Semana de Mordomia 2021

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1

Deus em Primeiro Lugar


Semana de Mordomia Cristã
Departamento de Mordomia Cristã
União Nordeste de Angola - 2021

UNIÃO NORDESTE DE ANGOLA


Presidente: Pr. Teixeira Mateus Vinte
Secretário: Pr. Osvaldo Domingos Vunge
Adm. Financeiro: Pr. Burns Sibanda
Mordomia Cristã: Prazeres João

Produção Executiva: UNA


Arte e diagramação: Zerlinda Gráfica
Revisão e Adaptação: Pr Henrique Prazeres João
Impressão e Acabamento:

Impresso em Angola / Printed in Angola

SEMANA DE MORDOMIA CRISTÃ - UNA.2021 2


Introdução ................................................................................................... Pag. 3

Sábado 04 de Dezembro, Primeiro Deus ........................................... Pag.5

Domingo, 05 de Dezembro - Nos Negócios de Meu Pai


Primeiro Deus: Reservando tempo para adoração ........................ Pag.15

Segunda-feira 06 de Dezembro - As Paredes Precisam Cair


Primeiro Deus: Colocando Primeiro os Outros ............................... Pag.20

Terça-feira 07 de Dezembro - Comprados por um Preço


Primeiro Deus pelo Cuidado Pessoal ................................................ Pag.25

Quarta-feira 08 de Dezembro - Facilitadores de uma Nova Visão


Primeiro Deus pelo Ministério Pessoal .............................................. Pag.30

Quinta-feira 09 de Dezembro - Primeiro Deus: O Dia de Adoração


Primeiro Deus pela Guarda do Sábado ............................................. Pag.36

Sexta-feira 10 de Dezembro - O Negócio da Vida


Primeiro Deus pelo Reconhecimento de que Deus é o Senhor ........ Pag.41

Sábado 11 de Dezembro - Generoso mesmo quando Dói


Primeiro Deus por meio de Ofertas de Sacrifícios .......................... Pag.47

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INTRODUÇÃO
Deus em Primeiro Lugar não é apenas o título desta Semana de
Reavivamento de Mordomia, mas expressa a crença e o comportamento de
todos os que aceitam Jesus Cristo como seu Senhor e escolhem viver para
glorificá-Lo. Por essa razão, “Deus Primeiro” tornou-se um lema para o
Departamento de Mordomia da Conferência Geral e um princípio importante
em sua Orientação Estratégica.
Em tudo o que fazemos (e esta Semana de Oração não é exceção),
imaginamos as pessoas colocando Deus em primeiro lugar em suas vidas.
Portanto, esta semana de avivamento não é uma coleção aleatória de
sermões sobre mordomia. Tem o propósito de conduzir, levar as pessoas a
decidirem colocar Deus em primeiro lugar em sete aspectos cruciais de sua
vida espiritual. Como abordado durante a Santa Convocação em Agosto de
2021, o princípio Primeiro Deus é um desafio a adotar, um estilo de vida
cristocêntrico, onde Seu reino e princípios são considerados como
prioridades na vida do cidadão do reino.
Sua sequência de temas baseia-se nos sete pontos de decisão do
cartão de compromisso, que podem ser considerados etapas na jornada
para uma intimidade mais profunda com Deus. Esta jornada, feita pela fé,
deve se tornar um exercício contínuo de confiança no Senhor. Mas esses
sermões não podem ser apenas pregados. Eles precisam ser vividos pelo
pregador antes que possam ser ensinados com autoridade para a
congregação.
Como integridade é uma virtude importante para um pregador,
qualquer pecado na vida cristã em geral, ou nas áreas abordadas pela
Semana de Oração em particular, devem ser confessados a Jesus antes que
o apresentador possa convidar as pessoas a decidirem por Jesus. Nenhum
púlpito ou plataforma de igreja pode conferir autoridade espiritual a um
pregador, a menos que essa pessoa tenha sido limpa e justificada por Jesus,
aceitando Sua morte em seu lugar pela fé. Como qualquer evangelista bem
sabe, não basta apresentar a verdade. Também deve haver uma chamada à
ação, para tomar uma decisão.

Então, se você vai pregar esses sermões, ore para que este chamado
se torne efetivo pela ação do Espírito Santo, primeiro em seu próprio coração
e depois no coração dos participantes. Ore para que você possa tornar-se o
porta-voz de Jesus, pedindo às pessoas que desenvolvam intimidade com
Ele por meio de cada um destes sete compromissos.

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Como pensamento final, gostaria de agradecer primeiro a Aniel
Barbe, Director Associado da Mordomia cristã da Conferência Geral e editor
da revista “Dynamic Steward” e principal contribuidora da Semana de
Reavivamento de Mordomia, por investir tanto tempo e energia na
preparação deste útil recurso. Nossa gratidão também vai ao Dr. Peter
Landless, Diretor dos Ministérios de Saúde da Conferência Geral, por
escrever o terceiro sermão sobre saúde.

Este sempre será um tema importante para Mordomia, porque


avivamento, não ocorrerá se não haver reforma em nossos hábitos físicos.
Que o Senhor use este recurso e sua vida como instrumento nas Suas mãos
para a salvação do povo!

Marcos Faiock Bomfim


Director de Mordomia – Conferência Geral

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SÁBADO 04 DE DEZEMBRO -TEMA: PRIMEIRO DEUS

Leitura Bíblica:

“Mas, buscai primeiro o reino de Deus, e a sua justiça, e todas estas coisas
vos serão acrescentadas” (Mateus 6:33).

Há seis (6) pontos de táxi que chamam a minha atenção na cidade de Luanda
devido a quantidade de pessoas que afluem estas paragens tanto de manhã
cedo, como às tardes. São elas: Desvio do Zango, Ponte Amarela de Viana,
Ponte Azul de Cacuaco, Benfica e Congolenses. É surpreendente o
aglomerado de pessoas que afluem esses pontos com o objectivo de
dirigirem-se para seus locais de trabalho ou suas casas, depois da jornada
laboral.

Logo pela manhã, é gente subindo e gente descendo. Todos envolvidos num
movimento frenético. Assim se faz o cenário diário nas ruas da cidade de
Luanda. Cada um busca o que acha ser prioritário para a vida. Muitas delas,
acreditam que a vida resume-se neste corre corre e, que o mais importante é
ganhar o pão, suprir as necessidades pessoais e viver o melhor possível.

Será! Seria o ganho do pão diário o mais importante na vida? Ora, para
aqueles que têm Cristo e Seus princípios como parte de suas vidas, ainda que
o pão diário seja importante, a Bíblia nos diz que existem coisas de maior
prioridade. A Bíblia ensina que a vida do ser humano não se resume apenas
em comer, beber ou vestir, há coisas de maior valor e portanto devem ser
prioritárias. O próprio Cristo afirmou:

“Mas, buscai primeiro o reino de Deus, e a sua justiça, e todas estas coisas
vos serão acrescentadas” (Mateus 6:33).

Primeiro facto, vale apenas notar que grupo de pessoas Cristo dirigiu
essas palavras. Na sequência dos eventos segundo o evangelho de Mateus, o
sermão da montanha (Mateus 5-7) foi pregado a pessoas que já aceitaram a
Cristo como Salvador e o estão seguindo. Eles são a luz do mundo e o sal da
terra (ver Mat. 6:13-14); por isso, podem dirigir-se a Deus como Pai (ver Mat.
6:9). Em nossos dias diríamos que Cristo está pregando a pessoas
comprometidas. À aqueles que publicamente expressaram sua fé em Deus
por meio do baptismo.

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O cristianismo distingue-se das outras religiões por ser uma religião
que imprime nos seus seguidores valores e qualidades que o tornam único
na sociedade. Não deveria ser difícil identificar o cristão. Jesus e Sua
filosofia de vida não nos tornam apenas distintos, mas exclusivos num
mundo relativista.

Sendo assim, Buscar primeiro o reino de Deus e Sua justiça, ou seja,


buscar primeiro Deus, o pilar da Mordomia cristã não é apenas uma teoria
proferida por Cristo, mas a Sua marca em Seus seguidores. É a marca do
Criador e Redentor nas Suas criaturas. Criaturas que por meio deste
princípio têm o privilégio de viver “celestialmente” ainda que fisicamente
residem nesse mundo.

Segundo facto, o texto começa com uma conjunção adversativa “mas”


que nos repete para o pensamento ou as palavras anteriores de Cristo. E qual
é o pensamento de Cristo nos versos anteriores? Ora, o contexto imediato
nos diz, que segundo Cristo, andar inquieto ou preocupado a respeito do que
comer, beber ou vestir é um estilo de vida dos gentios, dos pagãos, daqueles
que não confiam e nem conhecem a Deus (ver Mat. 6:31-32). Ou seja, Cristo
está contrastando duas ideias, enquanto os que não conhecem a Deus vivem
buscando primeiro essas coisas, os Seus filhos porque O conhecem e
relacionam-se com Ele, têm como preocupação primária buscar o reino de
Deus, buscar as coisas eternas, coisas que trazem valores existencial a vida,
mesmo quando as coisas eternas colidem com todas estas coisas
terrestres.

Viver preocupado com as necessidades básicas da vida como comer,


beber, vestir, etc, ao ponto de trocar a ordem das prioridades, colocando
Deus, Seu reino em segundo plano não é divino. Não é o estilo de vida
celestial. De facto! A vida hoje é cheia de preocupações. Cada dia, crescem as
nossas preocupações. O dinheiro não chega, a casa deve ser mais bonita,
precisamos aumentar mais os nosso níveis académicos, formar uma família,
buscar o emprego, ter um carro, construir a nossa casa, pagar as propinas
dos filhos, etc. Ora, todas essas coisas são boas e não há problema algum em
buscá-las, mas por mais que sejam belas, elas não devem ter primazia ao
reino de Deus, ao nosso relacionamento diário com Deus.

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Um exemplo típico de como podemos trocar as prioridades, é quando
deixamos de comparecer à presença de Deus às manhãs, na primeira hora
do dia porque precisamos chegar cedo no trabalho, na escola ou em outros
compromissos da vida. Ao começar o dia, o filho de Deus, a pessoa que se
prepara para o reino dos céus, deve primeiramente ir à presença de Deus. O
primeiro pensamento, suas primeiras imaginações devem estar volvidas
para o alto, para à direcção celestial. Garantir a nutrição espiritual pessoal e
familiar antes mesmo que a cabeça esteja cheia de programas e
preocupações da vida diária deve ser a nossa preocupação primária diária.

