Manual Diagnóstico Sfilis Final 10.11.21
Manual Diagnóstico Sfilis Final 10.11.21
Manual Diagnóstico Sfilis Final 10.11.21
DIAGNÓSTICO
DA SÍFILIS
Brasília – DF
2021
MINISTÉRIO DA SAÚDE
Secretaria de Vigilância em Saúde
Departamento de Doenças de Condições Crônicas e
Infecções Sexualmente Transmissíveis
DIAGNÓSTICO
DA SÍFILIS
Brasília – DF
2021
2021 Ministério da Saúde.
Esta obra é disponibilizada nos termos da Licença Creative Commons – Atribuição – Não Comercial –
Compartilhamento pela mesma licença 4.0 Internacional. É permitida a reprodução parcial ou total desta obra,
BY SA desde que citada a fonte.
A coleção institucional do Ministério da Saúde pode ser acessada, na íntegra, na Biblioteca Virtual em Saúde do Ministério da Saúde:
bvsms.saude.gov.br
Coordenação-geral:
Angélica Espinosa Barbosa Miranda
Gerson Fernando Mendes Pereira
Organização e colaboração técnica:
Álisson Bigolin
Ana Cláudia Philippus
José Boullosa Alonso Neto
Pâmela Cristina Gaspar
Colaboração de especialistas:
Celso Francisco Hernandes Granato
Maria Luiza Bazzo
Miriam Franchini
Equipe técnica:
Amanda Alencar Cabral Morais
Mariana Villares
Paula Pezzuto
Rayane Ganassin
Rodrigo Santos Lima
Roberta Barbosa Lopes
Sheila de Oliveira Medeiros
Colaboração edição impressa (2016):
Adele Schwartz Benzaken
Alexandre Fonseca Santos
Fábio Caldas de Mesquita
Maria Luiza Bazzo
Mariana Villares
Miriam Franchini
Pâmela Cristina Gaspar
Regina Comparini
Revisão ortográfica:
Angela Gasperin Martinazzo
Projeto gráfico e diagramação:
Milena Hernández/Marcos Cleuton
Normalização:
Delano de Aquino Silva – Editora MS/CGDI
Ficha Catalográfica
Lista de tabelas
APRESENTAÇÃO.........................................................................................................................................11
1 INTRODUÇÃO........................................................................................................................................13
1.1 O Treponema pallidum................................................................................................................13
1.2 Transmissão da sífilis..................................................................................................................14
1.3 Manifestações clínicas..............................................................................................................15
2 TESTES DIAGNÓSTICOS.......................................................................................................................17
2.1 Exames diretos.............................................................................................................................17
2.2 Testes imunológicos...................................................................................................................18
2.2.1 Testes treponêmicos........................................................................................................18
2.2.2 Testes não treponêmicos................................................................................................23
3 DIAGNÓSTICO DA SÍFILIS...................................................................................................................29
4 FLUXOGRAMAS COM TESTES IMUNOLÓGICOS PARA AUXILIAR NO
DIAGNÓSTICO DA SÍFILIS....................................................................................................................33
4.1 Escolha do fluxograma de acordo com a solicitação de testagem............................33
4.2 Fluxograma 1 – Abordagem clássica....................................................................................35
4.2.1 Desdobramento do fluxograma.................................................................................36
4.2.2 Laudo..................................................................................................................................38
4.3 Fluxograma 2 – Abordagem reversa....................................................................................38
4.3.1 Desdobramento do fluxograma.................................................................................39
4.3.2 Laudo..................................................................................................................................41
5 TESTES DIAGNÓSTICOS PARA INVESTIGAÇÃO DE NEUROSSÍFILIS......................................43
6 TESTES DIAGNÓSTICOS PARA INVESTIGAÇÃO DE SÍFILIS EM GESTANTE E
SÍFILIS CONGÊNITA...............................................................................................................................45
7 VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA DA SÍFILIS....................................................................................47
REFERÊNCIAS..............................................................................................................................................49
APÊNDICES..................................................................................................................................................53
Apêndice A – Informações adicionais sobre testes diagnósticos para sífilis..................53
Apêndice B – Testes rápidos fornecidos pelo Ministério da Saúde no contexto
de diagnóstico das infecções sexualmente transmissíveis .......................56
Apêndice C – Reação de floculação nos testes não treponêmicos....................................57
Apêndice D – Modelos de laudos...................................................................................................59
GLOSSÁRIO..................................................................................................................................................69
MANUAL TÉCNICO PARA O
DIAGNÓSTICO
DA SÍFILIS
APRESENTAÇÃO
A Portaria nº 2.012, de 19 de outubro de 2016, que aprova este Manual Técnico para
o Diagnóstico da Sífilis, estabelece que o documento seja revisto e atualizado à luz dos
avanços científicos por comitê composto por profissionais de notório saber.
