Importância Do SUS
Importância Do SUS
Importância Do SUS
Texto I:
O SUS (Sistema Único de Saúde) não deve ser entendido somente como um serviço público
que promove atendimento aos que não possuem condições de pagar um plano de saúde. Apesar de
apresentar alguns desafios, como burocracias de atendimento e demora para conseguir vagas para
cirurgia, por exemplo, o SUS garante atendimento gratuito para mais de 200 milhões de habitantes.
Ante a isso, é necessário refletir acerca da importância desse serviço público para a sociedade
brasileira e pensar em medidas para superar as dificuldades.
Texto II:
O Sistema Único de Saúde (SUS) é a denominação do sistema público de saúde brasileiro
inspirado no National Health Service do Reino Unido e criado pelos constituintes de 1988 no dia 17
de maio de 1988, na 267 ª Sessão da Assembleia Nacional Constituinte. O Brasil é considerado o
único país com mais de 200 milhões de habitantes que possui um sistema de saúde pública
universal.
O SUS atende desde atendimentos primários até procedimentos complexos e oferece
atendimento de emergência para pessoas que sofrem acidentes via Serviço de Atendimento Móvel
de Urgência (SAMU). O sistema de saúde brasileiro também fornece vacinas e remédios
gratuitamente para pessoas com diversas doenças (como diabetes, pressão alta, asma, HIV e
Alzheimer), financia pesquisas na área de epidemiologia e fiscaliza a qualidade dos alimentos
oferecidos em estabelecimentos comercias por meio da Agência Nacional de Vigilância Sanitária
(Anvisa).
Foi instituído pela Constituição Federal de 1988, em seu artigo 196, como forma de efetivar o
mandamento constitucional do direito à saúde como um “direito de todos” e “dever do Estado” e
está regulado pela Lei nº. 8.080/1990, a qual operacionaliza o atendimento público da saúde.
[Wikipédia]
Texto III:
Nascido junto com a Constituição de 88, o SUS (Sistema Único de Saúde) é um jovem prestes
a completar 32 anos. Ele cresceu e, ao longo da vida, foi afetado por decisões tomadas por
diferentes governantes, cada qual com linhas ideológicas e interesses distintos, às vezes díspares,
que ocuparam o poder desde então.
Nesse período, o jovem SUS assistiu a mudanças radicais, em todos os campos. Da tecnologia
à forma como as pessoas passaram a lidar com o trabalho, com a alimentação, com o corpo e com a
alma, incluindo até a mudança no perfil religioso da nação. Nada é mais como antes. Nem será no
futuro igual ao que conhecemos no presente.
Faltando meses para completar 32 anos, esse jovem enfrenta o maior desafio da sua
existência: o coronavírus. E terá que provar que, com todas as suas qualidades e defeitos,
acumuladas ao longo da vida, ele tem capacidade de encarar essa guerra. É como se este jovem
estivesse enfrentado um câncer. Para se curar, terá de abandonar velhos vícios e maus hábitos: o
cigarro, o excesso de gordura e álcool, além da certeza não de que é um super-homem que não
precisa da ajuda de ninguém.
Para enfrentar essa doença, o jovem SUS vai precisar assumir suas responsabilidades e deixar
para trás aquilo que o faz mal. O excesso de burocracia, para início de conversa. [Congresso em
Foco]
Texto IV:
A existência do SUS por aqui não significa que haja testes disponíveis para quem quiser nem
que o Brasil esteja numa situação confortável em relação aos leitos que podem ser demandados caso
a epidemia gere uma grande quantidade de casos graves. Ao criar um sistema universal de saúde,
que reconhece a responsabilidade do Estado em prover as mais diversas ações, o Brasil enfrentou
um desafio único no mundo: oferecer saúde pública e gratuita, entendida como um direito, num país
continental, que hoje tem quase 210 milhões de habitantes. Para efeito de comparação, o Reino
Unido, cujo sistema de saúde, o NHS (National Health Service), tanto inspirou os sanitaristas
brasileiros, hoje tem uma população menor que 67 milhões. No Canadá, outro exemplo de sistema
universal, esse número não chega a 38 milhões. Já no Brasil, hoje, 162 milhões de pessoas
dependem exclusivamente do SUS, sem contar que os cerca de 47 milhões que têm planos de saúde
também utilizam o sistema público - por exemplo, em procedimentos como vacinação e
transplantes. [Fiocruz]
Complementos:
https://www.youtube.com/watch?v=MPNGH230SaQ
https://www.youtube.com/watch?v=brnUrUU81Ow&t=3s
http://conselho.saude.gov.br/legislacao/lei8080.htm
Documentário “Na fila do SUS” traz o impacto do sucateamento da saúde pública no Brasil -
dirigido pela profissional e pesquisadora da área Ellen Francisco, retrata o impacto que o
sucateamento do SUS têm na vida dos brasileiros mais vulneráveis socialmente.