Terceiro facto, o que significa Buscar Deus em primeiro lugar? Bem


de forma explícita, esse texto não tem uma resposta para nós, mas
analisemos o seguinte: “o Senhor disse que precisamos buscar “primeiro”.
Ora se existe primeiro, obviamente existe o segundo, terceiro e etc. Então,
isso leva-nos a considerar o seguinte:

O QUE CRISTO NÃO ESTÁ A DIZER NESTA PASSAGEM?

Nesta passagem, Cristo não está a dizer que devemos apenas buscar
o Reino de Deus, mas que Seu reino deve-se buscar em primeiro lugar; ou
seja, as outras coisas não devem ocupar o primeiro lugar, este deve ser
exclusivo para Deus. O erro não está em buscar estas coisas, mas em buscá-
las em primeiro; Embora, precisamos delas, na agenda do cidadão do reino,
estas coisas devem estar em segundo plano.

Cristo também não está nos dando a promessa de que teremos tudo
que quisermos. O contexto nos indica que é o necessário para a vida diária.
Jesus menciona, água, pão e vestes. Ora, estas coisas para o tempo bíblico
eram primordiais para a vida humana e continuam sendo hoje. As
necessidades básicas podem variar, mas temos aqui a promessa bíblica de
que enquanto tivermos Deus, Ele cuidará de nós, as outras coisas nos são
garantidas.

Essa passagem também não diz que teremos as coisas no nosso


tempo. Buscar primeiro Deus não é uma promessa de que teremos as coisas
no tempo que pensamos. Para uma sociedade imediatista e que está sempre
vivendo pela vista e não pela fé como a nossa,

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o pior erro que podemos cometer é pensar que Deus fará as coisas no
nosso tempo. No Seu tempo e a Seu jeito, Deus prometeu fazer as coisas, e se
for o impossível quando for necessário; Ele também fará. Ou seja, o milagre
de Deus ocorrerá. enquanto isso, nossa vida deve ser de constante oração,
dependência e submissão a Deus pela fé de que no Seu tempo Ele cuidará
daqueles que O buscam em primeiro lugar.

Por isso David ao aprofundar sua relação com Deus, ao conhecê-Lo e


ser íntimo de Deus, declarou confiantemente: “O Senhor é o meu Pastor e de
nada tenho falta” (Sl. 23:1-NVI). David percebeu que o que precisamos é ter
Deus, pois com Ele, temos todas as outras coisas. Salmos 23, Mateus 6:33
juntas, essas passagens descrevem um Deus que nos diz: “Preocupe-se com
as minhas coisas e Eu tomarei conta das tuas necessidades.” Elas convidam-
nos a desenvolver uma parceria relacionar com Deus. Em outra passagem, o
velho David afirmou: “fui moço, e agora sou velho; mas nunca vi desamparado
o justo, nem a sua semente a mendigar o pão” (Sl. 37:25). Com que ousadia
David podia falar isso? Muito simples com a mesma ousadia de Cristo em
Mateus, pois “Os filhos dos leões necessitam e sofrem fome, mas àqueles
que buscam ao SENHOR bem nenhum faltará” (Sl. 34:10).

Então, o que significaria buscar primeiro o reino de Deus? É curioso


que a palavra buscar que Cristo usa neste verso traduz a palavra Grega
“zēteō” que neste mesmo sermão, Cristo usa novamente em Mateus 7
quando nos diz: “Pedi, e dar-se-vos-á; buscai, e encontrareis; batei, e abrir-
se-vos-á” (Mat. 7:7). Cristo está a referir-se à uma busca incessante, um
esforço diário da parte daquele que deseja ter os frutos da graça manifestos
na sua vida. Isso, não é salvação pelas obras, mas o fruto de uma nova visão
que resulta da manifestação da graça em nossos corações. Porque
entendemos a graça que nos foi manifesta, como Jacó lutamos, suplicamos,
não O deixamos partir sem que Ele “o Anjo do Senhor” nos conceda a benção
de ter o carácter reflectido em nós.

Essa luta, busca incessante e com toda dedicação desdobra-se no


contacto direito que temos com Ele, onde O conhecemos melhor e passamos
também a nos conhecer melhor, percebendo o contraste entre o nosso
carácter pecaminoso e o dEle que é santo. Essa atmosfera de Sua presença
nos envolverá e nos fará perceber que nada nessa vida é melhor e pode ser
digno de nossa atenção que a assunção do carácter divino.

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experimentamos isso, a busca pelo reino torna-se permanente e
constante, firme e incessante. Nós refletiremos um estilo de vida contrário
ao mundano, não podemos ser reconhecíveis pelo mundo. Isso não quer
dizer que seremos estranhos ou esquisitos, mas opostos a forma de viver do
mundo. Seremos simplesmente a projecção de Cristo numa sociedade sem
Cristo.

QUARTO FACTO, COMO BUSCAR PRIMEIRO DEUS E SEU REINO?

No evangelho de Mateus há dois reinos dos céus: o visível e o invisível.


Este último prepara-nos para receber o visível, e foi inaugurado com a
primeira vinda de Cristo (ver Mc. 1:14-15). Este é o reino da graça que todos
precisamos receber e deixar transformar nossas vidas. Tudo começa com a
aceitação da salvação. Esta graça salvífica deve nos transformar por meio da
comunhão e o testemunho diário.

Desta feita, buscar primeiro Deus começa com a aceitação da Cruz e


consequentemente ao contemplar diariamente o amor de Cristo expresso na
cruz somos transformados à Sua Semelhança tornando-nos cidadãos do
Seu reino.

Ademais, é um privilégio relacionar-se com Deus. Esse


relacionamento deve ser mantido diariamente por meio da comunhão
pessoal. Mas não pode ser a qualquer hora do dia.
princípio Primeiro Deus nos diz que dever ser na primeira hora do dia. Assim
como Cristo fez, devemos fazer nós também. Como Ele viveu, devemos viver
também. Como buscou primeiro fazer a vontade de Deus, assim devemos
buscar também. Abaixo, estão sete passos de como podemos de maneira
prática, buscar primeiro Deus diariamente.

De maneira prática, comece por estabelecer um tempo (exemplo 25,


30, 45 minutos ou uma hora) para estar com Deus. Segundo, determine que
horas passará a acordar (antes mesmo do culto familiar matutino) para
estudar a palavra de Deus e ter um momento de oração. Terceiro, defina
também um lugar. Quarto, quebre tudo que lhe possa distrair durante esse
momento. Exemplo: desligar o telefone, ou qualquer outro objeto que o
distrai durante esse momento de intimidade com Deus.

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QUINTO, depois de meditar na Bíblia, busque saber a vontade de Deus
por meio do que leu. Medite no texto, não saia da presença de Deus sem
entender a mensagem de Deus pra você por meio da leitura bíblica. Sexto,
para o momento de oração, tenha uma agenda de oração. Ore pelos pedidos
pessoais, familiares, da igreja local e global, do país e do mundo. Dedique
tempo para intercessão por amigos, pelos pais, pela igreja, pela liderança
eclesiástica e civil, etc. Sétimo, busque ser consistente. Consolide este
hábito na tua vida.

Seria isso, o tudo de nossos deveres diários? Obviamente que não!


Esta é a agenda da primeira hora ou dos primeiros minutos do dia, mas não
quer dizer que terminamos aí. De acordo a Bíblia, Daniel orava três vezes,
Ellen G. White nos diz que “Ninguém, sem oração, se encontra livre de perigo
durante um dia ou uma hora que seja. — O Grande Conflito, 530. Ou seja, urge
a necessidade de termos outros momentos de intimidade com Deus durante
o dia, o mínimo é fazermos o que Daniel fazia: ter três momentos diários e
contínuos com Deus, a saber: de manhã (primeira hora do dia), de tarde e a
noite. Não podemos resistir esse mundo e suas tentações com apenas um
momento de intimidade com Deus. Precisamos de mais. Nossa oração deve
ser, Senhor faça-me como o Senhor e isto não pode ser momentâneo.

Podemos pedir que outros orem por nós, mas melhor do que isso, é
nós dirigir individualmente à Deus em oração, expor nossos problemas,
nossos desejos, anseios, sonhos e medos. O melhor momento de fazer isto, é
na primeira hora do nosso dia.

Precisamos andar na presença de Deus constantemente, não apenas


quando estamos em meditação, mas em nossos escritórios, com nossos
amigos, familiares em outros círculos sociais. Um dos meus hinos favoritos
do Hinário Adventista, é o hino 21. Gosto de cantá-lo pela manhã. Para mim
ele descreve os passos de como consolidar nosso relacionamento com Deus
diariamente. Note a letra:
1ª Estrofe
Bem de manhã, embora o céu sereno. Pareça um dia calmo anunciar, Vigia e ora;
o coração pequeno. Um temporal pode abrigar.

2ª Estrofe
Ao meio-dia, quando os sons da Terra. Abafam mais de Deus a voz de amor,
Recorre à oração, evita a guerra, E goza paz com o Senhor.

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3ª Estrofe
Ao fim do dia, após os teus lidares, Relembra as bênçãos do celeste amor, E
conta a Deus prazeres e pesares, Deixando em Suas mãos a dor.

4ª Estrofe
E sem cessar, vigia a cada instante, Que o inimigo ataca sem parar; Só com
Jesus, em comunhão constante, Pode o mortal ao Céu chegar.
Coro
Bem de manhã, e sem cessar; Vigiar sim, e orar.

A PRIMEIRA ESTROFE DO HINO nos convida a ir à presença de Deus logo pela


manhã, logo que acordamos. A segunda, convida-nos a irmos à Sua presença
ao meio dia, ou seja, depois de nos familiarizarmos com as preocupações,
não se esqueça de Deus. Ele melhor do que ninguém pode fornecê-lo uma
visão melhor da vida e dos problemas. Portanto, busque-O em oração e
estudo da Bíblia ou espírito de profecia.

