Apostila de Física 3 Ano

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GOVERNO DO ESTADO DO ACRE

SECRETARIA DE ESTADO DE EDUCAÇÃO, CULTURA E ESPORTES


ESCOLA CARLOS CASAVECCHIA

APOSTILA 3o ANO

Aluno: _______________________________________________________

Tuma_____________________________ Turno: _____________________

Professor (a): Luis Gustavo

Esocola: ______________________________________________________

2021
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Calor e Temperatura
O que é temperatura
Temperatura é o grau de agitação das moléculas de um corpo.
Macroscopicamente, a temperatura é percebida pelas sensações de quente e
frio, e pode ser descrita por meio de um grande número de escalas
termométricas. Quanto mais quente (alta temperatura) se apresenta o corpo,
maior será sua energia cinética, ou seja, a agitação moléculas; e, quanto mais
frio (baixa temperatura), menor será a agitação molecular.

Atualmente existem três escalas termométricas largamente utilizadas: celsius,


fahrenheit e kelvin. A escala celsius é a mais usada de todas, praticamente
por todos os países do mundo. A escala fahrenheit é utilizada nos Estados
Unidos da América e em outros pequenos países. Já a escala kelvin é vista no
meio acadêmico, em publicações científicas, uma vez que kelvin (K) é a unidade
de medida de temperatura adotada pelo Sistema Internacional de Unidades. No
Brasil, a escala de temperatura utilizada é Celsius, cujo ponto de fusão da água
apresenta o valor 0° e o ponto de ebulição 100°.

A medida de temperatura de um corpo determina o sentido no qual o calor irá


fluir. Essa forma de energia térmica deve sempre partir dos corpos de maior
temperatura em direção aos corpos de menor temperatura, até que se
estabeleça a condição de equilíbrio térmico.
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O que é calor
O calor, que também pode ser chamado de energia térmica, corresponde à
energia em trânsito que se transfere de um corpo para outro em razão da
diferença de temperatura. Essa transferência ocorre sempre do corpo de maior
temperatura para o de menor temperatura até que atinjam o equilíbrio térmico.
É muito comum ouvirmos algumas expressões cotidianas associando calor a
altas temperaturas. Em um dia quente, por exemplo, usa-se a expressão “Hoje
está calor!”. Porém, corpos com baixas temperaturas também possuem calor, só
que em menor quantidade. Isso quer dizer apenas que a agitação das moléculas
é menor em corpos “frios”.
A unidade de medida mais utilizada para o calor é a caloria (cal), mas a sua
unidade no Sistema Internacional é o Joule (J). A caloria é definida como a
quantidade de energia necessária para elevar a temperatura de 1g de água em
1ºC.
A relação entre a caloria e o Joule é dada por: 1 cal = 4,186 J

Lei zero da termodinâmica


O princípio físico que explica o equilíbrio térmico é chamado Lei Zero da
Termodinâmica. Confira o enunciado dessa lei, de forma simplificada:
” Consideremos dois objetos A e B. Se um terceiro objeto T está em equilíbrio
térmico com A e também em equilíbrio térmico com B, então A e B estão em
equilíbrio entre si “
A figura a seguir ilustra o princípio físico do equilíbrio térmico. Se os corpos A,
de temperatura TA, e B, de temperatura TB, estiverem em equilíbrio térmico com
o corpo C, de temperatura T C, então: TA = TB = T C.
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Calor e equilíbrio térmico


O equilíbrio térmico ocorre quando os componentes de um sistema
termodinâmico transferem calor entre si, sempre no sentido do corpo mais
quente para o corpo mais frio, até que sua temperatura seja equilibrada.
Para que ocorra o equilíbrio térmico, é necessário que os corpos estejam
em contato térmico. O contato térmico é caracterizado pela capacidade que os
corpos têm de trocar calor entre si.

Atividade

1) O que é Temperatura?

2) O que é calor?
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3) O que é equilíbrio térmico?

Calor
Dizemos que calor é a energia térmica transferida entre corpos que se
encontram em temperaturas diferentes, sendo, portanto, uma forma de
energia. Além disso, o calor sempre transita do corpo de maior temperatura para
os corpos de menor temperatura, até que se estabeleça o equilíbrio térmico.
O calor pode ser transmitido por meio de três processos:
Condução: transmissão de calor mediante o contato de superfícies;
Convecção: transmissão de calor em razão da formação de correntes
convectivas em um fluido;
Irradiação: transmissão de calor por ondas eletromagnéticas.
Existem apenas duas formas de calor: calor latente e calor sensível:
Calor sensível: é a forma de calor responsável pela mudança de temperatura
em um corpo. Quando um corpo recebe calor sensível, sua temperatura
aumenta; quando o mesmo corpo cede calor sensível, sua temperatura cai.
Calor latente: é a quantidade de calor que deve ser transferida para que um
corpo ou uma substância mude de estado físico. Quando um corpo se encontra
na temperatura de ebulição ou de fusão, por exemplo, sua temperatura não varia,
mesmo que ele continue exposto a uma fonte de calor. Não há mudanças de
calor quando um corpo troca calor latente, apenas mudanças de estados físicos.
Por isso, dizemos que ele recebe calor latente.

