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Demonstrações contábeis

31 de dezembro de 2018 e 2017

 
Conteúdo

Relatório dos auditores independentes sobre as demonstrações
contábeis individuais e consolidadas 3

Balanços patrimoniais 9

Demonstrações dos resultados 11

Demonstrações dos resultados abrangentes 12

Demonstrações das mutações do patrimônio líquido 13

Demonstrações dos fluxos de caixa 14

Demonstrações dos valores adicionados 15

Notas explicativas às demonstrações contábeis 16

2
Relatórios dos auditores independentes sobre
as demonstrações financeiras individuais e
consolidadas

Aos acionistas, conselheiros e diretores da


Magazine Luiza S.A.
Franca – SP

Opinião

Examinamos as demonstrações financeiras individuais e consolidadas da Magazine Luiza S.A.


(Companhia), identificadas como controladora e consolidado, respectivamente, que
compreendem o balanço patrimonial em 31 de dezembro de 2018 e as respectivas
demonstrações do resultado, do resultado abrangente, das mutações do patrimônio líquido e dos
fluxos de caixa para o exercício findo nessa data, bem como as correspondentes notas
explicativas, compreendendo as políticas contábeis significativas e outras informações
elucidativas.
Em nossa opinião, as demonstrações financeiras acima referidas apresentam adequadamente,
em todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira, individual e consolidada, da
Magazine Luiza S.A. em 31 de dezembro de 2018 o desempenho individual e consolidado de
suas operações e os seus respectivos fluxos de caixa individuais e consolidados para o exercício
findo nessa data, de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil e com as normas
internacionais de relatório financeiro (IFRS) emitidas pelo International Accounting Standards
Board (IASB).

Base para opinião

Nossa auditoria foi conduzida de acordo com as normas brasileiras e internacionais de auditoria.
Nossas responsabilidades, em conformidade com tais normas, estão descritas na seção a seguir
intitulada “Responsabilidades dos auditores pela auditoria das demonstrações financeiras
individuais e consolidadas”. Somos independentes em relação à Companhia e suas controladas,
de acordo com os princípios éticos relevantes previstos no Código de Ética Profissional do
Contador e nas normas profissionais emitidas pelo Conselho Federal de Contabilidade, e
cumprimos com as demais responsabilidades éticas de acordo com essas normas. Acreditamos
que a evidência de auditoria obtida é suficiente e apropriada para fundamentar nossa opinião.

Principais assuntos de auditoria

Principais assuntos de auditoria são aqueles que, em nosso julgamento profissional, foram os
mais significativos em nossa auditoria do exercício corrente. Esses assuntos foram tratados no
contexto de nossa auditoria das demonstrações financeiras individuais e consolidadas como um
todo e na formação de nossa opinião sobre essas demonstrações financeiras individuais e

KPMG Auditores Independentes, uma sociedade simples brasileira e firma- KPMG AuditoresIndependentes, a Brazilian entity and a member firm of
membro da rede KPMG de firmas-membro independentes e afiliadas à KPMG the KPMG network of independent member firms affiliated with KPMG
InternationalCooperative (“KPMG International”), uma entidade suíça. International Cooperative (“KPMG International”), a Swiss entity.
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consolidadas e, portanto, não expressamos uma opinião separada sobre esses assuntos.

Discussões tributárias – Controladora e Consolidado

Veja as Notas 12 e 21 das demonstrações financeiras individuais e consolidadas

Principais assuntos de auditoria Como a auditoria endereçou esse assunto

A Companhia é parte ativa e passiva em Avaliamos as políticas contábeis aplicadas pela


processos judiciais e administrativos em Companhia para reconhecimento, e
tramitação perante tribunais e órgãos mensuração e divulgação das provisões para
governamentais, envolvendo questões jurídicas contingências, passivos contingentes, ativos
fiscais e ativos contingentes tributários,
de natureza tributária. Esse assunto exige da
incluindo a avaliação do julgamento exercido
Companhia e de seus assessores jurídicos pela Companhia. Envolvemos especialistas em
julgamento significativo na determinação das impostos e em assuntos legais na análise de
estimativas relacionadas ao reconhecimento de opiniões legais preparados pelos assessores
ativos e passivos, valores envolvidos, da jurídicos internos e externos da Companhia,
probabilidade de êxito dessas discussões, e quando aplicável, bem como por meio da
mensuração e divulgação das provisões para obtenção de confirmações externas junto aos
contingências, passivos contingentes, ativos assessores legais externos da Companhia.
fiscais e ativos contingentes. Em função da Avaliamos as provisões reconhecidas,
complexidade do assunto e do ambiente mensuração dos ativos fiscais reconhecidos e
se as divulgações dos ativos e passivos
tributário no Brasil, mudanças nos julgamentos
contingentes efetuadas nas demonstrações
efetuados pela Companhia ou nas condições financeiras individuais e consolidadas estão de
externas, incluindo o posicionamento das acordo com as regras aplicáveis e fornecem
autoridades tributárias, podem impactar os informações sobre a natureza, exposição e
montantes reconhecidos e divulgados nas valores.
demonstrações financeiras individuais e No decorrer da nossa auditoria identificamos
consolidadas, portanto, consideramos esse ajustes imateriais que afetaram a mensuração
assunto como significativo para a nossa dos ativos fiscais os quais foram registrados
auditoria. pela administração.
Com base nas evidências obtidas por meio dos
procedimentos acima descritos, consideramos
que o reconhecimento e as divulgações sobre
as provisões, passivos contingentes, ativos
fiscais e ativos contingentes tributários são
aceitáveis no contexto das demonstrações
financeiras individuais e consolidadas tomadas
em conjunto.

Reconhecimento de receita no final do exercício – Controladora e Consolidado

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Veja a Nota 23 das demonstrações financeiras individuais e consolidadas

Principais assuntos de auditoria Como a auditoria endereçou esse assunto

As receitas da Companhia derivam Nossos procedimentos de auditoria incluíram,


essencialmente de venda de mercadorias, que entre outros, o entendimento do processo de
é geralmente reconhecida após o faturamento reconhecimento de receita e do desenho dos
e saída das mercadorias dos estabelecimentos controles internos relevantes relacionados ao
processo de mensuração das vendas faturadas
e que envolve operações de montantes
e não entregues no final do exercício.
relevantes, pulverizadas, descentralizadas e Analisamos os prazos médios de entrega
que ocorrem em grande volume. O processo utilizados pela Companhia na estimativa do
de mensuração das vendas faturadas e não cálculo de vendas faturadas e não entregues
entregues no final do exercício envolve no fechamento do exercício e comparamos
julgamento pela Companhia na determinação com os prazos médios das vendas efetuadas
das estimativas dos prazos médios de entrega, no final do exercício, em base amostral.
bem como requer a necessidade de Avaliamos ainda a divulgação nas
manutenção de rotinas e controles internos demonstrações financeiras individuais e
para identificar e mensurar as vendas faturadas consolidadas.
Como resultado do entendimento do desenho
e não entregues no final do exercício.
dos controles internos relevantes relacionados
Eventuais falhas nesses controles podem ao processo de mensuração das vendas
impactar a mensuração das vendas faturadas e faturadas e não entregues, identificamos a
não entregues no final do exercício e, necessidade de melhorias dos controles
consequentemente, o montante reconhecido internos que alteraram nossa abordagem de
nas demonstrações financeiras individuais e auditoria e, consequentemente, ampliaram a
consolidadas, portanto, consideramos esse extensão de nossos procedimentos
assunto como significativo para a nossa substantivos inicialmente planejados para
auditoria. obtermos evidência de auditoria suficiente e
apropriada. No decorrer da nossa auditoria
identificamos ajustes imateriais que afetaram a
mensuração e a divulgação das receitas
reconhecidas, os quais foram registrados pela
administração.
Com base nas evidências obtidas por meio dos
procedimentos acima descritos, consideramos
que o montante da receita e as respectivas
divulgações são aceitáveis no contexto das
demonstrações financeiras individuais e
consolidadas tomadas em conjunto.

Outros assuntos

Demonstrações do valor adicionado


As demonstrações individual e consolidada do valor adicionado (DVA) referentes ao exercício
findo em 31 de dezembro de 2018, elaboradas sob a responsabilidade da administração da
Companhia, e apresentadas como informação suplementar para fins de IFRS, foram submetidas
a procedimentos de auditoria executados em conjunto com a auditoria das demonstrações
financeiras da Companhia. Para a formação de nossa opinião, avaliamos se essas
demonstrações estão conciliadas com as demonstrações financeiras e registros contábeis,
conforme aplicável, e se a sua forma e conteúdo estão de acordo com os critérios definidos no
Pronunciamento Técnico CPC 09 - Demonstração do Valor Adicionado. Em nossa opinião, essas

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demonstrações do valor adicionado foram adequadamente elaboradas, em todos os aspectos
relevantes, segundo os critérios definidos nesse Pronunciamento Técnico e são consistentes em
relação às demonstrações financeiras individuais e consolidadas tomadas em conjunto.

Outras informações que acompanham as demonstrações financeiras individuais e


consolidadas e o relatório dos auditores

A administração da Companhia é responsável por essas outras informações que compreendem o


Relatório da Administração.
Nossa opinião sobre as demonstrações financeiras individuais e consolidadas não abrange o
Relatório da Administração e não expressamos qualquer forma de conclusão de auditoria sobre
esse relatório.
Em conexão com a auditoria das demonstrações financeiras individuais e consolidadas, nossa
responsabilidade é a de ler o Relatório da Administração e, ao fazê-lo, considerar se esse
relatório está, de forma relevante, inconsistente com as demonstrações financeiras ou com nosso
conhecimento obtido na auditoria ou, de outra forma, aparenta estar distorcido de forma
relevante. Se, com base no trabalho realizado, concluirmos que há distorção relevante no
Relatório da Administração, somos requeridos a comunicar esse fato. Não temos nada a relatar a
este respeito.

Responsabilidades da administração e da governança pelas demonstrações financeiras


individuais e consolidadas

A administração é responsável pela elaboração e adequada apresentação das demonstrações


financeiras individuais e consolidadas de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil e
com as normas internacionais de relatório financeiro (IFRS), emitidas pelo International
Accounting Standards Board (IASB), e pelos controles internos que ela determinou como
necessários para permitir a elaboração de demonstrações financeiras livres de distorção
relevante, independentemente se causada por fraude ou erro.
Na elaboração das demonstrações financeiras individuais e consolidadas, a administração é
responsável pela avaliação da capacidade de a Companhia continuar operando, divulgando,
quando aplicável, os assuntos relacionados com a sua continuidade operacional e o uso dessa
base contábil na elaboração das demonstrações financeiras, a não ser que a administração
pretenda liquidar a Companhia e suas controladas ou cessar suas operações, ou não tenha
nenhuma alternativa realista para evitar o encerramento das operações.
Os responsáveis pela governança da Companhia e suas controladas são aqueles com
responsabilidade pela supervisão do processo de elaboração das demonstrações financeiras.

Responsabilidades dos auditores pela auditoria das demonstrações financeiras individuais


e consolidadas

Nossos objetivos são obter segurança razoável de que as demonstrações financeiras individuais
e consolidadas, tomadas em conjunto, estão livres de distorção relevante, independentemente se
causada por fraude ou erro, e emitir relatório de auditoria contendo nossa opinião. Segurança
razoável é um alto nível de segurança, mas não uma garantia de que a auditoria realizada de
acordo com as normas brasileiras e internacionais de auditoria sempre detectam as eventuais
distorções relevantes existentes. As distorções podem ser decorrentes de fraude ou erro e são

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consideradas relevantes quando, individualmente ou em conjunto, possam influenciar, dentro de
uma perspectiva razoável, as decisões econômicas dos usuários tomadas com base nas
referidas demonstrações financeiras.
Como parte da auditoria realizada de acordo com as normas brasileiras e internacionais de
auditoria, exercemos julgamento profissional e mantemos ceticismo profissional ao longo da
auditoria. Além disso:
– Identificamos e avaliamos os riscos de distorção relevante nas demonstrações financeiras
individuais e consolidadas, independentemente se causada por fraude ou erro, planejamos e
executamos procedimentos de auditoria em resposta a tais riscos, bem como obtemos
evidência de auditoria apropriada e suficiente para fundamentar nossa opinião. O risco de não
detecção de distorção relevante resultante de fraude é maior do que o proveniente de erro, já
que a fraude pode envolver o ato de burlar os controles internos, conluio, falsificação, omissão
ou representações falsas intencionais.
– Obtemos entendimento dos controles internos relevantes para a auditoria para planejarmos
procedimentos de auditoria apropriados às circunstâncias, mas, não, com o objetivo de
expressarmos opinião sobre a eficácia dos controles internos da Companhia e suas
controladas.
– Avaliamos a adequação das políticas contábeis utilizadas e a razoabilidade das estimativas
contábeis e respectivas divulgações feitas pela administração.
– Concluímos sobre a adequação do uso, pela administração, da base contábil de continuidade
operacional e, com base nas evidências de auditoria obtidas, se existe incerteza relevante em
relação a eventos ou condições que possam levantar dúvida significativa em relação à
capacidade de continuidade operacional da Companhia e suas controladas. Se concluirmos
que existe incerteza relevante, devemos chamar atenção em nosso relatório de auditoria para
as respectivas divulgações nas demonstrações financeiras individuais e consolidadas ou incluir
modificação em nossa opinião, se as divulgações forem inadequadas. Nossas conclusões
estão fundamentadas nas evidências de auditoria obtidas até a data de nosso relatório.
Todavia, eventos ou condições futuras podem levar a Companhia e suas controladas a não
mais se manterem em continuidade operacional.
– Avaliamos a apresentação geral, a estrutura e o conteúdo das demonstrações financeiras,
inclusive as divulgações e se as demonstrações financeiras individuais e consolidadas
representam as correspondentes transações e os eventos de maneira compatível com o
objetivo de apresentação adequada.
– Obtemos evidência de auditoria apropriada e suficiente referente às informações financeiras
das entidades ou atividades de negócio do grupo para expressar uma opinião sobre as
demonstrações financeiras individuais e consolidadas. Somos responsáveis pela direção,
supervisão e desempenho da auditoria do grupo e, consequentemente, pela opinião de
auditoria.
Comunicamo-nos com os responsáveis pela governança a respeito, entre outros aspectos, do
alcance planejado, da época da auditoria e das constatações significativas de auditoria, inclusive
as eventuais deficiências significativas nos controles internos que identificamos durante nossos
trabalhos.
Fornecemos também aos responsáveis pela governança declaração de que cumprimos com as
exigências éticas relevantes, incluindo os requisitos aplicáveis de independência, e comunicamos
todos os eventuais relacionamentos ou assuntos que poderiam afetar, consideravelmente, nossa

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independência, incluindo, quando aplicável, as respectivas salvaguardas.
Dos assuntos que foram objeto de comunicação com os responsáveis pela governança,
determinamos aqueles que foram considerados como mais significativos na auditoria das
demonstrações financeiras do exercício corrente e que, dessa maneira, constituem os principais
assuntos de auditoria. Descrevemos esses assuntos em nosso relatório de auditoria, a menos
que lei ou regulamento tenha proibido divulgação pública do assunto, ou quando, em
circunstâncias extremamente raras, determinarmos que o assunto não deve ser comunicado em
nosso relatório porque as consequências adversas de tal comunicação podem, dentro de uma
perspectiva razoável, superar os benefícios da comunicação para o interesse público.

São Paulo, 21 de fevereiro de 2019

KPMG Auditores Independentes


CRC 2SP014428/O-6

Marcelle Mayume Komukai


Contadora CRC 1SP249703/O-5

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Magazine Luiza S.A.

Balanços patrimoniais em 31 de dezembro de 2018 e 2017

(Valores expressos em milhares de Reais - R$)

Nota Controladora Consolidado


explicativa 2018 2017 2018 2017

Ativo
Circulante
Caixa e equivalentes de caixa 7 548.553 370.926 599.087 412.707
Títulos e valores mobiliários e
outros ativos financeiros 8 409.111 1.259.553 409.111 1.259.553
Contas a receber 9 2.024.685 1.233.983 2.051.557 1.241.290
Estoques 10 2.790.726 1.953.963 2.810.248 1.969.333
Contas a receber de partes
relacionadas 11 193.635 99.985 190.190 96.766
Tributos a recuperar 12 299.746 198.894 303.691 200.678
Outros ativos 46.357 75.754 48.506 77.290
Total do ativo circulante 6.312.813 5.193.058 6.412.390 5.257.617

Não circulante
Títulos e valores mobiliários e
outros ativos financeiros 8 - - 214 -
Contas a receber 9 7.571 4.741 7.571 4.741
Tributos a recuperar 12 150.624 166.033 150.624 166.033
Imposto de renda e
contribuição social diferidos 13 171.488 219.321 181.012 223.100
Depósitos judiciais 21 349.228 310.899 349.239 310.901
Outros ativos 32.442 42.464 34.154 44.387
Investimentos em controladas 14 146.703 78.530 - -
Investimentos em controladas
em conjunto 15 308.462 311.347 308.462 311.347
Imobilizado 16 749.463 567.085 754.253 569.027
Intangível 17 501.539 486.111 598.822 532.360
Total do ativo não circulante 2.417.520 2.186.531 2.834.351 2.161.896

Total do ativo 8.730.333 7.379.589 8.796.741 7.419.513

As notas explicativas são parte integrante das demonstrações contábeis.

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Magazine Luiza S.A.

Balanços patrimoniais em 31 de dezembro de 2018 e 2017

(Valores expressos em milhares de Reais - R$)

Nota Controladora Consolidado


explicativa 2018 2017 2018 2017

Passivo
Circulante
Fornecedores 18 4.068.459 2.898.025 4.105.244 2.919.541
Empréstimos e financiamentos 19 130.685 434.294 130.743 434.294
Salários, férias e encargos sociais 250.792 231.820 258.983 236.584
Tributos a recolher 135.384 81.196 140.979 84.451
Contas a pagar a partes
relacionadas 11 125.353 89.486 125.383 89.521
Receita diferida 20 39.157 41.566 39.157 41.566
Dividendos a pagar 182.000 64.273 182.000 64.273
Outras contas a pagar 403.805 261.773 406.109 265.806
Total do passivo circulante 5.335.635 4.102.433 5.388.598 4.136.036

Não circulante
Empréstimos e financiamentos 19 323.402 437.204 325.224 437.204
Provisão para riscos tributários,
21
cíveis e trabalhistas 377.444 297.138 387.355 301.534
Receita diferida 20 390.980 468.837 390.980 468.837
Outras contas a pagar - - 1.712 1.925
Total do passivo não circulante 1.091.826 1.203.179 1.105.271 1.209.500

Total do passivo 6.427.461 5.305.612 6.493.869 5.345.536

Patrimônio líquido 22
Capital social 1.719.886 1.719.886 1.719.886 1.719.886
Reserva de capital 52.175 37.094 52.175 37.094
Ações em tesouraria (87.015) (13.955) (87.015) (13.955)
Reserva legal 65.645 39.922 65.645 39.922
Reservas de lucros 546.850 288.371 546.850 288.371
Ajuste de avaliação patrimonial 5.331 2.659 5.331 2.659
Total do patrimônio líquido 2.302.872 2.073.977 2.302.872 2.073.977

Total do Passivo e Patrimônio


8.730.333 7.379.589 8.796.741 7.419.513
líquido

As notas explicativas são parte integrante das demonstrações contábeis.

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Magazine Luiza S.A.

Demonstrações dos resultados


Exercícios findos em 31 de dezembro de 2018 e 2017

(Valores expressos em milhares de Reais - R$)

Nota Controladora Consolidado


Explicativa 2018 2017 2018 2017
Receita líquida de vendas 23 15.385.737 11.799.027 15.590.444 11.984.250
Custo das mercadorias revendidas e das
prestações de serviços 24 (10.941.965) (8.305.003) (11.053.022) (8.378.239)
Lucro bruto 4.443.772 3.494.024 4.537.422 3.606.011
Receitas (despesas) operacionais
Com vendas 25 (2.713.474) (2.095.278) (2.747.447) (2.119.953)
Gerais e administrativas 25 (557.944) (503.352) (596.143) (536.026)
Perdas com créditos de liquidação duvidosa (59.737) (41.914) (59.737) (41.921)
Depreciação e amortização 16 e 17 (161.811) (142.099) (163.690) (143.059)
Resultado de equivalência patrimonial 14 e 15 61.841 92.022 57.757 86.156
Outras receitas operacionais, líquidas 25 e 26 49.608 32.224 53.389 36.486
(3.381.517) (2.658.397) (3.455.871) (2.718.317)
Lucro operacional antes do resultado
financeiro 1.062.255 835.627 1.081.551 887.694

Receitas financeiras 149.528 159.363 133.929 110.107


Despesas financeiras (426.546) (518.881) (428.617) (520.928)
Resultado financeiro 27 (277.018) (359.518) (294.688) (410.821)
Lucro operacional antes do imposto de
renda e da contribuição social 785.237 476.109 786.863 476.873
Imposto de renda e contribuição social
13
correntes e diferidos (187.808) (87.087) (189.434) (87.851)
Lucro líquido do exercício 597.429 389.022 597.429 389.022
Lucro atribuível a:
Acionistas controladores 597.429 389.022 597.429 389.022
Lucro por ação
Básico (reais por ação) 22 3,162 2,203 3,162 2,203
Diluído (reais por ação) 22 3,137 2,186 3,137 2,186

As notas explicativas são parte integrante das demonstrações contábeis.

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Magazine Luiza S.A.

Demonstrações dos resultados abrangentes


Exercícios findos em 31 de dezembro de 2018 e 2017
(Valores expressos em milhares de Reais - R$)

Controladora e Consolidado
2018 2017

Lucro líquido do exercício 597.429 389.022

Itens que podem ser subsequentemente


reclassificados para o resultado:

Investimentos avaliados pelo método de


equivalência patrimonial - participação nos
Outros Resultados Abrangentes - ORA 38 2.649
Efeito dos impostos 227 (1.192)
Total 265 1.457

Ativos financeiros mensurados ao valor justo -


VJORA 3.648 -
Efeito dos impostos (1.241) -
Total 2.407 -

Total de itens que podem ser


subsequentemente reclassificados para o
resultado 2.672 1.457

Total dos resultados abrangentes do exercício,


líquidos de impostos 600.101 390.479

Atribuível a:
Acionistas controladores 600.101 390.479

As notas explicativas são parte integrante das demonstrações contábeis.

