Manual de Boas Praticas para A Merendeira Escolar Cursos CPT 180521203256

Fazer download em pdf ou txt
Fazer download em pdf ou txt
Você está na página 1de 42

Centro de Produções Técnicas e Editora Ltda.

Rua Doutor João Alfredo, 130


Bairro Ramos, Caixa Postal 01
36.570-000 - Viçosa - MG
Tel.: (31) 3899-7000
www.cpt.com.br
[email protected]

Todos os direitos reservados


Este exemplar é um BRINDE

É PROIBIDA A VENDA DESTA OBRA

cpt.com.br (31) 3899.7000


ÍNDICE
Manual de Boas Práticas para a Merendeira Escolar

ÍNDICE
Apresentação...............................................................................................................................4
Termos Importantes a Saber........................................................................................................5
1 - Programa Nacional de Alimentação Escolar - PNAE........................................................6
1.1 - Diretrizes do PNAE......................................................................................................7
2 - Recursos Humanos..............................................................................................................8
2.1 - Atribuições....................................................................................................................8
2.2 - Quantidade de Profissionais........................................................................................9
2.3 - Seleção........................................................................................................................9
2.4 - Saúde do Manipulador de Alimentos...........................................................................9
2.5 - Higiene Pessoal...........................................................................................................10
2.6 - Higienização das Mãos................................................................................................11
2.7 - O Uso de Luvas Descartáveis......................................................................................13
2.8 - Equipamento de Proteção Individual (EPI)..................................................................13
2.9 - Regras para Visitantes.................................................................................................15
3 - Comportamento e Atitude....................................................................................................16
3.1 - Situações Inadequadas para o Exercício da Função...................................................16
3.2 - Comportamentos Inadequados....................................................................................16
3.3 - Atitudes Corretas..........................................................................................................16
3.4 - Prevenção de Acidentes..............................................................................................17
3.5 - Primeiros Socorros.......................................................................................................17
4 - Noções sobre Alimentação e Nutrição................................................................................18
4.1 - Alimentos Energéticos..................................................................................................20
4.2 - Alimentos Construtores................................................................................................21
4.3 - Alimentos Reguladores................................................................................................22
5 - Orientação para o Cardápio Escolar...................................................................................23
5.1 - Atendimento aos Alunos com Necessidades Nutricionais Especiais...........................24
6 - Aceitabilidade dos Alimentos..............................................................................................25
6.1 - Fatores que Interferem na Aceitação da Alimentação Escolar....................................25
6.2 - Sugestões para Melhorar a Aceitabilidade e Adesão...................................................26 3
7 - Armazenamento dos Gêneros Alimentícios.......................................................................27
8 - Equipamentos e Utensílios..................................................................................................28
9 - Preparações Sugeridas........................................................................................................30

cpt.com.br (31) 3899.7000


Apresentação
Uma alimentação saudável no ambiente escolar é aquela que proporciona o
bem-estar ao aluno durante sua permanência em sala de aula, ofertando a ele os
nutrientes em proporções adequadas a sua idade e estado de saúde por meio de ali-
mentos seguros do ponto de vista sanitário.

No PNAE - Programa Nacional de Alimentação Escolar, a merendeira desempenha


papel de fundamental importância não só como colaboradora para a melhoria da
aprendizagem do aluno, mas como agente condutora das técnicas adequadas para o
preparo da merenda e das informações sobre os bons hábitos alimentares.

Neste Manual de Boas Práticas Para a Merendeira Escolar, você conhecerá quais são
os meios de operacionalização e otimização do PNAE.

cpt.com.br (31) 3899.7000


Termos Importantes a Saber

• Adequação dos Alimentos: garantia de que os alimentos são aceitáveis para o


consumo humano, de acordo com o uso a que se destinam.

• Alimentos de Alto Risco: são aqueles que se destinam ao consumo sem pas-
sarem por processos de cozimento ou preservação. São os produtos com altos
teores de proteínas e que exigem o seu armazenamento sob refrigeração (car-
nes, ovos, molhos, cremes, peixes, entre outros).

• Alimento Perecível: é o alimento que apodrece (se decompõe) facilmente, que


está sujeito à deterioração em temperatura ambiente em um período relativamen-
te curto. Ex.: carnes, ovos, leite e derivados.

• Alimento Não Perecível: alimentos cuja deterioração em temperatura ambiente


ocorre após um período de tempo relativamente longo. Ex.: cereais, enlatados,
farinhas, massas, leguminosas, entre outros.

• Contaminantes: qualquer agente biológico, químico ou físico (matéria estranha)


adicionados ao alimento, de forma não intencional, que comprometem a seguran-
ça e a adequação dos alimentos.

• Contaminação Cruzada: contaminação de um alimento para outro por substân-


cias ou agentes estranhos, de origem biológica, física ou química, que se con-
sidere nocivos ou não para a saúde humana, por meio do contato direto, por
manipuladores ou superficie de contato.

• Desinfecção: redução do número de microrganismos no meio ambiente, utili-


zando agentes químicos ou métodos físicos, em um nível que não comprometa
a segurança ou a adequação do alimento. Processo que mata todos os micror-
ganismos patogênicos, mas não necessariamente todas as formas microbianas
esporuladas.

• Higienização: operação que compreende duas etapas, a limpeza e a desinfecção.

• Limpeza: remoção de sujidades para manter em estado de asseio: ambiente,


utensílios, objetos e superfícies.

• Manipulador de Alimentos: toda pessoa que manipula diretamente os alimen-


tos embalados ou não, os equipamentos e utensílios utilizados nos alimentos, e
as superfícies que entram em contato com os alimentos, da qual se espera que
cumpra os requisitos de higiene dos alimentos. 5

cpt.com.br (31) 3899.7000


1 Programa Nacional de Alimentação Escolar - PNAE

As ações que envolvem a alimentação escolar datam do século XIX, mas a formaliza-
ção oficial da merenda enquanto política social só ocorre na década de 50. Em 1955
é criada a Campanha da Merenda Escolar que contava com “doações” norte-ameri-
canas de leite em pó acompanhado de cápsulas de vitamina A e D, beneficiando-se
inicialmente os Estados do Nordeste brasileiro. Já em 1956, o governo passa a com-
plementar essas doações com a comprar de farinha enriquecida de leguminosas e
cereais (milho, trigo, arroz e soja), adquiridos no próprio mercado internacional.

Inicia-se em 1986 a experiência da municipalização do PNAE, descentralizando-se,


assim, os recursos destinados a tal programa. Essa experiência iniciou com 81 municí-
pios, chegando a 197 até o ano de 1988. Em 1994, é criada a Lei nº 8.913 que dispõe
sobre a municipalização da merenda escolar, sendo esta da jurisdição do Fundo Na-
cional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), em substituição a extinta fundação
de Assistência ao Estudante (FAE).

