Aula 02 Sistemas Construtivospdf PDF Free
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ECI 004
• Sistemas construtivos:
Convencional
Racionalizado
Industrializado
CONVENCIONAL
• A maioria das edificações executadas pelo sistema construtivo convencional consiste em uma
estrutura reticulada de concreto armado moldada no local, utilizando alvenaria para o fechamento
externo e vãos internos.
• Nesse sistema não há coordenação de projetos, ou quando existe, não passa de compatibilização e
decisões de grande repercussão técnica e econômica, que são tomadas de maneira subjetiva, no
momento da produção, perdendo-se praticamente todo o potencial de racionalização que poderia
ser implantado à produção do edifício (Barros, 1996).
RACIONALIZADO
• A racionalização construtiva é uma das diretrizes mais recomendadas, por diversos autores, para a
melhoria da qualidade na construção de edifícios.
• Melhado (1994) destaca a importância da racionalização como um princípio que pode ser utilizado
em qualquer processo construtivo, proporcionando considerável redução de custo, a partir da
implantação de ações de padronização de componentes, simplificação de operações e aumento de
produtividade que podem trazer grandes reduções de custo. Porém, salienta que a maior parte
destas medidas deve ser admitida ainda na etapa de projeto, devido às suas implicações quanto a
dimensões, especificações e detalhes que são incorporados ao mesmo.
• Segundo Souza (1998) todas as fases de execução da obra, os números de operações do processo
de execução, os tipos de serviços, as dependências entre as atividades, o movimento, transporte e
circulação de materiais no canteiro de obras, a quantidade e habilidade necessária de mão-de-obra
devem ser pensadas nas fases de projeto quanto ao seu grau de repetição de tarefas, formas e
dimensões, disposição de maquinas e equipamentos e grau de complexidade, objetivando a
continuidade da execução.
• No que consiste?
• O estágio inicial do processo de projeto, onde os clientes informam suas expectativas e suas
percepções de necessidades é um dos estágios mais críticos do ciclo de vida de um projeto
(Gamerson, 1996).
• construtibilidade
• desempenho
• garantia de qualidade
• Segundo o Construction Industry Institute, construtibilidade é definido como "o uso ótimo do
conhecimento das técnicas construtivas e da experiência nas áreas de planejamento, projeto,
contratação e operação em campo, para se atingir os objetivos globais do empreendimento" (CII,
1987).
• Esta definição, adotada por diversos autores, ressalta a importância da participação de todos os
profissionais envolvidos e, em particular, aqueles envolvidos com a execução e com a elaboração
dos projetos.
• Desempenho (conceito):
• Desempenho (requisitos):
• Desempenho (exigências):
• necessidades a serem satisfeitas pelo empreendimento para cumprir suas funções pré
estabelecidas;
• considerar as peculiaridades e limitações regionais e da população;
• podem ser de caráter absoluto ou relativo.
SEGURANÇA ESTRUTURAL
• estabilidade e resistência
2. SEGURANÇA AO FOGO
3. SEGURANÇA DE UTILIZAÇÃO
4. ESTANQUEIDADE
6. EXIGÊNCIAS ATMOSFÉRICAS
7. CONFORTO VISUAL
8. CONFORTO ACÚSTICO
9. CONFORTO TÁTIL
13. DURABILIDADE
INDUSTRIALIZADO
• Os conceitos, a seguir descritos, transformam a mentalidade de artesã para industrial sendo esse o
primeiro grande passo para o desenvolvimento tecnológico.
• Elementos “pré-moldados” são executados fora do local definitivo de utilização, podendo ser
produzido no próprio canteiro, sob condições menos rigorosas de controle de qualidade, sem
laboratório.
• Elementos “pré-fabricados” são aqueles executados fora do local definitivo da estrutura, de forma
industrial, em usinas ou instalações análogas, sob rigoroso controle de qualidade, com laboratório.
Nascimento das máquinas genéricas ou polivalentes que reproduzem de certa maneira as mesmas ações
artesanais anteriormente executadas.
A máquina "motorizada e regulada" substitui o homem na capacidade de repetir um ciclo sempre igual. O
operário é treinado para repetir determinados movimentos (estudo do método) no menor tempo (estudo
do tempo) com o objetivo de obter os melhores resultados econômicos e qualitativos.
