Metodologia e Erros

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Instituto de Ciência e Tecnologia Campus

São José dos Campos

METODOLOGIA E ERROS

Professora: Drª Thaciana Malaspina

Alunos: Amanda Razaboni


Davi Juliano
Gustavo Ferracioli
Rafaele Guimarães

Turma: NA

Março de 2019
SUMÁRIO

1 RESUMO ............................................................................................................... 4
2 INTRODUÇÃO....................................................................................................... 4
3 OBJETIVOS .......................................................................................................... 5
4 MATERIAIS ........................................................................................................... 5
5 PROCEDIMENTO ................................................................................................. 5
6 RESULTADOS E DISCUSSÕES ........................................................................... 6
6.1 Avaliação da resolução e faixa de medidas do instrumento ............................ 6
6.2 Uso de régua com diferentes escalas ............................................................. 7
6.2.1 Atividade complementar .......................................................................... 9
6.3 Uso de paquímetro e balanças ....................................................................... 9
6.3.1 Atividade complementar: ....................................................................... 12
6.4 Uso de micrômetro ....................................................................................... 13
6.4.1 Atividade complementar ........................................................................ 14
7 CONCLUSÃO ...................................................................................................... 15
8 REFERÊNCIAS ................................................................................................... 16

2
INDÍCE DE TABELAS

Tabela 1: G1 - Resolução, incerteza e faixa de indicação de cada instrumento ............ 6


Tabela 2: G2 - Que instrumento devemos usar para medir as dimensões das peças ... 6
Tabela 3: A1(a) - Medida Direta - Comprimento (C) ...................................................... 7
Tabela 4: A1(b) - Medida Direta - Largura (L) ............................................................... 7
Tabela 5: A2 - Medida Indireta – Área, Perímetro e Propagação de Incertezas ............ 9
Tabela 6: B1(a) - Dimensões da peça......................................................................... 10
Tabela 7: B1(b) - Cálculo de volume e de propagação da incerteza ........................... 11
Tabela 8: B2(a) - Massa da peça ................................................................................ 11
Tabela 9: B2(b) - Cálculo da densidade e de propagação da incerteza ...................... 12
Tabela 10: C1 (a) - Medida da espessura da folha de sulfite ...................................... 13
Tabela 11: C1 (b) - Medida da espessura do fio de cabelo ......................................... 13

3
1 RESUMO

A ciência física é um campo muito vasto, abrangendo diversas áreas de estudo que
buscam desvendar os fenômenos da natureza de forma lógica e racional. Para isso, a
determinação de valores quantitativos torna-se algo fundamental.
Para mensurar os valores existem metodologias específicas, que definem quais são
os melhores equipamentos a serem utilizados dependendo do que pretende medir e de
que maneira se há de medir. Grandezas físicas sempre devem ser apresentadas de
maneira coerente e proporcional. Portanto, para haver melhor eficácia do equipamento
para com o próprio objeto estudado, a proporção e a coerência de grandezas físicas
devem ser uma constante de análise no próprio estudo sobre as imperfeições do
aparelho.
É importante ressaltar que há vários fatores que podem influenciar nos resultados
das medidas, podendo gerar um fenômeno cujo nome é imprecisão. Esses erros
normalmente são sistemáticos ou aleatórios e, quando eles ocorrem, é possível tentar
identificá-los e minimizá-los, visando a obtenção de um resultado correto.

