Projeto Mariana

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SISTEMA DE ENSINO PRESENCIAL CONECTADO

PEDAGOGIA

MARIANA ALENCAR GOMES.

PROJETO: APRENDENDO A DIZER NÃO


Formação continuada de Educadores da Rede Pública

Projeto de Ensino apresentado à Universidade Norte do


Paraná - UNOPAR, como requisito parcial para a
obtenção do título de Pedagogo.

Orientador: Prof. Okaçana Battini


Tutora Eletrônica: Patricia Solano.
Tutora de Sala: Veridiana Graziela Rodrigues.

Jaú
2015
APRENDENDO A DIZER NÃO
Formação continuada de Educadores da Rede Pública

Projeto de Ensino apresentado à Universidade


Norte do Paraná - UNOPAR, como requisito
parcial para a obtenção do título de pedagogo.

Orientador: Prof. Okçana Battini

Gomes, Mariana Alencar. APRENDENDO A DIZER NÃO


2015. 30páginas .Projeto de Ensino(Graduação – PEDAGOGIA) – Sistema de
Ensino Conectado Presencial . Universidade Norte do Paraná, Jaú, 2015.

Jaú
RESUMO

Este projeto aborda o tema drogas, o qual é bastante discutido na


atualidade. A experiência apresentada aconteceu na E.M.E.F. “Professora Maria de
Magalhães Castro” localizada no município de Jaú – São Paulo. O mesmo busca
orientar os jovens sobre as drogas licitas e ilícitas e como se afastar desse problema
social. Realiza ao mesmo tempo uma reflexão a respeito da fundamentação sobre o
tema apresentando, uma vez que se faz necessário uma apropriação do
conhecimento teórico e a partir disso relaciona com a prática cotidiana uma proposta
interventiva. O projeto: “Aprendendo a dizer não” tem como finalidade a prevenção,
justamente por propor medidas e ações que desencadearam no cotidiano escolar a
preocupação em orientar e prevenir nossos jovens quanto ao sério problema que
são os entorpecentes.

Palavras-chave: Drogas. Prevenção. Escola. Jovens. Comunidade.


SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO..............................................................................................5
2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA.........................................................................7
2.1 CONTEXTUALIZAÇÃO..............................................................................9
2.1.1 Faixa etária predominante dos estudantes...........................................11
2.1.2 Perfil socioeconômico e sociocultural...................................................11
2.1.3 Aspectos históricos da instituição.........................................................11
2.1.4 Organização e funcionamento da escola..............................................12
2.1.5 Recursos pedagógicos disponíveis.......................................................13
2.1.6 Desempenho escolar e relacionamento................................................13
2.1.7 Atividades de maior interesse dos estudantes......................................15
2.1.8 Conhecendo melhor os estudantes.......................................................16
2.1.9 Gráfico da rede interna da escola.........................................................16
2.1.10 Gráfico da rede externa.......................................................................17
2.2 Caracterizações dos fatores de proteção e de risco na escola...............18
3 PROCESSO DE DESENVOLVIMENTO DO PROJETO
DE ENSINO....................................................................................................20
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS........................................................................28
5 REFERÊNCIAS...........................................................................................29
1 INTRODUÇÃO

As instituições escolares se apresentam não só como espaço de


construção de conhecimento, mas também no contexto de promoção de saúde e do
desenvolvimento integral através do envolvimento de educadores, parceiros da
escola e comunidade.
A escola é um espaço privilegiado e está ao alcance dos educadores
a possibilidade e a responsabilidade por ações preventivas, com vista à construção
de uma sociedade mais preparada para o enfrentamento dos problemas gerados
pelo crescente uso de drogas licitas e ilícitas.
No que cabe à educação frente à problemática dos entorpecentes,
está previsto o oferecimento do curso de prevenção do uso de drogas, para
formação de educadores das escolas públicas. Esse tipo de formação direcionada
aos educadores e seus educandos é muito importante, primeiramente, porque de
uma forma geral, o assunto drogas tornou-se emergente no mundo todo, e de
acordo com a Organização das Nações Unidas (ONU), mais de 243 milhões de
pessoas consomem drogas ilícitas. Esse número aumenta ainda mais se levado a
cabo o número de usuários de drogas aceitas culturalmente pelas sociedades, como
é o caso do cigarro, remédios, alimentos, bebidas, entre outros.
A importância desse oferecimento deve-se ainda e, inclusive, à
preocupação e responsabilidade do educador, agente de transformação, em tentar
reverter positivamente, o fato de o bairro onde a instituição escola E.M.E.F. “Prof.ª
Maria de Magalhães Castro” estar localizada, manter um índice considerável de
usuários ou envolvidos com drogas ilícitas e lícitas, constatando-se, assim, que pelo
menos um familiar ou conhecido de cada aluno, faz uso de bebida, cigarro e/ou
drogas ilícitas.
Há ocorrências de contextos de risco relacionadas ao envolvimento
dos familiares dos alunos com drogas - tráfico, violência, delinquência, exploração
sexual, incidência de doenças sexualmente transmissíveis/HIV, etc. –, inclusive, há
relatos dos alunos com relação a familiares detidos.
A polícia militar manifesta-se preocupada com estas questões na
escola, inclusive, mantém parceria com a escola por meio do Programa Educacional
de Resistência ao uso de Drogas e à Violência (PROERD).