Atualmente, a base legal do PNAE é a Lei nº 11.947 de 2009 que dispõe sobre o aten-
dimento da alimentação escolar e a Resolução CD/FNDE nº 26, de 17/06/2013, que
estabelece as normas para a execução técnica, administrativa e financeira do PNAE
aos Estados, ao Distrito Federal, aos Municípios e às entidades federais.

O PNAE tem como objetivo contribuir para o crescimento e o desenvolvimento biop-


sicossocial, a aprendizagem, o rendimento escolar e a formação de práticas alimen-
tares saudáveis dos alunos, por meio de ações de educação alimentar e nutricional e
da oferta de refeições que cubram suas necessidades nutricionais durante o período
letivo.

cpt.com.br (31) 3899.7000


1.1 - Diretrizes do PNAE

l O emprego da alimentação saudável e adequada, compreendendo o uso de ali-


mentos variados, seguros, que respeitem a cultura, as tradições e os hábitos ali-
mentares saudáveis, contribuindo para o crescimento e o desenvolvimento dos
alunos e para a melhoria do rendimento escolar, em conformidade com a sua
faixa etária e seu estado de saúde, inclusive dos que necessitam de atenção
específica.

ll A inclusão da educação alimentar e nutricional no processo de ensino e aprendi-


zagem, que perpassa pelo currículo escolar, abandonando o tema alimentação
e nutrição e o desenvolvimento de práticas saudáveis de vida, na perspectiva da
segurança alimentar e nutricional.

lll A universalidade do atendimento aos alunos matriculados na rede pública de


educação básica.

lV A participação da comunidade no controle social, no acompanhamento das ações


realizadas pelos Estados, pelo Distrito Federal e pelos Municípios para garantir a
oferta da alimentação escolar saudável e adequada.

V O apoio ao desenvolvimento sustentável, com incentivos para a aquisição de gê-


neros alimentícios diversificados, produzidos em âmbito local e preferencialmen-
te pela agricultura familiar e pelos empreendedores familiares rurais, priorizando
as comunidades tradicionais indígenas e de remanescentes de quilombos.

Vl O direito à alimentação escolar, visando garantir segurança alimentar e nutricio-


nal dos alunos, com acesso de forma igualitária, respeitando as diferenças bioló-
gicas entre idades e condições de saúde dos alunos que necessitem de atenção
específica e aqueles que se encontram em vulnerabilidade social.

De acordo com o Artigo 4º da Resolução nº 26/2013, a clientela do PNAE é formada


pelos alunos matriculados na educação básica das redes públicas federal, estadual,
distrital e municipal, em conformidade com o Censo Escolar do exercício anterior rea-
lizado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira do
Ministério da Educação (INEP/MEC).

O programa é acompanhado e fiscalizado diretamente pela sociedade, por meio dos


Conselhos de Alimentação Escolar (CAEs), pelo FNDE, pelo Tribunal de Contas da 7
União (TCU), pela Secretaria Federal de Controle Interno (SFCI) e pelo Ministério
Público.

cpt.com.br (31) 3899.7000


2 Recursos Humanos
O(a) Merendeiro(a) Escolar é o profissional da educação básica responsável pela ali-
mentação escolar.

2.1 - Atribuições
Segundo a Lei nº 206, de 29/12/2004 que dispõe sobre alterações na Lei Comple-
mentar nº 50, de 1/10/1998, no Capítulo II, Seção II, Artigo 9º define as atribuições do
profissional:

a) Nutrição Escolar, cujas principais atividades são: preparar os alimentos que com-
põem a merenda, manter a limpeza e a organização do local, dos materiais e dos
equipamentos necessários ao refeitório e a cozinha, manter a higiene, a organização e
o controle dos insumos utilizados na preparação da merenda e das demais refeições.
Também é de responsabilidade desse profissional as seguintes atividades:

b) Recebimento dos gêneros alimentícios e a devida conferência dos mesmos, ou


seja, observação da embalagem, o aspecto visual do alimentos, prazo de validade e
peso.
c) Higienização dos utensílios, móveis e equipamentos.
8
d) Higienização ambiental em todas as etapas da produção das refeições.

cpt.com.br (31) 3899.7000


2.2 - Quantidade de Profissionais
A relação do número de merendeiras por aluno é definido anualmente por Portaria
emitida pela Seduc - Secretaria de Educação do Estado, para dimensionamento de
pessoal nas unidades escolares.

2.3 - Seleção
A seleção da merendeira é feita por meio de concurso público ou por meio de contrato
temporário, mediante processo seletivo, conforme edital de seleção vigente. São exi-
gências para o contrato:

• Ensino fundamental completo.

• Exame de saúde.

• Experiência anterior em manipulação de alimentos.

2.4 - Saúde do Manipulador de Alimentos


Os alimentos podem transmitir doenças, conhecidas como Doenças Transmitidas
por Alimentos (DTA), por isso o cuidado com a saúde do manipulador e seu efetivo
controle são fatores que influenciam na qualidade final do produto.

O Ministério do Trabalho por meio da Norma Regulamentadora nº 7 (NR 7) determina


a realização do Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO),
tendo como principal objetivo prevenir e detectar doenças adquiridas no trabalho, visto
que esses exames também são exigidos pela Vigilância Sanitária.

Devem ser realizados exames admissionais, periódicos e demissionais por médico ha-
bilitado em medicina do trabalho. É obrigatório a realização dos exames discriminados
no quadro a seguir:

cpt.com.br (31) 3899.7000


MATÉRIA EXAMES OBJETIVO
Pesquisa de portadores de Salmonella sp
Coprocultura e Shiguella sp.

Fezes
Pesquisa de protozoários e helmintos de
Coproparasitológico importância médica

Avaliação geral do funcionário: anemia,


Hemograma alergia, parasitose, infecções agudas e
Sangue crônicas, discrasias sanguíneas

VDRL Pesquisa de Sífilis

Alguns municípios emitem, por meio da vigilância sanitária, Carteira de Saúde que
atesta as condições de saúde do manipulador de alimentos. Deve ser mantido na es-
cola a cópia da carteira de saúde de cada merendeira.

Nos municípios que não emitem a carteira de saúde, o profissional deve realizar os
exames citados acima e solicitar ao médico um laudo de suas condições de saúde.
A cópia deste laudo deve ser arquivada na escola. Tanto a carteira de saúde como o
laudo médico devem ser feitos anualmente ou em intervalo menor de tempo se houver
necessidade.