2 INTRODUÇÃO

Desde a Antiguidade, os seres humanos já efetuavam medições - termo usado para


definir o processo de determinar experimentalmente um valor para uma característica
que possa ser atribuída a um objeto ou evento, permitindo assim que sejam realizadas
comparações - para exercer diversas atividades, por exemplo, construção de casas e
confecção de roupas. Inicialmente, utilizavam do corpo humano para realizar as
medidas, como, a polegada equivalia a 2,54 cm, o pé a 30,48 cm e o palmo a 22,00 cm.
Mas, posteriormente, juntamente com a evolução dos seres humanos, surgiu a
necessidade de obter medidas mais precisas e exatas, e, devido a isso, foram criados
os instrumentos de medição - dispositivos que garantem um valor e uma unidade para
determinada grandeza. A balança, por exemplo, inventada pelos egípcios, foi um dos
primeiros instrumentos de medição, e, nesse período, tinha como finalidade pesar o
ouro, o metal considerado mais valioso.
Com o passar do tempo, o avanço tecnológico impulsionou o surgimento de
instrumentos de medição ainda mais precisos, como o paquímetro, utilizado para medir
as dimensões lineares externas, internas e de profundidade de uma peça. Além do
micrômetro, também utilizado para medir dimensões lineares, porém somente quando
esta requer uma precisão acima do que é possibilitada por um paquímetro. Entretanto,
tais instrumentos não são viáveis para medir o comprimento e a largura de uma folha
de papel, tarefa que pode ser facilmente realizada por uma régua.
Nesse contexto, pode-se afirmar que os aparelhos de medição sempre foram
presentes e necessários na razão e no entendimento de mundo do ser humano, de
modo que, para que haja precisão do mundo para com o homem, a humanidade teve
de ser capaz de medir e de mensurar razões físicas e químicas para ampliar o
conhecimento sobre o mundo.
O experimento realizado trata sobre, justamente, praticar o exemplo de medição de
maneira analítica e não aleatória, verificando de maneira sistemática as imprecisões. O
objetivo do experimento é a análise fria dos segmentos adquiridos para uma realização
física do próprio objeto para com as dimensões físicas apresentadas.
.

4
3 OBJETIVOS

o Avaliar a precisão da escala de cada de instrumentos de medida


o Aprender a manusear paquímetros e micrômetros
o Aprender a ler e operar com algarismos significativos
o Efetuar medidas diretas e indiretas
o Efetuar cálculos de propagação de incertezas

4 MATERIAIS

No experimento realizado, foi utilizado diversos instrumentos de medição,


verificando qual deveria ser utilizado de acordo com a escala e função respectiva de
cada um. Os materiais utilizados foram de inteiro respaldo da própria instituição
acadêmica (UNIFESP - ICT). Os materiais foram:

o Instrumentos de medição

 Paquímetro;
 Micrômetro;
 Régua de Escala (cm, dm, mm).

o Objetos medidos

 Fio de cabelo;
 Folha sulfite A4;
 Peça sólida (Disco).

5 PROCEDIMENTO

Antes de iniciar esta prática, foram avaliadas a resolução e a faixa dos instrumentos
a serem utilizados. Três práticas, nomeadas de A-C, foram executadas na sequência:
A – Uso de régua com diferentes escalas;
B – Uso de paquímetro e balanças;
C – Uso do micrômetro.
Em cada uma dessas 3 práticas, foi avaliado:
o o valor médio de cada grandeza medida e desvio padrão da média;
o a incerteza instrumental x incerteza da média;
o a propagação das incertezas.

5
6 RESULTADOS E DISCUSSÕES

6.1 Avaliação da resolução e faixa de medidas do instrumento

Primeiramente, os equipamentos que iriam ser utilizados para realizar a medição


dos objetos foram separados e verificou-se os três tópicos fundamentais para auxiliar
na obtenção de um resultado preciso:

o Precisão do Equipamento - aptidão do instrumento para fornecer um resultado


correto;
o Incerteza Instrumental - possível valor de erro do instrumento. Calculado como
½ da Precisão do equipamento;
o Faixa de Indicação - consiste na faixa de medida que determina o valor máximo
e mínimo que o instrumento é capaz de medir.

