Apostila de Física 3 Ano
Apostila de Física 3 Ano
Apostila de Física 3 Ano
APOSTILA 3o ANO
Aluno: _______________________________________________________
Esocola: ______________________________________________________
2021
GOVERNO DO ESTADO DO ACRE
SECRETARIA DE ESTADO DE EDUCAÇÃO, CULTURA E ESPORTES
ESCOLA CARLOS CASAVECCHIA
Calor e Temperatura
O que é temperatura
Temperatura é o grau de agitação das moléculas de um corpo.
Macroscopicamente, a temperatura é percebida pelas sensações de quente e
frio, e pode ser descrita por meio de um grande número de escalas
termométricas. Quanto mais quente (alta temperatura) se apresenta o corpo,
maior será sua energia cinética, ou seja, a agitação moléculas; e, quanto mais
frio (baixa temperatura), menor será a agitação molecular.
O que é calor
O calor, que também pode ser chamado de energia térmica, corresponde à
energia em trânsito que se transfere de um corpo para outro em razão da
diferença de temperatura. Essa transferência ocorre sempre do corpo de maior
temperatura para o de menor temperatura até que atinjam o equilíbrio térmico.
É muito comum ouvirmos algumas expressões cotidianas associando calor a
altas temperaturas. Em um dia quente, por exemplo, usa-se a expressão “Hoje
está calor!”. Porém, corpos com baixas temperaturas também possuem calor, só
que em menor quantidade. Isso quer dizer apenas que a agitação das moléculas
é menor em corpos “frios”.
A unidade de medida mais utilizada para o calor é a caloria (cal), mas a sua
unidade no Sistema Internacional é o Joule (J). A caloria é definida como a
quantidade de energia necessária para elevar a temperatura de 1g de água em
1ºC.
A relação entre a caloria e o Joule é dada por: 1 cal = 4,186 J
Atividade
1) O que é Temperatura?
2) O que é calor?
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Calor
Dizemos que calor é a energia térmica transferida entre corpos que se
encontram em temperaturas diferentes, sendo, portanto, uma forma de
energia. Além disso, o calor sempre transita do corpo de maior temperatura para
os corpos de menor temperatura, até que se estabeleça o equilíbrio térmico.
O calor pode ser transmitido por meio de três processos:
Condução: transmissão de calor mediante o contato de superfícies;
Convecção: transmissão de calor em razão da formação de correntes
convectivas em um fluido;
Irradiação: transmissão de calor por ondas eletromagnéticas.
Existem apenas duas formas de calor: calor latente e calor sensível:
Calor sensível: é a forma de calor responsável pela mudança de temperatura
em um corpo. Quando um corpo recebe calor sensível, sua temperatura
aumenta; quando o mesmo corpo cede calor sensível, sua temperatura cai.
Calor latente: é a quantidade de calor que deve ser transferida para que um
corpo ou uma substância mude de estado físico. Quando um corpo se encontra
na temperatura de ebulição ou de fusão, por exemplo, sua temperatura não varia,
mesmo que ele continue exposto a uma fonte de calor. Não há mudanças de
calor quando um corpo troca calor latente, apenas mudanças de estados físicos.
Por isso, dizemos que ele recebe calor latente.
CALOR LATENTE
Quando uma substância está mudando de estado, ela absorve ou perde
calor sem que sua temperatura varie. A quantidade de calor absorvida ou
perdida é chamada calor latente.
EXERCÍCIOS:
1) O que é calor sensível?
Propagação do calor
O calor pode ser propagado de 3 formas:
Condução
Transferência de calor por meio da agitação de moléculas, em um corpo ou entre
mais corpos, desde que haja contato entre eles. Por necessitar de um meio, não
pode ocorrer no vácuo.
Ex: aquecimento de uma barra de ferro.
Convecção
É o movimento de massas fluidas (gases, líquidos e vapores) que trocam de
posição até que haja um equilíbrio térmico no ambiente. Não ocorre nos sólidos
(massas fluidas) nem no vácuo, pois necessita de um meio material. Sempre a
massa mais quente tende a subir (mais leve) e a mais fria tende a descer (mais
pesada).
Ex: aquecimento do óleo na panela.