CALOR SENSÍVEL x CALOR LATENTE:


Calor sensível
A quantidade de calor “Q” recebida ou cedida por um corpo, ao sofrer
variação detemperatura sem que haja mudança de fase, é denominada de
calor sensível.
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CALOR LATENTE
Quando uma substância está mudando de estado, ela absorve ou perde
calor sem que sua temperatura varie. A quantidade de calor absorvida ou
perdida é chamada calor latente.

EXERCÍCIOS:
1) O que é calor sensível?

2) O que é calor latente?


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Propagação do calor
O calor pode ser propagado de 3 formas:

Condução
Transferência de calor por meio da agitação de moléculas, em um corpo ou entre
mais corpos, desde que haja contato entre eles. Por necessitar de um meio, não
pode ocorrer no vácuo.
Ex: aquecimento de uma barra de ferro.

Convecção
É o movimento de massas fluidas (gases, líquidos e vapores) que trocam de
posição até que haja um equilíbrio térmico no ambiente. Não ocorre nos sólidos
(massas fluidas) nem no vácuo, pois necessita de um meio material. Sempre a
massa mais quente tende a subir (mais leve) e a mais fria tende a descer (mais
pesada).
Ex: aquecimento do óleo na panela.

Irradiação
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A irradiação ou radiação é a transmissão de por intermédio de ondas


eletromagnéticas. Nesse processo, somente a energia se propaga, não sendo
necessário nenhum meio material. Desta forma, não necessita de um meio para
ocorrer, podendo estar os corpos separados. Ex: o calor transmitido pelo sol.

EXERCÍCIOS:

1) A respeito dos processos de transmissão de calor, considere:

I. na convecção, o calor é transferido de um lugar para outro tendo como


agentes os próprios fluidos;
II. na condução, ocorre a transferência de energia cinética entre as partículas;
III. na irradiação, o calor é transmitido sob a forma de ondas eletromagnéticas.

É correto o contido em

a) I, apenas.
b) II, apenas.
c) I e II, apenas.
d) II e III, apenas.
e) I, II e III.

2) As modernas panelas de aço inox possuem cabos desse mesmo material,


que é um __________ condutor de calor. Eles não queimam as mãos das
pessoas, porque possuem um formato vazado, facilitando a troca de calor
pôr __________ do ar através deles.

A opção que completa, correta e respectivamente, as lacunas é

a) mau / irradiação.
b) bom / irradiação.
c) bom / convecção.
d) mau / convecção.
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Resumo sobre Termodinâmica


Termodinâmica é o ramo da física que relaciona as propriedades macroscópicas
da matéria com a energia trocada, seja ela sob a forma de calor (Q) ou de
trabalho (𝑟) ou (W), entre corpos ou sistemas.

Energia interna
Energia interna (U) corresponde à soma de várias parcelas, tais como: energia
cinética média das moléculas, energia potencial de configuração (relacionada às
forças intermoleculares), energia cinética de rotação das moléculas e das
partículas elementares presentes nos átomos, etc. Nos processos
termodinâmicos, a variação da energia interna, ΔU, está sempre relacionada
com a variação da temperatura absoluta, ΔT, pois quando a temperatura varia,
ocorre variação da energia cinética média das moléculas de um gás. A energia
interna de uma dada massa de gás perfeito monoatômico depende
exclusivamente de sua temperatura absoluta.
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Trabalho nas transformações gasosas


Quando um gás sofre uma variação de volume ΔV, durante uma transformação
termodinâmica, há a realização de um trabalho 𝑟 e, consequentemente, troca de
energia mecânica com o meio exterior. A realização de trabalho durante uma
transformação gasosa pode, então, ser interpretada como uma medida de
energia trocada pelo sistema gasoso com a vizinhança, sem a necessidade de
uma diferença de temperatura. Para uma transformação isobárica, demonstra-
se que o trabalho das forças de pressão do gás é dado por:
Portanto, temos:
𝑟 = p ⋅ ΔV

➔Se o volume do gás aumenta, (expansão), o gás realiza trabalho contra o meio
exterior.
ΔV > 0 ⇨ 𝑟 > 0

➔Se o volume do gás diminui (compressão), o gás recebe trabalho do meio


exterior.
ΔV < 0 ⇨ 𝑟 < 0

➔Se o volume permanece constante, não há troca de trabalho com o meio


exterior
ΔV = 0 ⇨ 𝑟 = 0

Observação
Pode-se obter o trabalho através do cálculo da área no diagrama P x V.