De acordo com o item 4.6.2, da Resolução 216 de 15/09/2004 da ANVISA, os ma-


nipuladores que apresentarem lesões e ou sintomas de enfermidades que possam
comprometer a qualidade higiênico-sanitária dos alimentos devem ser afastados da
atividade de preparação de alimentos enquanto persistirem os sintomas.

2.5 - Higiene Pessoal


É o conjunto de hábitos saudáveis que cada indivíduo deve ter com seu próprio corpo,
para preservar não só sua saúde como a dos outros. São importantes:

10

cpt.com.br (31) 3899.7000


O QUE FAZER POR QUE FAZER

Há micróbios espalhados por todo nosso


corpo. A maior quantidade está no nariz,
Tome banho diariamente e use uniforme
na boca, nos cabelos, nas mãos (inclusi-
limpo
ve unhas), nas fezes, no suor e também
podem vir no solado dos sapatos

Os cabelos devem ser mantidos pre-


Use cabelos presos e cobertos com sos para evitar que caiam sobre os ali-
toucas e não use barba mentos. Você sabia que 1mm de cabelo
pode conter até 50.000 micróbios?

Muitos micróbios se alojam embaixo das


Mantenha as unhas cortadas e sem unhas, podendo contaminar os alimen-
esmalte tos, e o esmalte pode ser um perigo quí-
mico para os alimentos

2.6 - Higienização das Mãos


É o conjunto de hábitos saudáveis que cada indivíduo deve ter com seu próprio corpo,
para preservar não só sua saúde como a dos outros. São importantes:

• As mãos são importantes meios de transmissão de sujidades e de microrganismos


e por isso merecem cuidados especiais em relação à sua higienização.

• A higienização frequente e adequada das mãos é essencial para a segurança dos


alimentos e para promoção da saúde, uma vez que essa prática evita a transmissão
de inúmeras doenças e agravos à saúde.

Importante: lavatórios exclusivos devem ser disponibilizados para higienização das


mãos na cozinha, em local de fácil acesso a todos os manipuladores.

Quando lavar as mãos:

• Toda vez que entrar na cozinha.

• Após utilizar o sanitário.

• Tocar em alimentos crus ou não higienizados.

• Após manusear materiais (esfregão, rodo, pano) e produtos de limpeza. 11


• Após recolher lixo e outros resíduos ou tocar a lixeira.

cpt.com.br (31) 3899.7000


• Após assoar o nariz, tossir, espirrar, fumar, entre outros.

• Após tocar em caixas, sapatos, sacarias, telefone, dinheiro, entre outros.

• Após coçar, tocar o rosto, cabelo e partes do corpo.

• Antes de vestir luvas descartáveis.

• Após cada troca de tarefa, interrupção do serviço e sempre que necessário.

A maioria das pessoas não gasta nem 10 segundos para lavar as mãos, mas uma boa
lavagem deve durar mais que 20 segundos.

Atenção!
Não seque as mãos na roupa para não recontaminá-las; Passar álcool nas mãos
sem lavá-las previamente não tem o mesmo efeito bactericida.

12

cpt.com.br (31) 3899.7000


2.7 - O Uso de Luvas Descartáveis
O uso de luva descartável pela merendeira escolar é obrigatório nos seguintes
casos:

• Na manipulação de alimentos prontos para o consumo, tais como: pães, biscoitos


e bolos.

• Na manipulação de alimentos que já foram cozidos como: cortar carnes prontas,


cortar legumes e verduras para salada.

• Na manipulação de frutas, legumes e verduras que já tenham sido higienizados.

• Na ocorrência de ferimentos nas mãos – já protegidos por curativo e/ou dedeiras.

Cuidados:
O uso de luvas descartáveis não é permitido em procedimentos que envolvam dire-
tamente o calor, ou seja, no cozimento de alimentos. Troque as luvas sempre que
interromper ou trocar de atividade.

Tipos de luvas descartáveis: existem três tipos de luvas que podem ser utilizadas
na manipulação de alimentos, que são: vinil, látex, polietileno.

2.8 - Equipamento de Proteção Individual (EPI)


Considera-se EPI todo o dispositivo ou produto de uso individual utilizado pelo trabalha-
dor, destinado à proteção de riscos suscetíveis, de ameaçar a segurança e o trabalho.

Todo EPI deve ter o certificado de aprovação (CA) pelo Ministério do Trabalho e Empre- 13
go, para ser comprovada a sua eficiência de acordo com a finalidade a que se destina.
Sem esse registro, o equipamento não deve ser utilizado na Unidade de Alimentação
e Nutrição.

cpt.com.br (31) 3899.7000


Na área do Serviço de Alimentação Escolar (cozinha, despensa, refeitório) é necessá-
rio usar o uniforme. As roupas devem ser ajustadas ao corpo, evitando que se prendam
em algum equipamento ou que queimem. As toucas contribuem para que os cabelos
não se enrosquem nos equipamentos ou caiam na comida.

ÁREAS DO SERVIÇO
EPI RECOMENDADOS FUNÇÃO DO EPI
DE ALIMENTAÇÃO

Luva de malha de aço Proteção contra cortes

Pré-preparo Avental de PVC Contra umidade

Luvas vinil, látex ou polie- Preparo de saladas


tileno

Luvas de malha de aço Para cortes

Cocção Luvas térmicas Para forno e fogão

Avental antichama Para forno e fogão

Luvas vinil, látex ou polie- Para servir bolo, pão, bola-


Distribuição
tileno cha

Óculos de proteção Para higienização de coifas

Para manipulação de produ-


Luvas de PVC 52 cm
tos químicos

Para atividades com grande


Botas de borracha
Higienização e quantidade de água
Retirada do Lixo Proteção contra umidades e
Avental de PVC
produtos químicos

Para manipulação de produ-


Luva de PVC
tos químicos

Luva de malha de aço Para cortar embalagens

14

cpt.com.br (31) 3899.7000


- Calça, camiseta de manga A boa apresentação do ma-
curta, avental de algodão nipulador de alimentos de-
- Todas as peças do unifor- ve-se em grande parte da
me devem ser de cor bran- correta utilização do unifor-
ca e em tecido de algodão, me. Sua função é a proteção
conservadas e limpas tanto do usuário como do ali-
- Sapato fechado antiderra- mento a ser prepado
Em todas as áreas pante em boas condições
de conservação e limpeza,
com certificado de autori-
zação do Ministério do Tra-
balho e Emprego
- Touca de algodão ou des-
cartável para proteção dos
cabelos

2.9 - Regra para Visitantes


São considerados visitantes os técnicos e nutricionistas, conselheiros do Conselho Es-
tadual de Alimentação Escolar, assessores pedagógicos, fornecedores e fiscais. Todas
estas pessoas que necessitam entrar nas dependências da cozinha escolar devem
usar, no mínimo, protetor de cabelos.

