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TÉCNICAS ESPECIAIS EM CONSTRUÇÃO CIVIL

ECI 004

• Sistemas construtivos:

 Convencional

 Racionalizado

 Industrializado

CONVENCIONAL

• A maioria das edificações executadas pelo sistema construtivo convencional consiste em uma
estrutura reticulada de concreto armado moldada no local, utilizando alvenaria para o fechamento
externo e vãos internos.

• O sistema construtivo convencional de edificações, na maioria das empresas, é caracterizado por


uma atividade de projeto também tradicional, isto é, o projeto é voltado apenas ao produto e não à
produção.

• Nesse sistema não há coordenação de projetos, ou quando existe, não passa de compatibilização e
decisões de grande repercussão técnica e econômica, que são tomadas de maneira subjetiva, no
momento da produção, perdendo-se praticamente todo o potencial de racionalização que poderia
ser implantado à produção do edifício (Barros, 1996).

• Aspectos de um sistema construtivo convencional:

• mão de obra pouco qualificada;


• produção quase artesanal;
• retrabalhos constantes;
• desperdício de materiais;
• inexiste integração entre os sistemas;
• consumo excessivo de materiais decorrente da falta de qualidade de produtos e mão de
obra;
• falta de controle nas etapas de trabalho;
• baixo nível organizacional;
• gerenciamento de bombeiro;
• falta de planejamento;
• maior índice de patologias;
• maior índice de acidentes;
• trabalhadores não registrados (trabalho informal); ......

RACIONALIZADO

sistema construtivo convencional + organização = sistema construtivo racionalizado

• Um sistema construtivo racionalizado é um processo composto pelo conjunto de todas as ações


que tenham por objetivo otimizar o uso de recursos materiais, humanos, organizacionais,
tecnológicos, temporais e financeiros disponíveis na construção, em toda as suas fases.

• A racionalização construtiva é uma das diretrizes mais recomendadas, por diversos autores, para a
melhoria da qualidade na construção de edifícios.
• Melhado (1994) destaca a importância da racionalização como um princípio que pode ser utilizado
em qualquer processo construtivo, proporcionando considerável redução de custo, a partir da
implantação de ações de padronização de componentes, simplificação de operações e aumento de
produtividade que podem trazer grandes reduções de custo. Porém, salienta que a maior parte
destas medidas deve ser admitida ainda na etapa de projeto, devido às suas implicações quanto a
dimensões, especificações e detalhes que são incorporados ao mesmo.

• Segundo Souza (1998) todas as fases de execução da obra, os números de operações do processo
de execução, os tipos de serviços, as dependências entre as atividades, o movimento, transporte e
circulação de materiais no canteiro de obras, a quantidade e habilidade necessária de mão-de-obra
devem ser pensadas nas fases de projeto quanto ao seu grau de repetição de tarefas, formas e
dimensões, disposição de maquinas e equipamentos e grau de complexidade, objetivando a
continuidade da execução.

• No que consiste?

• na introdução de um novo equipamento;


• na introdução de uma nova técnica de execução;
• na otimização de um subsistema (vedações, instalações prediais, revestimentos,
esquadrias, ......).

• Algumas vantagens de um sistema construtivo racionalizado:

• pode ser aplicado por iniciativa da própria empresa;


• tem efeito imediato;
• abre caminho ao processo de industrialização;
• tem grande sinergia com iniciativas que buscam organizar o processo, como os sistemas de
gestão da qualidade, gestão ambiental, gestão de risco, gestão de segurança ......

• Objetivos do sistema racionalizado:

• melhorar a atividade do projeto;


• dar treinamento, qualificar e motivar a mão de obra;
• organizar a produção;
• padronizar as técnicas construtivas;
• controle de aceitação e produção.

• Apesar de todo o desenvolvimento e disponibilidade das atuais tecnologias de apoio à concepção


do projeto, esses são entregues à obra repletos de erros e lacunas, levando a grandes perdas de
eficiência nas etapas de execução, bem como a prejuízo de determinadas características do
produto que foram desenvolvidas antes da sua execução (Melhado, 2000).

• O estágio inicial do processo de projeto, onde os clientes informam suas expectativas e suas
percepções de necessidades é um dos estágios mais críticos do ciclo de vida de um projeto
(Gamerson, 1996).