- a primeira fase ocorre depois da Segunda Guerra Mundial até o início dos anos cinquenta, caracteriza-se
pela complementação dos métodos tradicionais, procurando-se o aumento do nível tecnológico e da escala
de produção. Nesta época, os governos locais asseguravam a demanda, possibilitando a produção.
- a segunda fase se situa entre o fim dos anos cinqüenta e o início dos anos sessenta, e é marcada pela
consolidação dos sistemas mais adequados e eliminação dos que não eram competitivos nem aceitáveis
para os consumidores.
- a terceira fase acontece no final dos anos sessenta, com a introdução de métodos científicos aplicados aos
empreendimentos com o objetivo de diminuição dos custos finais, frente aos sistemas tradicionais.
Ocorre uma forma gradual de substituição das atividades que o homem exercia sobre e com a máquina, por
mecanismos: a diligência, a avaliação, a memória, o raciocínio, a concepção, a vontade, etc., estão sendo
substituídos por aparelhos mecânicos ou eletrônicos ou, genericamente, por automatismos.
A fase que se desenvolveu nos fins dos anos sessenta caracteriza-se pela chamada Industrialização de Ciclo
Fechado, onde uma mesma empresa ou grupo de empresas coligadas, executam inteiramente com seus
próprios meios e em suas próprias usinas o produto final, isto é, o edifício completo.
“a viabilidade da Industrialização de Ciclo Fechado está vinculada à produção em grande série, distribuída
uniformemente por um longo período de tempo”.
Os elementos assim produzidos poderão ser combinados entre si numa grande variedade de modos,
gerando os mais diversos edifícios e satisfazendo uma larga escala de exigências funcionais e estéticas.
Surge o “catálogo”.
• Segundo Bruna (1976) " a industrialização da construção está essencialmente associada aos conceitos de
organização e de produção em série, os quais deverão ser entendidos, analisando-se de forma mais
ampla, as relações de produção envolvidas e mecanização dos meios de produção".
• Conclui-se assim que, a Industrialização da Construção não é um fim em si mesma, mas somente um
meio de obter determinados objetivos que são basicamente os mesmos de outras áreas da indústria, ou
seja:
Produzir :
• em maior quantidade;
• com melhor qualidade;
• a um custo menor;
• em um tempo menor.
• Lembramos que o concreto armado começou com a execução de elementos pré-moldados, em 1848
com Lambot (França) e 1850 com Hyatt (USA).
• No Brasil o início do uso da pré-moldagem em canteiro de obras, foi desenvolvido pela necessidade de
fabricação de estacas para as fundações do Jockey Clube do Rio de Janeiro, em 1925.
• Logo surgiram as “pistas de protensão” com 120,00 m (para postes, Murilo Villaça Maringoni), com
100,00 m (para estacas, Sobraf, de Paulo Lorena) e com 80,00 m (para estruturas, Protendit, professor
Augusto Carlos Vasconcellos).
• O desenvolvimento específico para utilização em escala pública, para pontes, foi em 1961, através da
Construtora Marna, processo desenvolvido pelo engº Renê.
• O pré-fabricado tem como objetivo maior, desenvolver normas para uma construção de alta qualidade,
com o intuito de minimizar os custos de manutenção e proporcionar maior durabilidade à estrutura.
• Ações gerenciais:
• administração de interfaces;
• recursos humanos;
• suprimentos.
• Ações no projeto:
• construtibilidade;
• coordenação de projeto;
• coordenação modular e dimensional;
• detalhamento técnico;
• decisões antecipadas;
• projeto para a produção.
• Ações na execução:
• planejamento;
• treinamento;
• controle.
• Conclusão: qualquer processo que tenha alto nível organizacional possui alto grau de industrialização.
• A essência da industrialização é produzir um objeto sem mão de obra artesanal, com máquinas
utilizadas por operários especializados, diminuindo assim o tempo despendido em cada etapa
construtiva, reduzindo os custos e aumentando a produtividade, garantindo a qualidade do produto
final.
• Não existe um único sistema construtivo ideal. Um sistema será mais indicado que os demais, à medida
que para determinadas condições existentes estiver mais adequado, ou seja, apresentar um melhor
desempenho.
