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MECÂNICA
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Sumário
página
3 Começando pelo começo
14 Materiais têm personalidade?
25 O que é que o gusa tem?
39 Vai para o forno, ou não vai?
51 É hora de fabricar o aço
63 Melhorando as propriedades dos aços
76 O irmão do aço
86 Vamos consultar o catálogo?
98 Siderurgia e ambiente
106 Olha a cerveja geladinha!
113 Fabricando o alumínio
123 Melhorando as propriedades do alumínio
138 O cobre: um velho-jovem metal
148 Melhorando as propriedades do cobre
160 Mais metais não-ferrosos
177 Reduzindo o atrito
195 Um material inventado
213 Borracha, para que te quero?
225 Cerâmica e Mecânica: um casamento de futuro
239 É hora do acabamento
Materiais têm personalidade?
Introdução
Mas você deve estar pensando: “É, tudo isso é até interessante,
porém acho que eu não vou fabricar nada. Só quero ser um pro-
fissional da indústria mecânica...”. Certo, mas, para ser um bom
profissional, é preciso saber os comos e os porquês das coisas.
E alguns desses porquês nós vamos estudar nesta aula. Você
está preparado? Então, vamos começar.
14
riais que conseguem atender, não só às exigências de mercado,
mas também às exigências técnicas de adequação ao uso e ao
processo de fabricação.
Materiais
Metálicos Não-metálicos
Ferrosos Não-ferrosos Naturais Sintéticos
Aço Alumínio Madeira Vidro
Ferro fundido Cobre Asbesto Cerâmica
Zinco Couro Plástico
Magnésio Borracha
Chumbo
Estanho
Titânio
15
Para parar e estudar
Estamos parando para você recuperar o fôlego. Tome um cafezi-
nho ou um suco e depois retome o trabalho que é apenas ler
esta parte da aula e fazer um exercício bem fácil.
Exercício
Enfim, as propriedades
16
• propriedades físicas;
• propriedades químicas.
Cada uma e todas elas devem ser consideradas na fabricação
de qualquer produto. Vamos, então, estudar cada grupo de pro-
priedades.
Propriedades físicas
17
nas de atração existentes entre as partículas que compõem o
material. Quando as ligações covalentes unem um grande núme-
ro de átomos, como no caso do carbono, a dureza do material é
grande.
18
cada um. A plasticidade pode se apresentar no material como
maleabilidade e como ductilidade.
A dureza é a resistência do material à
penetração, à deformação plástica
permanente, ao desgaste. Em geral
os materiais duros são também frá-
geis. Por falar nisso, a fragilidade é
também uma propriedade mecânica
na qual o material apresenta baixa
resistência aos choques. O vidro, por
exemplo, é duro e bastante frágil.
19
temperaturas.
Se você segurar uma barra de metal por uma das pontas e colo-
car a outra ponta no fogo, dentro de um certo tempo ela vai ficar
tão quente que você não poderá mais segurá-la. Isso acontece
por causa da condutividade térmica, que é a capacidade que
determinados materiais têm de conduzir calor.
20
Todos os metais, como já vimos nesta lição, são bons condutores
de eletricidade, ou seja, a condutividade elétrica é uma das
propriedades que os metais têm. Os fios elétricos usados em sua
casa são de cobre, um metal que é um excelente condutor de
eletricidade.
Propriedades químicas
21
Exercícios
22
3. ( ) as propriedades químicas;
4. ( ) as propriedades mecânicas.
3. Responda:
a) Qual é o grupo de propriedades mais importante para a
construção mecânica e por quê?
b) Cite alguns produtos que você conhece e que são fabri-
cados com os seguintes materiais:
Metálicos ferrosos: .............................................................
Metálicos não-ferrosos: ......................................................
Não-metálicos naturais:......................................................
Não-metálicos sintéticos: ...................................................
23
Mas a ruptura da haste poderia ter sido provocada pelo processo
de ‘fadiga do material’, expressão que se emprega quando um
metal se rompe devido a solicitação ou esforço repetido. Se o
rompimento é causado pela fadiga, há outros tipos de sinais ca-
racterísticos, as estrias. Essas marcas surgem a cada ciclo de
solicitação, isto é, a cada vez que o metal é submetido a um tipo
de esforço como torção e flexão. No caso da coluna de direção
do carro de Senna, esses dois esforços ocorriam. A torção se
dava quando ele virava o volante para manobrar o carro. E a fle-
xão era produzida pela trepidação e vibração da Williams.
Após ler esse trecho, discuti-lo com seus colegas (e, com base
no que você estudou nesta lição sobre as propriedades dos ma-
teriais), diga qual foi o grupo de propriedades dos materiais que
os engenheiros da Williams ignoraram ao fazer a solda para
alongar a barra de direção do carro de Senna. Retire do trecho
as palavras que confirmam a sua resposta.
Gabarito
1. a) 4 b) 3 c) 2 d) 3
e) 4 f) 1 g) 4
2. a) 2 b) 4 c) 3
d) 3 e) 2 f) 3
24
3. a) Propriedades mecânicas. Porque elas determinam a mai-
or ou menor capacidade que o material tem para transmi-
tir ou resistir a esforços que lhe são aplicados.
b) Metálicos ferrosos: bloco de motor, trilhos, chapas de aço;
Metálicos não-ferrosos: fios elétricos, panelas de alumí-
nio, guarnições de latão;
Não-metálicos naturais: móveis, calçados de couro,
pneus;
Não-metálicos sintéticos: louças domésticas e sanitárias,
brinquedos.
4. Propriedades mecânicas.
Palavras do texto: "solicitação ou esforço repetido"; "esforço
como torção ou flexão".
25
O que é que o gusa tem?
Introdução
25
seqüência da curiosidade do homem para saber mais sobre a
estrutura e o comportamento desses materiais.
26
complexas.
Bem mais tarde, por volta do ano 1000 a.C. na China, foram
construídos os primeiros fornos de redução do minério de ferro
para a produção de aço e, depois, de ferro fundido. Essa tecno-
27
logia, de fundição bem sofisticada, foi desenvolvida, indepen-
dentemente, na Europa só muito mais tarde, no século XIV.
Depois, a partir da segunda metade do século XIX, com o des-
envolvimento do alto-forno e o descobrimento do processo de
diminuição do carbono do ferro-gusa, foi possível obter o ferro
fundido e o aço em grandes quantidades. A partir daí, o caminho
estava aberto para todas as utilizações desses materiais que se
fazem hoje.
Falamos de História e você viu que levou muito tempo para que
o homem pudesse transformar o ferro no metal mais importante
para a indústria mecânica atualmente, apesar do desenvolvi-
mento do alumínio e do avanço do plástico e da cerâmica. Você
viu que essa demora aconteceu devido às dificuldades de pro-
cessamento do metal. Mas, antes de chegar ao metal, é preciso
fazer algumas coisas. Que coisas? Isso nós vamos ver mais para
a frente nesta aula.
Exercício
28
f) ( ) O ferro, que o homem da Antigüidade usava, vinha
das minas e era trabalhado por fundição.
Com quantos elementos químicos se faz um minério de ferro?
29
Fe2O3 (hematita).
Adaptado de: Materiais de Construção, Eládio G. R. Petrucci, Porto Alegre: Editora Globo, 1976, pág. 219
30
pecial cuidado com os elementos químicos que compõem os mi-
nérios. Depois, faça o exercício a seguir:
Exercícios
2. Complete as definições.
a) Metal é: ..............................................................................
b) As propriedades do metal são: ..........................................
c) Metal ferroso é: ..................................................................
d) Ferro fundido é:..................................................................
e) Aço é:.................................................................................
f) Minério é: ...........................................................................
g) Jazida é:.............................................................................
h) Os nomes de minérios de ferro são: ..................................
i) O minério de ferro mais abundante no Brasil é:.................
Mas será que a gente usa o minério assim, do jeito que ele sai
da jazida? Claro que não! Imagine o padeiro usando os grãos de
trigo do modo como eles saem lá do campo, onde foram cultiva-
dos... Não dá para fazer o pão, certo? Com o minério de ferro é a
mesma coisa: é preciso prepará-lo para que ele fique adequado
para ser empregado como matéria-prima. O processo até que
não é complicado, embora exija uma tecnologia que o homem
demorou para dominar.
31
Como o alto-forno, equipamento onde se produz o ferro-gusa,
só trabalha com pedaços entre 10 e 30 mm, isso se tornou um
problema. Porém, o aumento das necessidades mundiais de aço
trouxe condições econômicas para se desenvolver processos
que permitem a utilização desse tipo de minério: esses proces-
sos são a sinterização e a pelotização.
32
Depois que o minério de ferro é beneficiado, ele vai para o alto-
forno para se transformar em ferro-gusa. O ferro-gusa é a maté-
ria-prima para a fabricação do aço e do ferro fundido. Só que
nesse processo, a gente não coloca só o minério de ferro no
alto-forno, põe fogo embaixo e pronto. O ferro-gusa também tem
sua “receitinha” com “ingredientes” especiais. Esses ingredientes
são os fundentes, os desoxidantes, desfosforizantes (materiais
que ajudam a eliminar as impurezas) e os combustíveis.
33
duas grandes desvantagens são o prejuízo ao ambiente (desflo-
restamento) e a baixa resistência mecânica, muito importante no
alto-forno, porque o combustível fica embaixo da carga e tem
que agüentar todo o seu peso.
Exercícios
34
nês no alto-forno é:
1. ( ) facilitar a fusão do minério de ferro;
2. ( ) diminuir o efeito nocivo do enxofre;
3. ( ) diminuir o teor de enxofre;
4. ( ) produzir gás carbônico.
35
2. ( ) redução e carbonetação;
3. ( ) redução e sintetização;
4. ( ) pelotização e carbonetação.
36
5. Coque...........................................................................
37
Gabarito
3. Pesquisa
4. a) 3
b) 2
c) 4
d) 3
e) 2
f) 4
g) 1
38
5. a) O cobre ficava bastante duro quando martelado.
b) Porque o homem percebeu que o bronze era um metal
muito mais duro e resistente que o metal puro.
c) O aço só foi possível de ser produzido em grande quanti-
dade depois do descobrimento do processo de diminui-
ção do carbono do ferro-gusa.
d) O minério passa por um processo de sinterização ou pe-
lotização.
e) O carvão vegetal e o coque.
f) Deve ter um elevado poder calorífico e alto teor de carbo-
no.
g) 1 - Matéria-prima de onde é extraído o ferro.
2 - Fundente.
3 - Desfosforizante.
4 - Combustível de alta qualidade.
5 - Combustível gerador de gás redutor.
39
Vai para o forno, ou não vai?
Introdução
Nossa aula vai contar para você como o homem conseguiu au-
mentar a produtividade, melhorar a qualidade e ampliar a oferta
de produtos fabricados, a partir dos metais ferrosos. E o desen-
volvimento do processo de fabricação do ferro-gusa foi essencial
para que isso se tornasse realidade. Foi um longo caminho atra-
vés da História. Vale a pena conhecê-lo.
39
O grande problema tecnológico que envolve a fabricação do gu-
sa, é a obtenção das altas temperaturas que favoreçam a ab-
sorção do carbono.
40
Na Europa, no começo do século XIV, os fornos tinham se torna-
do tão altos e as condições de insuflação de oxigênio tão aper-
feiçoadas, que a temperatura de combustão aumentou muito.
Isso permitiu que o ferro absorvesse carbono e, finalmente, saís-
se líquido do forno. Esse produto, embora duro e quebradiço,
podia ser novamente derretido com mais facilidade e ser vazado
em moldes. Surgiam o alto-forno e a fundição.