• Conceitos a serem entendidos nesse sistema:

• construtibilidade
• desempenho
• garantia de qualidade
• Segundo o Construction Industry Institute, construtibilidade é definido como "o uso ótimo do
conhecimento das técnicas construtivas e da experiência nas áreas de planejamento, projeto,
contratação e operação em campo, para se atingir os objetivos globais do empreendimento" (CII,
1987).

• Esta definição, adotada por diversos autores, ressalta a importância da participação de todos os
profissionais envolvidos e, em particular, aqueles envolvidos com a execução e com a elaboração
dos projetos.

• A incorporação de princípios de racionalização construtiva e construtibilidade de projetos


salientam a necessidade de que seja reformulada a maneira atual de gerenciamento dos mesmos.

• O principio básico da construtibilidade na gestão de projeto é procurar adequar o projeto à


realidade da sua futura construção, envolvendo todas as etapas do processo construtivo
(concepção, construção e uso).

• Desempenho (conceito):

• quanto ao comportamento do empreendimento em utilização;


• quanto ao cumprimento das funções pré estabelecidas ao empreendimento durante a vida
útil, inserido no meio ambiente;
• observações só em situações reais, podendo ser simulado
• através de ensaios
• modelos matemáticos e físicos

• Desempenho (requisitos):

• qualitativo em função da resposta que um elemento ou componente fornece à necessidade


de atendimento as exigências dos usuários (p.e. uma parede de alvenaria)
• resistência a fixação de cargas suspensas
• resistência ao impacto

• Desempenho (exigências):

• necessidades a serem satisfeitas pelo empreendimento para cumprir suas funções pré
estabelecidas;
• considerar as peculiaridades e limitações regionais e da população;
• podem ser de caráter absoluto ou relativo.

SEGURANÇA ESTRUTURAL

• estabilidade e resistência

2. SEGURANÇA AO FOGO

• risco de início e propagação de incêndios, segurança do usuário

3. SEGURANÇA DE UTILIZAÇÃO

• segurança do usuário e contra intrusão

4. ESTANQUEIDADE

• aos gases líquidos e sólidos


5. CONFORTO HIGRO-TÉRMICO

• temperatura e umidade do ar e das paredes

6. EXIGÊNCIAS ATMOSFÉRICAS

• pureza do ar, limitação de odores

7. CONFORTO VISUAL

• aclaramento, aspecto dos espaços, vista para o exterior

8. CONFORTO ACÚSTICO

• isolação acústica e níveis de ruído

9. CONFORTO TÁTIL

• eletricidade estática, rugosidade, umidade, temperatura da superfície

10. CONFORTO ANTROPODINÂMICO

• acelerações, vibração e esforços de manobra

11. EXIGÊNCIAS DE HIGIENE

• cuidados corporais, abastecimento de água

• eliminação de matérias usadas

12. ADAPTAÇÃO À UTILIZAÇÃO

• número, dimensões, geometria e relações dos espaços e de equipamentos necessários

13. DURABILIDADE

• conservação e desempenho ao longo do tempo

14. EXIGÊNCIAS DE ECONOMIA

• custo inicial e custo de operação, manutenção e reposição durante o uso

INDUSTRIALIZADO

sistema construtivo racionalizado + mecanização = sistema construtivo industrializado

• A norma brasileira NBR 9062 - Projetos e Execução de Estruturas de Concreto Pré-Moldado, de


1985, distingue em sua definição conceitual os elementos pré-moldados dos elementos pré-
fabricados.

• Os conceitos, a seguir descritos, transformam a mentalidade de artesã para industrial sendo esse o
primeiro grande passo para o desenvolvimento tecnológico.

• Elementos “pré-moldados” são executados fora do local definitivo de utilização, podendo ser
produzido no próprio canteiro, sob condições menos rigorosas de controle de qualidade, sem
laboratório.
• Elementos “pré-fabricados” são aqueles executados fora do local definitivo da estrutura, de forma
industrial, em usinas ou instalações análogas, sob rigoroso controle de qualidade, com laboratório.

• A História da Industrialização se identifica, num primeiro tempo, com a história da mecanização,


isto é, com a evolução das ferramentas e máquinas para a produção de bens. Caracteriza-se por
três grandes fases:

1) PRIMEIRA REVOLUÇÃO INDUSTRIAL (1760): ERA INDUSTRIAL

Nascimento das máquinas genéricas ou polivalentes que reproduzem de certa maneira as mesmas ações
artesanais anteriormente executadas.