(https://jornalistaslivres.org/documentario-na-fila-do-sus-traz-o-impacto-do-sucateamento-da-
saude-publica-no-brasil/#:~:text=O%20Document%C3%A1rio%20%E2%80%9CNa%20fila
%20do,dos%20brasileiros%20mais%20vulner%C3%A1veis%20socialmente .)
Trailer: https://www.youtube.com/watch?v=fTkq9BNu3Uc
Documentário Políticas de Saúde no Brasil: um século de luta pelo direito à saúde (Renato
Tapajós, 2006). Conta a história das políticas de saúde em nosso país, mostrando como ela se
articulou com a história política brasileira, destacando os mecanismos que foram criados para
sua implementação, desde as Caixas de Aposentadorias e Pensões até a implantação do SUS.
Série Sob Pressão. Estreou em 2017 na TV Globo, narrou, ao longo das três temporadas,
histórias fortes na emergência de um hospital público, envolvendo diversas doenças, falta de
recursos e problemas sociais, como abuso infantil, violência e milícias.
(https://guiadoestudante.abril.com.br/estudo/sob-pressao-mostra-qual-e-a-importancia-do-
sus/)
Livro O Cortiço (1890) – Aluísio Azevedo. Mesmo tendo sido escrito há mais de 100 anos, o livro
continua muito atual, evidenciando pautas que ainda estão presentes no Brasil, como: impactos
na saúde: os moradores do cortiço tinham de conviver com a falta de saneamento básico, que
ocasionava focos de doenças, sendo propícia a animais vetores de enfermidades.
Segundo dados do Ministério da Saúde, mais de 190 milhões de brasileiros utilizam o SUS para receber
cuidados de saúde. Mas além do que é entendido por cuidado - como atendimentos médicos, exames e
fornecimento de tratamentos - o SUS também é responsável pela vigilância sanitária brasileira, fiscalização
de alimentos e medicamentos, além de desenvolvimento de novas políticas públicas de saúde, tornando-o
essencial, mesmo para aqueles que buscam atendimento médico particular.
Dentro do cenário atual de pandemia, as ações do SUS se tornaram ainda mais imprescindíveis para
manter a ordem e garantir o cuidado da população, tendo em vista que mais de 80% dos brasileiros
dependem exclusivamente do SUS para ter acesso à saúde.
Desde sua criação, o SUS segue alguns princípios fundamentais, que obedecem às diretrizes do Artigo 198
da Constituição Federal de 1988, que preveem a universalidade, a integralidade e a equidade no acesso à
saúde.
Universalidade
Representando uma conquista democrática ao Brasil, o conceito de universalidade transformou a saúde
em um direito de todos e um dever do Estado. Ela determina que todos os cidadãos brasileiros têm direito
ao acesso à saúde, sem qualquer tipo de discriminação.
Integralidade
A Integralidade é o que rege a necessidade de um atendimento à saúde resolutivo, em todas as áreas.
Segundo esse princípio, oficializado pela Constituição Federal de 1988, o sistema de saúde deve ser
preparado para atender a todas as demandas dos usuários, ouvindo suas necessidades e trabalhando para
atendê-los de forma respeitosa e com qualidade.
Seja com ações preventivas ou que tratem os pacientes em eventos agudos, o SUS atua em todas as
frentes de promoção à saúde.