12
Magazine Luiza S.A.

Demonstrações das mutações do patrimônio líquido


Exercícios findos em 31 de dezembro de 2018 e 2017

(Valores expressos em milhares de Reais - R$)

Reservas de Lucros

Reservas de Reservas de Lucros ou Ajuste de


Nota Capital Reserva Ações em Reserva reforço de Incentivos prejuízos avaliação
Explicativa social de capital tesouraria Legal Capital de giro fiscais acumulados patrimonial Total
Saldos em 1° de janeiro de 2017 606.505 19.030 (28.729) 20.471 3.107 - - 1.202 621.586
Emissão de ações ordinárias 1.144.000 - - - - - - - 1.144.000
Gastos com emissão de ações, líquidas de impostos (30.619) - - - - - - - (30.619)
Plano de ações - 9.836 - - - - - - 9.836
Venda de ações em tesouraria para pagamento de
plano de compra de ações - 8.228 14.774 - - - - - 23.002
Lucro líquido do exercício - - - - - - 389.022 - 389.022
Destinações:
Reserva legal - - - 19.451 - - (19.451) - -
Dividendos obrigatórios - - - - (3.107) - (6.200) - (9.307)
Juros sobre o capital próprio - - - - - (75.000) - (75.000)
Reservas de lucros - - - - 220.072 68.299 (288.371) - -
1.719.886 37.094 (13.955) 39.922 220.072 68.299 - 1.202 2.072.520
Outros resultados abrangentes:
Ajuste de avaliação patrimonial - - - - - - - 1.457 1.457
Saldos em 31 de dezembro de 2017 1.719.886 37.094 (13.955) 39.922 220.072 68.299 - 2.659 2.073.977

Dividendos declarados 22 - - - - (50.000) - - - (50.000)


Plano de ações 22 - 17.673 - - - - - - 17.673
Ações em tesouraria 22 - - (87.984) - - - - - (87.984)
Venda de ações em tesouraria para pagamento de
22
plano de ações - (2.592) 14.924 - - - - - 12.332
Adoção inicial IFRS 9 e 15 na controladora 5 - - - - (24.411) - - - (24.411)
Adoção inicial IFRS 9 em controlada em conjunto 5/15 - - - - (56.816) - - - (56.816)
Lucro líquido do exercício - - - - - - 597.429 - 597.429
Destinações: 22
Reserva legal - - - 25.723 - - (25.723) - -
Dividendos e juros sobre capital próprio - - - - - - (182.000) - (182.000)
Reservas de lucros - - - - 306.715 82.991 (389.706) - -
1.719.886 52.175 (87.015) 65.645 395.560 151.290 - 2.659 2.300.200
Outros resultados abrangentes:
Ajuste de avaliação patrimonial - - - - - - - 2.672 2.672
Saldos em 31 de dezembro de 2018 1.719.886 52.175 (87.015) 65.645 395.560 151.290 - 5.331 2.302.872

As notas explicativas são parte integrante das demonstrações contábeis.

13
Magazine Luiza S.A.
Demonstrações dos fluxos de caixa
Exercícios findos em 31 de dezembro de 2018 e 2017

(Valores expressos em milhares de Reais - R$)


Nota Controladora Consolidado
explicativa 2018 2017 2018 2017
Fluxo de caixa das atividades operacionais
Lucro líquido do exercício 597.429 389.022 597.429 389.022
Ajustes para conciliar o lucro líquido do exercício ao caixa
gerado pelas atividades operacionais:
Imposto de renda e contribuição social reconhecidos no
resultado 13 187.808 87.087 189.434 87.851
Depreciação e amortização 16 e 17 161.811 142.099 163.690 143.059
Juros sobre empréstimos e financiamentos provisionados 19 49.714 180.742 49.714 180.759
Rendimento de títulos e valores mobiliários (18.299) (53.244) (18.299) (53.244)
Equivalência patrimonial 14 e 15 (61.841) (92.022) (57.757) (86.156)
Movimentação da provisão para perdas em ativos 130.212 88.692 130.550 88.582
Provisão para riscos tributários, cíveis e trabalhistas 21 98.428 49.832 95.113 45.279
Resultado na venda de ativo imobilizado 26 88 (2.875) 88 (2.875)
Apropriação da receita diferida 26 (76.947) (42.820) (76.947) (42.820)
Despesas com plano de opção de ações 17.673 5.594 17.673 5.594
Lucro líquido do exercício ajustado 1.086.076 752.107 1.090.688 755.051

(Aumento) redução nos ativos operacionais:


Contas a receber (910.101) (712.268) (925.580) (713.915)
Títulos e valores mobiliários e outros ativos financeiros 867.363 (399.682) 867.149 (399.682)
Estoques (878.508) (402.908) (882.998) (408.717)
Contas a receber de partes relacionadas (98.920) (26.315) (92.707) (25.707)
Tributos a recuperar (85.443) 73.465 (85.919) 73.175
Outros ativos 2.406 (39.017) 2.962 (39.084)
Variação nos ativos operacionais (1.103.203) (1.506.725) (1.117.093) (1.513.930)

Aumento (redução) nos passivos operacionais:


Fornecedores 1.170.434 544.552 1.185.107 554.581
Salários, férias e encargos sociais 18.972 47.031 19.946 48.174
Tributos a recolher 22.170 6.304 22.420 7.171
Contas a pagar a partes relacionadas 32.548 16.563 32.543 16.566
Outras contas a pagar 74.045 125.160 71.778 124.736
Variação nos passivos operacionais 1.318.169 739.610 1.331.794 751.228
Imposto de renda e contribuição social pagos (96.622) (29.040) (100.589) (31.799)
Recebimento de dividendos 39.444 60.374 31.364 58.927
Fluxo de caixa gerado pelas atividades operacionais 1.243.864 16.326 1.236.164 19.477

Fluxo de caixa das atividades de investimento


Aquisição de imobilizado 16 (284.531) (100.529) (285.072) (101.995)
Aquisição de ativo intangível 17 (76.490) (67.228) (79.334) (68.819)
Recebimento de venda de imobilizado - 3.152 - 3.152
Aumento de capital em controlada em conjunto e AFAC em
controladas 14 (46.332) (5.425) (30.000) -
Investimento em controlada (3.212) (1.000) 294 (996)
Fluxo de caixa aplicado nas atividades de investimento (410.565) (171.030) (394.112) (168.658)

Fluxo de caixa das atividades de financiamento


Captação de empréstimos e financiamentos 19 - 502.617 - 502.617
Pagamento de empréstimos e financiamentos 19 (412.590) (1.433.953) (412.590) (1.434.097)
Pagamento de juros sobre empréstimos e financiamentos 19 (53.157) (214.018) (53.157) (214.029)
Pagamento de dividendos (114.273) (32.369) (114.273) (32.369)
Alienação (aquisição) de ações em tesouraria 22 (75.652) 27.244 (75.652) 27.244
Recursos provenientes da emissão de ações - 1.144.000 - 1.144.000
Pagamento de gastos com emissão de ações, líquido de
tributos - (30.619) - (30.619)
Fluxo de caixa aplicado nas atividades de financiamento (655.672) (37.098) (655.672) (37.253)

Aumento (redução) do saldo de caixa e equivalentes de caixa 177.627 (191.802) 186.380 (186.434)

Caixa e equivalentes de caixa no início do exercício 370.926 562.728 412.707 599.141


Caixa e equivalentes de caixa no fim do exercício 548.553 370.926 599.087 412.707
Aumento (redução) do saldo de caixa e equivalentes de caixa 177.627 (191.802) 186.380 (186.434)

As notas explicativas são parte integrante das demonstrações contábeis.

14
Magazine Luiza S.A.

Demonstrações dos valores adicionados


Exercícios findos em 31 de dezembro de 2018 e 2017
(Valores expressos em milhares de Reais - R$)

Controladora Consolidado
2018 2017 2018 2017
Receitas
Venda de mercadorias, produtos e serviços 17.853.991 13.525.956 18.089.439 13.729.413
Provisão para créditos de liquidação duvidosa,
líquida de reversões (59.737) (41.914) (59.737) (41.921)
Outras receitas operacionais 63.125 36.240 66.912 40.505
17.857.379 13.520.282 18.096.614 13.727.997
Insumos adquiridos de terceiros
Custos das mercadorias revendidas e
dasprestações de serviços (11.628.141) (9.062.145) (11.739.569) (9.135.777)
Materiais, energia, serviços de terceiros e outros (1.456.354) (1.046.521) (1.503.073) (1.082.723)
Perda e recuperação de valores ativos (44.203) (36.244) (44.541) (36.127)
(13.128.698) (10.144.910) (13.287.183) (10.254.627)

Valor adicionado bruto 4.728.681 3.375.372 4.809.431 3.473.370

Depreciação e amortização (161.811) (142.099) (163.690) (143.059)

Valor adicionado líquido produzido pela entidade 4.566.870 3.233.273 4.645.741 3.330.311

Valor adicionado recebido em transferência


Resultado de equivalência patrimonial 61.841 92.022 57.757 86.156
Receitas financeiras 149.528 159.363 133.929 110.107

Valor adicionado total a distribuir 4.778.239 3.484.658 4.837.427 3.526.574

Distribuição do valor adicionado


Pessoal e encargos:
Remuneração direta 992.772 811.069 1.010.082 825.353
Benefícios 255.431 185.325 258.282 188.064
FGTS 86.841 74.235 88.293 75.376
1.335.044 1.070.629 1.356.657 1.088.793
Impostos, taxas e contribuições:
Federais 719.926 277.573 729.386 284.548
Estaduais 1.280.216 857.949 1.303.768 870.253
Municipais 53.648 45.127 55.275 47.073
2.053.790 1.180.649 2.088.429 1.201.874
Remuneração de capital de terceiros:
Juros 354.119 472.137 355.585 473.853
Aluguéis 374.707 335.511 375.598 336.198
Outras 63.150 36.710 63.729 36.834
791.976 844.358 794.912 846.885

Remuneração de capital próprio:


Dividendos e Juros sobre o capital próprio 182.000 75.000 182.000 75.000
Lucro retidos 415.429 314.022 415.429 314.022
4.778.239 3.484.658 4.837.427 3.526.574

As notas explicativas são parte integrante das demonstraçõescontábeis.

15
Notas explicativas às demonstrações contábeis

1. Informações gerais

O Magazine Luiza S.A. (“Controladora”) é uma sociedade anônima de capital aberto listada no
segmento especial denominado Novo Mercado da B3 S.A. - Brasil, Bolsa, Balcão, sob o código
“MGLU3” e atua, preponderantemente, no comércio varejista de bens de consumo, principalmente
eletrodomésticos, eletrônicos e móveis, por meio de lojas físicas e virtuais ou por comércio
eletrônico. Através de suas controladas em conjunto (nota explicativa 15), oferece serviços de
operações de empréstimos, financiamentos e seguros aos seus clientes. Sua sede social está
localizada na cidade de Franca, Estado de São Paulo, Brasil. Sua Controladora e “holding” é a
LTD Administração e Participação S.A.

O Magazine Luiza S.A. e suas controladas doravante serão referidos como “Companhia” para fins
deste relatório, exceto se de outra forma indicado em informação específica.

Em 31 de dezembro de 2018 a Companhia possuía 954 lojas (858 lojas em 31 de dezembro de


2017) e12 centros de distribuição (10 centros de distribuição em 31 de dezembro de 2017)
localizados nas regiões Sul, Sudeste, Centro-Oeste e Nordeste do País e atuava nos sites de
comércio eletrônico www.magazineluiza.com.br e www.epocacosmeticos.com.br.

Em 20 de fevereiro de 2018, o Conselho de Administração autorizou a emissão dessas


demonstrações contábeis.

2. Apresentação e elaboração das demonstrações contábeis

2.1. Bases de elaboração, apresentação e declaração de conformidade

As demonstrações contábeis individuais e consolidadas da Companhia foram elaboradas tomando


como base as práticas contábeis adotadas no Brasil, que compreendem as disposições da
legislação societária, previstas na Lei nº 6.404/76 e alterações posteriores e os padrões
internacionais de contabilidade (“IFRS”) emitidos pelo International Accounting Standards Board
(“IASB”) e interpretações emitidas pelo International Financial ReportingInterpretationsCommittee
(“IFRIC”), implantados no Brasil por meio do Comitê de Pronunciamentos Contábeis (“CPC”) e
suas interpretações técnicas (“ICPC”) e orientações (“OCPC”), aprovados pela Comissão de
Valores Mobiliários (“CVM”).

Todas as informações relevantes próprias das demonstrações contábeis, e somente elas, estão
sendo evidenciadas, e correspondem às utilizadas pela Administração em sua gestão.

Este é o primeiro conjunto de demonstrações financeiras anuais da Companhia no qual o CPC


47/IFRS 15 - Receita de Contrato com Cliente e o CPC 48/IFRS 9 - Instrumentos Financeiros
foram aplicados. Mudanças nas principais políticas contábeis estão descritas na Nota explicativa
5.

As demonstrações contábeis foram elaboradas com base no custo histórico, exceto por
determinados instrumentos financeiros mensurados pelos seus valores justos.

2.2. Moeda funcional e de apresentação das demonstrações contábeis

A moeda funcional da Companhia é o Real. As demonstrações contábeis de cada controlada, bem


como as demonstrações contábeis utilizadas como base para avaliação dos investimentos pelo

16
método de equivalência patrimonial são preparadas em reais. Todos os saldos foram
arredondados para o milhar mais próximo, exceto quando indicado de outra forma.

2.3. Bases de consolidação e investimentos em controladas

As demonstrações contábeis consolidadas compreendem as demonstrações contábeis da


controladora e de suas controladas. O controle é obtido quando a Companhia detem, direta ou
indiretamente, a maioria dos direitos de voto ou estiver exposta ou tiver direito a retornos variáveis
com base em seu envolvimento com a investida e tiver a capacidade de afetar esses retornos por
meio do poder exercido em relação à investida.

A seguir são apresentados os detalhes das controladas da Companhia no encerramento de cada


exercício:

Participação - % Participação - %
Nome da controlada Principal atividade 2018 2017

Época Cosméticos Comércio eletrônico de perfumes e cosméticos 100% 100%


Integração e gestão de relacionamento entre
Integra Commerce 100% 100%
lojistas e marketplaces
Luiza Administradora de
Administradora de consórcios 100% 100%
Consórcios (LAC)
Logbee Empresa de tecnologia aplicada a logística 100% -
Softbox Sistemas de Soluções tecnológicas para varejo e indústrias de
Informação bens de consumo 100% -
Certa Administração Marketplace de serviços financeiros 100% -
Integração e gestão de relacionamento entre
Kelex Tecnologia lojistas e marketplaces 100% -

As demonstrações contábeis consolidadas também contemplam os fundos de investimentos


exclusivos, onde a Companhia mantém parte de suas aplicações financeiras, conforme
demonstrado na Nota Explicativa n° 8.

No processo de consolidação das demonstrações contábeis são contempladas as seguintes


eliminações:

• Participações da controladora no capital, reservas e resultados acumulados das empresas


consolidadas;
• Saldos de contas do ativo e do passivo mantidos entre as empresas consolidadas; e
• Saldos de receitas e despesas decorrentes de transações realizadas entre as empresas
consolidadas.

Nas demonstrações contábeis individuais as informações financeiras das controladas e das


controladas em conjunto são reconhecidas pelo método de equivalência patrimonial.

3. Principais políticas e práticas contábeis

As principais políticas e práticas contábeis estão descritas a cada nota explicativa correspondente,
exceto as abaixo que são relacionadas a mais de uma nota explicativa. As políticas e práticas
contábeis foram aplicadas de forma consistente para os exercícios apresentados e para as
demonstrações contábeis individuais e consolidadas da Companhia, exceto pela adoção das
IFRS 09 e 15, que entraram em vigor a partir de 1° de janeiro de 2018, cujas políticas e impactos
estão divulgados na nota explicativa 5.

3.1. Transações e atualizações monetárias de direitos e obrigações

Os ativos e passivos monetários sujeitos a reajustes contratuais ou variações cambiais e

17
monetárias são atualizados até a data do balanço patrimonial, sendo essas variações
reconhecidas como receitas ou despesas financeiras no resultado.

Quando existentes, os ativos e passivos monetários indexados em moeda estrangeira são


convertidos para Reais usando-se a taxa de câmbio vigente na data de fechamento dos
respectivos balanços patrimoniais. As diferenças decorrentes da conversão de moeda são
reconhecidas como receitas ou despesas financeiras no resultado.

3.2. Redução ao valor líquido recuperável de ativos (“impairment”)

ii) Ativos não financeiros

Os valores contábeis dos ativos não financeiros da Companhia, são revistos a cada data de
balanço para apurar se há indicação de perda no valor recuperável. Caso ocorra tal indicação,
então o valor recuperável do ativo é estimado. No caso do ágio, o valor recuperável é testado
anualmente.

Investidas contabilizadas pelo método da equivalência patrimonial

Uma perda por redução ao valor recuperável referente a uma investida avaliada pelo método de
equivalência patrimonial é mensurada pela comparação do valor recuperável do investimento com
seu valor contábil. Uma perda por redução ao valor recuperável é reconhecida no resultado e é
revertida se houver uma mudança favorável nas estimativas usadas para determinar o valor
recuperável.

iii) Alocação dos saldos de ágio

O ágio que foi alocado a cada unidade geradora de caixa (divisão de lojas físicas) e é submetido
anualmente a uma avaliação de sua recuperação ou, com maior frequência, quando houver
indicação de que uma unidade geradora de caixa apresente performance abaixo do esperado. Se
o valor recuperável da unidade geradora de caixa for menor que seu valor contábil somado ao
ágio a ela alocado, a perda do valor recuperável é primeiramente alocada na redução do ágio
alocado à unidade e posteriormente, aos outros ativos da unidade, proporcionalmente ao valor
contábil de cada um desses ativos. Qualquer perda no valor de ágio é reconhecida diretamente no
resultado do exercício em que ocorreu sua identificação, a qual não é revertida em períodos
subsequentes, mesmo que os fatores que levaram ao seu registro deixem de existir.

3.3. Ajustes a valor presente

As principais transações que resultam em ajustes a valor presente são relacionadas a operações
de compra de mercadorias para revenda, efetuadas a prazo, bem como operações de revenda de
mercadorias, cujos saldos são parcelados aos clientes, as quais são efetuadas com taxas de juros
pré-fixadas. Vendas e compras são descontadas para determinar o valor presente na data das
transações e considerando os prazos de parcelamento.

A taxa de desconto utilizada considera os efeitos das taxas de financiamento levadas ao


consumidor final, ponderada ao percentual de risco de inadimplência avaliado e já considerado na
provisão para créditos de liquidação duvidosa.

O ajuste a valor presente das operações de revenda de mercadorias a prazo tem como
contrapartida a rubrica “Contas a receber”. Sua realização é registrada na rubrica “Receitas de
revendas de mercadorias”, também pela fruição de prazo.

O ajuste a valor presente do passivo relativo às operações de compra de mercadorias para


revenda é registrado na rubrica “Fornecedores” com contrapartida na conta de “Estoques”. Sua

18
reversão é registrada na rubrica “Custo das mercadorias revendidas e das prestações de serviços”
pela fruição de prazo.

3.4. Provisões

As provisões são reconhecidas para obrigações ou riscos presentes resultantes de eventos


passados, em que seja possível estimar os valores de forma confiável e cujo desembolso seja
provável. O valor reconhecido como provisão é a melhor estimativa das considerações requeridas
para liquidar a obrigação no final de cada exercício ou período, considerando-se os riscos e as
incertezas relativos à obrigação.

3.5. Benefício de empregados

Benefícios de curto prazo a empregados

Obrigações de benefícios de curto prazo a empregados são reconhecidas como despesas de


pessoal conforme o serviço correspondente seja prestado. O passivo é reconhecido pelo
montante do pagamento esperado caso a Companhia tenha uma obrigação presente legal ou
construtiva de pagar esse montante em função de serviço passado prestado pelo empregado e a
obrigação possa ser estimada de maneira confiável.

Acordos de pagamento baseado em ações

O valor justo na data de outorga dos acordos de pagamento baseado em ações concedidos aos
elegíveis é reconhecido como despesas de pessoal, com um correspondente aumento no
patrimônio líquido, durante o período em que os elegíveis adquirem incondicionalmente o direito
aos prêmios. O valor reconhecido como despesa é ajustado para refletir o número de prêmios que
efetivamente atendam às condições de serviço e de desempenho na data de aquisição (vesting
date). Para os prêmios de pagamento baseado em ações que não contenham condições de
aquisição (non-vestingconditions), o valor justo na data de outorga dos prêmios de pagamento
baseado em ações é mensurado para refleltir tais condições e não são efetuados ajustes
posteriores para as diferenças entre os resultados esperados e os reais.

3.6. Demonstração do Valor Adicionado (“DVA”)

Essa demonstração tem por finalidade evidenciar a riqueza criada pela Companhia e sua
distribuição durante determinado período. É apresentada como parte de suas demonstrações
contábeis individuais conforme requerido pela legislação societária brasileira e como informação
suplementar às demonstrações contábeis consolidadas por não ser uma demonstração prevista e
obrigatória conforme as IFRS.

3.7. Mensuração do valor justo

Valor justo é o preço que seria recebido na venda de um ativo ou pago pela transferência de um
passivo em uma transação ordenada entre participantes do mercado na data de mensuração, no
mercado principal ou, na sua ausência, no mercado mais vantajoso ao qual a Companhia tem
acesso nessa data. O valor justo de um passivo reflete o seu risco de descumprimento (non-
performance). O risco de descumprimento inclui, entre outros, o próprio risco de crédito da
Companhia.

Quando disponível, a Companhia mensura o valor justo de um instrumento utilizando o preço


cotado num mercado ativo para esse instrumento. Um mercado é considerado como ativo se as
transações para o ativo ou passivo ocorrem com frequência e volume suficientes para fornecer
informações de precificação de forma contínua.

19
Se não houver um preço cotado em um mercado ativo, a Companhia utiliza técnicas de avaliação
que maximizam o uso de dados observáveis relevantes e minimizam o uso de dados não
observáveis. A técnica de avaliação escolhida incorpora todos os fatores que os participantes do
mercado levariam em conta na precificação de uma transação.

A melhor evidência do valor justo de um instrumento financeiro no reconhecimento inicial é


normalmente o preço da transação - ou seja, o valor justo da contrapartida dada ou recebida.

4. Principais julgamentos contábeis e fontes de incertezas sobre estimativas

Na aplicação das políticas contábeis da Companhia, a Administração deve exercer julgamentos e


elaborar estimativas a respeito dos valores contábeis dos ativos e passivos para os quais
informações objetivas não são facilmente obtidas de outras fontes. As estimativas e as respectivas
premissas estão baseadas na experiência histórica e em outros fatores considerados relevantes.
Os resultados reais desses valores contábeis podem divergir dessas estimativas.

