100% acharam este documento útil (3 votos)
726 visualizações

Peneira Vibratoria

1) O documento discute o desenvolvimento de peneiras vibratórias multi-inclinações modulares. 2) Esse tipo de peneira permite variar parâmetros como inclinação, rotação e amplitude em cada módulo. 3) Isso otimiza a classificação e aumenta a eficiência em comparação com peneiras de inclinação única.

Enviado por

Paulo Venuto
Direitos autorais
© © All Rights Reserved
Formatos disponíveis
Baixe no formato PDF, TXT ou leia on-line no Scribd
100% acharam este documento útil (3 votos)
726 visualizações

Peneira Vibratoria

1) O documento discute o desenvolvimento de peneiras vibratórias multi-inclinações modulares. 2) Esse tipo de peneira permite variar parâmetros como inclinação, rotação e amplitude em cada módulo. 3) Isso otimiza a classificação e aumenta a eficiência em comparação com peneiras de inclinação única.

Enviado por

Paulo Venuto
Direitos autorais
© © All Rights Reserved
Formatos disponíveis
Baixe no formato PDF, TXT ou leia on-line no Scribd
Você está na página 1/ 37

PENEIRA VIBRATÓRIA MULTI- INCLINAÇÕES / MODULARES

(MULTI SLOP ) C/ MECANISMO LATERAL.


By Zamboni

1. INTRODUÇÃO

A meu ver as peneiras vibratórias tem sido um dos equipamentos que menos
apresentou avanços tecnológicos nos últimos anos. Uma das últimas novidades que se tem
ouvido falar foi o Mogensen Sizer, peneira de classificação estatística, e isto ocorreram há
algumas dezenas de anos, e atualmente as peneira de alfa frequência onde somente os
quadros se movimentam.
As peneiras vibratórias em operação no mundo de um modo geral seguem, em quase a
sua totalidade, a dois padrões de movimento, vibração, o movimento circular e movimento
linear.
A grande maioria de peneiras vibratórias utiliza o movimento circular. A conclusão mais
precipitada seria que o movimento circular é mais adequado para o peneiramento.
O fato é que a utilização do movimento circular éra mais simples de obter e de custo
mais baixo, o que tem sido o único fato a sua popularidade.

1
Mas na verdade, é o movimento linear, o mais indicado em peneiramento vibratório, a
estratificação com esse tipo de movimento é muito melhor, superior em relação ao
movimento circular.
Este padrão de vibração aumenta a capacidade de passagem na tela. Também permite
melhorar a eficiência de peneiramento, é ideal para as peneiras de inclinação variável, por
exemplo, nas peneiras Banana, pois na parte final têm-se pequenas inclinações, o que
significa redução de velocidade e com o movimento linear temos aprimoramento de
qualidade de classificação.
A vibração linear também é adequada na aplicação de lavagem e desaguamento, onde a
vibração circular não é recomendada. Também se pode utilizar a vibração linear nas peneiras
horizontais e inclinadas.

 Mais capacidade.
 Mais eficiência na retirada de
finos.
 Aplicação universal
 Aplicação universal.
 Adequado para peneiras
multislope.
 Indispensável na aplicação via
úmida.
 Maior vida das telas.
 Funcional para todas as
inclinações.

 Mais fácil de obter


 Menor custo
 Melhor classificação do tamanho
próximo à abertura da tela.
 Funciona apenas para inclinações
maiores de 15 graus.

2. CONCEITOS DE PENEIRAS COMBINADAS ( MODULARES ).

As peneiras, de uns dez anos atrás, eram grandes equipamentos vibratorios, grandes
estruturas vibratórias, com grandes mecanismos, uma única amplitude, uma única inclinação,
grandes molas, enfim......
Lembro-me de ter projetado grandes monstros vibratórios, tanto qto alimentadores
como peneiras, na época de Svedalla / FAÇO, peneiras e alimentadores para mineração como
por exemplo 10´x24´/3D, com grandes mecanismos de engrenagem e molas para tudo,
quando é lado.
A peneira / alimentador em vez de ser uma única máquina, uma única estrutura
gigantesca, o ideal é a combinação de várias máquinas menores em arranjos diversos a fim
de obter a melhor produtividade de classificação.

