A Importância Da Interpretação

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O alvo desta palestra é mostrar a importância da interpretação correta para se ter uma teologia que

seja realmente bíblica.


Faremos isto defendendo o método gramático-histórico de interpretação, contrapondo-o a outros
métodos, especialmente a o método histórico-crítico.
2 PEDRO 3.15-16
Os escritos apostólicos desde cedo passaram a circular nas igrejas como fonte última de
autoridade, substituindo a presença apostólica; As cartas de Paulo são consideradas como
Escrituras, e portanto, inspiradas e autoritativas; É possível reconhecer claramente os conceitos
que um autor quis transmitir em seus escritos. 2Pd 3.15-16a; Às vezes, há nesses escritos trechos
difíceis de entender. 2Pd 3.16b; Entretanto, mesmo esses textos não permitem interpretações
aleatórias: algumas delas são claramente deturpações do sentido original pretendido pelo autor,
2Pd 3.16c.

A INTERPRETAÇÃO COMO MARCA DOS REFORMADORES


Os Reformadores cedo começaram a ter suas diferenças, mas uma coisa tinham em comum: a
hermenêutica:
O método gramatico-histórico é o que identifica, mais que qualquer outro, o evangelicalismo bíblico
ao qual todos os desejamos pertencer e do qual nos declaramos herdeiros em nossas diferentes
tradições. Ele aproxima os evangélicos das mais diferentes tradições.
A Confissão de Fé de Westminster começa com um capítulo sobre as Escrituras onde claramente
delineia o método correto de interpretação - o que mais tarde se chamaria gramatico-histórico.
Mas, logo depois. surgiu outro método...

O DESAFIO DE EMPREGAR O MÉTODO GRAMÁTICO HISTÓRICO


 Exige mais tempo dos pastores:
 Orar
 Estudar
 Renúncia do caminho fácil.
 Obriga-nos a encarar o que a Bíblia está realmente dizendo e a confrontarmos mossa tradição.
 Força as igrejas a investir na preparação de pastores que sejam competentes para interpretar
as Escrituras.
 Obriga a uma revisão do papel do Espírito Santo na interpretação.
 Exige confiança na autoridade da Escritura.

RAZÕES PARA ESTA AFIRMAÇÃO


2 - Mantêm em equilíbrio a tensão entre oração e labuta no estudo da Bíblia.

 Os Reformados, seguindo o Cristianismo histórico, sempre procuraram manter em equilíbrio a


espiritualidade e a erudição no labor teológico.

 O método G-H adota o binômio orare et labutara:


 Orare, porque a Btblia é divina.

 Labutare porque a Bíblia é humana.

 A interpretação alegórica neo-mistica descuida do labutare.


 O método histórico-crítico tende a esquecer o orara.
 As novas hermenêuticas tendem a esquecer as duas coisas.

3 - Evita a aleqorização desenfreada que tem se tornado a causa de doutrinas e práticas alheias ao
Cristianismo histórico.
 Os Reformados se caracterizam pelo desejo de ter as Escrituras como única regra de fé e
prática.
 O método G-H ensina que a verdade divina do texto bíblico corresponde ao sentido único do
texto, que é aquele pretendido pelo autor humano.
 Rejeita o conceito de que cada texto tem múltiplos e vários sentidos, sendo o mais importante
aquele oculto e além da letra.
 As doutrinas e práticas de seitas e de igrejas ditas evangélicas são hoje defendidas com base na
alegorização do texto bíblico.

4 - Preserva a objetividade na interpretação.


 Os Reformados, mesmo admitindo que há partes difíceis de entender na Bíblia, sempre
afirmaram que a sua mensagem central é clara.
 O método G-H parte do princípio de que Deus se revelou proposicionalmente nas Escrituras e
que esta revelação pode ser entendida, sintetizada e transmitida.
 Ser Reformado é interpretar a Bíblia com a convicção que Deus se revelou nela, e que esta
revelação pode ser suficientemente compreendida, humildemente analisada, adequadamente
sintetizada e transmitida com relativa segurança.

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