Primeira Lei da Termodinâmica


Durante uma transformação, o gás pode trocar energia com o meio ambiente
sob duas formas: calor e trabalho. Como resultado dessas trocas energéticas, a
energia interna do gás pode aumentar, diminuir ou permanecer constante. O
primeiro Princípio da Termodinâmica é, então, uma Lei da Conservação de
Energia.
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Aplicação do primeiro princípio às transformações gasosas


I-Transformação isobárica: o volume e a temperatura absoluta variam numa
proporção direta, a energia interna do gás varia, isto é, ΔU ≠ 0. Portanto, pelo
PPT, a quantidade de calor trocada Q e o trabalho realizado
𝑟 são necessariamente diferentes:

ΔU = Q + 𝑟
II-Transformação isovolumétrica: o volume permanece constante, a energia
interna não varia.
𝑟 = 0 → Q = ΔU
III- Transformação isotérmica: a temperatura permanece constante, a energia
interna não varia.
ΔU= 0 → Q = 𝑟
Observe que, para a transformação isotérmica de um gás, embora a
temperatura permanece constante, ocorre troca de calor com o ambiente.
IV- Transformação adiabática: Chama-se adiabática a transformação gasosa em
que o gás não troca de calor com o meio ambiente, seja porque o gás
está termicamente isolado, seja porque o processo é suficientemente rápido
para que qualquer troca de calor possa ser considerada desprezível.
Q = 0 → ΔU = – 𝑟
Resumindo:
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Transformação cíclica
Um gás sofre uma transformação cíclica ou realiza um ciclo quando a pressão,
o volume e a temperatura retornam aos seus valores iniciais, após uma
sequência de transformações. Portanto, o estado final coincide com o estado
inicial, e a variação da energia interna ΔU é nula.

ATIVIDADE:
1) Pode ser considerado um exemplo de processo isobárico:

a) Um balão de gás Hélio que sobe pelo empuxo atmosférico.


b) Aquecimento da água em um bule.
c) Água subindo pelo canudo devido à sucção.
d) Convecção do vapor de água.

2) Em uma transformação isobárica, a pressão do gás é ________, e sua energia


interna aumenta se a diferença entre ______e ______for______.
a) constante, calor, trabalho, nula.
b) constante, calor, trabalho, negativa.
c) variável, calor, trabalho, positiva.
d) constante, trabalho, calor, negativa.
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e) constante, calor, trabalho, positiva.

3)A primeira lei da termodinâmica diz a respeito à:


a) dilatação térmica
b) conservação da massa
c) conservação da quantidade de movimento
d) conservação da energia
e) irreversibilidade do tempo

Segunda Lei da Termodinâmica e Máquinas Térmicas

Enunciados da 2ª Lei da termodinâmica

Máquina Térmica
Para haver conversão contínua de calor em trabalho, um sistema deve realizar
continuamente ciclos entre uma fonte quente e uma fonte fria, que permanecem
em temperaturas constantes. Em cada ciclo, é retirada uma certa quantidade de
calor (QQ) da fonte quente, que é parcialmente convertida em trabalho (𝑟), sendo
o restante (QF) rejeitado para a fonte fria.
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Rendimento
O rendimento de uma máquina térmica é dado pela relação entre o trabalho (𝑟)
obtido dela (energia útil) e a quantidade de calor (Q Q) retirada da fonte quente
(energia total):

Rendimento máximo – ciclo de Carnot


Carnot demonstrou que o maior rendimento possível para uma máquina térmica
entre duas temperaturas TQ (fonte quente) e TF (fonte fria) seria o de uma
máquina que realizasse um ciclo teórico constituído de duas transformações
isotérmicas e duas transformações adiabáticas alternadas.

Ciclo Otto
O ciclo Otto é uma sequência de transformações físicas sofridas por alguma
substância de trabalho como a gasolina ou o etanol. Esse ciclo é amplamente
usado nos motores a combustão interna que movem a maioria dos veículos de
passeio. Apesar de não existir na prática, o ciclo Otto foi projetado para
aproximar-se de um ciclo de Carnot. A figura a seguir mostra quais são as etapas
do ciclo Otto.
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O ciclo Otto é o ciclo dos motores movidos a gasolina.