• Responsabilidade Legal:
• detalhes de carregamento;
• seqüência de entrega;
• cronogramas;
• tipos de transporte;
• rotas de caminhões para a entrega das peças no canteiro;
• posicionamento de guindastes e de gruas (se necessário);
• técnicas e equipamento de montagem;
• organização do canteiro.
• Montagem de edifícios:
• Antes da fabricação das peças na fábrica a seqüência de montagem da construção deve ser
definida;
• O fabricante deve prever a produção de peças, próximas à ordem de uso das mesmas pela equipe
de montagem;
• Flexibilidades exigidas na seqüência da manufatura das peças:
• cargas na capacidade máxima dos veículos de transporte;
• controle de posição da peça na carreta para permitir mais segurança e economia no manuseio e
descarga;
• aviso ou requisição de peças adequado ao cronograma pré-determinado;
• rapidez de descarga.
• Transporte (acessos):
• Transporte (armazenamento):
• Para o caso de entregas de peças acima da capacidade diária de montagem dos equipamentos
disponíveis uma área apropriada deve ser disponibilizada no canteiro;
• Área relativamente firme e nivelada, e com uma drenagem adequada;
• As unidades temporariamente armazenadas devem estar estabelecidas em cima de suportes, fora
de contato com o solo e distribuídos de acordo com as indicações de projeto;
• Criar marcas de identificação bem visíveis;
• Manter inventário contínuo.
• Tolerâncias:
• Tolerância é a quantidade admissível de variação de uma dimensão especificada em projeto,
podendo ser expressa como uma variação aditiva ou subtrativa de uma dimensão, ou mesmo como
uma variação absoluta.
• Tolerância de Produto
• Tolerância de Montagem
• Tolerância de Interfaces
• Estruturais: para assegurar que o projeto estrutural leva em conta fatores de sensibilidade no
controle das dimensões. Como exemplo cita-se excentricidade de condições de carga, apoios,
ancoragens e posicionamentos de armaduras.
• Execução: para assegurar uma performance aceitável dos nós e dos materiais das interfaces na
estrutura terminadas.
• Visual: para assegurar que as variações serão controláveis e resultarão em uma estrutura com boa
aparência.
• Economia: para assegurar fácil e veloz produção e montagem pelo reconhecimento da variação das
dimensões dos produtos a serem aplicados no arcabouço.
• Legal: para estabelecer parâmetros de comparação para efeitos de entrega e aceite de obra.
• Tolerâncias (aceitabilidade):
• Tolerâncias do produto:
• Tolerâncias de montagem:
• São aquelas requeridas para que o “casamento” das peças com o conjunto global da estrutura seja
eficiente e aceitável;
• Esta relação permitirá a montagem da estrutura dentro dos aspectos de padronização preconizados
na escolha da solução estrutural.
• São aquelas necessárias para juntar os diferentes tipos de materiais a serem colocados na
edificação, em contato direto ou indireto com a peça de concreto, ante e depois da montagem do
arcabouço;
• Absorvem e acomodam os movimentos relativos entre esses materiais.
• Folgas:
• Com as tolerâncias estabelecidas deve-se providenciar as folgas próprias (espaços entre peças
adjacentes).
• Esta medida trará as folgas aonde as tolerâncias de montagem e de produto poderão ser
absorvidas.
• tolerância de produto;
• tipo, tamanho, localização da peça;
• movimento e função da peça;
• tolerância de montagem;
• proteções e segurança contra fogo;
• espessuras de placas, parafusos,...
• Reparos:
• extensão do dano
• função da peça pré-moldada
• disponibilidade de equipamento e mão-de-obra
• considerações econômicas
• rapidez necessária
• importância da aparência
• facilidades de supervisão
• tempo de construção curto
• qualidade do concreto
• baixa sensibilidade ao clima
• equipes de tamanho reduzido
• Tipos de estrutura:
• A estabilidade desse sistema vem da ação cantilever das colunas fixas na fundação, ou pela
ação de pórticos quando da ativação das ligações momento-resistente entre colunas e vigas.
• Estruturas de Paredes Estruturais: no caso de estruturas compostas por paredes estruturais (para
absorção de cargas) e lajes.
• Estruturas Combinadas: é a combinação dos quatro casos anteriores, que inclui o sistema de
fachadas portantes, aonde tais elementos estruturais contribuem para a estabilidade do sistema.