• Aprimora a redação do original como um todo, com vistas a dar mais clareza ao
texto e dirimir as dúvidas que os usuários apontaram ao implementar as ações,
facilitando ao leitor a compreensão do texto;
• Apresenta nova estrutura dos capítulos, agrupando os conteúdos semelhantes
e facilitando a leitura;
• Atualiza a indicação dos testes para utilização nos exames diretos, apontando
as respectivas vantagens e desvantagens, assim como traz a inclusão dos testes
de amplificação de ácidos nucleicos;
• Acrescenta informações sobre testes rápidos imunocromatográficos que
detectam simultaneamente a presença de anticorpos anti-HIV e de anticorpos
treponêmicos em um mesmo dispositivo de teste (teste Duo ou Combo, a
depender do fabricante);
• Descreve as ações implementadas pelo Ministério da Saúde para assegurar a
qualidade dos testes rápidos imunocromatográficos fornecidos;
• Atualiza as informações sobre a possibilidade de resultados falsos nos testes
treponêmicos e não treponêmicos;
• Incorpora a explicação sobre a diferença entre diluição e titulação nos testes
não treponêmicos;
• Modifica a apresentação do capítulo “Diagnóstico de sífilis”, com destaque para
algumas recomendações importantes no diagnóstico e monitoramento do
tratamento da infecção;
• Insere orientações sobre a “conduta laboratorial” adequada diante de cada tipo
de solicitação clínica;
• Aperfeiçoa os capítulos referentes ao diagnóstico de neurossífilis e de sífilis
congênita;
• Unifica os fluxogramas anteriores que se iniciavam com testes treponêmicos.
Assim, esta segunda edição do manual apresenta dois fluxogramas de
diagnóstico, um com a abordagem convencional (que inicia a investigação com
teste não treponêmico) e outro com a abordagem reversa (que possui um teste
treponêmico rápido ou laboratorial como primeiro teste da investigação);
• Aprimora as informações contidas nos fluxogramas, visando fornecer melhores
subsídios para a definição da conduta clínica;
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CONDIÇÕES CRÔNICAS E INFECÇÕES
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Finalmente, observa-se que as palavras que aparecem pela primeira vez no texto
em negrito, com a letra G sobrescrita, constam do Glossário ao final do volume.
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1 INTRODUÇÃO
A sífilis é uma infecção de caráter sistêmico, exclusiva do ser humano, causada pela
bactéria Treponema pallidum (T. pallidum), e que, quando não tratada precocemente,
pode evoluir para uma enfermidade crônica, com sequelas irreversíveis em longo
prazo. É transmitida predominantemente por via sexual e vertical (LARSEN et al., 1995;
HORVÁTH, 2011; BRASIL, 2020). A infecção da criança pelo T. pallidum a partir da mãe
acarreta o desenvolvimento da sífilis congênita (WHO, 2016; BRASIL, 2020). Ao longo da
evolução natural da doença, ocorrem períodos de atividade, com características clínicas,
imunológicas e histopatológicas distintas, intercalados com períodos de latência,
durante os quais não se observa a presença de sinais ou sintomas (JANIER et al., 2014;
WHO, 2016).
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Fonte: CDC/Bill Schwartz, Courtesy: Public Health Image Library. Disponível em: http://www.publicdomainfiles.com/
show_file.php?id=13530410417890
Ainda não existe vacina contra a sífilis, e a infecção pela bactéria causadora não
confere imunidade protetora. Isso significa que as pessoas poderão ser infectadas
tantas vezes quantas forem expostas ao T. pallidum (MCINTOSH, 2020).
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DA SÍFILIS
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MANUAL TÉCNICO PARA O
DIAGNÓSTICO
DA SÍFILIS
2 TESTES DIAGNÓSTICOS
Como opções de metodologias para realização dos exames diretos, podem-se citar:
• Microscopia de campo escuro;
• Microscopia com material corado;
• Imunofluorescência direta;
• Ampliação de ácidos nucleicos (NAAT).
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O uso de NAAT em biópsia de lesões pode ter sua sensibilidade reduzida (26%-
75%) quando comparado ao seu uso em investigação de exsudato de lesões. Essa perda
de sensibilidade pode estar associada ao processo de fixação com formalina, capaz de
induzir a degradação e inibição do material genético. Os estudos que utilizaram NAAT
em amostras de líquor têm demonstrado sensibilidade variável do método (50%-
77%). Já as amostras de sangue total, soro e plasma analisadas com NAAT são as que
evidenciam a pior sensibilidade da técnica (0-62%) (THEEL; KATZ; PILLAY, 2020)
São os testes mais utilizados na prática clínica para auxiliar na investigação da sífilis.
Detectam anticorposG em amostras de sangue total, soro ou plasma, produzidos pelo
organismo contra a infecção.
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DIAGNÓSTICO
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de dez dias do aparecimento da lesão primária da sífilis (cancro duro) (JANIER et al.,
2014; WHO, 2016).
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2.2.1.3
Teste imunológico com revelação quimiluminescente e suas
derivações
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Parâmetro Valor
Sensibilidade 94,5%
Especificidade 93,0%
Fonte: DCCI/SVS/MS.
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1
Avaliações
2
periódicas dos
Ferramenta de
testes registradoss
capacitação à
no paísa
distância do
Ministério da
Saúdeb
Monitoramento
da qualidade
dos resultados
dos testes
rápidos de sífilis
4
Monitoramento
de intercorrências 3
com testes Programa de
fornecidos pelo Avaliação Externa
A
Ministério da da Qualidade para
d
Saúde Testes Rápidosc
De forma geral, resultados falsos nos testes treponêmicos podem ocorrer sempre
que as instruções de transporte, armazenamento e uso de um teste não forem
rigorosamente seguidas pelos profissionais dos serviços de coleta das amostras e/ou de
execução dos testes.