I- Processo 0-1: Admissão isobárica: Nesse processo, uma mistura de ar e
gasolina é admitida pelo motor a uma pressão constante;
II- Processo 1-2: Compressão adiabática – Nesse processo, há um rápido
aumento de pressão que é exercida pelos pistões do motor, de modo que não
haja tempo para que ocorram trocas de calor;
III- Processo 2-3-4: Combustão a volume constante (2-3) e expansão adiabática
(3-4) – Uma pequena fagulha produz uma explosão controlada na mistura de ar
e gasolina e, então, o pistão do motor desce rapidamente, provocando um
aumento de volume e produzindo uma grande quantidade de trabalho;
IV- Processo 4-1-0: Exaustão isobárica – As válvulas de exaustão abrem-se e
deixam a fumaça da queima do combustível sair pelo motor a uma pressão
constante.
As etapas explicadas acima são mostradas na figura a seguir, que representa as
etapas de funcionamento de um motor de quatro tempos, movido a gasolina ou
álcool. O movimento do pistão em cada uma das posições mostradas equivale
aos processos descritos:

Exemplos de máquinas térmicas


São exemplos de máquinas térmicas:
• Motores de combustão interna, como aqueles movidos a álcool, gasolina e
diesel;
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• Máquinas a vapor;
• Usinas termoelétricas.

Refrigeradores
São dispositivos que utilizam trabalho para retirar calor de materiais do seu
interior, rejeitando-o para o ambiente. Isso significa que retiram calor de uma
fonte fria e repassam-no para uma fonte quente. Esses aparelhos são muito
utilizados no nosso cotidiano. Alguns exemplos são a geladeira, ar-condicionado
e freezer.

Como o funcionamento dos refrigeradores é viável se o calor tende a fluir


naturalmente do corpo mais quente para o mais frio?
Para que o refrigerador funcione, é necessário que seja realizado trabalho sobre
ele, o que é feito pelo compressor.
O funcionamento dos refrigeradores baseia-se em três princípios:
• O calor transfere-se dos corpos mais quentes para os mais frios;
• A pressão é proporcional à temperatura. Assim, ao reduzir a pressão, também
se reduz a temperatura;
• A evaporação de um líquido retira calor de um corpo. É o que sentimos, por
exemplo, quando o álcool evapora sobre a nossa pele.

Entropia
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O que é entropia?
A entropia é uma grandeza termodinâmica associada à irreversibilidade dos
estados de um sistema físico. É comumente associada ao grau de “desordem”
ou “aleatoriedade” de um sistema. De acordo com um dos enunciados da 2ª Lei
da Termodinâmica:

“Em um sistema termicamente isolado, a medida da entropia deve sempre


aumentar com o tempo, até atingir o seu valor máximo.”

Em outras palavras, a entropia é capaz de medir o sentido da “seta do tempo”


de um sistema. Quando vemos as imagens a seguir, sabemos intuitivamente que
o estado inicial do sistema é o representado pela imagem da esquerda, de
maior organização:

Olhando para a imagem anterior, sabemos que a configuração final mais


provável é aquela na qual os átomos possuem velocidades em todas as
direções, bem como posições aleatórias. É disso que a entropia trata:
a multiplicidade de estados de um sistema deve sempre aumentar.
Exemplos

Qual das configurações abaixo é mais provável de ser observada para um


arranjo de tijolos com o passar do tempo?

Na primeira configuração, a multiplicidade dos estados dos blocos é pequena:


eles estão todos dispostos na direção horizontal, paralelamente uns aos outros.
Com a passagem do tempo ou pela ação de algum agente, espera-se que sua
configuração cresça em número de estados, favorecendo a segunda
conformação, ilustrada na imagem à direita. Outros exemplos podem ser dados:
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 Quando um bloco de gelo é colocado em um recipiente com maior temperatura, sua


temperatura aumenta até que se atinja o equilíbrio térmico. Nesse momento, o gelo pode
fundir. Retirando-se calor novamente do bloco de gelo, que está agora no estado líquido, ele
pode tornar-se sólido novamente, mas sua conformação não terá a mesma
organização que apresentava anteriormente.

 Ao abrirmos um frasco de perfume, o calor pode auxiliar na difusão de


suas moléculas, espalhando o conteúdo do perfume por toda a extensão de uma sala. O
contrário não pode ser esperado, já que a retirada de calor não promoveria a volta das
moléculas para dentro do frasco.

ATIVIDADE:
1) O 2° princípio da Termodinâmica pode ser enunciado da seguinte forma: "É
impossível construir uma máquina térmica operando em ciclos, cujo único efeito
seja retirar calor de uma fonte e convertê-lo integralmente em trabalho. "Por
extensão, esse princípio nos leva a concluir que:
a) sempre se pode construir máquinas térmicas cujo rendimento seja 100%;
b) qualquer máquina térmica necessita apenas de uma fonte quente;
c) calor e trabalho não são grandezas homogêneas;
d) qualquer máquina térmica retira calor de uma fonte quente e rejeita parte
desse calor para uma fonte fria;
e) somente com uma fonte fria, mantida sempre a 0°C, seria possível a uma certa
máquina térmica converter integralmente calor em trabalho.