2
A cada módulo pode-se variar o tipo de tela, inclinação da máquina, rotação,
amplitude e aceleração e ate mesmo a estrutura do equipamento, menos pesada e robusta.
Há inúmeros tipos de combinação de peneiras veja mais abaixo os tipos mais usuais:

3. APLICAÇÃO POR TIPO DE EQUIPAMENTO, TAMANHO ALIMENTAÇÃO E TELA

As peneiras modulares de movimento linear pode ser utilizada para classificar qualquer
material a granel, considerado adequado para peneiramento. Material considerado adequado
para peneiramento é aquele que pode ser separado mediante o uso de vibração mecânica.
Alguns materiais são inadequados para separação por peneiramento (por exemplo,
bauxita argilosa), todavia, podem ser transformados em materiais adequados por meio de
processos adicionais como lavagem, secagem ou outros. No caso da bauxita argilosa, a
transformação em material passível de peneiramento é usualmente obtida pelo
desagregamento e lavagem em lavadores tipo “Logwasher”.

Força G
Configuração Escalpe Classificação Lavagem Desaguamento Deslamagem
Mínima = Kv

Inclinada Sim Sim Sim Não 3.3 a 4.0

Horizontal Não Sim Sim Sim 4.5 a 7.0

Multislope Não Sim Raro Não 5

3
Abertura
Abertura
Processo de Máx. Tamanho Máx. de
Configuração Min.
Peneiramento de Telas Alimentação (mm)**
de Telas
(mm)
Multislope,
Classific. A seco 100 (150)* 20 mesh 250
inclinada
Horizontal Classific. A seco 60 3 mm 200

Classific. Úmida &


Horizontal 60 50 mesh 200
desaguamento

150 mm de abertura máxima somente para peneiras de um ou dois decks, em aplicações


previamente aprovadas.
** O tamanho máximo de alimentação é limitado por tipo de equipamento e também por tipo
de tela utilizada.

4. VANTAGEM DAS PENEIRAS COMBINADAS ( MODULARES )

 Menor Peso total dos Equipamentos consequentemente menor custo.


 Maior aceleração possibilitando o peneiramento de materiais difíceis. Sendo 6g
aceleração de projeto de peneiras de 2 decks e 5 g para peneiras de 3 decks.
 Otimização das variáveis aplicadas a cada módulo, para aumentar capacidade e
eficiência. (Amplitude, rotação, inclinação e tipo de tela)
 Possibilidade de oferecer arranjos de grande área de peneiramento.
 Maior facilidade de montagem.
 Devido ao menor peso tem-se menor consumo energético.
 Menor corrente de partida, já que esta é efetuada partindo motores 2 a 2 de baixa
potencia.
 Manutenção simples e rápida dos mecanismos, graças a dimensões e peso reduzido
dos mesmos.
 Vibradores situados nas laterais, são isolados do material peneirado, não sofrendo
contaminação ou penetração de água no peneiramento via úmido.
 Transmissão entre o vibrador e motor feita por cardan com movimento reduzido, têm
vantagens inegáveis sobre transmissão por correias “V”, e cardans vibrando juntamente
com a peneira.
 A transferência do material de um módulo para outro é mais um fator de aumento da
eficiência de peneiramento, uma vez que revolve o material dando chance para as
partículas que estão no topo da camada, a encontrar a tela. Esta característica é tanto
mais importante quanto mais alta é a camada do material.
 Espaço generoso e desimpedido entre decks .