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Ainda, há ações desvinculadas à escola, por meio do Centro
Regional de Assistência Social (CRAS), da Associação dos Moradores e de
entidades religiosas, que oferecem palestras, orientações e auxílio para a prevenção
e tratamento, no entanto, muito pouco tem sido feito nesse sentido.
O problema maior ocorre ainda, quando as crianças encerram os
Anos Iniciais na nossa escola e seguem para a escola estadual, onde não haverá
mais o programa de prevenção (PROERD), e a facilidade na oferta, constando-se o
tráfico de drogas aos arredores da escola.
Foi levando tudo isso em conta que se motivou o projeto
desenvolvido, de modo a alcançar a comunidade, ou seja, de preveni-la e torná-la
uma aliada, um fator de proteção para as nossas crianças e jovens.
A expectativa ao propor o projeto, é a de executar o programa de
prevenção (PROERD) já desenvolvido na escola, que visa proporcionar
conhecimentos e base para que os alunos “digam não às drogas”, por meio de maior
participação e atuação na tomada de consciência e de atitudes positivas.
Um dos maiores desafios encontrados é o de como alcançar a
comunidade, uma vez que a problemática e o envolvimento no bairro, talvez não
permita maior receptividade ao assunto, e esse alcance é de extrema importância,
pois a comunidade pode ser uma grande influente nessa empreitada com as
crianças e jovens.
Enfatiza-se neste projeto, a importância da construção do processo
de sensibilização e de tomada de consciência juntamente dos alunos, por meio da
autoria, e da participação, do diálogo e da criação e compartilhamento das
aprendizagens com a comunidade, a partir, por exemplo, da mídia de grande acesso
– o facebook.

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2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

O termo droga é utilizado em diversos contextos e assume


significados distintos, em termos mais usuais pode estar associada a algo ruim, a
substância proibida ou a medicamento.
Entende-se por droga toda substância que não é nativa do nosso
organismo e causa uma modificação no seu funcionamento, englobando por assim
dizer, alimentos, remédios e entorpecentes, por exemplo.
A utilização de drogas ocorre de acordo com as necessidades do
nosso corpo ou então a partir de nossas opções apreciativas. No entanto, quando
ocorre o seu uso indiscriminado e, na maioria das vezes, a dependência química, é
que começam os problemas ocasionantes, tais como presenciamos na sociedade,
como é o caso da baixa qualidade de vida dos usuários e de seus familiares; da
criminalidade; dos custos à sociedade e o déficit de força de trabalho e de
desenvolvimento.
Atualmente a questão das drogas tem estado presente na mídia,
revelando a preocupação de diversos setores da sociedade. Massa & Bacellar
(2007) afirmam que o consumo de drogas é, sem dúvida, um fenômeno de
preocupação sócio-política e de saúde pública que afeta os mais variados sistemas
sociais, como a família, as escolas, a polícia e o governo. A escola por ser um
espaço social de convivência, não está à margem dos acontecimentos de sua época
e contexto e as questões que acometem a sociedade, de uma forma ou de outra,
acabam por adentrar seus muros. Segundo Bizzotto (2003), dos problemas que
afligem pais e profissionais das escolas, o uso de drogas é certamente o que mais
assusta. Devido as atuais circunstâncias, atender às demandas sociais crescentes
torna-se um grande desafio que se coloca às entidades escolares.
É importante ressaltar que:

Não é possível passar ao largo das demandas sociais que o contexto sócio
histórico impinge à intervenção escolar, uma vez que se referem a entraves
sociais urgentes na maioria das vezes, os quais condicionam indiretamente
a eficácia da intervenção pedagógica. O caso do uso/abuso das drogas
psicoativas é exemplar nesse sentido (AQUINO, 1998. p.97).

Os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN’s), que estabelecem

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referenciais para a renovação e reelaboração da proposta curricular no Brasil,
destacam a escola como um espaço privilegiado para tratar da questão das drogas.

É inegável que a escola seja um espaço privilegiado para o tratamento do


assunto, pois o discernimento no uso de drogas está diretamente
relacionado à formação e às vivências afetivas e sociais de crianças e
jovens, inclusive no âmbito escolar (BRASIL, 1998, p.271).

A Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas (BRASIL, SENAD,


2014), referencial no qual apoiamos valida a ideia de que nem toda pessoa que faz
ou fez uso de alguma substância manipulativa certamente será dependente, uma
vez que a drogadição, vista pelo paradigma sistêmico e da complexidade, considera,
ao mesmo tempo, a amplitude do fenômeno no contexto social e a singularidade das
situações, permeadas de subjetividades e intersubjetividades. Isso posto são vários
os motivos que levam uma pessoa a começar a consumir drogas ou dar
continuidade, vindo depois disto, a dependência.
Para além do fator químico, existe a presença de fatores subjetivos,
intersubjetivos e psicossociais em um determinado contexto sócio histórico.
Portanto, a formação, os princípios e valores de respeito próprio, o conhecimento
sobre o assunto, o autoconhecimento e a autorrealização podem ser, em conjunto,
fatores determinantes.
Um indivíduo que detém conhecimentos, valores e princípios sólidos
sobre o assunto, bem como uma vida psíquica saudável, dificilmente cederá à
entrada das drogas em sua vida de forma a se tornar prejudicial. No entanto, vale
lembrar o fator químico - elas causam dependência, portanto nem sempre o vício
acaba se tornando um fator meramente opcional.
Interligado à falta de formação sólida, o oferecimento indiscriminado
das drogas, ou seja, a facilidade com que as pessoas têm acesso, bem como a
proliferação da cultura favorável ao uso de entorpecentes, são fatores
potencialmente favoráveis à drogadição, uma vez que nessa via de mão dupla, a
oferta gera demanda e a demanda gera oferta.
Por envolver vários fatores e segmentos diversos, o problema do
uso das drogas apenas estará perto de ser amenizado quando houver uma ação
multi- segmentada, ou seja, quando, por exemplo, o legislativo e o executivo
realizarem ações positivas que contribuam para a diminuição da oferta abusiva, tal