2) (ENEM-MEC) No Brasil, o sistema de transporte depende do uso de


combustíveis fósseis e de biomassa, cuja energia é convertida em movimento
de veículos. Para esses combustíveis, a transformação de energia química em
energia mecânica acontece

a) na combustão, que gera gases quentes para mover os pistões no motor.


b) nos eixos, que transferem torque às rodas e impulsionam o veículo.
c) na ignição, quando a energia elétrica é convertida em trabalho.
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d) na exaustão, quando gases quentes são expelidos para trás.


e) na carburação, com a difusão do combustível no ar.

Oscilações e Ondas: Conceitos Básicos


CLASSIFICAÇÃO DAS ONDAS
Podemos classificar as ondas quanto à:
• sua origem
• direção de oscilação
• tipo de energia transportada.
ONDAS QUANTO À ORIGEM
Quanto à origem uma onda pode ser classificada em onda mecânica e onda
eletromagnética.
Onda mecânica: é a onda produzida por uma perturbação num meio material,
como, por exemplo, uma onda na água, a vibração de uma corda de violão, a
voz de uma pessoa, etc.
Ondas eletromagnéticas: são produzidas por variação de um campo elétrico e
um campo magnético, tais como as ondas de rádio, de televisão, as micro-ondas
e outras mais.

As ondas eletromagnéticas não precisam de um meio de propagação, logo


podem propagar-se no vácuo. As ondas mecânicas não têm essa possibilidade.
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ONDAS QUANTO À DIREÇÃO DE OSCILAÇÃO


Uma outra classificação de onda é em relação à direção de oscilação,
comparada coma direção de propagação.
Considere, por exemplo, uma corda segurada por duas pessoas nas
extremidades. A pessoa na extremidade da esquerda levanta e abaixa a corda
rapidamente. Forma-se, então, um pulso de onda.

Após alguns instantes, o pulso terá se propagado e teremos a situação seguinte:

Note que o pulso de onda está se propagando na horizontal da esquerda para a


direita, enquanto os pontos da corda, os perturbados pelo pulso, oscilam para
cima e para baixo. Com isso, a direção de oscilação (vertical) é perpendicular à
direção de propagação (horizontal). A onda será chamada de onda transversal.
Podemos obter uma onda transversal usando uma mola helicoidal.

Entretanto, os exemplos mais significativos de ondas transversal são as ondas


eletromagnéticas (todas), que serão estudadas mais adiante.
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Considere agora uma pessoa falando.


O som da voz da pessoa se propaga no espaço em todas as direções, afastando-
se da fonte, como indicado no desenho. O som, transmitindo-se no ar, produz
compressões e rarefações. De acordo com a sequência sonora emitida pela
pessoa, podemos ter camadas de ar mais comprimidas ou menos comprimidas,
conforme está representado na figura como regiões claras e regiões escuras.

Podemos fazer o diagrama de oscilação num certo instante:

Veja a figura abaixo para ter uma visão complementar desse fenômeno.
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Outro exemplo interessante pode ser obtido com uma mola helicoidal:

Existem também as ondas mistas, como o som nos sólidos.

ONDAS QUANTO AO TIPO DE ENERGIA TRANSMITIDA


Quanto ao tipo de energia transmitida pela onda, podemos classificá-la em ondas
sonoras, ondas luminosas, ondas térmicas, etc.
Resumindo:

ATIVIDADE:
1) Considere as afirmações abaixo
I -. As ondas luminosas são constituídas pelas oscilações de um campo
elétrico e de um campo magnético.
II - As ondas sonoras precisam de um meio material para se propagar.
III - As ondas eletromagnéticas não precisam de um meio material para se
propagar
Quais delas são corretas?
(A) Apenas I
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(B) Apenas I e II
(C) Apenas I e III
(D) Apenas II e III
(E)I, II e III
2) As ondas eletromagnéticas, como as ondas luminosas, propagam-se
independentemente do meio. No vácuo, todas as ondas eletromagnéticas
possuem
(A) a mesma amplitude.
(B) mesma frequência.
(C) mesma velocidade.
(D) mesmo comprimento de onda.
(E) mesmo período.