Irradiação
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EXERCÍCIOS:
É correto o contido em
a) I, apenas.
b) II, apenas.
c) I e II, apenas.
d) II e III, apenas.
e) I, II e III.
a) mau / irradiação.
b) bom / irradiação.
c) bom / convecção.
d) mau / convecção.
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Energia interna
Energia interna (U) corresponde à soma de várias parcelas, tais como: energia
cinética média das moléculas, energia potencial de configuração (relacionada às
forças intermoleculares), energia cinética de rotação das moléculas e das
partículas elementares presentes nos átomos, etc. Nos processos
termodinâmicos, a variação da energia interna, ΔU, está sempre relacionada
com a variação da temperatura absoluta, ΔT, pois quando a temperatura varia,
ocorre variação da energia cinética média das moléculas de um gás. A energia
interna de uma dada massa de gás perfeito monoatômico depende
exclusivamente de sua temperatura absoluta.
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➔Se o volume do gás aumenta, (expansão), o gás realiza trabalho contra o meio
exterior.
ΔV > 0 ⇨ 𝑟 > 0
Observação
Pode-se obter o trabalho através do cálculo da área no diagrama P x V.
ΔU = Q + 𝑟
II-Transformação isovolumétrica: o volume permanece constante, a energia
interna não varia.
𝑟 = 0 → Q = ΔU
III- Transformação isotérmica: a temperatura permanece constante, a energia
interna não varia.
ΔU= 0 → Q = 𝑟
Observe que, para a transformação isotérmica de um gás, embora a
temperatura permanece constante, ocorre troca de calor com o ambiente.
IV- Transformação adiabática: Chama-se adiabática a transformação gasosa em
que o gás não troca de calor com o meio ambiente, seja porque o gás
está termicamente isolado, seja porque o processo é suficientemente rápido
para que qualquer troca de calor possa ser considerada desprezível.
Q = 0 → ΔU = – 𝑟
Resumindo:
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Transformação cíclica
Um gás sofre uma transformação cíclica ou realiza um ciclo quando a pressão,
o volume e a temperatura retornam aos seus valores iniciais, após uma
sequência de transformações. Portanto, o estado final coincide com o estado
inicial, e a variação da energia interna ΔU é nula.
ATIVIDADE:
1) Pode ser considerado um exemplo de processo isobárico:
Máquina Térmica
Para haver conversão contínua de calor em trabalho, um sistema deve realizar
continuamente ciclos entre uma fonte quente e uma fonte fria, que permanecem
em temperaturas constantes. Em cada ciclo, é retirada uma certa quantidade de
calor (QQ) da fonte quente, que é parcialmente convertida em trabalho (𝑟), sendo
o restante (QF) rejeitado para a fonte fria.
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Rendimento
O rendimento de uma máquina térmica é dado pela relação entre o trabalho (𝑟)
obtido dela (energia útil) e a quantidade de calor (Q Q) retirada da fonte quente
(energia total):
Ciclo Otto
O ciclo Otto é uma sequência de transformações físicas sofridas por alguma
substância de trabalho como a gasolina ou o etanol. Esse ciclo é amplamente
usado nos motores a combustão interna que movem a maioria dos veículos de
passeio. Apesar de não existir na prática, o ciclo Otto foi projetado para
aproximar-se de um ciclo de Carnot. A figura a seguir mostra quais são as etapas
do ciclo Otto.
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• Máquinas a vapor;
• Usinas termoelétricas.
Refrigeradores
São dispositivos que utilizam trabalho para retirar calor de materiais do seu
interior, rejeitando-o para o ambiente. Isso significa que retiram calor de uma
fonte fria e repassam-no para uma fonte quente. Esses aparelhos são muito
utilizados no nosso cotidiano. Alguns exemplos são a geladeira, ar-condicionado
e freezer.
Entropia
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O que é entropia?