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como presenciamos nos arredores das escolas, quando houver programas sociais e
escolares de formação e de apoio, dentre outras ações integradas, para que as
medidas funcionem preventivamente, preditivamente e corretivamente, de maneira
positiva.
Levando tudo isso em conta, é possível concluir que a problemática
do uso de drogas não está tão perto de ser solucionada, devido à complexidade dos
fatores que a envolve. Daí, a importância de um projeto voltado a uma ação
educativo-participativa, no sentido de formar, por meio da escola - que tem
obrigações instituintes e capacidade sistêmica e formal-, pessoas aptas a fazer
escolhas em prol de sua qualidade de vida e de outrem.
Nessa tentativa, criaram-se os cursos de formação de educadores, a
fim de que um importante segmento da sociedade multiplicasse saberes e ampliasse
suas redes socioeducativas.
O projeto de prevenção do uso de drogas “Aprendendo a dizer não”,
elaborado pela E.M.E.F. Prof.ª Maria de Magalhães Castro - Jahu, SP, parte do
pressuposto da abordagem em prol da qualidade de vida em detrimento de uma
abordagem punitiva ou depreciativa. Isso porque, baseia-se no modelo da educação
para a saúde, que fundamenta o Programa de Promoção da Saúde na Escola
(PSE), e constitui um novo paradigma na prevenção do uso de drogas, superando o
antigo modelo repressor e do amedrontamento, já que o mesmo não é o ideal à
qualidade educativa e nem tem dado conta de gerar resultados positivos.
Assim como a Política Nacional sobre Drogas, o projeto prioriza
ações de cunho comunitário, e a mobilização das redes sociais, que implica ações
de aprimoramento dos potenciais e de minimização dos riscos, incluindo todos os
atores no processo.
Por isso, as ações preventivas devem assumir uma postura inclusiva
de todos os educandos, em especial daqueles em condição de vulnerabilidade
social, executando as políticas protetivas, por meio do conhecimento e do
acolhimento, que promove o fortalecimento dos vínculos e o sentimento de
pertencimento.
Nesse intento, o projeto “Aprendendo a dizer não” pretende, dentre
outras ações educativas, executar as ações específicas sobre as drogas e seus
riscos ações essa já realizada pela rede escola-Polícia Militar por meio do Programa
Educacional de Resistência as Drogas – PROERD uma vez que a maioria das

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atividades educativas é realizada apenas durante a aula do policial militar - o
instrutor -, sem maiores aprofundamentos por parte do educador-professor.

De acordo com vários pesquisadores, programas bem sucedido de


prevenção procuram empregar uma combinação de estratégias e não ações
isoladas. As escolas são um campo apropriado para o desenvolvimento
dessas estratégias. Queiram ou não as escolas serão importantes e
fundamentais para o desenvolvimento e elaboração de atividades
educativas para a promoção de saúde e também na prevenção ao uso de
drogas (PAZINATTO, 2006).

Ainda, valendo-se do contato com a PM, pretende-se a integração


desta rede com a comunidade, por meio do CRAS e da Associação dos Moradores,
no intuito de garantir maior eficácia no trabalho de segurança, objetivando diminuir
um grande fator de risco – a comercialização aos arredores da escola.
Além do aprofundamento dos conhecimentos sobre o tema e a
intensificação da segurança dos escolares, o projeto visa envolver os pais dos
alunos dos 5º anos, diretamente, por meio do PROERD, e os demais pais, não
diretamente – devido à fragilidade do tema na comunidade reincidente -, por meio de
teatro-dramatização e dos panfletos informativos junto ao CRAS, mostrando as
possibilidades para as famílias que têm a intenção de direcionar o ente ao
tratamento, como é o caso do programa social “Cartão Recomeço”, uma parceria
entre o governo paulista e clínicas especializadas no tratamento de dependentes
químicos.
Em suma, o projeto pretende fortalecer os fatores de segurança por
meio da rede escola/PM/órgãos comunitário, a fim de diminuir os fatores de riscos,
propiciando formação preventiva aos estudantes e informativa à comunidade.

2.1 CONTEXTUALIZAÇÃO CONHECENDO A ESCOLA E OS EDUCANDOS

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Por EMEF “Prof.ª Maria de Magalhães Castro”, entende-se a
Unidade Escolar de Ensino Fundamental, dos anos iniciais, mantida pela Prefeitura
Municipal, em funcionamento na cidade de Jaú, à Av. Comendador José Maria de
Almeida Prado, 603, Jardim Pedro Ometto – Jaú – São Paulo.

2.1.1 Faixa Etária Predominante dos Estudantes

A EMEF “Prof.ª Maria de Magalhães Castro” é uma escola


municipal de Ensino Fundamental, do 1º ao 5º anos que atende crianças de 6 (seis)
a 10 (dez) anos.
Após concluírem o 5º ano são encaminhados para a Escola
Estadual “Prof. Dr. Benedicto Montenegro”, situada no mesmo bairro, que oferta
Ensino Fundamental do 6º ao 9º ano e Ensino Médio.