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MANUAL TÉCNICO PARA O
DIAGNÓSTICO
DA SÍFILIS
No que tange aos resultados falso-não reagentesG, pode-se citar o efeito “hook”
(do inglês “gancho”). Esse nome se dá devido ao formato da curva do gráfico de “sinal
de positividade” versus “concentração do analito”, aqui se tratando de anticorpos.
Quanto maior a concentração de anticorpos na amostra, maior a positividade do teste.
No entanto, quando se ultrapassa o equilíbrio entre a concentração de anticorpos da
amostra e os reagentes, esse sinal de positividade decai, ao invés de aumentar, podendo
ocasionar resultados falso-reagentes. Em testes treponêmicos, esse evento é mais raro,
embora passível de acontecer em alguns casos. No caso dos testes não treponêmicos,
tal fenômeno também é denominado de prozona, e será abordado mais adiante
(SCHIETTECATTE; ANCKAERT; SMITZ, 2012; ZHANG, 2014).
Sendo assim, para os casos em que os testes rápidos treponêmicos resultam não
reagentes apesar da presença de relevantes evidências clínico-epidemiológicas de sífilis,
recomenda-se coletar uma amostra venosa para investigação laboratorial de possível
efeito hook. Portanto, na suspeita de sífilis, na presença de resultados com títulos elevados
nos testes não treponêmicos e em caso de resultado não reagente de teste treponêmico –
geralmente próximo ao valor de ponto de corte (cut off) em imunoensaiosG –, a amostra
deve ser diluída a 1:8 e submetida novamente ao mesmo teste treponêmico.
São testes amplamente utilizados nos laboratórios; têm baixo custo e caracterizam-
se por apresentar resultados semiquantitativos, pois, nos casos de resultados
reagentes, realiza-se a diluição da amostra para titulação desses anticorpos e emissão
do resultado. São utilizados para auxiliar no diagnóstico (como primeiro teste ou teste
complementar), para o monitoramento da resposta ao tratamento e para o controle
de cura (BRASIL, 2020; LARSEN; STEINER; RUDOLPH, 1995; WORKOWSKI; BOLAN, 2015).
• O RPR (do inglês Rapid Plasmatic Reagin), o USR (do inglês Unheated
Serum Reagin) e o TRUST (do inglês Toluidine Red Unheated Serum Test) são
modificações do VDRL que visam aumentar a estabilidade da suspensão
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Características Testes
Tipos de amostras que podem ser utilizadas VDRL RPR USR TRUST
Líquido cefalorraquidiano Sim Não Não Não
Plasma Não Sim Não Sim
Soro Sim Sim Sim Sim
Características dos testes VDRL RPR USR TRUST
Exige inativação da amostraG? Sim Não Não Não
Antígeno pronto para uso? Não Sim Sim Sim
Exige leitura em microscópio? Sim Não Sim Não
Permite leitura a olho nu? Não Sim Não Sim
Estabilidade da suspensão antigênica 8 horas Meses Meses Meses
Fonte: modificado de Larsen et al., 1998.
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4 tulos
Títulos 2 tulos
Diluições
1 diluição
2 diluições
Fonte: DCCI/SVS/MS.
Nota: afirmar que a titulação da amostra diminui em duas diluições (de 1:64 para 1:16) é equivalente a afirmar que
o título da amostra caiu quatro vezes. Isso porque a amostra é diluída em um fator 2; logo, uma diluição equivale a
dois títulos.
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De forma geral, resultados falsos nos testes não treponêmicos podem ocorrer
sempre que as instruções de transporte, armazenamento e uso de um teste não forem
rigorosamente seguidas pelos profissionais dos serviços de coleta das amostras e/ou de
execução dos testes.
• Resultados falso-reagentes
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Quadro 2 – Situações que podem gerar resultados falso-reagentes nos testes não
treponêmicos
Situações que podem gerar resultados Situações que podem gerar resultados
falso-reagentes transitórios falso-reagentes permanentes
• Falso-não reagentes
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3 DIAGNÓSTICO DA SÍFILIS
Os testes diagnósticos para sífilis podem ser utilizados para o rastreio de pessoas
assintomáticas ou para a investigação de pessoas sintomáticas.
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Com a evolução da infecção não tratada para sífilis secundária, os testes que
detectam anticorpos passam a apresentar alta positividade, com detecção de elevados
títulos de anticorpos não treponêmicos. Nessa fase, também é possível realizar exames
diretos nas lesões características na pele e mucosas disseminadas. Após o tratamento
da sífilis secundária, os testes treponêmicos, na maioria dos casos, permanecem
reagentes por toda a vida do usuário, a chamada cicatriz sorológica (WHO, 2016), e os
testes não treponêmicos podem ter comportamento variável. Em alguns indivíduos
tornam-se não reagentes, e em outros permanecem indefinidamente reagentes em
baixos títulos (também cicatriz sorológica).