4
5. TAMANHOS PADRÕES DAS PENEIRAS

Largura Nº. de
Inclinada Horizontal Multislope Nº. de Decks
(mm) Módulos
1200 (4 ft,) Sim Sim Não 2&3 1
1500 (5 ft.) Sim Sim Não 2&3 1
1800 (6 ft.) Sim Sim Sim 2&3 2
2100 (7 ft.) Sim Sim Sim 2&3 2
2400 (8 ft.) Sim Sim Sim 2&3 2
3000 (10 ft.) Não Sim sim 2 3

6. DIFERENÇAS

O esquema abaixo mostra a diferença de funcionamento entre a peneira vibratória de


uma única inclinação e peneira de inclinação variável.

PENEIRA TRADICIONAL
INCLINAÇÃO
CONSTANTE

PENEIRA MULTI SLOP


INCLINAÇÃO VARIÁVEL

Na peneira de inclinação constante (tradicional) a velocidade do material acima do deck


é praticamente constante, portanto, a camada de material se reduz conforme o material de
granulometria menor que a abertura da tela vai passando pela mesma.
O peneiramento ocorre principalmente na seção B (central) da peneira, onde o material
já se estratificou na camada. Na seção A a camada é muito alta, e portanto o material menor
que a abertura da tela tem poucas possibilidades de chegar a tela. Na seção C apesar da
camada ser relativamente pequena, a qualidade de peneiramento é prejudicado pela alta
velocidade do material.
Na peneira Multislope, existe um melhor aproveitamento da área de peneiramento, uma
vez que em cada seção há um trabalho específico de classificação e graças a variação de
velocidade a camada se mantém mais constante.

Secção Inclinação Velocidade Material Capacidade de Peneiramento Eficiência


A Alta Alta Alta Baixa
B Média Média Média Média
C Baixa Baixa Baixa Alta
5
O uso de Peneiras Multislope, possibilita em média (depende da quantidade de finos na
alimentação) capacidades acima de 30% em relação a peneiras tradicionais do mesmo
tamanho.
A abertura de telas na peneiras multislope deve ser adequada a cada seção. Na parte
mais inclinada a abertura da tela deve ser maior que utilizada nas peneiras de inclinação
constante. Já na parte menos inclinada as aberturas das telas poderão ser similares entre os
dois tipos de peneiras. Este arranjo traz como vantagem adicional, menor sensibilidade a
entupimento de telas, especialmente quando temos material fino e úmido.

7. CALCULO DA ÁREA, AMPLITUDE, FORÇA G, e M.r

A área mínima de peneiramento é calculada conforme a formula a seguir

P
A= ( m2 ).
B. D. C. N .M. (H)*.F.(S)*.E

*Usar apenas um dos fatores assinalados ao mesmo tempo Only

P= taxa de alimentação (tph)


D = densidade aparente(t/m3)
C = fator de capacidade (table 1)
N = fator metade da malha (table 2)
M = fator acima da abertura (table 3)
H = fator de peneiramento úmido (table 4)
F = fator de no de deck (table 5)
S = umidade superficial (table 6
E = fator área aberta da tela (table 7)
B = fator de peneira multislope

A largura mínima da peneira é calculada por :

100 Pe
W> + 0,15 m.
30.d.v.a

Pe = taxa de alimentação que resta na descarga da tela (tph)


v = velocidade de material m/min (table 9)
d = densidade aparente t/m3
a = abertura nominal da tela (mm

Table 1 – Capacity factor C

1 0.75 0.25
Size of opening (mm) 150 125 100 75 50 25 20 15 10 7.5 5 2.5 0.5 ~32M
~16M ~24M ~60M
Factor C 100 90 75 60 46 37 33 29 22 19 12 8 5 4 3 2

6
Table 2 – Half size factor N

% feed passing half size of


0 5 10 15 20 25 30 35 40 45 50 55 60 65 70 75 80 85 90
hole
Factor N 0,40 0,45 0,50 0,55 0,60 0,70 0,80 0,90 1,0 1,1 1,2 1,3 1,4 1,5 1,6 1,7 1,8 1,9 2,0