A TERCEIRA ESTROFE, chama a nossa a atenção a ter um outro momento


antes do adormecer com Deus. É um convite para o culto vespertino. Nele,
relembramos os pesares e as alegrias do dia na presença de Deus, ouvindo-
Lhe a voz por meio da Bíblia e nos deitarmos em paz. Quando pensamos que
tudo terminou, SURGE A QUARTA ESTROFE para nos orientar, que a busca
não é uma luta de um dia apenas, mas da vida toda. Ou seja, “sem cessar, vigia
a cada instante, que o inimigo ataca sem parar. Só com Jesus, em comunhão
constante, pode o mortal ao Céu chegar.” Que benção! Que privilégio! Você
pode dizer. Mas isso não pode ser apenas sonho, desejo, querer, isso precisa
ser real na vida de todos. Este é o ideal de Deus para Seus filhos na terra.
Pense um pouco, quem seríamos como cristãos se adotássemos esse estilo
de vida?

QUINTO FACTO, se devemos buscar primeiro o reino de Deus, a assunção que


temos a partir desta declaração é que Ele é Rei, portanto soberano. Assim, o
princípio “Primeiro Deus”, é um convite a ceder o lugar central da vida a
Jesus. Ele não pode ser apenas o Rei do Universo, mas de nossas vidas
igualmente. Isso não é uma imposição, mas um convite de relacionarmo-nos
amigavelmente com nosso Deus submetendo tudo em resposta de Seu amor
manifesto na cruz do calvário. Ele já é o Salvador do mundo, mas quer
também ser o teu e o meu Salvador, e de forma amigável habitar no teu e
meu coração.

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SEXTO FACTO, DEVEMOS BUSCAR “SUA JUSTIÇA.”
Geralmente, pouco se aborda sobre a justiça do reino. Note, o reino é de Deus
e a justiça de igual forma. Essa é a justificação salvífica que nos habilita a
entrar no reino mesmo que indignos. Ela é alcançada pela graça através da fé
no sacrifício de Cristo. Como escreveu alguém: “Esse reino e essa justiça não
são intrinsecamente nossos, frutos de nossas próprias virtudes; mas são de
Deus, pertencem a Ele e é Ele quem nos concede graciosamente esses
dons.”
Um outro escritor cristão disse que “aqueles que recebem de Deus a
dádiva de seu Reino e sua justiça, se tornam muito ativos em seu novo
princípio de vida. Ele explica que aqueles que reconhecem Deus como Rei de
suas vidas trabalham com muito empenho, não por meio de algo que haja em
si próprios, mas através do poder que lhes está sendo constantemente
fornecido pelo Espírito Santo.”

Sendo assim, a justiça divina, não tem apenas um efeito salvífico, mas
santificador também. Ela imprime em nós o carácter santo do reino nos seus
cidadãos. Assim a justiça do reino desenvolve nos seus cidadãos a santidade
de coração e pureza de vida que Deus exige daqueles que professam ser
súditos do reino.
No sermão da montanha, Cristo fala de aspectos práticos da vida
cristã. Nossas obras, nosso estilo de vida devem refletir os frutos da justiça
de Cristo. A prática do amor, honestidade, fidelidade, integridade,
benignidade, domínio próprio, temperança, ser pacífico, bondoso e manso
em nossas relações e transações serão visíveis.

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Em nosso mundo, falar a verdade se tornou situacional, ou seja, relativo. A
integridade tornou-se escasso e o amor um fracasso, mas para o cidadão do
reino estes princípios não devem ser uma opção, mas uma realidade.

Buscar primeiro o reino de Deus e sua justiça, resumido no princípio


“Primeiro Deus” é um convite a evidenciar que esse mundo não está nas
mãos de Satanás e que embora o mau pareça ser em proporção maior que o
bem, Deus está no Seu trono e portanto Ele está no controle de tudo ainda.
Por isso ainda que persuadidos à corrupção, decidimos fazer o quê é certo,
ainda que impelidos a mentir, preferimos ser íntegros, entregando tudo nas
Suas mãos. Note como Ellen G. White parafraseia está bendita promessa de
nosso Deus:

“Só são verdadeiramente abençoados aqueles cuja principal


preocupação é assegurarem as bênçãos que nutrem a alma e perduram para
sempre. Diz-nos nosso Salvador: “Buscai primeiro o reino de Deus, e a sua
justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas.” Mateus 6:33. Deus
tem cuidado de nós, mesmo de conceder-nos Suas bênçãos temporais.
Nosso bem terrestre não está abaixo da atenção de nosso Pai celestial. Ele
sabe que necessitamos destas coisas. ... O sorriso de Deus sobre nossos
esforços vale mais que qualquer rendimento terreno. – Nossa Alta Vocação,
pág. 192

“Os bens diários têm mais sabor quando temperados com o Seu
amor.” Nossa Alta Vocação, pág. 192

Cada livramento, cada bênção concedida no passado por Deus a Seu


povo, deve ser conservada fresca na galeria da memória como seguro
penhor das novas e mais ricas e abundantes bênçãos que Ele concederá. —
Manuscrito 65, 1912.
CONCLUSÃO

Mateus 6:33 é o “sistema de segurança social de Deus,” a fórmula


divina para viver a vida do céu, mesmo estando na terra. Essa é a
essência da vida cristã. Primeiro Deus não é um conselho, mas uma
orientação que deve ser prontamente obedecida. Primeiro Deus não é
apenas um “slogan bonito de se dizer”, mas uma norma que deve
caracterizar a vida dos seguidores de Cristo.

SEMANA DE MORDOMIA CRISTÃ - UNA.2021 14


É a marca que distingue o cidadão celestial embora ainda tenha que viver
nesta terra. Por meio deste princípio, evidenciamos que mais do que
angolanos somos cidadãos celestiais, mais do que almejar uma vida boa
nesse país, marchamos para um lugar melhor onde viveremos de uma
maneira melhor. Por meio deste princípio, mostramos que mais do que pagar
impostos estaduais estamos comprometidos com o reino de Deus nessa
terra e não medimos esforços físicos ou financeiros, mentais ou espirituais
para o avanço do Seu reino.

Que esta seja a nossa oração, nosso desejo e estilo de vida. Que
aprendamos a dedicar nossas vidas inteiras a Deus, preparando-nos para
vivermos no lugar que Ele está preparando. Amém!

Elaborado por:
Prazeres Henrique João
Departamental de Mordomia – União Nordeste de Angola

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DOMINGO 05 DE DEZEMBRO TEMA: NOS NEGÓCIOS DE MEU PAI
PRIMEIRO DEUS: RESERVANDO TEMPO PARA ADORAÇÃO
Leitura Bíblica: Lucas 2:41-49
Era comum nos tempos bíblicos um filho para aprender e dar
sequência com o negócio de seu pai. Se seu pai fosse pescador, um ferreiro,
um carpinteiro, um fazendeiro ou um padre, então era mais provável que
você se tornaria um. As coisas mudaram muito hoje. Meu pai era um chefe de
cozinha e não tenho orgulho de dizer que só sei fritar ovos, preparar uma
massa rápida, e uma mistura de salada. Graças a Deus, não foi assim com
Jesus; Ele estava comprometido com o negócio de Seu Pai. Lemos em Lucas
2:
“E ele lhes respondeu: Por que é que me procuráveis? Não sabíeis que me
convém tratar dos negócios de meu Pai?” (Lucas 2:49, RA)

Na visão de Jesus, fazer o negócio de Seu Pai não era opcional; era um dever
que Ele desejava cumprir. Jesus ficou em Jerusalém por três dias para fazer
o trabalho de Seu Pai. O que podemos aprender está atitude de Jesus, um
menino de apenas 12 anos?

NOS NEGÓCIOS DE MEU PAI


É interessante notar que a palavra “Negócio” não está presente no texto
original. Foi adicionado por tradutores para trazer um significado mais claro
para as palavras de Jesus. Caso contrário, o texto seria “no do meu pai.”
Baseando-se no contexto, os tradutores acharam adequado adicionar a
palavra "negócio/coisas": "nas(os) (coisas/negócios) de meu pai." Esta
adição leva a duas traduções possíveis: “Nos negócios de meu Pai” ou “ Na
casa do meu Pai”.
Geralmente, as traduções que usam "nos negócios de Meu Pai” focam
as ações em que Jesus estava envolvido. Já as traduções que usam "Na casa
do meu Pai”focam-se no lugar onde Jesus passou os três dias. Desta feita,
para uma compreensão mais completa da expressão "Negócios de meu Pai"
precisamos reter os dois significados: Jesus estava na casa de Seu Pai,
fazendo negócios de Seu Pai.
Sentado, Ouvindo e Perguntando
Quando pensamos no jovem Jesus fazendo Negócios de seu Pai,
geralmente pensamos Dele respondendo a perguntas e compartilhando Seu
conhecimento com os sacerdotes e outros ouvintes. No entanto, este
episódio do menino Jesus de doze anos no templo oferece uma descrição
mais abrangente de Jesus cuidando dos negócios de Seu Pai. Lemos em
Lucas 2:

SEMANA DE MORDOMIA CRISTÃ - UNA.2021 16


“E aconteceu que, passados três dias, o acharam no templo,
assentado no meio dos doutores, ouvindo-os, e interrogando-os. E todos os
que o ouviam admiravam a sua inteligência e respostas” (Lucas 2:46-47, RA).

O versículo 47 fala sobre as ações de Jesus: Ele estava


compartilhando Seu conhecimento e respondendo perguntas. No entanto, a
descrição de Jesus fazendo o negócio do Seu Pai começa com o versículo 46.
Lucas emprega outro grupo de verbos: sentar, ouvir e perguntar, não ensinar
e responder. Ele estava sentado mais do que trabalhando? Ouvindo mais do
que falar? Perguntar mais do que responder?

Nós não sabemos. Mas tudo isso fazia parte de fazer o negócio do Seu
Pai. Era um pacote completo.

Fazer os negócios do Pai tem dois componentes: agindo em nome do


Pai e estar na presença do Pai. Normalmente, quando falamos sobre agir em
o nome do Pai, nos referimos ao ensino, pregação, cura e doação. Contudo, é
um convite a estar na presença do Pai sentado, ouvindo e perguntando.

SENTADO
Esta palavra transmite a ideia de observar, contemplando e
meditando sobre o que estava acontecendo ao seu redor. Ellen G. White
comentando sobre essa postura de Jesus escreve: “Silencioso e absorto, Ele
parecia estar estudando um grande problema. o mistério de sua missão
estava se abrindo para o Salvador ... arrebatado na contemplação dessas
cenas, Ele não permaneceu ao lado de seus pais. Ele procurou estar sozinho”
(O Desejado de Todas as Nações, p. 55). Essa postura não é popular no mundo
contemporânea. Hoje precisamos lidar com pessoas ocupadas, oradores
eloqüentes e pessoas cercadas ou seguidas por multidões.