2.1.2 Perfil Socioeconômico e Sociocultural

A EMEF “Professora Maria de Magalhães Castro” está localizada em


um conjunto habitacional, no Bairro Jardim Pedro Ometto e tem uma população de
classe média baixa; a maioria dos alunos não possui plano de saúde particular; uma
pequena minoria dos pais possui curso superior; apenas metade dos alunos mora
em casa própria, o restante mora em casas alugadas e cedidas; são poucos os
alunos que não moram no bairro; a maioria dos pais diz acompanhar as tarefas
escolares, e dizem também estar satisfeito com a escola.

2.1.3 Aspectos Históricos da Instituição

Apesar de o prédio estar disponível há mais trinta anos, oferecendo


durante um período de tempo o ensino fundamental por meio da Secretaria Estadual
de Educação de São Paulo (SP), a EMEF “Professora Maria de Magalhães Castro”
só foi criada através do Decreto Municipal nº 5.207 de 25/11/2004. Anteriormente à
sua criação esta denominação se dava ao Centro Municipal de Educação Infantil,
hoje denominado CMEI do Jardim Pedro Ometto.
O início de funcionamento da referida escola se deu no ano letivo de

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2005, por meio do Ato de Autorização de funcionamento conforme D.O.E. de
15/07/2005, através de Convênio de Parceria Secretaria de Estado de Educação e
Prefeitura Municipal de Jaú.
A mantenedora da escola é a Prefeitura Municipal de Jaú, localizada
à Rua Paissandu, 444, Jaú, São Paulo.
Em seu primeiro ano de funcionamento a escola contava no início do
ano letivo com duzentos e quarenta e oito alunos, onze professoras, um diretor e
quatro funcionários de apoio que prestavam serviços para a escola em conjunto com
o CMEI, pois há o compartilhamento de prédio.
Atualmente a escola conta com duzentos e sessenta e oito alunos,
vinte e oito professoras, quatro monitoras, uma coordenadora pedagógica, uma
coordenadora de projeto, uma diretora e oito funcionários de apoio, prestando
serviços para a Emef e Cmei ao mesmo tempo.

2.1.4 Organização e Funcionamento da Escola

A escola oferece o ensino dos anos iniciais do Ensino Fundamental


(1º ao 5º ano) e o projeto "Mais Educação" no decorrer de 200 dias letivos e 1000
horas.
Estão matriculados 278 alunos na Emef, distribuídos em doze (12)
turmas - duas (2) salas de 1º aos 3º anos e três (3) salas de 4º e de 5º anos. O
corpo docente é formado por quatorze (14) pedagogos e quatro (4) professores
especialistas.

Curso 1º 2º 3º 4º 5º Ato de criação

Ensino 50 51 53 58 60 D.O.E. de
Fundamenta alunos alunos alunos alunos alunos 15/07/2005
l

Ensino 13 12 20 33 34 Portaria
Fundamenta Interministerial n.º
l de Tempo alunos alunos alunos alunos alunos 17/2007 e integra
Integral as ações do Plano
de
Desenvolvimento
da Educação

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“Programa Mais
Educação”

Número de classes: 12
Turmas no Programa Mais Educação: 5

PERÍODO / TURNO INÍCIO TÉRMINO


MANHÃ 07:15 12:00
TARDE 13:00 17:45
08:00 17:45
INTEGRAL
07:00 16:45

Os professores da EMEF cumprem 30 horas semanais por


período/turno e se reúnem em horário de trabalho coletivo (Htpc) as segundas e
terças-feiras, das 18h00min horas às 20h00min horas, tendo também 1/3 de seu
horário de trabalho, direcionado para horas de estudo.

2.1.5 Recursos Pedagógicos Disponíveis

A escola conta com recursos pedagógicos diversos, desde os mais


simples até aos mais tecnológicos, tais como jogos para o desenvolvimento da
memória, da lógica, jogos de alfabetização e de matemática, materiais manipulativos
tais como, ábaco, material dourado, letras móveis, sílabas móveis, alfabeto de
parede, sistema solar, globo, esqueleto humano, dentre outros, e ainda uma
biblioteca, um laboratório de informática e lousas digitais, televisores, computadores
com softwares e internet para pesquisa e acesso a objetos de aprendizagem (OAs)
para cada área do ensino nas salas de aula. Em breve será implantada a sala de
recursos multifuncionais.

2.1.6 Desempenho Escolar e Relacionamento

No geral o desempenho escolar dos alunos é satisfatório,


considerando a faixa etária e o ambiente sociocultural de inserção. Os alunos que
apresentam dificuldades mais consideráveis, geralmente são encaminhados para

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acompanhamento com especialistas da Secretaria Municipal de Educação
(SME/AME), ou então, para a recuperação paralela na própria escola.
Abaixo está representado o desempenho escolar de acordo com a
Taxa de rendimento, IDEB e Prova Brasil, respectivamente:

Fonte PDE

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Fonte PDE

Fonte PDE

2.1.7 Atividades de Maior Interesse dos Estudantes

As atividades escolares, sociais, culturais e comunitárias de maior


interesse dos alunos são variadas, de acordo com a peculiaridade de cada um. No
entanto, observa- se que no geral, as atividades escolares em que demonstram
maior empenho e receptividade são as atividades em grupo, atividades
colaborativas, de autoria e coautoria, bem como projetos com temas específicos,
atividades lúdicas tais como jogos e brincadeiras, e uso de tecnologias.