Table 3 – Oversize factor M

% oversize to t
0 5 10 15 20 25 30 35 40 45 50 55 60 65 70 75 80 85 90
opening in feed
Factor M 0,9 0,93 0,94 0,95 0,97 1,0 1,03 1,06 1,09 1,12 1,17 1,22 1,29 1,39 1,53 1,74 2,0 2,7 3,6

Table 4 – Wet screening factor H

35M to 6mm to 12mm to 25mm to 37mm 50mm to


Range of screen openings 60 M to 35M
6 mm 12mm 25mm 37mm to 50mm 75mm
Factor H 1,6 1,5 1,4 1,25 1,2 1,15 1,1

Table 5 – Deck factor F

Upper Middle Bottom


Position of Deck
(first) (second) (third)
Factor F 0,9 0,8 0,7

Table 6 – Surface moisture factor S (Dry Screening)


% of surface moisture 3% to 6% 6% to 9%
Sreen deck opening 30 to 15mm 15 to 5mm Less 5mm More 30mm 30 to 15mm 15 to 5mm Less 5mm
Factor S 0,9 0,75 0,6 0,9 0,8 0,6 0,5

Table 7 – Screening media open area factor E

% of open area for wire cloth cloth 70 65 60 55 50 45 40 35 30 25

% of open area for rubber, poly-urethene & sonic wire screen media 60 55 50 45 40 35 30 25 20 15

Factor E 1,4 1,3 1,2 1,1 1 0,9 0,8 0,7 0,6 0,5

Table 8 – Multislope screen capacity increase factor B

% of passing material in feed 40 50 60 70 80

Factor B 1,15 1,25 1,35 1,45 1,6

Table 9– Material speed v

Screen slope in degrees 0 5 10 15 20 25

Material speed in m/min 15 20 28 38 48 58

7
A vibração ocorre mediante a excitação, causada por forças centrifugas, geradas pelas rotações
das massas excêntricas, e perceba no final, que a amplitude não tem relação alguma com a rotação do
equipamento.

8
A amplitude em conjunto com a rotação confere ao equipamento vibratório uma aceleração,
( aceleração relativa a gravidade), também conhecida por alguns projetista por Kv, ou G –Força, essa
aceleração é a responsável pelo transporte do material sobre o equipamento.
Para o bom funcionamento da peneira é necessário ter uma relação certa entre a amplitude e a
rotação.

kv ( Varia entre 3 a 7, nas peneiras eficientes, um valor de Kv muito baixo, a peneira terá um
rendimento baixo, por outro lado um Kv demasiadamente auto, a peneira terá outros
problemas, por exemplo esforços dinâmicos muito alto, em caso extremo podendo causar
quebra dos mecanismos, estrago nos rolamentos ).

 Peneira inclinada: 3.3 a 4.0


 Peneira horizontal: 4.5 a 7.0
 Alimentadores: 2.0 a 5.0

Para movimento circular, vale a seguinte expressão:


W= 2 . π. f = n . 3,1416 / 30 = 0,105 . n ( rad/s ), com n = rpm

Relação amplitude - rotação:

axW2
Kv =
g
a = amplitude em ( mm )
W= 0,105 x n ( RPM )
g= 1000 x 9,81 m/s2 ( mm / s2 )

A figura abaixo mostra a relação entre Força G ( Kv ), rotação (frequência do curso) e comprimento do
do deslocamento ( Stroke = 2.a ), de alguns fabricantes de peneiras.

9
a = Amplitude é o raio, é a metade do curso do movimento vibratório nas peneiras circulares e
metade do movimento linear nas peneiras lineares. (mm)
m.r = A massa excêntrica total dos vibradores (é um dado do vibrador). ( Kg.mm)
M = Massa total da peneira. (kg)
Stroke = 2 x a (mm)

Na pratica, é desejável que a partícula do material a ser classificado se desloque em relação a tela, de
maneira que a mesma não caia mais na mesma abertura, mas também é desejável que a partícula não
voe, ultrapassando varias aberturas, ou seja tenha oportunidades perdidas de passar por essa abertura,
ai tem-se a conclusão :

MALHA MAIOR AMPLITUDE MAIOR RPM MENOR


MALHA MENOR AMPLITUDE MENOR RPM MAIOR

A tabela abaixo pode ser usada para selecionar amplitude, velocidade e inclinação para
peneiras vibratórias inclinadas.