Esses valores foram listados na tabela abaixo:

Precisão do Incerteza Faixa de


Instrumento
Equipamento Instrumental Indicação
Régua em
1 dm 0,5 dm 0-5 dm
decímetro:
Régua em
1 cm 0,5 cm 0-50 cm
centímetro:
Régua em
1 mm 0,5 mm 0-500 mm
milímetro:
Paquímetro: 0,05 mm 0,025 mm 0-20 cm
Micrômetro: 0,01 mm 0,005 mm 0-25 mm
Balança: 0,1 g 0,01 g 0-2000 g
Tabela 1: G1 - Resolução, incerteza e faixa de indicação de cada instrumento

Além disso, analisou-se quais instrumentos deveriam ser utilizados para medir
dimensões da folha de sulfite, do cilindro de metal e do fio de cabelo. (Conforme tabela
abaixo)

Peças Instrumento
Largura e comprimento: régua
Largura, comprimento e espessura de uma folha de sulfite
Espessura: micrômetro

Diâmetro interno, externo e espessura de um cilindro de


Paquímetro
metal com furo no centro
Diâmetro: micrômetro
Diâmetro e comprimento de um fio de cabelo
Comprimento: régua
Tabela 2: G2 - Que instrumento devemos usar para medir as dimensões das peças

6
6.2 Uso de régua com diferentes escalas

Inicialmente, com auxílio de uma régua em milímetros, o comprimento (C) e


largura (L) de uma folha de sulfite foram medidos cinco vezes. Depois, repetiu-se tal
processo, porém com uma régua em centímetro, em decímetros e em polegadas,
respectivamente.
Além disso, observou-se que, como os valores obtidos não variaram, ou seja, era
sempre o mesmo, logo, a média seria igual ao próprio valor e o desvio padrão da média
(incerteza da média) seria igual a zero.
Depois, calculou-se a resolução (incerteza instrumental) das réguas por meio da
seguinte fórmula:

Resolução = ½ precisão

A partir disso, obteve-se as expressões de medida, utilizando como incerteza da


medida a incerteza instrumental, uma vez que ela foi maior que a incerteza da média.

Os dados encontrados originaram as seguintes tabelas:

Régua C1 C2 C3 C4 C5 Média m  Expressão da Medida


mm 296 296 296 296 296 296 0 0,5 296 ± 0,5 mm
cm 29 29 29 29 29 29 0 0,5 29 ± 0,5 cm
dm 2 2 2 2 2 2 0 0,5 2 ± 0,5 dm
polegada 11 5/8 11 5/8 11 5/8 11 5/8 11 5/8 11 5/8 0 1/8 11 5/8 ± 1/8 pol.
Tabela 3: A1(a) - Medida Direta - Comprimento (C)

Régua L1 L2 L3 L4 L5 Média m  Expressão da Medida


mm 210 210 210 210 210 210 0 0,5 210 ± 0,5 mm
cm 21 21 21 21 21 21 0 0,5 21 ± 0,5 cm
dm 2 2 2 2 2 2 0 0,5 2 ± 0,5 dm
polegada 8 1/4 8 1/4 8 1/4 8 1/4 8 1/4 8 1/4 0 1/4 8 1/4 ± 1/4 pol.
Tabela 4: A1(b) - Medida Direta - Largura (L)

7
Adiante, os valores médios de largura e do comprimento encontrados
anteriormente foram utilizados para calcular a medida direta - obtida através da leitura
diretamente do instrumento - da área e do perímetro da folha de sulfite em milímetros,
centímetros, decímetros e polegadas, respectivamente, a partir das seguintes fórmulas:

Área = largura * comprimento


= 210 * 296 = 62160 mm²
= 21 * 29 = 609 cm²
= 2 * 2 = 4 dm²
= 8,25 * 11,65 = 96,1125 polegadas²

Perímetro = 2 * largura + 2 * comprimento


= 2 * 210 + 2 * 296 = 1012 mm
= 2 * 21 + 2 * 29 = 100 cm
= 2 * 2 + 2 * 2 = 8 dm
= 2 * 8,25 + 2 * 11,625 = 39,75 polegadas