2) SEGUNDA REVOLUÇÃO INDUSTRIAL (1860): PRINCÍPIO DA ORGANIZAÇÃO

A máquina "motorizada e regulada" substitui o homem na capacidade de repetir um ciclo sempre igual. O
operário é treinado para repetir determinados movimentos (estudo do método) no menor tempo (estudo
do tempo) com o objetivo de obter os melhores resultados econômicos e qualitativos.

3) SEGUNDA GUERRA MUNDIAL (1942)

A evolução dos sistemas industrializados na Europa apresenta três fases sucessivas:

- a primeira fase ocorre depois da Segunda Guerra Mundial até o início dos anos cinquenta, caracteriza-se
pela complementação dos métodos tradicionais, procurando-se o aumento do nível tecnológico e da escala
de produção. Nesta época, os governos locais asseguravam a demanda, possibilitando a produção.

- a segunda fase se situa entre o fim dos anos cinqüenta e o início dos anos sessenta, e é marcada pela
consolidação dos sistemas mais adequados e eliminação dos que não eram competitivos nem aceitáveis
para os consumidores.

- a terceira fase acontece no final dos anos sessenta, com a introdução de métodos científicos aplicados aos
empreendimentos com o objetivo de diminuição dos custos finais, frente aos sistemas tradicionais.

Ocorre uma forma gradual de substituição das atividades que o homem exercia sobre e com a máquina, por
mecanismos: a diligência, a avaliação, a memória, o raciocínio, a concepção, a vontade, etc., estão sendo
substituídos por aparelhos mecânicos ou eletrônicos ou, genericamente, por automatismos.

INDUSTRIALIZAÇÃO DE CICLO FECHADO

A fase que se desenvolveu nos fins dos anos sessenta caracteriza-se pela chamada Industrialização de Ciclo
Fechado, onde uma mesma empresa ou grupo de empresas coligadas, executam inteiramente com seus
próprios meios e em suas próprias usinas o produto final, isto é, o edifício completo.

“a viabilidade da Industrialização de Ciclo Fechado está vinculada à produção em grande série, distribuída
uniformemente por um longo período de tempo”.

• Algumas dificuldades para a implantação da industrialização em ciclo fechado:

• investimento fixo inicial em equipamentos e instalações;


• treinamento da mão-de-obra;
• “vender” a idéia de produto padronizado;
• industrializar todos os subsistemas do edifício;
• garantia de continuidade da produção para compensar investimento;
• garantia de volume de produção;
• garantia de manutenção de prazos de liberação de recursos e conclusão das obras.
INDUSTRIALIZAÇÃO DE CICLO ABERTO

Refere-se a industrialização de componentes destinados ao mercado, e não exclusivamente às


necessidades de uma só empresa, que consiste em pré-fabricar elementos em função do próprio consumo
nas próprias obras.

Os elementos assim produzidos poderão ser combinados entre si numa grande variedade de modos,
gerando os mais diversos edifícios e satisfazendo uma larga escala de exigências funcionais e estéticas.
Surge o “catálogo”.

• Algumas dificuldades para a implantação da industrialização em ciclo aberto:

• normatização de todo o mercado;


• eliminação da concorrência desleal;
• o sistema de qualificação da mão-de-obra fica “institucionalizado”;
• formação de fornecedores de materiais e serviços como “sistemas de produção”;
• estabelecimento e definição das responsabilidades por toda a cadeia produtiva.

• "Industrialização da Construção é o emprego de forma racional e mecanizada de materiais, meios de


transporte e técnicas construtivas para conseguir uma maior produtividade“ (Ordonez et all, 1974).

• Segundo Bruna (1976) " a industrialização da construção está essencialmente associada aos conceitos de
organização e de produção em série, os quais deverão ser entendidos, analisando-se de forma mais
ampla, as relações de produção envolvidas e mecanização dos meios de produção".

• Conclui-se assim que, a Industrialização da Construção não é um fim em si mesma, mas somente um
meio de obter determinados objetivos que são basicamente os mesmos de outras áreas da indústria, ou
seja:

Produzir :

• em maior quantidade;
• com melhor qualidade;
• a um custo menor;
• em um tempo menor.

• Lembramos que o concreto armado começou com a execução de elementos pré-moldados, em 1848
com Lambot (França) e 1850 com Hyatt (USA).

• No Brasil o início do uso da pré-moldagem em canteiro de obras, foi desenvolvido pela necessidade de
fabricação de estacas para as fundações do Jockey Clube do Rio de Janeiro, em 1925.