Após o período de latência, que pode durar até 40 anos em alguns casos, a infecção
evolui para sífilis terciária, na qual os testes que detectam anticorpos treponêmicos
possuem alta sensibilidade; porém, assim como na fase latente, observa-se uma
diminuição da sensibilidade dos testes não treponêmicos (BRASIL, 2020).
Além disso, como a sífilis terciária também acomete órgãos internos, o diagnóstico,
sempre que possível, deve-se basear em resultados de testes complementares,
conforme solicitação médica (BRASIL, 2020).
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• A sífilis tratada e curada não confere imunidade; portanto, uma pessoa pode
contrair a infecção tantas vezes quantas for exposta a T. pallidum.
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Amostra
Não
Resultado Realizar teste
Não
reagente? treponêmicod
Amostra não reagente Amostra reagente para
para ancorpos não ancorpos não
Sim Resultado
treponêmicos treponêmicos com tulo
reagente?
Não
e não reagente para
Amostra reagente para ancorpos treponêmicosf
ancorpos não Sim
treponêmicos com
tulo e para ancorpos
treponêmicosc Amostra reagente para ancorpos
não treponêmicos com tulo e para
ancorpos treponêmicose
Fonte: DCCI/SVS/MS.
a
A amostra deve ser testada pura e diluída para eliminar a possibilidade do fenômeno prozona.
b
A amostra deve ser diluída em fator 2 e submetida ao teste não treponêmico novamente. O resultado deverá ser
fornecido em valor de títulos (ex.: 2, 4, 8, ..., 128) ou da última diluição (ex.: 1:2, 1:4, 1:8, ..., 1:128) que apresentou
reatividade.
c
A detecção de anticorpos não treponêmicos e treponêmicos é sugestiva de sífilis ativa.
d
Teste treponêmico com metodologia diferente do teste treponêmico já empregado no fluxograma como segundo
teste. Se um terceiro teste não estiver disponível, liberar resultados de cada teste individualmente para avaliação e
conduta clínica.
e
A detecção de anticorpos não treponêmicos e treponêmicos é sugestiva de sífilis ativa. Provável resultado falso-não
reagente no primeiro teste treponêmico realizado.
f
Provável resultado falso-reagente para sífilis no teste não treponêmico. Avaliar outras condições clínicas que podem
gerar resultados reagentes nos testes não treponêmicos.
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4.2.2 Laudo
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Amostra
Realizar teste
treponêmico
(rápido ou laboratorial)
Não
Resultado Realizar teste
Não
reagente? treponêmicod
Reavidade inicial para
Amostra não reagente ancorpos
para ancorpos treponêmicos não
Simb
treponêmicos Resultado
Não confirmada e amostra
reagente?
não reagente para
Amostra reagente para ancorpos não
ancorpos treponêmicos Sim treponêmicosf
e para ancorpos não
treponêmicos com tuloc
Amostra reagente para ancorpos
treponêmicos e não reagente para
ancorpos não treponêmicose
Fonte: DCCI/SVS/MS.
a
A amostra deve ser testada pura e diluída para eliminar a possibilidade do fenômeno prozona.
b
A amostra deve ser diluída em fator 2 e submetida ao teste não treponêmico novamente. O resultado deverá ser
fornecido em valor de títulos (ex.: 2, 4, 8, ..., 128) ou da última diluição (ex: 1:2, 1:4, 1:8, ..., 1:128) que apresentou
reatividade.
c
A detecção de anticorpos treponêmicos e não treponêmicos é sugestiva de sífilis ativa.
d
Teste treponêmico com metodologia diferente do teste treponêmico já empregado no fluxograma como primeiro teste.
Se não disponível, liberar resultados de cada teste individualmente para avaliação e conduta clínica.
e
A detecção somente de anticorpos treponêmicos é sugestiva de sífilis recente ou cicatriz sorológica. Avaliar exposição
de risco, sinais e sintomas e histórico de tratamento de sífilis para definição de conduta clínica.
f
A ausência de detecção de anticorpos não treponêmicos e a não confirmação de reatividade de anticorpos
treponêmicos é sugestiva de ausência de sífilis. Provável ocorrência de resultado falso-reagente no primeiro teste
treponêmico realizado.
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4.3.2 Laudo
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Poucos dias após a infecção pelo T. pallidum, a bactéria migra para o sistema nervoso,
desencadeando a neurossífilis, que pode ocorrer em qualquer estágio do curso natural
da doença não tratada, e não somente na sífilis terciária (HOOK, 2016; WORKOWSKI;
BOLAN, 2015).
Idade
Parâmetro
Recém-nascido Indivíduos maiores que 28 dias
Leucócitos* >25 células/mm3 >5 células/mm3
Proteínas >150mg/dL >40mg/dL
Fonte: adaptado de Brasil, 2020.
* O aumento linfomonocitário é o mais comum.
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Apesar de ser raro encontrar pacientes com neurossífilis que não apresentem
pleocitose, alguns casos poderão ter um número normal de células mononucleares
no LCR (especialmente na neurossífilis parenquimatosa: tabes dorsalis, paresia geral)
e um nível de proteínas também normal. Mesmo com a limitação de sensibilidade e
especificidade da dosagem de proteínas, o acompanhamento desse parâmetro é
importante para o monitoramento pós-tratamento (BRASIL, 2020; JANIER et al., 2020).