Importante :

O aumento de 10% na rotação reduz pela metade a vida útil do rolamento.

10
A tabela abaixo pode ser usada para selecionar amplitude, velocidade para peneiras
vibratórias horizontais.

A força não depende somente do peso, veja conclusões abaixo.

A força que excita o equipamento vibratório é proporcional ao quadrado da velocidade


angular:

11
O m.r do contra peso, não depende somente da sua massa, mas sim também da distancia do
centro de rotação r, em relação CG, da massa.

Escolha do ângulo de inclinação.

A inclinação da peneira depende muito da aplicação. Quanto mais fino o material menor
pode ser a inclinação. Com material graúdo e aberturas grandes a inclinação deverá ser maior.
Por exemplo, abertura 2 mm a peneira poderá ter inclinação entre 5 e 0 graus. Já com material
de 150 mm e abertura de 100 mm as inclinações não deverão ser menores que 10 graus.
Como regra geral Inclinação maior permite melhor transporte de material, mas poderá
prejudicar a qualidade de classificação.

A influencia da inclinação é a seguinte:

MENOR ÂNGULO MELHOR EFICIÊNCIA

MAIOR ÂNGULO MAIOR CAPACIDADE

12
Às vezes é necessário experimentar um pouco a melhor inclinação da peneira.
A fim de facilitar esta tarefa o ideal é que a peneira seja equipada com suporte de mola
rotativo, conforme foto abaixo.

13
8. TELAS.

E sabido que o processo de deterioração ocorre principalmente por impacto e abrasão.

As telas confeccionadas em aço, não apresentam grande durabilidade.


Entopem-se facilmente, por não terem flexibilidade.
Confecção complicada, a conformação muito difícil por conta da alta
resistência do aço.
Oferece o melhor custo beneficio.

POR UTILIZAR TELAS DE POLIURETANO OU BORRACHA?

 BAIXO ATRITO
POLIURETANO  LUBRIFICA- SE COM AGUA
 MATERIAL MENOR - 2”

 SUPORTE IMPACTO
BORRACHA  ÓTIMAS RESISTENCIA AO DESGASTE

14
COMO EVITAR O ENTUPIMENTO?

15
COMO ESCOLHER A MELHOR A ESPESSURA DA TELA?

MENOR ESPESSURA MAIOR ESPESSURA

MAIS ALTA
CAPACIDADE
MENOR

MELHOR
EXATIDÃO
MENOR

VIDA ÚTIL MAIOR


MENOR

ENTUPIMENTO MAIOR TENDÊNCIA


MENOR TENDÊNCIA

ALTA ADERÊNCIA MAIOR TENDÊNCIA


MENOR TENDÊNCIA

TELA – ABERTURA REAL / APARENTE

16
DISTANCIA ENTRE ABERTURA

BICOS LAVADORES

17
9. IMPORTÂNCIA DO PENEIRAMENTO EFICIENTE.

“ Infelizmente muitos profissionais do mercado que trabalham com tratamento mineral nas
grandes mineradoras / britagem, ainda não se conscientizaram da importância de uma
classificação eficiente dos materiais. Para esses profissionais uma peneira de classificação é
suficientemente boa desde que seja: barata; que possa manusear material na taxa de alimentação
exigida e que não quebre. A despreocupação com a eficiência significa perda de dinheiro e
de oportunidade.”