Atenção!
Os visitantes não devem tocar nos alimentos, equipamentos e utensílios ou qualquer
outro material da cozinha, exceto os técnicos e nutricionistas que verificam as condi-
ções de higiene de móveis, equipamentos, utensílios e o armazenamento dos alimen-
tos, sendo necessário para a realização desta atividade fazer a correta higienização
das mãos. Não deverão entrar na área de manipulação de alimentos pessoas que
estiverem com ferimentos expostos, gripe, doenças transmissíveis, gastroenterites
ou qualquer outro quadro clínico que represente risco de contaminação.

15

cpt.com.br (31) 3899.7000


3 Comportamento e Atitude

3.1 - Situações Inadequadas para o Exercício da Função


Não deve manipular alimentos o manipulador que apresentar lesões nas mãos e bra-
ços ou gastroenterites aguda ou crônica (diarreria ou disenteria), assim como, os que
estiverem acometidos de infecção nos olhos, nos pulmões ou faringes.

O(a) gestor(a) deve garantir que o manipulador nessas situações seja afastado para
outras atividades, sem prejuízo de qualquer natureza. Ele pode ser mantido na função
se o ferimento permitir a desinfecção e proteção com luva, de forma a não oferecer
risco de contaminação dos alimentos.

3.2 - Comportamentos Inadequados


• Provar alimentos na mão ou com o mesmo utensílio utilizado para mexer as prepa-
rações.

• Provar alimentos em cima das panelas.

• Fumar, comer, tossir, espirrar, cantar, assoviar, falar demais ou mexer em dinheiro
durante o preparo dos alimentos.

3.3 - Atitudes Corretas


• Trocar o uniforme diariamente e utilizá-lo apenas nas dependências internas da
unidade.
• Não usar adornos (brincos, anéis, aliança, pulseiras, gargantilha, fitinha, relógio,
piercing).
• Não usar maquiagem e perfume.
• Manter os cabelos presos e totalmente protegidos de touca.
• Não utilizar o avental de PVC durante o período do cozimento dos alimentos.
• Não carregar no uniforme objetos como: carteira, cigarro, celular, relógio, canetas e
outros.
16

cpt.com.br (31) 3899.7000


3.4 - Prevenção de Acidentes
• Quando for tirar panelas do fogo, use luvas térmicas para não se queimar.
• Ao carregar panelas pesadas peça ajuda para evitar problemas de coluna.
• Os cabos das panelas devem ficar sempre virados para dentro do fogão.
• Sempre verifique se há algum vazamento de gás.
• Cuidado quando for desligar os aparelhos elétricos. Nunca puxe os fios da tomada;
tire o plug bem devagar.

• Deixe a cozinha sempre organizada, nada no “meio do caminho”

3.5 - Primeiros Socorros


A cozinha da escola deverá estar equipada com material necessário à prestação de
primeiros socorros. Manter esse material guardado em local adequado e aos cuidados
de pessoa treinada para esse fim. Relação de materiais para a caixinha de primeiros
socorros:

17

cpt.com.br (31) 3899.7000


• Maleta de primeiros socorros.
• Caixa de luvas de procedimentos.
• Ataduras de crepe de 10 a 20 cm.
• Pacotes de gazes esterilizadas 7,5 x 7,5 cm.
• Frascos de 500 ml de soro fisiológico a 0,9%.
• Esparadrapo.
• Tesoura e pinça anatômica.
• Caixa de curativos (bandaid).
• Termômetro.
• Jogo de talas de imobilização.

4 Noções sobre Alimentação e Nutrição


Os alimentos formam um composto de substâncias que servem para satisfazer a nos-
sa fome e também para nos nutrir. Assim, precisamos conhecer algumas noções ge-
rais de nutrição e colocá-las em prática para que nossa alimentação seja mais equili-
brada e mais saudável, com benefícios muito grandes para a saúde.

Os alimentos são formados por substâncias chamadas nutrientes e cada um é respon-


sável por diferentes funções no nosso corpo. Os nutrientes são: proteínas, carboidra-
tos, gordura, água, sais minerais, vitaminas, água.

Nosso organismo precisa de todos os nutrientes na quantidade certa e os recebe por


meio dos alimentos.

No Guia Alimentar da População Brasileira (Brasil, 2008.2), citam-se as recomenda-


ções específicas sobre uma alimentação saudável:

a. Manter o equilíbro energético e o peso saudável.

b. Limitar o consumo de alimentos energéticos procedentes de gorduras.

c. Aumentar o consumo de frutas, legumes e verduras, cereais integrais e legumino-


sas (feijões).

d. Limitar a adição de açúcar aos alimentos e, consequentemente, de gorduras. 18


e. Limitar a ingestão de sal (sódio) de toda procedência e consumir sal iodado.

cpt.com.br (31) 3899.7000


Infelizmente, no Brasil ainda há deficiências nutricionais e as infecções ainda são de-
safios à saude das pessoas. Além disto, o perfil da saúde dos brasileiros tem mudado
radicalmente com o aparecimento das doenças crônicas não transmissíveis, associa-
das às causas mais comuns de mortes registradas atualmente. Entre as doenças crô-
nicas não transmissíveis estão: o diabetes, a obesidade, os problemas cardíacos, a
osteoporose, entre outras. Algumas dessas doenças deixam as pessoas debilitadas e
incapacitadas para o resto da vida e em alguns estágios, essas doenças matam (Brasil,
2008.2).

Entre os “Princípios e Diretrizes do Guia da Alimentação da População Brasileira” uma


alimentação saudável deve ter as seguintes características:

1. Acessível: uma alimentação saudável não é cara, pois se baseia em alimentos


frescos, produzidos e comercializados na região, como os grãos, as leguminosas,
as frutas, os legumes e as verduras.

2. Saborosa: o sabor é fudamental para que uma refeição seja consumida com pra-
zer, privilegiando a forma de preparo com os temperos regionais à base de produtos
naturais.

3. Variada: o consumo de alimentos de diversos tipos evita a monotonia do sabor das


refeições, dos próprios alimentos, além de fornecer os nutrientes necessários a boa
saúde.

4. Colorida: quanto mais colorida for uma alimentação, mais rica em diversos nu-
trientes será. Uma refeição colorida é mais rica em vitaminas e minerais, atrativa,
promovendo maior consumo de alimentos saudáveis, como: frutas, legumes e ver-
duras, grãos e tubérculos em geral.

5. Equilibrada: consumindo alimentos de grupos variados com quantidade para o al-


cance de uma nutrição adequada, a cada fase da vida, ao estado nutricional, saúde,
sexo e tipo de atividade que o indivíduo realiza, haverá garantia da alimentação
saudável.