41
que transforma materiais metálicos em chapas.
Hoje, um alto-forno pode ter até 35 metros de altura. Fica dentro
de um complexo industrial chamado usina siderúrgica e é o
principal equipamento utilizado na metalurgia do ferro. Sua pro-
dutividade diária gira em torno de 8.000 toneladas.
Alto-forno
42
escoamento da escória. Como a escória flutua, o furo para seu
escoamento fica acima do furo de corrida. Assim, sobra espaço
para que uma quantidade razoável de ferro seja acumulada entre
as corridas.
Acredite se quiser
Um alto-forno pode funcionar, sem parar, durante anos. O Alto-
forno 1 da CSN funcionou, ininterruptamente, de 9 de janeiro de
1946 até 20 de janeiro de 1992.
44
Qual é a mágica?
45
estão na abóbada (ou parte superior) da zona de combustão.
46
menos de 2,0%.
Exercícios
47
Agora que você já estudou toda a aula e fez todos os exercícios,
faça estes para saber se aprendeu tudo mesmo.
48
e) À medida que o minério, o agente redutor e os fundentes
descem em contra-corrente em relação aos gases, ocor-
re:
1. ( ) a oxidação dos gases;
2. ( ) o aumento dos óxidos de ferro;
3. ( ) a descarbonetação do ferro;
4. ( ) a redução do óxido de ferro.
Gabarito
1. a) V
b) V
c) F (O aumento da produção de ACC introduziu novos pro-
cessos de fabricação (trefilação, laminação], criou novos
produtos e novas necessidades.)
d) V
e) F (A produtividade diária de um alto-forno gira em torno
de 8.000 toneladas.)
49
c) 3 (As impurezas do minério se derretem.)
d) 1 (O ferro de primeira fusão se derrete.)
e) 5 (Algumas impurezas são incorporadas ao gusa.)
4. a) - Zona de pré-aquecimento.
- Zona de fusão dos metais
- Zona de combustão que alimenta as duas anteriores
b) Pode ir para a fundição ou para a aciaria.
c) Massa vítrea usada para a fabricação de fertilizantes, ou
de fibras para isolantes térmicos.
5. a) 3
b) 1
c) 4
d) 1
e) 4
f) 3
50
É hora de fabricar o aço
Introdução
O ar dá a sua graça
51
des de carbono e impurezas normais, como o silício, o manga-
nês, o fósforo e o enxofre. Por causa disso, o gusa é duro e
quebradiço.
52
no do gusa líquido. Nesse processo, há a combinação do oxigê-
nio com o ferro, formando o óxido de ferro (FeO) que, por sua
vez, se combina com o silício (Si), o manganês (Mn) e o carbono
(C), eliminando as impurezas sob a forma de escória e gás car-
bônico. Esse ciclo dura, em média, 20 minutos e o aço resultante
desse processo tem a seguinte composição: 0,10% (ou menos)
de carbono, 0,005% de silício, 0,50% de manganês, 0,08% de
fósforo e 0,25% de enxofre.
53
perfície do gusa líquido. Essa injeção é feita pela parte de cima
do conversor. Como é isso? Vamos explicar.
54
geradas pela queima de combustível, mas pelo calor que se
desprende no processo de oxidação dos elementos que consti-
tuem a carga de gusa líquido.
Exercícios
55
2. Associe o nome do conversor, da coluna da esquerda, ao
conjunto de características, da coluna da direita:
56
condições controladas de temperatura e de oxidação do metal lí-
quido. É um processo que permite, também, a adição de ele-
mentos de liga que melhoram as propriedades do aço e lhe dão
características excepcionais. Por causa disso, esse é o melhor
processo para a produção de aços de qualidade.
57
dantes, e a dessulfuração, quando o enxofre é retirado. É um
processo que permite o controle preciso das quantidades de car-
bono presentes no aço.
58
O aço produzido nos fornos elétricos pode ser transformado em
chapas, tarugos, perfis laminados e peças fundidas.
Exercícios
60
5. Responda às seguintes perguntas:
a) Que nome se dá ao processo que transforma o gusa em
aço?
b) Qual dos elementos que compõem o ferro-gusa, torna-o
duro e, portanto, quebradiço? Por quê? (Lembre-se das
propriedades dos materiais.)
c) O que é um conversor e qual a principal diferença entre
ele e um forno elétrico?
d) Escreva, com suas palavras, as vantagens de utilização
de um conversor Bessemer e de um forno elétrico de in-
dução.
e) Escreva, com suas palavras, as desvantagens do forno a
arco elétrico e do conversor LD.
f) Que tipos de aços são produzidos por:
1. Conversores: ................................................................
2. Fornos elétricos:...........................................................
Gabarito
2. a) 4
b) 1
c) 2, 3
61
3. a) F (Não! O aço também pode ser fabricado a partir da su-
cata.)
b V (É nos fornos elétricos que ocorre a transformação da
sucata.)
c) V
d) V
5. a) Oxidação ou redução.
b) É o carbono, porque o ferro gusa é uma matéria-prima
com grandes quantidades de carbono.
c) É um equipamento que tem a função de transformar o
ferro em aço através da injeção de oxigênio ou ar no gu-
sa. A diferença entre o conversor e um forno elétrico é
que o conversor não utiliza energia e o forno elétrico, sim.
d) As vantagens de uso de um conversor Bessemer é o ciclo
curto de processamento que fica entre 10 e 20 minutos e
de um forno elétrico de indução é a fusão rápida - exclu-
são de gases - e a alta eficiência.
e) As desvantagens são: Forno a arco elétrico - Pequena
capacidade dos fornos e custo operacional. Conversor LD
- Gera poeira composta de óxido de ferro, gases e escó-
ria e não permite flexibilidade de produção.
f) 1. Conversores - Aços-carbonos comuns com baixo teor
de carbono.
2. Elétricos - Aços de melhor qualidade com composição
química controlada.
62
Melhorando as propriedades dos aços
Introdução
Mesmo para quem até agora não tinha parado para pensar, a
sofisticação dos processos de fabricação e dos produtos indus-
triais à disposição no mercado dá uma pista do que se está fa-
zendo por aí em termos de “mistura” de metais e o que isso traz
de benefício ao metal-base dessa mistura. E essa pesquisa co-
meça em laboratórios que precisam atender a necessidades so-
fisticadas, como a construção de naves espaciais, satélites, avi-
ões ou carros de Fórmula 1. Daí, para os produtos que estão na
cozinha de nossa casa, é um passo muito pequeno.
Nesta lição, você vai estudar os outros metais que a gente pode
misturar ao aço para que ele fique melhor ainda. E vamos dizer
também como ele fica melhor. Esse conhecimento é muito im-
63
portante como base para quando você for estudar os processos
de fabricação mecânica. Fique ligado.
O que ele não sabia direito era o que acontecia lá dentro e, por-
tanto, porque era possível misturar os metais entre si e com ou-
tros elementos de tal forma que um ficava dissolvido dentro do
outro.
64
ticialmente, ou seja, ocupando espaços vazios, entre os átomos
do ferro.
Por isso, o aço mais comum que existe é o aço-carbono, uma
liga de ferro com pequenas quantidades de carbono (máximo
2%) e elementos residuais, ou seja, elementos que ficam no
material metálico após o processo de fabricação.
65
nando quantidades adequadas de estanho ao cobre, obtém-se o
bronze, que é mais duro que o cobre.
Por mais controlado que seja o processo de fabricação do aço, é
impossível produzi-lo sem essas impurezas. E elas, de certa for-
ma, têm influência sobre as propriedades desse material. Quan-
do adicionadas propositalmente são consideradas elementos de
liga, conferindo propriedades especiais ao aço. Às vezes, elas
ajudam, às vezes, elas atrapalham. Assim, o que se deve fazer é
controlar suas quantidades.
66
Em aços de baixo teor de carbono, por outro lado, seu efeito no-
civo é menor, pois nesse caso o fósforo auxilia no aumento da
dureza, e também aumenta a resistência à tração, a resistência à
corrosão e a usinabilidade.
67
causam menor influência que os silicatos no surgimento de mi-
crotrincas.
Há ainda outros elementos, como os gases introduzidos no pro-
cesso de fabricação (hidrogênio, oxigênio e nitrogênio) e os resí-
duos de metais provenientes das sucatas (níquel, cobre, mo-
libdênio e cromo).
Ufa! Desta vez você tem mesmo bastante coisa para estudar. O
bom desta aula é que você pode parar, voltar e recomeçar,
quantas vezes quiser. Por isso, vá com calma. Lápis e caderno
na mão para as anotações e... mãos à obra!
Exercícios
68
2. ( ) cobre e estanho;
3. ( ) cobre e zinco;
4. ( ) chumbo e cobre.
b) A mistura completa entre dois metais ocorre graças à liga-
ção entre os ............................................. dos metais.
1. ( ) neutros;
2. ( ) prótons;
3. ( ) átomos;
4. ( ) íons negativos.
69
g) Em aços de baixo teor de carbono o ..............................
...........................auxilia no aumento da dureza e da re-
sistência à tração e à corrosão.
1. ( ) manganês;
2. ( ) fósforo;
3. ( ) silício;
4. ( ) estanho.
70
por exemplo; pode, também, tratar o metal termicamente, ou
seja, submetê-lo a aquecimento e resfriamento sob condições
controladas. Ou acrescentar elementos de liga. Tudo isso vai
mexer com a estrutura do metal-base, de acordo com o que já
estudamos na lição sobre as propriedades dos materiais.
71
microestruturas modificam a capacidade do material de passar
por um tratamento térmico chamado têmpera. Esse tratamento,
por sua vez, define a maior resistência e tenacidade do aço. As-
sim, nos aços-ligas, as propriedades mecânicas são melhoradas
por meio de tratamento térmico para endurecimento.
Bem, nesta aula, tentamos dar a você uma noção básica sobre
os elementos que estão dentro do aço e o que essa presença
faz com o comportamento desse material, durante a fabricação e
o uso da peça. O assunto não está, nem de longe, esgotado. Se-
ria muito legal se você não parasse por aqui e procurasse ler
mais sobre ele. Vá à biblioteca do seu bairro e dê uma “sapeada”.
Você vai descobrir um mundo de informações novas que o torna-
rão um profissional dos bons!
Níquel Refina o grão. Aumento da resistên- Aço para constru- Peças para auto-
Diminui a veloci- cia à tração. ção mecânica. Aço móveis. Utensí-
dade de transfor- inoxidável. Aço lios domésticos.
mação na estrutura Alta ductilidade. resistente a altas Caixas parra tra-
do aço. temperaturas. tamento térmico.
Manganês Estabiliza os Aumento da resistên- Aço para constru- Peças para auto-
carbo-netos. Ajuda cia mecânica e tem- ção mecânica. móveis e peças
a criar microestru- perabilidade da peça. para uso geral
tura dura por meio Resistência ao cho- engenharia mecâ-
de têmpe-ra. que. nica.
Diminui a velo-
cidade de resfria-
mento.
Cromo Forma carbonetos. Aumento da resistên- Aços para Produtos para in-
Acelera o cresci- cia à corrosão e à construção dústria química;
mento dos grãos. oxidação. Aumento da mecânica. Aços- talheres; válvulas
resistência a altas ferramenta. Aços e peças para for-
temperaturas. inoxidáveis. nos. Ferramentas
de corte.
72
das transforma- ras.
Aços-ferramenta
ções. Inibe o cres-
cimento dos grãos.
Silício Auxilia na desoxi- Aumento da resistên- Aços com alto teor Peças fundidas.
dação. Auxilia na cia à oxidação em de carbono. Aços
grafitização. temperaturas para fundição em
Aumenta a fluidez. elevadas. Melhora da areia.
temperabilidade e da
resistência à tração.