Nossos valores são tão diferentes dos de Jesus! Ele sentou-se em


silêncio, absorto na meditação, sozinho com o Seu Pai. Ele fez o Negócio do
Seu Pai não de forma apressada, mas primeiro se sentando. Sentado, quieto,
ou estando quieto em Sua presença, é um elemento essencial para fazer o
negócio do Pai. O profeta Habacuque nos convida a participar desta
experiência nessas palavras: “Mas o SENHOR está no seu santo templo;
cale-se diante dele toda a terra” (Hab. 2:20, RA). Lemos em Salmos:
“Aquietai-vos, e sabei que eu sou Deus” (Sl. 46:10, RA).

SEMANA DE MORDOMIA CRISTÃ - UNA.2021 17


OUVINDO
Jesus também fez os negócios de Seu Pai investindo tempo ouvindo
os ensinamentos dos escribas e doutores da lei. O verbo "ouvir" implica a
intenção para compreender e aprender, não apenas para ouvir o que foi dito.
Naquela época, uma câmara do templo era separada para aprendizagem
pública. Alguns alunos sentavam-se em um banco baixo e o mais novo no
chão, literalmente "aos pés" de seu instrutor. Aos 12 anos de idade,
provavelmente era onde Jesus estava sentado. Ellen White descreve sua
atitude nestas palavras: “Jesus se apresentou como alguém sedento por um
conhecimento de Deus ”(Desejado de Todas as Nações, 55).

Jesus como a Palavra da vida e como a sabedoria encarnada estava


deixando um exemplo para todos os Seus seguidores: “estar sedento por um
conhecimento mais profundo de Deus.” Estamos nós ouvindo e anseiando
por um conhecimento mais profundo de Deus ou estamos satisfeitos com um
raso e superficial conhecimento adquirido anos atrás?

Lucas 11nos fala sobre o ponto principal que Jesus estava buscando
enfatizar ao contar a parábola dos dois construtores, onde um construiu na
areia e o outro construiu na rocha. "Mas ele disse: Antes bem-aventurados
os que ouvem a palavra de Deus e a guardam” (Lc 11:28, RA). Ouvir e praticar a
palavra de Deus, foram os dois critérios usados por Jesus para distinguir
entre o sábio e o tolo. O livro de Apocalipse começa falando sobre a
importância de ouvir a palavra de Deus à medida que nos aproximamos do
fim dos tempos: “Bem-aventurado aquele que lê, e os que ouvem as palavras
desta profecia, e guardam as coisas que nela estão escritas; porque o tempo
está próximo” (Apocalipse 1: 3, RA).

PERGUNTANDO
Aquele que faz perguntas geralmente está buscando um
conhecimento e um olhar mais profundo para melhor esclarecimento ou
compreensão. Perguntar é uma forma de buscar um aprendizado maior.
Ellen G. White comenta o seguinte sobre a natureza de Perguntas de Jesus:
“Como alguém que buscava por sabedoria, Ele questionou estes professores
em relação as profecias e os eventos que estavam ocorrendo e apontavam
para o advento do Messias ”(Desejo de Idades, p. 55).

SEMANA DE MORDOMIA CRISTÃ - UNA.2021 18


Deus está nos convidando para entrar em um relacionamento mais
profundo com Ele. Lemos em Jeremias, “Clama a mim, e responder-te-ei, e
anunciar-te-ei coisas grandes e firmes que não sabes” (Jeremias 33:3, RA). A
experiência do profeta Daniel, escolhido logo após Jeremias, nos diz como
Deus se compromete a responder as nossas perguntas quando ousamos
perguntar. Daniel disse: "Estando eu, digo, ainda falando na oração, o homem
Gabriel, que eu tinha visto na minha visão ao princípio, veio, voando
rapidamente, e tocou-me, à hora do sacrifício da tarde. Ele me instruiu, e
falou comigo, dizendo: Daniel, agora saí para fazer-te entender o sentido”
(Daniel 9: 21-22).

Pergunte, diz Deus, e eu revelarei Meus mistérios para você. Hoje,


precisamos de clareza sobre o tempo em que estamos vivendo, como fez
Daniel. Como podem os eventos acontecendo ao nosso redor fazer sentido?
Peça a Deus e Ele o fornecerá uma visão e compreensão. Aos doze anos, no
templo de Jerusalém, Jesus primeiro escolheu sentar-se, ouvir e perguntar.
É assim que Ele fez o negócio do Seu Pai.
BUSCANDO SUA PRESENÇA
O que poderia ter motivado Jesus, um adolescente de 12 anos para
permanecer em Jerusalém, enquanto seus pais e amigos voltavam para
Nazaré? Ele preferiu perder a diversão e a camaradagem da jornada para
que Ele pudesse estar no templo, mas não tem sido assim conosco, nós
reclamamos tão facilmente de perder tempo, principalmente quando se trata
de ter que colocar de lado nossas diversões para passar algumas horas na
igreja ou estar na presença de Deus. Entender que a escolha que Jesus fez
continua sendo a melhor. Diz o salmista: “Porque vale mais um dia nos teus
átrios do que mil. Preferiria estar à porta da casa do meu Deus, a habitar nas
tendas dos ímpios” (Sl. 84:10, RA).

De acordo com este salmo, o templo era o lugar de escolha, não por
causa dos mármores finos e pedras preciosas, mas porque era a "morada do
Senhor Todo-poderoso ”(v.1). Jesus ansiava pelo presença de Deus, para
intimidade com o Seu Pai. Foi por isso que permaneceu em Jerusalém. Salmo
84 usa outra imagem, uma imagem gráfica, para justificar a escolha de estar
no templo de Deus: "Que, passando pelo vale de Baca, faz dele uma fonte; a
chuva também enche os tanques” (v. 6).

SEMANA DE MORDOMIA CRISTÃ - UNA.2021 19


Baca era um vale perto de Jerusalém - e Baca também significa o
lugar de choro. Aqueles quem têm experiência no templo são com
empoderados para transformar realidades, até mesmo duras realidades,
tanto nas suas vidas pessoais como na vida de outras pessoas. Suas ações
são comparadas a fontes refrescantes e chuvas de outono que trazem uma
nova vida. As pessoas estão chorando por causa dos desafios da vida, perdas
e doenças. Aqueles que sentam, ouvem e perguntam são uma fonte de
conforto, encorajamento, esperança e inspiração. Esta foi a missão de Jesus
e é a nossa missão também.
CONCLUSÃO
Jesus estava envolvido em fazer o trabalho/negócio de Seu Pai por
meio de ensino, pregação, servindo e oferecendo a Si mesmo. Isto é uma boa
descrição de sua vida pública, mas não é uma imagem completa dele fazendo
o negócio de Seu Pai. Ele também sentou, ouviu, e perguntou. Esta foi a base
para seu ministério e serviço abnegado. Jesus nos mostra que para cumprir
os negócios de nosso Pai, devemos primeiro sentar, escutar e comungar com
o Pai. Quanto mais contemplamos, ouvimos e oramos, mais somos
transformados na imagem do Pai. Que este seja a nossa experiência ao longo
dessa Semana onde estudamos sobre a essência da vida cristã: “Primeiro
Deus.” Deus abençoe você.

SEMANA DE MORDOMIA CRISTÃ - UNA.2021 20


Segunda-feira 06 de Dezembro - Tema: As Paredes Precisam Cair
Primeiro Deus: Colocando Primeiro os Outros
Leitura Bíblica: Lucas 19:1-9

A história de Zaqueu de Jericó é uma história de paredes caídas.


Lucas 19: 1-8 fala sobre como as paredes de separações na vida de Zaqueu
foram quebradas, e como as relações entre ele e Deus e entre ele e os outros
foram restauradas. Sua história é cheia de instruções para qualquer pessoa
que aspira por relacionamentos melhores.
ZAQUEU E A CIDADE FORTIFICADA
Zaqueu vivia em uma cidade antiga, a primeira cidade conquistada
depois que Josué e os israelitas haviam cruzado o rio Jordão. Era um lugar
histórico. A cidade estava mais uma vez habitada durante a época de Zaqueu.
Herodes, o Grande, havia estabelecido uma residência de inverno em Jericó,
e ele morreu lá no ano 4 aC. A cidade era um pólo econômico regional devido
à produção de tâmaras, vinho, especiarias e perfumes.

A estratégica localização da cidade, no meio da antiga Palestina, as


rede de estradas, foram responsáveis por grande parte de sua popularidade.
Comerciantes, soldados e peregrinos passariam através de Jericó, e Zaqueu,
um cobrador de impostos, levou vantagem desta situação. É assim que o
Evangelho de Lucas apresenta Zaqueu:

“E eis que havia ali um homem chamado Zaqueu; e era este um chefe
dos publicanos, e era rico”(Lucas 19:2, RA).

Seu nome revela que ele era de origem judaica, mas por profissão, ele
era um oficial romano. Isso o colocou em uma posição ambígua e difícil.
Judeus consideravam ele um traidor e o odiavam. Ele não tinha permissão
para participar da vida comunitária da sinagoga local.

Ele foi excluído tanto social como religiosamente. Por que uma
pessoa suportaria tal rejeição? A resposta pode ser encontrada na última
descrição de Zaqueu: ele era um "homem rico. Ele sacrificou seus
relacionamentos sociais por causa de dinheiro e posses materiais.
Aparentemente, Zaqueu teve sucesso em sua carreira e em seu objetivo de
ser rico.

SEMANA DE MORDOMIA CRISTÃ - UNA.2021 21


Ele subiu ao posto principal como coletor de impostos. Ele era o grande
Zaqueu. Com toda essa riqueza e sucesso, nós esperaríamos que Zaqueu
fosse feliz. No entanto, parece que algo estava ausente em sua vida. Ele
queria preencher o vazio que ele sentia por dentro. Nós lemos nos versos
subseqüente:

E procurava ver quem era Jesus, e não podia, por causa da multidão,
pois era de pequena estatura. E, correndo adiante, subiu a um sicômoro para
o ver; porque havia de passar por ali” (Lucas 19:3-4, RA).

Ellen G. White explica o desejo de Zaqueu para ver Jesus nestas


palavras: “No entanto, o rico funcionário da alfândega não era o homem mais
endurecido do mundo como parecia. Abaixo da aparência de mundanismo e
orgulho estava um coração suscetível a influências divina... O principal dos
publicanos ansiava por olhar para o rosto dAquele cujas palavras trouxeram
esperança ao seu coração ”(O Desejado de Todas as Nações, pp. 477- 478).