As estimativas e premissas são revisadas de forma continua. As revisões das estimativas são
reconhecidas prospectivamente.

a) Julgamentos

As informações sobre julgamentos realizados na aplicação das políticas contábeis que têm efeitos
significativos sobre os valores reconhecidos nas demonstrações contábeis individuais e
consolidadas estão incluídas nas seguintes notas explicativas:

• Nota explicativa 2.3 - Bases de consolidação e investimentos em controladas:


determinação se a Companhia detém de fato controle sobre uma investida;
• Nota explicativa 23 - Receita líquida de vendas: determinação se a Companhia atua como
agente na transação ou como principal; e
• Nota explicativa 32- Arrendamentos compromissados: determinação se um contrato
contém um arrendamento e classificação de arrendamento mercantil.

b) Incertezas sobre estimativas

As informações sobre as incertezas relacionadas a premissas e estimativas que possuem um


risco significativo de resultar em um ajuste material nos saldos contábeis de ativos e passivos no
próximo exercício fiscal estão incluídas nas seguintes notas explicativas:

• Nota explicativa 3.2 - Redução ao valor líquido recuperável de ativos (“impairment):


determinação do valor justo com base em dados não observáveis significativos;
• Nota explicativa 9 - Contas a receber: critérios e montantes da provisão para créditos de
liquidação duvidosa.
• Nota explicativa 10 - Estoques: critérios e montantes para a provisão para perdas em
estoques.
• Nota explicativa 13 - Imposto de renda e contribuição social: disponibilidade de lucro
tributável futuro contra o qual prejuízos fiscais possam ser utilizados;
• Nota explicativa 14 - Investimentos em controladas: aquisição de controlada pelo valor
justo da contraprestação transferida (incluindo contraprestação contingente) e o valor justo
dos ativos adquiridos e passivos assumidos, mensurados em base provisória.
• Nota explicativa 16 e 17 - Imobilizado e Intangível - estimativa da vida útil dos ativos de
longa duração.
• Nota explicativa 17 - Intangível: principais premissas em relação aos valores recuperáveis,
incluindo a recuperabilidade dos custos de desenvolvimento. A determinação do ágio na
aquisição de redes de empresas de varejo é um processo complexo e envolve um alto

20
grau de subjetividade, bem como é baseado em diversas premissas, tais como a
determinação das unidades geradoras de caixa, taxas de descontos, projeção de inflação,
percentuais de crescimento, perenidade e rentabilidade dos negócios da Companhia para
os próximos anos, entre outros. Estas premissas serão afetadas pelas condições de
mercado ou cenários econômicos futuros do Brasil, os quais não podem ser estimados
com precisão;
• Notas explicativas 21- Provisão para riscos tributários, cíveis e trabalhistas: principais
premissas sobre a probabilidade e magnitude das saídas de recursos.

5. Mudanças nas principais políticas contábeis

Adoção inicial do CPC 48/ IFRS 9 - Instrumentos Financeiros e CPC 47/ IFRS 15- Receita de
Contrato com Cliente

A Companhia adotou inicialmente o CPC 48/ IFRS 9 - Instrumentos Financeiros e o CPC 47/IFRS
15 -Receitas de Contratos com Clientes usando o método de efeito cumulativo (sem expedientes
práticos), com efeito de adoção inicial da norma reconhecida na data de aplicação inicial (ou seja,
1° de janeiro de 2018). Consequentemente, a informação apresentada para 2017 não foi
reapresentada e, desta forma, foi apresentada conforme reportado anteriormente de acordo com
as normas anteriormente vigentes.

O quadro abaixo demonstra os efeitos patrimoniais da adoção inicial:

21
Controladora Consolidado
Nota Saldo após Saldo após
Saldo anterior Ajuste adoção inicial Saldo anterior Ajuste adoção inicial
explicativa adoção inicial adoção inicial
01/01/2018 IFRS9 IFRS15 01/01/2018 01/01/2018 IFRS9 IFRS15 01/01/2018
Ativo
Circulante
Contas a receber 5-b) 1.233.983 (34.209) - 1.199.774 1.241.290 (34.209) - 1.207.081
Estoques 5- a) 1.953.963 - 2.458 1.956.421 1.969.333 - 2.458 1.971.791
Contas a receber com partes
relacionadas 99.985 (2.010) - 97.975 96.766 (2.010) - 94.756
Demais ativos 1.905.127 - - 1.905.127 1.950.228 - - 1.950.228
Total do ativo circulante 5.193.058 (36.219) 2.458 5.159.297 5.257.617 (36.219) 2.458 5.223.856
Não circulante
Imposto de renda e contribuição social
diferidos 219.321 12.315 261 231.897 223.100 12.315 261 235.676
Investimentos em controladas em 5-b)
conjunto 311.347 (56.816) - 254.531 311.347 (56.816) - 254.531
Demais ativos 1.655.863 - - 1.655.863 1.627.449 - - 1.627.449
Total do ativo não circulante 2.186.531 (44.501) 261 2.142.291 2.161.896 (44.501) 261 2.117.656
Total do ativo 7.379.589 (80.720) 2.719 7.301.588 7.419.513 (80.720) 2.719 7.341.512

Passivo
Circulante
Demais passivos 3.840.660 - - 3.840.660 3.606.038 - - 3.606.038
Outras contas a pagar 5-a) 261.773 - 3.226 264.999 529.998 - 3.226 533.224
Total do passivo circulante 4.102.433 - 3.226 4.105.659 4.136.036 - 3.226 4.139.262
Não circulante
Total do passivo não circulante 1.203.179 - - 1.203.179 1.209.500 - - 1.209.500
Total do passivo 5.305.612 - 3.226 5.308.838 5.345.536 - 3.226 5.348.762
Patrimônio líquido 2.073.977 (80.720) (507) 1.992.750 2.073.977 (80.720) (507) 1.992.750
Total do Passivo e Patrim.líquido 7.379.589 (80.720) 2.719 7.301.588 7.419.513 (80.720) 2.719 7.341.512

22
a) CPC 47 / IFRS 15 Receita de contrato com cliente

O CPC 47 / IFRS 15 estabelece uma estrutura abrangente para determinar se, quando, e por
quanto a receita é reconhecida. A receita é reconhecida quando um cliente obtém o controle dos
bens ou serviços. Determinar o momento da transferência de controle - em um momento
específico no tempo ou ao longo do tempo - requer julgamento. Substitui o CPC 30 / IAS 18
Receitas e interpretações relacionadas.

O efeito da aplicação inicial dessa norma é atribuído principalmente:

- Estimativa da contraprestação variável relacionada às devoluções de mercadorias.

01/01/2018
Receita líquida de vendas (3.226)
Custo das mercadorias revendidas 2.458
IR/CS 261
Efeito da adoção inicial (507)

A Companhia avaliou os impactos do programa de fidelização de clientes, devoluções de serviços,


serviços oferecidos gratuitamente e não foiidentificado valores materiais para ajuste na adoção
inicial.

b) CPC 48 / IFRS 9 Instrumentos financeiros

i) Classificação e mensuração de Ativos financeiros

O CPC 48 / IFRS 9 retém em grande parte os requerimentos existentes no CPC 38 / IAS 39 para
a classificação e mensuração de passivos financeiros. No entanto, ele elimina as antigas
categorias do CPC 38 / IAS 39 para ativos financeiros: mantidos até o vencimento, empréstimos e
recebíveis e disponíveis para venda. A adoção do CPC 48 / IFRS 9 não teve efeito nas políticas
contábeis da Companhia relacionadas a passivos financeiros e instrumentos financeiros
derivativos (para derivativos que são usados como instrumentos de hedge).

Conforme o CPC 48 / IFRS 9, no reconhecimento inicial, um ativo financeiro é classificado como


mensurado: a custo amortizado; ao valor justo por meio de outros resultados abrangentes
(VJORA); ou ao valor justo por meio do resultado (VJR). A classificação dos ativos financeiros
segundo o CPC 48 / IFRS 9 é geralmente baseada no modelo de negócios no qual um ativo
financeiro é gerenciado e em suas características de fluxos de caixa contratuais.

Um ativo financeiro é mensurado ao custo amortizado se atender ambas as condições a seguir e


não for designado como mensurado a VJR:

- é mantido dentro de um modelo de negócio cujo objetivo seja manter ativos financeiros para
receber fluxos de caixa contratuais; e

- seus termos contratuais geram, em datas específicas, fluxos de caixa que são relativos ao
pagamento de principal e juros sobre o valor principal em aberto.

23
Um instrumento de dívida é mensurado a VJORA se atender ambas as condições a seguir e não
for designado como mensurado a VJR:

- é mantido dentro de um modelo de negócio cujo objetivo é atingido tanto pelo recebimento de
fluxos de caixa contratuais quanto pela venda de ativos financeiros; e

- seus termos contratuais geram em datas específicas, fluxos de caixa que são apenas
pagamentos de principal e juros sobre o valor principal em aberto.

No reconhecimento inicial de um um instrumento patrimonial a escolha é feita investimento por


investimento. Se mantido para negociação será mensurado como VJR, ou, a Companhia pode
optar irrevogavelmente por apresentar alterações subsequentes no valor justo do investimento em
ORA.

Todos os ativos financeiros não classificados como mensurados ao custo amortizado ou VJORA,
conforme descrito acima, são classificados como VJR. No reconhecimento inicial, a Companhia
pode designar de forma irrevogável um ativo financeiro que de outra forma atenda os
requerimentos para ser mensurado ao custo amortizado ou como VJORA como VJR se isso
eliminar ou reduzir significativamente um descasamento contábil que de outra forma surgiria
(opção de valor justo disponível no CPC 48 / IFRS 9).

Um ativo financeiro (a menos que seja um contas a receber de clientes sem um componente de
financiamento significativo que seja inicialmente mensurado pelo preço da transação) é
inicialmente mensurado pelo valor justo, acrescido, para um item não mensurado a VJR, dos
custos de transação que são diretamente atribuíveis à sua aquisição.

As seguintes políticas contábeis aplicam-se à mensuração subsequente dos ativos financeiros:

• Ativos financeiros mensurados a VJR: Esses ativos são subsequentemente mensurados


ao valor justo por meio do Resultado (VJR). O resultado líquido, incluindo juros, é
reconhecido no resultado.

• Ativos financeiros a custo amortizado: Estes ativos são mensurados de forma subsequente
ao custo amortizado utilizando o método do juros efetivo. O custo amortizado é reduzido
por perdas por impairment. A receita de juros, possíveis ganhos e perdas cambiais e
impairment são reconhecidos no resultado. Qualquer ganho ou perda no
desreconhecimento é reconhecido no resultado.

• Ativos financeiros mensurados ao VJORA (ver nota explicativa 29): Esses ativos são
mensurados de forma subsequente ao valor justo por meio de outros resultados
abrangentes (VJORA). No desreconhecimento, o resultado acumulado em ORA é
reclassificado para o resultado.

A tabela a seguir e as notas explicativas abaixo explicam as categorias de mensuração originais


no CPC 38 / IAS 39 e as novas categorias de mensuração do CPC 48 / IFRS 9 para cada classe
de ativos financeiros da Companhia em 1º de janeiro de 2018:

24
Nova Valor contábil
Classificação
classificação original de acordo Novo valor contábil
Categoria de instrumentos financeiros original de acordo
de acordo com o de acordo com o
com o CPC 38 /
com o CPC 38/IAS CPC 48/IFRS 9
IAS 39
CPC 48/IFRS 9 39

Empréstimos e Custo
Caixa e bancos 91.928 91.928
recebíveis amortizado
Empréstimos e
Contas a receber - Cartão de crédito e débito VJORA 837.201 817.717
recebíveis
Contas a receber - Demais contas a receber Empréstimos e Custo
408.830 394.105
de clientes e de acordos comerciais recebíveis amortizado
Empréstimos e Custo
Contas a receber de partes relacionadas 54.428 54.428
recebíveis amortizado
Contas a receber de partes relacionadas - Empréstimos e
VJR 42.338 40.328
Cartão de Crédito recebíveis
Mantidos para negociação - Equivalentes de A valor justo por
VJR 320.779 320.779
caixa meio do resultado
Mantidos para negociação - Títulos e valores A valor justo por Custo
10.995 10.995
mobiliários - Fundo não exclusivos meio do resultado amortizado
Mantidos para negociação - Títulos e valores A valor justo por
VJR 1.247.180 1.247.180
mobiliários - Fundo exclusivo meio do resultado
A valor justo por
Instrumentos Derivativos Ativo VJR 1.378 1.378
meio do resultado
3.015.057 2.978.838

ii) Impairment de Ativos financeiros

O CPC 48 / IFRS 9 substitui o modelo de “perda incorrida” do CPC 38 / IAS 39 por um modelo de
perda de crédito esperada. O novo modelo de impairment aplica-se aos ativos financeiros
mensurados pelo custo amortizado e aos mensurados a VJORA. De acordo com o CPC 48 / IFRS
9, as perdas de crédito são reconhecidas mais cedo do que de acordo com o CPC 38 / IAS 39. Os
ativos financeiros ao custo amortizado consistem em contas a receber e caixa e equivalentes de
caixa. De acordo com o CPC 48 / IFRS 9, as provisões para perdas são mensuradas em uma das
seguintes bases: - Perdas de crédito esperadas para 12 meses: estas são perdas de crédito que
resultam de possíveis eventos de inadimplência dentro de 12 meses após a data do balanço; e -
Perdas de crédito esperadas para a vida inteira: estas são perdas de crédito que resultam de
todos os possíveis eventos de inadimplência ao longo da vida esperada de um instrumento
financeiro.

A Companhia optou por mensurar provisões para perdas com contas a receber e outros
recebíveis e ativos contratuais por um valor igual a perda de crédito esperada para a vida inteira.
Ao determinar se o risco de crédito de um ativo financeiro aumentou significativamente desde o
reconhecimento inicial e ao estimar as perdas de crédito esperadas, a Companhia considera
informações razoáveis e suportáveis que são relevantes e disponíveis sem custo ou esforço
excessivo. Isso inclui informações e análises quantitativas e qualitativas, com base na experiência
histórica da Companhia, na avaliação de crédito e considerando informações “forward looking”. A
Companhia considera um ativo financeiro como inadimplente quando: - é pouco provável que o
credor pague integralmente suas obrigações de crédito, sem recorrer a ações como a realização
da garantia (se houver alguma); ou - o ativo financeiro está vencido há mais de 180 dias.

25
Mensuração de perdas de crédito esperadas

Perdas de crédito esperadas são estimativas ponderadas pela probabilidade de perdas de crédito.
As perdas de crédito são mensuradas a valor presente com base em todas as insuficiências de
caixa (ou seja, a diferença entre os fluxos de caixa devidos à Companhia de acordo com o
contrato e os fluxos de caixa que a Companhia espera receber).

Ativos financeiros com problemas de recuperação de crédito

Em cada data de apresentação, a Companhia avalia se os ativos financeiros contabilizados pelo


custo amortizado e os mensurados a VJORA estão com problemas de recuperação. Um ativo
financeiro possui ”problemas de recuperação de crédito” quando ocorrem um ou mais eventos
com impacto prejudicial nos fluxos de caixa futuros estimados do ativo financeiro.

Apresentação do impairment

Provisão para perdas para ativos financeiros mensurados pelo custo amortizado são deduzidas do
valor contábil bruto dos ativos. Para os ativos financeiros mensurados a VJORA, a provisão para
perdas é reconhecida em ORA.

As perdas por impairment relacionadas ao contas a receber de clientes e outros recebíveis, são
apresentadas separadamente na demonstração do resultado e ORA.

Impacto do novo modelo de impairment

Para ativos no escopo do modelo de impairment do CPC 48 / IFRS 9, as perdas por impairment
devem aumentar e se tornar mais voláteis.

Contas a receber e ativos contratuais

A Companhia considera o modelo e algumas das premissas utilizadas no cálculo dessas perdas
de crédito esperadas como as principais fontes de incerteza da estimativa. As perdas de crédito
esperadas foram calculadas com base na experiência de perda de crédito real nos últimos 12
meses.

As posições dentro de cada grupo foram segmentadas com base em características comuns de
risco de crédito, como: nível de risco de crédito e status de inadimplência. A experiência real de
perda de crédito foi ajustada por fatores de escala para refletir as diferenças entre as condições
econômicas durante o período em que os dados históricos macroeconômicos foram coletados, as
condições atuais e a visão da Companhia sobre as condições econômicas ao longo da vida
esperada dos recebíveis.

A seguir apresentaremos o efeito total do CPC 48/IFRS 9 - Instrumentos Financeiros:

01/01/2018
Contas a receber-Cartão de Crédito-VJORA (19.483)
Contas a receber - PCLD - Impairment (14.726)
Contas a receber com partes relacionadas - Cartão de Crédito - VJR (2.010)
Investimentos em controlada em conjunto - Impairment (56.816)
IR/CS 12.315
Efeito da adoção inicial (80.720)

26
6. Novas normas e interpretações ainda não efetivas

Uma série de novas normas serão efetivas para exercícios iniciados após 1º de janeiro de 2019. A
Companhia não adotou essas alterações na preparação destas demonstrações financeiras. Entre
as normas que ainda não estão em vigor, espera-se que o CPC 06 (R2)/IFRS 16 tenha um
impacto material nas demonstrações financeiras individuais e consolidadas da Companhia no
período de aplicação inicial.

(a) CPC 06 (R2) / IFRS 16 – Arrendamentos

A Companhia deverá adotar o CPC 06(R2) / IFRS 16 - Arrendamentos a partir de 1º de janeiro de


2019. A IFRS 16 introduz um modelo único de contabilização de arrendamentos no balanço
patrimonial para arrendatários. Um arrendatário reconhece um ativo de direito de uso que
representa o seu direito de utilizar o ativo arrendado e um passivo de arrendamento que
representa a sua obrigação de efetuar pagamentos do arrendamento. Isenções estão disponíveis
para arrendamentos de curto prazo e itens de baixo valor. Os arrendatários também deverão
reavaliar o passivo do arrendamento na ocorrência de determinados eventos (por exemplo, uma
mudança no prazo do arrendamento, uma mudança nos pagamentos futuros do arrendamento
como resultado da alteração de um índice ou taxa usada para determinar tais pagamentos). Em
geral, o arrendatário reconhecerá o valor de reavaliação do passivo de arrendamento como um
ajuste ao ativo de direito de uso.

A IFRS 16 substitui as normas de arrendamento existentes, incluindo o CPC 06/IAS 17 Operações


de Arrendamento Mercantil e o ICPC 03/IFRIC 4, SIC 15 e SIC 27 Aspectos Complementares das
Operações de Arrendamento Mercantil.

A Companhia reconhecerá novos ativos e passivos para seus contratos que foram anteriormente
classificados como arrendamentos operacionais. A Companhia optará por utilizar as isenções para
contratos de arrendamento de curto prazo e de baixo valor. A natureza das despesas relacionadas
aos arrendamentos mudará porque a Companhia reconhecerá um custo de depreciação de ativos
de direito de uso e despesa de juros sobre obrigações de arrendamento. A Companhia atualmente
reconhece uma despesa linear de arrendamento operacional durante o prazo do arrendamento, e
reconhece ativos e passivos na medida em que havia uma diferença temporal entre os
pagamentos efetivos de arrendamentos e as despesas reconhecidas.

A Companhia avaliou o potencial impacto que a aplicação inicial do CPC 06 (R2) / IFRS 16 terá
sobre as demonstrações financeiras consolidadas. Com base nas informações atualmente
disponíveis, a Companhia estima que reconhecerá um direito de uso e obrigações adicionais de
arrendamento no montate aproximado de R$ 2,7 bilhões em 1º de janeiro de 2019. A Companhia
espera que a adoção do CPC 06 (R2) / IFRS 16 não afete sua capacidade de cumprir com os
acordos contratuais (covenants) de limite máximo de alavancagem em debêntures descritos na
nota explicativa 19.

Os impactos reais da adoção da norma a partir de 1º de janeiro de 2019 poderão mudar devido a
determinadas premissas utilizadas pela Companhia, ainda estarem sujeitas a refinamentos, dentre
elas:
− definição de prazos dos contratos, incluindo julgamento sobre renovações;
− premissas relacionadas a taxas de descontos que levam em consideração, dentre outros,
avaliações de risco de crédito da Companhia, ajustadas aos prazos, garantias e valores dos
contratos de arrendamento;
− uso de taxa de desconto real (desconsiderando a inflação);
− fluxos de pagamentos dos contratos de arrendamento que foram estimados brutos de PIS e
COFINS, desconsiderando os valores de créditos que a Companhia espera obter desses
impostos.

27
- a Companhia não finalizou o teste e a avaliação dos controles sobre os novos sistemas de TI; e
- as novas políticas contábeis estão sujeitas à mudança até que a Companhia apresente suas
primeiras demonstrações financeiras que incluam a data da aplicação inicial.

A Companhia pretende aplicar o CPC 06(R2) / IFRS 16 inicialmente em 1º de janeiro de 2019,


utilizando a abordagem retrospectiva modificada. Portanto, o efeito cumulativo da adoção do CPC
06(R2) / IFRS 16 será reconhecido como um ajuste no saldo de abertura dos lucros acumulados
em 1º de janeiro de 2019, sem atualização das informações comparativas. A Companhia planeja
aplicar o expediente prático com relação à definição de contrato de arrendamento na transição.
Isso significa que aplicará o CPC 06(R2) / IFRS 16 a todos os contratos celebrados antes de 1º de
janeiro de 2019 que eram identificados como arrendamentos de acordo com o CPC 06(R1) / IAS
17 e a ICPC 03 / IFRIC 4.

b) IFRIC 23/ICPC 22 – Incerteza sobre Tratamentos de Tributos sobre o Lucro

A Companhia está em fase de avaliação dos impactos da norma, porém não espera efeitos
significativos da adoção.

c) Outras normas

As seguintes normas alteradas e interpretações não deverão ter um impacto significativo nas
demonstrações financeiras consolidadas da Companhia:

- Características de Pré-Pagamento com Remuneração Negativa (Alterações na IFRS 9).


- Investimento em Coligada, em Controlada e em Empreendimento Controlado em Conjunto
(Alterações no CPC 18(R2) / IAS 28).
- Alterações no Plano, Reduções ou Liquidação do Plano (Alterações no CPC 33 / IAS 19).
- Ciclo de melhorias anuais nas normas IFRS 2015-2017 - várias normas.
- Alterações nas referências à estrutura conceitual nas normas IFRS.

7. Caixa e equivalentes de caixa

Política contábil

A Administração da Companhia define como “Caixa e equivalentes de caixa” os valores mantidos


com a finalidade de atender a compromissos financeiros de curto prazo e não para investimento
ou outros fins. As aplicações financeiras possuem características de conversibilidade imediata
com o próprio emissor em um montante conhecido de caixa e não estão sujeitas a risco de
mudança significativa de valor, sendo registradas pelos valores de custo acrescidos dos
rendimentos auferidos até as datas dos balanços, que não excedem o seu valor de mercado ou de
realização. Na nota explicativa 29 está descrita a prática e política de risco de crédito.

Controladora Consolidado
Taxas 2018 2017 2018 2017

Caixa 62.874 38.614 62.985 38.621


Bancos 73.186 51.946 75.310 53.307
De 70% a
Certificados de depósitos bancários 409.710 280.173 416.401 293.150
101% CDI
Fundos de investimentos não
101% CDI 2.783 193 44.391 27.629
exclusivos
Total de caixa e equivalentes de caixa 548.553 370.926 599.087 412.707

A análise de risco crédito e análise de sensibilidade estão apresentadas na Nota 29.