• A pré-fabricação de estacas, postes e tubos antecedem à pré-fabricação de estruturas. O início do uso


da pré-tração no Brasil deu-se em 1956, na fabricação de placas com espessuras de 12 mm, pelo sistema
Hoyer.

• Logo surgiram as “pistas de protensão” com 120,00 m (para postes, Murilo Villaça Maringoni), com
100,00 m (para estacas, Sobraf, de Paulo Lorena) e com 80,00 m (para estruturas, Protendit, professor
Augusto Carlos Vasconcellos).

• O desenvolvimento específico para utilização em escala pública, para pontes, foi em 1961, através da
Construtora Marna, processo desenvolvido pelo engº Renê.
• O pré-fabricado tem como objetivo maior, desenvolver normas para uma construção de alta qualidade,
com o intuito de minimizar os custos de manutenção e proporcionar maior durabilidade à estrutura.

• A verdadeira qualidade inicia-se nos procedimentos de contratação, de elaboração de orçamentos, no


acompanhamento dos custos e na execução do que está realmente projetado; e estes procedimentos
exigem esforços múltiplos desde a concepção do projeto, análise do subsolo com técnicas adequadas
para uma definição do tipo correto de fundação; compra, controle e aplicação da matéria prima até sua
entrega na obra como produto acabado e aceito pelo cliente, eliminando a tendência dos ajustes e
acertos de última hora, tão conhecidos em nossa engenharia.

• A visão moderna do conceito de industrialização

• Processo evolutivo calcado em ações organizacionais e inovação tecnológica, identificado com o


período da mecanização, ganhando projeção mundial no pós guerra.
• Segundo ROSSO (1980), “a industrialização é a utilização de tecnologias que substituem a
habilidade do artesanato pelo uso da máquina”.

• Ênfases do processo de produção industrializado:

• alto nível de organização;


• tecnologicamente aprimorado;
• padronização dos métodos e não dos produtos;
• evolução constante.

• Objetivos do processo industrializado:

• conseguir maior eficiência e


• maior produtividade

• Ações gerenciais:

• administração de interfaces;
• recursos humanos;
• suprimentos.

• Ações no projeto:

• construtibilidade;
• coordenação de projeto;
• coordenação modular e dimensional;
• detalhamento técnico;
• decisões antecipadas;
• projeto para a produção.

• Ações na execução:

• planejamento;
• treinamento;
• controle.

• Conclusão: qualquer processo que tenha alto nível organizacional possui alto grau de industrialização.

• A essência da industrialização é produzir um objeto sem mão de obra artesanal, com máquinas
utilizadas por operários especializados, diminuindo assim o tempo despendido em cada etapa
construtiva, reduzindo os custos e aumentando a produtividade, garantindo a qualidade do produto
final.

• Não existe um único sistema construtivo ideal. Um sistema será mais indicado que os demais, à medida
que para determinadas condições existentes estiver mais adequado, ou seja, apresentar um melhor
desempenho.

• Responsabilidade Legal:

• O fabricante da estrutura pré-moldada é contratualmente responsável pelo fornecimento e pela


montagem da edificação (as equipes a desenvolverem o trabalho podem ser mistas).

• O fabricante é responsável pelo fornecimento do produto pré-fabricado (a montagem é realizada


por uma equipe independente, assim como o transporte e o manuseio dos produtos).

• O fabricante é responsável pelo fornecimento do produto pré-fabricado para um contratante que


guarda o comprometimento de manter o contato com o cliente.

É importante a definição correta das responsabilidades!!!

• Planejamento da construção (responsabilidades do engenheiro):

 coordenar todas as informações necessárias para produzir os projetos finais e complementares


para a obra. Quaisquer alterações de caráter técnico devem ser devidamente comunicadas para as
modificações que se fizerem necessárias.

 revisar e aprovar todas as esquematizações necessárias para o transporte, manuseio e montagem


da estrutura, além dos planos de contraventamento e escoramento provisório.

 cuidar da interface entre os elementos estruturais e os demais equipamentos a serem instalados.

 manter fiscalização baseada nas tolerâncias aceitáveis acordadas em contrato durante a


montagem, principalmente quando comparadas com o especificado em contrato.

• Aspectos a serem considerados:

• detalhes de carregamento;
• seqüência de entrega;
• cronogramas;
• tipos de transporte;
• rotas de caminhões para a entrega das peças no canteiro;
• posicionamento de guindastes e de gruas (se necessário);
• técnicas e equipamento de montagem;
• organização do canteiro.