Numa instalação de cominuição / beneficiamento a peneira mais eficiente, significa:

Maior produção, pois a produção depende do binômio britador + peneira. De pouco


adianta investir recursos em equipamento caro se o peneiramento de preço muito mais baixo
não acompanhar a melhora na britagem. É comum encontrar usuários que se orgulham de
fabricar as suas peneiras, em geral cópias mal feitas de equipamentos mais velhos de tecnologia
ultrapassada.
Afora a maior produção devido a retirada do circuito o material que já é produto e que no
peneiramento ineficiente retorna, há um fator adicional de aumento de produção devido a
retirada da umidade dos britadores (visto que a umidade reside em quase a totalidade nos
finos)
Menor desgaste nos revestimentos dos britadores. Estudos tem mostrado que um dos
fatores que causam o desgaste dos revestimentos são os finos úmidos na alimentação dos
britadores. Quem não teve a experiência na infância de afiar uma faca na pedra. A afiação da
faca só era eficaz quando se criavam finos a quais se adicionava agua para fazer uma pasta
abrasiva. Pois bem, é o mesmo processo no britador, onde os finos mal peneirados, retornam à
máquina formando a tal pasta abrasiva.
Abaixo vou mostrando um caso típico da influencia de umidade (que reside quase
totalmente nos finos), no desgaste e na capacidade de produção de um britador cônico.

18
Melhor qualidade de produto. Empresas que produzem agregados sem contaminantes,
na economia cada vez mais competitiva, terão preferência dos clientes. Isto significará maior
venda e/ou melhor retorno nas vendas.

Menor custo de produção. Por diminuir carga circulante, diminui- se consumo energético
dos transportadores, desgaste das bicas e chutes, etc. Material que passeia apenas no fluxo de
uma instalação de cominuição, não traz benefício algum.

19
10. EVOLUÇÃO

Esse item do artigo, tem o intuito de mostrar a evolução dos equipamentos vibratório, que os
mesmo tiveram ao longo do tempo, vou tentar mostrar a evolução dos mesmos, no que tange
somente aos mecanismos vibratórios ( vibradores ), posição relativas ao equipamentos vibratório e
tipo de movimento.
Não vamos entrar no mérito do tipo / modelo do equipamento vibratório ( Peneira vibratório
inclinada / horizontal, Alimentador vibratório, calha e Grelha ), nem tão pouco, onde se aplica,
dimensões ( Largura, comprimento, altura e quantidade de decks ), tipo de tela / trilho, aceleração,
amplitude e entre outros acessórios.
Estou partindo do pressuposto que, o engenheiro que vai consultar este artigo, já tem um
mínimo de experiência com tais equipamentos vibratórios, tenha conhecimento do fenômeno físico,
ou seja o auto sincronismo, e tenha ciência, que independente do modelo / tipo / tamanho do
mecanismo ( vibrador ), movimento e equipamentos vibratório, os vibradores podem ser montados
acima, abaixo, ao lado e entre chapas.

Auto sincronismo.

A ideia desse artigo, também tem o intuito de ajudar, orientar os engenheiro projetista do
produto, engenheiros de aplicação e do comercial, quanto ao fato de como é simples de se
conseguir os movimentos já conhecidos ( Circular, linear e elíptico ) nos equipamentos
vibratórios.
Conhecendo as possíveis posições de montagem dos vibradores ( Vibradores sincronizados
por engrenagens - Tipo pesado, moto vibrador, vibrador tipo bolsa simétrico / assimétrico, e
caixa de engrenagem ) nos respectivos equipamentos vibratórios, com veremos, no esquema
abaixo, tudo fica mais fácil, para se desenvolver o projeto. ( Mecanismos montado abaixo, acima e
ao lado )

20
É importante também saber, que modulo resultante das forças exercidas pelos mecanismos
vibratórios deve estar ao longo de uma linha que passa pelo centro de gravidade do sistema, uma
linha imaginaria que passa pelo C.G ou seja em direção ao movimento desejado, no caso para
movimento lineares.
E para movimento circular / elipcos o mecanismo, deve ser posicionado no próprio C.G do
equipamento, ou mais próximo possível. Vejam os esquemas abaixo.