A entropia é uma grandeza termodinâmica associada à irreversibilidade dos
estados de um sistema físico. É comumente associada ao grau de “desordem”
ou “aleatoriedade” de um sistema. De acordo com um dos enunciados da 2ª Lei
da Termodinâmica:
ATIVIDADE:
1) O 2° princípio da Termodinâmica pode ser enunciado da seguinte forma: "É
impossível construir uma máquina térmica operando em ciclos, cujo único efeito
seja retirar calor de uma fonte e convertê-lo integralmente em trabalho. "Por
extensão, esse princípio nos leva a concluir que:
a) sempre se pode construir máquinas térmicas cujo rendimento seja 100%;
b) qualquer máquina térmica necessita apenas de uma fonte quente;
c) calor e trabalho não são grandezas homogêneas;
d) qualquer máquina térmica retira calor de uma fonte quente e rejeita parte
desse calor para uma fonte fria;
e) somente com uma fonte fria, mantida sempre a 0°C, seria possível a uma certa
máquina térmica converter integralmente calor em trabalho.
Veja a figura abaixo para ter uma visão complementar desse fenômeno.
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Outro exemplo interessante pode ser obtido com uma mola helicoidal:
ATIVIDADE:
1) Considere as afirmações abaixo
I -. As ondas luminosas são constituídas pelas oscilações de um campo
elétrico e de um campo magnético.
II - As ondas sonoras precisam de um meio material para se propagar.
III - As ondas eletromagnéticas não precisam de um meio material para se
propagar
Quais delas são corretas?
(A) Apenas I
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(B) Apenas I e II
(C) Apenas I e III
(D) Apenas II e III
(E)I, II e III
2) As ondas eletromagnéticas, como as ondas luminosas, propagam-se
independentemente do meio. No vácuo, todas as ondas eletromagnéticas
possuem
(A) a mesma amplitude.
(B) mesma frequência.
(C) mesma velocidade.
(D) mesmo comprimento de onda.
(E) mesmo período.
A audição humana
Como se sabe, o som é uma onda mecânica produzida pela compressão e
descompressão do ar, é captado por nosso ouvido o qual é formado pelo ouvido
externo, ouvido médio e o ouvido interno decodificado e interpretado por uma
região denominada córtex auditivo. Como as pessoas percebem o som?
As ondas sonoras, após atingir a orelha, são encaminhadas para o interior do
canal auditivo, local onde está localizada uma fina membrana que é chamada de
tímpano. O tímpano é muito delicado e sensível, de modo que pequenas
variações de pressão são capazes de colocá-lo em estado de vibração. Essas
vibrações são transmitidas a um conjunto de três pequenos ossos denominados
de martelo, bigorna e estribo. As vibrações passam primeiro pelo martelo, que
ao entrar em vibração aciona a bigorna e este finalmente faz o estribo vibrar.
Durante esse processo as vibrações são ampliadas de forma que o ouvido passa
a ter capacidade de perceber sons de intensidades muito baixas.
inúmeras modificações, que no final faz com que o ser humano tenha a
percepção do som.
Óptica geométrica
Raio de Luz
Nesta aula iniciaremos o estudo da luz, estudo este que é chamado de óptica.
Mais adiante, no estudo das ondas, falaremos da natureza da luz. Porém, é
possível estudar a propagação da luz sem nos preocuparmos com sua natureza.
Esse estudo é chamado de óptica geométrica, pois a propagação da luz é
representada por linhas, denominadas raios de luz.
Fontes de luz
Todo corpo que emite luz é chamado de fonte de luz. O Sol e as outras estrelas
são corpos luminosos naturais. Os corpos iluminados como a Lua e os flocos de
neve refletem tanto a luz natural do Sol quanto a luz artificial que recebem de
outros corpos luminosos. A chama das velas e os filamentos incandescentes das
lâmpadas são fontes luminosas artificiais. Os corpos luminosos são fontes
primárias de luz, os iluminados, fontes secundárias.
No entanto, usando alguns dispositivos, como por exemplo uma lente (que será
estudada mais tarde), é possível obter um feixe de luz se propagando numa
única direção, como ilustra a Fig. 2.
Cor da Luz
No estudo das ondas veremos o que determina a cor da luz. Por enquanto nos
limitaremos a reconhecer que existem situações em que a luz é de uma única
cor; neste caso a luz é chamada de monocromática. As sete cores
monocromáticas principais são as que aparecem no arco-íris (Fig. 3).
Na maioria das vezes a luz apresenta uma mistura de várias cores e, nesse caso,
é chamada de policromática. A luz branca é uma mistura de todas as cores.