Exercícios
Será que você pode ir adiante? O teste, a seguir, vai lhe dizer
sim ou não.
73
3. Associe os elementos listados na coluna A com as caracte-
rísticas ou aplicações propostas na coluna B.
Coluna A Coluna B
a) ( ) manganês 1. Elemento usado para diminuir ou eliminar o desprendimento
b) ( ) Alumínio de gases que agitam o aço, quando ele está se solidificando.
c) ( ) Enxofre 2. Elemento cuja quantidade deve ser controlada, principal-
d) ( ) Silício mente nos aços duros, com alto teor de carbono.
e) ( ) Fósforo 3. Elemento que é acrescentado ao metal líquido, para auxiliar
na desoxidação e para impedir a formação de bolhas nos
lingotes.
4. Impureza encontrada em maior quantidade no aço, ela é
adicionada para auxiliar na desoxidação do metal líquido.
5. No aço, ele pode se combinar com o ferro e formar o sulfeto
ferroso (FeS), que faz o aço se romper com facilidade ao ser
laminado, forjado ou vergado, em temperaturas acima de
1.000ºC.
Gabarito
1. a) Cobre e estanho.
b) Átomos.
c) Carboneto de ferro.
d) Matérias-primas.
e) Manganês.
f) Ferro.
g) Fósforo.
h) Desoxidação.
i) Sulfeto de manganês.
j) Microtrincas.
74
d) Níquel, manganês, cromo, molibdênio, vanádio, tungstê-
nio, cobalto, silício e cobre.
e) Baixa liga, até 5% de elementos de adição e o aço espe-
cial, se tiver quantidades de elementos de liga acima de
5%.
f) Por ocasião do tratamento térmico e pela adição de ele-
mentos de liga.
g) Maior resistência e tenacidade.
3. a) 4
b) 1
c) 5
d) 3
e) 2
75
O irmão do aço
76
Mas, como é que o gusa se transforma em ferro fundido? A
transformação acontece em dois tipos de fornos: o forno elétrico
e o forno cubilô. No forno elétrico, o processo é semelhante ao
de produção do aço, que nós já estudamos, você se lembra?
77
Para parar e estudar
Nesta primeira parte da aula, você deve ter percebido que a pro-
dução do ferro fundido é até parecida com a produção do aço.
Por isso, não será difícil fazer o exercício que apresentamos a
seguir:
Exercícios
78
d) Qual o tipo de forno usado quando se deseja obter um
ferro fundido de melhor qualidade?
79
características, são empregados nas indústrias automobilística,
de equipamentos agrícolas e de máquinas e, na mecânica pesa-
da, na fabricação de blocos e cabeçotes de motor, carcaças e
platôs de embreagem, suportes, barras e barramentos para má-
quinas industriais.
80
portes de molas, caixas de direção, cubos de rodas, bielas, co-
nexões para tubulações hidráulicas e industriais.
81
Por causa disso e do menor custo de processamento, está subs-
tituindo alguns tipos de aços e os ferros fundidos maleáveis na
maioria de suas aplicações. Mancais, virabrequins, cubos de
roda, caixas de diferencial, peças de sistema de transmissão de
automóveis, caminhões e tratores são produtos fabricados com o
ferro fundido nodular. Essas informações estão reunidas no qua-
dro a seguir:
82
assunto tão importante que você vai estudá-lo em uma outra
aula.
Exercícios
3. Preencha as lacunas:
a) O ferro fundido é composto de três elementos:
................... ...................., ........................... e
............................ Portanto, ele é considerado uma liga ...
b) Dependendo da quantidade de cada elemento e da ma-
neira como o material é resfriado e tratado termicamente,
o ferro fundido pode ser ..............................,
....................... ............., .............................. ou ................
c) O que determina a classificação do ferro fundido em cin-
zento ou branco é ............................................................
do material depois de resfriado.
d) A cor do ferro fundido cinzento é devida ao carbono que
se apresenta na forma de ...............................................
ou ......................................................................................
83
e) Durante o processo de solidificação, quando não ocorre a
formação de ................................................... e todo o
carbono fica na forma de carboneto de ferro ou
.................. ...................., forma-se o ferro fundido
............................
f) O ferro fundido .............................................., é um mate-
rial que reúne algumas das vantagens do
.............................. e do ferro fundido cinzento.
g) As peças fabricadas com ferro fundido maleável são mais
resistentes ao ............................. e às
..................................
h) O ferro fundido maleável de núcleo
..................................... é indicado para a fabricação de
barras de torção e corpos de mancais.
Coluna A Coluna B
a) ( ) Ferro fundido cinzento. 1. Suportes de molas; conexões para
tubulações hidráulicas.
b) ( ) Ferro fundido branco. 2. Equipamentos de manuseio de
terra e para mineração.
c) ( ) Ferro fundido maleável. 3. Amortecer vibrações.
84
d) ( ) Ferro fundido nodular. 4. Substitui alguns tipos de aço e os f
85
Gabarito
1. a) 4
b) 3
c) 1
5. a) 3
b) 2
c) 1
d) 4
86
Vamos consultar o catálogo?
86
Além disso, quem garante que um dia desses você não poderá
se transformar em um microempresário de sucesso? Certamen-
te, nesse caso, você terá nos catálogos uma das melhores fon-
tes de informações técnicas a sua disposição.
87
e) Pela composição química, ou seja, pelo teor de carbono ou
teor do elemento de liga presentes no aço.
Você encontra todas essas informações nos catálogos dos fabri-
cantes. Porém, em geral, a informação que mais interessa e que
mais diz sobre o aço é a classificação pela composição química,
que fala da quantidade de carbono ou de elementos de liga den-
tro desse metal.
88
92XX Silício Si - 2,00% e Mn - 0,85%
Aços com adi- XXBXX Aço com adição de boro -----------------------------------------
ções especiais XXLXX Aço com adição de chumbo -----------------------------------------
89
Outra coisa importante e que você deve guardar é a codificação
de cada grupo de ligas. Isso quer dizer, por exemplo, que se al-
guém disser 4340, você já sabe que se trata de um aço-liga ao
cromo-níquel-molibdênio.
Exercícios
90
Claro que tem! Como já dissemos na outra parte da lição, todos
os materiais são normalizados. E você deve se lembrar, também,
que os aços são classificados de acordo com sua composição
química, ou seja, teor de carbono e quantidade de elementos de
liga.
Nós também já estudamos que o ferro fundido pode ser branco,
cinzento, nodular e maleável. Diferentemente do aço, cuja com-
posição química é usada para fins de designação normalizada, a
norma para o ferro fundido apresenta números que se referem a
dados correspondentes a suas propriedades: resistência à tração,
e ao alongamento e limite de escoamento. Esses números foram
obtidos a partir de ensaios ou testes feitos com instrumentos es-
peciais.
Tipos MPa
MPa é a abreviatura de mega
FC-100 100
pascal, que é um múltiplo da
FC-150 150
unidade pascal (Pa). Assim, 10
FC-200 200
FC-250 250 MPa equivalem a 1kgf/mm2.
FC-300 300
FC-400 400
91
Isso significa que, um ferro fundido FE 50007 é um ferro fundido
nodular, com 500 MPa de resistência à tração e com 7,0% de
alongamento mínimo.
Exercícios
Coluna A Coluna B
a) ( ) Ferro fundido cinzento 1. FMBS
b) ( ) Ferro fundido maleável preto 2. FC
c) ( ) Ferro fundido maleável branco soldável 3. FMP
92
d) ( ) Ferro fundido nodular 4. FE
93
Uma saída para isso são as revistas especializadas que ficam
muito mais baratas. Nelas, você tem um resumo do que está
acontecendo e exemplos da aplicação das teorias. Outra, melhor
ainda, porque você não paga nada por ela, é o catálogo do fabri-
cante. Em um catálogo, você tem informações atualizadíssimas
sobre produtos e materiais que estão disponíveis no mercado,
para que você realize bem o seu trabalho.
Recordar é aprender
Como você já estudou no Módulo sobre Normalização, a ABNT
(Associação Brasileira de Normas Técnicas) é responsável pelas
normas técnicas vigentes no Brasil. Todos os países têm organi-
zações parecidas com esta. Alguns, por serem mais industriali-
94
zados e mais desenvolvidos, têm suas normas conhecidas e
usadas mundialmente. É o caso da Alemanha (DIN), dos Esta-
dos Unidos (SAE, ASI, ASTM), da Inglaterra (BSI), da França
(AFNOR) e do Japão (JIS). Existem, também, organizações in-
ternacionais que procuram unificar as várias normas. É o caso da
ISO, que tem um papel muito importante na garantia da qualida-
de dos produtos nos mercados globalizados.
95
96
Exercício
Gabarito
3. a) 2
b) 3
c) 1
97
d) 4
4. 1. - 550 MPa
2. - 550 MPa
3. - 250 MPa
4. - 380 MPa
98
Vamos consultar o catálogo?
86
Além disso, quem garante que um dia desses você não poderá
se transformar em um microempresário de sucesso? Certamen-
te, nesse caso, você terá nos catálogos uma das melhores fon-
tes de informações técnicas a sua disposição.
87
e) Pela composição química, ou seja, pelo teor de carbono ou
teor do elemento de liga presentes no aço.
Você encontra todas essas informações nos catálogos dos fabri-
cantes. Porém, em geral, a informação que mais interessa e que
mais diz sobre o aço é a classificação pela composição química,
que fala da quantidade de carbono ou de elementos de liga den-
tro desse metal.
88
92XX Silício Si - 2,00% e Mn - 0,85%
Aços com adi- XXBXX Aço com adição de boro -----------------------------------------
ções especiais XXLXX Aço com adição de chumbo -----------------------------------------
89
Outra coisa importante e que você deve guardar é a codificação
de cada grupo de ligas. Isso quer dizer, por exemplo, que se al-
guém disser 4340, você já sabe que se trata de um aço-liga ao
cromo-níquel-molibdênio.
Exercícios
90
Claro que tem! Como já dissemos na outra parte da lição, todos
os materiais são normalizados. E você deve se lembrar, também,
que os aços são classificados de acordo com sua composição
química, ou seja, teor de carbono e quantidade de elementos de
liga.
Nós também já estudamos que o ferro fundido pode ser branco,
cinzento, nodular e maleável. Diferentemente do aço, cuja com-
posição química é usada para fins de designação normalizada, a
norma para o ferro fundido apresenta números que se referem a
dados correspondentes a suas propriedades: resistência à tração,
e ao alongamento e limite de escoamento. Esses números foram
obtidos a partir de ensaios ou testes feitos com instrumentos es-
peciais.
Tipos MPa
MPa é a abreviatura de mega
FC-100 100
pascal, que é um múltiplo da
FC-150 150
unidade pascal (Pa). Assim, 10
FC-200 200
FC-250 250 MPa equivalem a 1kgf/mm2.
FC-300 300
FC-400 400
91
Isso significa que, um ferro fundido FE 50007 é um ferro fundido
nodular, com 500 MPa de resistência à tração e com 7,0% de
alongamento mínimo.
Exercícios
Coluna A Coluna B
a) ( ) Ferro fundido cinzento 1. FMBS
b) ( ) Ferro fundido maleável preto 2. FC
c) ( ) Ferro fundido maleável branco soldável 3. FMP
92
d) ( ) Ferro fundido nodular 4. FE
93
Uma saída para isso são as revistas especializadas que ficam
muito mais baratas. Nelas, você tem um resumo do que está
acontecendo e exemplos da aplicação das teorias. Outra, melhor
ainda, porque você não paga nada por ela, é o catálogo do fabri-
cante. Em um catálogo, você tem informações atualizadíssimas
sobre produtos e materiais que estão disponíveis no mercado,
para que você realize bem o seu trabalho.