21
11. EVOLUÇÃO DOS MECANISMOS.

11.1 . Mecanismo ( VIBRADOR ), tipo convencional de um eixo excêntrico, primeira


geração.

Vamos iniciar falando dos mecanismos vibratório, conforme figura abaixo, dos famosos
vibradores de eixo excêntrico. Suas principais características eram os volantes de inercia com contra
pesos para regulagem e eixo excêntrico, submergidos em óleo.

2.2. Esta foi à primeira evolução, mudou para vibradores de um eixo concêntrico, a
segunda geração de vibradores, suas principais características, era o eixo concêntrico, e grandes
massa excêntricas externas reguláveis. Ambos tinham uma grande desvantagem, a montagem /
desmontagem era muito complicada e demorada, a manutenção em campo era ainda pior, na
maioria das vezes os clientes não deixavam um espaço ao lado dos equipamentos para desmontar /
montarem o eixo .

22
Montagem / desmontagem complicada dos eixos e mancais.

2.3. Segunda evolução, mudou para vibradores da linha universal, terceira geração, tipo
bolsa com contra peso assimétrico / simétrico, suas principais características foram à redução de
peso, em alguns modelo quase 50 % para a mesma massa excêntrica, em relação aos modelos
anteriores, montagem / desmontagem muito rápida, custo de fabricação bem inferior, pouco espaço
para montagem e desmontem.
Ganho de altura entre decks, qdo instalado em equipamentos com mais de dois deck, tubolão
de proteção dos contra pesos interno mais simples e leve .

23
24
2.4. Terceira evolução, mudou para vibrador de um eixo excêntrico com massa externa,
quarta geração, uma mescla entre a primeira geração dos mecanismos com a segunda, ou seja
voltamos a ter o eixo excêntrico emergido em óleo, massas excêntricas externas reguláveis. ( A meu
ver um grande retrocesso ).

25
12. EVOLUÇÃO DOS MECANISMOS ( VIBRADOR ) – TIPO MOTO VIBRADOR.

Esses caras sempre estiveram na área, desde que eu me conheço por gente, e a evolução deles é
notória, hoje existe uma gama muito grande desses equipamentos, com vários modelos, tipos e
marcas, com pés, com flange, vários tamanhos e forças de impacto, elétricos e hidráulicos.
Não tenho duvidas que serra a solução definitiva para os equipamentos vibratórios num futuro
bem próximo, pois hoje é possível a instalação dos mesmos em linha, ou seja um acoplado ao
outro através de eixo cardam ou acoplamentos, a instalação pode ser feito abaixo do equipamento
vibratório, cima dos lados, e ate mesmo entre chapas, como veremos mais a frente, qdo estiver
comentando dos equipamentos

26
13. EVOLUÇÃO DOS MECANISMOS PESADO C/ ENGRENAGEM ( UNBALANCE EXCITERS )

A evolução desse cara também é notória, na minha época de Allis Charmes , esses caras
tinham os contra pesos internos, bem protegidos oque era uma coisa muito boa, na questão na
normas regulamentadoras, principalmente a NR 12, e tinham a carcaça em ferro fundido.
Hoje são mais leves, muitos confeccionados em chapas com contra peso pelo lado de fora, ,
alguns modelos com regulagens e outros não.
E também pode ser instalados em linha, um acoplado ao outro, através e acoplamentos ou
eixo cardam , abaixo ou acima do equipamentos vibratórios.
Eu já vi modelos, em que podemos diminui as dimensões das engrenagens, e montar uma
terceira entre a mesmas, para os contra pesos não mais girarem em sentido opostos, e sim no
mesmo sentido, para que esses modelos de mecanismo fossem instalado ao lado externo do
equipamento vibratório, como um moto vibrador, é claro que acionado motores estáticos, para
fazer uso do auto sincronismo.