Para calcular a medida indireta da área e do perímetro, também nas quatro


escalas, e, dessa forma, obter as expressões de medida, foram utilizadas as seguintes
fórmulas da incerteza de propagação:

o Área:

= √(( 0,5 / 210)² + (0,5 / 296) ²) = 0,003 mm


= √(( 0,5 / 21)² + (0,5 / 29) ²) = 0,03 cm
= √(( 0,5 / 2)² + (0,5 / 2) ²) = 0,3 dm
= √(( ¼ / 8 ¼ )² + (⅛ / 11 ⅝ ) ²) = 3,22 x 10 ou 322/10000 pol

o Perímetro:

= 0,5² + 0,5² = 0,7071 mm


= 0,5² + 0,5² = 0,7071 cm
= 0,5² + 0,5² = 0,7071 dm
= ¼² + ⅛ ² = 5/64 polegadas

8
Os dados supracitados originaram a seguinte tabela:

Área Incerteza propagada Expressão da Medida

mm 62160 0,003 62160 ± 0,003 mm²


cm 609 0,03 609 ± 0,03 cm²
dm 4 0,3 4 ± 0,3 dm²
polegada 96 9/80 322/10000 96 9/80 ± 322/10000 pol.

Perímetro Incerteza propagada Expressão da Medida

mm 1012 0,7071 1012 ± 0,7071 mm


cm 100 0,7071 100 ± 0,7071 cm
dm 8 0,7071 8 ± 0,7071 dm
polegada 39 3/4 5/64 39 3/4 ± 5/64 pol.
Tabela 5: A2 - Medida Indireta – Área, Perímetro e Propagação de Incertezas

6.2.1 Atividade complementar

 Suponhamos agora que você tivesse o comprimento médio em milímetros


e a largura média em decímetros, qual seria a incerteza da média para o
perímetro e para a área?

No caso do perímetro, ao realizar o cálculo será somado 2 vezes o valor do


comprimento (mm) e 2 vezes o valor da largura (dm). Dessa forma, considerando que a
incerteza do comprimento é 0,5mm e da largura é de 0,5dm = 50mm, o resultado do
perímetro teria uma incerteza total de 2 x 0,5 + 2 x 50 = 101 mm.
Já em relação a área, o cálculo realizado é o produto do comprimento pela
largura. Sendo assim, consideraria a mesma incerteza de cada uma das medidas, o que
resulta em 0,5 x 50 = 25mm².

6.3 Uso de paquímetro e balanças

Inicialmente, com auxílio de um paquímetro, o diâmetro 1 (d1), o diâmetro 2 (d2) e


a largura (L) da peça sólida foram medidos cinco vezes.
Além disso, observou-se que, como os valores obtidos do diâmetro 2 e da largura
não variaram, ou seja, era sempre o mesmo, a média seria o próprio valor e o desvio
padrão da média (incerteza da média) seria igual a zero.
Entretanto, foi necessário calcular a média e o desvio padrão da média do diâmetro
1, visto que os valores variaram, provavelmente devido a erros sistemáticos, por
exemplo, por conta da paralaxe na leitura de escalas e da má calibração do instrumento.
Para isso, foram utilizadas as seguintes fórmulas:

9
o Média:

Logo, média = (3,25 + 3,20 +3,20 +3,20 +3,25) / 5 = 3,22 mm.

o Desvio padrão da média (𝝈𝒎 ):

𝝈𝒎 = √((∑ (Xi -X)²) / n - 1) / n


= √((2 * ( 3,25 - 3,22) + 3 * (3,20 - 3,22)) ²/ 5 - 1) / 5 = 0

Depois, calculou-se a resolução (incerteza instrumental) do paquímetro, a partir


da seguinte fórmula:
Resolução = ½ precisão

A partir disso, obteve-se a expressão de medida dos instrumentos, utilizando


como incerteza da medida a incerteza instrumental, uma vez que ela é maior que a
incerteza da média.