A audição humana
Como se sabe, o som é uma onda mecânica produzida pela compressão e
descompressão do ar, é captado por nosso ouvido o qual é formado pelo ouvido
externo, ouvido médio e o ouvido interno decodificado e interpretado por uma
região denominada córtex auditivo. Como as pessoas percebem o som?
As ondas sonoras, após atingir a orelha, são encaminhadas para o interior do
canal auditivo, local onde está localizada uma fina membrana que é chamada de
tímpano. O tímpano é muito delicado e sensível, de modo que pequenas
variações de pressão são capazes de colocá-lo em estado de vibração. Essas
vibrações são transmitidas a um conjunto de três pequenos ossos denominados
de martelo, bigorna e estribo. As vibrações passam primeiro pelo martelo, que
ao entrar em vibração aciona a bigorna e este finalmente faz o estribo vibrar.
Durante esse processo as vibrações são ampliadas de forma que o ouvido passa
a ter capacidade de perceber sons de intensidades muito baixas.

Após serem ampliadas, as vibrações alcançam o ouvido interno, o qual possui


forma de um caracol. Dentro dessa pequena estrutura existem pequenos pelos
e um líquido que facilita a propagação do som. Após passar por essa estrutura,
as ondas sonoras estimulam células nervosas que enviam, através de um nervo
auditivo, os sinais ao cérebro humano. Já no cérebro esses sinais sofrem
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inúmeras modificações, que no final faz com que o ser humano tenha a
percepção do som.

Estrutura do ouvido humano

Óptica geométrica
Raio de Luz
Nesta aula iniciaremos o estudo da luz, estudo este que é chamado de óptica.
Mais adiante, no estudo das ondas, falaremos da natureza da luz. Porém, é
possível estudar a propagação da luz sem nos preocuparmos com sua natureza.
Esse estudo é chamado de óptica geométrica, pois a propagação da luz é
representada por linhas, denominadas raios de luz.
Fontes de luz
Todo corpo que emite luz é chamado de fonte de luz. O Sol e as outras estrelas
são corpos luminosos naturais. Os corpos iluminados como a Lua e os flocos de
neve refletem tanto a luz natural do Sol quanto a luz artificial que recebem de
outros corpos luminosos. A chama das velas e os filamentos incandescentes das
lâmpadas são fontes luminosas artificiais. Os corpos luminosos são fontes
primárias de luz, os iluminados, fontes secundárias.

Quando temos uma fonte de luz puntiforme, isto é, de tamanho desprezível, a


luz é emitida em todas as direções (Fig. 1), representadas pelos raios.
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No entanto, usando alguns dispositivos, como por exemplo uma lente (que será
estudada mais tarde), é possível obter um feixe de luz se propagando numa
única direção, como ilustra a Fig. 2.

Cor da Luz
No estudo das ondas veremos o que determina a cor da luz. Por enquanto nos
limitaremos a reconhecer que existem situações em que a luz é de uma única
cor; neste caso a luz é chamada de monocromática. As sete cores
monocromáticas principais são as que aparecem no arco-íris (Fig. 3).

Na maioria das vezes a luz apresenta uma mistura de várias cores e, nesse caso,
é chamada de policromática. A luz branca é uma mistura de todas as cores.

Velocidade da Luz
No vácuo, qualquer que seja a cor, a luz se propaga sempre com a mesma
velocidade. Essa velocidade é representada por c e seu valor é:
c = 3,0 . 108 m/s
Há meios materiais, através dos quais a luz consegue se propagar, como por
exemplo a água e o vidro. Nesses meios a velocidade da luz depende da cor.
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Assim, por exemplo, na água, uma luz verde tem velocidade diferente de uma
luz azul.
Ano-Luz
Os astrônomos costumam usar uma unidade de comprimento chamada de ano-
luz. Por definição, o ano-luz é a distância percorrida pela luz, em um ano, no
vácuo. Lembrando que:
1 ano 365 dias
1 dia = 24 horas
1 hora = 3600 segundos
temos:
1 ano (365) (24) (3600) segundos 3,15 . 107 s
Assim, como a velocidade da luz no vácuo é:
v = c = 3,0 . 108 m/s
obtemos:
1 ano-luz (3,0 . 108 m/s) (3,15 . 107s)
1 ano-luz 9,5 . 1015m

Reflexão e Refração da Luz


Quando um feixe de luz, que se propaga inicialmente em um meio A (Fig. 4)
encontra um outro meio B, podem ocorrer três fenômenos:

1º) Uma parte da luz volta para o meio A. Esse fenômeno é chamado reflexão e
a luz que volta é chamada de luz refletida.
2º) Uma parte da luz passa para o meio B. Esse fenômeno é
chamado refração e a luz que passa para o meio B é chamada de refratada.
3º) Uma parte da luz pode ser absorvida pelo meio, transformando-se em outra
forma de energia como, por exemplo, calor.
Dependendo da natureza do meio B, poderemos ter apenas um dos fenômenos,
ou dois fenômenos ou os três fenômenos.
Reflexão regular e reflexão difusa
Quando a luz incide sobre um corpo metálico bastante liso, ocorre a reflexão
regular. Isto significa que um feixe de raios paralelos (Fig. 5) reflete-se de modo
que os raios refletidos são também paralelos.
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Quando a superfície de separação dos dois meios for áspera, ocorre a chamada
reflexão difusa. Isto significa que se um feixe de raios paralelos incide na
superfície, os raios refletidos não serão paralelos mas se espalharão em todas
as direções (Fig. 6).