Seu dinheiro e riquezas não podiam levar longe sua desesperança.


Zaqueu estava aspirando por um relacionamento maior do que aquele que
ele tinha com as coisas materiais. De acordo com o texto acima, Zaqueu teve
que superar dois obstáculos para estabelecer este novo relacionamento: sua
pequenez e a multidão densa e hostil. Relações de qualidade sempre vêm
com um custo, para Zaqueu, era correr e escalar a árvore.
JESUS, O PUXADOR DE PAREDES
As paredes de Jericó caíram séculos atrás quando Josué e seu
exército caminharam em torno deles por sete dias. Nós podemos supor que
Zaqueu derrubou algumas paredes em sua própria vida, paredes tais como
analfabetismo e pobreza. No entanto, a parede relacionar ainda era espessa
e alta, sem esperança de cair. Ele não gozava de um relacionamento com
qualidade nem com pessoas ao seu redor e nem com Deus. Estar na árvore
de sicômoro foi um bom ponto de partida, mas não foi o suficiente para
derrubar a parede que separou Zaqueu dos outros. A visita de Jesus a Jericó
marcaria um ponto de virada.

Zaqueu pretendia estabelecer um relacionamento distante e


impessoal com Jesus do topo de sua árvore. Mas jesus tinha uma oferta
melhor para ele no versículo 5 lemos:

SEMANA DE MORDOMIA CRISTÃ - UNA.2021 22


“E quando Jesus chegou àquele lugar, olhando para cima, viu-o e
disse-lhe: Zaqueu, desce depressa, porque hoje me convém pousar em tua
casa.”(Lucas 19: 5, RA).

Jesus ofereceu-lhe um relacionamento íntimo e pessoal. Esse era o


sonho de Zaqueu, mas agora estava se tornando real. Zaqueu desceu de sua
árvore. O Espírito de Profecia comenta o seguinte sobre a resposta de
Zaqueu: “A multidão cede, e Zaqueu caminhando como em um sonho, conduz
o caminho para sua própria casa ” (Desejado de Todas as Nações, 478).

Jesus conhecia o caminho para a casa de Zaqueu, mas ele queria que
Zaqueu mostrasse o caminho e, como um cavalheiro, Ele não forçou sua
entrada. Zaqueu tinha que abrir a porta. Mais tarde naquele dia, Jesus falou
sobre o motivo de Sua visita à casa de Zaqueu. Lemos no v.9:

“E disse-lhe Jesus: Hoje veio a salvação a esta casa, pois também


este é filho de Abraão” (Lc 19:9, RA).

Existem duas informações essenciais nesta passagem. Jesus fala


sobre a identidade de Zaqueu como sendo "um filho de Abraão". Na
perspectiva de Jesus, Zaqueu existia primeiro através de sua afiliação a
família de Abraão e, por extensão, à família humana. Zaqueu foi o fruto de
uma relação e foi criado para relacionar-se. Sua busca por coisas materiais
fez-lhe negar essa característica, levando-lhe longe de sua identidade. Por
isso vivia uma vida insatisfeita e incompleta. Nossa necessidade natural de
relacionamento não pode ser satisfeita por meio de bens materiais ou por
meio da realização. Era essencial para Zaqueu para se reconectar como um
ser relacionar.

A segunda informação é a missão de Jesus. Jesus descreve ela em


termos relacionais: “buscar” e “salvar”. Ele não só nos salva do pecado, mas
também das conseqüências do pecado, ou seja, as paredes de separação
erguidas entre Deus e pessoas e entre pessoas e pessoas. O apóstolo Paulo
destacou este aspecto do ministério de Jesus quando ele escreveu:

“E tudo isto provém de Deus, que nos reconciliou consigo mesmo por
Jesus Cristo, e nos deu o ministério da reconciliação” (2 Coríntios 5:18, RA).

SEMANA DE MORDOMIA CRISTÃ - UNA.2021 23


UMA VIDA SEM PAREDES
O encontro entre Zaqueu e o Quebra-paredes não era sem
restauração. Lemos no versículo 8:

“E, levantando-se Zaqueu, disse ao Senhor: Senhor, eis que eu dou aos
pobres metade dos meus bens; e, se nalguma coisa tenho defraudado
alguém, o restituo quadruplicado” (Lc 19:8).

Esta foi uma solene e significativa declaração. Zaqueu não escolheu


permanecer sentado ou reclinado. o construtor de paredes finalmente
decidiu viver um vida honesta, sem paredes. Uma das primeiras paredes que
ele decidiu puxar abaixo era o muro de separação entre os pobres e os ricos.
Zaqueu, o rico, decidiu se reconectar com os pobres. Ele não estava apenas
fazendo um compromisso de ser amigo, de falar, de brincar, e orar com os
pobres, mas para participar na mudança das condições de suas vidas.

Existem quatro tipos de relacionamento com o qual podemos


entreter aqueles que são diferentes de nós: primeiro nenhum
relacionamento, segundo um relacionamento em bons termos, terceiro um
relacionamento de interesse próprio e quarto uma relação fortalecedora.
Zaqueu decidiu engajar-se em um relacionamento de empoderamento.

Ao fazer isso, Zaqueu implementou as instruções dAquele que


estendeu a mão para ele, encontrado em Levítico 25:
E, quando teu irmão empobrecer, e as suas forças decaírem, então sustentá-
lo-ás, como estrangeiro e peregrino viverá contigo. Não tomarás dele juros,
nem ganho; mas do teu Deus terás temor, para que teu irmão viva contigo.
Não lhe darás teu dinheiro com usura, nem darás do teu alimento por
interesse” (Lev. 25:35-37).

O Zaqueu anterior era ganancioso e egoísta foi transformado em algo


imaginável. Essa qualidade de relacionamento com outros foram possíveis
por causa do encontro íntimo com o Salvador. Quando nos conectamos com
Deus, nossas inclinações egoísta são superadas, e nós somos
transformados em Sua imagem. Além de compartilhar com os pobres,
Zaqueu se comprometeu a retornar o que ele roubou.

SEMANA DE MORDOMIA CRISTÃ - UNA.2021 24


Alguns relacionamentos nunca mais poderão ser restaurados sem a
devida restituição. Um princípio básico é tomar responsabilidade pela
relação rompida, reconhecer que erramos contra o outro, e fazer todo o
possível para consertar o erro. Ellen White faz este comentário sobre a
restituição de Zaqueu:
“Nenhum arrependimento é genuíno que não trabalhe para a reforma
”(O Desejado de Todas as Nações, p. 480). Quando um relacionamento for
ferido, não é sábio avançar rapidamente em melhores condições, sem
abordar as causas por trás do conflito passado. Sem a devida conclusão, a
ferida irá reabrir e impedir o estabelecimento de um relacionamento
profundo e sincero!
CONCLUSÃO
Zaqueu viveu dentro das paredes do materialismo por anos e ele não
era nem feliz nem satisfeito. Depois de seu encontro com Jesus, desenvolveu
um novo relacionamento com Deus e outros que tiveram precedência sobre a
aquisição de riqueza. Ele foi libertado de seu prisão de ouro, e ele se tornou
um instrumento de liberdade para os outros. Por que não convidar Jesus
para atuar como um quebra-paredes em nossas vidas?
PERGUNTAS PARA A REFLEXÃO:
Se você se sentir confortável, compartilhe sobre como foi um
relacionamento quebrado e restaurado.

- Como você se sentiu sobre esta experiência?

- Alguém está lutando para consertar e melhorar alguma relação? Você


gostaria de pedir por Ajuda de Deus?

Meu Compromisso: MELHORAR meus RELACIONAMENTOS: crescendo em


fidelidade, perdão e amar por princípio.

SEMANA DE MORDOMIA CRISTÃ - UNA.2021 25


Terça-feira 07 de Dezembro - Tema: Comprados por um Preço
Primeiro Deus pelo Cuidado Pessoal
Leitura Bíblica: Lucas 19:1-9

No início da minha prática médica, tive de entregar uma menina


saudável por Corte cesáreo no hospital local. Depois daquela actividade,
voltei ao meu escritório para atender pacientes. Então, o telefone tocou e a
voz do outro lado destruiu minha paz. “O paciente está sangrando”, a
enfermeira disse. "Venha imediatamente." Várias causas e cenários de caso
passou pela minha mente tão rapidamente quanto a velocidade que eu estava
dirigindo de volta ao hospital.

O escritório de nossa Missão estava situado em um ambiente rural, e


lá não havia banco/bloco de sangue. O que poderíamos fazer? Quando entrei
no hospital, lembrei-me que meu tipo de sangue e do paciente eram os
mesmos.

Embora eles estivessem relutantes em fazer isso, eu peguei uma


unidade do meu sangue e infundimos no pálido e chocado corpo. O
sangramento diminuiu, e logo o paciente estava bem. Na verdade, alguns dias
depois ela estava de volta ao escritório, vigorosa e saudável com uma bela
bebê e gratidão infinita pelo presente da doação de sangue que havia feito.

Esta situação fez-me lembrar da maravilhosa história de nosso


Salvador, que deu Seu sangue para salvar todos nós! Enquanto eu olhava
para aqueles grandes olhos castanhos brilhando com lágrimas de gratidão,
entendi mais do que nunca que somos propriedade de Cristo duas vezes:
primeiro, pela criação; e segundo pela redenção. Como Paulo escreve:

“Você não é seu, você foi comprado por um preço. Portanto, honre a
Deus com seu corpo”(1 Coríntios 6:19, 20, NVI).

Sim, Paulo nos exorta a fazer tudo para o Glória de Deus. “Então, quer
você coma ou beba ou faça o que fizer, faça tudo para a glória de Deus ”(1
Coríntios 10:31, NVI). Mas não apenas no que comemos ou bebemos. Em pelo
menos três ocasiões, Paulo se refere para o corpo humano como o templo de
Deus e que Seu Espírito habita nesse templo (1 Coríntios 3:16; 6:19; 2 Coríntios
6:16). Todos os nossos comportamentos e atitudes, incluindo nossos hábitos
de saúde, devem prestar homenagem a Deus porque nós fomos comprados
por um preço, o Seu sangue.