• Montagem de edifícios:

• A qualidade da montagem é essencial;


• O trabalho da equipe de montagem é a parte mais visível do projeto de construção;
• Transporte eficiente e econômico é fator importante no sucesso da operação de montagem da
edificação;
• No planejamento deve-se analisar as condições de acessibilidade do canteiro às peças, bem como a
sua organização;
• Cronogramas devem ser feitos para definir o comportamento da operação.
• Transporte (pontos a serem focados):

• Antes da fabricação das peças na fábrica a seqüência de montagem da construção deve ser
definida;
• O fabricante deve prever a produção de peças, próximas à ordem de uso das mesmas pela equipe
de montagem;
• Flexibilidades exigidas na seqüência da manufatura das peças:
• cargas na capacidade máxima dos veículos de transporte;
• controle de posição da peça na carreta para permitir mais segurança e economia no manuseio e
descarga;
• aviso ou requisição de peças adequado ao cronograma pré-determinado;
• rapidez de descarga.

• Transporte (pontos a serem focados na entrega):

• Os elementos pré-moldados devem ser carregados e entregues:


• assegurando transporte seguro;
• satisfazendo as leis vigentes;
• usando suportes e enrijecedores próprios para evitar danos;
• permitindo fácil descarga para montagem.
• tipo, tamanho, forma e peso das peças;
• tipos de acabamento;
• condições climáticas;
• condições das estradas;
• método de transporte;
• tipo de veículo;
• distância entre a fábrica e a obra, horários, ......
• deve-se estudar rotas de transporte para se evitar atrasos ou aumentar a possibilidade de
acidentes;
• casos específicos devem ser estudados sob a forma de projetos de montagem próprios;
• cuidar com esforços adicionais aplicados à peça devido ao processo de transporte.

• Transporte (acessos):

• Atrasos podem ser evitados quando o acesso adequado existe;


• Os equipamentos de descarga e montagem devem poder trafegar pelo canteiro em leitos
adequados;
• Cuidar com a logística do canteiro e a proteção dos operários e demais elementos.

• Transporte (armazenamento):

• Para o caso de entregas de peças acima da capacidade diária de montagem dos equipamentos
disponíveis uma área apropriada deve ser disponibilizada no canteiro;
• Área relativamente firme e nivelada, e com uma drenagem adequada;
• As unidades temporariamente armazenadas devem estar estabelecidas em cima de suportes, fora
de contato com o solo e distribuídos de acordo com as indicações de projeto;
• Criar marcas de identificação bem visíveis;
• Manter inventário contínuo.

• Tolerâncias:
• Tolerância é a quantidade admissível de variação de uma dimensão especificada em projeto,
podendo ser expressa como uma variação aditiva ou subtrativa de uma dimensão, ou mesmo como
uma variação absoluta.

• Tolerância de Produto

• Tolerância de Montagem

• Tolerância de Interfaces

• Estruturais: para assegurar que o projeto estrutural leva em conta fatores de sensibilidade no
controle das dimensões. Como exemplo cita-se excentricidade de condições de carga, apoios,
ancoragens e posicionamentos de armaduras.

• Execução: para assegurar uma performance aceitável dos nós e dos materiais das interfaces na
estrutura terminadas.

• Visual: para assegurar que as variações serão controláveis e resultarão em uma estrutura com boa
aparência.

• Economia: para assegurar fácil e veloz produção e montagem pelo reconhecimento da variação das
dimensões dos produtos a serem aplicados no arcabouço.

• Legal: para estabelecer parâmetros de comparação para efeitos de entrega e aceite de obra.

• Tolerâncias (aceitabilidade):

• as “não conformidades” não afetam a integridade estrutural e performance arquitetônica;


• podem ser corrigidos os erros locais;
• podem ser corrigidos os erros globais.
• exceder a tolerância recomendada não afeta a integridade estrutural ou arquitetônica do conjunto.
• o produto pode ser trazido novamente aos limites da tolerância através de operações simples.
• a montagem pode ser alterada de maneira a acompanhar as condições estabelecidas na situação
de tolerância desejada.