Velocidade da Luz
No vácuo, qualquer que seja a cor, a luz se propaga sempre com a mesma
velocidade. Essa velocidade é representada por c e seu valor é:
c = 3,0 . 108 m/s
Há meios materiais, através dos quais a luz consegue se propagar, como por
exemplo a água e o vidro. Nesses meios a velocidade da luz depende da cor.
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Assim, por exemplo, na água, uma luz verde tem velocidade diferente de uma
luz azul.
Ano-Luz
Os astrônomos costumam usar uma unidade de comprimento chamada de ano-
luz. Por definição, o ano-luz é a distância percorrida pela luz, em um ano, no
vácuo. Lembrando que:
1 ano 365 dias
1 dia = 24 horas
1 hora = 3600 segundos
temos:
1 ano (365) (24) (3600) segundos 3,15 . 107 s
Assim, como a velocidade da luz no vácuo é:
v = c = 3,0 . 108 m/s
obtemos:
1 ano-luz (3,0 . 108 m/s) (3,15 . 107s)
1 ano-luz 9,5 . 1015m
1º) Uma parte da luz volta para o meio A. Esse fenômeno é chamado reflexão e
a luz que volta é chamada de luz refletida.
2º) Uma parte da luz passa para o meio B. Esse fenômeno é
chamado refração e a luz que passa para o meio B é chamada de refratada.
3º) Uma parte da luz pode ser absorvida pelo meio, transformando-se em outra
forma de energia como, por exemplo, calor.
Dependendo da natureza do meio B, poderemos ter apenas um dos fenômenos,
ou dois fenômenos ou os três fenômenos.
Reflexão regular e reflexão difusa
Quando a luz incide sobre um corpo metálico bastante liso, ocorre a reflexão
regular. Isto significa que um feixe de raios paralelos (Fig. 5) reflete-se de modo
que os raios refletidos são também paralelos.
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Quando a superfície de separação dos dois meios for áspera, ocorre a chamada
reflexão difusa. Isto significa que se um feixe de raios paralelos incide na
superfície, os raios refletidos não serão paralelos mas se espalharão em todas
as direções (Fig. 6).
A cor de um corpo
A luz do Sol e a das lâmpadas comuns é uma luz branca que é uma mistura de
todas as cores. Quando essa luz incide sobre um corpo, dependendo do material
de que é feito o corpo, pode haver reflexão de algumas cores e absorção de
outras. Assim, um corpo que nos parece verde é porque ele reflete difusamente
o verde e absorve as outras cores. Um corpo que nos parece branco, reflete
todas as cores. Um corpo que nos parece negro absorve todas as cores.
Exemplo 1
Um corpo, ao ser iluminado com luz branca, apresenta-se azul. Se esse corpo
foi iluminado com luz monocromática verde, que cor apresentará?
Resolução
Ao ser iluminado com luz branca, o corpo nos parece azul. Isto significa que ele
reflete o azul e absorve todas as outras cores. Portanto, ao ser iluminado com
luz monocromática verde, absorverá o verde e não refletirá nada. Portanto no
parecerá negro.
Corpos transparentes, translúcidos e opacos
Dizemos que um determinado meio é transparente quando ele permite que a
luz se propague de modo regular, de modo que possamos ver um corpo através
dele. É o caso, por exemplo, do vidro liso.
Existem meios nos quais a luz se propaga de modo irregular, não permitindo a
visualização nítida dos corpos. Tais meios são chamados de translúcidos.
Como exemplos podemos citar o vidro fosco e o papel vegetal.
Um meio é chamado opaco quando não permite que a luz se propague através
dele. É o caso, por exemplo, da madeira e do tijolo.
Por que a Lua, sendo menor que o Sol, pode ocultá-lo num
eclipse?
A resposta a essa pergunta pode ser dada com base no Princípio da
Propagação Retilínea da luz: as dimensões aparentes de um corpo
dependem do ângulo visual de que é visto. Um objeto parece ser maior à
medida que a pessoa se aproxima dele.