28
8. Títulos e valores mobiliários e outros ativos financeiros

Controladora Consolidado
Ativos financeiros Taxas 2018 2017 2018 2017

Títulos e valores mobiliários

Fundo de investimento não exclusivo 97% CDI 11.455 10.995 11.669 10.995

Fundo de investimento exclusivo: (a)


Títulos públicos federais e operações
compromissadas 397.656 1.242.828 397.656 1.242.828
Depósitos a prazo e outros títulos - 4.352 - 4.352
Nota 11 397.656 1.247.180 397.656 1.247.180

Total de títulos e valores mobiliários 409.111 1.258.175 409.325 1.258.175


Outros ativos financeiros - registrados ao valor
justo por meio do resultado
Swap a receber - Hedge de valor justo (b) - 1.378 - 1.378

Total de títulos e valores mobiliários e outros


ativos financeiros 409.111 1.259.553 409.325 1.259.553

Circulante 409.111 1.259.553 409.111 1.259.553


Não Circulante - - 214 -

(a) Refere-se aos fundos de investimentos exclusivos de renda fixa. Em 31 de dezembro de 2018 e 31 de
dezembro de 2017, a carteira estava distribuída nas modalidades de investimentos descritas na tabela acima, que
estão atreladas a títulos e operações financeiras e referenciadas à variação do Certificado de Depósito Interfinanceiro
(CDI), com o objetivo de retornar a rentabilidade média de 103% do CDI à Companhia.

(b) Contabilização de hedge de valor justo, conforme detalhado na Nota 29.

A análise de risco crédito e análise de sensibilidade estão apresentadas na Nota 29.

9. Contas a receber

Política contábil

Contas a receber são registradas e mantidas no balanço patrimonial pelo valor dos títulos,
ajustado a valor presente, quando aplicável, representadas, principalmente, por créditos de
revendas parceladas no crediário e com cartão de crédito, contas a receber por serviços
prestados, recebíveis de bonificações com fornecedores e pela provisão para créditos de
liquidação duvidosa, que é constituída em montante considerado suficiente pela Administração
para cobrir eventuais riscos sobre a carteira de financiamentos e demais valores a receber
existentes na data do balanço. O critério de constituição da provisão leva em consideração, para
as atividades de varejo, os índices de perdas históricos por faixa de vencimento da carteira,
conforme mencionado na nota 5.

29
Controladora Consolidado
2018 2017 2018 2017
Contas a receber de clientes:
Cartões de crédito (a) 1.477.322 818.154 1.492.316 820.267
Cartões de débito (a) 13.967 16.934 13.967 16.934
Crediário próprio (b) 224.146 164.725 229.229 165.373
Demais contas a receber (c) 150.091 63.517 151.801 63.517
Total de contas a receber de clientes 1.865.526 1.063.330 1.887.313 1.066.091
Provenientes de acordos comerciais (d) 279.346 252.146 284.431 256.697
Provisão para créditos de liquidação duvidosa (73.510) (42.672) (73.510) (42.672)
Ajuste a valor presente (39.106) (34.080) (39.106) (34.085)
Total de contas a receber 2.032.256 1.238.724 2.059.128 1.246.031

Circulante 2.024.685 1.233.983 2.051.557 1.241.290


Não circulante 7.571 4.741 7.571 4.741

O prazo médio de recebimento das contas a receber de clientes é de 30 dias (20 dias em 31 de dezembro de 2017), na
controladora e consolidado.

(a) Contas a receber decorrentes das vendas realizadas por meio dos cartões de crédito e débito, os quais a Companhia recebe
das operadoras em montantes, prazos e quantidade de parcelas definidos no momento da venda do produto. Em 31 de dezembrode
2018, a Controladora possuía créditos cedidos a instituições financeiras que montavam R$1.360.242 (R$ 1.506.129 em 31 de
dezembro de 2017) e Consolidado R$1.385.779 (R$ 1.528.700 em 31 de dezembro de 2017), sobre os quais é aplicado um desconto
que varia de 104,5% a 107,0% do CDI. A Companhia, por meio das operações de cessão de recebíveis em cartões, transfere para
às operadoras e instituições financeiras todos os riscos de recebimento dos clientes e, deste modo, líquida as contas a receber
relativas a esses créditos. Com adoção inicial do CPC 48/IFRS 9 - Instrumentos financeiros, a diferença entre o valor de face e o
valor justo dos recebíveis passou a ser registrado em outros resultados abrangentes e após a efetivação da liquidação do contas a
receber registrados respectivos encargos financeiros, se houver, no resultado do exercício.

(b) Refere-se às contas a receber decorrentes de vendas financiadas pela Companhia e por outras instituições financeiras.

(c) Estas vendas são intermediadas pela Controladora para a Luizaseg e Cardif. A Controladora destina às suas parceiras o
valor da garantia estendida e outros seguros, em sua totalidade, no mês subsequente à venda e recebe dos clientes de acordo com
o prazo firmado na transação. Adicionalmente, nessa rubrica estão alocados os recebíveis por serviços de marketplace e outros
serviços.

(d) Refere-se a bonificações a serem recebidas de fornecedores devido ao atendimento do volume de compras, negociações
pontuais de campanhas de vendas, bem como de acordos que definem participação do fornecedor nos dispêndios relacionados à
veiculação de propaganda e publicidade (propaganda cooperada).

A movimentação da provisão para créditos de liquidação duvidosa é como segue:

Controladora Consolidado
2018 2017 2018 2017

Saldo inicial (42.672) (29.535) (42.672) (29.535)


(+) Adições (86.008) (52.448) (86.008) (52.455)
(+) Adoção inicial IFRS09 (14.726) - (14.726) -
(-) Baixas 69.896 39.311 69.896 39.318
Saldo final (73.510) (42.672) (73.510) (42.672)

A composição das contas a receber de clientes e provenientes de acordos comerciais por idade
de vencimento é como segue:

30
Contas a receber de clientes Provenientes de acordos comerciais
Controladora Consolidado Controladora Consolidado
2018 2017 2018 2017 2018 2017 2018 2017
Valores a vencer:
Até 30 dias 168.436 151.232 190.223 153.993 45.816 92.319 50.901 96.870
Entre 31 e 60 dias 114.711 99.316 114.711 99.316 123.446 106.629 123.446 106.629
Entre 61 e 90 dias 122.706 66.499 122.706 66.499 69.490 23.797 69.490 23.797
Entre 91 e 180 dias 880.668 284.648 880.668 284.648 31.459 17.186 31.459 17.186
Entre 181 e 360 dias 524.688 430.941 524.688 430.941 1.513 1.837 1.513 1.837
Acima de 361 dias 14.348 10.202 14.348 10.202 - 1.103 - 1.103
1.825.557 1.042.838 1.847.344 1.045.599 271.724 242.871 276.809 247.422
Valores vencidos:
Até 30 dias 11.425 6.105 11.425 6.105 2.282 5.499 2.282 5.499
Entre 31 e 60 dias 7.160 3.599 7.160 3.599 1.779 284 1.779 284
Entre 61 e 90 dias 6.027 3.065 6.027 3.065 802 148 802 148
Entre 91 e 180 dias 15.357 7.723 15.357 7.723 2.759 3.344 2.759 3.344
39.969 20.492 39.969 20.492 7.622 9.275 7.622 9.275

Total 1.865.526 1.063.330 1.887.313 1.066.091 279.346 252.146 284.431 256.697


A análise de risco crédito está apresentada na Nota 29.

10. Estoques

Política contábil

Os estoques são apresentados pelo menor valor entre o custo médio de aquisição e o valor
líquido de realização. O custo médio de aquisição compreende o preço de compra, os impostos e
tributos não recuperáveis, como por exemplo, o ICMS substituição tributária, bem como outros
custos diretamente atribuíveis à aquisição e a descontos comerciais. As provisões para perdas
nos estoques são compostas pela provisão para realização de estoques que corresponde ao
preço de venda estimado dos estoques, deduzido de todos os custos necessários para realizar a
venda e provisão para obsolescência que considera mercadorias encaminhadas à assistência
técnica e a provisão para perdas em inventários físicos de lojas e centros de distribuição.

Controladora Consolidado
2018 2017 2018 2017

Mercadorias para revenda 2.850.966 2.000.926 2.871.342 2.016.812


Material para consumo 8.699 9.073 8.699 9.073
Provisões para perdas nos estoques (68.939) (56.036) (69.793) (56.552)
Total 2.790.726 1.953.963 2.810.248 1.969.333

Em 31 de dezembro de 2018, a Companhia possui estoques de mercadorias para revendas dadas em garantias de
processos judiciais, em fase de execução, no montante aproximado de R$30.761 (R$ 24.364 em 31 de dezembro de
2017).

A movimentação da provisão para perdas nos estoques é a seguinte:

Controladora Consolidado
2018 2017 2018 2017

Saldo inicial (56.036) (40.894) (56.552) (41.527)


Constituição da provisão (44.203) (36.244) (44.541) (36.127)
Estoques baixados ou vendidos 31.300 21.102 31.300 21.102
Saldo final (68.939) (56.036) (69.793) (56.552)

31
11. Partes relacionadas

Ativo (Passivo) Resultado


Controladora Consolidado Controladora Consolidado
Empresa
2018 2017 2018 2017 2018 2017 2018 2017
Luizacred (i)
Comissões por serviços prestados 10.176 10.919 10.176 10.919 162.544 130.004 162.544 130.004
CDC 3.439 2.533 3.439 2.533 - - - -
Cartão de crédito 106.687 42.338 106.687 42.338 (232.550) (169.955) (232.550) (169.955)
Repasses de recebimentos (58.367) (43.631) (58.367) (43.631) - - - -
Dividendos a receber 1.322 - 1.322 - - -
Reembolso de despesa compartilhadas 12.221 - 12.221 - 73.816 63.703 73.816 63.703
75.478 12.159 75.478 12.159 3.810 23.752 3.810 23.752
Luizaseg (ii)
Comissões por serviços prestados 46.825 30.435 46.825 30.435 352.252 272.089 352.252 272.089
Dividendos a receber 4.976 9.869 4.976 9.869 - - - -
Repasses de recebimentos (55.600) (43.373) (55.600) (43.373) - - - -
Clawback – contrato exclusividade (4.282) - (4.282) - - - - -
(8.081) (3.069) (8.081) (3.069) 352.252 272.089 352.252 272.089

Total de controladas em conjunto 67.397 9.090 67.397 9.090 356.062 295.841 356.062 295.841

Luiza Administradora de Consórcio


("LAC") (iii)
Comissões por serviços prestados 1.286 1.087 - - 12.413 12.035 - -
Dividendos a receber 2.093 1.782 - - - - - -
Grupo de Consórcios (1.063) (590) (1.063) (590) - - - -
2.316 2.279 (1.063) (590) 12.413 12.035 - -
Campos Floridos Comércio de
Cosméticos Ltda. (iv)
Comissões por serviços prestados 66 22 - - 360 127 - -

Donatelo - “Integra Commerce”(v)


Reembolso de despesas compartilhadas - 328 - - 148 328 - -

Abelha - “Logbee”(vi)
Despesas com fretes - - - - (1.929) - - -

Total de controladas 2.382 2.629 (1.063) (590) 10.992 12.490 - -

MTG Administração, Assessoria e


Participações S.A. (vii)
Aluguéis e outras despesas (1.222) (1.176) (1.225) (1.179) (23.573) (22.107) (23.616) (22.149)

PJD Agropastoril Ltda. (viii)


Aluguéis, fretes e outras despesas (31) (44) (58) (76) (2.607) (2.610) (2.969) (2.989)

LH Agropastoril, Administração de
participações Ltda. (ix)
Aluguéis (77) - (77) - (911) - (911) -

ETCO - Sociedade em Conta de


Participação (x)
Comissão de agenciamento -"Fee" - - - - (6.229) (8.770) (6.229) (8.770)
Despesa com veiculação de mídia (167) - (167) - (200.612) (176.261) (200.612) (176.261)
(167) - (167) - (206.841) (185.031) (206.841) (185.031)

Total de outras partes relacionadas (1.497) (1.220) (1.527) (1.255) (233.932) (209.748) (234.337) (210.169)

Total partes relacionadas 68.282 10.499 64.807 7.245 133.122 98.583 121.725 85.672

32
Controladora Consolidado
Reconciliação
2018 2017 2018 2017

Contas a receber de partes relacionadas 193.635 99.985 190.190 96.766


Contas a pagar a partes relacionadas (125.353) (89.486) (125.383) (89.521)
Total 68.282 10.499 64.807 7.245

Ativo (Passivo) Resultado


Demais partes relacionadas: Controladora Consolidado Controladora Consolidado
Títulos e valores mobiliários 2018 2017 2018 2017 2018 2017 2018 2017

Fundos de investimentos (xi) 397.656 1.247.180 397.656 1.247.180 17.992 52.268 17.992 52.268

(i) As transações com a Luizacred, controlada em conjunto com o Banco Itaúcard S.A., referem-se às seguintes atividades:

(a) Recebíveis em cartões de crédito private label e despesas financeiras com antecipação de tais recebíveis;
(b) Saldo a receber decorrente de vendas de produtos financiadas aos clientes pela Luizacred, recebidas pela Controladora;
(c) Comissões dos serviços prestados mensalmente pela Companhia, que incluem a captação de clientes, gestão e administração das operações
de crédito ao consumidor, controle e cobrança dos financiamentos concedidos, indicação de seguros vinculados aos produtos e serviços
financeiros. Acesso aos sistemas e rede de telecomunicações, além de arquivamento e disponibilidade de espaço físico nos pontos de venda. Os
valores a pagar (passivo circulante) referem-se a recebimentos de prestações de clientes nos caixas das lojas da Companhia, que são
transferidos para a Luizacred;

(ii) Os valores a receber (ativo circulante) e receitas da Luizaseg, controlada em conjunto com a NCVP Participações Societárias
S.A., subsidiária da Cardif do Brasil Seguros e Previdência S.A., são decorrentes de comissões dos serviços prestados
mensalmente pela Companhia referentes às vendas de garantias estendidas e dividendos propostos. Os valores a pagar (passivo
circulante) referem-se aos repasses de garantias estendidas vendidas, realizados à Luizaseg, em sua totalidade, no mês
subsequente às vendas. Em 2018 foi registrado um saldo a pagar decorrente a “clawback” do contrato de exclusividade firmado
em 2015 (nota 20).

(iii) Os valores a receber (ativo circulante) da LAC, controlada integral, referem-se a dividendos propostos,às comissões pelas
vendas efetuadas pela Controladora como representante das operações de consórcio. Os valores a pagar (passivo circulante)
referem-se aos repasses a realizar à LAC referentes às prestações de consórcios recebidas pela Controladora nos caixas dos
seus pontos de venda.

(iv) As transações com a Campos Floridos- “Época Cosméticos”, controlada integral, referem-se ao custo de aquisição de
mercadorias para revenda e também comissões com vendas via plataforma de Marketplace da controladora.

(v) As transações com a Donatelo - “Integra Commerce”, controlada integral, referem-se a reembolso de despesas
compartilhadas.

(vi) As transações com a Abelha - “Logbee”, controlada integral, referem-se a despesas com frete.

(vii) As transações com a MTG Administração, Assessoria e Participações S.A. (“MTG”), controlada pelos mesmos controladores
da Companhia, referem-se a despesas com aluguéis de prédios comerciais para o estabelecimento de suas lojas, assim como
centros de distribuição e escritório central e reembolso de despesas.

(viii) As transações com a PJD Agropastoril Ltda., empresa controlada por controladores indiretos da Companhia, referem-se a
despesas com aluguéis de imóveis comerciais para estabelecimento de suas lojas, aluguéis de caminhões para fretes de
mercadorias e despesas com copa e cozinha.

(ix) As transações com a LH Agropastoril, Administração Participações Ltda., controlada pelos mesmos controladores da
Companhia, referem-se a despesas com aluguéis de prédios comerciais.

(x) As transações com a ETCO, Sociedade em Conta de Participação que tem como sócia participante empresa controlada pela
presidente do Conselho de Administração da Companhia, referem-se a contratos de prestação de serviços de publicidade e
propaganda, incluindo também repasses relacionados a serviços de veiculação, produção de mídias e criação gráfica.

(xi) Refere-se às operações de aplicação, resgate e rendimentos com os fundos de investimentos exclusivos (ML Renda Fixa
Crédito Privado FI e FI Caixa ML RF Longo Prazo, vide Nota 8 - Títulos e valores mobiliários).

33
b) Remuneração da Administração

2018 2017
Conselho de Diretoria Conselho de Diretoria
Administração Estatutária Administração Estatutária

Remuneração fixa e variável 3.833 25.264 2.968 11.274


Plano de incentivos atrelados a
ações 94 4.913 188 1.400

A Companhia não possui benefícios pós-emprego, benefícios de rescisão de contrato de trabalho


ou outros benefícios de longo prazo. Os benefícios de curto prazo para a diretoria estatutária são
os mesmos dos demais funcionários da Companhia, sendo que determinados colaboradores
elegíveis são beneficiários de plano de incentivos atrelados as ações, mencionado na nota
explicativa 22. É política interna da Companhia o pagamento de Participação nos Lucros e
Resultados aos seus colaboradores. Tais valores são provisionados em bases mensais pela
Companhia, de acordo com a estimativa de atendimento de metas. Foi aprovada em Assembleia
Geral Ordinária e Extraordinária, em 13 de abril de 2018, a remuneração global dos
administradores (Conselho de Administração e Diretoria Estatutária) para o exercício findo em 31
de dezembro de 2018, em que é previsto o limite máximo de remuneração de R$ 28.480.

12. Tributos a recuperar


Controladora Consolidado
2018 2017 2018 2017

ICMS a recuperar (a) 411.267 341.473 411.267 341.495


IRPJ e CSLL a recuperar 8.718 - 10.544 142
IRRF a recuperar 642 7.793 749 7.794
PIS e COFINS a recuperar 27.230 13.148 29.242 14.767
Outros 2.513 2.513 2.513 2.513
450.370 364.927 454.315 366.711

Ativo circulante 299.746 198.894 303.691 200.678


Ativo não circulante 150.624 166.033 150.624 166.033

(a) Referem-se a créditos acumulados de ICMS próprio e por substituição tributária, oriundos de aplicação de alíquotas
diversificadas em operações de entrada e de saída de mercadoria interestaduais. Os referidos créditos estão sendo realizados por
meio de solicitação de ressarcimento e compensações de débitos de mesma natureza junto aos estados de origem do crédito.

13. Imposto de renda e contribuição social

Política contábil

O imposto de renda e a contribuição social do exercício corrente e diferido são calculados com
base nas alíquotas de 15%, acrescidas do adicional de 10% sobre o lucro tributável excedente de
R$ 240 mil para imposto de renda e 9% sobre o lucro tributável para contribuição social sobre o
lucro líquido, e consideram a compensação de prejuízos fiscais e base negativa de contribuição
social, limitada a 30% do lucro real do exercício.

Imposto corrente

Os tributos sobre o lucro são reconhecidos no resultado do exercício. As provisões para imposto
sobre a renda e contribuição social são calculadas individualmente por empresa componente da
Companhia com base nas alíquotas vigentes no fim dos exercícios.

34
Imposto diferido

O imposto de renda e a contribuição social diferidos (“impostos diferidos”) são reconhecidos sobre
as diferenças temporárias entre os saldos de ativos e passivos reconhecidos nas demonstrações
contábeis e as bases fiscais correspondentes, usadas na apuração do lucro tributável, incluindo
saldo de prejuízos fiscais e base negativa de contribuição social não sujeitos à prescrição. Os
impostos diferidos passivos são geralmente reconhecidos sobre todas as diferenças temporárias
tributáveis e os impostos diferidos ativos são reconhecidos sobre todas as diferenças temporárias
dedutíveis, apenas quando for provável que a base tributável futura será em montante suficiente
para absorver as diferenças temporárias dedutíveis.

A probabilidade de recuperação do saldo de impostos diferidos ativos é revisada no fim de cada


exercício e, quando não for mais provável que bases tributáveis futuras estejam disponíveis e
permitam a recuperação total ou parcial destes impostos, o saldo do ativo é reduzido ao montante
que se espera recuperar.

Os impostos diferidos ativos e passivos são mutuamente compensados apenas quando há o


direito legal de compensação, quando estão relacionados aos impostos administrados pela
mesma autoridade fiscal e a Companhia pretende liquidar o valor líquido dos seus ativos e
passivos fiscais correntes.

Subvenções Governamentais para Investimento

Subvenções governamentais para investimento são reconhecidas como redutoras de impostos


sobre as vendas, quando houver razoável certeza de que o benefício será recebido e que todas
as correspondentes condições serão satisfeitas.

35
a) Reconciliação do efeito tributário sobre o lucro antes do imposto de renda e
da contribuição social

Controladora Consolidado
2018 2017 2018 2017

Lucro antes do imposto de renda e da contribuição


social 785.237 476.109 786.863 476.873
Alíquota nominal vigente 34% 34% 34% 34%
Expectativa débito de imposto de renda e
(266.981) (161.877) (267.533) (162.137)
contribuição social às alíquotas vigentes

Reconciliação para a taxa efetiva (efeitos da


aplicação das taxas fiscais):
Exclusão - equivalência patrimonial 21.026 31.287 19.637 29.293
Efeito de juros sobre o capital próprio a pagar 38.080 25.500 38.080 25.500
(1)
Efeito de subvenção governamental 28.217 23.222 28.217 23.222
Efeito da inovação tecnológica 6.002 4.892 6.002 4.892
Efeito de juros sobre o capital próprio a receber (9.265) (9.363) (9.265) (9.363)
Outras exclusões permanentes, líquidas (4.887) (748) (4.572) 742
Débito de imposto de renda e contribuição social (187.808) (87.087) (189.434) (87.851)

Corrente (128.640) (73.201) (132.913) (76.823)


Diferido (59.168) (13.886) (56.521) (11.028)
Total (187.808) (87.087) (189.434) (87.851)
Taxa efetiva 23,9% 18,3% 24,1% 18,4%

(1) A Companhia possui subvenção para investimentos, concedida por alguns entes governamentais onde possui operação, na forma
de créditos presumidos de ICMS. As subvenções governamentais são registradas na demonstração do resultado do exercício na
rubrica de receita líquida de vendas. Até o encerramento do exercício de 2018 e 2017, a Companhia cumpriu com todos os
requisitos solicitados pelos termos de subvenção, tais como cumprimento de obrigações fiscais, manutenção dos empregos
acordados, faturamento mínimo e manutenção de estrutura logística com espaço físico apropriado para estocagem de
mercadorias no ente governamental concedente.