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Apreciam as oficinas do projeto Mais Educação que envolve aulas
de dança, artesanato, esportes, circo, informática, e participam de festividades
realizadas pela escola, pela igreja, dentre outras instituições. Por se tratarem de
crianças entre 6 e 10 anos, suas preferências sociais, culturais e comunitárias são
delimitadas pela família, aparentemente passeios em cidades vizinhas, festividades
familiares, etc. Um fator preocupante é a falta de acompanhamento por parte da
família no que diz respeito à liberdade que as crianças têm para estar na rua desde
cedo e até altas horas, sem a presença de um responsável. O fato colabora para o
aumento do número de adolescentes que se envolvem com drogas e outros
entorpecentes, já que é visível a oferta em pontos específicos do bairro, inclusive no
entorno das escolas.
2.1.8 Conhecendo Melhor os Estudantes

Para conhecer melhor os estudantes os professores utilizam


mecanismos desde atividades escolares que envolvem identidade, até diálogo com
as crianças e com seus pais em reuniões de pais de alunos.
Outra forma possível seria a utilização de questionários enviados
aos pais que não comparecem na escola, para o levantamento de informações mais
específicas sobre os alunos que são levantados por meio do diálogo nas reuniões.
O bairro tem índice de apreensões por envolvimento com drogas e
de jovens dependentes. Há relato por parte das crianças, quanto a alguns familiares
presos ou dependentes.

2.1.9 Gráfico da Rede Interna da Escola

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2.1.10 Gráfico da Rede Externa

A partir da análise da rede interna e externa da escola pode-se


constatar que:
• Ao analisar a rede interna é possível notar que o “Grêmio” é o
único segmento que não está efetivado.
• Com relação à parceria com a “Comunidade” e à “Saúde”, a
rede mostra que a escola não tem parceria e a efetivação ainda está distante de se
realizar;
• No que diz respeito ao item “Proteção/assistência/segurança”
“Família” há parcerias já efetivadas.

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2.2 Caracterizações dos Fatores de Proteção e de Risco na Escola

Nenhuma avaliação formal foi realizada quanto ao uso de drogas,


como por exemplo, coleta de dados por meio de questionário. No entanto, com os
relatos e pesquisa oral, é possível verificar que o uso de drogas na escola resume-
se a remédios de usos não contínuos, contínuos, fumantes, e uso recreativo de
bebidas alcoólicas.
A Polícia forneceu dados quantitativos sobre o oferecimento de
drogas referente ao mês de abril, do ano vigente. Na cidade de Jahu cidade de
médio porte; foram realizadas 29 autuações por tráfico de drogas, onde 36 adultos
foram presos, 09 adolescentes, com quantidades significativas de maconha, crack,
cocaína – aproximadamente 2 quilos de cada tipo -, sendo que a comunidade onde
a escola está inserida está entre os bairros de maior índice de usuários e ofertantes.

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Em maio foram 22 autuações, 29 adultos presos, 09 adolescentes. A apreensão foi
de 340 quilos de maconha, 360 gramas de cocaína e 450 gramas de crack –
aproximadamente.
Ainda, por meio de relatos dos alunos verifica-se que pelo menos um
familiar ou conhecido faz uso de bebida, cigarro ou até mesmo maconha ou crack.
Os alunos em particular não fazem uso, até mesmo porque estão enquadrados na
faixa etária dos 6 aos 10 anos.

No quadro abaixo estão representados resumidamente, os fatores


de proteção e de risco na escola:

Fatores de proteção: Fatores de risco:


pontos fortes da minha escola pontos frágeis da minha escola
1. PROERD 1. Tráfico de drogas aos arredores.
2. Ronda escolar 2. Desarticulação dos segmentos de
prevenção e tratamento.
3. CRAS 3. Incidência de consumo por
familiares
4. Entidades religiosas 4. Ausência de formação da
comunidade a respeito do assunto.
5. Associação dos moradores 5. Facilidade na aquisição.
6. Diálogos informais em torno de 6. Leis que inviabilizam a punição dos
problemáticas ofertantes, impedindo sua inibição.
6. Diálogos informais em torno de 6. Leis que inviabilizam a punição dos
problemáticas ofertantes, impedindo sua inibição.
7. Palestras com profissionais 7. Negligência do contexto familiar
(médicos, psicólogos, ex-usuários) quanto à formação e acompanhamento dos
filhos.
8. NARANON (entidade que apoia
as famílias de usuários de drogas)

Pode-se observar que os fatores de risco são menores - em


quantidade, no entanto, esses fatores são graves e determinantes da problemática
vigente, o alto índice de uso e até mesmo de dependência e criminalidade na
comunidade, enfim, do ambiente em que as crianças estão inseridas.

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20
3 PROCESSO DE DESENVOLVIMENTO DO PROJETO DE ENSINO

TEMA E LINHA DE PESQUISA

O tema “Drogas”, escolhido para a realização do projeto se faz


necessário devido às dificuldades enfrentadas pelas escolas e pela sociedade em
lidar com esse tipo de problema. Por ser uma questão atual e presente em nosso
cotidiano o tema vem a se relacionar e contribuir com a gestão escolar, educadores
e comunidade.