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ATIVIDADE:
INSTRUMENTOS ÓPTICOS
Para entender o processo de formação de imagem vamos considerar como ela
é formada num dispositivo extremamente simples: a CÂMERA ESCURA. Um
objeto, por exemplo o ponto A da figura 16, emite um raio estreito de luz
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E assim acontece com todos os pontos do objeto, e com isso teremos sua
imagem completa. É uma imagem invertida e real, pois é formada pela incidência
de energia luminosa sobre o anteparo da caixa.
Como o orifício tem um pequeno diâmetro (por que não se pode aumentar esse
diâmetro?), só se obtém a imagem nítida de objeto bastante iluminado.
Uma solução para esse problema é aumentar o diâmetro da entrada da luz e
colocar uma lente para captar os raios de luz emitidos pelo objeto. Dessa forma
a lente redireciona os raios de luz provenientes do objeto, projetando-os, de
forma unívoca, sobre o anteparo onde se encontra o elemento sensível (filme).
Assim sendo, para cada ponto-objeto a lente conjuga um único ponto-imagem.
Este é o princípio de funcionamento de uma câmera fotográfica, esquematizada
na figura a seguir.
Máquina Fotográfica
Podemos observar imagens ou mesmo tirar fotos com uma câmera escura de
orifício, mas ela tem algumas limitações, como a nitidez das imagens, o tempo
de exposição para se obter fotos, etc. Se variamos o diâmetro do orifício,
aumentando ou diminuindo, haverá problemas na definição da imagem.
Para entendermos o funcionamento de uma máquina fotográfica clássica vamos
comparar seus componentes principais e funções com as do olho humano:
A Íris possui em seu centro uma pequena abertura denominada de pupila, cujo
diâmetro varia de 2 a 8 mm, dependendo da intensidade luminosa e isto pode
ser verificado facilmente aproximando ou afastando uma pequena lanterna do
olho e verificar a variação desse diâmetro. Da mesma maneira, para se obter
uma boa imagem num filme fotográfico, é preciso controlar a quantidade de luz,
que incide no mesmo e isto é feito por um diafragma, que controla o diâmetro do
orifício, denominado de abertura.
Sistema de focalização
No olho, como vimos isso é feito através do processo de acomodação do
cristalino; na máquina fotográfica clássica isto é feito movimentando a lente ou
conjunto de lentes para frente ou para trás. Nas câmaras autofoco, isto é feito
através do diafragma, controlando a profundidade de campo, isto é, permitindo
obter imagens nítidas em planos diferentes. O controle da abertura é feito através
de um microprocessador e sensor de infravermelho.
Sistema de registro
Já vimos que na retina é que estão localizados os fotossensores do olho (cones
e bastonetes). Na câmera fotográfica usamos o filme ou papel fotográfico, que
são recobertos por pequenos grãos de sais de prata, cloreto ou brometo de prata.
(AgBr). Estes sais são colocados em uma emulsão que, dependendo do número
e do tamanho dos grãos dos sais, o filme pode ser mais sensível ou menos
sensível.
Algumas reações químicas são aceleradas pela ação da luz. No caso dos sais
de brometo de prata, a luz quebra a ligação química, liberando um elétron que é
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capturado por íons de prata presentes na emulsão. A prata metálica é tanto mais
escura quanto maior for a energia incidente, desse modo temos no filme uma
imagem latente, que aparece no processo da revelação. Essa imagem negativa,
por contato direto é transformada em imagem positiva
A sensibilidade do filme é classificada geralmente pelo sistema ASA (American
Standard Association), por exemplo ASA 100, ASA 400, etc. Nestes casos,
quanto maior for a numeração ASA, maior a sensibilidade do filme. Para
ambientes de pouca luminosidade (a noite por exemplo), usamos de preferência
filmes de maior sensibilidade (ASA maior) Nesse tipo de película, os grãos de
sais de prata são maiores, isto é, maior é a área de absorção de energia.
Todavia, a resolução desses filmes é menor. Em outras palavras, os parâmetros
sensibilidade e resolução são grandezas inversamente proporcionais.
Podemos também fazer uma comparação do filme da câmara com a retina do
olho, no que diz respeito à sensibilidade. No olho temos um maior número de
bastonetes e um menor número de cones. Isso significa que a resolução da
retina é maior para a visão em “preto-e-branco” e menor para a visão em cores.
Lupa
Luneta
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Microscópio