36
Impostos diferidos

b) Composição e movimentação dos saldos ativos e passivos de imposto de renda e contribuição social diferidos

Controladora
Compensação Adoção
Saldo em prejuízo fiscal Saldo em IFRS 09 Saldo em
01/01/2017 Resultado com PERT 31/12/2017 Resultado e 15 VJORA 31/12/2018
Imposto de renda e contribuição social diferidos ativo:
Prejuízo fiscal e base negativa de contribuição social 147.479 (25.680) (7.882) 113.917 (57.777) - - 56.140
Provisão para créditos de liquidação duvidosa 10.042 4.466 - 14.508 5.478 5.007 - 24.993
Provisão para perda nos estoques 13.904 5.148 - 19.052 4.387 - - 23.439
Provisão para ajustes a valor presente 5.890 2.758 - 8.648 258 - - 8.906
Provisão para riscos tributários, cíveis e trabalhistas 93.518 7.509 - 101.027 12.399 - - 113.426
Variações cambiais 14.895 (10.212) - 4.683 (4.683) - - -
Outras provisões 4.553 6.603 - 11.156 3.115 7.569 (1.241) 20.599
290.281 (9.408) (7.882) 272.991 (36.823) 12.576 (1.241) 247.503
Imposto de renda e contribuição social diferidos passivo:
Amortização de intangível (40.788) (891) - (41.679) - - - (41.679)
Depósitos judiciais (6.203) (2.793) - (8.996) (22.138) - - (31.134)
Outros (2.201) (794) - (2.995) (207) - - (3.202)
(49.192) (4.478) - (53.670) (22.345) - - (76.015)

241.089 (13.886) (7.882) 219.321 (59.168) 12.576 (1.241) 171.488

37
Consolidado
Compensação Adoção Adivindo de
Saldo em prejuízo fiscal Saldo em IFRS 09 e aquisição de Saldo em
01/01/2017 Resultado com PERT 31/12/2017 Resultado 15 controlada VJORA 31/12/2018
Imposto de renda e contribuição social diferidos ativo:
Prejuízo fiscal e base negativa de contribuição social 147.907 (22.772) (7.882) 117.253 (55.249) - - - 62.004
Provisão para créditos de liquidação duvidosa 10.042 4.466 14.508 5.478 5.007 - - 24.993
Provisão para perda nos estoques 14.120 5.109 19.229 4.500 - - - 23.729
Provisão para ajustes a valor presente 5.913 2.758 8.671 235 - - - 8.906
Provisão para riscos tributários, cíveis e trabalhistas 93.722 7.513 101.235 12.463 - 3.098 - 116.796
Variações cambiais 14.895 (10.212) 4.683 (4.683) - - - -
Outras provisões 4.603 6.588 11.191 3.080 7.569 - (1.241) 20.599
291.202 (6.550) (7.882) 276.770 (34.176) 12.576 3.098 (1.241) 257.027
Imposto de renda e contribuição social diferidos passivo:
Amortização de intangível (40.788) (891) - (41.679) - - - - (41.679)
Depósitos judiciais (6.203) (2.793) - (8.996) (22.138) - - - (31.134)
Outros (2.201) (794) - (2.995) (207) - - - (3.202)
(49.192) (4.478) - (53.670) (22.345) - - - (76.015)

242.010 (11.028) (7.882) 223.100 (56.521) 12.576 3.098 (1.241) 181.012

O ativo registrado limita-se aos valores cuja realização é amparada por projeções de bases tributáveis futuras, aprovadas pela Administração.
A expectativa de realização do imposto de renda e contribuição social diferidos em 31 de dezembro de 2018 é como segue:
Controladora Consolidado
Ano de realização
2019 117.714 118.678
2020 23.134 23.808
2021 13.421 19.959
2022 7.798 8.472
2023 em diante 9.421 10.095
171.488 181.012

38
14. Investimentos em controladas

a. Combinação de Negócios
Política Contábil

Combinações de negócio são registradas utilizando o método de aquisição quando o controle é


transferido para a Companhia. A contraprestação transferida é geralmente mensurada ao valor
justo, assim como os ativos líquidos identificáveis adquiridos. Qualquer ágio que surja na
transação é testado anualmente para avaliação de perda por redução ao valor recuperável. Os
custos da transação são registrados no resultado conforme incorridos, exceto os custos
relacionados à emissão de instrumentos de dívida ou patrimônio.

A contraprestação transferida não inclui montantes referentes ao pagamento de relações pré-


existentes. Esses montantes são geralmente reconhecidos no resultado do exercício. Qualquer
contraprestação contingente a pagar é mensurada pelo seu valor justo na data de aquisição.

Abelha Serviços de Hospedagem na Internet Ltda - ME - “Logbee”


Em 07 de maio de 2018, foi celebrado o contrato de aquisição de 100% das cotas de capital da
startup de tecnologia aplicada à logística Logbee, de São Paulo (SP), que é uma plataforma que
gerencia em tempo real entregas expressas de produtos leves, realizadas diariamente por
diversos parceiros, empreendedores e donos de seus próprios veículos.

Contraprestação transferida

Caixa 3.000
Contraprestação contingente 5.000
Total negociado 8.000

O valor de contraprestação contingente está vinculado ao cumprimento de determinadas metas da


Logbee ao longo de 5 anos.

Ativos adquiridos e passivos assumidos na data de aquisição:

Valor justo

Ativo circulante 424


Intangível (i) 3.954
Ativo não circulante 4
Total do ativo 4.382

Passivo circulante 138


Patrimônio líquido 4.244
Total do passivo e patrimônio líquido 4.382

Ágio gerado na aquisição

Contraprestação transferida 8.000


Valor justo dos ativos líquidos indentificáveis (4.244)
Ágio gerado na aquisição 3.756

39
(i) A Companhia contratou empresa independente de consultoria especializada para identificação
dos ativos intangíveis e melhor alocação do preço de aquisição. Tais valores foram atribuídos
principalmente à plataforma de tecnologia relacionada a entregas de mercadorias
desenvolvida pela adquirida. Os valores estão divulgados na nota explicativa 17.

Técnicas de avaliação dos ativos adquiridos

As técnicas avaliação utilizadas para mensurar o valor justo dos ativos significativos adquiridos
foram as seguintes:

a) Marca: utilizado o método Relief-from-Royalty, que captura as economias de royalties


associadas a possuir a marca, ao invés de obter licença para utilizá-la.

b) Software: utilizado o método Withor Withoute calcula a diferença na geração de fluxos de


caixa futuros entre dois cenários, um com o software e um cenário hipotético sem este
ativo.

c) Carteira de clientes: utilizado o método de Renda, que enfoca na capacidade de formação


de renda do ativo identificado ou negócio.

d) Força de trabalho: utilizado o método de custo de reposição.

O ágio pago de R$ 3.756 compreende o valor dos benefícios econômicos futuros oriundos da
sinergia decorrente da aquisição da Logbee e não tem expectativa de ser dedutível para fins de
imposto de renda e contribuição social.

“Grupo Softbox”
Em 13 de dezembro de 2018, a Companhia adquiriu a totalidade de controle das empresas
Softbox Sistemas de Informação, Certa Administração e Kelex Tecnologia, que conjuntamente
passamos a chamar de “Grupo Softbox” ou apenas “Softbox”.

A Softbox possui 256 colaboradores, sendo 174 desenvolvedores e especialistas em tecnologia, e


oferece soluções para empresas de varejo e indústria de bens de consumo que desejam vender
digitalmente ao consumidor final. A grande maioria das empresas brasileiras ainda está excluída
do mundo digital, sem acesso a nenhum marketplace. Com a aquisição da Softbox, a Companhia
vai ajudar na transformação de empresas analógicas em empresas digitais.

Contraprestação transferida

O preço base de aquisição definido em contrato foi de R$ 41.850, dividido em três formas de
pagamento: i) R$ 13.950 integralmente pagos no “closing” do processo de aquisição; ii) R$ 13.950
a serem pagos ao longo de 5 anos; e iii) R$ 13.950 a serem pagos em 5 anos mediante cessão de
ações da Companhia, ou fundos imediatamente disponíveis em caso de inviabilidade da cessão
de ações, sendo a quantidade de ações calculada na data de aquisição.

Ativos adquiridos e passivos assumidos na data de aquisição:

Valor justo

Ativo circulante 9.592


Ativo não circulante 6.012
Total do ativo 15.604

40
Valor justo

Passivo circulante 4.796


Empréstimos não circulantes 1.822
Provisão para riscos tributários (i) 9.111
Passivo a descoberto (125)
Total do passivo e patrimônio líquido 15.604

(i) Provisão para determinados passivos contingentes identificados no processo de Due


Dilligence.

Ágio gerado na aquisição

Contraprestação transferida 41.850


Valor justo do passivo a descoberto 125
Ágio gerado na aquisição 41.975

A Companhia contratou uma avaliação independente dos valores justos dos ativos líquidos
adquiridos, trabalho este que não foi finalizado até a divulgação dessas demonstrações contábeis.
Assim, a contabilização da aquisição poderá ser revista na medida queo trabalho de avaliação se
encerrar.

b. Movimentação dos investimentos em controladas


A movimentação dos investimentos em controladas, apresentado nas demonstrações financeiras
individuais, é como segue:

Informações das controladas

Certa
Época LAC Integra Logbee Softbox Adm Kelex

2018 2017 2018 2017 2018 2017 2018 2018 2018 2018

Quotas/ações possuídas 12.855 12.855 6.500 6.500 100 100 16.726 5.431.666 100 100
100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100%

Ativos circulantes 43.540 26.101 48.378 41.436 122 241 1.390 9.306 191 120
Ativos não circulantes 9.417 10.666 3.723 3.904 1.055 2.498 70 2.914 - -
Passivos circulantes 37.434 23.233 13.047 12.982 335 607 796 4.789 2 28
Passivos não circulantes - 3.784 2.512 2.537 - - - 1.822 - -

Capital social 28.605 16.755 6.500 6.500 3.856 1.025 1.651 6.447 100 100
Patrimônio líquido 15.523 5.023 36.542 29.821 842 112 664 5.609 189 92
127.09
79.007 71.251 65.352 306 758 2.762 - - -
Receita líquida 8
Lucro (prejuízo) líquido do
(1.351) (846) 8.814 7.505 (2.102) (793) (1.277) - - -
exercício

41
b. Movimentação dos investimentos em controladas - Continuação

Época LAC Integra Logbee Softbox


Movimentação dos investimentos 2018 2017 2018 2017 2018 2017 2018 2018
Saldos iniciais 46.577 42.923 29.821 24.099 2.132 - - -
Adiantamento para futuro aumento de capital 11.851 4.500 - - 2.831 925 1.650 -
Investimentos em controladas - - - - - 2.000 8.000 41.850
Dividendos distribuídos - - (2.093) (1.783) - - - -
Resultado de equivalência patrimonial (1.351) (846) 8.814 7.505 (2.102) (793) (1.277) -
Saldos finais 57.077 46.577 36.542 29.821 2.861 2.132 8.373 41.850

PL Saldo em
Total de investimento em controladas por empresa Controladas Ágio Mais valia 2018
Época Cosméticos 15.523 36.827 4.727 57.077
Administradora de Consórcio ("LAC") 36.542 - - 36.542
Integra "Donatelo" 841 - 2.020 2.861
Abelha "Logbee" 663 3.756 3.954 8.373
Grupo Softbox (Softox, Certa e Kelex) (125) - 41.975 41.850
53.444 40.583 52.676 146.703

PL Saldoem
Total de investimento em controladas por empresa Controladas Ágio Maisvalia 2017
Época Cosméticos 5.023 36.827 4.727 46.577
Administradora de Consórcio ("LAC") 29.821 - - 29.821
Integra "Donatelo" 112 - 2.020 2.132
34.956 36.827 6.747 78.530

42
15. Investimentos em controladas em conjunto
Política Contábil

O investimento em uma joint venture é reconhecido inicialmente ao custo. A partir da data de


aquisição, o valor contábil do investimento é ajustado para fins de reconhecimento das variações
na participação da Companhia no patrimônio líquido da joint venture.

A demonstração do resultado reflete a participação da Companhia nos resultados operacionais da


joint venture. Eventual variação em outros resultados abrangentes dessas investidas é
apresentada como parte de outros resultados abrangentes na Companhia. Adicionalmente,
quando houver variação reconhecida diretamente no patrimônio líquido da joint venture, a
Companhia reconhecerá sua participação em quaisquer variações, quando aplicável, na
demonstração das mutações do patrimônio líquido. Ganhos e perdas não realizados em
decorrência de transações entre a Companhia e a joint venture são eliminados em proporção à
participação na joint venture.

As demonstrações contábeis da joint venture são elaboradas para o mesmo período de


divulgação que o da Companhia. Quando necessário, são feitos ajustes para que as políticas
contábeis fiquem alinhadas com as da Companhia.

Após a aplicação do método da equivalência patrimonial, a Companhia determina se é necessário


reconhecer perda adicional do valor recuperável sobre o investimento em sua joint venture. A
Companhia determina, em cada data de fechamento do balanço patrimonial, se há evidência
objetiva de que o investimento na joint venture sofreu perda por redução ao valor recuperável. Se
assim for, a Companhia calcula o montante da perda por redução ao valor recuperável como a
diferença entre o valor recuperável da joint venture e o valor contábil e reconhece a perda na
demonstração do resultado. A Companhia não identificou evidências objetivas para reconhecer
redução ao valor recuperável em 2018 e 2017.

Luizacred (a) Luizaseg (b)


2018 2017 2018 2017

Ações totais - em milhares 1.054 978 133.883 133.883


Percentual de participação direta 50% 50% 50% 50%

Ativos circulantes 7.447.394 5.108.440 233.745 174.120


Ativos não circulantes 854.518 550.506 349.992 320.376
Passivos circulantes 7.560.045 4.903.194 238.613 194.592
Passivos não circulantes 165.347 168.604 117.549 91.246

Capital social 371.102 291.700 133.883 133.883


Patrimônio líquido 576.520 587.148 227.575 208.658
Receitas líquidas 2.002.175 1.688.512 474.950 395.602
Lucro líquido do exercício 87.650 137.524 41.924 34.788

43
Luizacred Luizaseg
Movimentação dos investimentos 2018 2017 2018 2017

Saldos iniciais 293.574 275.477 17.773 18.353


Dividendos propostos (22.323) (50.665) (11.768) (19.431)
Outros resultados abrangentes - - 265 1.457
Adoção inicial IFRS 9 (56.816) - - -
Aumento de capital 30.000
Lucros não realizados - - (7.030) -
Resultado de equivalência patrimonial 43.825 68.762 20.962 17.394
Saldos finais 288.260 293.574 20.202 17.773

Total de investimentos em controladas em conjunto

2018 2017
Luizacred (a) 288.260 293.574
Luizaseg (b) 113.788 104.329
Luizaseg - Lucros não realizados (c) (93.586) (86.556)
Total de investimentos em controladas em conjunto 308.462 311.347

(a) Participação de 50% do capital social votante representando o compartilhamento, contratualmente convencionado,
do controle do negócio, exigido o consentimento unânime das partes sobre decisões e atividades financeiras e
operacionais relevantes. A Luizacred é controlada em conjunto com o Banco Itaúcard S.A. e tem por objeto, a
oferta, a distribuição e a comercialização de produtos e serviços financeiros aos clientes na rede de lojas da
Controladora.

(b) Participação de 50% do capital social votante representando o compartilhamento, contratualmente convencionado,
do controle do negócio, exigido o consentimento unânime das partes sobre decisões e atividades de garantias e
operacionais relevantes. A Luizaseg é controlada em conjunto com a NCVP Participações Societárias S.A.,
subsidiária da Cardif do Brasil Seguros e Previdência S.A. e tem por objeto o desenvolvimento, a venda e a
administração de garantias estendidas para qualquer tipo de produto vendido no Brasil por meio da rede de lojas da
Controladora.

(c) Lucros não realizados decorrentes de transações de intermediação de vendas de seguros de garantia estendida
para a controlada em conjunto Luizaseg.

44
16. Imobilizado

Política contábil

O imobilizado está demonstrado ao valor de custo de aquisição ou construção, deduzido das


respectivas depreciações acumuladas, à exceção de terrenos e obras em andamento, acrescidos
dos juros incorridos e capitalizados durante a fase de construção dos bens, quando aplicável. A
depreciação é reconhecida com base na vida útil estimada de cada ativo ou família de ativos, pelo
método linear, de modo que seu valor residual após sua vida útil seja integralmente baixado. A
vida útil estimada, os valores residuais e os métodos de depreciação são revisados anualmente e
o efeito de quaisquer mudanças nas estimativas é contabilizado prospectivamente.

Um item do imobilizado é baixado após alienação ou quando não há benefícios econômicos


futuros resultantes de seu uso contínuo. Ganhos ou perdas na venda ou baixa são reconhecidos
no resultado quando incorridos.

A política contábil relacionada à redução ao valor recuperável de ativos imobilizados está descrita
na nota explicativa 3.2.

A movimentação do imobilizado, durante os exercícios findos em 31 de dezembro de 2018 e 2017,


foi a seguinte:

a) Controladora
Saldo em Saldo em
31/12/2017 Adições Depreciação Baixas Transferência 31/12/2018

Móveis e utensílios 94.113 49.296 (19.108) (646) 3.240 126.895


Máquinas e equipamentos 67.920 21.975 (5.591) (158) 82 84.228
Veículos 11.073 10.225 (3.532) (60) - 17.706
Computadores e periféricos 38.606 40.728 (16.361) (122) 35 62.886
Benfeitorias 333.311 - (53.204) (10) 47.833 327.930
Obras em andamento 8.251 150.438 - (311) (49.921) 108.457
Outros 13.811 11.869 (2.960) (90) (1.269) 21.361
567.085 284.531 (100.756) (1.397) - 749.463

Saldo em Saldo em
01/01/2017 Adições Depreciação Baixas Transferência 31/12/2017

Móveis e utensílios 91.039 18.733 (16.684) (401) 1.426 94.113


Máquinas e equipamentos 64.761 9.271 (5.066) (242) (804) 67.920
Veículos 13.796 403 (3.452) 326 - 11.073
Computadores e periféricos 35.699 16.385 (13.417) (130) 69 38.606
Benfeitorias 331.004 - (50.657) (128) 53.092 333.311
Obras em andamento 11.831 49.744 - (232) (53.092) 8.251
Outros 11.190 5.993 (2.532) (149) (691) 13.811
559.320 100.529 (91.808) (956) - 567.085

45
2018 2017
Depreciação Depreciação
Custo acumulada Líquido Custo acumulada Líquido
Móveis e utensílios 246.549 (119.654) 126.895 196.822 (102.709) 94.113
Máquinas e equipamentos 124.261 (40.033) 84.228 102.761 (34.841) 67.920
Veículos 41.957 (24.251) 17.706 32.410 (21.337) 11.073
Computadores e periféricos 208.843 (145.957) 62.886 169.584 (130.978) 38.606
Benfeitorias 719.399 (391.469) 327.930 673.263 (339.952) 333.311
Obras em andamento 108.457 - 108.457 8.251 - 8.251
Outros 37.517 (16.156) 21.361 27.178 (13.367) 13.811
1.486.983 (737.520) 749.463 1.210.269 (643.184) 567.085

b) Consolidado
Adição por
Saldo em aquisição de Saldo em
31/12/2017 Adições controlada Depreciação Baixas Transferência 31/12/2018

Móveis e utensílios 94.129 49.298 - (19.110) (646) 3.240 126.911


Máquinas e
equipamentos 67.922 21.975 - (5.591) (160) 82 84.228
Veículos 11.073 10.225 - (3.532) (60) - 17.706
Computadores e
periféricos 38.659 40.770 - (16.370) (122) 35 62.972
Benfeitorias 333.311 - - (53.204) (10) 47.833 327.930
Obras em andamento 8.251 150.438 - - (311) (49.921) 108.457
Outros 15.682 12.366 2.687 (3.325) (92) (1.269) 26.049
569.027 285.072 2.687 (101.132) (1.401) - 754.253

Adição por
Saldo em aquisição de Saldo em
01/12/2017 Adições controlada Depreciação Baixas Transferência 31/12/2017

Móveis e utensílios 91.039 18.750 - (16.685) (401) 1.426 94.129


Máquinas e -
equipamentos 64.761 9.273 (5.066) (242) (804) 67.922
Veículos 13.796 403 - (3.452) 326 - 11.073
Computadores e
periféricos 35.699 16.437 3 (13.419) (130) 69 38.659
Benfeitorias 331.004 - - (50.657) (128) 53.092 333.311
Obras em andamento 11.831 49.744 - - (232) (53.092) 8.251
Outros 11.937 7.388 - (2.802) (150) (691) 15.682
560.067 101.995 3 (92.081) (957) - 569.027

2018 2017
Depreciação Depreciação
Custo acumulada Líquido Custo acumulada Líquido
Móveis e utensílios 246.567 (119.656) 126.911 196.839 (102.710) 94.129
Máquinas e
equipamentos 124.261 (40.033) 84.228 102.763 (34.841) 67.922
Veículos 41.957 (24.251) 17.706 32.410 (21.337) 11.073
Computadores e
periféricos 208.940 (145.968) 62.972 169.639 (130.980) 38.659
Benfeitorias 719.399 (391.469) 327.930 673.263 (339.952) 333.311
Obras em andamento 108.457 - 108.457 8.251 - 8.251
Outros 44.596 (18.547) 26.049 31.071 (15.389) 15.682
1.494.177 (739.924) 754.253 1.214.236 (645.209) 569.027

Em 31 de dezembro de 2018, a Companhia registrou R$ 2.146 (R$ 1.569 em 31 de dezembro de 2017),


referente aos custos de empréstimos capitalizados para a abertura de novas lojas e aquisição de
instalações e de equipamentos. Foi utilizada a taxa média dos empréstimos para efetuar o cálculo dos
custos de empréstimos passíveis de serem capitalizados.

46
c) Taxas de depreciação

As taxas anuais de depreciação são demonstradas a seguir:


2018 2017
Móveis e utensílios 10% 10%
Máquinas e equipamentos 5% 5%
Aeronaves 5% 5%
Veículos leves 20% 20%
Veículos pesados 14,3% 14,3%
Computadores e periféricos 20% 20%
Benfeitorias 7,6% 7,8%

Em 31 de dezembro de 2018, a Companhia possuía bens imobilizados totalmente depreciados em


operação no montante de R$ 154.632 (R$175.460 em 31 de dezembro de 2017). A Companhia não possui
itens imobilizados ociosos ou mantidos para venda.

d) Teste de redução ao valor recuperável de ativos - “impairment”


Nos exercícios apresentados não foram identificados eventos que indicassem a necessidade de efetuar
cálculos para avaliar eventual redução do imobilizado ao seu valor de recuperação.

17. Intangível
Política contábil

Os ativos intangíveis representados por valores pagos na aquisição de novos pontos comerciais
(fundos de comércio) são amortizados linearmente por 10 anos, período que reflete a melhor
estimativa da Administração sobre o tempo mínimo de permanência em imóvel alugado.

Os ágios apurados em aquisições de investimentos são inicialmente mensurados como o


excedente da contraprestação transferida em relaçãoaos ativos líquidos adquiridos (ativos
identificáveis adquiridos, líquidos e os passivos assumidos). Após o reconhecimento inicial, o ágio,
que possui vida útil indefinida, é mensurado pelo custo, deduzido de quaisquer perdas
acumuladas do valor recuperável, conforme descrito na nota 3.2.

Os softwares referem-se ao custo de aquisição do sistema de gestão empresarial e que vem


sendo amortizado linearmente em cinco anos.

Os gastos com pesquisas são registrados como despesas quando incorridos, e os gastos com
desenvolvimento vinculados a inovações tecnológicas dos produtos existentes são capitalizados,
se tiverem viabilidade tecnológica e econômica, e amortizados pelo período esperado de
benefícios dentro do grupo de despesas operacionais. Enquanto tais desenvolvimentos não são
encerrados, os saldos são controlados no grupo de “Projetos em andamento”.