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Toda gestante deve ser testada duas vezes para sífilis durante o pré-natal, a primeira
no primeiro trimestre de gravidez e a segunda no terceiro trimestre. A parceria sexual
também deve ser testada, conforme indicações do pré-natal do parceiro. Além disso, a
realização da investigação de sífilis, imediatamente após a internação para o parto na
maternidade, ou em caso de abortamento, também é obrigatória.
No teste não treponêmico, um título maior que o materno em pelo menos duas
diluições (ex.: materno 1:4, RN maior ou igual a 1:16) é indicativo de infecção congênita. A
criança deverá ser tratada conforme o PCDT IST (BRASIL, 2020) e o PCDT para Prevenção
da Transmissão Vertical de HIV, Sífilis e Hepatites Virais (BRASIL, 2019a), e os testes no
seguimento deverão ser realizados com 1, 3, 6, 12 e 18 meses de idade. O seguimento
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laboratorial poderá ser interrompido após dois testes não reagentes consecutivos ou
queda do título em duas diluições.
Crianças com sífilis congênita devem realizar outros exames adicionais, de acordo
com os PCDT IST e de Transmissão Vertical (BRASIL, 2020, 2019a). Dentre esses exames,
destaca-se a análise de líquor, considerando-se os critérios de diagnóstico de neurossífilis,
conforme mencionado anteriormente.
No que diz respeito aos testes treponêmicos, não há correlação entre a titulação dos
resultados dos testes treponêmicos do RN e da mãe que possa sugerir sífilis congênita.
Dessa forma, não se recomenda a realização do teste treponêmico no bebê até os 18
meses de idade, pois o resultado da testagem não terá utilidade para a definição do
diagnóstico (BRASIL, 2020; SINGH et al., 2013).
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REFERÊNCIAS
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APÊNDICES
Fonte: CDC/Bill Schwartz, courtesy: Public Health Image Library. Disponível em: http://www.publicdomainfiles.com/
show_file.php?id=13539898818059
1
LARSEN, Sandra A.; STEINER, Bret M.; RUDOLPH, Andrew H. Laboratory Diagnosis and Interpretation of Tests for Syphilis.
Clinical Microbiology Reviews, [s. l.], v. 8, n. 1, p.1-21, 1995.
2 WORLD HEALTH ORGANIZATION). Diagnóstico laboratorial de doenças sexualmente transmissíveis, incluindo o
vírus da imunodeficiência humana. Geneva: WHO, 2013. p. 175-188. cap. 15. Disponível em: https://www.who.int/
reproductivehealth/publications/rtis/9789241505840/pt/. Acesso em: 24 set. 2021.
3 JEPSEN, O. B.; HOUGEN, K. H.; BIRCH-ANDERSEN, A. Electron microscopy of Treponema pallidum Nichols. Acta pathologica
et microbiologica Scandinavica, [s. l.], v. 74, n. 2, p. 241-258, 1968.
4 HORVATH, Attila. Biology and natural history of syphilis. In: GROSS, G.; TYRING, S. K. (ed.). Sexually transmitted
infections and sexually transmitted diseases. [S. l.]: Springer, 2011. p. 129-141.
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A amostra para esse exame deve ser coletada da mesma maneira que a amostra
para o exame direto a fresco. Os métodos disponíveis são:
Testes treponêmicos
Testes específicos para detecção de anticorpos anti-T. pallidum do tipo IgM: são
versões modificadas do FTA-Abs (FTA-IgM) e de imunoensaios em linha que detectam
somente IgM, sendo utilizados para a detecção de IgM específico anti-T. pallidum.
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DA SÍFILIS
5
WORLD HEALTH ORGANIZATION. Diagnóstico laboratorial de doenças sexualmente transmissíveis, incluindo o
vírus da imunodeficiência humana. Geneva: WHO, 2013. p. 175-188. cap. 15. Disponível em: https://www.who.int/
reproductivehealth/publications/rtis/9789241505840/pt/. Acesso em: 24 set. 2021.
6
WORLD HEALTH ORGANIZATION. Dual HIV/syphilis rapid diagnostic tests can be used as the first test in antenatal
care. Policy brief. Geneva: WHO, nov. 2019. p. 4. Disponível em: https://www.who.int/publications/i/item/WHO-CDS-HIV-19.38.
Acesso em: 24 set. 2021.
55
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Telelab
Como uma das ferramentas para assegurar a qualidade da execução dos testes
rápidos no SUS, o MS conta com o Programa de Avaliação Externa da Qualidade para
Testes Rápidos (AEQ-TR) (http://qualitr.paginas.ufsc.br). O AEQ-TR é uma ferramenta
de gestão com foco educacional, não punitivo, não obrigatório e gratuito, utilizado
para monitorar a qualidade dos resultados da testagem rápida, permitindo que cada
profissional integrante da rede de atenção à saúde avalie seu desempenho perante a
execução de testes rápidos no diagnóstico das infecções sexualmente transmissíveis.