Tais informações foram expostas na seguinte tabela:

Paquímetro 1 2 3 4 5 Média[mm] 𝝈𝒎  Expressão da medida


d1 [mm] 3,25 3,20 3,20 3,20 3,25 3,22 0,00 0,025 mm 3,22 ± 0,025 mm
d2 [mm] 34,00 34,00 34,00 34,00 34,00 34,00 0,00 0,025 mm 34 ± 0,025 mm
L [mm] 6,60 6,60 6,60 6,60 6,60 6,60 0,00 0,025 mm 6,6 ± 0,025 mm
Tabela 6: B1(a) - Dimensões da peça

Em seguida, os valores médios do diâmetro 1, diâmetro 2 e da largura


encontrados anteriormente foram utilizados para calcular a medida direta - obtida
através da leitura diretamente do instrumento - do volume da peça:

Volume = área da base * altura

o Volume externo = 2 * π * d2/ 2 * L


= 2 * 3,14 * 17,00= 106,8 mm³

o Volume interno = 2 * π * d1/ 2 * L


= 2 * 3,14 * 1,61 = 10,1 mm³

Volume da peça = volume externo - volume interno

= 106,8 - 10,1 = 96,7 mm³

10
Para calcular a medida indireta do volume e, dessa forma, obter as expressões de
medida, utilizou-se a seguinte fórmula da propagação de incerteza:

=√ (0,025 / 3,22) ²+ (0,025 / 34) ²+ (0,025 / 6,6) ²


= √ 6,4 x 10 + 5,5 x 10 + 1,6 x 10 = 0,009
-

Tais dados originaram a seguinte tabela:

Volume [mm³] 𝜹 Expressão da medida


96,7 0,009 96,7 ± 0,009 mm³
Tabela 7: B1(b) - Cálculo de volume e de propagação da incerteza

Posteriormente, e após verificar se balança estava calibrada, zerada e nivelada,


a massa da peça foi medida cinco vezes.
Além disso, observou-se que, como os valores obtidos não variaram, ou
seja, eram sempre os mesmos, a média seria o próprio valor e o desvio padrão da média
(incerteza da média) seria igual a zero.
Depois, calculou-se a resolução (incerteza instrumental) das réguas, a partir da
seguinte fórmula:
Resolução = ½ precisão

A partir disso, obteve-se a expressão de medida dos instrumentos, utilizando


como incerteza da medida a incerteza instrumental, uma vez que ela é maior que a
incerteza da média.

Com os resultados encontrados obteve-se a seguinte tabela:

Expressão da
Balança 1 2 3 4 5 Média [g] 𝝈𝒎 𝜹
medida
Massa [g] 49,96 49,96 49,96 49,96 49,96 49,96 0 0,01g 49,96 ± 0,01g
Tabela 8: B2(a) - Massa da peça

Por fim, os valores médios de massa e volume encontrados anteriormente foram


utilizados para calcular a medida direta - obtida através da leitura diretamente do
instrumento - da densidade da peça por meio da seguinte fórmula:

Densidade = massa / volume

= 49,96 / 9,67 = 5,17 g / cm³

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Para calcular a medida indireta da densidade e, dessa forma, obter as
expressões de medida, foi utilizada a seguinte fórmula da incerteza de propagação:

= √(( 0,01 / 49,96 )² + (0,009 / 9,67 )²)


−8 −7
= √ 4,0 x 10 + 8,6 x 10
−4
= 9,5 x 10

As informações encontradas originaram a seguinte tabela:

Densidade [g/cm³] 𝜹 Expressão da medida


5,17 9,5 x 10 5,17 ± 9,5 x 10-4 g/cm³
-4

Tabela 9: B2(b) - Cálculo da densidade e de propagação da incerteza

6.3.1 Atividade complementar:

 Caso não tenhamos um instrumento de medida de comprimento, como


poderíamos determinar o volume do sólido? Descreva seu procedimento e
analise fatores que causariam erros de medida, se seu método é válido para
qualquer tipo de sólido, e em que condições ambientais seu experimento
funciona.

