Á - É - I - Ó - U Do Trabalho Com Crianças

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Á - É - I - Ó – U do Trabalho com Crianças

Escrito por Gilberto Celeti na década de 80


Diretor da Apec do Brasil

Segundo o Dicionário Aurélio, Á - É - I - Ó - U, é a substantivação de a, e, i, o, u


com que se designam as primeiras letras ou rudimentos de uma matéria.
Você se recorda de como veio a aprender a ler e escrever? Lembra quantas
vezes escreveu as vogais em seu primeiro caderno?
Para deixar de ser analfabeto é necessário dominar, em primeiro lugar, os
rudimentos da gramática, e, infelizmente, quantos ainda vivem em absoluta ignorância!
No trabalho com as crianças existe, também, muita ignorância por não se
conhecer as noções básicas para se obter resultados satisfatórios e eternos.
Há muitos que são ANALFABETOS em trabalhos com crianças, fazendo tudo de
maneira apenas superficial e sem qualidade.
Deseja conhecer e dominar esta matéria? Então escreva em sua mente e
coração, até gravar bem, o Á-É-I-Ó-U do trabalho com crianças.

A - AMOR
“Depois de terem comido, perguntou Jesus a Simão Pedro: Simão, filho de João, amas-me mais do que
estes outros? Ele respondeu: sim, Senhor, tu sabes que te amo. Ele lhe disse:
APASCENTA OS MEUS CORDEIROS” (João 21.15)

Pedro que negara ao Senhor três vezes é questionado três vezes pelo
Senhor: “Amas-me” e só ao responder: “Tu sabes que te amo” é que recebe a missão
de apascentar, pastorear, tanto cordeiros como ovelhas.
Interessante neste texto é Jesus utilizar a palavra “cordeiro” que identifica os
pequeninos de um rebanho de ovelhas, o que nos faz pensar que, também, as crianças
precisam de cuidado pastoral. Sim, as crianças precisam ser apascentadas e não
pajeadas.
Muitos trabalhos com crianças se resumem apenas em tomar conta dos
pequenos para que não atrapalhem os grandes e os que estão à frente das
crianças tios ou tias que pouco ou quase nada fazem par a formação espiritual das
mesmas.
O que leva alguém a ser consciente de sua responsabilidade pastoral com as
crianças é estar tomado de amor ao Senhor Jesus.
Só quem ama ao Senhor poderá amar também as crianças e dedicar-se a
elas, pois o amor de Cristo nos constrange, julgado nós isto: Um morreu por todos,
para que os que vivem não vivam para si mesmos, mas para aquEle que por eles
morreu e ressuscitou” (II Co 5.14-15).
É preciso verificar que no Velho Testamento encontramos o mesmo princípio.
Em Deuteronômio 6.4-9, antes da ordem para que os pais inculquem a Palavra de
Deus em seus filhos, há o mandamento: “Amarás, pois, o Senhor teu Deus de todo o
teu coração, de toda a tua alma e de toda a tua força.
Não haverá ministério eficaz com crianças sem um coração pleno de amor ao
Senhor.
E - ESPERANÇA
“Que virá a ser, pois, este menino?
(Lucas 1.66)

Quando estas palavras foram pronunciadas, por ocasião do nascimento de João


Batista, o seu pai, Zacarias, tinha uma profunda convicção e esperança, chegando a
afirmar: “Tu, menino, serás chamado profeta do Altíssimo ” (Lucas 1.76).
No Velho Testamento, no Salmo 78 versos 1 a 8, fica bem claro que ao falarmos
às futuras gerações sobre o Senhor e a maravilha de seu Amor e sua Salvação, estas
crianças confiarão ao Senhor e serão obedientes à sua vontade, escapando de virem
a ser uma geração rebelde e infiel.
O trabalho com as crianças exige que se olhe para o futuro com
a esperança que elas não serão escravas de Satanás, mas serão servos fiéis; que
elas não estarão perdidas, mas salvas eternamente; pois, semearemos em seus
corações a preciosa Palavra do Senhor que tem a garantia de não voltar para Ele
vazia.
Não haverá ministério eficaz com as crianças sem esta esperança de que
veremos os frutos de nosso trabalho, para a glória de Deus.