Os ativos intangíveis adquiridos em uma combinação de negócios referem-se, substancialmente,


aos ágios apurados em aquisições de investimentos. Nas demonstrações contábeis consolidadas,
os ativos intangíveis adquiridos em uma combinação de negócios e reconhecidos separadamente
do ágio são registrados pelo valor justo na data da aquisição, o qual é equivalente ao seu custo.

Um ativo intangível é baixado na alienação ou quando não há benefícios econômicos futuros a ele
vinculados, sendo reconhecidos no resultado quando o ativo é baixado.

A política contábil relacionada à redução ao valor recuperável de intangíveis está descrita na nota
explicativa 3.2.

A movimentação do intangível, durante osexercícios findos em 31 de dezembro de 2018 e 2017,


foi a seguinte:

47
a) Controladora

Saldo em Saldo em
31/12/2017 Adições Amortização Baixas Transferência 31/12/2018

Ágio 313.856 - - - - 313.856


Fundo de comércio 27.334 74 (5.063) - - 22.345
Software e desenvolvimento
interno 143.735 18.499 (55.992) (7) 50.012 156.247
Projetos em andamento 1.067 57.917 - - (50.012) 8.972
Outros 119 - - - - 119
486.111 76.490 (61.055) (7) - 501.539

Saldo em Saldo em
01/01/2017 Adições Amortização Baixas Transferência 31/12/2017

Ágio 313.856 - - - - 313.856


Fundo de comércio 33.303 150 (6.098) (452) 431 27.334
Software e desenvolvimento
119.880 11.844 (44.179) - 56.190 143.735
interno
Projetos em andamento 2.567 55.219 - (98) (56.621) 1.067
Marcas e patentes 14 - (14) - - -
Outros 104 15 - - - 119
469.724 67.228 (50.291) (550) - 486.111

2018 2017
Amortização Amortização
Custo acumulada Líquido Custo acumulada Líquido

Ágio 325.451 (11.595) 313.856 325.451 (11.595) 313.856


Fundo de comércio 139.479 (117.134) 22.345 139.719 (112.385) 27.334
Software e desenvolvimento
interno 398.661 (242.414) 156.247 330.157 (186.422) 143.735
Projetos em andamento 8.972 - 8.972 1.067 - 1.067
Marcas e patentes - - - 211 (211) -
Outros 6.654 (6.535) 119 6.444 (6.325) 119
879.217 (377.678) 501.539 803.049 (316.938) 486.111

b) Consolidado

Adições por
Saldo em aquisição de Saldo em
31/12/2017 Adições controlada Amortização Baixas Transferência 31/12/2018

Ágio 352.703 - 45.731 - - - 398.434


Fundo de comércio 29.073 74 495 (5.063) - - 24.579
Software e desenvolvimento
interno 146.011 21.317 3.108 (57.489) (7) 50.012 162.952
Projetos em andamento 1.067 57.917 - - - (50.012) 8.972
Marca e patentes 3.387 - 262 - - - 3.649
Outros 119 26 97 (6) - - 236
532.360 79.334 49.693 (62.558) (7) - 598.822

48
Adições por
Saldo em aquisição de Saldo em
01/01/2017 Adições controladora Amortização Baixas Transferência 31/12/2017

Ágio 350.683 - 2.020 - - - 352.703


Fundo de comércio 35.042 150 - (6.098) (452) 431 29.073
Software e desenvolvimento
interno 121.252 13.435 - (44.866) - 56.190 146.011
Projetos em andamento 2.567 55.219 - - (98) (56.621) 1.067
Marca e patentes 3.401 - - (14) - - 3.387
Outros 104 15 - - - - 119
513.049 68.819 2.020 (50.978) (550) - 532.360

2018 2017
Amortização Amortização
Custo acumulada Líquido Custo acumulada Líquido

Ágio 410.029 (11.595) 398.434 364.298 (11.595) 352.703


Fundo de comércio 141.713 (117.134) 24.579 141.458 (112.385) 29.073
Software e
desenvolvimento interno 409.119 (246.167) 162.952 334.696 (188.685) 146.011
Projetos em andamento 8.972 - 8.972 1.067 - 1.067
Marcas e patentes 3.649 - 3.649 3.598 (211) 3.387
Outros 6.429 (6.193) 236 6.444 (6.325) 119
979.911 (381.089) 598.822 851.561 (319.201) 532.360

As despesas relativas à amortização dos ativos intangíveis são registradas na rubrica de


“Depreciação e amortização”, no resultado do exercício.

Testes de não recuperação do ágio e intangíveis

O ágio e outros ativos intangíveis foram submetidos a teste de desvalorização em 31 de dezembro


de 2018 e 2017. A Administração elaborou uma estimativa dos valores recuperáveis ou valores
em uso de todos os ativos.

O teste de não recuperação para o ágio na aquisição de novas redes de empresas de varejo
compreende a apuração dos valores recuperáveis da Unidade Geradora de Caixa (UGC), a qual
corresponde ao agrupamento de todas as lojas das redes adquiridas, que totalizaram R$ 350.683
em 2018 e 2017 e já foram incorporadas.

O valor em uso da UGC é apurado segundo o método do fluxo de caixa descontado, antes dos
impostos, adotando-se as seguintes taxas:

Taxa (a.a)
Fluxo de caixa descontado - taxa de desconto, antes dos 12,0% (1)
impostos
Taxa de crescimento médio ponderado nos 5 primeiros anos 3,5%
Perpetuidade 3,5%

(1) Taxa CAPM (Custo Médio de Capital Próprio).

As premissas de fluxos de caixa futuros e perspectivas de crescimento para a UGC baseiam-se


no orçamento anual da Companhia e nos planos de negócios dos próximos 5 exercícios
aprovados pelo Conselho de Administração, bem como em dados de mercado comparáveis,
representando a melhor estimativa da Administração quanto às condições econômicas vigentes
durante a vida econômica útil do grupo de ativos geradores de fluxos de caixa. A partir dos testes
realizados, a Companhia não identificou perdas por não recuperação dos ágios registrados.

49
18. Fornecedores
Controladora Consolidado
2018 2017 2018 2017

Mercadorias para revenda - mercado


4.022.357 2.897.609 4.050.931 2.914.743
interno
Outros fornecedores 81.108 34.332 89.319 38.945
Ajuste a valor presente (35.006) (33.916) (35.006) (34.147)
Total de fornecedores 4.068.459 2.898.025 4.105.244 2.919.541

A Companhia mantém convênios firmados com bancos parceiros para estruturar com os seus
principais fornecedores a operação de antecipação de seus recebíveis. Nessa operação, os
fornecedores transferem o direito de recebimento dos títulos para o Banco em troca do
recebimento antecipado do título. O Banco, por sua vez, passa a receber o valor da operação,
sendo que a Companhia efetua a liquidação do título na mesma data originalmente acordada com
seu fornecedor e recebe, subsequentemente, uma comissão do Banco por essa intermediação e
confirmação dos títulos a pagar. Essa comissão é registrada como receita financeira.

A operação acima realizada pela Companhia não altera os prazos, preços e condições
anteriormente estabelecidos com os fornecedores e, portanto, a Companhia a classifica na rubrica
de Fornecedores.

Em 31 de dezembro de 2018, o saldo a pagar negociado pelos fornecedores, e com aceite da


Companhia, somava R$ 781.549 (R$ 294.905 em 31 de dezembro de 2017).

As contas a pagar aos fornecedores são registradas inicialmente ao seu valor presente com
contrapartida na conta de “Estoques”. A reversão do ajuste a valor presente é registrada na
rubrica “Custo das mercadorias revendidas e das prestações de serviços” pela fruição de prazo.

50
19. Empréstimos e financiamentos
Vencimento Controladora Consolidado
Modalidade Encargo Garantias final 2018 2017 2018 2017

Capital de giro em moeda 1,43% a.a. a


6,41% a.a + N/A Mar/18
estrangeira - 52.519 - 52.519
Capital de giro em moeda Var.cambial
110,7% a
Avais Nov/18
nacional 125,3% do CDI - 251.600 - 251.600
Debêntures - oferta restrita -
113,5% do CDI Clean Jul/20
7ª. Emissão 306.545 305.116 306.545 305.116
109,0% a
Notas promissórias (a) Clean Mai/19
112,0% do CDI 113.931 212.343 113.931 212.343
Arrendamentos Mercantis 2.5% a.a. a CDI Alienação
Dez/19
Financeiros (b) + 2,88% fiduciária 1.055 9.226 1.055 9.226
Financiamento de Inovação - Fiança
4% a.a. Dez/22
FINEP (c) bancária 29.620 37.024 29.620 37.024
Financiamento de Expansão - Fiança
7% a.a. Dez/22
BNB (d) bancária 2.936 3.670 2.936 3.670
Outros
- - 1.880 -
Total de empréstimos e financiamentos
454.087 871.498 455.967 871.498

Passivo circulante 130.685 434.294 130.743 434.294


Passivo não circulante 323.402 437.204 325.224 437.204

(a) A Companhia realizou as seguintes emissões de notas promissórias:

Principal Data de Vencimento Títulos em Encargos Controladora e Consolidado


Emissões R$ mil Emissão final circulação financeiros 2018 2017

3ªemissão- 1ª.série 100.000 10/05/2017 10/05/2018 20 109,0% do CDI - 106.085


3ªemissão- 2ª.série 100.000 10/05/2017 10/05/2019 20 112,0% do CDI 113.931 106.258
113.931 212.343

(b) Refere-se a contratos de arrendamento mercantil financeiro relacionados a equipamentos de


informática e software, cujos contratos possuem vencimentos finais em 2019.
(c) Refere-se a contrato de financiamento junto à Financiadora de Estudos e Projetos - FINEP,
com o objetivo de investir em projetos de pesquisa e desenvolvimento de inovações
tecnológicas.
(d) A Companhia celebrou contrato de financiamento junto ao Banco do Nordeste do Brasil - BNB,
com o objetivo de modernizar, reformar as lojas da região nordestina e construir um novo
Centro de Distribuição no município de Candeias (BA).

51
Conciliação dos fluxos de caixa das atividades operacionais e de financiamento

Controladora Consolidado
2018 2017 2018 2017
Saldo inicial 871.498 1.848.638 871.498 1.848.776
Captação - 502.617 - 502.617
Advindo de aquisição
de controlada
- - 1.880 -
Pagamento de principal (412.590) (1.433.953) (412.590) (1.434.097)
Pagamento de juros (53.157) (214.018) (53.157) (214.029)
Juros provisionados 49.714 180.742 49.714 180.759
Hedge de valor justo (1.378) (12.528) (1.378) (12.528)
Saldo final 454.087 871.498 455.967 871.498

Cronograma dos vencimentos


O cronograma de pagamento da parcela dos empréstimos e financiamentos está
demonstrado abaixo:

Vencimento Consolidado Consolidado

2019 130.685 130.743


2020 307.588 309.410
2021 7.907 7.907
2022 7.907 7.907
Total 454.087 455.967

Covenants

A 7ª Emissão de Debêntures possui cláusula restritiva (“covenants”) equivalente à manutenção da


relação “Dívida líquida ajustada/EBITDA Ajustado” não superior a 3,0 vezes.

Por dívida líquida ajustada, deve-se entender o somatório de todos os empréstimos e


financiamentos, incluídas as debêntures, excluindo-se disponibilidade de caixa, aplicações
financeiras, títulos e valores mobiliários, recebíveis de cartão de crédito não antecipados. A
métrica de cálculo utilizada para o EBITDA ajustado segue a instrução da CVM nº 527, de 4 de
outubro de 2012, deduzido de eventos operacionais (receita/despesas) de caráter extraordinário,
conforme escritura das debêntures e divulgados na nota explicativa 29.

Em 31 de dezembro de 2018 e 2017, a Companhia estava adimplente à cláusula restritiva


(“covenants”) descrita acima.

52
20. Receita diferida
Controladora e Consolidado
2018 2017
Receita diferida com terceiros:
Contrato de exclusividade com Cardif (a) 122.283 157.552
Contrato de exclusividade com Banco Itaúcard S.A. (b) 109.000 121.500
Outros contratos - 2.409
231.283 281.461
Receita diferida com partes relacionadas:
Contrato de exclusividade com a Luizacred (b) 121.854 132.942
Contrato de exclusividade com a Luizaseg(a) 77.000 96.000
198.854 228.942

Total de receitas diferidas 430.137 510.403

Passivo circulante 39.157 41.566


Passivo não circulante 390.980 468.837

(a) Em 14 de dezembro de 2015, foi estabelecido novo Acordo de Aliança Estratégica com
empresas do grupo Cardif e com Luizaseg, visando a extensão dos direitos e obrigações previstos
nos acordos entre as partes vencidos em 31 de dezembro de 2015, pelo período adicional de 10
anos e com prazo de vigência de 1º de janeiro de 2016 a 31 de dezembro de 2025. Esse acordo
proporcionou o ingresso de R$ 330.000 no caixa da Companhia. Desse montante, R$ 42.000
foram destinados à controlada em conjunto Luizacred, tendo em vista que os seguros atrelados ao
cartão de crédito são de exclusividade da Luizacred. O reconhecimento da receita da Companhia
decorrente deste acordo é apropriado ao resultado durante o período de vigência do contrato,
sendo parte condicionado ao atingimento de determinadas metas.
(b) Em 27 de setembro de 2009, a Companhia celebrou um “Acordo de Associação” junto ao Itaú
Unibanco Holding S.A. (“Itaú”) e ao Banco Itaúcard S.A., por meio do qual a Companhia cedeu à
Luizacred a exclusividade do direito de oferta, distribuição e comercialização de produtos e
serviços financeiros na sua rede de lojas, pelo prazo de 20 anos. Pela referida associação, as
instituições Itaú pagaram à vista o montante de R$ 250.000, sendo: (i) R$ 230.000 relacionados à
consecução da negociação em si, sem direito de regresso, e; (ii) R$ 20.000 vinculados ao
cumprimento de metas de rentabilidade na Luizacred, metas estas cumpridas, em sua totalidade,
ao fim do exercício de 2014.
Em 29 de dezembro de 2010, as partes assinaram o primeiro aditivo ao acordo de associação
com a Luizacred, por meio do qual estendeu a exclusividade do direito de oferta, distribuição e
comercialização de produtos e serviços financeiros na rede de lojas então adquiridas na região
nordeste do Brasil (Lojas Maia), pelo prazo de 19 anos. Em contraprestação, a Luizacred pagou o
montante de R$ 160.000 à Companhia, que são apropriados ao resultado durante o período de
vigência do contrato. Como parte desse acordo de associação, o montante de R$ 20.000,
mencionado no parágrafo acima, foi aumentado para R$ 55.000.
Em 16 de dezembro de 2011, a Companhia celebrou o segundo aditamento ao acordo de
associação com a Luizacred, em virtude da aquisição da New-Utd (“Lojas do Baú”). Em
contraprestação, a Luizacred pagou o montante de R$ 48.000 à Companhia, os quais são
apropriados ao resultado durante o período de vigência remanescente do acordo de associação.

53
21. Provisão para riscos tributários, cíveis e trabalhistas
Política contábil

A provisão para riscos tributários, cíveis e trabalhistas é constituída com base em pareceres
jurídicos e avaliação da Administração sobre os processos conhecidos na data do balanço
patrimonial, para os riscos considerados prováveis de perda, sendo esta a melhor estimativa de
desembolso futuro da Companhia. A avaliação da probabilidade de perda inclui a avaliação das
evidências disponíveis, a hierarquia das leis, a jurisprudência disponível, as decisões mais
recentes nos tribunais e sua relevância no ordenamento jurídico, bem como a avaliação dos
advogados externos e internos. A Administração acredita que as provisões para riscos tributários,
cíveis e trabalhistas estão corretamente apresentadas nas demonstrações contábeis.

A movimentação da provisão para riscos tributários, cíveis e trabalhistas é como segue:


Controladora

Tributários Cíveis Trabalhistas Total


Saldos em 31 de dezembro de 2017 246.122 16.173 34.843 297.138
Adições 75.169 7.500 4.401 87.070
Reversão - (2.840) - (2.840)
Pagamentos (6.942) (5.862) (5.318) (18.122)
Atualizações 14.198 - - 14.198
Saldos em 31 de dezembro de 2018 328.547 14.971 33.926 377.444

Consolidado
Tributários Cíveis Trabalhistas Total
Saldos em 31 de dezembro de 2017 249.906 16.339 35.289 301.534
Adições 75.169 8.027 5.174 88.370
Adições advinda de comb.negócio 9.111 - - 9.111
Reversão (3.784) (3.223) (448) (7.455)
Pagamentos (6.942) (5.962) (5.499) (18.403)
Atualizações 14.198 - - 14.198
Saldos em 31 de dezembro de 2018 337.658 15.181 34.516 387.355

Em 31 de dezembro de 2018 e 2017, a natureza das principais causas da Companhia,


classificadas pela Administração com base na opinião de seus assessores jurídicos como de risco
provável de perda, bem como obrigações legais que possuem valores depositados judicialmente,
que tiveram seus valores incluídos nas provisões acima, é como segue:

a) Processos tributários

A Companhia discute administrativa e judicialmente vários processos de natureza


tributária, classificados como perda provável, portanto estão provisionados. Esses
processos envolvem tributos federais, cujo montante em 31 de dezembro de 2018 perfaz
R$ 50.562 (R$ 42.969 em 31 de dezembro de 2017), tributos estaduais, cujo montante em
31 de dezembro de 2018 perfaz R$ 117.278 (R$ 62.085 em 31 de dezembro de 2017) e
tributos municipais no montante de R$ 61(R$ 59 em 31 de dezembro de 2017).

A Companhia possui ainda provisão para outras discussões judiciais as quais tem
realizado depósitos judiciais, bem como provisões relacionadas com combinação de
negócio de suas adquiridas, as quais envolvem tributos federais, cujo montante em 31 de
dezembro de 2018 perfaz R$ 169.395 (R$ 141.009 em 31 de dezembro de 2017). Os
tributos estaduais não apresentaram provisões em 31 de dezembro de 2018 (R$ 3.784 em
31 de dezembro de 2017) e os tributos municipais, cujo montante em 31 de dezembro de
2018 perfaz R$ 362 e não apresentava saldos em 2017.

54
b) Processos cíveis

A provisão para riscos cíveis consolidada no montante de R$ 15.181em 31 de dezembro


de 2018 (R$ 16.339 em 31 de dezembro de 2017), está relacionada a reclamações
oriundas principalmente de clientes sobre possíveis defeitos de produtos.

c) Processos trabalhistas

Na esfera trabalhista, a Companhia é parte em diversos processos envolvendo


principalmente questionamentos acerca de horas extras incorridas.

O valor provisionado de R$ 34.516 em 31 de dezembro de 2018 (R$ 35.289 em 31 de


dezembro de 2017) no consolidado reflete o risco de perda provável avaliado pela
Administração da Companhia juntamente com seus assessores jurídicos.

Para fazer frente às contingências tributárias, cíveis e trabalhistas, a Companhia possui em


depósitos judiciais no montante de R$ 349.239 em 31 de dezembro de 2018 (R$ 310.901 em 31
de dezembro de 2017).

d) Passivos contingentes - possíveis de perda

A Companhia é parte em outros processos que foram classificados pela Administração


como de risco de perda possível, com base na opinião de seus assessores jurídicos;
portanto, nenhuma provisão foi constituída para tais processos. Os valores atribuídos às
discussões envolvendo tributos federais perfaz, em 31 de dezembro de 2018, o montante
de R$ 1.360.610 (R$ 963.786 em 31 de dezembro de 2017), já em relação aos tributos
estaduais os riscos possíveis perfazem em 31 de dezembro de 2018 o montante de R$
475.383 (R$ 423.877 em 31 de dezembro de 2017) e quanto aos tributos municipais
perfazem em 31 de dezembro de 2018 o montante de R$ 1.401 (R$ 1.309 em 31 de
dezembro de 2017).

Dentre as principais ações de natureza tributária, classificadas como perda possível,


destacamos: (i) Processo Administrativo em que a Companhia discute com o fisco a
natureza/conceito das bonificações/reembolsos de seus fornecedores para fins de
tributação do PIS/COFINS, além da caracterização de algumas despesas ligadas à sua
atividade fim como insumos para fins de créditos de PIS/COFINS; (ii) Processo Judicial em
que a Companhia discute a violação de diversos princípios jurídicos da Lei nº 13.241/2015,
a qual extinguiu a isenção das Contribuições ao PIS e a COFINS sobre as receitas
oriundas de vendas de produtos elegíveis ao Processo Básico de Produção. Segundo
análise de seus assessores jurídicos internos e externos as chances de perda são
possíveis com viés de remotas; (iii) Processos em que a Companhia discute com os fiscos
estaduais supostos créditos oudivergências de ICMS; (iv) Processo Administrativo em que
a Companhia discute com o fisco estadual autuações de cobrança de créditos de ICMS
apropriados nas aquisições de mercadorias de fornecedores posteriormente declarados
inidôneos; (v) Processo Administrativo em que a Companhia discute com o fisco a
majoração da alíquota RAT; (vi) Diversas autuações em que a Companhia discute a
cobrança de créditos de ICMS apropriados nas aquisições de mercadorias de alguns de
seus fornecedores, em razão destes terem se aproveitado de benefício fiscal concedido
por outro Estado da Federação. Além disso, informa ainda que acompanha a evolução de
todas as discussões periodicamente de forma que, havendo alteração no cenário, as
avaliações de riscos e eventuais perdas também serão reavaliadas.

Os riscos dos processos são constantemente avaliados e revisados pela Administração.


Adicionalmente, a Companhia contesta também processos administrativos cíveis e

55
trabalhistas, com risco estimado de perda possível, cujos valores envolvidos são
irrelevantes para divulgação.

e) Processos de natureza ativa

A Companhia situa-se como autora (no polo ativo das ações) em outros processos
tributários de diversas naturezas, ou seja, ingressou com ações contra os vários entes
tributantes a fim de recuperar tributos pagos e/ou cobrados indevidamente por tais entes.
Dentre as principais ações, destaca-se a discussão judicial sobre a exclusão do ICMS na
base de cálculo da Contribuição ao PIS e da COFINS, que na Companhia perfaz o
montante de aproximadamente R$ 642.215 incluindo atualização monetária (R$ 620.289
em 31 de dezembro de 2017) de tributos já recolhidos e outras discussões envolvendo
créditos de PIS e COFINS em montantes de aproximadamente R$ 367.175 (R$ 304.188
em 31 de dezembro de 2017). Em 15 de março de 2017, o Supremo Tribunal Federal
finalizou o julgamento, na sistemática de repercussão geral, declarando inconstitucional a
inclusão do ICMS na base de cálculo destas contribuições. Assim, a Companhia está
avaliando com seus assessores jurídicos o levantamento e atualização monetária dos
créditos acobertados por suas ações judiciais.