A cor de um corpo
A luz do Sol e a das lâmpadas comuns é uma luz branca que é uma mistura de
todas as cores. Quando essa luz incide sobre um corpo, dependendo do material
de que é feito o corpo, pode haver reflexão de algumas cores e absorção de
outras. Assim, um corpo que nos parece verde é porque ele reflete difusamente
o verde e absorve as outras cores. Um corpo que nos parece branco, reflete
todas as cores. Um corpo que nos parece negro absorve todas as cores.

Exemplo 1
Um corpo, ao ser iluminado com luz branca, apresenta-se azul. Se esse corpo
foi iluminado com luz monocromática verde, que cor apresentará?
Resolução
Ao ser iluminado com luz branca, o corpo nos parece azul. Isto significa que ele
reflete o azul e absorve todas as outras cores. Portanto, ao ser iluminado com
luz monocromática verde, absorverá o verde e não refletirá nada. Portanto no
parecerá negro.
Corpos transparentes, translúcidos e opacos
Dizemos que um determinado meio é transparente quando ele permite que a
luz se propague de modo regular, de modo que possamos ver um corpo através
dele. É o caso, por exemplo, do vidro liso.
Existem meios nos quais a luz se propaga de modo irregular, não permitindo a
visualização nítida dos corpos. Tais meios são chamados de translúcidos.
Como exemplos podemos citar o vidro fosco e o papel vegetal.
Um meio é chamado opaco quando não permite que a luz se propague através
dele. É o caso, por exemplo, da madeira e do tijolo.
Por que a Lua, sendo menor que o Sol, pode ocultá-lo num
eclipse?
A resposta a essa pergunta pode ser dada com base no Princípio da
Propagação Retilínea da luz: as dimensões aparentes de um corpo
dependem do ângulo visual de que é visto. Um objeto parece ser maior à
medida que a pessoa se aproxima dele.
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Princípios da Óptica geométrica


1º) Princípio da Propagação Retilínea: A luz propaga-se em linha reta.
Há vários exemplos que comprovam esse princípio, como a observação do
caminho percorridopela luz que sai de um projetor de filmes.
Sombra e penumbra – Analisando as sombras projetadas, verificamos duas
situações:
● Quando o objeto está sendo iluminado por uma pequena fonte de luz –
denominada pontual ou puntiforme – a sombra que ele projeta é bem
nítida, definida.

 Aproximando-se essa fonte de luz do objeto, a sombra vai se tornando mais


tênue e perde sua nitidez, pois a fonte, em relação ao objeto deixa de ser
pontual e é, então, considerada uma fonte extensa de luz.
Observe que a sombra dada por uma fonte extensa de luz tem seu limite
ampliado, formando ao seu redor uma sombra mais clara ou incompleta – a
penumbra.
Eclipses do Sol e da Lua: Os eclipses do Sol e da Lua são fenômenos de
formação de sombra. Os eclipses solares acontecem quando a Lua se interpõe
entre o Sol e a Terra. Nos eclipses lunares a Terra se coloca entre a Lua e o
Sol.

2º) Princípio da Independência dos Raios de Luz: os raios de luz são


independentes.
Esse princípio fica evidente pelo fato de podermos enxergar dois objetos ao
mesmo tempo: os raios de luz emitidos pelos objetos se cruzam sem que
ocorra mudanças de direção em que se propagam. Ele também pode ser
comprovado em shows e outros espetáculos.

3º) Princípio de Reversibilidade da Luz: a luz é reversível. Podemos


evidenciar esse princípio quando, por exemplo, o motorista de um veículo vê,
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pelo espelho retrovisor, o rosto de um passageiro sentado no banco de trás, e


este vê o rosto do motorista pelo mesmo espelho.

ATIVIDADE:

1) Por que apagar a luz ou fechar os olhos são situações equivalentes?

2) O que diferencia um meio óptico transparente de um meio óptico


translúcido?

3) Cite três exemplos de fontes de luz primárias e de fontes de luz secundárias.

INSTRUMENTOS ÓPTICOS
Para entender o processo de formação de imagem vamos considerar como ela
é formada num dispositivo extremamente simples: a CÂMERA ESCURA. Um
objeto, por exemplo o ponto A da figura 16, emite um raio estreito de luz
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passando pelo orifício da câmera (de diâmetro aproximado de 1mm) e atinge o


fundo da caixa, formando a imagem correspondente A’.