SEMANA DE MORDOMIA CRISTÃ - UNA.2021 26


PRINCÍPIOS DE SAÚDE
Deus demonstrou Seu interesse na saúde de Seu povo desde a
Criação. Ele criou um ambiente magnífico para sustentar o bem-estar de
Suas criaturas. Ele forneceu uma dieta nutritiva, ar fresco, água pura e
oportunidade para o exercício enquanto nossos pais cuidavam do Jardim. Ele
preocupou-se com a saúde espiritual de Adão e Eva, caminhava e
conversava com eles no frescor da noite. Desde o início, espiritualidade e a
saúde estão interligadas. A Terra saiu da mão do Criador, pronto para ser o
lar das Suas criaturas. Mesmo após a queda, o dilúvio, e o cativeiro, Deus
sempre demonstrou Sua preocupação com o Seu povo e por isso dava-lhes
diretrizes específicas sobre saúde.

Na verdade, no início do Antigo Testamento Deus achou por bem dar


instruções ao Seu povo, informações sobre uma vida saudável, incluindo
dieta, limpeza e comportamento sexual. Essas instruções deveriam ser
preventivas e distintas, e eles os protegeram de muitas doenças que
atormentavam os egípcios. Enquanto Jesus estava na Terra, Ele curou
doenças físicas e mentais, ligando perdão de pecados com bem-estar e vida
abundante, com ênfase definitiva na saúde emocional e mental. E, também,
Deus deu uma ampla instrução através dos escritos de Ellen G. White.

Ao longo de sua vida, ela foi o canal de informação por meio do qual a
filosofia da Igreja Adventista sobre saúde e espiritualidade foram moldados.
“Ao ensinar princípios de saúde, mantenha diante da mente o grande objeto
de reforma - pois seu objetivo é garantir o maior desenvolvimento do corpo,
mente e alma. Mostrem que as leis da natureza, sendo as leis de Deus, foram
projetadas para o nosso bem; e obediência a elas promovem felicidade nesta
vida, e ajuda na preparação para a vida futura. ”

“Nosso primeiro dever para com Deus e o próximo é o auto-


desenvolvimento. Cada faculdade com a qual o Criador dotou-nos, devemos
cultivar ao mais alto grau de perfeição, para que possamos ser capazes de
fazer o maior bem de que somos capazes. Daí que o tempo gasto deve ser
usado no estabelecimento e preservação da saúde física e mental. ”

SEMANA DE MORDOMIA CRISTÃ - UNA.2021 27


MORDOMIA E SAÚDE
A visão dada em junho de 1863 a Ellen White revelou que é um dever
espiritual cuidar do templo do corpo e confirmou a integração holística do
corpo, mente e espírito. Descanso, sol, nutrição equilibrada, confiança em
Deus, exercício, temperança, água potável e respirar ar fresco mantém o
equilíbrio. O objetivo principal de cuidar da nossa saúde é possibilitar nós
mesmos a servir a Deus e aos nossos semelhantes!

Teremos melhor saúde, mas somos salvos para servir. O ponto é


claro: a mordomia inclui cuidado da nossa saúde! O que é fascinante é como
Ellen White falou sobre muitos assuntos com visão profética que a ciência
médica tem agora mostrado estarem corretas. A Revista Time Magazine, em
sua edição de 28 de Outubro de 1966, reportou o resultado positivo do
primeiro estudo Adventista de Saúde e descreveu os resultados como
“Vantagens Adventistas,” que incluiu uma redução da maioria dos cânceres e
da cirrose do fígado. Estudos subseqüentes mostraram um aumento
significativo na longevidade daqueles que praticam o estilo de vida
adventista.
Os resultados de estudos de acompanhamento e análise das
estatísticas têm sido tão importantes que os institutos nacionais dos Estados
Unidos da Saúde investiram quase $ 20 milhões para facilitar os estudos da
Saúde Adventista. Em suma, a literatura científica é repleta de benefícios que
advêm de um estilo de vida saudável baseado nas leis da natureza, o tipo de
estilo de vida que Ellen White tinha promovido.

Incluído nessas leis da natureza estão não apenas dieta, mas


exercícios e descanso, e tudo que ela promoveu como parte da mordomia da
saúde. Por exemplo, comprovou-se que o exercício pode reduzir a alta
pressão arterial e ajudar a prevenir doença da artéria coronária, acidente
vascular cerebral, tipo 2 diabetes e osteoporose.

Até exercício moderado (não precisamos de maratonas) pode controlar o


nível de gorduras do sangue, atrasar o início da doença de Alzheimer, ajuda a
diminuir a recorrência de alguns cânceres, e aliviar a depressão.

SEMANA DE MORDOMIA CRISTÃ - UNA.2021 28


Tão importante quanto o exercício é o descanso. O que fazemos no
que diz respeito ao descanso? Tiramos tempo para nos recuperar, para afinar
o machado, se assim podemos dizer? Se vivêssemos com uma grande
consciência da Mordomia de saúde, seríamos ferramentas mais eficazes nas
mãos do Mestre. A mensagem de Eugene Petersen resume tudo o que
estamos aqui abordando: “Treinos no ginásio são úteis, mas uma vida
disciplinada para Deus é muito mais, fazendo você se encaixar hoje e para
sempre ”(1 Timóteo 4: 8, MSG).
BABÁS DE CASA
Max Lucado usa uma ilustração impressionante em seu livro It's Not
About Me. Ele descreve dois cenários de pesadelo de babás de casa que
podem cuidar de sua casa na sua ausência. O primeiro cenário é da babá que
arruma a casa de uma maneira totalmente diferente de seu gostos, usando a
razão de que a casa precisa expressar os gostos dela. Sua resposta imediata
a babá é: "mas, não é sua casa!" A segunda situação é aquela em que a
arrumação é totalmente negligenciada. Os pratos não são lavados, o lixo não
é removido e as camas não são arrumadas. O motivo é que foi um contrato
temporário.
Ambos os assistentes da casa cometeram o mesmo erro, pensar que
a casa é delas e que deveriam proceder do seu jeito. A pergunta é: Quem deu a
elas tal direito de pensar assim? Como podemos nós – nós que fomos
comprados por um preço - muitas vezes agir como se pertencêssemos a nós
mesmos? Deus possui o templo de nosso corpo; e então nós, como
assistentes de sua casa, precisamos ser mordomos fiéis e cuidadosos do
que nos foi dado como um presente. Como o apóstolo Pedro nos disse:
“Sabendo que não foi com coisas corruptíveis, como prata ou ouro,
que fostes resgatados da vossa vã maneira de viver que por tradição
recebestes dos vossos pais. Mas com o precioso sangue de Cristo, como de
um cordeiro imaculado e incontaminado” (1 Pedro 1:18, 19, RA).
Sim, você foi comprado por um preço - não com prata, não com ouro, mas
com o sangue de Cristo. É hora de viver assim. E sendo bom mordomo de
nossa saúde é uma maneira poderosa de fazer exatamente isso.

Perguntas para Reflexão:


Como a ideia de que fomos comprados por Deus deve afetar a maneira que
cuidamos nosso corpo e saúde?

SEMANA DE MORDOMIA CRISTÃ - UNA.2021 29


Tu podes identificar algumas instruções de Ellen G. White a respeito
de saúde e nutrição que têm aprovação científica?

Qual é a importância da disciplina na vida cristã?

MEU COMPROMISSO:
Estabelecer um novo hábito de saúde, para melhor servir a Deus com a
mental.

Preparado por Peter N. Landless

Departamental de Saúde e Temperança - Conferência Geral

SEMANA DE MORDOMIA CRISTÃ - UNA.2021 30


Quarta-feira 08 de Dezembro - Tema: Facilitadores de uma Nova Visão
Primeiro Deus pelo Ministério Pessoal
Leitura Bíblica: Lucas 19:1-9

Muitas pessoas estão sofrendo e morrendo sem esperança


verdadeira. Elas estão confusas e em desespero sobre o que elas estão
testemunhando por aí e em suas próprias vidas. Como podem os olhos deles
serem abertos para a realidade do amor e a salvação de Deus? Como filhos e
filhas resgatados, como restauramos a visão de nosso mundo cego? Através
da história de Bartimeu, o cego de Jericó, podemos refletir sobre nossa
participação real na missão final de Deus. Lemos em Lucas 18:

“E aconteceu que chegando ele perto de Jericó, estava um cego


assentado junto do caminho, mendigando” (Lc 18:35).

Este é o ultimo milagre de Jesus relatado no Evangelho de Lucas.


Sempre que lemos esta passagem, nos focamos na fé e perseverança de
Bartimeu, o cego, e como Jesus restaurou sua visão. Quando jesus está
presente, os cegos podem ver de novo! Nessa narrativa, vamos nos
concentrar no papel desempenhado pela multidão, e pelos seguidores e
discípulos de Jesus. Nos seguidores de Jesus, podemos identificar quatro
modos de agir: Modo de passagem, Modo Silenciador, Modo Facilitador e
Modo de louvor. Em qual deles estamos nós?
O MODO DE PASSAGEM
“E, ouvindo passar a multidão, perguntou que era aquilo. E disseram-
lhe que Jesus Nazareno passava” (Lc 18:36-37, RA).

Jesus não estava sozinho na jornada à Jericó. Os discípulos estavam


com ele, e o texto nos diz que muitos outros também faziam parte de sua
comitiva. Este círculo privado estava desfrutando do privilégio de ter seus
ensinos, recebendo Suas bênçãos e participando na fama do rabino de
Nazaré que estava agora no auge de sua popularidade.

O cego só podia "ouvir uma multidão passando.” Ele provavelmente


poderia ouvir o som dos pés, o som da multidão falando e, de vez em quando,
alguns aleluias e améns. Algo incomum estava acontecendo; mas não foi
ouvida uma mensagem explícita por aqueles que não faziam parte do grupo
privado de Seus seguidores. Bartimeu, como um espectador, sentia a
passagem da procissão, mas dificilmente poderia entender o propósito real,
então tomou a iniciativa de pedir.

