Banco de Questões - Filosofia Da Ciência (1) Preto
Banco de Questões - Filosofia Da Ciência (1) Preto
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GRUPO I
(Questões de resposta fechada)
Indica a alternativa correta.
7 . A Filosofia
A. não é uma pseudociência, pois não procura reproduzir os procedimentos da ciência.
B. não é uma ciência, embora tente usar o método científico.
C. é uma disciplina científica, pois visa conhecer o mundo.
D. é uma pseudociência, já que os problemas filosóficos não têm respostas aceites por todos os
especialistas.
8 . Uma pseudociência é uma teoria
A. científica falsa.
B. científica que é alvo de debate.
C. que não pretende ser científica e não compete com a ciência na explicação dos fenómenos.
D. que não recorre a métodos científicos, mas que tenta competir com a ciência na explicação
dos fenómenos.
9 . Segundo o critério da verificação, uma teoria é científica se
A. é verdadeira ou falsa.
B. consiste em afirmações irrefutáveis.
C. consiste em afirmações empiricamente falsificáveis.
D. consiste em afirmações cuja verdade ou falsidade é possível estabelecer empiricamente de
modo conclusivo.
11 . Popper considera que a astrologia é uma pseudociência, pois as suas afirmações
A. são sempre falsas.
B. não são falsificáveis, ou seja, são tão vagas que é difícil submetê-las a testes empíricos.
C. nunca são falsas.
D. não são falsificáveis, ou seja, são verdades objetivas e comprovadas.
18 . Popper entende que todas as proposições científicas são falsificáveis. E será que todas as
proposições falsificáveis são científicas?
22 . Considera as seguintes frases e seleciona a alínea que, segundo Popper, as avalia corretamente.
1. Nenhum planeta tem luz própria.
2. Os astros influenciam imenso o destino humano.
A. 1 e 2 são falsificáveis.
B. Nem 1 nem 2 são falsificáveis.
C. 1 é falsificável e 2 não é falsificável.
D. 1 não é falsificável e 2 é falsificável.
25 . Todos os professores de Filosofia têm mais de dois metros e meio de altura.
Esta afirmação
A. não é científica, pois não é falsificável.
B. não é científica, apesar de ser falsificável.
C. é científica, pois é falsificável.
D. não é científica apenas porque é falsa.
26 . O indutivismo é
A. uma teoria filosófica acerca do modo como a ciência procede.
B. uma teoria científica acerca do modo como a ciência procede.
C. o conjunto das etapas que um cientista percorre para fazer as suas descobertas.
D. o método usado pela maioria dos cientistas.
27 . Segundo o indutivismo, a submissão das hipóteses científicas a testes empíricos tem o objetivo de as
A. corroborar.
B. tentar refutar.
C. refutar.
D. confirmar.
28 . O indutivismo considera que uma investigação científica deve
A. assentar na experiência do mundo.
B. assentar no conhecimento anterior.
C. principiar com hipóteses obtidas indutivamente.
D. principiar com testes muito rigorosos.
29 . Uma objeção ao indutivismo é a ideia de que
A. as experiências servem para confirmar as hipóteses.
B. muitas teorias científicas referem entidades inexistentes.
C. a recolha de dados deve ser o início da investigação.
D. muitas teorias científicas referem entidades inobserváveis.
36 . De acordo com Popper, a característica distintiva de uma teoria corroborada é que
A. é falsificável.
B. é verdadeira.
C. é verosímil.
D. está provada.
41 . Lê o texto:
«Aquilo em que nós acreditamos (…) não é que a teoria de Newton ou a de Einstein sejam
verdadeiras, mas sim boas aproximações à verdade, podendo ser superadas por outras melhores.»
Karl Popper, O Realismo e o Objetivo da Ciência,
D. Quixote, Lisboa, 1997, p. XX
Popper quer dizer que as teorias de Newton e de Einstein
A. são falsas.
B. são provavelmente verdadeiras.
C. estão corroboradas.
D. são provavelmente falsas.
42 . Tanto Descartes como Popper consideram que a submissão das nossas crenças ou opiniões a um
severo exame crítico é um aspeto central do método de procura da verdade. Porém, Descartes e
Popper divergem quanto aos resultados da aplicação desse método, pois
A. não concordam que a maneira mais adequada de procurar a verdade e o conhecimento seja
começar por pôr em causa as nossas crenças ou opiniões.
B. Descartes admite encontrar verdades definitivas, ao passo que Popper defende que as teorias
científicas (empíricas) são apenas aproximações à verdade, que poderão vir a ser revistas.
C. Descartes valoriza mais a observação que Popper.
D. Descartes preocupava-se com a filosofia e Popper com a ciência.
43 . Segundo Popper, a afirmação correta é:
A. se uma teoria é conjetural, não é objetiva.
B. uma teoria para ser objetiva tem de ser verdadeira.
C. as hipóteses científicas podem ter surgido através de um procedimento racional
e objetivo, mas depois são testadas de modo irracional e subjetivo.
D. as hipóteses científicas podem ter surgido de modo irracional e subjetivo, mas depois são
testadas de modo racional e objetivo.
44 . De acordo com Popper, a ciência é objetiva porque
A. as descobertas científicas são verdades confirmadas.
B. as teorias que passam com sucesso os testes de falsificabilidade são verdadeiras.
C. a avaliação das teorias é feita com base em testes imparciais.
D. os cientistas são pessoas sérias.
45 . De acordo com Popper, a ciência progride pela substituição de
A. teorias falsas por teorias verdadeiras.
B. teorias falsificadas por teorias que resistem aos testes.
C. teorias falsas por outras teorias falsas.
D. teorias infalsificáveis por teorias falsificáveis.
46 . Acerca da evolução da ciência Popper não diria que
A. a ciência evolui através da acumulação de certezas e confirmações.
B. para que a ciência evolua é preciso ter uma atitude crítica relativamente às teorias
científicas.