JUSTIFICATIVA

O bairro onde a escola está situada apresenta um grande índice de


usuários de drogas, principalmente as ilícitas e de maior impacto no organismo. É
possível constatar a partir do relato dos alunos e de seus familiares, por exemplo,
que conhecem ou então existe algum ente envolvido com esses tipos de drogas.
Isso posto é de suma importância promover uma ação educativa que
dê base para que os alunos conheçam o tema e suas especificidades, conheçam
outras formas de diversão e sociabilidade, para que então desenvolvam atitudes
positivas em detrimento da má influência que recebem no seu entorno.

PROBLEMATIZAÇÃO

A questão que levou ao desenvolvimento desse projeto diz respeito


ao porquê de a comunidade ao entorno da escola, não terem uma atitude positiva
com relação às drogas, ou seja, o porquê de muitos iniciarem esse tipo de consumo,
e como desenvolver um processo educativo que complemente o Programa de
Prevenção e Resistência às Drogas (PROERD), já desenvolvido na escola.

OBJETIVOS GERAIS

Fortalecer as redes e parcerias já existentes entre Escola/PM/


Comunidade/Órgãos Comunitários e Assistencialistas.
Diminuir os fatores de risco, por meio da execução das ações de

21
segurança, e, principalmente das ações educativas já realizadas pelo PROERD,
culminando na elaboração de panfleto informativo e teatro-dramatização direcionado
a toda a comunidade e na formatura de formação do Programa Educacional de
Resistência às Drogas, direcionado aos estudantes do 5ºs anos e seus familiares.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

• Pesquisar e aprofundar o tema drogas e seu uso a partir das


aulas do PROERD, por meio de diversos portadores e fontes, como a internet,
revistas, vídeos e jornais;
• Adquirir conhecimento sobre as drogas e utilizá-los no dia-a-dia
a fim de evitá-las;
• Levar aos alunos a compreensão dos diversos fatores que
levam as pessoas a se tornarem usuários indiscriminados da droga e o
conhecimento do efeito das drogas no organismo e suas consequências
psicossociais;
• Compreender os modelos de prevenção na escola;
• Identificar posturas preventivas ao consumo de drogas no
cotidiano escolar;
• Identificar conceitos, princípios e programas de promoção da
saúde;
• Validar as pesquisas e aprofundamentos através de obras
artísticas, gráficos, tabelas e textos, dentre outros, culminando em exposição na
escola em consonância com teatro-dramatização e entrega de panfleto;
• Fortalecer a parceria com o CRAS e a Associação de moradores
e elaborar em conjunto, panfleto informativo sobre prevenção e tratamento,
disponibilizando-o à comunidade, bem como buscar medidas de maior efetivação de
segurança junto à PM;
• Elaborar e executar teatro-dramatização à comunidade, por
meio dos alunos dos 5º anos;
• Executar a formatura do PROERD junto aos pais dos alunos,
com vistas no comprometimento e na validação das aprendizagens desenvolvidas;
• Levar o aluno a compreender seu papel como cidadão e sujeito
ativo na transformação da escola e da comunidade, por meio de reflexão e

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participação;
• Reconhecer a importância da integração entre
escola/comunidade/órgãos institucionais na resolução de problemas;
• Valorizar atitudes de promoção da qualidade de vida, apoiando-
se nelas para as tomadas de decisão, presentes e futuras;
• Propiciar momentos de convívio positivo, bem como o
sentimento de pertença, através de atividades pontuais;
• Compartilhar o desenvolvimento do projeto – as atividades
desenvolvidas, aprendizagens, debates e reflexões- com a comunidade por meio da
rede social facebook, bem como por meio das palestras de saúde e de assistência;
do teatro-dramatização e da formatura do PROERD.

CONTEÚDOS

Os conteúdos desenvolvidos a partir dos temas transversais/saúde


são:
- O educando como sujeito em desenvolvimento: família, escola e
comunidade;
- Conceitos sobre drogas e prevenção;
- A prevenção do uso de entorpecentes no modelo de educação
para a saúde e das redes sociais;
- Ações preventivas do uso de drogas na escola;
- Execução do projeto de prevenção do uso de drogas na escola.

SUJEITOS DA INTERVENÇÃO

Estarão envolvidos com as ações de ensino e aprendizagem, os


alunos dos 5º anos, com idade entre 9 a 10 anos; os professores da escola; os
funcionários; o professor coordenador pedagógico; e, a diretora, compreendendo a
rede interna.
Os sujeitos da intervenção pertencentes à rede externa serão o
instrutor do PROERD- o policial militar; os pais dos alunos; o órgão de assistência
social – CRAS; e, a instituição de segurança pública – a Polícia Militar.

23
PROCESSO DE DESENVOLVIMENTO

A metodologia é baseada em três áreas de atuação, como


propõe o curso de “Prevenção do uso de drogas” para Educadores de Escolas
Públicas.
1- A participação juvenil e a formação de multiplicadores - foi
delineado a partir da perspectiva de que o projeto seria mais efetivo se os alunos
construíssem a aprendizagens e as validassem, e ainda, as compartilhassem no
intuito de se tornarem agentes ativos e transformadores.
2- Fortalecimento da escola na comunidade e como comunidade, foi
estabelecido por via da necessidade de um projeto de tal importância na atualidade
em atingir maior alcance e resultados, visando à transformação pela e da
comunidade.
3- Acolhimento de educandos em situação de risco é decorrente da
necessidade vigente da comunidade na qual o projeto se insere, uma vez que a
quantidade de adolescentes envolvidos com o uso de drogas é crescente e muitos
familiares desconhecem as formas de aquisição do tratamento.
Portanto, a fim de levar aos alunos e a comunidade escolar
rumo a uma aprendizagem construída e significativa sobre uma vida saudável longe
das drogas, cumprindo assim o objetivo geral e os específicos, serão desenvolvidas
as seguintes atividades, distribuídas semanalmente no 2º semestre letivo:

• Reunião dos docentes, coordenador e diretor junto ao CRAS, a


associação de moradores e o policial militar instrutor do PROERD, para o
fortalecimento da parceria, a adesão do projeto e o delineamento da colaboração a
ser desempenhada por esses órgãos, tais como, palestra sobre qualidade de vida
com profissionais da saúde e os danos das drogas no organismo; tratamento;
oportunidades de trabalho e continuidade nos estudos; intensificação da ronda
escolar para evitar a oferta indiscriminada na porta da escola – diminuir demanda e
oferta; etc.
• Apresentação do projeto (atividades que serão desenvolvidas
pelos alunos dos 5ºs anos) durante a primeira reunião de pais e coleta dos usuários
do facebook para incorporação destes familiares na página que será criada para
disponibilização e compartilhamento das atividades que estão sendo desenvolvidas:

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fotos, textos, obras, gráficos, vídeos, gravação do teatro, das palestras, etc.
• 1ª aula do PROERD: apresentação do projeto aos alunos dos
5ºs anos; coleta usuários do facebook para incorporação na página do projeto;
disponibilização de caixinha de dúvidas, para que a utilizem como ponto de apoio e
dúvidas, depositando suas perguntas em anonimato, favorecendo assim, a
comunicação daqueles que não conseguem se expor; atividades na apostila do
PROERD: questões investigativas e reflexivas, textos informativos sobre o que é
droga; quais os tipos;
• Criação da página e apresentação do projeto no facebook;
incorporação dos usuários coletados durante a reunião de pais e a primeira aula do
PROERD na página criada;
• Complementação da 1ª aula do PROERD: pesquisa no
laboratório de informática: tipos de drogas - fotos -; média nacional e municipal sobre
a quantidade de usuários de drogas e as consequências; motivos que levam uma
pessoa a utilizar drogas.
• Escrita coletiva com registro individual de texto informativo sobre
a pesquisa realizada no laboratório e construção de gráfico dos dados levantados;
• Escrita digital do texto desenvolvido com anexo de fotos e o
gráfico para postagem na página do facebook (compartilhamento com a comunidade
e alunos) com questão disparadora para comentários: “a que conclusão você chega
ao constatar essa situação no país e na nossa cidade?”;
• Dia da NOVIDADE: divisão da sala em grupos no início do
projeto, para estabelecer um dia na semana para ser o "Dia da Novidade", em que
cada grupo fica responsável por trazer um artigo de jornal, revista, internet ou
vídeos, reportagens que queiram compartilhar e discutir com a classe sobre o tema
ou então compartilhar na página do facebook;
• 2ª aula do PROERD: compartilhamento e debate das questões
depositadas na caixa de dúvidas; estudo na apostila PROERD: danos das drogas no
organismo.
• Pesquisa e construção de roteiro para o teatro-dramatização;
• Ensaio do teatro;
• Elaboração de convite para o teatro e a palestra;
• Disponibilização do convite aos familiares por meio de entrega
física e compartilhamento na página do facebook;

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• Apresentação do teatro-dramatização seguido de palestra
comunitária com profissionais da saúde e com o CRAS: danos das drogas no
organismo; consequências sociais; como conseguir tratamento; oportunidades de
trabalho e continuidade nos estudos; e, entrega de panfleto informativo;
• Compartilhamento da filmagem do teatro e da palestra, bem
como do panfleto informativo na página virtual para acesso dos familiares e alunos
que não compareceram;
• 3ª aula do PROERD: socialização das perguntas e comentários
deixados na caixa de dúvidas; atividades na apostila: fatores de proteção:
autoconhecimento; autoestima; amizade; valorização dos pontos e ações positivas;
saber o que é melhor e ter confiança para dizer não;
• Atividades de complementação à aula do PROERD: roda de
conversa: conhecendo a si e ao outro – “quem sou eu?”, “do que eu gosto”; “do que
eu não gosto”, “quem são meus amigos”, “do que eu gosto em mim e no outro e do
que eu não gosto”; brincadeiras recreativas e dinâmicas: momentos de diversão com
os amigos: valorizando coisas boas da vida;
• 4ª aula do PROERD: atividades na apostila sobre ações
preventivas; vídeo sobre as consequências das drogas na vida dos usuários e de
suas famílias;
• Compartilhamento do vídeo na página do facebook e interação
entre comentários;
• Redação sobre os fatores de proteção; pesquisa de obras
artísticas e fotos sobre qualidade de vida; compartilhamento de uma redação e das
obras e fotos;
• Confecção de obra artística sobre o tema que está sendo
estudado e legenda: trabalho em conjunto com os professores de Artes e Educação
Física para que os alunos se expressem através das artes (pintura, escultura) e do
movimento (dança).
• Compartilhamento de algumas obras confeccionadas pelos
alunos e interação entre comentários sobre que ideias se pretenderam passar com
aquela obra;
5ª aula do PROERD: atividades pontuais na apostila sobre o
conhecimento do tema e revisão;
• Debate pró e contra (complemento da aula do PROERD junto