Recordar é aprender
Como você já estudou no Módulo sobre Normalização, a ABNT
(Associação Brasileira de Normas Técnicas) é responsável pelas
normas técnicas vigentes no Brasil. Todos os países têm organi-
zações parecidas com esta. Alguns, por serem mais industriali-
94
zados e mais desenvolvidos, têm suas normas conhecidas e
usadas mundialmente. É o caso da Alemanha (DIN), dos Esta-
dos Unidos (SAE, ASI, ASTM), da Inglaterra (BSI), da França
(AFNOR) e do Japão (JIS). Existem, também, organizações in-
ternacionais que procuram unificar as várias normas. É o caso da
ISO, que tem um papel muito importante na garantia da qualida-
de dos produtos nos mercados globalizados.
95
96
Exercício
Gabarito
3. a) 2
b) 3
c) 1
97
d) 4
4. 1. - 550 MPa
2. - 550 MPa
3. - 250 MPa
4. - 380 MPa
98
Olha a cerveja geladinha!
106
dutos estão protegidos contra a umidade e a luz e podem, assim,
ser conservados por muito mais tempo, graças ao alumínio.
107
transporte e armazenamento de combustíveis e produtos quími-
cos.
Exercício
1. Responda as perguntas:
a) Observe o ambiente a sua volta. Você consegue reco-
nhecer e citar mais uma ou duas coisas que são fabrica-
das com alumínio? Se você está em um teleposto, forme
um grupo e faça uma lista de produtos de alumínio de
que você e seus colegas podem se lembrar.
b) No texto Um pouco sobre o alumínio, citamos algumas
características desse metal. Volte ao texto, faça uma nova
leitura e tente encontrá-las.
c) Relacione essas características com os produtos de alu-
mínio da lista que você fez para a primeira questão.
d) O alumínio tem, pelo menos, mais duas características
que você pode facilmente perceber olhando e tocando.
Discuta com seu grupo e tente descobrir quais são elas.
108
Um metal jovem
Acredite se quiser
A alumínio foi mostrado, pela primeira vez, na Exposição Univer-
sal de Paris, em 1855. Era um metal tão raro que valia muito
mais que o ouro e, praticamente, não tinha preço. Conta-se que,
na corte de Napoleão III, havia uma baixela de alumínio que era
reservada somente para o imperador, sua esposa e alguns con-
vidados muito especiais. Os outros convidados tinham que se
contentar com as baixelas de ouro...
109
Isso permitiu o aparecimento de ciências como a Biologia, a Físi-
ca e a Química, da forma como as conhecemos hoje em dia.
Toda essa curiosidade científica resultou na descoberta de uma
grande quantidade de coisas novas. E a produção comercial do
alumínio foi uma delas.
110
Para parar e estudar
Para fazer um pouco de suspense, vamos deixar para descrever
o processo de obtenção e fabricação do alumínio para a próxima
aula. Enquanto isso, leia novamente a lição e faça os exercícios
a seguir.
Exercício
Gabarito
111
2. a) Bauxita
b) 1892
c) Eletrólise
d) 1. - Resistência à corrosão e aos ataques do meio ambi-
ente; diminuição do peso da estrutura.
2. - Resistência à corrosão, diminuição do peso da es-
trutura.
3. - Resistente à corrosão pelo ataque de produtos quí-
micos.
4. - Alta resistência e condutividade elétrica.
112
Fabricando o alumínio
113
que ele é obtido? Na aula anterior, dissemos algumas palavras-
chaves: bauxita, alumina, óxido de alumínio, eletrólise. Vamos
ver, então, como e onde elas se encaixam.
Obtenção do minério
114
Fique por dentro
O Brasil possui a terceira maior reserva de bauxita do mundo.
Obtenção da alumína
115
Obtenção do alumínio
116
momento, o que torna o processo contínuo. Então, o alumínio lí-
quido é levado para fornalhas onde será purificado ou receberá
adições de outros metais que formarão as ligas e lhe darão ca-
racterísticas especiais.
Dica tecnológica
O alumínio puro, ou seja, aquele que tem 99% ou mais de teor
de alumínio, apresenta propriedades mecânicas pobres: baixa
dureza, baixos limites de escoamento e baixa resistência à tra-
ção.
Exercício
117
e) Leia novamente todas as informações sobre o processo
de produção do alumínio. Você acha que ele é poluidor?
Por quê?
Além disso, o alumínio é um material que pode ser unido por to-
dos os processos usuais: soldagem, rebitagem, colagem e bra-
sagem. Excelente condutor de calor, sua condutividade térmica é
quatro vezes maior que a do aço. Sua superfície aceita os mais
variado tipos de tratamento. Ele pode ser anodizado, enverniza-
do e esmaltado.
É bom agora dar mais uma paradinha para estudar. Releia essa
parte da aula e faça o exercício a seguir.
118
119
Exercício
2. Complete:
a) O alumínio pode ser laminado, forjado, ..........................,
repuxado, dobrado, serrado, furado, .............., lixado e
......................
b) O alumínio pode ser unido por: ..........................,
...................................................
........................................e ................................
c) A superfície do alumínio pode ser tratada contra a corro-
são por meio de: ...........................................................,
.................................. e ................................ .
O alumínio e o ambiente
120
pode ser reutilizada. Os gases expelidos pelas reduções, ricos
em fluoretos, devem ser coletados, separados por meio de preci-
pitadores eletrostáticos e tratados.
121
Exercícios
3. Complete:
a) O alumínio puro é bom condutor de .................. e de
........................ e tem grande resistência à ....................... .
b) A leveza do alumínio indica sua utilização na fabricação
de .......................................... e ..................................... .
c) O que tornou possível a obtenção do alumínio foi um pro-
cesso de decomposição chamado ...................................
d) O minério do qual se extrai o alumínio se chama
............................... .
e) A proporção de alumina, ou hidróxido de alumínio hidra-
tado, na bauxita, fica entre ........................... e
.......................
f) Para dissolver e retirar as impurezas da bauxita, mistura-
se a bauxita moída com uma solução de
............................
g) A alumina hidratada é obtida colocando-se o
......................
em um ................................ .
h) Para retirar a água quimicamente combinada de dentro
da alumina, ela é colocada em ................................ e
aquecida a ................................ .
i) A retirada do oxigênio da alumina desidratada é feita em
.......................................................... .
122
Gabarito
123
Melhorando as propriedades do alumínio
Embora a tradição diga que “em time que está ganhando não se
mexe”, a imensa curiosidade do homem aliada às exigências de
consumo do mercado continuam levando a um aperfeiçoamento
tecnológico sempre crescente na produção dos materiais para a
indústria. E o alumínio não poderia ficar fora disso.
123
estão sujeitas a esforços elevados, a resistência do alumínio
puro não é suficiente.
As ligas de alumínio
124
prensagem, a soldagem e a rebitagem. Essa liga aceita acaba-
mentos de superfície; é resistente à corrosão; possui elevada
conduti-vidade elétrica, embora sua resistência mecânica seja li-
mitada. Com essas características, essa liga é usada nas mes-
mas aplicações que o alumínio puro, ou seja, na fabricação de
latas de bebidas, placas de carro, telhas, equipamentos quími-
cos, refletores, trocadores de calor e como elemento decorativo
na construção civil.
125
Existem também ligas de alumínio fabricadas com a adição de
zinco (Zn) e uma pequena porcentagem de magnésio (Mg), co-
bre (Cu) ou cromo (Cr). Depois de passar por tratamento térmico,
essas ligas são usadas em aplicações que exijam uma alta rela-
ção resistência/peso, principalmente na construção de aviões.
Outros elementos de liga que podem ser adicionados ao alumí-
nio são: bismuto (Bi), chumbo (Pb), titânio (Ti), estanho (Sn), ní-
quel (Ni) etc. São as variações nas quantidades e combinações
dos elementos que originam uma infinidade de ligas com pro-
priedades adequadas a cada uma das aplicações.
1. Complete:
a) Os metais puros apresentam .............................. resistên-
cia a esforços mecânicos.
b) A conformação mecânica, o tratamento térmico e a adi-
ção de elementos químicos para a formação de ligas aju-
dam a melhorar ..............................
2. Responda:
a) Por que o alumínio puro não é indicado para peças su-
jeitas a esforços elevados?
b) Qual é a liga que tem resistência à tração igual ou maior
que a do aço de baixo teor de carbono?
c) Que propriedades o alumínio adquire ao receber manga-
nês como elemento de adição?
d) Quais são as características da liga alumínio + silício?
e) Por que as ligas de alumínio, magnésio e silício são as
preferidas na construção civil?
127
essas ligas de acordo com o processo de fabricação e a compo-
sição química.
Por outro lado, as ligas para fundição devem ter resistência me-
cânica, fluidez e estabilidade dimensional e térmica para suportar
os diferentes processos de fundição em areia, em molde perma-
nente por gravidade ou sob pressão.
2XXX Cobre
3XXX Manganês
4XXX Silício
5XXX Magnésio
7XXX Zinco
128
Vamos ver se você está bem ligado no que está estudando. Na
tabela que você acabou de ler, existe um dado novo, certo? Você
deve ter percebido que na coluna Designação da série, escre-
vemos 1XXX, 2XXX, 3XXX etc. Isso tem um significado. Vamos
ver qual é.
129
Agora, falta a gente estudar a série das ligas para fundição. Va-
mos dar uma olhadinha na tabela da próxima página.
Dica tecnológica
O último dígito indicativo da série para ligas de fundição pode ser
2. Neste caso, trata-se de um lingote feito de material reciclado
fora da especificação em relação aos níveis de impureza.
130
Para parar e estudar
Exercício
131
pas para uso posterior. Esse processo pode ser executado a frio.
Se a laminação é feita a quente, o alumínio mantém sua malea-
bilidade. Quando realizado a frio, esse processo produz um
efeito no alumínio chamado encruamento o que o torna mais
duro e menos maleável. Sua pergunta, com certeza, agora é:
“Mas, como isso se dá?!”
132
O que acabamos de descrever é o que acontece com o alumínio
depois que é transformado em lingotes: ele pode ser laminado a
quente ou a frio. Com isso, as chapas e perfis produzidos ga-
nham o grau de dureza necessário para que, posteriormente,
sejam transformados nos mais variados produtos. O tratamento
térmico é outra maneira de melhorar as propriedades de um
metal. Nesse processo, o metal é aquecido e, em seguida, resfri-
ado. Isso traz ao metal ou a sua liga certos efeitos como alívio de
tensões, eliminação do encruamento, estabilidade dimensional,
endurecimento etc.
Agora vamos dar mais uma paradinha para que você possa es-
tudar as informações deste trecho da aula. Leia-o novamente e
faça os exercícios a seguir.
Exercícios
133
Avalie o que você aprendeu
d) Preencha as lacunas:
1. A liga de alumínio para conformação 6463 é usada
para fabricar ................................................................
2. Para a fabricação de algumas partes de aviões a liga
de alumínio recomendada é a da série .......................
3. A principal aplicação da liga de alumínio 4043 é .........
.....................................................................................
134
e) Escreva F se a afirmação for falsa e V se ela for verdadei-
ra.