22. Patrimônio líquido


Em 31 de dezembro de 2018, a composição acionária da Companhia está assim apresentada,
sendo todas as ações ordinárias, nominativas, escriturais e sem valor nominal:

Quantidade de
ações Participação %

Acionistas controladores 121.345.657 63,7%


Ações em circulação 67.618.534 35,5%
Ações em tesouraria 1.627.273 0,8%
Total 190.591.464 100,0%

As ações detidas por acionistas controladores que são membros do Conselho de Administração
e/ou da diretoria executiva estão inseridas na linha de acionistas controladores.

De acordo com o artigo n° 7 do Estatuto Social, a Companhia pode aumentar o seu capital social,
nos termos do artigo 168 da Lei n° 6.404/76, mediante emissão de 50.000.000 ações ordinárias.

a) Reserva de capital

Em 31 de dezembro de 2018, a Companhia tem registrado na rubrica de Reserva de capital o


valor de R$ 52.175 (R$ 37.094 em 31 de dezembro de 2017).

56
Plano de opção de compra de ações

1ª Outorga do Plano de Opção de Compra de Ações

Para este Plano de Opção de Compra de Ações (“Plano”) tornaram-se elegíveis a receber opções
de compra de ações, os administradores, empregados ou prestadores de serviços da Companhia.
Na primeira outorga do Plano, em 5 de janeiro de 2012, foram concedidas 1.274.732 opções pelo
preço de exercício a R$ 13,60.

O Plano vigorará pelo prazo de oito anos a contar da data de outorga do mesmo. As opções
poderão ser exercidas, total ou parcialmente, desde que o beneficiário permanecesse
ininterruptamente vinculado, como administrador ou colaborador da Companhia, entre a data de
outorga e as datas especificadas a seguir: 20% das opções poderiam ser exercidas a partir de 1º
de março de 2012 e, a partir desta data, adicionais 20% poderiam ser exercidas a cada ano de
vinculação do beneficiário à Companhia. Tais opções quando exercidas são liquidadas pela
entrega de instrumentos patrimoniais da Companhia.

2ª Outorga do Plano de Opção de Compra de Ações

A segunda outorga do Plano de Opção de Ações foi aprovada em 25 de outubro de 2013. Nesta
oportunidade, foram outorgadas 1.213.476 opções e foi fixado o preço de exercício em R$ 9,45.
Tal plano terá prazo máximo de exercício de 12 anos, a contar da data da assinatura do mesmo,
porém deverá ser observado o prazo de carência a seguir: 25% das opções poderiam ser
exercidas a partir de 29 de outubro 2015; 25% das opções poderiam ser exercidas a partir de 29
de outubro de 2016 e 25% das opções poderiam ser exercidas a partir de 29 de outubro de 2017,
desde que o beneficiário permanecesse ininterruptamente vinculado à Companhia.

Valor justo

O valor justo de cada opção concedida é estimado na data de concessão aplicando o modelo de
precificação de opções Black & Scholes, considerando as seguintes premissas:

Premissa 1ª Outorga 2ª Outorga

Expectativa de vida média das opções (a) 5,5 anos 5,5 anos
Volatilidade média anualizada 43,5% 37,9%
Taxa de juros livre de risco 10% 6%
Média ponderada do valor justo das opções concedidas R$6,65 R$6,06

(a) Representa o período em que se acredita que as opções sejam exercidas e leva em consideração o turn over médio
dos beneficiários do plano.

A tabela a seguir demonstra a movimentação da quantidade de opções de ações e a média


ponderada do preço de exercício (MPPE):

Quantidade MPPE¹

Em circulação em 1° de janeiro de 2017 698.920 R$10,88


exercidas durante o período² (1.439.940) R$ 11,77
Em circulação em 31 de dezembro de 2017 698.920 R$ 10,88
exercidas durante o período² (319.944) R$ 11,14
Em circulação em 31 de dezembro de 2018 378.976 R$ 10,66
¹Média Ponderada do Preço de Exercício das Opções de Ações: calculada com base nos termos contratuais, sem considerar a correção monetária do
preço de exercício.
²O preço médio ponderado das ações na data de exercício das opções foi de R$ 97,64 em 2018 e R$ 50,50 em 2017.

57
Plano de incentivo baseado em ações - “matching de ações”

Foi aprovado, em Assembleia Geral Extraordinária no dia 20 de abril de 2017, o novo plano de
incentivo atrelado a ações da Companhia. O plano tem como objetivo regular a concessão de
incentivos atrelados às ações ordinárias de emissão da Companhia por meio de programas a
serem implementados pelo nosso Conselho de Administração, sendo elegíveis a participar os
administradores, empregados ou prestadores de serviços da Companhia ou de suas sociedades
controladas e controladas em conjunto.

Os objetivos principais do plano são: (a) aumentar a capacidade de atração e retenção de talentos
pela Companhia; (b) reforçar a cultura de desempenho sustentável e de busca pelo
desenvolvimento dos nossos administradores, empregados e prestadores de serviços, alinhando
os interesses dos nossos acionistas aos das pessoas elegíveis; e (c) estimular a expansão da
Companhia e o alcance e superação de nossas metas empresariais e a consecução dos nossos
objetivos sociais, alinhado aos interesses de nossos acionistas, através do comprometimento de
longo prazo dos beneficiários.

No dia 28 de junho de 2017 foi aprovado o primeiro programa relacionado a este plano, que
figurará no modelo de “matching de ações”, onde para cada ação ordinária adquirida pelo
beneficiário na adesão ao programa, a Companhia outorgará o direito de receber, gratuitamente, 3
ações ordinárias da Companhia. A transferência da propriedade das ações será realizada de
acordo com prazo de carência máximo de quatro anos e dez meses a contar de 30 de junho de
2017.

Foram outorgadas o total de 551.448 ações como “matching” aos beneficiários, por adesão ao
programa. O valor justo das ações outorgadas foi estimado na data de concessão do direito aos
beneficiários, tendo por base o valor de mercado das ações ordinárias da Companhia negociadas
na BMF&BOVESPA (B3), ou seja, R$ 31,06.

No dia 28 de março de 2018 foi aprovado pelo Conselho de Administração o 2° programa de


“matching de ações”, onde foram outorgadas 292.293 ações aos beneficiários, no mesmo formato
do 1° programa, sendo que a transferência da propriedade das ações será realizada de acordo
com o prazo de carência máximo de cinco anos, a contar da data de outorga - 05 de abril de 2018.
Nessa mesma reunião do Conselho de Administração, foi aprovado o 1° programa de ações
restritas, onde a Companhia transferirá o total de 66.968 ações aos beneficiários durante o prazo
de carência de 3 anos a contar da data de outorga - 05 de abril de 2018. O valor justo das ações
outorgadas em ambos os programas foi estimado na data de concessão do direito aos
beneficiários, tendo por base o valor de mercado das ações ordinárias da Companhia negociadas
na B3, ou seja, R$ 98,42.

Os efeitos das transações com pagamento baseado em ações foram registrados no resultado do
exercício pelo valor justo de cada plano, resultando em uma despesa no montante de R$ 17.673
no exercício findo em 31 de dezembro de 2018 (R$ 9.836em 31 de dezembro de 2017).

b) Reserva legal

Em 31 de dezembro de 2018, a Companhia tem registrado na rubrica de Reserva legal o valor de


R$ 65.645 (R$ 39.922 em 31 de dezembro de 2017).

c) Ações em tesouraria

Em 22 de fevereiro de 2018, o Conselho de Administração aprovou a criação do programa de


recompra de ações no montante de 3.000.000 de ações. A partir deste programa até o
encerramento do exercício a Companhia adquiriu 868.400 ações ao custo médio de R$ 101,32 e
montante de R$ 87.984.

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No exercício de 2018, ocorreu a realização de plano de opção de ações com ações em tesouraria
no montante de R$ 14.924.

d) Dividendos e Juros Sobre Capital Próprio

Em 12 de março de 2018 foi aprovada pelo Conselho de Administração a distribuição de


dividendos no montante de R$ 50.000, em adição aos R$ 75.000 já declarados aos acionistas a
título de juros sobre capital próprio, relacionadas a competência 2017.

Em 21 de dezembro de 2018 foi aprovado pelo Conselho de Administração o pagamento de juros


sobre capital próprio no montante de R$ 112.000. Adicionalmente a Companhia propõe
distribuição adicional de dividendos no montante de R$ 70.000.

e) Reservas de lucros

Na rubrica de Reserva de lucros estão imputados os efeitos da adoção inicial do IFRS 09 e IFRS
15, conforme descrito na nota explicativa n° 5.

Assim, em 31 de dezembro de 2018 e 2017, a Companhia tem registrado na rubrica de Reservas


de lucros:

Reserva de Reserva de
Reservas
Período reforço para incentivos
de lucro
capital de giro fiscais
2018 395.560 151.290 546.850
2017 220.072 68.299 288.371

f) Ajustes de avaliação patrimonial

Em 31 de dezembro de 2018, a Companhia tem registrado na rubrica de Ajustes de avaliação


patrimonial o montante de R$ 5.331 (R$ 2.659 em 31 de dezembro de 2017).

f) Lucro por ação

Os cálculos dos lucros por ações básico e diluído estão divulgados a seguir:

Lucro básico Lucro diluído


2018 2017 2018 2017
Média das ações ordinárias 190.591.464 178.858.131 190.591.464 178.858.131
Efeito das ações em tesouraria (1.627.273) (2.279.966) (1.627.273) (2.279.966)
Efeito diluidor de ações (a) - - 1.466.134 1.407.480
Média ponderada de ações ordinárias
em circulação 188.964.191 176.578.165 190.430.325 177.985.645

Lucro líquido 597.429 389.022 597.429 389.022


Lucro por ação em Reais 3,162 2,203 3,137 2,186

a) Considera o efeito de ações exercíveis de acordo com os planos de incentivo atrelado a ações,
divulgados acima

59
23. Receita líquida de vendas

Política contábil

A receita líquida é mensurada pelo valor justo da contraprestação recebida ou a receber, deduzida
de devoluções, abatimentos e impostos sobre vendas, como segue:

Revenda de mercadorias - a receita é reconhecida quando os produtos são entregues e os


clientes obtém o controle dos bens, considerando ainda o fato de que as seguintes condições
tenham sido satisfeitas:

• O valor da receita e os termos do pagamento possam ser identificados;


• É provável que a Companhia receberá a contraprestação à qual terá direito em troca dos
bens serão transferidos ao cliente.
A Companhia concede ao cliente o direito de devolução dos bens dentro de um período e
premissas especificadas. O valor de receita reconhecida é ajustado para as devoluções
esperadas. A Companhia utiliza o método do valor esperado para fins de estimativa dos bens que
não serão devolvidos. Nessas circunstâncias, um passivo de devolução e um direito de recuperar
o ativo a ser devolvido são reconhecidos.

Receita de prestações de serviços:


a) é apurada pela intermediação de serviços financeiros para suas joint ventures, bem como
outras empresas parceiras da Companhia;
b) é apurada pela prestação de serviços relacionadas a integração e gestão entre lojistas e
marketplaces.

As receitas de prestações de serviços são reconhecidas quando for provável que os benefícios
significativos ao serviço prestado serão transferidos pela Companhia.

Administração de consórcios: na controlada Luiza Administradora de Consórcios, a receita com


taxa de administração dos grupos de consórcio é reconhecida mensalmente quando do efetivo
recebimento das parcelas dos consorciados que, para as atividades de administração de
consórcio, denotam o efetivo período de prestação do serviço.

Controladora Consolidado
2018 2017 2018 2017
Receita bruta:
Varejo - revenda de mercadorias 17.863.053 13.528.956 18.016.152 13.621.626
Varejo - prestações de serviços 796.567 587.878 802.153 628.840
Outros serviços - - 78.208 70.638
18.659.620 14.116.834 18.896.513 14.321.104
Impostos e devoluções:
Varejo - revenda de mercadorias (3.178.321) (2.242.903) (3.204.322) (2.256.566)
Varejo - prestações de serviços (95.562) (74.904) (95.623) (75.002)
Outros serviços - - (6.124) (5.286)
(3.273.883) (2.317.807) (3.306.069) (2.336.854)
Receita líquida de vendas 15.385.737 11.799.027 15.590.444 11.984.250

60
24. Custo das mercadorias revendidas e das prestações de serviços
Política contábil

Os Custos das mercadorias revendidas e das prestações de serviços incluem os custos com
aquisição de mercadorias e com serviços prestados, deduzidos das recomposições de custos
recebidas dos fornecedores e do ICMS substituição tributária recuperáveis. Despesas com frete
relacionadas ao transporte de mercadorias dos fornecedores até os Centros de Distribuição
(“CDs”) são incorporadas ao custo das mercadorias a serem revendidas.

Controladora Consolidado
2018 2017 2018 2017
Custos:
Das mercadorias revendidas (10.941.965) (8.305.003) (11.031.074) (8.346.305)
De outros serviços - - (21.948) (31.934)
(10.941.965) (8.305.003) (11.053.022) (8.378.239)

25. Informações sobre a natureza das despesas e outras receitas


operacionais
A Companhia apresentou a demonstração do resultado utilizando uma classificação das despesas
baseadas na sua função. As informações sobre a natureza dessas despesas reconhecidas na
demonstração do resultado são apresentadas a seguir:
Controladora Consolidado
2018 2017 2018 2017

Despesas com pessoal (a) (1.562.569) (1.300.414) (1.572.662) (1.306.747)


Despesas com prestadores de serviços (839.500) (582.760) (866.042) (603.788)
Outras (819.741) (683.232) (851.497) (708.958)
Total (3.221.810) (2.566.406) (3.290.201) (2.619.493)

Controladora Consolidado
2018 2017 2018 2017
Classificados por função como:
Despesas com vendas (2.713.474) (2.095.278) (2.747.447) (2.119.953)
Despesas gerais e administrativas (557.944) (503.352) (596.143) (536.026)
Outras receitas operacionais, líquidas
(nota 26) 49.608 32.224 53.389 36.486
Total (3.221.810) (2.566.406) (3.290.201) (2.619.493)

(a) A Companhia provê a seus empregados benefícios de assistência médica, reembolso odontológico, seguro de vida, vale-
alimentação, vale-transporte, bolsa de estudo, cheque-mãe, além de plano de ações para os colaboradores elegíveis, conforme
descrito na Nota Explicativa nº 22. A despesa proveniente de tais benefícios, registrada no exercício de 2018 foi de R$ 196.259 para a
controladora (R$ 133.742 em 2017) e R$ 197.136 para o consolidado (R$ 134.275 em 2017). Adicionalmente, a Companhia oferece
plano de aposentadoria complementar para todos os seus colaboradores. Esta previdência complementar está inserida na modalidade
de contribuição definida, não gerando qualquer responsabilidade atuarial para a Companhia. A contribuição da Companhia
corresponde a 0,20% do salário dos colaboradores participantes, podendo ser suspensa a qualquer tempo, desde que com aviso
prévio aos participantes. Em 2018 e 2017, respectivamente, as contribuições montaram em R$ 398 e R$ 366. Os participantes podem
fazer contribuições voluntárias, descontadas em folha, não havendo contrapartida da Companhia.

As despesas com fretes relacionadas ao transporte das mercadorias dos CDs até as lojas físicas
e entrega dos produtos revendidos aos consumidores são classificadas como despesas com
vendas.

61
26. Outras receitas operacionais, líquidas
Controladora Consolidado
2018 2017 2018 2017

Ganho (perda) na venda de ativo imobilizado (88) 2.875 (88) 2.875


Apropriação da receita diferida (a) 76.947 42.820 76.947 42.820
Efeitos tributários não recorrentes (14.113) (9.790) (10.331) (6.096)
Despesas não recorrentes (b) (13.207) (3.331) (13.207) (3.331)
Outros 69 (350) 68 218
Total 49.608 32.224 53.389 36.486

(a) Refere-se à apropriação de receita diferida por cessão de direitos de exploração, conforme descrito na Nota Explicativa nº
20. A variação observada entre a apropriação nos exercícios de 2018 e 2017 refere-se ao atingimento de determinadas metas dos
contratos com as empresas Cardif e Luizaseg.
(b) Gastos referentes a despesas pré-operacionais de lojas.

27. Resultado financeiro

Política Contábil

A receita e a despesa de juros são reconhecidas no resultado pelo método dos juros efetivos.
Adicionalmente, a Companhia classifica juros recebidos, dividendos e juros sobre capital
próprio recebidos como fluxos de caixa das atividades operacionais. Os juros pagos sobre
empréstimos e financiamentos estão classificados como fluxo de caixa das atividades de
financiamento.

Controladora Consolidado
2018 2017 2018 2017
Receitas financeiras:
Juros de vendas de garantia estendida 72.964 51.410 72.964 51.410
Rendimento de aplicações financeiras e títulos
24.370 62.193 8.771 12.937
mobiliários
Juros de vendas de mercadorias - juros por
5.678 4.206 5.678 4.206
atrasos nos recebimentos
Descontos obtidos e atualizações monetárias 45.126 40.219 45.126 40.219
Outros 1.390 1.335 1.390 1.335
149.528 159.363 133.929 110.107

Despesas financeiras:
Juros de empréstimos e financiamentos (50.163) (198.851) (50.163) (198.868)
Encargos sobre antecipação de cartão de crédito (303.956) (273.286) (305.422) (274.970)
Provisão para perda com juros de garantia
(26.271) (10.534) (26.271) (10.534)
estendida
Outros (46.156) (36.210) (46.761) (36.556)
(426.546) (518.881) (428.617) (520.928)
Resultado financeiro líquido (277.018) (359.518) (294.688) (410.821)

62
28. Informação por segmento de negócios
Como forma de gerenciar seus negócios, tanto no âmbito financeiro como no operacional, a
Companhia classificou seus negócios em Varejo, Operações Financeiras, Operações de Seguros
e Outros Serviços. Essas divisões são consideradas os segmentos primários para divulgação de
informações. As principais características para cada uma das divisões são:

Varejo - substancialmente revenda de mercadorias e prestações de serviços nas lojas da


Companhia e comércio eletrônico (e-commerce tradicional e marketplace);

Operações financeiras - por meio da controlada em conjunto Luizacred, que tem como objeto
principal fornecer crédito aos clientes da Companhia para aquisição de produtos;

Operações de seguros - por meio da controlada em conjunto Luizaseg, que tem como objeto
principal a oferta de garantias estendidas aos produtos adquiridos pelos clientes da Companhia;

Outros Serviços - soma da prestação de serviços de administração de consórcios por meio da


controlada LAC, que tem como objeto principal a administração de consórcios aos clientes da
Companhia, para aquisição de produtos; e serviços de gerenciamento de entregas de produtos -
por meio da controlada Logbee.

As vendas da Companhia são integralmente realizadas em território nacional e, considerando as


operações no varejo, não existe concentração de clientes, assim como de produtos e serviços
oferecidos.

Demonstrações do resultado

2018
Varejo Operações Operações Outros Eliminações Consolidado
(a) financeiras de seguros Serviços (b)

Receita bruta 18.830.718 1.001.088 237.475 80.137 (1.252.905) 18.896.513


Deduções da receita (3.299.945) - - (6.124) - (3.306.069)
Receita líquida do segmento 15.530.773 1.001.088 237.475 74.013 (1.252.905) 15.590.444
Custos (11.031.074) (91.577) (19.376) (34.361) 123.366 (11.053.022)
Lucro bruto 4.499.699 909.511 218.099 39.652 (1.129.539) 4.537.422

Despesas com vendas (2.747.312) (366.435) (181.875) (2.064) 550.239 (2.747.447)


Despesas gerais e administrativas (568.552) (12.577) (18.067) (27.591) 30.644 (596.143)
Resultado da provisão com créditos
de liquidação duvidosa (59.737) (418.910) - - 418.910 (59.737)
Depreciação e amortização (163.294) (5.926) (4.725) (396) 10.651 (163.690)
Equivalência patrimonial 65.294 - - - (7.537) 57.757
Outras receitas operacionais 53.394 (16.918) (4.670) (5) 21.588 53.389
Receitas financeiras 131.536 - 16.690 2.393 (16.690) 133.929
Despesas financeiras (428.430) - (59) (187) 59 (428.617)
Imposto de renda e contribuição
social (185.169) (44.920) (11.461) (4.265) 56.381 (189.434)
Lucro líquido do período 597.429 43.825 13.932 7.537 (65.294) 597.429

Conciliação da equivalência patrimonial


Equivalência patrimonial Outros serviços (Nota 14) 7.537
Equivalência patrimonial Luizacred (Nota 15) 43.825
Equivalência patrimonial Luizaseg (Nota 15) 13.932
(=) Equivalência patrimonial do segmento de varejo 65.294
(-) Efeito de eliminação Outros serviços (7.537)
(=) Resultado de equivalência patrimonial consolidado 57.757

a) O segmento de varejo é representado pelos montantes consolidados contemplando os resultados do Magazine Luiza S.A., Época
Cosméticos e Integra Commerce. No segmento de varejo, a linha de equivalência patrimonial contempla os resultados líquidos das

63
operações financeiras, de seguros e outros serviços, uma vez que esse montante está contido nos valores de lucro do segmento
utilizado pelo principal gestor das operações.

(b) As eliminações são representadas principalmente pelos efeitos dos segmentos operações financeiras e operações de seguro, que
são apresentados de forma proporcional acima, porém são incluídas apenas em uma linha de equivalência patrimonial nas
demonstrações contábeis consolidadas da Companhia.

Demonstrações do resultado

2017
Varejo Operações Operações Outros Eliminações Consolidado
(a) financeiras deseguros Serviços (b)

Receita bruta 14.262.501 844.256 197.801 70.638 (1.054.092) 14.321.104


Deduções da receita (2.331.568) - - (5.286) - (2.336.854)
Receita líquida do segmento 11.930.933 844.256 197.801 65.352 (1.054.092) 11.984.250
Custos (8.358.340) (91.812) (21.793) (31.934) 125.640 (8.378.239)
Lucro bruto 3.572.593 752.444 176.008 33.418 (928.452) 3.606.011

Despesas com vendas (2.119.953) (350.592) (135.006) - 485.598 (2.119.953)


Despesas gerais e administrativas (510.753) (2.482) (20.119) (25.273) 22.601 (536.026)
Resultado da provisão com créditos
de liquidação duvidosa (41.921) (273.321) - - 273.321 (41.921)
Depreciação e amortização (142.687) (5.963) (4.654) (372) 10.617 (143.059)
Equivalência patrimonial 93.661 - - - (7.505) 86.156
Outras receitas operacionais 35.940 (12.023) (5.948) 546 17.971 36.486
Receitas financeiras 107.101 - (40) (208) 3.254 110.107
Despesas financeiras (520.720) - 17.208 3.006 (20.422) (520.928)
Imposto de renda e contribuição
social (84.239) (39.301) (10.055) (3.612) 49.356 (87.851)
Lucro líquido do período 389.022 68.762 17.394 7.505 (93.661) 389.022

Conciliação da equivalência patrimonial


7.505
Equivalência patrimonial Outros serviços (Nota 14)
Equivalência patrimonial Luizacred (Nota 15) 68.762
Equivalência patrimonial Luizaseg (Nota 15) 17.394
(=) Equivalência patrimonial do segmento de varejo 93.661
(-) Efeito de eliminação LAC (7.505)
(=) Resultado de equivalência patrimonial consolidado 86.156

(a) O segmento de varejo é representado pelos montantes consolidados contemplando os resultados do Magazine Luiza S.A. e
Época Cosméticos. No segmento de varejo, a linha de equivalência patrimonial contempla os resultados líquidos das operações
financeiras, de seguros e administração de consórcios, uma vez que esse montante está contido nos valores de lucro ou prejuízo
do segmento utilizado pelo principal gestor das operações.