• Tolerâncias do produto:

• São relativas às dimensões e às relações dimensionais das peças pré-fabricadas individuais;


• Estabelecidas de acordo com considerações práticas e econômicas, e necessidades funcionais e de
boa aparência;
• Devem ser relacionadas com a quantidade de repetição, o tamanho e outras características da
unidade a ser pré-fabricada;
• O custo de fabricação atendendo a tolerâncias rigorosas decresce com o aumento da produção;
• A equipe de montagem deve notificar imediatamente o fabricante quando peças fora da tolerância
não permitam a conclusão da montagem da estrutura, seja não cabendo nos vãos relativos, seja
não permitindo que as conexões sejam construídas.

• Tolerâncias de montagem:

• São aquelas requeridas para que o “casamento” das peças com o conjunto global da estrutura seja
eficiente e aceitável;
• Esta relação permitirá a montagem da estrutura dentro dos aspectos de padronização preconizados
na escolha da solução estrutural.
• São aquelas necessárias para juntar os diferentes tipos de materiais a serem colocados na
edificação, em contato direto ou indireto com a peça de concreto, ante e depois da montagem do
arcabouço;
• Absorvem e acomodam os movimentos relativos entre esses materiais.

• Folgas:

• Com as tolerâncias estabelecidas deve-se providenciar as folgas próprias (espaços entre peças
adjacentes).
• Esta medida trará as folgas aonde as tolerâncias de montagem e de produto poderão ser
absorvidas.

• Folgas (considerações básicas):

• tolerância de produto;
• tipo, tamanho, localização da peça;
• movimento e função da peça;
• tolerância de montagem;
• proteções e segurança contra fogo;
• espessuras de placas, parafusos,...

• Garantia de folgas mínimas:

• determinar o tamanho máximo das peças envolvidas na montagem (tolerâncias dimensionais


nominais);
• adicionar a este tamanho máximo o menor espaço requerido para o movimento da peça;
• checar para reiterar que com a folga dimensionada a peça pode ser montada no arcabouço sem
quebrar alguma das tolerâncias indicadas nos demais casos;
• checar se a peça pode ser movimentada fisicamente e montada com a folga especificada;
• considerar a economia, pois as variações volumétricas requeridas pelas folgas devem ter seu custo
absorvido na maior rapidez e facilidade de montagem;
• revisar as considerações e hipóteses estruturais;
• checar o projeto para garantir que caso os valores mínimos venham a ocorrer, isto não acarrete
infrações à segurança da edificação;
• selecionar a folga que satisfaça as condições citadas.

• Reparos:

• Reparos em estruturas é uma atividade extremamente especializada, exigindo equipe especial,


principalmente se o resultado final deve ser além de seguro, agradável ao aspecto visual, e à
padronização.
• Os reparos devem ser feitos antes da fase de selamento dos nós e juntas.
• Deve ser encerrado antes da etapa de acabamento final.
• Realizado quando as condições permitam que a área reparada volte a ter a homogeneidade e
padrão do restante da edificação.

• A seleção das técnicas e materiais depende das seguinte condições:

• extensão do dano
• função da peça pré-moldada
• disponibilidade de equipamento e mão-de-obra
• considerações econômicas
• rapidez necessária
• importância da aparência

• Edificações pré-fabricadas (características):

• facilidades de supervisão
• tempo de construção curto
• qualidade do concreto
• baixa sensibilidade ao clima
• equipes de tamanho reduzido

• Edificações pré-fabricadas (princípios gerais):

• Metodologia construtiva influi na velocidade da construção


• Projeto com detalhamento completo executivo
• Detalhes simples

• Tipos de estrutura:

• Estruturas Contraventadas: composta de elementos lineares, e lajes.

• A estabilidade desse sistema é conseguida através de núcleos de resistência, shear-walls,


estruturas de contraventamento ou sistemas similares de estabilização dos elementos.

• Estruturas Aporticadas: composta de elementos lineares, e lajes.

• A estabilidade desse sistema vem da ação cantilever das colunas fixas na fundação, ou pela
ação de pórticos quando da ativação das ligações momento-resistente entre colunas e vigas.

• Estruturas de Paredes Estruturais: no caso de estruturas compostas por paredes estruturais (para
absorção de cargas) e lajes.

• Estruturas Celulares: compostas de unidades celulares interconectadas.

• Estruturas Combinadas: é a combinação dos quatro casos anteriores, que inclui o sistema de
fachadas portantes, aonde tais elementos estruturais contribuem para a estabilidade do sistema.

• O projeto executivo de uma construção pré-fabricada deve ser detalhado à exaustão.

• Os defeitos de detalhamento certamente acarretarão comprometimento da vida útil e da servicibilidade


da edificação.

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