1. ( ) A ligas de alumínio para conformação devem ser
bastante maleáveis;
2. ( ) Os processos de conformação mecânica aplica-
dos ao alumínio são: laminação, fundição, trefila-
ção, forjamento e extrusão;
3. ( ) As ligas de alumínio que contêm magnésio e silí-
cio em sua composição, apresentam uma resis-
tência mecânica um pouco maior que as ligas de
alumínio e cobre;
4. ( ) As ligas de alumínio para fundição devem ter re-
sistência mecânica, fluidez, estabilidade dimensi-
onal e térmica.
Gabarito
1. a) baixa
b) as propriedades de um metal.
135
3. a) 1 c) 2 e) 5
b) 3 d) 6 f) 4
5. a) F
b) V
c) V
d) F
e) V
f) V
g) V
e) 1. V 3. F
2. V 4. V
136
f) A sucata não foi adequada para atender ao tipo de con-
formação mecânica proposta. Isso porque os elementos
que compõem o material não correspondem à liga ideal
que tenha as características para que resistam ao traba-
lho, pelo processo de conformação.
137
O cobre: um velho-jovem metal
Até mesmo esse livro, tão importante e sagrado para tantas pes-
soas, coloca os metais em lugar de destaque. Veja que, ao lado
do pão, essencial à nossa sobrevivência, estão o ferro e o cobre.
Você pode imaginar por quê?
138
Com essas histórias que acabamos de contar, provavelmente
você deve estar muito curioso para saber mais sobre o cobre. Fi-
que ligado, então, porque esse é o assunto da nossa aula.
Propriedades do cobre e algumas aplicações
Por que será que o cobre foi o primeiro metal que o homem utili-
zou? Provavelmente as cores do minério devem ter sido o deta-
lhe que chamou a atenção dos nossos antepassados pré-
históricos.
139
popularmente conhecida por azinhavre, ou “zinabre” (carbonato
básico de cobre).
Vamos parar um pouco para que você possa estudar esta parte
da aula. Para ajudá-lo nessa tarefa, temos alguns exercícios a
140
seguir. Leia tudo de novo desde o começo, prestando bastante
atenção. Depois faça os exercícios.
Exercícios
141
Obtenção do cobre
Como você viu até aqui, o cobre oferece muitas vantagens para
sua utilização. Mas, como sempre, nessa história toda, existe um
problema. O cobre, na forma livre, é encontrado somente em pe-
quenas quantidades na natureza. A maior parte está escondida
sob a forma de combinação com outros minerais. E os minérios
que permitem a exploração econômica do cobre são à calcopiri-
ta que é uma mistura de cobre, ferro e enxofre (Cu2S · Fe2S3), e
a calcosita, composta de cobre e enxofre (Cu2S).
Dica tecnológica
A calcopirita e a calcosita - os dois minérios mais importantes
para a obtenção econômica do cobre - têm enxofre em sua com-
posição. Por causa disso, eles são chamados de minérios sulfu-
rosos. E, por serem sulfurosos, não se “molham” quando são
colocados em água com produtos químicos.
142
Em seguida, o minério moído é colocado em uma máquina cheia
de água misturada a produtos químicos. Na base dessa máquina
existe uma entrada por onde o ar é soprado. As partículas que
não contêm cobre são encharcadas pela solução de água e pro-
dutos químicos, formam um lodo, chamado ganga, e vão para o
fundo do tanque. Como o minério sulfuroso flutua, porque não se
mistura na água, o sulfeto de cobre e o sulfeto de ferro fixam-se
nas bolhas de ar sopradas, formando uma espuma concentrada
na superfície do tanque, a qual é recolhida e desidratada. Essa
etapa chama-se flotação ou concentração.
143
de gás. O cobre bruto obtido nessa etapa recebe o nome de
blíster, e apresenta uma pureza entre 98% e 99,5% de cobre,
com impurezas como antimônio, bismuto, chumbo, níquel etc., e
também metais nobres, como ouro e prata.
Dica tecnológica
O anodo usado na refinação eletrolítica é fabricado com cobre
blíster.
144
grau de pureza é de 99,99%. Esse material é usado na indústria
eletroeletrônica e na fabricação de ligas especiais.
Dica tecnológica
O cobre é totalmente reciclável. O aproveitamento da sucata
desse metal permite uma grande economia de matéria-prima.
145
melhor qualidade de vida deve estar sempre presente em nossas
mentes. Pense nisso!
Exercícios
Coluna A Coluna B
a) ( ) Trituração e 1. Nessa etapa obtem-se um concentrado com 15 a
moagem. 30% de cobre.
b) ( ) Flotação ou 2. Etapa na qual, com a flutuação do minério, forma-
concentração. se uma espuma concentrada rica em cobre na su-
c) ( ) Decantação e perfície da solução de água e produtos químicos.
filtragem. 3. Etapa em que as impurezas restantes são elimina-
d) ( ) Obtenção do das pela refinação térmica ou eletrolítica.
mate. 4. Nessa etapa, o concentrado de cobre é levado
e) ( ) Obtenção do juntamente com fundentes a um forno de revérbe-
cobre blíster. ro, onde se obtêm um sulfeto de cobre e de ferro
f) ( ) Refino. que contém 35 a 55% de cobre.
5. Etapa em que o minério é moído até que os
pedacinhos atinjam um tamanho entre 0,05 e 0,5
mm.
146
6. Nessa etapa, o mate é colocado em conversores
para a retirada do ferro e do enxofre.
Gabarito
147
2. a) V d) V
b) V e) F
c) F f) V
3. c
4. c
5. a) 5 d) 4
b) 2 e) 6
c) 1 f) 3
O bronze
Vamos começar nosso estudo pela liga mais antiga que se co-
nhece: o bronze. Formado por cobre (Cu) e estanho (Sn), foi
descoberto provavelmente por puro acaso, pois esses metais
podem ser encontrados juntos na natureza. Isso aconteceu por
148
volta de 4000 a.C. no Oriente Próximo, na região onde hoje es-
tão o Irã, a Jordânia, o Estado de Israel, a Síria e o Líbano.
149
Solda forte é o mesmo que brasagem, ou seja, o processo de
solda no qual o material de adição sempre se funde a uma tem-
peratura inferior à do ponto de fusão das peças a serem unidas.
A liga de bronze também pode receber pequenas quantidades
de outros elementos como o chumbo, o fósforo ou o zinco.
Quando se adiciona o chumbo, há uma melhora na usinabilida-
de. A adição do fósforo oxida a liga e melhora a qualidade das
peças que sofrem desgaste por fricção. O zinco, por sua vez,
eleva a resistência ao desgaste.
150
Parece que você já tem informações suficientes para dar uma
parada e estudar um pouco. Para isso, use os exercícios a se-
guir.
Exercício
Coluna A Coluna B
O latão
Porcentagem
de zinco (%) 2 10 15 a 20 30 a 35 40
151
cor Cobre Ouro Avermelhado Amarelo Amarelo claro
(Latão vermelho) brilhante (Latão amarelo)
152
Vamos dar mais uma paradinha? É só uma pequena pausa para
você reler esta parte da aula e fazer os exercícios a seguir.
153
Exercícios
154
Essas ligas têm boa ductibilidade, boa resistência mecânica e à
oxidação, e boa condutividade térmica. São facilmente confor-
máveis, podendo ser transformadas em chapas, tiras, fios, tubos
e barras. Elas podem ser unidas pela maioria dos métodos de
solda forte e por solda de estanho.
Exercício
4. Responda:
a) Cite três propriedades da liga cobre-níquel.
b) Quais são os tipos de perfis nos quais a liga de cobre e
níquel pode ser transformada?
c) O que é o constantan e para que serve?
155
Normalização e produtos para comercialização
156
Imagine que você tem a liga C 22000. Esse código indica que é
uma liga de cobre e zinco, conhecida popularmente como latão.
Simples, não é?
C 81XXX a C 82XXX Ligas com elevado teor de cobre Cobre com pequenas adi-
(exceto 81100) ções
C 96XXX Cobre-níquel-ferro
C 98XXX Cobre-chumbo
157
chumbo ou uma liga de cobre-estanho-zinco com elevado teor de
chumbo, designando um bronze comum ou especial. Para saber
se é um bronze comum ou especial, é necessário consultar o
catálogo do fabricante, que traz a composição química da liga.
Exercícios
Este último teste é só para você mesmo saber o quanto está li-
gado no assunto.
158
Avalie o que você aprendeu
Gabarito
1. a) 1
b) 3
c) 4
d) 5
e) 2
2. a) V
b) F
c) V
d) V
e) F
f) V
g) V
h) V
i) V
159
4. a) Boa condutibilidade, boa resistência mecânica e oxidação
e boa condutividade.
b) Chapas, tiras, fios, tubos e barras
c) É uma liga de cobre e níquel e é utilizado na fabricação
de termopares.
160
Mais metais não-ferrosos
E por que essas ligas são empregadas? Por serem mais leves,
permitem que o carro gaste menos energia para se movimentar e,
por conseqüência, tenha um desempenho melhor com economia
de combustível.
86
os metais usados, como o magnésio ou o titânio e a tecnologia de
sua produção exigem muita pesquisa para seu desenvolvimento.
87
Cr-Fe-Mo-Cu).
Isso torna seu uso limitado a aplicações especiais tais como: tur-
binas de aviões, caldeiras de vapor, turbocompressores e válvu-
las de exaustão de motores, ferramentas para injeção e trabalho
a quente, equipamentos para tratamento térmico etc.
88
Antes de continuar, estude esta parte da aula para que possamos
ir em frente. Releia este trecho com cuidado e faça os exercícios
a seguir.
Exercícios
1. Complete as lacunas:
a) A utilização do alumínio e do .............. na construção dos
carros dos anos 90 melhoram o seu ................. e ajudam
na economia de ...................... .
b) As próteses implantadas no corpo humano são feitas de
................... porque esse material tem especial resistência
à ....................... .
c) Do ponto de vista estrutural e econômico, nenhum metal
se compara ao ........................., ao .......................... ou ao
.............................. .
d) Três propriedades que os metais ferrosos precisam ter
melhoradas são: .............................., ............................. e
.......................................... .
e) Em razão de seu alto custo, as ligas de metais não-
ferrosos têm o uso ................................. a aplicações
.................................... .
89
ção do ferro fundido nodular e na redução de metais (35%). So-
mente 15% são usados na fabricação de produtos.
Exercício
3. Responda:
a) O que caracteriza o magnésio?
b) Onde o magnésio é mais usado?
c) Como as ligas de magnésio podem ser trabalhadas?
d) As ligas de magnésio são muito usadas na indústria aero-
náutica e automobilística. Por quê?
O chumbo
90
O chumbo é um metal de cor acinzentada, pouco tenaz, porém
dúctil e maleável. É bom condutor de eletricidade, embora não
seja magnético, e mau condutor de calor. Funde-se a 327ºC. É
facilmente laminado, pois é o mais mole dos metais pesados.
Pode ser endurecido em liga com enxofre (S) ou antimônio (Sb).
É resistente à água do mar e aos ácidos, mas é fortemente ata-
cado por substâncias básicas. Oxida-se com facilidade em con-
tato com o ar. Outras propriedades que permitem grande varieda-
de de aplicações são: alta densidade, flexibilidade, alto coefici-
ente de expansão térmica, boa resistência à corrosão, condutibili-
dade elétrica, facilidade em se fundir e formar ligas com outros
elementos.
91
Cobre (0,06%) Resistência à corrosão Equipamentos para proces-
samento de ácido sulfúrico.
Proteção catódica de
estruturas marinhas.
Prata (2%) Resistência à corrosão em
atmosferas marinhas.
Antimônio (1 A 9%) Resistência mecânica Revestimento de cabos
elétricos; placas de baterias
elétricas; grades de baterias
para serviço pesado.
