Falácias Informais
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falácias informais
FALÁCIAS INFORMAIS
FILOSOFIA 10º ano | 2020/2021
Escola Secundária Alves Martins | Viseu
Prof. Fátima Oliveira
Para além das falácias inerentes aos argumentos FALÁCIAS INFORMAIS
indutivos, por analogia ou de autoridade…
Argumentos inválidos, aparentemente válidos, cuja invalidade não
resulta de uma deficiência formal, antes decorre do conteúdo, da
matéria, da linguagem natural comum usada nesses argumentos.
Falácia ad hominem
Argumento circular que procura provar uma conclusão que já foi assumida como
verdadeira nas premissas.
Exemplos: FALÁCIA DA PETIÇÃO DE PRINCÍPIO
Forma Lógica:
A expressão latina «post hoc, ergo propter hoc» significa «depois disto, logo por
causa disto». Nesse sentido, a falácia da causa falsa surge sempre que se
toma como causa de algo aquilo que é apenas um antecedente ou uma
qualquer circunstância acidental.
Fiquei com dores de cabeça no dia em que a minha avó fez um bolo. O bolo
foi a causa das minhas dores de cabeça.
Quando faço testes em dias de chuva, tiro negativa. Por isso, a chuva é a
causa das negativas dos meus testes.
Na sala, alguém abriu uma janela e a Maria tossiu. Logo, a Maria tossiu,
porque a janela foi aberta.
Um aluno que nunca reprovou num exame, mas que teve sempre o cuidado
de entrar na sala com o pé direito, conclui que a causa da sua passagem no
exame é o facto de entrar na sala com o pé direito.
Forma Lógica:
Não se sabe ou ignora-se que P.
Logo, é falso que P.
Não se sabe/ignora-se que é falso que P.
Logo, é verdade que P.
É o tipo de argumento
dirigido contra o
homem.
Em vez de se atacar
ou refutar a tese de
alguém, ataca-se a
pessoa que a
defende.
Forma Lógica:
A afirma P. A não é credível. Logo, P é falso.
X afirma P. X tem alguma característica reprovável. Logo, P é falso.
FALÁCIA “AD HOMINEM “/ CONTRA A PESSOA
Sartre estava errado a respeito do ser humano, porque não ia regularmente à missa.
O relatório de contas da empresa, elaborado pela equipa do Pedro, não é de
confiança. Soube que ele se esqueceu de pagar a conta da água em casa dele. [O
facto de Pedro se ter esquecido de pagar a conta da água não torna necessário que
tenha cometido erros no relatório de contas.]
Um engenheiro considera que o melhor lugar para construir uma nova estrada é o
caminho XPTO. Porém, como o engenheiro é antipático e trata mal a família, isso não
pode ser verdade.
Forma lógica:
A maioria das pessoas diz que P. Logo, P.
Exemplos: FALÁCIA “AD POPULUM”
A maioria das pessoas acredita que o Pai Natal não existe. Logo, é verdade que o Pai
Natal não existe.
Mãe, tens de me deixar pôr um piercing no nariz, porque todos os meus amigos têm
um.
Esta forma de argumentar é falaciosa, porque para além de que a maioria das pessoas
pode estar enganada, a verdade ou falsidade de uma tese não depende da opinião das
pessoas, independentemente de estas serem muitas ou poucas.
Com efeito, a esmagadora maioria das pessoas acreditou durante séculos que a Terra
era plana e que o Sol girava em torno da Terra, e nem por isso estas afirmações eram
verdadeiras.
FALÁCIA DA DERRAPAGEM OU“BOLA DE NEVE”
Esta falácia é cometida sempre que alguém, para refutar uma tese, apresenta,
pelo menos, uma premissa falsa ou duvidosa e uma série de consequências
progressivamente inaceitáveis.
Forma Lógica:
Se P, então Q. Se Q, então R. Se R, então S. Logo, se
P, então S.
Se permitirmos uma exceção a uma regra, mais e
mais exceções se seguirão, o que conduzirá à
inevitabilidade de a regra ser totalmente subvertida
ou de haver consequências totalmente indesejáveis.
Exemplos: FALÁCIA DA DERRAPAGEM OU“BOLA DE NEVE”
É péssimo que jogues a dinheiro. Se o fizeres, vais viciar-te no jogo. Desse modo,
perderás tudo o que tens.. E, em consequência, se não quiseres morrer à fome, terás de
roubar.
Esta forma de argumentar é falaciosa, pelo facto de que considera premissas que
são apenas prováveis, como se fossem certas, ocultando ainda o facto de –
em virtude de a probabilidade de uma sequência de acontecimentos se verificar ser
sempre menor do que a probabilidade da ocorrência de cada acontecimento
isoladamente –, a conclusão ser necessariamente menos provável do que cada
uma das premissas consideradas.
FALÁCIA DO “ESPANTALHO” OU DO “BONECO DE PALHA”
Esta falácia é cometida sempre que o orador, em vez de refutar o verdadeiro
argumento do seu opositor/interlocutor, ataca ou refuta uma versão
simplificada, mais fraca e deturpada desse argumento, a fim de ser mais fácil
rebater a tese oposta.