Figura 1 - Ilustração da formação de imagem numa CÂMERA ESCURA.

E assim acontece com todos os pontos do objeto, e com isso teremos sua
imagem completa. É uma imagem invertida e real, pois é formada pela incidência
de energia luminosa sobre o anteparo da caixa.
Como o orifício tem um pequeno diâmetro (por que não se pode aumentar esse
diâmetro?), só se obtém a imagem nítida de objeto bastante iluminado.
Uma solução para esse problema é aumentar o diâmetro da entrada da luz e
colocar uma lente para captar os raios de luz emitidos pelo objeto. Dessa forma
a lente redireciona os raios de luz provenientes do objeto, projetando-os, de
forma unívoca, sobre o anteparo onde se encontra o elemento sensível (filme).
Assim sendo, para cada ponto-objeto a lente conjuga um único ponto-imagem.
Este é o princípio de funcionamento de uma câmera fotográfica, esquematizada
na figura a seguir.

Figura 2 - Ilustração do princípio de formação de imagem numa CÂMERA FOTOGRÁFICA.

Assim também é o processo de formação de imagem através do olho (figura 3).


Nesse caso, o conjunto de lentes é formado pela córnea e pelo cristalino, e o
sistema receptor sensível é a retina.
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Figura 3 - Ilustração do princípio de formação de imagem no OLHO.

Máquina Fotográfica
Podemos observar imagens ou mesmo tirar fotos com uma câmera escura de
orifício, mas ela tem algumas limitações, como a nitidez das imagens, o tempo
de exposição para se obter fotos, etc. Se variamos o diâmetro do orifício,
aumentando ou diminuindo, haverá problemas na definição da imagem.
Para entendermos o funcionamento de uma máquina fotográfica clássica vamos
comparar seus componentes principais e funções com as do olho humano:
A Íris possui em seu centro uma pequena abertura denominada de pupila, cujo
diâmetro varia de 2 a 8 mm, dependendo da intensidade luminosa e isto pode
ser verificado facilmente aproximando ou afastando uma pequena lanterna do
olho e verificar a variação desse diâmetro. Da mesma maneira, para se obter
uma boa imagem num filme fotográfico, é preciso controlar a quantidade de luz,
que incide no mesmo e isto é feito por um diafragma, que controla o diâmetro do
orifício, denominado de abertura.
Sistema de focalização
No olho, como vimos isso é feito através do processo de acomodação do
cristalino; na máquina fotográfica clássica isto é feito movimentando a lente ou
conjunto de lentes para frente ou para trás. Nas câmaras autofoco, isto é feito
através do diafragma, controlando a profundidade de campo, isto é, permitindo
obter imagens nítidas em planos diferentes. O controle da abertura é feito através
de um microprocessador e sensor de infravermelho.
Sistema de registro
Já vimos que na retina é que estão localizados os fotossensores do olho (cones
e bastonetes). Na câmera fotográfica usamos o filme ou papel fotográfico, que
são recobertos por pequenos grãos de sais de prata, cloreto ou brometo de prata.
(AgBr). Estes sais são colocados em uma emulsão que, dependendo do número
e do tamanho dos grãos dos sais, o filme pode ser mais sensível ou menos
sensível.
Algumas reações químicas são aceleradas pela ação da luz. No caso dos sais
de brometo de prata, a luz quebra a ligação química, liberando um elétron que é
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capturado por íons de prata presentes na emulsão. A prata metálica é tanto mais
escura quanto maior for a energia incidente, desse modo temos no filme uma
imagem latente, que aparece no processo da revelação. Essa imagem negativa,
por contato direto é transformada em imagem positiva
A sensibilidade do filme é classificada geralmente pelo sistema ASA (American
Standard Association), por exemplo ASA 100, ASA 400, etc. Nestes casos,
quanto maior for a numeração ASA, maior a sensibilidade do filme. Para
ambientes de pouca luminosidade (a noite por exemplo), usamos de preferência
filmes de maior sensibilidade (ASA maior) Nesse tipo de película, os grãos de
sais de prata são maiores, isto é, maior é a área de absorção de energia.
Todavia, a resolução desses filmes é menor. Em outras palavras, os parâmetros
sensibilidade e resolução são grandezas inversamente proporcionais.
Podemos também fazer uma comparação do filme da câmara com a retina do
olho, no que diz respeito à sensibilidade. No olho temos um maior número de
bastonetes e um menor número de cones. Isso significa que a resolução da
retina é maior para a visão em “preto-e-branco” e menor para a visão em cores.
Lupa

Luneta
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Microscópio

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