I - INVESTIMENTO
Então lhe disse a filha de Faraó: Leva este menino, e cria-mo; pagar-te-ei o teu salário.
A mulher tomou o menino, e o criou (Êxodo 2.9)

Quanto custa formar uma criança? Sem dúvida trabalhar com os pequeninos
exige gastos, exige investimentos. Investimentos não só de dinheiro, de material, mas
também de tempo.
Quanto trabalho com crianças é feito na base de improvisação e pode-se
afirmar seguramente que é para as atividades que envolvem as crianças que nunca
se conseguem as verbas necessárias. Embora se saiba que o trabalho com as crianças
produz mais resultados do que o trabalho com jovens e adultos, chegando alguns a
afirmar que dá um retorno de 90% contra 10%, investe-se apenas 10% nas crianças,
quando se investe.

Não haverá ministério eficaz com as crianças sem assumir os devidos custos:
a) custos para melhor preparo de aulas;
b) custos para ter-se melhores materiais didáticos;
e) custos para se transmitir melhor o ensino da Palavra de Deus às crianças;
d) custos para se tornar uma influência amiga e marcante na formação da
personalidade da criança.

O - ORAÇÃO
Levante-te, clama de noite no princípio das vigílias; derrama o teu coração como água perante o
Senhor; levante a Ele as tuas mãos, pela vida de teus filhinhos, que desfalecem de fome à entrada de
todas as ruas (Lamentações 2.19).
Diante de um quadro terrível, quando o povo estava sendo levado para o
cativeiro, levanta-se este desafio do profeta Jeremias: “Clama ao Senhor pela vida
de teus filhinhos”
Mais do que nunca há necessidade de oração em favor das crianças. Nada poderá
ser alcançado senão através da oração.
Aquele que trabalha com as crianças precisa aprender o segredo da oração por si
mesmo, pelo seu preparo, que sua vida seja um exemplo e pala salvação das crianças
e seu crescimento espiritual.
É imperioso reconhecer a verdade daquela afirmação de Agostinho: “É mais
importante falar de Deus acerca das crianças, do que falar às crianças acerca de
Deus!”
Não haverá ministério eficaz com as crianças sem a prática da oração.

U - URGÊNCIA
“Assim, pois, não é da vontade de vosso Pai Celeste que pereça um só destes pequeninos”
(Mateus 18.14).

É urgente ganhar as crianças para Cristo. Enquanto crianças elas são mais
suscetíveis de serem evangelizadas, de reconhecerem seu pecado, de crerem na
pessoa e obra de Jesus.
A medida que vão crescendo, que vão se adultizando, vão também endurecendo
os seus corações e ficando cada vez mais marcadas pelos pecados.
Tem sido comprovado que os 85% dos que são cristãos, tomam esta importante
decisão entre 15 e 30 anos; 4% após os 30 anos e 1% de 1 a 4 anos.
Esta estatística nos mostra como é urgente ganhar as crianças. Infelizmente
muitos não crêem na evangelização das crianças e protelam a comunicação da
mensagem.
Quantas crianças acabam sendo igrejadas e não evangelizadas!
Quem trabalha com as crianças deve ter como prioridade conduzí-las à salvação
em Cristo, pois esta é a vontade de Deus.
Não haverá ministério eficaz com as crianças sem este sentimento de urgência
quanto ganhá-las para Jesus.

Sim! Eis aí o Á-É-I-Ó-U do trabalho com as crianças, os rudimentos


básicos para ter um trabalho frutífero.

Edit 1
Acessado pelo site: FLÁVIA GRÉGIO – MINISTÉRIO COM CRIANÇAS https://flaviagregio.webnode.com.br/a%20-
%20e%20-%20i%20-%20o%20%e2%80%93%20u%20do%20trabalho%20com%20crian%c3%a7as/ em 05 de maio de 2019
às 01h40min. Editado por Kethruen Viviane Alves de Lima Marques. E-mail: [email protected] Impresso para
uso pessoal, sem fins lucrativos.

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