Exercícios
4. Responda:
a) Quais são as propriedades que permitem grande varieda-
de de aplicações do chumbo?
b) Cite duas propriedades mecânicas do chumbo.
5. Complete as lacunas:
a) O chumbo pode ser endurecido em liga com ......................
ou .......................................................................................
b) A maior utilização do chumbo é na fabricação de...............
..................................
92
6. Relacione o elemento de liga de chumbo a sua aplicação.
a) ( ) Cobre 1. Proteção catódica de estruturas marinhas.
b) ( ) Prata. 2. Placas de baterias elétricas.
c) ( ) Antimônio. 3. Equipamentos para processamento de ácido sulfúrico.
4. Revestimento de cabos elétricos.
93
lunares. São empregadas também em rotores de bombas usadas
para bombear hidrogênio líquido. Veja no quadro a seguir, o re-
sumo destas informações.
Ligas de aço
1. Arcos que sustentam a fuselagem
2. Junção asa-fuselagem
3. Arcos dos flaps
4. Sustentação das gôndolas dos motores
Ligas leves
5. Caixilho das vidraças da cabine dos pilotos
6. Longarinas de sustentação da cabine dos pilotos
7. Caixilho da porta
8. Revestimento dos tanques de combustível
9. Estrutura do leme e dos estabilizadores do leme
Ligas de titânio
13. Partes das gôndolas dos motores
14. Saídas das descargas dos motores
94
Exercícios
7. Responda:
a) Qual é a propriedade mais importante do titânio?
b) Quais são as qualidades que tornam o titânio ideal para a
fabricação de próteses a serem implantadas no corpo hu-
mano?
c) Quais são os elementos adicionados às ligas de titânio
que as tornam resistentes à corrosão?
d) Quais as ligas de titânio que entraram na construção dos
sistemas de controle de propulsão e reação dos foguetes
que transportaram as naves Apollo e Saturno e por que fo-
ram usadas?
Estudar as causas da fratura de maxilar, avaliar a as miniplacas de titânio apresentam alta biocom-
importância da tomografia computadorizada no patibilidade, isto é, menor possibilidade de
seu diagnóstico e a eficácia das miniplacas de rejeição pelo organismo. O pesquisador concluiu
titânio na terapia foi o objetivo da dissertação de que as placas foram eficientes para conter as
mestrado do médico e dentista Sérgio Luís de fraturas e não alteram o perfeito fechamento da
Miranda. As placas e parafusos, antes de aço, boca depois de concluído o tratamento.
agora são substituídas pelas de titânio para
conter os ossos quebrados . Segundo Miranda,
95
Metais não-ferrosos para proteção de superfícies
Sempre que falamos em metais, uma das propriedades que mais
nos interessa é a resistência à corrosão. Isso acontece porque a
corrosão destrói os metais. Basta lembrar, por exemplo, que
quando a gente vai comprar um carro usado, uma das maiores
preocupações é procurar os pontos de ferrugem. Dependendo de
onde eles estão, não tem negócio.
96
nentes e são de fácil usinagem. Elas possuem elevada resistên-
cia à corrosão por agentes atmosféricos, desde que a umidade
não seja muito elevada; resistem também a hidrocarbonetos (ga-
solina e óleos) e ao álcool.
97
cobre também é usada na produção de mancais e ligas de fusí-
veis.
Exercícios
10. Responda:
a) Na utilização do estanho e do zinco existe uma diferença
em relação aos outros metais já estudados. Qual é ela?
b) Cite uma característica do zinco.
c) Cite uma característica do chumbo.
98
Avalie o que você aprendeu
99
Gabarito
2. a) 1 e 5
b) 5
c) 3
d) 2 e 4
100
6. a) 3 b) 1 c) 2 e 4
8. a) 2
b) 3
c) 4
d) 1
12. a) 4 d) 6
b) 2 e) 5
c) 3 f) 1
101
13. - Com a evolução dos processos e da tecnologia, gradativa-
mente o aço-carbono foi abrindo espaço para outros mate-
riais, como os não-ferrosos, por exemplo.
- O que se nota é que o aço de alta resistência mecânica e
os plásticos vêm ocupando espaço a cada ano e, por ra-
zões econômicas e de qualidade, substituem com vanta-
gens outros materiais.
- O magnésio, mais recentemente, vem entrando no mercado
da manufatura, embora ainda meio timidamente.
- Em resumo, as ligas marcam presença e, para o futuro, é
evidente a predominância desses materiais na produção de
peças para a indústria automotiva e na metalurgia em geral.
102
Reduzindo o atrito
Você que está lendo esta aula, deve estar se perguntando o que
o motor do carro do vizinho, as dobradiças rangendo, o calor ge-
rado quando você esfrega uma mão na outra e a chama do fós-
foro têm a ver com a Mecânica. Bem, usamos esta historinha
para mostrar que o atrito gera, no mínimo, um ruído irritante e
calor. E isso é péssimo para qualquer conjunto mecânico.
177
Esta aula vai ensinar a você o que é o atrito, os problemas cau-
sados por ele e o que você pode fazer para diminuí-los. Por isso,
você vai estudar os lubrificantes usados na lubrificação de má-
quinas e equipamentos, os fluidos de corte empregados na usi-
nagem, o que são e para que servem. Fique ligado. O assunto é
muito importante.
O atrito em ação
178
Fique por dentro
Você não deve pensar que o atrito acontece somente entre sóli-
dos. O contato, em movimento, entre um sólido e um líquido ou
um elemento gasoso também causa atrito. A prova disso é que
os corpos das naves espaciais do tipo Colúmbia têm que ser fa-
bricados com materiais que resistam às altas temperaturas gera-
das pelo atrito com a atmosfera, quando elas retornam à Terra.
Acredite se quiser
Nem sempre o atrito é prejudicial. Na verdade, ele auxilia na usi-
nagem, isto é, no processo de fabricação e acabamento que usa
uma ferramenta para desbastar um material. A força do atrito
permite que o material seja desbastado e a peça fabricada.
179
Exercícios
180
Só que não é bem assim. Nesse painel que reproduz escravos
trabalhando na construção de um templo ou túmulo no antigo
Egito, aquele que joga a água no chão está formando lama que,
nesse caso, é o verdadeiro lubrificante. Todo mundo sabe, tam-
bém, que não se pode colocar água ao invés de óleo para lubrifi-
car o motor de um carro. Se você colocar água na dobradiça que
está rangendo, você terá mais barulho como resultado.
Dica tecnológica
A viscosidade dos óleos pode ser classificada de outra forma: é
a classificação SAE, que se refere à viscosidade de óleos para
motores de combustão interna e engrenagens automotivas.
182
gundos, no mínimo. Essa temperatura é 22ºC a 28ºC mais alta
que a do ponto de fulgor.
O ponto de fluidez é a temperatura mínima na qual o óleo ainda
flui. É uma característica muito importante para se determinar o
lubrificante adequado para ser usado em locais muito frios. Prati-
camente todos os óleos lubrificantes possuem pontos de fluidez
abaixo de 0ºC. No clima do Brasil, o ponto de fluidez só é i m-
portante no emprego de lubrificantes para máquinas frigoríficas.
Exercício
Coluna A Coluna B
a) ( ) Viscosidade 1. Temperatura em que a graxa passa do estado
b) ( ) Consistência de sólido ou semi-sólido para o estado líquido.
graxa 2. Temperatura na qual o vapor desprendido do
c) ( ) Ponto de fulgor óleo aquecido se inflama em contato com uma
d) ( ) Ponto de com- chama.
bustão 3. Temperatura mínima na qual o óleo ainda
e) ( ) Ponto de fluidez escoa.
f) ( ) Ponto de gota de 4. Característica da graxa que corresponde à
graxa viscosidade do óleo lubrificante.
5. Temperatura na qual o vapor do óleo, uma vez
inflamado, continua a queimar por mais cinco
segundos no mínimo.
183
6. Resistência de um fluido ao escoamento.
184
Óleo e graxa. Qual a diferença?
185
Dica tecnológica
Os sabões metálicos não são muito diferentes dos tradicionais
sabões de lavar roupa. Eles são obtidos pela reação química en-
tre um ácido graxo (geralmente sebo) e um sabão alcalino. As-
sim, a cal virgem produz um sabão de cálcio, a soda cáustica dá
sabão de sódio, o hidróxido de lítio dá sabão de lítio.
186
O manuseio e o armazenamento das graxas, óleos lubrificantes
e fluidos de corte necessitam de alguns cuidados especiais. Po-
rém, não falaremos deles nesta aula. Esse assunto será aborda-
do quando falarmos de lubrificação no módulo sobre Manuten-
ção.
Exercício
187
tato a fim de reduzir o atrito, controlar a temperatura e eliminar o
desgaste. A função dos aditivos é justamente garantir que essa
função seja mantida, não importa as condições de trabalho.
188
odoríferos facilitar a identificação
Fungos e bactérias Antissépticos Inibir o crescimento - Fluidos de corte
de fungos e bactérias
Exercício
189
Para entender onde o fluido de corte entra nisso, vamos repro-
duzir um trecho do primeiro capítulo de um manual sobre fluidos
de corte editado pela Esso Brasileira de Petróleo S.A.:
190
Outras funções secundárias também são obtidas:
a) Remover os cavacos ou aparas.
b) Possibilitar um bom acabamento na superfície usinada.
c) Evitar a corrosão da peça, da ferramenta e da máquina.
d) Lubrificar as guias da máquina-ferramenta.
191
Compo- Propriedades
sulfurados
ou com
substâncias
cloradas
192
É possível também associar o tipo de fluido de corte ao material
que deve ser usinado e à operação a ser realizada. Esse tipo de
associação será feito quando você estudar os processos de fa-
bricação mecânica e, dentro deles, a usinagem.
Exercícios
193
7. Faça a correspondência entre o fluido de corte e as funções
que eles exercem na operação de usinagem.
Coluna A Coluna B
a) ( ) Óleo lubrificante 1. Usado em sistemas mecânicos em que os
b) ( ) Graxa elementos de vedação não permitem uma lubri-
c) ( ) Fluido de corte ficação satisfatória.
2. Usado em peças deslizantes ou oscilantes.
3. Usado para resfriamento da ferramenta, das
aparas e da peça.
4. Usado para garantir menor atrito fluido em altas
rotações.
5. Usado em elementos mecânicos nos quais a
temperatura de trabalho é excessiva.
6. Usado para prevenir a corrosão da peça, da
ferramenta e da máquina.
194
Gabarito
1. a) V
b) F (As saliências e reentrâncias, nas superfícies dos mate-
riais, quando em contato, dificultam o deslizamento da
superfície, causando o atrito.)
c) F (O contato em movimento, entre um sólido, um líquido
ou um elemento gasoso, também causam atrito.)
d) V
2. a) V b) F c) V d) V
e) F f) V g) F
3. a) - 6 b) - 4 c) - 2
d) - 5 e) - 3 f) - 1
5. a) V
b) F (Para proteger os metais contra substâncias corrosivas
e ataques do meio-ambiente, adiciona-se aditivo alcalino,
cromato, dicromato e sulfonato de petróleo aos óleos lu-
brificantes.)
c) V d) V e) V f) V
6. a) 3 b) 1 c) 3
7. a) 3 b) 2 c) 4
d) 1 e) 5
8. a) 4, 5 b) 1, 2 c) 3, 6
195
Um material inventado
195
Um pouco de história
Acredite se quiser
Por não ser químico e não conhecer as propriedades explosivas
da nitrocelulose, John Hyatt fez experiências que um químico
não faria e os pesquisadores não sabem até hoje como ele so-
breviveu a elas.
