique no botão “APPLY SUPPORT
CONDITIONS TO SELECT NODES”.
10) No botão “ROTATION RELEASE”, quarto botão localizado na parte
superior, selecione todos os nós (selecione um nó, aperte shift e selecione
todos outros), aperte o botão “ARTICULATE ALL MEMBERS AT NODE” e
17

depois clique no botão “APPLY HINGE CONFIGURATION TO SELECTED


NODES”.
11) Clique no botão “NODAL FORCES”, sexto botão localizado na parte
superior, no nó desejado para colocar a força, em seguida “CREATE NEW
NODAL FORCES”, defina um nome em “NEW LABEL”, clique em “DONE”,
defina o valor da carga em “Fx” ou “Fy” ou os 2, após isso clique em
“APPLY NODAL FORCES TO SELECTED NODES”.
12) Salve o arquivo.
13) Clique em “DISPLAY”, selecione “REACTIONS” e “REACTION VALUES”
14) Clique no botão “AXIAL FORCE”, penultimo botão localizado na parte
superior do lado direito, para que surjam os valores das reações de apoio
e dos esforços na treliça.
15) Clique em “DEFORMED CONFIGURATION”, último botão localizado na
parte superior do lado direito, para visualizar a deformação da treliça,
clique no nó e terá o valor da deformação correspondente ao nó.
18

9 CALCULO DAS FORÇAS NA TRELIÇA

O dimensionamento foi feito no programa Ftool.

As dimensões são 90cm x 20cm com uma carga concentrada no meio de


30N.

Calculo das forças:

∑FH = 0

H1 = 0

∑FV = 0

H1 + H11 = 30N

∑ma = 0

-H11x90 + 30x45 =0

H11= 15N

H1 = 15N
19

10 CALCULOS DOS NÓS

NÓ1

Nó1-2

∑FH = 0

= 24,33

CO = tang24,33xCA

Nó1-2 = 6,75N (Barra tracionada)

NÓ1-12

∑FV = 0

15/sen65,77

Nó1-12 + 16,45 = 0

Nó1-12 = -16,45N (Barra comprimida)


20

Nó12

∑FH = 0

Nó12-13

-16,45xcos65,77

Nó12-13 = -6,75N

∑FV=0

Nó12-2

-16,45xsen65,77

Nó12-2 = 16N (Barra comprimida)

Nó2
21

∑FH = 0

-6,75 + Nó2-3 + Nó2-13 = 0

6,75 + Nó2-3 + 6,75 = 0

Nó2-3 = 13,50N (Barra tracionada)

∑FV = 0

Nó2-13

SenTeta = CO/Nó2-13

Nó2-13 = -16,45N (Barra tracionada)

Obs:

Para os demais nós são valores e ângulos semelhantes e não há força


aplicada sobre os mesmos, então:

Nó13

∑FH = 0

-6,75-,75 =

Nó13-14 = -13,50N (Barra tracionada)

Nó14

∑FH = 0

Nó14-15 = -13,5+(-6,75)

Nó14-15 = -20,25N (Barra tracionada)

Nó15

∑FH = 0

-20,20-6,75 = -27

Nó15-16 = -27N (Barra comprimida)

Nó4

∑FH = 0
22

20,25+6,75 = 27N

Nó4-5 = 27N (Barra tracionada)

Nó5

∑FH = 0

27+6,75 = 33,75N

Nó4-5 = 33,75N (Barra tracionada)

11 RESULTADO DOS NÓS

1-2 = 6,75N (Tracionada)

2-3 = 13,50N (Tracionada)

3-4 = 20,25N (Tracionada)

4-5 = 27,00N (Tracionada)

5-6 = 33,75N (Tracionada)

6-7 = 33,75N (Tracionada)

7-8 = 27,00N (Tracionada)

8-9 = 20,25N (Tracionada)

9-10 = 13,50N (Tracionada)

10-11 = 6,75N (Tracionada)

12-13 = - 6,75N (Comprimida)

13-14 = -13,50N (Comprimida)

14-15 = -20,25N (Comprimida)

15-16 = -27,00N (Comprimida)

16-17 = -27,00N (Comprimida)

17-18 = -20,25N (Comprimida)

18-19 = -13,50N (Comprimida)

19-20 = -6,75N (Comprimida)


23

1-12 = -16,45N (Comprimida)

2-12 = 15,00N (Tracionada)

2-13 = -16,45N (Comprimida)

3-13 = 15,00N (Tracionada)

3-14 = -16,45N (Comprimida)

4-14 = 15,00N (Tracionada)

4-15 = -16,45N (Comprimida)

5-15 = 15,00N (Tracionada)

5-16 = -16,45N (Comprimida)

7-16 = -16,45N (Comprimida)

7-17 = -15,00N (Tracionada)

8-17 = -16,45N (Comprimida)

8-18 = -15,00N (Tracionada)

9-18 = -16,45N (Comprimida)

9-19 = -15,00N (Tracionada)

10-19 = -16,45N (Comprimida)

10-20 = -15,00N (Tracionada)

11-20 = -16,45N (Comprimida)