Para calcular o volume de um sólido, pode-se utilizar vários métodos, dentre eles:

 Archimedes

Esse método consiste em mergulhar totalmente o sólido em um líquido


(Ex.: água) contido em um recipiente graduado. O valor do volume é lido
diretamente pela diferença da altura final do líquido pela altura inicial.
Os fatores possíveis que influenciariam no resultado desse método são
a incerteza da graduação do recipiente, eventual presença de bolhas e erros
observacionais da leitura.
Tal experimento funciona na CNTP (Condições normais de Temperatura
e Pressão). E também, na ausência de reações químicas entre o líquido e o
sólido.

 Pesagem

Conhecida a densidade do sólido, pode-se determinar sua massa com o


uso de uma balança e calcular o volume dividindo sua massa pela densidade.
Os fatores que influenciariam no resultado desse método são os erros de
leitura, calibração e incerteza do equipamento (balança), correção do valor da
densidade e erro de cálculo.
Tal experimento funciona na CNTP (Condições normais de Temperatura
e Pressão). E também, se o material for homogêneo.

12
6.4 Uso de micrômetro

Inicialmente, com auxílio de um micrômetro, a espessura de uma folha de sulfite


e de um fio de cabelo de um dos componentes do grupo foram medidos cinco vezes,
respectivamente.
Além disso, observou-se que, como os valores obtidos não variaram, ou seja, era
sempre o mesmo, a média seria o próprio valor e o desvio padrão da média (incerteza
da média) seria igual a zero, tanto para o fio de cabelo, quanto para a folha de sulfite.
Depois, calculou-se a resolução (incerteza instrumental) das réguas, a partir da
seguinte fórmula:
resolução = ½ precisão
A partir disso, obteve-se a expressão de medida dos instrumentos, utilizando
como incerteza da medida a incerteza instrumental, uma vez que ela é maior que a
incerteza da média.

Tais dados supracitados originaram as seguintes tabelas:

Medida Espessura [mm]


1 0,09
2 0,09
3 0,09
4 0,09
5 0,09
6 0,09
7 0,09
8 0,09
9 0,09
10 0,09

Expressão da medida [0,09 ± 0,005mm]

Tabela 10: C1 (a) - Medida da espessura da folha de sulfite

Medida Espessura [mm]


1 0,05
2 0,05
3 0,05
4 0,05
5 0,05
6 0,05
7 0,05
8 0,05
9 0,05
10 0,05

Expressão da medida [0,05 ± 0,005mm]

Tabela 11: C1 (b) - Medida da espessura do fio de cabelo

13
6.4.1 Atividade complementar

 Caso você não tivesse um micrômetro, apenas réguas, como você faria para
estimar indiretamente a espessura de cada folha. Da maneira que você idealizou
seu experimento, a incerteza será maior ou menor?

Caso só houvesse réguas para realizar a medição da espessura de cada folha,


iria escolher uma régua em milímetros e mediria a espessura de um bloco de folhas.
Visualmente anotaria a medida que mais se aproxima e dividiria pela quantidade de
folhas contidas no bloco.
Medindo desta maneira, a incerteza dependeria da quantidade de folhas
utilizadas para estimativa, uma vez que a incerteza da régua será dividida pelo número
de folhas. Assim, ao escolher uma pilha com uma altura suficiente, pode-se igualar ou
até melhorar a incerteza de medição do micrômetro considerando que ele mediria
apenas uma folha por vez.

 Se quiséssemos medir a massa do fio de cabelo com a balança que temos


disponível, teríamos uma medida confiável? Como poderíamos estimar a massa
de um fio de cabelo com esta balança?