(b) As eliminações são representadas principalmente pelos efeitos dos segmentos operações financeiras e operações de seguro,
que são apresentados de forma proporcional acima, porém são incluídas apenas em uma linha de equivalência patrimonial nas
demonstrações contábeis consolidadas da Companhia.

64
Balanços patrimoniais

2018
Operações Operações Outros
Varejo(*) financeiras De seguros Serviços
Ativos
Caixa e equivalentes de caixa 549.048 8.671 121 46.796
Títulos e valores mobiliários e outros ativos
financeiros 409.111 36.513 219.617 -
Contas a receber 2.053.726 3.797.293 - 1.679
Estoques 2.810.248 - - -
Investimentos 395.227 - - -
Imobilizado e intangível 1.298.891 64.078 38.105 1.809
Outros 1.248.382 244.401 34.026 3.277
8.764.633 4.150.956 291.869 53.561
Passivos
Fornecedores 4.101.560 - 1.051 3.155
Empréstimos e financiamentos e outros
passivos financeiros 454.087 - - -
Depósitos interfinanceiros - 1.931.922 - -
Operações com cartões de crédito - 1.737.286 - -
Provisões técnicas de seguros - - 233.837 -
Provisão para riscos tributários, cíveis e
trabalhistas. 377.444 65.654 1.411 800
Receita diferida 430.137 17.020 - -
Outras 1.098.533 110.812 35.371 12.401
6.461.761 3.862.694 271.670 16.356

Patrimônio líquido 2.302.872 288.260 20.202 37.205

Conciliação do investimento
Investimentos em controladas
Investimento LAC (Nota 14) 36.542
Investimento Logbee (Nota 14) 8.373
Investimento Softbox (Nota 14) 41.850
86.765
Investimentos em controladas em conjunto
Investimento Luizacred (Nota 15) 288.260
Investimento Luizaseg (Nota 15) 20.202
308.462
Total dos investimentos 395.227
(-) Efeito de eliminação 345.004
(86.765)
(=) Resultado de investimento consolidado 288.260
308.462

(*) Saldos consolidados contemplando Magazine Luiza S.A, Época Cosméticos e Integra Commerce.

65
Balanços patrimoniais

2017
Operações Operações Outros
Varejo(*) financeiras De seguros Serviços
Ativos
Caixa e equivalentes de caixa 373.167 5.648 211 39.540
Títulos e valores mobiliários e outros ativos
financeiros 1.259.553 6.251 182.343 -
Contas a receber 1.245.672 2.591.429 - 359
Estoques 1.969.333 - - -
Investimentos 341.168 - - -
Imobilizado e intangível 1.099.670 69.988 42.855 1.717
Outros 1.118.628 156.157 21.839 3.724
7.407.191 2.829.473 247.248 45.340
Passivos
Fornecedores 2.917.836 - 1.595 1.740
Empréstimos e financiamentos e outros
passivos financeiros 871.498 - - -
Depósitos interfinanceiros - 1.196.675 - -
Operações com cartões de crédito - 1.217.662 - -
Provisões técnicas de seguros - - 203.841 -
Provisão para riscos tributários, cíveis e
trabalhistas 300.922 65.091 1.593 612
Receita diferida 510.403 19.092 - -
Outras 732.555 37.379 22.446 13.167
5.333.214 2.535.899 229.475 15.519

Patrimônio líquido 2.073.977 293.574 17.773 29.821

Conciliação do investimento
Investimentos em controladas
Investimento LAC (Nota 14) 29.821
Investimentos em controladas em conjunto
Investimento Luizacred (Nota 15) 293.574
Investimento Luizaseg (Nota 15) 17.773
311.347
Total dos investimentos 341.168
(-) Efeito de eliminação LAC (29.821)
(=) Resultado de investimento consolidado 311.347

(*) Saldos consolidados contemplando os resultados do Magazine Luiza S.A, Época Cosméticos e Integra Commerce.

66
29. Instrumentos financeiros
As políticas contábeis relacionadas aos Instrumentos Financeiros da Companhia estão aderentes
ao IFRS 09/CPC 48, conforme descrito em maiores detalhes no nota explicativa 5 b).

Gestão de risco de capital

Os objetivos da Companhia ao administrar seu capital são os de salvaguardar a capacidade de


continuidade das operações para oferecer retorno aos acionistas e benefícios às outras partes
interessadas, além de manter uma estrutura de capital ideal para reduzir custo e maximizar os
recursos para aplicação em abertura e modernização de lojas, novas tecnologias, melhorias de
processos e métodos avançados de gestão.

A estrutura de capital da Companhia consiste em passivos financeiros, caixa e equivalentes de


caixa e títulos e valores mobiliários. Periodicamente, a Administração revisa a estrutura de capital
e sua habilidade em liquidar os seus passivos, bem como monitora tempestivamente o prazo
médio de fornecedores em relação ao prazo médio de giro dos estoques, tomando as ações
necessárias quando a relação entre esses saldos apresentar desequilíbrios relevantes.

A Companhia utiliza a medição não contábil caixa (dívida) líquido ajustado/EBITDA ajustado, o
qual, no seu entendimento, representa uma métrica relevante para monitorar o nível de
endividamento, pois reflete sua disponibilidade de caixa, líquido das obrigações financeiras
consolidadas, considerada sua geração de caixa operacional. A Companhia define o EBITDA
como lucro líquido antes do imposto de renda e contribuição social, do resultado financeiro e da
depreciação e amortização. O EBITDA Ajustado consiste no valor de EBITDA ajustado por
receitas ou despesas extraordinárias. A Companhia entende que a medição do EBITDA Ajustado
é necessária para que se entenda o real valor de impacto na geração bruta de caixa, excluindo-se
eventos extraordinários. O EBITDA ajustado não é uma métrica de performance adotada pelo
IFRS. A definição de EBITDA ajustado da Companhia pode não ser comparável a medidas com
títulos semelhantes fornecidas por outras companhias.

A estrutura de capital da Companhia pode ser assim apresentada:

Controladora Consolidado
2018 2017 2018 2017
Empréstimos e financiamentos (454.087) (871.498) (455.967) (871.498)
(+)Caixa e equivalentes de caixa 548.553 370.926 599.087 412.707
(+)Títulos e valores mobiliários e outros ativos financeiros 409.111 1.259.553 409.325 1.259.553
(+)Cartões de crédito de terceiros 1.477.322 818.154 1.492.316 820.267
(+)Cartões de crédito de partes relacionadas 106.687 42.338 106.687 42.338
Caixa líquido ajustado 2.087.586 1.619.473 2.151.448 1.663.367

Patrimônio líquido 2.302.872 2.073.977 2.302.872 2.073.977

67
Categoria de instrumentos financeiros

Controladora Consolidado
2018 2017 2018 2017
Valor Valor Valor Valor
Categoria de instrumentos financeiros Classificação Contábil Contábil Contábil Contábil
Justo Justo Justo Justo
Caixa e bancos Custo amortizado 136.060 136.060 90.560 90.560 138.295 138.295 91.928 91.928
Contas a receber - Cartão de crédito e débito VJORA 1.491.289 540.967 835.088 403.636 1.506.283 552.845 837.201 408.830
Contas a receber - Demais contas a receber de
Custo amortizado 540.967 86.948 403.636 57.647 552.845 83.503 408.830 54.428
clientes e de acordos comerciais
Contas a receber de partes relacionadas Custo amortizado 86.948 106.687 57.647 42.338 83.503 106.687 54.428 42.338
Contas a receber de partes relacionadas - Cartão
VJR 106.687 408.907 42.338 106.687 42.338
de Crédito 280.366 408.907 320.779
Equivalentes de caixa VJR 408.907 803 280.366 - 408.907 7.494 320.779 -
Equivalentes de caixa Custo amortizado 803 11.455 - 10.995 7.494 11.669 - 10.995
Títulos e valores mobiliários Custo amortizado 11.455 397.656 10.995 1.247.180 11.669 397.656 10.995 1.247.180
Títulos e valores mobiliários VJR 397.656 - 1.247.180 1.378 397.656 - 1.247.180 1.378
Instrumentos Derivativos Ativo VJR - 3.180.772 1.378 2.969.188 - 3.213.339 1.378 3.015.057
Total de Ativos financeiros 3.180.772 136.060 2.969.188 90.560 3.213.339 138.295 3.015.057 91.928

Controladora Consolidado
2018 2017 2018 2017
Valor Valor Valor Valor
Categoria de instrumentos financeiros Classificação Contábil Contábil Contábil Contábil
Justo Justo Justo Justo
Fornecedores Custo amortizado 4.068.459 4.068.459 2.898.025 2.898.025 4.105.244 4.105.244 2.919.541 2.919.541
Empréstimos e financiamentos Custo amortizado 454.087 454.087 818.979 818.979 455.967 455.967 818.979 818.979
Empréstimos e financiamentos VJR - - 52.519 52.519 - - 52.519 52.519
Contas a pagar a partes relacionadas Custo amortizado 125.353 125.353 89.486 89.486 125.383 125.383 89.521 89.521
Total de Passivos financeiros 4.647.899 4.647.899 3.859.009 3.859.009 4.686.594 4.686.594 3.880.560 3.880.560

68
Mensurações de valor justo

A política de mensuração ao valor justo está apresentada na nota explicativa 3.7. Todos os ativos
e passivos para os quais o valor justo seja mensurado ou divulgado nas demonstrações contábeis
são categorizados dentro da hierarquia de valor justo descrita abaixo, com base na informação de
nível mais baixo que seja significativa à mensuração do valor justo como um todo:

Nível 1 - preços de mercado cotados (não ajustados) em mercados ativos para ativos ou passivos
idênticos;
Nível 2 - técnicas de avaliação para as quais a informação de nível mais baixo e significativa para
mensuração do valor justo seja direta ou indiretamente observável. A Companhia utiliza a técnica
de fluxo de caixa descontado para suas mensurações;
Nível 3 - técnicas de avaliação para as quais a informação de nível mais baixo e significativa para
mensuração do valor justo não esteja disponível.

A mensuração dos ativos e passivos da Companhia, ao valor justo, está demonstrada a seguir:

Controladora Consolidado
Categoria de instrumentos
Classificação 2018 2017 2018 2017 Nível
financeiros
Contas a receber - Cartão de crédito
VJORA 1.491.289 - 1.506.283 - Nível2
e débito
Contas a receber de partes
VJR 106.687 - 106.687 - Nível2
relacionadas - Cartão de Crédito

Equivalentes de caixa VJR 408.907 291.361 408.907 331.774 Nível2

Títulos e valores mobiliários VJR 397.656 1.247.180 397.656 1.247.180 Nível2


Instrumentos Derivativos Ativo VJR - 1.378 - 1.378 Nível2
Total de Ativos financeiros 2.404.539 1.539.919 2.419.533 1.580.332

Empréstimos e financiamentos VJR - 52.519 - 52.519 Nível2


Total de Passivos financeiros - 52.519 - 52.519

Técnicas de avaliação e inputs significativos não observáveis:

Técnicas de avaliação específicas utilizadas para valorizar os instrumentos financeiros, conforme


as regras do Nível 2, incluem:

• Preços de mercado cotados ou cotações de instituições financeiras ou corretoras para


instrumentos similares.

• O valor justo de recebíveis de cartão de crédito é determinado com base em premissas


usualmente utilizadas para vendas de ativos similares, considerando os fluxos de caixa
descontados por uma taxa de empresas adquirentes.

• Outras técnicas, como a análise de fluxos de caixa descontados, são utilizadas para determinar
o valor justo para os instrumentos financeiros remanescentes.

Gestão de risco de liquidez

A responsabilidade final pelo gerenciamento do risco de liquidez é da Diretoria Financeira da


Companhia, que elabora um modelo apropriado de gestão de risco de liquidez para o
gerenciamento das necessidades de captação e gestão de liquidez no curto, médio e longo

69
prazos. A Companhia gerencia o risco de liquidez por meio do monitoramento contínuo dos fluxos
de caixa previstos e reais, da combinação dos perfis de vencimento dos ativos e passivos
financeiros e pela manutenção de relacionamento próximo com instituições financeiras, com
frequente divulgação de informações para suportar decisões de crédito quando da necessidade de
recursos externos.

A tabela a seguir mostra em detalhes o prazo de vencimento contratual restante dos passivos
financeiros da Companhia e os prazos de amortização contratuais. A tabela foi elaborada de
acordo com os fluxos de caixa não descontados dos passivos financeiros.

O vencimento contratual baseia-se na data mais recente em que a Companhia deve quitar as
respectivas obrigações:

Saldo Inferior a Uma três Superior a


Contábil um ano anos Três anos Total
Fornecedores 4.105.244 4.105.244 - - 4.105.244
Empréstimos e financiamentos 455.967 137.831 336.027 10.701 484.559
Partes relacionadas 125.383 125.383 - - 125.383
Outras contas a pagar ex-cotistas/sócios 47.638 21.564 20.479 7.770 49.814

Considerações sobre riscos

Os negócios da Companhia compreendem especialmente o comércio varejista de bens de


consumo, principalmente eletrodomésticos, eletrônicos, móveis e serviços de seguros e
financeiros, o financiamento ao consumidor para as aquisições dos referidos bens e atividades de
grupos de consórcio, formados para a aquisição de veículos, motos, eletrodomésticos e imóveis.
Os principais fatores de risco de mercado que afetam seus negócios são, sumariamente, os
seguintes:

Risco de crédito: o risco de crédito surge da possibilidade da Companhia vir a incorrer em perdas
resultantes do não recebimento de valores faturados a seus clientes, cujo saldo consolidado em
31 de dezembrode 2018 era de R$ 1.887.313 (R$ 1.066.091 em 31 de dezembro de 2017).
Grande parte das vendas da Companhia são realizadas utilizando como modalidade de
pagamento o cartão de crédito, que são substancialmente securitizadas com as administradoras
de cartões de crédito. Para os demais contas a receber a Companhia avalia também o risco como
sendo baixo, tendo em vista a pulverização natural das vendas em função do grande número de
clientes, porém não há garantias reais de recebimento do saldo total de contas a receber, em
virtude da natureza dos negócios. Mesmo assim, o risco é gerenciado por meio de análises
periódicas do nível de inadimplência (com critérios consistentes para suportar os requerimentos
da IFRS 9 - ver nota explicativa 3.2), bem como pela adoção de formas mais eficazes de
cobrança. Em 31 de dezembro de 2018, a Companhia mantinha em contas a receber saldos que
estariam vencidos ou perdidos, cujos termos foram renegociados, no montante de R$ 7.334 (R$
5.346 em 31 de dezembro de 2017), os quais estão adicionados à análise sobre a necessidade de
constituição de provisão para créditos de liquidação duvidosa. Na nota explicativa 9 são
divulgadas maiores informações sobre o contas a receber.

A política da Companhia para investimentos em títulos de dívida (aplicações financeiras) é de se


investir em títulos que possuem rating atribuído pelas principais agências de risco de crédito e que
tenham uma classificação igual ou superior ao rating soberano (em escala global). Em 31 de
dezembro de 2018, a quase totalidade dos investimentos mantidos pela Companhia possuem tal
nível de rating atingindo o montante de R$ 821.604 (R$ 1.539.919 em 31 de dezembro de 2017)
na Controladora e R$ 870.117 (R$ 1.580.332 em 31 de dezembro 2017) no Consolidado.

Risco de mercado: decorre do possível desaquecimento do varejo no cenário econômico do País.


O gerenciamento dos riscos envolvidos nessas operações é realizado por meio do
estabelecimento de políticas operacionais e comerciais, determinação de limites para transações

70
com derivativos e do monitoramento constante das posições assumidas. Os principais riscos
relacionados são as variações na taxa de juros e nas taxas de câmbio.

Risco de taxas de juros: a Companhia está exposta a taxas de juros flutuantes vinculadas ao
“Certificado de Depósito Interbancário (CDI)”, relativas a aplicações financeiras, empréstimos e
financiamentos em reais, para os quais realizou análise de sensibilidade, conforme descrito
abaixo.

Em 31 de dezembro de 2018, a Administração efetuou análise de sensibilidade considerando um


cenário provável e cenários com aumentos de 25% e 50% nas taxas de juros esperadas. O
cenário provável e de aumento nas taxas de juros, foi mensurado utilizando-se taxas de juros
futuros divulgadas pela BM&F BOVESPA e/ou BACEN, considerando uma taxa base de CDI em
6,40%. Os efeitos esperados das receitas com aplicações financeiras líquidas de despesas
financeiras de empréstimos e financiamentos para os próximos três meses são como segue:

Controladora Consolidado
2018 2018

Certificados de depósitos bancários (nota7) 409.710 416.401


Fundos de investimentos não exclusivos (nota7) 2.783 44.391
Equivalentes de caixa 412.493 460.792
Títulos e valores mobiliários (nota8) 409.111 409.325
Total equivalentes de caixa e títulos e valores mobiliários 821.604 870.117
Empréstimos e financiamentos (nota 19) 409.710
(454.087) 416.401
(455.967)
Variação 367.517 414.150
Receita financeira de juros - exposição a CDI
Impacto no resultado financeiro, líquido de impostos:
Cenário I Provável (454) 260
Cenário II Aumento 25% (568) 325
Cenário III Aumento 50% (682) 390

Gestão de risco de taxa de câmbio: a Companhia utiliza instrumentos financeiros derivativos com
o propósito de atender às suas necessidades no gerenciamento de riscos de mercado,
decorrentes do descasamento entre moedas e indexadores. As operações com instrumentos
derivativos são realizadas por intermédio da Diretoria Financeira, de acordo com políticas
previamente aprovadas pelo Conselho de Administração da Companhia.

No reconhecimento inicial de uma relação de hedge, a Companhia classifica formalmente e


documenta a relação de hedge à qual a Companhia deseja aplicar contabilidade de hedge, bem
como o objetivo e a estratégia de gestão de risco da Administração para levar a efeito o hedge.

No decorrer do exercício de 2018 a Companhia liquidou todas as suas operações com hedge.

71
30. Demonstrações dos fluxos de caixa
As movimentações patrimoniais que não afetaram os fluxos de caixa da Companhia são como
segue:

Controladora Consolidado
2018 2017 2018 2017

Dividendos propostos por controladas e controladas


8.391 11.651 6.298 9.869
em conjunto e não recebidos
Dividendos ou JCP declarados não pagos no
(182.000) (64.273) (182.000) (64.273)
exercício
Outras contas a pagar - Ex-Cotistas adquiridas (46.850) (1.000) (46.850) (1.000)
Adoção inicial do IFRS 9 e 15 - VJORA (36.219) - (36.219) -
Adoção inicial do IFRS 9 e 15 - VJR (768) - (768) -
Adoção inicial do IFRS 9 e 15 - Controlada em
(56.816) - (56.816) -
conjunto
Adoção inicial do IFRS 9 e 15 - efeito do IR/CS 12.576 - 12.576 -
Variação de valor justos de instrumentos financeiros
disponíveis para venda 2.673 1.457 2.673 1.457

31. Coberturade seguros


A Companhia mantém contratos de seguros com cobertura determinada por orientação de
especialistas levando em conta a natureza e o grau de risco por montantes considerados
suficientes para cobrir eventuais perdas sobre seus ativos e/ou responsabilidades.

As coberturas de seguros, em valores de 31 de dezembro de 2018 e 31 de dezembro de 2017,


são assim demonstradas:

2018 2017
Responsabilidade civil e D&O 70.000 65.000
Riscos diversos - estoques e imobilizado 2.925.028 2.402.335
Veículos 22.872 14.162
3.017.900 2.481.497

32. Arrendamentos compromissados

Política contábil

Os ativos adquiridos por meio de arrendamento financeiro são inicialmente reconhecidos como
ativo imobilizado pelo seu valor justo no início do arrendamento ou, se inferior, pelo valor presente
do pagamento mínimo do arrendamento. O passivo correspondente ao arrendador é apresentado
nas demonstrações contábeis como uma obrigação com arrendamento financeiro.

Ativos mantidos por meio de arrendamento financeiro são depreciados pela vida útil estimada da
mesma forma que os ativos próprios ou por um período inferior, se aplicável, conforme termos do
contrato de arrendamento em questão.

Os pagamentos referentes ao arrendamento financeiro são distribuídos entre os encargos


financeiros e a redução da obrigação, a fim de atingir uma taxa de juros constante em relação ao
saldo remanescente do passivo.

Os pagamentos referentes aos arrendamentos operacionais são reconhecidos como despesa pelo
método linear durante o período de vigência do contrato, exceto quando outra base sistemática é

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mais representativa para refletir o momento em que os benefícios econômicos do ativo arrendado
são auferidos. Os pagamentos contingentes oriundos de arrendamento operacional são
reconhecidos como despesa no exercício ou período em que são incorridos.

Arrendamento mercantil operacional - contratos de aluguel

A Companhia possui diversos contratos de aluguel de imóveis com partes relacionadas (MTG
Administração e Participações S.A. e PJD Agropastoril Ltda.) e com terceiros, cujos prazos
médios têm duração de cinco anos, para os quais a Administração analisou e concluiu que se
enquadram na classificação de arrendamento mercantil operacional.

Estes contratos estabelecem valores de aluguel fixo ou variável, com base em percentual sobre a
venda líquida, de acordo com as formas contratuais. Em 31 de dezembro de 2018, a Companhia
possuía 954 lojas (858 lojas em 2017) e 12 Centros de Distribuição (10 Centros de Distribuição
em 2017) alugados. Para estes contratos de aluguel, foram registradas despesas no montante de
R$ 341.933 no exercício findo em 31 de dezembro de 2018 (R$ 302.458 em 31 de dezembro de
2017).

Os compromissos futuros oriundos destes contratos, atualizados monetariamente, montam, nos


próximos cinco anos:

Ano Valor
2019 390.559
2020 406.373
2021 423.365
2022 442.411
2023 463.370
Total 2.126.078

Contratos de arrendamento mercantil financeiro


Pagamentos mínimos
Controladora e Consolidado
2018 2017
Em até um ano 1.214 8.900
Entre dois e cinco anos - 770
1.214 9.670
Menos: resultado financeiro não incorrido (159) (444)
Valor presente dos pagamentos mínimos 1.055 9.226

Os valores dos ativos, líquidos de depreciação acumulada, adquiridos por arrendamento mercantil
financeiro estão demonstrados a seguir:
Categoria dos ativos 2018 2017

Software 2.689 8.192


Máquinas e equipamentos 6.597 7.034
Computadores e periféricos 634 1.394
Veículos 374 1.194
Outros 177 223
Total 10.471 18.037

Nos exercícios apresentados, não foram identificados eventos que indicassem a necessidade de
efetuar cálculos para avaliar eventual redução destes ativos ao seu valor de recuperação.

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