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MANUAL TÉCNICO PARA O
DIAGNÓSTICO
DA SÍFILIS
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MINISTÉRIO DA SAÚDE
DEPARTAMENTO DE DOENÇAS DE
CONDIÇÕES CRÔNICAS E INFECÇÕES
SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS
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MANUAL TÉCNICO PARA O
DIAGNÓSTICO
DA SÍFILIS
Modelo de laudo para Fluxograma 1 (Abordagem clássica) com primeiro teste não
reagente:
Identificação do Laboratório/Serviço de Saúde
Endereço e telefone
Nº de registro do Laboratório Clínico/Serviço de Saúde no respectivo conselho de
classe profissional
Nome do Responsável Técnico – Nº Registro Conselho Profissional
Observações:
(assinatura)
Nome do Responsável – Nº do Conselho Profissional
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MINISTÉRIO DA SAÚDE
DEPARTAMENTO DE DOENÇAS DE
CONDIÇÕES CRÔNICAS E INFECÇÕES
SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS
Modelo de laudo para Fluxograma 1 (Abordagem clássica) com primeiro e segundo testes
reagentes:
Identificação do Laboratório/Serviço de Saúde
Endereço e telefone
Nº de registro do Laboratório Clínico/Serviço de Saúde no respectivo conselho de
classe profissional
Nome do Responsável Técnico – Nº Registro Conselho Profissional
Teste Treponêmico
Amostra: ________________ (ex.: sangue total/soro/plasma)
Método: _________________(ex.: imunocromatografia, quimiluminscência, ELISA, TPHA)
Fabricante do insumo: ___________________
Resultado: Reagente
Observações:
(assinatura)
Nome do Responsável – Nº do Conselho Profissional
60
MANUAL TÉCNICO PARA O
DIAGNÓSTICO
DA SÍFILIS
Modelo de laudo para Fluxograma 1 (Abordagem clássica) com primeiro e segundo testes
discordantes e terceiro teste reagente:
Identificação do Laboratório/Serviço de Saúde
Endereço e telefone
Nº de registro do Laboratório Clínico/Serviço de Saúde no respectivo conselho de
classe profissional
Nome do Responsável Técnico – Nº Registro Conselho Profissional
Teste Treponêmico
Amostra: ________________ (ex.: sangue total/soro/plasma)
Método: _________________(ex.: imunocromatografia, quimiluminscência, ELISA, TPHA)
Fabricante do insumo: ___________________
Resultado: Não Reagente
Observações:
• Resultado obtido conforme estabelecido pela Portaria nº 2.012, de 19 de outubro de
2016.
• Provável ocorrência de resultado falso não reagente no teste treponêmico ________.
Importante associar o resultado da testagem a informações clínico-epidemiológicas
para avaliar ocorrência de sífilis ativa ou cicatriz sorológica.
(assinatura)
Nome do Responsável – Nº do Conselho Profissional
61
MINISTÉRIO DA SAÚDE
DEPARTAMENTO DE DOENÇAS DE
CONDIÇÕES CRÔNICAS E INFECÇÕES
SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS
Modelo de laudo para Fluxograma 1 (Abordagem clássica) com primeiro e segundo testes
discordantes e terceiro teste não reagente:
Identificação do Laboratório/Serviço de Saúde
Endereço e telefone
Nº de registro do Laboratório Clínico/Serviço de Saúde no respectivo conselho de
classe profissional
Nome do Responsável Técnico – Nº Registro Conselho Profissional
Teste Treponêmico
Amostra: ________________ (ex.: sangue total/soro/plasma)
Método: _________________(ex.: imunocromatografia, quimiluminscência, ELISA, TPHA)
Fabricante do insumo: ___________________
Resultado: Não Reagente
Teste Não Treponêmico
Amostra: ________________ (ex.: sangue total/soro/plasma)
Método: _________________(ex.: imunocromatografia, quimiluminscência, ELISA, TPHA)
Fabricante do insumo: ___________________
Resultado: Não Reagente
Observações:
• Resultado obtido conforme estabelecido pela Portaria nº 2.012, de 19 de outubro de
2016.
• Persistindo a suspeita de sífilis, uma amostra deverá ser coletada após 30 dias e
submetida a uma nova testagem.
• Provável ocorrência de resultado falso-reagente no teste não treponêmico para
sífilis. Estima-se que em 0,2% a 0,8% dos casos resultados reagentes para os testes
não treponêmicos podem estar associados a outras condições clínicas, transitórios
ou permanentes, as quais estão descritas no Manual Técnico para o Diagnóstico da
Sífilis, do Ministério da Saúde.
(assinatura)
Nome do Responsável – Nº do Conselho Profissional
62
MANUAL TÉCNICO PARA O
DIAGNÓSTICO
DA SÍFILIS
Modelo de laudo para Fluxograma 1 (Abordagem clássica) com primeiro e segundo testes
discordantes e terceiro teste não disponível
Identificação do Laboratório/Serviço de Saúde
Endereço e telefone
Nº de registro do Laboratório Clínico/Serviço de Saúde no respectivo conselho de
classe profissional
Nome do Responsável Técnico – Nº Registro Conselho Profissional
Teste Treponêmico
Amostra: ________________ (ex.: sangue total/soro/plasma)
Método: _________________(ex.: imunocromatografia, quimiluminscência, ELISA, TPHA)
Fabricante do insumo: ___________________
Resultado: Não Reagente
Observações:
• Resultado obtido conforme estabelecido pela Portaria nº 2.012, de 19 de outubro de
2016.