6. Segurança Sanitária: os alimentos não devem apresentar contaminações de qual-


quer tipo, sob pena de comprometer a saúde das pessoas. Por isso a prática dos
cuidados e da higiene durante a manipulação dos alimentos é importante.

19

cpt.com.br (31) 3899.7000


4.1 - Alimentos Energéticos

Baseado em informações do Guia Alimentar para a População Brasileira, pode-se afir-


mar que nos alimentos energéticos há predominância dos nutrientes: carboidratos e
lipídios, responsáveis pela energia para as atividades diárias como: caminhar, correr,
carregar objetos, conversar e até mesmo respirar.

A estimativa para consumo diário de energia, em média, é de 2.000 calorias para a


população considerada sedentária. Essa quantidade varia de acordo com as neces-
sidades das pessoas, dependendo das suas características. Por exemplo: mulheres
pequenas e inativas devem consumir uma quantidade menor de alimentos que os
homens de mesma idade e nível de atividade física. Elas devem ter muito cuidado ao
consumir alimentos altamente energéticos.

São alimentos energéticos:

• Carboidratos: arroz, milho, aveia, trigo, cevada, pão, massas, batata, cará, mandio-
ca, mel, açúcar, geleias, mandioca e farinhas.

• Gorduras: óleos, banha, manteiga, margarina, creme de leite e outros.

20

cpt.com.br (31) 3899.7000


4.2 - Alimentos Construtores

Os alimentos construtores são predominantemente ricos em proteínas, nutriente en-


volvido essencialmente na construção das células, do sangue, dos hormônios e das
enzimas. Também participam na formação de alguns minerais, como o ferro e o cálcio,
além de algumas vitaminas, como A, D e B12.

Os alimentos construturores de origem animal trazem consigo, além das proteínas,


outras características importantes:

a. A proteína de origem animal, encontrada nas carnes, no leite e em seus derivados


e ovos tem melhor qualidade, quando comparada à proteína de origem vegetal,
pois contém todos os elementos, chamados de aminoácidos, considerados essen-
ciais. É uma proteína completa, como se não faltasse nenhum tijolo na construção
de uma casa. Os aminoácidos essenciais não são produzidos pelo organismo e
somente serão obtidos se forem consumidos.

b. A qualidade do ferro (heme) contido nas carnes tem qualidade superior ao ferro ob-
tido dos alimentos de origem vegetal (não heme) contidos nos feijões, uma vez que
podem ser absorvidos (passagem do nutriente do intestino para o sangue) mais
rapidamente e em maior quantidade. O ferro “não heme” presente nos vegetais é
bem mais aproveitado pelo organismo somente se os alimentos fonte de vitamina
C, estiverem presentes na alimentação.

c. A vitamina B12 está presente unicamente nos alimentos de origem animal e parti-
cipa também na formação dos glóbulos vermelhos (hemoglobina). 21
São alimentos construtores: carnes, ovos, feijão, ervilha, lentilha, soja, grão-de-bico,
leite, queijos, iogurte, coalhada.

cpt.com.br (31) 3899.7000


4.3 - Alimentos Reguladores

Os alimentos desse grupo têm predominância de vitaminas (exceto a vitamina B12)


e sais minerais, que regulam várias funções no organismo. São muito importantes na
formação dos ossos e tecidos, e na defesa do organismo contra doenças. Além disso,
os alimentos desse grupo também são ricos em fibras importantes para o bom funcio-
namento do intestino. As principais fontes são:

• Frutas: abacaxi, banana, laranja, mamão, entre outras.

• Legumes: cenoura, chuchu, pimentão, rabanete, tomate, vagem, entre outros.

• Verduras: alface, almeirão, brócolis, couve, espinafre, entre outros.

22

cpt.com.br (31) 3899.7000


5 Orientação para o Cardápio Escolar

O cardápio deve ser programado, semanalmente, pela pessoa encarregada da me-


renda, observando:

• Os produtos existentes no depósito da escola e os alimentos oferecidos pela comu-


nidade.

• O número de escolas que são atendidas diariamente.

• A quantidade recomendada de cada alimento por aluno (per capita).

• Observar o balanceamento e nutrientes do cardápio.

• Escolher o cardápio de acordo com o clima.

Coloque o cardápio bem visível, com todos os dias da semana e os nomes das prepa-
rações. Dessa forma, estará orientando melhor a organização de cada preparo, alter-
nando preparações doces com salgadas, além de evitar perguntas repetitivas sobre a
merenda de cada dia.

Atenção!
Leve sempre em conta os grupos de alimentos. Observe, também, a aceitabilida-
de de cada cardápio e modifique a prepração se “não” for bem aceita. A boa apre-
sentação influi na aprovação dos cardápios. Prepare a merenda com atecedência
para que seja servida na temperatura adequada.

A distribuição da merenda pode ser feita na cantina, no refeitório ou na sala de aula,


sendo que em cada um desses locais o professor deverá acompanhar os alunos,
orientando-os quanto à educação alimentar.

É importante seguir as recomendações acima no preparo das refeições para obter


uma merenda saudável, nutritiva e suficiente.

23

cpt.com.br (31) 3899.7000


5.1 - Atendimento aos Alunos com Necessidades Nutricionais Especiais
Todo aluno tem direito à alimentação escolar garantida pela Constituição de 1988, e
os alunos que apresentam algum problema de saúde e necessitam de alimentação
diferenciada dos demais alunos, também devem ser atendidos de acordo com o seu
problema de saúde. Toda e qualquer necessidade de alimentação especial deve ser
atendida.

Atenção!
É dever do nutricionista orientar a direção da escola para que solicite aos respon-
sáveis pelo aluno providenciarem um LAUDO MÉDICO com indicação do problema
de saúde, indicando a Classificação Internacional de Doença - CID.

A cópia desse laudo médico deve ser enviada ao nutrionista, para que providencie
a alimentação adequada ao problema de saúde do aluno, bem como orientar as
merendeiras, os professores e outros funcionários da escola, se necessário, quanto
aos procedimentos para atender o aluno.

O nutricionista deve conversar com os responsáveis e educadores para obter mais in-
formações sobre o problema do aluno e seus hábitos, para que o atendimento realizado
na escola seja adequado a cada caso. Deve ainda orientar as merendeiras, na escola e
por escrito, quanto aos procedimentos adequados para a alimentação do aluno.

As merendeiras devem atender as orientações do nutricionista, lendo todas as descri-


ções que lhes forem entregues e solicitar esclarecimentos, em caso de dúvidas.

Pode haver dúvidas, mesmo após os esclarecimentos e a merendeira deve buscar


novas explicações, de forma que o aluno receba a alimentação correta e adequada ao
seu problema.