24

11 DIMENSIONAMENTO NO FTOOL
25

12 Deformação
26

13 TRELIÇA 2

14 SOMATORIO DAS FORÇAS:

∑FH = 0

H1 = 0
∑FV = 0

V1 + V7 = 30N

∑m1 = 0

-V7x90 + 30x45 = 0

-V7x90 = -1350
27

V7 = 1350/90

V7 = 15N

V1 = 15N

Ângulo = 53,13º

NÓ1

∑FV = 0

Nó1

Nó1-8 x Sen53,13 + 15 = 0

Nó1-8 = -18,75N (comprimida)

∑FH = 0

Nó1-2 + Nó1-5 x cos53,13 = 0

Nó1-2 – 18,75 x cos 53,13 = 0

Nó 1-2 = 11,25N (tracionada)

NÓ2

∑FH = 0

Nó2-3 – 11,25 = 0

Nó2-3 = 11,25N (tracionada)

NÓ8
∑FV = 0

-Nó8-3 x cos53,13 – (-18,75 x cos53,13) = 0


Nó8-3 = 18,75N (tracionada)

∑FH = 0

Nó8-9 + 18,75Sen36,87 – 18,75sen36,87 – (-22,50) = 0


28

Nó8-9 = -22,50N (comprimida)

NÓ3
∑FV = 0

Nó3-10sen53,10 + 18,75sen53,10 = 0
Nó3-10 = -18,75N (comprimida)

∑FH = 0

-11,25 + Nó3-4 + (-18,75xcos53,13) – (18,75xcos53,13) = 0

Nó3-4 – 33,75 = 0

Nó3-4 = 33,75N (tracionada)

NÓ9

∑FV = 0

∑FH = 0

NÓ9 – (-22,50) = 0

No9-10 = 22,50N (tracionada)

Obs:

Para os demais nós são valores e ângulos semelhantes e não há força


aplicada sobre os mesmos, então:

Nó10-5 = -18,75N (comprimida)


Nó10-11 = -22,50N (comprimida)
Nó11-12 = -22,50N (comprimida)
Nó4-5 = 33,75N (tracionada)
Nó5-6 = 11,25N (tracionada)
Nó5-12 = 18,75N (tracionada)
Nó6-7 = 11,25N (tracionada)
29

Nó7-12 = -18,75N (comprimida)

15 DIMENSIONAMENTO NO FTOOL
30

16 DEFORMAÇÃO
31

17 CONCLUSÃO

O desenvolvimento deste trabalho foi uma maneira de colocarmos em pratica aquilo


que foi estudado na sala de aula. Estudar esse tema foi de fundamental importância
devido as circunstâncias, já que entender o estudo de treliças é fundamental, pois a
disciplina estudada está no dia a dia da engenharia.
No decorrer do estudo percebemos que é preciso conhecer as normas técnicas e
suas especificações aprendidas na disciplina, para verificação de parâmetros
utilizadas em inúmeros cálculos.
Durante o desenvolvimento do trabalho observamos que a treliça tipo Warren
foi a que teve a menor deformação, usamos as dimensões de 90cm x 20cm com
uma carga concentrada no meio de 30N, obtivemos o resultado entre os nós de 15
cm, tendo então a menor deformação em comparação a treliça tipo Howe.

Concluímos que o método dos nós e o método do Software FTOOL,


alcançaram o mesmo valor, como já era esperado, pois quando fazemos trabalhos
científicos nos propomos a uma hipótese e verificamos se ela é verdadeira ou falsa.
E uma forma de verificar é calculando de formas diferentes a mesma coisa. Sendo
assim acreditamos ter alcançado o objetivo do trabalho.
32

REFRÊNCIAS

DE ALCANTARA, Vinicius. Pilate Engenharia. 2017. Disponível em:


https://www.piloteengenharia.com/single-post/2017/07/16/Nova-vers%C3%A3o-do-
Ftool-sera-paga Acesso em: 22 maio 2020.

DE LIMA, Luciano Rodrigues Ornela. Capítulo 6 – Treliças. Rio de Janeiro.


Disponível em: http://www.labciv.eng.uerj.br/rm4/trelicas.pdf Acesso em: 22 maio
2020.

GOMES, Maria Idália da Silva. Estudo e Análise de Treliças: Unidade Curricular de


Estática. São Paulo, 2016. Disponível em:
https://www.researchgate.net/publication/301298120_Estudo_e_Analise_de_Trelicas
Acesso em: 20 maio 2020.
MARTHA, Luiz Fernando. FTOOL: Um Programa Gráfico-Interativo para Ensino de
Comportamento de Estruturas. Rio de Janeiro, 2012. Disponível em:
https://webserver2.tecgraf.puc-rio.br/ftp_pub/users/lfm/ftoolman300-pt.pdf Acesso
em: 20 maio 2020.
SCHMIDT e BORESI. Introdução aos sistemas estruturais. 1999. Disponivel em:
https://docplayer.com.br/27613763-Introducao-aos-sistemas-estruturais.html. Acesso
em: 23 maio 2020.

PEREIRA, Caio. Estrutura Metálica. 2019. Disponivel em:


https://www.escolaengenharia.com.br/estrutura-metalica/. Acesso em: 23 maio 2020.

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