• Ausência de metodologia diferente do teste treponêmico utilizado para conclusão
do Fluxograma 1 do Manual Técnico para o Diagnóstico da Sífilis, do Ministério da
Saúde. Avaliar exposição de risco, sinais e sintomas e histórico de tratamento para
definição de conduta.
(assinatura)
Nome do Responsável – Nº do Conselho Profissional
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MINISTÉRIO DA SAÚDE
DEPARTAMENTO DE DOENÇAS DE
CONDIÇÕES CRÔNICAS E INFECÇÕES
SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS
Modelo de laudo para Fluxograma 2 (Abordagem reversa) com primeiro teste não
reagente:
Identificação do Laboratório/Serviço de Saúde
Endereço e telefone
Nº de registro do Laboratório Clínico/Serviço de Saúde no respectivo conselho de
classe profissional
Nome do Responsável Técnico – Nº Registro Conselho Profissional
Teste Treponêmico
Amostra: ____________________ (ex.: soro/plasma)
Método: ____________________ (ex.: VDRL, RPR, USR, TRUST)
Fabricante do insumo: ___________________
Resultado: Não Reagente
Observações:
(assinatura)
Nome do Responsável – Nº do Conselho Profissional
64
MANUAL TÉCNICO PARA O
DIAGNÓSTICO
DA SÍFILIS
Modelo de laudo para Fluxograma 2 (Abordagem reversa) com primeiro e segundo testes
reagentes:
Identificação do Laboratório/Serviço de Saúde
Endereço e telefone
Nº de registro do Laboratório Clínico/Serviço de Saúde no respectivo conselho de
classe profissional
Nome do Responsável Técnico – Nº Registro Conselho Profissional
Nome social: _________________________ Nº registro: _____________
Nome civil: __________________________
Data de nascimento: __/__/____ Sexo: ____________
Unidade solicitante: ___________________ Município/UF: _________/____
Profissional solicitante: ________________ Nº Registro Conselho: _________
Profissional/UF: _________/____
Data da coleta: __/__/____ Data da emissão do laudo: __/__/____
Teste Treponêmico
Amostra: _________________ (ex.: sangue total/soro/plasma)
Método: _________________(ex.: imunocromatografia, quimiluminscência, ELISA, TPHA)
Fabricante do insumo: ___________________
Resultado: Reagente
Observações:
(assinatura)
Nome do Responsável – Nº do Conselho Profissional
65
MINISTÉRIO DA SAÚDE
DEPARTAMENTO DE DOENÇAS DE
CONDIÇÕES CRÔNICAS E INFECÇÕES
SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS
Modelo de laudo para Fluxograma 2 (Abordagem reversa) com primeiro e segundo testes
discordantes e terceiro teste reagente:
Identificação do Laboratório/Serviço de Saúde
Endereço e telefone
Nº de registro do Laboratório Clínico/Serviço de Saúde no respectivo conselho de
classe profissional
Nome do Responsável Técnico – Nº Registro Conselho Profissional
Teste Treponêmico
Amostra: _________________ (ex.: sangue total/soro/plasma)
Método: _________________(ex.: imunocromatografia, quimiluminscência, ELISA, TPHA)
Fabricante do insumo: ___________________
Resultado: Reagente
Teste Treponêmico
Amostra: _________________ (ex.: sangue total/soro/plasma)
Método: _________________(ex.: imunocromatografia, quimiluminscência, ELISA, TPHA)
Fabricante do insumo: ___________________
Resultado: Reagente
Observações:
• Resultado obtido conforme estabelecido pela Portaria nº 2.012, de 19 de outubro de
2016.
• A não detecção de anticorpos pelo teste não treponêmico pode significar infecção
muito recente ou presença de cicatriz sorológica pós-tratamento. Avaliar exposição
de risco, sinais e sintomas e histórico de tratamento de sífilis para definição de
conduta clínica.
(assinatura)
Nome do Responsável – Nº do Conselho Profissional
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MANUAL TÉCNICO PARA O
DIAGNÓSTICO
DA SÍFILIS
Modelo de laudo para Fluxograma 2 (Abordagem reversa) com primeiro e segundo testes
discordantes e terceiro teste não reagente:
Identificação do Laboratório/Serviço de Saúde
Endereço e telefone
Nº de registro do Laboratório Clínico/Serviço de Saúde no respectivo conselho de
classe profissional
Nome do Responsável Técnico – Nº Registro Conselho Profissional
Nome social: _________________________ Nº registro: _____________
Nome civil: __________________________
Data de nascimento: __/__/____ Sexo: ____________
Unidade solicitante: ___________________ Município/UF: _________/____
Profissional solicitante: ________________ Nº Registro Conselho: _________
Profissional/UF: _________/____
Data da coleta: __/__/____ Data da emissão do laudo: __/__/____
Teste Treponêmico
Amostra: _________________ (ex.: sangue total/soro/plasma)
Método: _________________(ex.: imunocromatografia, quimiluminscência, ELISA, TPHA)
Fabricante do insumo: ___________________
Resultado: Reagente
Teste Treponêmico
Amostra: _________________ (ex.: sangue total/soro/plasma)
Método: _________________(ex.: imunocromatografia, quimiluminscência, ELISA, TPHA)
Fabricante do insumo: ___________________
Resultado: Não Reagente
Observações:
• Resultado obtido conforme estabelecido pela Portaria nº 2.012, de 19 de outubro de
2016.