Caso fosse utilizada a balança disponível que tem precisão de 0,1g, não
obteríamos uma medida confiável de um fio de cabelo, pois mesmo que varie o tamanho
e a espessura, o peso dele é menos do que a precisão da balança.
Para estimar a massa de um fio de cabelo, poderíamos pegar um objeto que
fosse mais pesado que a precisão - Exemplo: Peso De Calibração - colocá-lo na
balança e incluir uma quantidade de fios de cabelo suficiente para o peso total
incrementar 0,1g (massa inicial). Posteriormente, adicionaria mais fios de cabelo até
que a leitura aumentasse em mais 0,1g no mínimo. Pegaria o valor exibido no visor da
balança, realizaria a subtração da massa inicial e dividiria o valor pela quantidade de
fios de cabelo colocados após o suficiente para atingir a massa inicial.

 Caso você medisse o comprimento do fio de cabelo com uma régua graduada
em mm, qual seria a incerteza da medida de volume desse fio de cabelo?

Para realizar o cálculo do volume do fio de cabelo, seria utilizada a fórmula de


volume de um cilindro, ou seja, V = L π d²/4, em que d é o valor do diâmetro (espessura)
e L é o valor do comprimento. Considerando a incerteza de cada um desses
instrumentos (régua - 0,5mm e micrômetro - 0,005mm), a incerteza da medida seria de
0,0000125mm³.

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7 CONCLUSÃO

Portanto, o objetivo da prática foi alcançado, tornando possível perceber a


viabilidade da utilização dos instrumentos, ou seja, compreender qual instrumento deve-
se utilizar para medir dimensões de determinada peça de modo eficaz e qual a melhor
metodologia para obtenção de um resultado preciso. Entretanto, para isso ocorrer e
também para reduzir ao máximo as margens de erros dos resultados, observou-se que
é necessário muita atenção e cuidado:
a) Ao utilizar os instrumentos de medição, a fim de evitar erros sistemáticos, como,
por exemplo, paralaxe na leitura, que pode ser evitada posicionando o objeto na altura
dos olhos, e a má calibração, uma vez que tais erros fizeram com que o diâmetro 1 da
peça sólida não fosse o mesmo durante as cinco medidas realizadas, o que não deveria
ter acontecido, visto que o tamanho dos objetos medidos não se alteravam com o tempo,
e, por esse motivo, as demais medidas efetuadas não variavam, as média eram o
próprio valor encontrado e o desvio padrão da média igual a zero;
b) Ao realizar os cálculos, sempre verificando quais fórmulas devem ser utilizadas
em cada situação e se atentando aos algarismos significativos.
Além disso, pode-se constatar que os instrumentos de medida e a medição são
imprescindíveis não somente para o alcance de resultados precisos e adequados, mas
também para o desenvolvimento da tecnologia e da humanidade.

15
8 REFERÊNCIAS

o TRIPLER, Paul A; Física para cientistas e engenheiros - Vol.1, 6ª ed., Livros


Técnicos e Científicos.

o RESUMO DE FÓRMULAS PARA PROPAGAÇÃO DE INCERTEZAS


Disponível em:
<http://efisica.if.usp.br/mecanica/universitario/incertezas/formulas/ >. Acesso
em: 12 mar. 2019.

o METROLOGIA
Disponível em:
<http://www.clubedaeletronica.com.br/Mecanica/Metrologia%20TC-
2000/metr1.pdf>. Acesso em: 15 mar. 2019.

o A HISTÓRIA DOS INSTRUMENTOS DE MEDIÇÃO


Disponível em:
<http://www.vonder.com.br/artigos/a-historia-dos-instrumentos-de-
medi%C3%A7ao>. Acesso em: 16 mar. 2019.

o ALGARISMOS SIGNIFICATIVOS
Disponível em:
<http://www.fbts.org.br/quantum/cursos/000071/downloads/D13_T2_algarismos
_e_unidades.pdf>. Acesso em: 17 mar. 2019.

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