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do instrutor, policial militar): divisão da sala em dois grupos para debate dramatizado
e disponibilização de tempo para estudarem e analisarem as ideias que irão
defender - um grupo em defesa do uso de drogas e outro lutando contra e fazendo a
prevenção. Organização dos grupos e disponibilização de tempo para estudarem e
analisarem as ideias que irão defender;
• Listagem a partir do debate: “Porque não usar drogas”; “O que a
vida oferece de bom” e compartilhamento na página do facebook com
complementação de imagens, dentre outras formas de representação;
• Compartilhamento interno das aprendizagens: ensaio de
palestra a ser ministrada pelos representantes de turma junto ao instrutor do
PROERD e professoras, sobre as aprendizagens adquiridas, direcionada às outras
turmas da escola e exposição dos trabalhos desenvolvidos;
• Ensaio da formatura do PROERD: canção; juramento,
agradecimentos, aprendizagens, recepção dos diplomas;
• Formatura do PROERD junto aos familiares dos alunos dos 5º
anos e compartilhamento da filmagem no facebook para acesso dos demais alunos
e familiares.

TEMPO PARA A REALIZAÇÃO DO PROJETO

O tempo total estimado é de 1 semestre, em concomitância com


o desenvolvimento das aulas do PROERD.

RECURSOS HUMANOS E MATERIAIS.

Os recursos humanos necessários para a realização do projeto:


“Aprendendo a dizer não” foram:
- Professores
- Educandos
- Comunidade
- Parceria com o CRAS
- Parceria com o PM responsável pelo programa PROERD

Como verificado, dentre os materiais necessários estão recursos

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disponíveis na escola, no entorno e por meio dos parceiros, como:
- a quadra poli esportiva,
-a biblioteca,
-o auditório do Centro Comunitário,
-o pátio da escola,
-o laboratório de informática,
- a mídia facebook e outras,
- livros, folhetos educativos, vídeos, histórias em quadrinhos,
- peças de teatro, obras e fotos artísticas,
- poema/poesia, enfim, tipologia diversa de textos e em diversos
portadores,
- música e rádio, dentre outros recursos para a execução das
atividades descritas acima.

AVALIAÇÃO

A avaliação será diagnóstica, formativa e pontual. Diagnóstica no


sentido de identificar quais os conhecimentos que os alunos têm sobre o assunto e
seu comportamento em relação a ele; formativa, no sentido de acompanhar o
desenvolvimento do aluno, avaliando o que eles sabiam, aprenderam e o que ainda
precisam validar; e, pontual, com vistas a verificar se os alunos fazem perguntas,
tiram suas dúvidas, participam dos debates e das rodas de conversa, fazem
postagem na página da escola no facebook; representam e registram suas
aprendizagens, dentre outras atividades pontuais explicitas no item 3.7.

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4 CONSIDERAÇÕES FINAIS

O trabalho de prevenção na escola contribui para visão critica das


situações e dos problemas com entorpecentes que são enfrentados pelas
instituições de ensino e pela sociedade como um todo, assim com também visa o
desenvolvimento da autonomia e da capacidade de escolha do educando.
A proposta do projeto não é lutar contra as drogas, mas sim contra
os fatores de risco que colocam a criança em vulnerabilidade para o uso de
entorpecentes e a favor dos fatores de proteção – que evitam que as crianças e
jovens iniciem esse tipo de consumo.
Cada um de nós, educadores, juntamente com a comunidade e as
instituições parceiras, pode contribuir para evitar os fatores de riscos sociais e
econômicos que favorecem o consume e a oferta de drogas.
Espera-se que com este projeto, a escola enquanto instituição no
exercício do seu papel e com a autoridade que lhe cabe, possa contribuir para a
formação de cidadãos conscientes, críticos, saudáveis, transformadores das
mudanças necessárias para o convívio e sobrevivência em sociedade.

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5 REFERÊNCIA

AQUINO, Julio Groppa. A escola e as novas demandas sociais: as drogas como


tema transversal. In: Drogas na escola: alternativas teóricas e práticas. Julio Groppa
Aquino (org). São Paulo: Summus. 1998.

BIZZOTTO, Antonieta Guimarães. Uma Escola mais Sedutora que a Droga. Outro
Olhar. Ano III. Nº 3. Belo Horizonte. Out. 2003.

BRASIL. Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas. Curso de prevenção do uso


de drogas para educadores de escolas públicas / Secretaria Nacional de Políticas
sobre Drogas, Ministério da Educação. – 6. Ed. atual. – Brasília: Ministério da
Justiça, 2014. 272 p.

BRASIL. Ministério da Educação e do Desporto. Secretaria de Educação


Fundamental. Parâmetros curriculares nacionais: apresentação dos temas
transversais, ética. Brasília: MEC/SEF, 1997.

EMEF PROFESSORA MARIA DE MAGALHÃES CASTRO. Plano Gestor:


Quadriênio 2011 – 2014. Jaú, SP, 2010. 209 p.

MASSA, Adriana Accioly & BACELLAR, Roberto Portugal. “A Interface da Prevenção


ao uso de Drogas e o Poder Judiciário, em uma Perspectiva de Sustentabilidade”. II
Seminário sobre Sustentabilidade. Curitiba. 2007.

PAZINATTO, Cesar. Prevenção ao uso de drogas em escolas: um desafio possível?


Revista Direcional Escolas. 20. ed. São Paulo: Exclusiva Publicações Ltda. set.
2006.

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<<http://pdeinterativo.mec.gov.br/pddeinterativo/pddeinterativo.php?

30
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=diagnostico_1_3_provabrasil>> acesso em 31/10/2014.

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