Pode acontecer de o aluno incialmente rejeitar a alimentação que foi oferecida, embora
esteja adequada ao que ele precisa. Assim, informar ao nutricionista para que o proble-
ma seja solucionado. Pode ser que determinado alimento possa ser preparado de outra
forma e o aluno venha a aceitar a refeição.

Por meio de ligações telefônicas, por e-mail ou nas visitas periódicas que o nutricionista
fizer à escola, a merendeira deve solicitar esclarecimentos e buscar orientações sobre
24
as dúvidas que houver para o atendimento adequado dos alunos.

cpt.com.br (31) 3899.7000


Atenção!
Todas as dúvidas que surgirem no atendimento ao aluno devem ser esclarecidas
com o nutricionista que atende a escola.

6 Aceitabilidade dos Alimentos


A aceitabildade dos alimentos pelos alunos é um fator determinante da qualidade da
alimentação escolar e da atenção dada aos estudantes na escola. Além disso, evita o
desperdício de alimentos e do dinheiro gasto na compra de gêneros alimentícios rejei-
tados.

Cardápios saudáveis nem sempre são garantia de ótima aceitabilidade, ou seja, que as
refeições serão bem aceitas pelos alunos. Especialmente crianças e os adolescentes
podem rejeitar uma alimentação saudável, mas não se pode desistir facilmente.

Para o nutricionista não é tarefa fácil manter no cardápio refeições saudáveis, mas com
alto índices de rejeição, até em decorrência dos índices mínimos de aceitabilidade es-
tabelecidos pelo FNDE (2013). Em caso de rejeição, deve haver ações corretivas, de
forma a inserir os alimentos no hábito alimentar dos alunos. Estudos mostram que um
alimento novo precisa ser oferecido várias vezes às crianças para que elas se acostu-
mem a ele, sendo necessário de 12 a 15 apresentações dos alimentos recusados.

6.1 - Fatores que Interferem na Aceitação da Alimentação Escolar


Em muitos casos, os alunos até substituem a refeição servida na alimentação escolar
por alimentos menos nutritivos, preferindo alimentos com outro tipo de apresentação,
temperatura ambiente, de fácil mastigação e rápido para comer.

Já entre crianças com idade entre 2 e 6 anos há constantes recusas dos alimentos,
contudo, tem curiosidade pelos alimentos dos adultos, tendo certa facilidade para se-
rem aceitos.

Entre os 7 e 10 anos há um aumento do apetite, o que aumenta a aceitação da alimen-


tação. Porém, se o aluno já tiver hábitos alimentares inadequados, a chance de rejei-
ção será aumentada, podendo acentuar alguns distúrbios alimentares, principalmente 25
quando houver correções.

cpt.com.br (31) 3899.7000


Outros fatores que interferem na adesão e na aceitação das refeições no PNAE estão
ligados às condições de distribuição da alimentação nas escolas. Esse conjunto de
fatores contribui com a dignidade do atendimento ao aluno na escola:

a. Desconhecido: há muitos alimentos que, apesar de serem cultivados no próprio


município (agricultura familiar), não são conhecidos pelos alunos.

b. O tipo de serviço oferecido.

c. O atendimento dado pela merendeira.

d. O tipo de utensílio.

e. O tipo de mobiliário.

f. As características do ambiente físico e social, como a estética e a higiene do am-


biente.

g. O comportamento dos próprios alunos durante o intervalo.

6.2 - Sugestões para Melhorar a Aceitabilidade e Adesão


Abaixo, listamos algumas dicas que podem melhorar a adesão e aceitabilidade dos
alimentos.

a. Fazer propaganda da alimentação escolar é um meio eficaz de divulgar o trabalho


da merendeira na escola.

b. Preparar saladas coloridas chama a atenção até dos adultos.

c. Decorar as refeições preparadas, sempre que der tempo.

d. Com autorização da direção da escola e do professor, ir até a sala de aula e co-


mentar com os alunos sobre a alimentação escolar e o trabalho da merendeira.

e. Convidar os alunos para conhecer a cozinha da escola.

f. De maneira organizada com a direção, formar grupos de alunos para acompanhar


o preparo das refeições na escola.

g. Pedir para os alunos levarem as receitas de preparações nutritivas que podem 26


ser feitas na escola e enviá-las ao nutricionista como sugestões para incluir nos
cardápios.

cpt.com.br (31) 3899.7000


h. Preparar com os alunos algum alimentos nutritivos, mas que eles ainda não acei-
tam bem.

i. Montar uma horta na escola.

j. Montar uma espécie de feirinha na escola, colocando à “venda” alimentos nutriti-


vos, de forma que, depois, possam ser preparados para os alunos.

k. Sugerir aos professores para levarem seus alunos a uma horta, pomar, indústria
de alimentos.

l. Colocar uma porção dos alimentos crus (uma cabeça da verdura servida, uma por-
ção de macarrão, uma porção de fruta que foi picada, uma cabeça da cebola, uma
cabeça de alho, um ramo da salsa, do coentro, e outros), identificando-os com os
seus respectivos nomes para que os alunos os conheçam.

m. Montar um mural da cozinha na escola, divulgando informações sobre alimentação


e saúde, incentivando o consumo da alimentação escolar.

7 Armazenamento dos Gêneros Alimentícios


Os gêneros alimentícios deverão ser estocados em depósito, com boa ventilação e
iluminação, seco, sem goteira, protegido com grade contra roubos e o calor excessivo.

Na arrumação dos gêneros, deve-se obedecer às seguintes instruções:

1. Controlar o estoque de gênero por meio da ficha de controle de estoque da escola.

2. Registrar a data de entrada e saída dos gêneros na despensa.

3. Colocar junto os gêneros do mesmo tipo. Ex.: merenda doce com merenda doce,
salgada com salgada, entre outros.

4. Colocar os gêneros mais antigos na frente para que sejam usados em primeiro lu-
gar. Utilizar os gêneros dentro do prazo de validade.

5. Não deixar nenhum volume em contato direto com o solo ou paredes da despensa.
Somente o responsável deve possuir a chave da despensa.

6. Não abrir outro pacote antes de desocupar o que está em uso e amarrar bem os
pacotes abertos. 27
7. Material de limpeza, inseticida e objetos de uso pessoal (bolsa, avental, entre ou-
tros) não devem ser armazenados juntos dos alimentos.

cpt.com.br (31) 3899.7000


8 Equipamentos e Utensílios
São instrumentos de trabalho que permitem a execução de atividade de forma segura
e eficiente. Para seu perfeito funcionamento, precisam ter manutenção e higienização
periódicas. Devem ser de materiais resistentes, lisos, sem rugosidades, de fácil higieni-
zação, e que não transmitam substâncias tóxicas, odores e sabores.