196
O primeiro plástico fabricado pelo homem através de síntese foi
a resina fenol-formaldeído, desenvolvida pelo físico e químico
belga Leo Hendrik Baekeland. Estudando seriamente sobre a
polimerização e a condensação, ele conseguiu viabilizar um
método de reações controladas de polimerização, de modo a
produzir resinas plásticas em quantidades comercialmente viá-
veis. Em vez de retardar a reação de polimerização, Baekeland
apressou-a. Em uma autoclave e a uma temperatura de 200ºC,
ele obteve uma massa esférica, cor de âmbar, cuja superfície era
uma impressão exata do fundo do recipiente, incluindo as cabe-
ças dos parafusos. Estava “inventada” a baquelite, o primeiro
plástico sintético.
197
Mas, exatamente, o que é o plástico? Nesta primeira parte da
aula, você leu palavras talvez estranhas como fenol, formaldeí-
do, polimerização. Elas fazem parte da resposta, porém não são
toda a resposta. Passe para a próxima parte da aula na qual
tentaremos resolver este enigma.
Exercício
O que é o plástico?
198
aquecido a uma temperatura em torno de 800ºC são materiais
plásticos.
Todavia, quando nos referimos ao plástico, estamos falando de
um grupo de materiais sintéticos que, no processamento, é
aquecido e que, na temperatura em que está “plástico”, amolece
sem se tornar líquido, podendo ser moldado. O nome mais ade-
quado para esse material seria “plastômero”, ou seja, polímero
plástico.
199
Catalisar é aumentar a velocidade de uma reação química pela
presença e atuação de uma substância que não se altera no
processo. Portanto, o catalisador é a substância que aumenta a
velocidade da reação química.
200
nas moléculas dos copolímeros, estes apresentam diferentes ca-
racterísticas físico-químicas.
201
Para a fabricação das peças, o material plástico é fornecido na
forma de grãos grossos, lisos e sem rebarbas, medindo entre 2 e
3 mm, para facilitar o deslizamento nas máquinas injetoras. Pode
também ser apresentado semi-transformado, isto é, transforma-
do em forma de barras, placas ou chapas finas. As barras e as
placas se destinam a obtenção de peças pelos processos con-
vencionais de usinagem. As chapas finas e os laminados podem
ser cortadas em estampos, ou conformadas a vácuo.
Será que agora você já tem uma idéia do que seja o plástico?
Então, que tal estudar um pouquinho esta parte da aula?
Exercícios
2. Complete:
202
d) Os principais elementos químicos que entram na compo-
sição dos monômeros e dos polímeros são
........................ e ................................ .
e) Por meio do aquecimento de compostos como o fenol, o
cloreto de vinila, ....................... e ......................., com
ou sem a presença de um catalisador, ocorre
....................... e obtém-se o plástico.
f) Quando, na formação das macromoléculas, participam
mais de um tipo de monômero, obtém-se plásticos cha-
mados de .................................... .
g) Os processos de obtenção dos produtos de plástico inclu-
em moldagem por compressão, ..................................,
................................., conformação a vácuo, corte em
estampos, ..................................... .
h) O material plástico para processamento é fornecido sob a
forma de grãos ....................., .......................... e sem
........................... medindo entre 2 e 3 mm, para facilitar o
fluxo do material nas injetoras.
i) O material pode ser fornecido também já semi-
transformado, ou seja, em forma de ...........................,
................... ou ................................. .
j) As chapas finas e os laminados podem ser cortadas em
...................... ou ....................... a vácuo.
203
se divide em dois grandes grupos. Esses grupos são determina-
dos pela maneira como as resinas plásticas reagem em relação
ao calor. Assim, os plásticos podem ser termofixos ou termo-
plásticos.
204
Para parar e estudar
Exercício
206
matos, que são produzidos através de reações químicas. Estes
elementos de adição são incorporados ao material plástico me-
canicamente por meio de máquinas extrusoras, calandras ou por
misturadores do tipo Banbury.
Exercícios
207
c) Por que as cargas são incorporadas ao plástico?
d) Quais são as cargas usadas com mais freqüência?
e) O que são pigmentos? Dê exemplos.
O plástico e o ambiente
Assim, os objetos de plástico que você joga fora e que vão para
os depósitos de lixo, ou que se espalham de maneira pouco civi-
lizada na grama dos parques, das praças ou nas areias das
praias se acumulam e poluem o meio ambiente. A reciclagem é
um modo de reaproveitar e controlar a quantidade de material
plástico lançado na natureza. Reciclando garrafas e embalagens,
por exemplo, novos produtos são fabricados sem a produção de
mais material plástico, tão agressivo ao meio ambiente. Mas, o
ideal seria a utilização de plásticos biodegradáveis. As pesquisas
para isso estão avançadas, porém esbarram no fator econômico:
enquanto o material plástico não biodegradável for mais barato,
não haverá espaço para um outro material com as mesmas ca-
racterísticas e que não polua o meio ambiente.
Por esse motivo e por enquanto, muita pressão deve ser feita
para que a maior quantidade possível de material plástico seja
reciclado. A ordem é proteger o meio ambiente.
208
Exercícios
Empresa lançajeans
de plástico reciclado
Produto chega ao mercado em abril
209
1. macromoléculas, polímeros;
2. moldável, “celulóide”;
3. 1809, 1909;
4. compressão, extrusão;
5. aplicações, plásticos;
6. termofixos, termoplásticos;
7. 1870, 1909;
8. plásticos sintéticos;
9. termoplásticos, termoquímicos;
10. plásticos, natural.
210
1. alta resistência mecânica e ao calor; muita estabilidade
dimensional; baixo coeficiente de dilatação; facilidade
para reparar.
2. alta resistência mecânica e ao calor; pouca estabilidade
dimensional; alto coeficiente de dilatação; facilidade para
reparar.
3. baixa resistência mecânica e ao calor; pouca estabilidade
dimensional; alto coeficiente de dilatação; dificuldade
para reparar.
211
10. Escreva V ou F conforme as afirmativas a seguir sejam ver-
dadeiras ou falsas.
a) ( ) O plástico não é biodegradável, pois a natureza não
consegue absorvê-lo.
b) ( ) A forma de controlar a quantidade de material não
biodegradável na natureza é através da reutilização
e da reciclagem.
c) ( ) A utilização de plásticos biodegradáveis esbarra no
fator econômico, pois enquanto esse material for
mais barato, será difícil resolver o problema da polui-
ção ambiental causada pelo material plástico.
d) ( ) A maior quantidade possível de material plástico
deve ser reciclado para proteger o meio ambiente.
Gabarito
1. a) V b) V
c) F (O baquelite, uma massa esférica cor de âmbar, cuja
superfície era uma impressão exata do fundo do recipi-
ente, foi obtida em uma autoclave à temperatura de
200ºC. Assim surgiu o primeiro plástico sintético.)
d) V e) V
2. a) polímeros
b) plastômeros
c) manômeros
d) carbono - hidrogênio
e) propeno - etileno - polimerização
f) copolimeros
g) extrusão - injeção - usinagem
h) grosso - lisos - rebarbas
i) barras - placas - chapas finas
j) estampos - conformados
212
4. a) TMP b) TMF c) TMF
d) TMF e) TMF f) TMP
5. a) V b) V c) V d) V
e) F f) V g) V
10. a) V b) V c) F d) V
213
Borracha, para que te quero?
Esta aula vai ensinar a você algumas das razões pelas quais a
borracha é tão importante para a nossa vida e para a indústria
mecânica. Acompanhe conosco.
Um pouco de história
213
século XIX, o Brasil teve o monopólio da produção mundial da
borracha. Em 1876, um contrabando levou 70.000 sementes
para a Inglaterra, onde elas foram cultivadas em estufas e depois
plantadas na Ásia. Após alguns anos, grandes plantações come-
çaram a produzir em escala comercial. O Brasil, por explorar
apenas as plantas nativas, perdeu o monopólio.
214
Exercício
215
O látex colhido, depois de coado para a retirada de folhas, gra-
vetos e insetos, é derramado em tanques divididos por paredes
de metal. Lá, ele é coagulado pela adição de ácido acético diluí-
do. O que se obtém dessa operação, é uma massa esponjosa
que, em seguida, é laminada entre dois cilindros que giram com
velocidades iguais debaixo de água. As folhas de borracha que
saem dessa laminação, se depois forem passadas entre cilindros
girando em velocidades diferentes, transformam-se no que cha-
mamos de borracha-crepe. Depois, esse material pode ser de-
fumado para evitar que fermente ou mofe. Por fim, essas lâminas
de borracha são prensadas em grandes blocos e enviadas para
as indústrias onde se transformarão em produtos acabados.
216
Não existem artigos feitos de borracha pura. A câmara de ar que
se coloca dentro de pneus tem 90% de borracha. Os pneus, cuja
borracha recebe adição de negro de fumo para aumentar sua re-
sistência à abrasão, têm 60% de borracha. Outros produtos,
como os solados de borracha, contêm 30% ou menos. Na verda-
de, ela é misturada com a borracha sintética para a fabricação
dos mais diversos produtos.
Exercício
217
d) Depois da laminação, o material pode ser
............................. para ser protegido contra
............................. e .............................. .
e) O sringueiro que extrai o látex no meio da floresta, geral-
mente deixa que ................. se ............................. natu-
ralmente.
Borrachas sintéticas: por quê? Para quê?
218
Os SBRs, ou copolímeros de estireno-butadieno, combinados na
proporção de 75% de butadieno e 25% de estireno, são as bor-
rachas sintéticas mais comuns no mercado.
Copolímeros de Maior resistência a óleos Menor resistência à Diafragmas para carburador; tanques
butadieno-acrilo- e solventes tração de combustíveis; mangueiras para
nitrila (Nitrila) gasolina e óleo
Polímeros de Alta resistência ao calor, Não é processado Mangueiras e guarnições para óleo
clorobutadieno à luz, a óleos e a como a borracha em temperaturas altas; pneus para
(Cloropreno e produtos químicos. Boa natural serviços pesados
Neopreno) resistência elétrica.
219
(Polysiloxane) 260oC. compatível com a espaciais..
borracha. Custo
o
É elástica até -38 C. elevado.
Adaptado de: Processo de Fabricação e Materiais para Engenheiros, por Doyle, Lawrence E. e outros,
São Paulo, Editora Edgard Blücher Ltda., 1962
Exercícios
Coluna A Coluna B
a) ( ) Poli-sulfetos (Thiokol). 1. Diafragma para carburador.
b) ( ) Poliacrílicos. 2. Mangueiras e guarnições para
c) ( ) Copolímeros de butadieno- óleo em alta temperatura.
acrilo-nitrila. 3. Guarnições para automóvel
d) ( ) SBR. 4. Vedação em equipamentos para
220
e) ( ) Copolímeros de isobutadi- refinarias.
eno. 5. Câmaras de ar.
6. Pneus.
7. Correias.
221
cada pneu equivale, em capacidade combustível, a 9,4 litros de
petróleo
Como você pode perceber, embora o que fazer com pneus ve-
lhos seja um problema, há maneiras de diminui-lo, contribuindo
para a economia do país.
Exercícios
222
Avalie o que você aprendeu
Gabarito
223
1. a) A borracha é um material de origem vegetal obtido do lá-
tex da seiva de uma árvore chamada Hevea brasiliensis.
b) Na vedação de canoas, na impermeabilização de objetos
e na confecção de bolas para jogar.
c) É mole, pegajosa quando aquecida e quando fria, é dura
e quebradiça.
d) Por meio da vulcanização.