27
Vários tamanhos.

28
14. EVOLUÇÃO VIBRADOR CAIXA DE ENGRENAGEM.

Talvez de todos os modelos, foi oque menos sofreu alterações, talvez apenas uma, mas
considerável, esse modelo de mecanismo pode ser montador apenas embaixo ou acima do
equipamento vibratório
Com certeza a maior evolução desse modelo foi ganhar um suporte, uma caixa de
engrenagem inclinada, possibilitando assim os contra pesos trabalharem inclinados, ou seja
perpendicular a linha de ação que passa pelo C.G do equipamento, antes dessa evolução os
contra pesos trabalhavam inclinados em relação à linha de ação. Veja esquema abaixo.

Alguns fabricantes envolveram, esse conjunto de contra pesos eu uma caixa em forma de
tubo redondo, com flanges, isso possibilita a sua montagem em qualquer ângulo desejável,
conforme ultima figura.

29
30
15. EVOLUÇÃO DAS PENEIRAS INCLINADAS C/ RELAÇÃO AOS SEUS MOVIMENTOS,
VIBRADORES E POSIÇÃO DOS MECANISMOS.

Peneira vibratórias Ripl – Flo MN e MNS / M


Modelo Faço

Peneira vibratórias SH / XH - Modelo Faço /


Svedalla

31
16. EVOLUÇÃO DAS PENEIRAS HORIZONTAIS EM RELAÇÃO AOS SEUS MOVIMENTOS,
VIBRADORES E POSIÇÃO DOS MECANISMOS.

DOIS EIXOS TRÊS EIXO

32
17. EVOLUÇÃO DAS PENEIRAS MODELO BANANA, EM RELAÇÃO AOS VIBRADORES E
POSIÇÕES DOS MECANISMOS.

33
18. EVOLUÇÃO DOS ALIMENTADORES TRADICIONAIS EM RELAÇÃO AOS SEUS
VIBRADORES E POSIÇÕES.

OBS. : NA EVOLUÇÃO DO SEGUNDO MODELO PARA O TERCEIRO , HOUVE UM MODELO QUE


PERDUROU POUCOS ANOS, ONDE DOIS VIBRADORES TIPO BOLSA, FICAVA EM LINHA ,
MONTADO NO CENTRO DA ESTRUTURA, NA PARTE INFERIOR DA MESA VIBRATÓRIA.

34
19. EVOLUÇÃO DOS ALIMENTADORES PESADOS EM RELAÇÃO AOS SEUS VIBRADORES.

35
20. POSIÇÕES VIBRADORES E QTD.

A ideia nesse ultimo item, desse trabalho, que muito amigos solicitaram, é mostrar
definitivamente de como é fácil de conseguir os movimentos ( circular, linear e elíptico ),
desejados nos equipamentos vibratórios.
Vale apena mais uma vez lembrar que podemos conseguir tais movimentos usando
qualquer tipo de mecanismos vibratório, conforme já mostrado acima, desde seja respeitada as
respectivas posições. ( encima, abaixo, ao lado ou sobre laterais no centro de gravidade ou
acima )
É muito IMPORTANTE lembrar que todos os modelos de mecanismo podem ser usando
individualmente para movimentos circulares e elípticos qdo posicionados no CG ou acima.
E aos pares, para movimentos lineares qdo posicionado a cima, abaixo, ao lado ou entre
chapa.
E podem ser usados em linha, acoplado um ao outro com intuído de obter mais impacto
( M.r ), e também, é claro uma melhor distribuição de forças pontuai sobre as estruturas.
O engenheiro escolhe, ou eu uso um grande vibrador ou vários pequenos e médios
acoplados em linha.

ENCIMA

EMBAIXO

AO LADO

ENCIMA.
APENAS
1

36
ENCIMA.
2 EM
LINHA

ENCIMA.
VÁRIO
EM
LINHA

EMBAIXO
APENAS 1

ENCIMA
APENAS 1

37

Você também pode gostar