C. corrigir erros e substituir teorias falsas faz a ciência aproximar-se da verdade.
D. as teorias científicas não devem ser encaradas como dogmas, por muito corroboradas que
estejam.
47 . Popper fez uma comparação entre a evolução da ciência e o processo de seleção natural. O
facto de serem comparáveis tem a seguinte implicação:
A. as teorias mais aptas e bem-sucedidas ficam conclusivamente comprovadas após superarem
testes rigorosos e exigentes.
B. uma vez que todas as teorias científicas, mesmo as mais recentes, podem conter erros, o
progresso da ciência é, em grande medida, uma ilusão.
C. a comunidade científica não tem razões para aceitar uma teoria em vez de outra, uma vez
que mesmo as teorias que não foram falsificadas podem conter erros.
D. a comunidade científica aceita trabalhar com as teorias que superaram testes rigorosos e
exigentes e põe de lado – ou, pelo menos, impõe-lhes alterações substanciais – as teorias
que «chumbaram» nesses testes.
48 . Suposições teóricas gerais, e leis e técnicas para a sua aplicação adotadas por uma comunidade
científica específica.
Segundo Kuhn, esta frase diz respeito ao conceito de
A. paradigma.
B. ciência normal.
C. ciência extraordinária.
D. revolução científica.
49 . Os cientistas aplicam uma teoria tentando explicar aspetos relevantes do mundo.
Segundo Kuhn, trata-se do conceito de
A. paradigma.
B. ciência normal.
C. ciência extraordinária.
D. revolução científica.
53 . Teoria da relatividade, proposta por Einstein e aceite pela comunidade científica atual.
Segundo Kuhn, é um exemplo de
A. paradigma.
B. ciência normal.
C. ciência extraordinária.
D. revolução científica.
54 . Kuhn considera que há períodos de consenso e períodos de divergência na comunidade científica.
O fim de um período de consenso e a consequente entrada num período de divergência devem-se
A. à acumulação de anomalias.
B. à resolução de enigmas.
C. à atitude crítica própria da ciência normal.
D. à evolução da ciência.
55 . Lê o texto:
«Considere-se (…) os homens que chamaram louco a Copérnico por este proclamar que a Terra
se movia. Eles não estavam simplesmente errados, nem completamente errados. Para eles, a
ideia de posição fixa fazia parte do significado de “Terra”. (...) De modo correspondente, a
inovação de Copérnico não se limitava a mover a Terra. Era, em vez disso, todo um novo modo
de olhar para os problemas da física e da astronomia, um modo de olhar que mudava
necessariamente o significado quer de “Terra”, quer de “movimento”».
Thomas Kuhn, A Estrutura das Revoluções Científicas, Guerra & Paz, Lisboa, 2009, p. 205
Para Kuhn, exemplos como o do excerto transcrito apoiam a ideia de que paradigmas diferentes
são
A. extraordinários.
B. comparáveis.
C. incomensuráveis.
D. revolucionários.
56 . Segundo Kuhn, quando uma comunidade científica se dedica sobretudo à resolução de enigmas,
a ciência encontra-se num período
A. revolucionário.
B. não paradigmático.
C. de ciência extraordinária.
D. de ciência normal.
57 . Segundo Kuhn, existem períodos de ciência normal, durante os quais
A. se registam progressos cumulativos.
B. diversos paradigmas competem entre si.
C. os cientistas procuram a falsificação de teorias.
D. é impossível descobrir-se anomalias.
58 . Segundo Kuhn,
A. as revoluções científicas são frequentes na história da ciência.
B. anomalias frequentes podem originar um período de crise numa determinada ciência.
C. uma simples anomalia é suficiente para derrubar um paradigma.
D. a «ciência normal» desenvolve-se à margem de qualquer paradigma.
59 . Kuhn defende que
A. não existe qualquer forma de progresso científico.
B. a ciência permite descobrir como é realmente a natureza.
C. cada teoria representa melhor a realidade do que as teorias anteriores.
D. o desenvolvimento da ciência não é uma aproximação à verdade objetiva.
67 . Dizer, como Kuhn, que os paradigmas são incomensuráveis, não significa que
A. cada paradigma permite uma visão do mundo que é singular e profundamente diferente da
visão permitida pelos outros paradigmas.
B. cada paradigma «fala» uma linguagem diferente dos outros.
C. os paradigmas são incomparáveis.
D. um paradigma é melhor do que outro.
68 . Uma das objeções à teoria de Kuhn rejeita a incomensurabilidade dos paradigmas, dado que
A. há teorias científicas que permitem realizações técnicas que outras não permitem e, portanto,
é plausível que sejam melhores do que elas.
B. o novo paradigma evita as anomalias do paradigma anterior.
C. a maior parte dos cientistas acaba por escolher um dos paradigmas.
D. no período de ciência extraordinária ocorrem discussões intensas.
69 . Conjunto de teorias e regras metodológicas que serve de matriz a uma dada disciplina científica
durante um certo período de tempo e que estipula como devem ser conduzidas as investigações.
De acordo com Kuhn, trata-se de
A. um paradigma.
B. um puzzle.
C. uma revolução científica.
D. um progresso científico.
70 . Mudança radical na direção de uma disciplina científica, caracterizada pela alteração das suas
teorias fundamentais e modos de investigar.
De acordo com Kuhn, trata-se de
A. uma crise.
B. uma anomalia.
C. uma revolução científica.
D. um momento de ciência extraordinária.