3. a) 4 b) 3 c) 1
d) 6, 7 e) 2
6. a) V f) V
b) V g) V
c) F h) F
d) V i) V
e) V j) F
224
7. c) A borracha só foi descoberta em 1736, pelos europeus,
porém, sua vulcanização ocorreu em 1839.
h) Não existem artigos feitos de borracha pura.
j) Os copolímeros de estireno-butadieno, ou SBRs, são uma
combinação de 75% de butadieno e 25% de estireno.
225
Cerâmica e Mecânica: um casamento de futuro
225
eles podem estar tanto na sua cozinha, quanto no ônibus espa-
cial Colúmbia.
226
Isso permite que os produtos de cerâmica sejam usados tanto
para a louça doméstica quanto para a construção civil, como
material refratário de altos-fornos e ferramentas de corte em má-
quinas-ferramentas.
O quadro a seguir foi organizado para você ter uma visão geral
de algumas matérias-primas e produtos cerâmicos, bem como
algumas de suas propriedades.
227
Matéria-prima Designação Temp. de queima Propriedades Produtos
Majólica mecânica
Resistência
Grês branco
mecânica muito
1.250 a 1.300oC
elevada.
Baixa resistência à
escória básica.
Resistência a fornos.
escórias ácidas
228
ridas durante a queima destroem as estruturas cristalinas natu-
rais e reagrupam essas estruturas, formando novas, que são
responsáveis pelo desempenho do produto.
229
1. Responda às seguintes perguntas:
a) O que é um material cerâmico?
b) Cite algumas propriedades do material cerâmico.
c) Cite três produtos feitos com material cerâmico.
d) O que é a fase cristalina?
e) Qual a importância da fase cristalina para um material ce-
râmico?
f) O que a fase vítrea dá ao produto cerâmico?
Coluna A Coluna B
a) ( ) Argilas refratárias, caulim. 1. Louça doméstica.
b) ( ) Nitreto cúbico de boro. 2. Ferramentas de corte.
c) ( ) Quartzito. 3. Tijolos ou peças refratárias de
d) ( ) Argila, caulim, quartzo e uso geral.
feldspato. 4. Cerâmica artística.
e) ( ) Argila. 5. Vasos.
6. Sanitários.
230
1. Mistura, onde as matérias-primas previamente tratadas e do-
sadas são homogeneizadas, ou seja, misturadas de forma
homogênea.
231
O que você deve observar nesse processo, é a importância do
calor para que o produto cerâmico tenha garantidas as proprie-
dades que o caracterizam. Isso é muito importante.
Exercício
3. Responda:
a) Por que a queima é tão importante no processo de fabri-
cação de um produto cerâmico?
b) O que é sinterização?
232
até pode construir casas sem tijolos, telhas, pisos, azulejos, sa-
nitários, mas ela certamente não será tão confortável, nem tão
bonita e muito menos tão fácil de manter limpa.
Acredite se quiser
O ônibus espacial Colúmbia usa 24.192 placas de cerâmica tér-
mica como revestimento protetor contra as altas temperaturas.
Estas são decorrentes do atrito da nave, em alta velocidade, com
a atmosfera. Cada placa é feita individualmente e não há duas
iguais em toda a nave.
233
Matéria-prima Aplicação Propriedades Produtos
Óxido de ferro; Cerâmicas Magnetismo, dieletri- Capacitores; geradores
carbonato de bário cidade, piezo- de faísca; semiconduto-
elétricas e
e de estrôncio; eletricidade, semi- res; eletrólitos sólidos;
titanato de bário magnéticas condutividade. ferritas; ímãs; varistores
e termistores.
Alumina Cerâmicas Capacidade de Suportes de catalisado-
adsorção; resistência res; sensores de gases;
Zircônia químicas e
à corrosão; catálise. eletrólitos sólidos.
eletroquímicas
Alumina Cerâmicas óticas Condensação ótica; Lâmpada de descarga
translucidez; fluores- elétrica de vapor de
Vidro de sílica
cência; condução de sódio; memórias óticas;
luz. cabos óticos; diodo
emissor de luz; polariza-
dores.
Alumina Cerâmicas Condutividade Radiadores de infra-
térmica; isolação vermelho; isolantes
Zircônia térmicas
térmica; refratarieda- térmicos; refratários;
de; absorção de eletrodos de zircônia-
calor; resistência ao ytria para controle de
choque térmico. oxigênio na fabricação
do aço.
Alumina Cerâmicas Biocompatibilidade Implantes para substituir
dentes, ossos, juntas.
Biológicas
Zircônia Cerâmicas Resistência à corro- Materiais para blinda-
são, às altas tempe- gem; revestimento de
Alumina nucleares
raturas e à radiação; reatores
Carbeto de boro refratariedade
Carbeto de boro Cerâmicas Alta resistência Ferramentas de corte;
mecânica e à abra- esferas e cilindros para
Carbeto de silício mecânicas e
são; baixa expansão moagem; bicos de
Nitreto de silício termomecânicas térmica e alta maçaricos; acendedores
resistência ao para caldeiras; pás de
Alumina choque térmico; turbina para alta veloci-
Zircônia capacidade de dade; anéis de vedação
lubrificação; elevado de bombas d’água;
ponto de fusão; rotores.
elevada condutivida-
de térmica.
Zircônia Cermetes Alta resistência à Pontas de ferramentas
compressão, à de corte e furadeiras;
Alumina
deformação plástica pastilhas de freio.
Nitreto de silício e ao desgaste; alta
dureza e grande
estabilidade química.
234
ais apresentam elevada dureza, resistência ao desgaste, à de-
formação plástica e alta estabilidade química. Atualmente, esses
materiais representam cerca de 4 a 5% do material usado nas
pontas das ferramentas para o corte de metais. São usadas na
indústria automobilística, principalmente para a usinagem em alta
velocidade de ferro fundido cinzento, na produção de tambores e
discos de freio e volantes. São usadas também para a usinagem
em alta velocidade de superligas de ferro fundido especial e aços
de alta resistência.
235
De qualquer modo, as pesquisas continuam e vários programas
de testes com válvulas cerâmicas de nitreto de silício (Si3N4),
que são mais leves e mais resistentes que o aço, estão demons-
trando a alta durabilidade que esse material pode alcançar. Outra
aplicação potencial em motores a gasolina é como rotor turbo-
alimentador: a fábrica japonesa Nissan introduziu, com sucesso,
os rotores de nitreto de silício em um de seus modelos do ano de
1985.
Exercícios
236
b) ( ) Um dos maiores problemas para a utilização da ce-
râmica avançada na construção de motores de veí-
culos é sua fragilidade.
c) ( ) A cerâmica avançada deve ser usada na construção
de partes para equipamentos que devem trabalhar
em regimes de altas temperaturas.
d) ( ) Um motor feito de cerâmica tem menor volume e
menor peso, dispensa refrigeração e economiza
combustível.
237
de combustão e revestimentos. Estes motores ... operam efi-
cientemente com sistemas de resfriamento menores do que
os convencionais. ... É pouco provável, contudo, que qual-
quer destas aplicações entre em produção industrial antes do
final do século”.
Gabarito
2. a) 3 b) 2 c) 6
d) 1 e) 4
238
4. a) F b) V
c) V d) V
239
É hora do acabamento
239
se fale! Era um tempo em que nossas mães, muito caprichosas,
esmeravam-se em manter suas panelas, talheres e torneiras bri-
lhando. E você consegue se lembrar ao menos de um dos mate-
riais que sua mãe usava para deixar tudo polido como espelho?
240
Nas operações executadas com o auxílio desses materiais, o
atrito do abrasivo com a peça retira quantidades variadas de
material, dependendo do resultado que se quer obter. Grãos
mais grossos retiram mais material. Por outro lado, quanto mais
fino for o grão do abrasivo, mais fino e polido será o acabamento
obtido.
Até aqui a aula está bem fácil. Mesmo assim, volte um bocadi-
nho, releia tudo e faça os exercícios a seguir.
Exercícios
1. Responda:
a) O atrito pode trazer algumas conseqüências para um
conjunto mecânico em funcionamento. Quais são elas?
b) Você pode usar o atrito, em seu benefício, em algumas
operações mecânicas. Quais são elas e qual o resultado
que se obtém nessas operações?
c) O que é um abrasivo?
d) Cite ao menos dois produtos abrasivos que você tem na
cozinha de sua casa.
241
riais, desde os mais (duros - macios) até os mais (duros -
macios).
c) Os abrasivos podem ser usados sob a forma de pós, (pe-
daços - grãos) soltos, rebolos, barras e placas de dife-
rentes (formatos - espécies) e tamanhos.
d) Dependendo do tipo de trabalho a ser executado, quanto
mais (fino - grosso) for o grão abrasivo, mais material será
retirado. Inversamente, quanto mais (fino - grosso) for o
grão, mais fino e polido será o acabamento.
242
ferramentas de corte ou polir e dar acabamento final a estampos,
matrizes e gabaritos.
243
para formar as lixas. Lixas que têm uma tela como suporte e óxi-
do de alumínio como abrasivo são usadas para trabalhar metais.
Exercícios
244
6. Dureza - ferramenta - aglomerante.
a) Todos os .......................... são processados a quente e
saem do forno na forma de pedaços maciços que são
moídos posteriormente e transformados em
............................... com arestas e ........................ agu-
dos.
b) O que dá ao .......................... sua capacidade de cortar
outros ............................. são suas arestas e
............................. agudos.
c) O que determina a classificação da ............................ de
corte do .................................. natural ou sintético é o
tamanho do ................................
d) O tamanho do grão e sua ............................. juntamente
com o formato da .......................... e o tipo de
.......................... determinam sua utilização.
e) Ferramentas utilizadas na .............................. cilíndrica
em superfícies planas e paralelas, na afiação de ferra-
mentas e na eliminação de ................. são chamadas de
............................ .
f) As ferramentas que têm alta ........................ ao desgaste
e à deformação em altas temperaturas, possuem pontas
feitas com ................................, embora tenham uso res-
trito por sua .........................
245
Algumas propriedades dos materiais abrasivos
Você já estudou duas partes desta aula. Será que você é capaz
de dizer por que os abrasivos são usados? Vamos refrescar sua
memória: para cortar, retificar, rebarbar ou afiar em diferentes
operações de usinagem. Só que para realizar essas tarefas,
como qualquer outro material, o abrasivo tem que apresentar al-
gumas características, algumas propriedades. Você pode imagi-
nar quais são elas?
246
portância do aglomerante. Assim, a dureza do rebolo, está tam-
bém relacionada à tenacidade com que a liga aglomerante man-
tém os grãos agrupados. Para usinar materiais brandos (ma-
cios) usam-se rebolos duros. Para usinar materiais duros, em-
pregam-se rebolos brandos (macios), porque os grãos desgasta-
dos se desprendem facilmente, deixando descoberto novos
grãos com arestas agudas.
(natural ou artificial)
247
A aula já acabou, mas a sua tarefa, não. Falta estudar a última
parte e fazer o exercício a seguir.
248
Exercícios
6. Responda.
a) Cite algumas aplicações para os abrasivos.
b) Quais são as três propriedades dos abrasivos? Cite-as e
explique o que cada uma delas significa em relação ao
abrasivo.
c) Explique com suas palavras por que os abrasivos perdem
seu poder de corte.
d) Por que o carboneto de silício e o óxido de alumínio po-
dem ser usados como abrasivos?
Gabarito
3. a) V
b) V
c) V
d) F (O diamante é o mais duro dos abrasivos naturais usa-
do para afiar ferramentas desgastadas.)
e) V
f) V
4. a) 2 b) 4 c) 5
d) 6 e) 1 f) 3
5. a) 4 b) 1 c) 2
250
Ferro Fundido maleável Preto