SEMANA DE MORDOMIA CRISTÃ - UNA.2021 31


Muitos não têm a mesma audácia. A Igreja Adventista está presente
em mais de 200 países, e na maioria das principais cidades e regiões do
mundo. No entanto, a pergunta deve ser: estamos dando uma mensagem
clara sobre o propósito de nossa existência? As pessoas estão entendendo
claramente nossa missão? A resposta dada pelos seguidores de Jesus
revela uma mentalidade interessante:

“Jesus de Nazaré estava passando.” Eles estavam certos em


compartilhar sobre o Jesus histórico sem revelar o seu propósito e missão.
Foi uma perda, não aproveitar a oportunidade de convidar Bartimeu para
fazer parte da multidão. Qual poderia ser o motivo? Eles viram em Bartimeu
um mendigo e cego. O que ele provavelmente precisava era uma moeda, um
dólar, um pedaço de pão ou outra acto de caridade. Eles não podiam sentir o
desejo de Bartimeu por algo mais profundo.

No entanto, a resposta de Bartimeu indica sua verdadeira


necessidade: “Jesus, Filho de David, tenha misericórdia de mim!” Para ele,
Jesus era o Filho de Davi. O título Filho de David foi uma saudação
messiânica. Josefo, o historiador judeu, nos diz que no judaísmo, o filho de
Davi acredita-se ter grande poder de curar. Bartimeu não estava procurando
informações sobre Jesus, mas por uma intervenção de Jesus em sua vida.

Aqueles que estavam no modo de passagem perderam de vista o


ponto essencial sobre a real necessidade das pessoas ao redor delas. É
lamentável apenas dizer às pessoas: "Quem são os Adventistas e o que eles
acreditam,” e atender algumas necessidades básicas, quando as pessoas
estão procurando por um Salvador e uma nova visão.
O MODO SILENCIADOR
Em reação ao grito “S.O.S.” de Bartimeu, alguns dos seguidores de
Jesus adotaram outro modo. Lemos no versículo 39, “E os que iam passando
repreendiam-no para que se calasse; mas ele clamava ainda mais: Filho de
Davi, tem misericórdia de mim!

Este é o modo silenciador. Algumas versões até usam a palavra


"repreensão" para descrever a intervenção desses seguidores. Eles se
envolveram neste modo silenciador porque eles entenderam mal suas
responsabilidade e o papel de Jesus.

SEMANA DE MORDOMIA CRISTÃ - UNA.2021 32


Aqueles que saíram na frente acreditaram que sua responsabilidade
era limpar o caminho, como era feito antes da passagem de dignitários – eles
estavam para remover qualquer obstrução para a passagem de Jesus.
Bartimeu era visto como uma obstrução, então deveria ser silenciado e
retirado. Essa atitude contrasta com o verdadeiro papel dado aos
precursores de Jesus. João Batista foi um precursor de Jesus, e seu papel é
descrito em Lucas 1:

“E converterá muitos dos filhos de Israel ao SENHOR seu Deus. E irá


adiante dele no espírito e virtude de Elias, para converter os corações dos
pais aos filhos, e os rebeldes à prudência dos justos, com o fim de preparar
ao Senhor um povo bem disposto” (Lc 1:16:17, RA).

João estava para atuar como uma ponte entre as pessoas e Jesus -
não para afugentá-las, mas para preparar as pessoas para encontrarem-se
com Jesus. Para eles, Bartimeu, um mendigo cego, era apenas um incômodo
para um rei Messias que estava à caminho de Jerusalém. Eles não
conseguiram perceber que o facto de Bartimeu ser cego e pobre requeria
uma atenção especial de Jesus. Eles perderam de vista o significado das
palavras de Cristo. No Seu discurso inaugural na sinagoga de Nazaré, “O
Espírito do Senhor é sobre mim, Pois que me ungiu para evangelizar os
pobres. Enviou-me a curar os quebrantados do coração”(Lucas 4:18, RA).
Jesus veio para os cegos, os pobres, os destituídos e os pecadores. O
modo silenciador infelizmente é muito popular entre os cristãos, até hoje.
Acontece sempre que nossas palavras, ações e atitudes estiverem
mantendo pessoas distantes de Jesus e de sua Igreja. Cada vez que nós
mental ou concretamente desqualificamos alguém de ser salvo, estamos
funcionando no modo silêncio. Que Deus nos livre de estarmos neste modo!
O MODO FACILITADOR
Consciente das reações de seus seguidores, a Bíblia diz: " Então
Jesus, parando, mandou que lho trouxessem; e, chegando ele, perguntou-
lhe” (Lc 18:40, RA).

Jesus ordenou uma mudança de modo, do modo de passagem e


silenciador para o modo facilitador. Não foi uma sugestão, mas uma ordem.
Nessa ordem estava um convite para compartilhar as bênçãos com outros.
Aqueles no modo facilitador não eram a fonte de bênção.

SEMANA DE MORDOMIA CRISTÃ - UNA.2021 33


Seu papel era ser um canal para a Fonte: Jesus. Contudo, para que o
papel deles permanecesse significativo, eles tinham que se aproximar de
Bartimeu, compartilhar o convite de Jesus, segurá-lo pelo braço, guiar seus
passos, remover a multidão pelo caminho, e trazê-lo a Jesus. Esse foi um
processo complexo! No Espírito de Profecia, ouvimos uma instrução
semelhante para Sua igreja nos últimos dias:

“Os adventistas do sétimo dia têm sido escolhido por Deus como um
povo peculiar, separado do mundo ... Ele os tornou Seus representantes e
chamou-os para serem embaixadores dEle na última obra de salvação. A
maior riqueza da verdade de todos os tempos confiado aos mortais, o mais
solene e temíveis avisos já enviados por Deus ao homem, estão
comprometidos a eles para serem dados ao mundo. ” (Testemunhos para a
Igreja, vol. 7, 138 (1902).

COVID-19 cruzou nossos caminhos e estamos falando sobre o novo


normal, mas nossa primária e maior e responsabilidade, de conduzir
pessoas a Jesus e à igreja, não mudou. Na verdade é ainda mais relevante
agora do que antes. Não podemos confundir a necessidade de observar o
distanciamento social com o afastamento da linha de frente da missão.
O MODO DE LOUVOR UNIDO
Como resultado de se engajar no modo facilitador, os seguidores de
Jesus experimentaram o "Modo de louvor unido". Lemos no versículo 43, “E
imediatamente ele recebeu sua visão, e o seguiu, glorificando a Deus. E todas
as pessoas, quando viram, deram louvor a Deus ”.
O ex-cego e o resto das pessoas agora estavam juntas adorando.
Deus estabeleceu sua igreja nos últimos dias como uma comunidade para
louvá-Lo (Apocalipse 1: 6). Esse modo de louvor é acionado pelo que vemos
Jesus fazendo em nossas vidas e na vida de outras pessoas. A verdadeira
adoração e louvor resultam do poder e amor de Deus que testemunhamos
em nossas vidas. Quanto mais vemos, mais louvamos.
Uma igreja missionária funciona melhor na condição do modo louvor
unido. A crise atual enfraqueceu a união física da igreja. Prédios de igrejas
estão fechados e levaram muitos a se contentar com expressões privadas da
vida espiritual, pois estão separados de outros crentes. Ouvimos um bom
sermão em um Canal do YouTube,

SEMANA DE MORDOMIA CRISTÃ - UNA.2021 34


, participamos de uma sessão de louvor e canticos em outro canal, e lemos
uma meditação em outro site para inspiração diária. Nos movemos na web
constantemente em busca de novidades. Não há nada de errado em desfrutar
da riqueza da igreja de Deus através dessas múltiplas produções e
ministérios, mas é perigoso quando deixamos de frequentar os cultos
públicos devido a essas produções virtuais. As palavras de Paulo
permanecem válidas até hoje:

“E consideremo-nos uns aos outros, para nos estimularmos ao amor


e às boas obras. Não deixando a nossa congregação, como é costume de
alguns, antes admoestando-nos uns aos outros; e tanto mais, quanto vedes
que se vai aproximando aquele dia” (Hebreus 10: 24-25).

Deus projetou seus filhos para que façam parte de uma comunidade,
sejam abençoados e sejam uma bênção para uma comunidade da igreja
local, seja pessoalmente ou online. O vírus não é o fim da igreja de Deus.
Vamos nos lembrar das palavras de Jesus:

“Eu edificarei minha igreja, e as portas do inferno não prevalecerão


contra ela”(Mateus 16:18, RA).
CONCLUSÃO
Como facilitadores da graça de Deus, estamos nos preparando para o
dia que participaremos do glorioso louvor:

“E cantavam o cântico de Moisés, servo de Deus, e o cântico do


Cordeiro, dizendo: Grandes e maravilhosas são as tuas obras, Senhor Deus
Todo-Poderoso! Justos e verdadeiros são os teus caminhos, ó Rei dos
santos.
4 Quem te não temerá, ó Senhor, e não magnificará o teu nome?
Porque só tu és santo; por isso todas as nações virão, e se prostrarão diante
de ti, porque os teus juízos são manifestos” (Apocalipse 15: 3, 4, RA).

Que não permaneçamos no modo de passagem ou no modo silenciador.

SEMANA DE MORDOMIA CRISTÃ - UNA.2021 35


,PERGUNTAS PARA REFLEXÃO:

Compartilhe uma experiência sua ajudando alguém para abraçar


uma nova visão de vida.
Como podemos viver mais no “Modo Facilitador” nesta época de
distanciamento social?
Quem você gostaria de trazer para Jesus? Compartilhe seu nome
para orações de intercessão.
MEU COMPROMISSO: DEVOTAR regularmente tempo a cada semana
para TRABALHAR para Deus, espalhando as boas novas para outros por
meio de estudos bíblicos, pequenos grupos, etc. (ETM).

SEMANA DE MORDOMIA CRISTÃ - UNA.2021 36


Quinta-feira 09 de Dezembro - Tema: Primeiro Deus: O Dia de Adoração
Primeiro Deus pela Guarda do Sábado
Leitura Bíblica: Lucas 19:1-9

Como o sábado está relacionado com o princípio primeiro Deus? O


profeta Ezequiel declara:

“E santificai os meus sábados, e servirão de sinal entre mim e vós, para que
saibais que eu sou o SENHOR vosso Deus” (Ezequiel 20:20, RA).