• Persistindo a suspeita de sífilis, uma amostra deverá ser coletada após 30 dias e
submetida a uma nova testagem.
• Provável ocorrência de resultado falso-reagente no teste treponêmico utilizado
como primeiro teste, sugestiva ausência de sífilis.
(assinatura)
Nome do Responsável – Nº do Conselho Profissional
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MINISTÉRIO DA SAÚDE
DEPARTAMENTO DE DOENÇAS DE
CONDIÇÕES CRÔNICAS E INFECÇÕES
SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS
Modelo de laudo para Fluxograma 2 (Abordagem reversa) com primeiro e segundo testes
discordantes e terceiro teste não disponível
Identificação do Laboratório/Serviço de Saúde
Endereço e telefone
Nº de registro do Laboratório Clínico/Serviço de Saúde no respectivo conselho de
classe profissional
Nome do Responsável Técnico – Nº Registro Conselho Profissional
Nome social: _________________________ Nº registro: _____________
Nome civil: __________________________
Data de nascimento: __/__/____ Sexo: ____________
Unidade solicitante: ___________________ Município/UF: _________/____
Profissional solicitante: ________________ Nº Registro Conselho: _________
Profissional/UF: _________/____
Data da coleta: __/__/____ Data da emissão do laudo: __/__/____
Teste Treponêmico
Amostra: _________________ (ex.: sangue total/soro/plasma)
Método: _________________(ex.: imunocromatografia, quimiluminscência, ELISA, TPHA)
Fabricante do insumo: ___________________
Resultado: Reagente
Observações:
(assinatura)
Nome do Responsável – Nº do Conselho Profissional
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MANUAL TÉCNICO PARA O
DIAGNÓSTICO
DA SÍFILIS
GLOSSÁRIO
(Todas as palavras presentes neste Glossário aparecem pela primeira vez no texto em
negrito, com a letra G sobrescrita).
Amostra biológica ou amostra do paciente: porção de fluido corporal, células ou
tecido retirado de um indivíduo para exame, estudo ou análise.
Anticorpo: proteína (imunoglobulina) produzida por linfócitos B, que se liga
especificamente a uma substância reconhecida como estranha pelo organismo.
Antígeno: qualquer substância ou material que possa estimular a produção de
anticorpos em um organismo.
Cancro duro ou cancro primário: lesão primária da sífilis, que ocorre aproximadamente
três semanas após a infecção pelo Treponema pallidum.
Cicatriz ou memória sorológica: caracteriza-se pela persistência de resultados
reagentes nos testes treponêmicos e/ou reagentes com baixa titulação nos testes não
treponêmicos após o tratamento correto para sífilis, sem que isso indique infecção.
Colagenoses: doenças autoimunes, inflamatórias e degenerativas do tecido conjuntivo.
Doença de Lyme: causada pelas bactérias Borrelia burgdorferi e, mais raramente,
Borrelia mayonii. É transmitida por meio da picada de carrapatos infectados e causa, em
humanos, sintomas como febre, dor de cabeça, fadiga e eritema migrans. Se não for
tratada, a infecção pode se espalhar para as articulações, o coração e o sistema nervoso.
Especificidade clínica ou especificidade diagnóstica: capacidade de um ensaio de
apresentar resultado negativo ou não reagente quando o indivíduo não apresenta uma
determinada doença ou desordem clínica.
Espiroquetas: bactérias de forma helicoidal que tendem a apresentar um movimento
ondulante semelhante ao de uma hélice.
Exames diretos: testes que detectam o patógeno em uma amostra biológica.
Falso-não reagente: resultado negativo ou não reagente obtido em um teste para uma
doença ou condição na realidade presente.
Falso-reagente: resultado positivo ou reagente obtido em um teste para uma doença
ou condição na realidade ausente.
Imunoensaio: método que detecta a presença de um complexo antígeno-anticorpo
em uma amostra biológica.
Inativação da amostra: método que consiste em submeter a amostra a banho-maria,
a 56°C, por 30 minutos.
Sensibilidade clínica ou sensibilidade diagnóstica: capacidade de um ensaio
de apresentar resultado positivo ou reagente quando o indivíduo apresenta uma
determinada doença ou desordem clínica.
Síndrome da imunodeficiência adquirida (aids): síndrome clínica caracterizada por
graus de imunodepressão variáveis, decorrente da infecção pelo HIV. A definição clínica
de início da aids é o aparecimento de infecções oportunistas e/ou neoplasias. Desde
1993, a aids também pode ser definida por critério laboratorial, utilizando a contagem
de linfócitos T-CD4+.
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DEPARTAMENTO DE DOENÇAS DE
CONDIÇÕES CRÔNICAS E INFECÇÕES
SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS
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Biblioteca Virtual em Saúde do Ministério da Saúde
bvsms.saude.gov.br