Lista básica de equipamentos e utensílios:

1. Fogão industrial: a gás, com quatro queimadores duplos, grelhas medindo 40x40
cm e com forno, estrutura e quadro em chapa de aço carbono, registro de latão cro-
mado laminado, bandeja coletora em chapa de aço tratado pintado, queimadores
em ferro fundido.

2. Freezer: horizontal com capacidade mínima de 480 litros.

3. Liquidificador: modelo industrial, capacidade para 8 litros, copo em aço inoxidável


304 polido, com potência ½ cv, tensão de 127 volts.

4. Refrigerador: tensão 127 volts, baixo consumo de energia, capacidade mínima de


340 a 380 litros.

5. Estrados: para utilização em freezer, material recomendado em polipropileno.

6. Panelas: de tamanho médio, podendo ser de alumínio fundido, com 2 alças, com
tampa, no mínimo de 0,4 mm de espessura, com borda lateral de 23 cm e capaci-
dade para 30 litros, com selo que tenha a composição e informações do fabricante
estampados na peça.

7. Panelas: de tamanho grande, podendo ser de alumínio fundido, com 2 alças, com
tampa, no mínimo de 0,4 mm de espessura, com borda lateral de 23 cm e capaci-
dade para 40 litros, com selo que tenha a composição e informações do fabricante
estampados na peça.

8. Panela de pressão: utensílio em alumínio com capacidade de 9 litros, e cabo de


polipropileno.

9. Escorredor de macarrão: podendo ser em alumínio, utensílio para escorrer mas-


sa, diâmetro de 50 cm com 20 a 30 cm de altura.

10. Pegador de macarrão: material em inox.


28

cpt.com.br (31) 3899.7000


11. Pá para mexer panelas: pá em altileno, resistente a altas temperaturas, com 80
cm de comprimento, com selo que tenha a composição e informações do fabricante
estampados na peça.

12. Placa de altileno: placa de corte para alimentos, pode ser de várias cores, com 2
cm de espessura, 50 cm de comprimento por 30 cm de largura.

13. Faca para cozinha: com lâmina em aço inox com 25 cm de comprimento e cabo
em altileno com 15 cm de comprimento.

14. Escumadeira: pode ser em material de alumínio ou inox, com 10 cm de diâmetro,


com cabo de 25 cm de comprimento e ponteira protegida com altileno.

15. Colher para servir: pode ser toda em material de alumínio ou em aço inoxidável,
tamanho grande, usada para servir alimentos.

16. Concha: pode ser toda em material de alumínio ou em aço inoxidável, tamanho
grande, usada para servir alimentos.

17. Colher de sopa: toda em aço inoxidável, sem cabo de madeira ou plástico, resis-
tente a 100º C.

18. Copo: em material de polipropileno, atóxico, inderfomável, resistente a 100º C, ca-


pacidade de 270 ml.

19. Caneca: em material de polipropileno, com alça, atóxica, resistente a 100º C, inder-
formável, capacidade de 250 ml.

20. Forma/Tabuleiros: pode ser em material de alumínio, tamanho grande.

21. Pratos para servir: utensílios em vidro temperado, resistente a impactos e peque-
nas quedas, também pode ser em aço inoxidável, em polietileno (plástico), pode ser
fundo ou raso.

22. Lixeira: material de polietileno, resistente, com tampa acionada por pedal com ca-
pacidade de 30 a 50 litros.

23. Bancada/mesa: material em inox de fácil higienização.

24. Pano de copa: de material absorvente cor clara. Pano multiuso (tipo perfex).

25. Utensílios plásticos: bacias, caixas plásticas, organizadores, potes plásticos de


tamanhos e cores variadas - de uso geral, para guardar alimentos, em material ató- 29
xico, resistente e inderfomável.

26. Cortador manual de legumes: pode ter tripé ou não.

cpt.com.br (31) 3899.7000


9 Preparações Sugeridas
Observação: sugestões de preparações que rendem um tabuleiro médio.

Torta de
Repolho Cursos

CP

Ingredientes: Modo de Preparo:


Derreta a margarina, junte o trigo, dê uma leve tor-
»»1 repolho médio (800 g)
rada até a farinha dourar. Adicione o leite sem parar
»»500 g de carne moída de mexer até engrossar. Pique o repolho miudinho e
»»Tempero escalde com água quente. Escorra e acrescente ao
molho branco. Prepare o molho com carne moída,
»»2 cebolas pequenas e picadinhas (100 g)
cebola, cenoura, tomate e sal.
»»1 copo de molho de tomate
»»500 ml de água
Como Montar a Torta:
»»1 colher (sopa) cheia de margarina
1ª camada: molho branco com o repolho;
»»2 colheres (sopa) de farinha de trigo
2ª camada: molho de carne;
»»500 ml de leite
»»15 g de sal 3ª camada: molho branco com o repolho.

»»100 g de cenoura ralada Ir alternando as camadas, até acabar com os ingre-


dientes.

cpt.com.br (31) 3899.7000 30


Torta de
Frango Cursos

CP

Ingredientes para Massa: Recheio:

»»3 ovos Tempero, cebola, cebolinha, salsinha, tomate,


milho verde (opcional) e 1 xícara de frango
»»1 colher (chá) de fermento
desfiado.
»»1 copo de óleo
»»3 copos de leite
»»2 copos de trigo
Modo de Preparo:
»»1 copo de amido de milho
Preparar o molho com o frango e os demais ingre-
»»Sal a gosto dientes. Bater a massa no liquidificador. Coloque
um pouco de massa na assadeira, um pouco de
molho, o restante da massa e por cima o restante
do molho. Assar por 45 minutos.

cpt.com.br (31) 3899.7000 31


Bolinho Verde
com Aveia Cursos

CP

Ingredientes: Modo de Preparo:

»»1 xícara (chá) de talos e folhas (ex.: couve) Bater os ovos e misturar com a cebola picada e o
sal. Acrescentar as folhas e talos picados. Juntar à
»»2 ovos
mistura a farinha de trigo, a aveia. Acrescentar o
»»1 xícara (chá) de farinha de trigo fermento e misturar. Untar uma assadeira e moldar
»»1 cebola os bolinhos. Assar.