Equidade
Com relação direta aos conceitos de igualdade e justiça, o princípio da equidade prevê o atendimento a
pacientes de acordo com as necessidades de cada um.
Um exemplo prático acontece em unidades de urgência e emergência em todo mundo, nos quais os
atendimentos são feitos de acordo com a classificação de risco de cada pessoa, definindo quais pacientes
tem maior prioridade dentro daquele espaço.
Porém, a equidade não é prevista somente em situações de risco. Com uma população tão plural, esse
conceito norteia o SUS para reconhecer as necessidades de grupos específicos e atuar na redução do
impacto de alguns determinantes sociais, como no caso de moradores de rua, idosos e outros grupos que
requerem mais atenção.
https://hospitais.proadi-sus.org.br/noticias/130/conheca-os-principios-do-sus-que-garantem-
democratizacao-da-saude-brasileira
Em 19/9/1990 foi assinada a Lei nº 8080 que dispõe sobre as condições para a promoção, proteção e
recuperação da saúde, a organização e o funcionamento dos serviços correspondentes, instituindo o
Sistema Único de Saúde (SUS).
O SUS é um dos maiores e mais complexos sistemas de saúde pública do mundo, abrangendo desde o
simples atendimento para avaliação da pressão arterial, por meio da Atenção Primária, até o transplante
de órgãos, garantindo acesso integral, universal e gratuito para toda a população do país. Com a sua
criação, o SUS proporcionou o acesso universal ao sistema público de saúde, sem discriminação. A atenção
integral à saúde, e não somente aos cuidados assistenciais, passou a ser um direito de todos os brasileiros,
desde a gestação e por toda a vida, com foco na saúde com qualidade de vida, visando a prevenção e a
promoção da saúde.
Princípios do SUS:
Universalização: a saúde é um direito de cidadania de todas as pessoas e cabe ao Estado assegurar este
direito, sendo que o acesso às ações e serviços deve ser garantido a todas as pessoas, independentemente
de sexo, raça, ocupação ou outras características sociais ou pessoais.
Equidade: o objetivo desse princípio é diminuir desigualdades. Apesar de todas as pessoas possuírem
direito aos serviços, as pessoas não são iguais e, por isso, têm necessidades distintas. Em outras palavras,
equidade significa tratar desigualmente os desiguais, investindo mais onde a carência é maior.
Integralidade: este princípio considera as pessoas como um todo, atendendo a todas as suas necessidades.
Para isso, é importante a integração de ações, incluindo a promoção da saúde, a prevenção de doenças, o
tratamento e a reabilitação. Juntamente, o princípio de integralidade pressupõe a articulação da saúde
com outras políticas públicas, para assegurar uma atuação intersetorial entre as diferentes áreas que
tenham repercussão na saúde e qualidade de vida dos indivíduos.
Estrutura do SUS:
A gestão das ações e dos serviços de saúde deve ser solidária e participativa entre os três entes da
Federação: a União, os Estados e os municípios. A rede que compõe o SUS é ampla e abrange tanto ações
quanto os serviços de saúde. Engloba a atenção primária, média e alta complexidades, os serviços urgência
e emergência, a atenção hospitalar, as ações e serviços das vigilâncias epidemiológica, sanitária e ambiental
e assistência farmacêutica.
O Sistema Único de Saúde (SUS) é composto pelo Ministério da Saúde, Estados e Municípios, conforme
determina a Constituição Federal. Cada ente tem suas co-responsabilidades.
Ministério da Saúde:
Gestor nacional do SUS, formula, normatiza, fiscaliza, monitora e avalia políticas e ações, em articulação
com o Conselho Nacional de Saúde. Atua no âmbito da Comissão Intergestores Tripartite (CIT) para pactuar
o Plano Nacional de Saúde. Integram sua estrutura: Fiocruz, Funasa, Anvisa, ANS, Hemobrás, Inca, Into e
oito hospitais federais.
Proposta no link:
https://vestibular.brasilescola.uol.com.br/banco-de-redacoes/tema-sus-desafios-e-importancia-da-
saude-publica-no-brasil.htm