»»1/2 xícara (chá) de aveia em flocos


»»1/2 colher (sopa) rasa de fermento
»»Sal

cpt.com.br (31) 3899.7000 32


Torta de
legumes Cursos

CP

Ingredientes: Modo de Preparo:

»»5 tomates picados em cubos Misture tudo e coloque em uma forma untada em
óleo e leve ao forno brando.
»»1 cebola picada em cubos
»»3 pimentões picados em cubos
»»2 cenouras cozidas, picadas em cubos
»»3 ovos inteiros crus
»»13 colheres (sopa) farinha de trigo
»»1 xícara (chá) de óleo
»»Sal a gosto, milho verde e cheiro-verde a gosto

cpt.com.br (31) 3899.7000 33


Bolo de Maçã
com Aveia Cursos

CP

Ingredientes: Modo de Preparo:


»»4 maçãs médias Bater tudo no liquidificador e por último acrescen-
»»3 ovos tar o fermento. Colocar em assadeira previamente
untada e polvilhar com o farelo de aveia por cima.
»»1 1/2 xícara (chá) de açúcar
Assar por aproximadamente 45 minutos.
»»1/2 xícara (chá) de amido de milho
»»2 xícaras (chá) de farinha de trigo
»»1 xícara (chá) de aveia em flocos (guarde um
pouco para polvilhar em cima da massa)
»»1 colher (sopa) de fermento

cpt.com.br (31) 3899.7000 34


Torta de
Arroz Cursos

CP

Ingredientes para Massa: »»1 cenoura ralada


»»1 chuchu ralado
»»2 1/2 xícaras de (chá) de arroz cozido »»1 xícara de moranga ralada
»»3 ovos »»Sal a gosto
»»1 copo de leite
»»1/2 copo de óleo Modo de Preparo:
»»1 xícara (chá) de farinha de trigo Massa:
»»1 colher (sopa) de fermento em pó Bata no liquidificador todos os ingredientes e re-
»»Sal a gosto serve.
Recheio:
Recheio: Refogue a carne moída e acrescente os outros in-
gredientes.
»»200 g de carne moída
Montagem da torta:
»»1 tomate médio picado
Em uma assadeira untada, coloque metade da mas-
»»1 cebola média picada sa e sobre ela recheio. Cubra com o restante da
massa e leve para assar por aproximandamente 30
»»1 pimentão picado
minutos.

cpt.com.br (31) 3899.7000 35


Suco de
Laranja com Cursos

Cenoura CP

Ingredientes:
»»15 laranjas
»»1 copo de cenoura picada
»»Água gelada

Modo de Preparo:
Lavar e higienizar as laranjas e a cenoura. Cozinhar a cenoura. Extrair o suco das laranjas. Bater no
liquidificador o suco da laranja, a cenoura cozida e picada e a água gelada.

cpt.com.br (31) 3899.7000 36


Suco
Tutti-Fruti Cursos

CP

Ingredientes:
»»10 laranjas
»»2 fatias de melancia
»»2 bananas

Modo de Preparo:
Lavar e higienizar as frutas. Extrair o suco das laranjas. Cortar a melancia e retirar as sementes. Co-
zinhar as bananas sem casca. Bater as frutas no liquidificador. Despejar numa jarra e servir gelado.

Observação:
As receitas abaixo levam em consideração 20 porções em uma escumadeira média cheia.

cpt.com.br (31) 3899.7000 37


Arroz Cursos

CP

Ingredientes: Modo de Preparo:


»»1/2 litro de água Lave, escorra e reserve o arroz. Em uma panela, frite
»»4 dentes de alho médios picados o alho e a cebola, tomando cuidado para que não
queime. Acrescente o arroz, o sal e a água fervente
»»1,2 kg de arroz somente até cobrir o arroz. Deixe o arroz cozinhar
»»1 cebola média picada até secar a água. Apague o fogo e mexa o arroz de
forma que o que estava na superfície seja mistura-
»»1/3 de óleo do com a parte debaixo da panela. Tampe e deixe
»»Sal a gosto reservado até o arroz ficar macio – isso evita que
haja crosta no fundo da panela e consequentemen-
te desperdício. Sirva

Observação:
Dependendo da safra, a água a ser colocada no
arroz deve ser fria. Arroz de safra nova fica melhor
com água fervente.

cpt.com.br (31) 3899.7000 38


Feijão Cursos

CP

Ingredientes: Modo de Preparo:


»»3 litros de água Cate o feijão, lave, escorra e coloque de molho na
»»2 dentes de alho médios picados véspera, cuidando para que o recipiente pemane-
ça tampado - assim o feijão cozinha mais rápido.
»»1 cebola média picada Despreze a água do feijão, pois algumas substân-
»»1,2 kg de feijão cias indigestas se desprendem nessa água. Coloque
outra água para cozimento, sendo 3 (três) partes
»»Óleo de água para cada 1 (uma) de feijão. Deixe o fei-
»»Sal a gosto jão cozinher em fogo brando por cerca de 30 a 40
minutos após o início da fervura, dependendo do
tipo e safra do feijão. Em uma panela, frite a cebola
e depois o alho, cuidando para que não queime.
Acrescente o tempero e o sal ao feijão, deixando
ferver para tomar sabor e engrossar o caldo. Sirva.

cpt.com.br (31) 3899.7000 39


Carne de
Panela Cursos

CP

Ingredientes: Modo de Preparo:


»»2 dentes médios de alho picados Em uma panela de pressão, frite a cebola e depois
»»1 cebola média picada o alho, cuidando para que não queime. Coloque a
carne picada, o sal e a água até que cubra. Deixe
»»1 kg de carne cozida e picada para cozinhar cozinhar por cerca de 45 minutos do início da fer-
»»1/3 de óleo vura (dependendo do tipo de carne utilizada) até
que a carne fique macia. Acrescente a salsa ou o
»»Sal a gosto coentro picado e o tomate picado. Deixe cozinhar
»»1/3 de salsa ou coentro por mais cinco minutos. Misture essa preparação
ao arroz. Sirva.
»»2 tomates médios

cpt.com.br (31) 3899.7000 40


Créditos

Conteúdo: Revisão e organização: Ilustrações:


Ana Carolina dos Santos Silvana Teixeira José Francisco dos
Victor Sampaio Maciel Fernandes Santos Júnior

Fontes:
Curso CPT Capacitação para Cozinheira - Merendeira Escolar - Boas Práticas
de Manipulação de Alimentos; Curso CPT Capacitação para Cozinheira - Me-
rendeira Escolar - Como Conservar, Preparar e Distribuir os Alimentos; Novo
Cardápio Escolar de Ipatinga - Caderno de Receitas; Manual da Merendeira
Escolar de Mato Grosso do Sul e Manual de Procedimentos das Boas Práticas
para o Serviço de Alimentação e Nutrição Escolar de Mato Grosso.

Centro de Produções Técnicas e Editora Ltda.


Rua Doutor João Alfredo, 130
Bairro Ramos, Caixa Postal 01
36.570-000 - Viçosa - MG
Tel.: (31) 3899-7000
www.cpt.com.br
[email protected]

Todos os direitos reservados


Este exemplar é um BRINDE

É PROIBIDA A VENDA DESTA OBRA

cpt.com.br (31) 3899.7000 41

Você também pode gostar