Essas palavras revelam que a observância do sábado é uma


declaração do senhorio de Deus sobre nossas vidas. Da mesma forma, a
atitude de Jesus em relação ao sábado nos lembra de colocar Deus em
primeiro lugar. Neste sermão, vamos rever a história relatada em Lucas 6: 6-
10 para aprender mais sobre como guardar o Sábado e como colocar Deus
em primeiro lugar.
CULTIVANDO A MENTALIDADE DE PRIMEIRO DEUS
O relato deste milagre começa com as palavras, "Em outro sábado."
Os evangelhos fazem referências regulares as ações de Jesus durante o dia
de sábado - do pôr do sol de sexta-feira ao pôr do sol de sábado. Neste
capítulo, Lucas, o historiador, juntou dois eventos relacionados ao sábado. O
primeiro tem que ver com os discípulos que colheram espigas de milho no
sábado para comer. Os fariseus culparam-lhes de quebrar a lei. Em
resposta, Cristo justificou a ação dos discípulos declarando ser Ele mesmo o
“Senhor do Sábado” (Lucas 6: 3, 4; Marcos 2:27, 28; Mateus 12: 5, 6).

O segundo evento é um relato de um dos milagres de Jesus realizado


durante o sábado. Por que é dado ao sábado tal preeminência nos
evangelhos? Em contraste com festivais como a Páscoa, Tabernáculos e
Purim, a celebração do sábado não tinha que ver com a comemoração de um
evento importante na história de Israel. Era e é o memorial da criação: Deus
criou tudo. Tudo veio à existência através da intervenção de Deus no
universo. Como tal, este dia é um lembrete constante de que Deus é o
primeiro e o provedor. Sem dúvidas, a observância semanal do sábado
ajudou Jesus a manter uma claro compreensão de sua afiliação com o Pai,
conforme expresso nas Suas palavras:

“O Pai ama o Filho e colocou tudo em suas mãos ”(João 3:35).

SEMANA DE MORDOMIA CRISTÃ - UNA.2021 37


O Pai é o Proprietário-Provedor e o Filho atua como Seu Gerente.
Ellen White escreveu as seguintes palavras sobre propósito principal do
sábado: “Nenhuma outra instituição atribuída aos judeus tendia tão
plenamente a distingui-los das outras nações como fez com o sábado. Deus
projetou que a observância do sábado devesse identificá-los como Seus
adoradores. Era para ser um símbolo de sua separação da idolatria, e sua
conexão com o verdadeiro Deus ” (O Desejado de Todas as Nações, p. 283).

O propósito do sábado é para que a humanidade possa alinhar-se a


ordem do universo: Primeiro Deus, reconhecendo-O como Provedor e
Mantenedor. A existência humana se desdobra em dois planos: tempo e
espaço. Adão foi criado em no sexto dia e colocado em um jardim. Como
seres vivos, não apenas ocupamos espaço, mas estão constantemente
modificando o mundo material ao nosso redor. Isso é de fato o desígnio de
Deus para a humanidade (Gênesis 2:15). No entanto, este esforço representa
o risco de esquecer que estamos relacionados e dependemos de Deus: o
Criador.

Muitos acabaram assumindo uma mentalidade puramente


materialista. Para prevenir tal realidade, Deus estabeleceu o primeiro dia
completo da existência humana, não como um dia de trabalho, mas como um
dia de descanso. Guardando o Sábado, Jesus exemplificou a perspectiva que
devemos adotar no que diz respeito às ações: “Sozinho não posso fazer nada”
(João 5:30).

O sábado nos ajuda a lembrar que não somos nós mantendo o planeta
nem a nossa própria existência. A guarda do sábado é essencial para nos
ajudar a desenvolver uma mentalidade onde Deus é o Primeiro.
PRIMEIRO DEUS POR MEIO DA ADORAÇÃO COLECTIVA
Neste Sábado, Jesus “entrou na sinagoga”, literalmente para o
lugar da assembléia, e estava envolvido com o "ensino.” A sinagoga
desempenhou um papel importante no ministério terrestre de Jesus. Os
evangelhos associam o ministério de Jesus com a sinagoga mais de 10
vezes. O encontro de crentes em pequenos grupos de oração, sem
sacrifício, pode ser rastreada de volta ao tempo de Salomão.

SEMANA DE MORDOMIA CRISTÃ - UNA.2021 38


Contudo, sinagogas foram formalmente organizadas durante o exílio na
Babilônia, após a destruição do templo de Jerusalém. Esses edifícios eram
centrais para a vida social e religiosa de um judeu local. Elas serviam como
escolas, centros comunitários, locais de encontro, tribunais, e como lugares
de oração e estudo. No sábado, o espaço estava restrito à adoração e à
leitura das Escrituras. Várias orações (bênçãos e elogios) faziam parte dos
cultos de sábado. Os elementos de instrução eram encontrados na leitura do
Pentateuco (os primeiros 5 livros de Moises), dos escritos do profetas e um
sermão curto.
Naquele dia, Jesus foi solicitado para fazer umas das partes, a leitura
ou o sermão. Adorar e ouvir a Palavra de Deus são as duas atividades
fundamentais daqueles que colocam Deus em primeiro lugar. Quando nós
adoramos, nós reconhecemos quem é Deus e quando estudamos a Sua
Palavra nos subtemos às Suas instruções. Os cultos de sabado fornecem
espaço para os crentes passar por essa experiência.

Jesus nos ajuda a entender que o descanso sabático não é


equivalente a um dia de inatividade. O descanso sabático, além de cultivar em
nós a mentalidade de descansar no Senhor, concede tempo para a adoração
e estudo do trabalho de Deus.
Nos libertamos das atividades que nos ocupam durante a semana e
nos envolvemos em outros mais edificantes. O alto propósito do sábado não
é nem dar descanso aos nossos cansados músculos, nem nos proporcionar
um dia vago, mas para aumentar a nossa possibilidade de adorar a Deus e
ouvir sua palavra. No decorrer da semana, podemos aproveitar essas
mesmas bênçãos pessoalmente e com nossa família e no sábado
participamos do culto com os outros irmãos.

Quando crentes se reúnem como uma família, juntos, eles


reconhecem sua afiliação a Um Deus e Um Salvador. Infelizmente, duas
práticas estão se tornando moda entre o povo de Deus durante esta época de
pandemia e distanciamento social:

Primeiro, alguns são tentados a usar as horas do sábado como tempo


para passear na natureza em vez de participar da adoração corporativa
pessoalmente ou online.

SEMANA DE MORDOMIA CRISTÃ - UNA.2021 39


A natureza é de fato o segundo livro de Deus, mas não é o desígnio de Deus
que uma caminhada na natureza substitua o tempo de adoração coletiva.
Outra prática é a igreja buffet: os crentes estão pulando de um site para outro
procurando o professor da Escola Sabatina, o líder de louvor e o pregador
que se adapte ao seu gosto.
O culto de adoração é preparado para satisfazer preferências
pessoais em detrimento de ser parte de uma assembléia de crentes, como
exemplificado nas experiências da sinagoga de Jesus. De acordo com o
apóstolo Paulo, ministérios foram estabelecidos por Cristo para “que o corpo
de Cristo possa ser edificado, ”e não encorajar cristãos autônomos (Efésios
4: 11-12).
PRIMEIRO DEUS POR MEIO DO MINISTÉRIO
Tanto no tanque de Betesda como na sinagoga, Jesus usou as horas
do sábado para ministrar às necessidades daqueles que eram vulneráveis.
Em resposta ao ataque dos fariseus, Ele fez esta pergunta retórica: “Uma
coisa vos hei de perguntar: É lícito nos sábados fazer bem, ou fazer mal?
salvar a vida, ou matar?” (Lucas 6:9, RA). Como esses atos de serviço,
compaixão e cura demonstram o princípio de primeiro Deus?

Durante os dias úteis da semana a sexta, nós trabalhamos e


desfrutamos os frutos do nosso trabalho. A natureza do trabalho feito no
sábado tem duas características diferentes: Primeiro, no sétimo dia nós
trabalhamos exclusivamente para o interesse dos outros. O eu é negado.
Abraham Heschel em seu livro, “O Sábado”, fala sobre a altruísta natureza
das atividades para as horas do sábado, “Há um reino de tempo onde o
objetivo não é ter, mas ser, não possuir, mas dar, não controlar, mas
compartilhar, não subjugar, mas estar em acordo." Em segundo lugar, nosso
serviço aos necessitados é equivalente a servir a Deus. o homem sábio
declara que:

“Quem dá aos pobres empresta ao Senhor, ”(Provérbios 19:17) e Jesus


menciona que “E, respondendo o Rei, lhes dirá: Em verdade vos digo que
quando o fizestes a um destes meus pequeninos irmãos, a mim o
fizestes”(Mateus 25:40).

SEMANA DE MORDOMIA CRISTÃ - UNA.2021 40


Todos os atos de benevolência são por última instância dirigidos para
Deus. O sábado é o dia do princípio primeiro Deus por excelência porque
neste dia negamos a nós mesmos e servimos a Deus por meio dos outros.
Pecado e suas conseqüências desfiguraram e arruinaram a imagem de Deus
nos seres humanos, neste dia estamos restaurando a imagem de Deus no
homem sempre que trabalhamos para melhorar as condições de vida dos
outros. Ellen White transmite essa ideia em seus escritos:
“Cada religião falsa ensina a seus adeptos a serem descuidados com
as necessidades humanas... O evangelho coloca um alto valor na
humanidade por ter sido comprada com o sangue de Cristo, e ensina um
terno recomeço para os desejos e infortúnios do homem ” (O Desejado de
Todas as Nações, p. 287).
Qualquer forma de ministério de restauração ajuda os beneficiários e
observadores a apreciar o amor e o poder de Deus. Portanto, mais pessoas
são levadas a colocar Deus em primeiro lugar.
CONCLUSÃO
A forma como Jesus guardou o sábado ajuda-nos a cultivar a
mentalidade de Deus em primeiro lugar, para praticar o princípio Primeiro
Deus, e para influenciar outros a abraçar este princípio de vida. Quando as
horas de sábado são investidas na adoração colectiva, o estudo da bíblia,
ministério altruísta, torna o sábado como o dia mais gratificante da semana,
um deleite para seus guardadores.
PERGUNTAS PARA REFLEXÃO:
O que está impedindo você de experimentar verdadeiramente o
sábado como o dia do princípio Primeiro Deus?
De que forma você gostaria de enriquecer sua experiência de sábado?

SEMANA DE MORDOMIA CRISTÃ - UNA.2021 41


Sexta-feira 10 de Dezembro - Tema: O Negócio da Vida
Primeiro Deus pelo Reconhecimento de que Deus é o Senhor
Leitura Bíblica: Lucas 20:2-26
A parábola dos lavradores, também conhecida como a parábola da
vinha, é encontrada nos evangelhos de Mateus, Lucas e Marcos com algumas
variações pequenas. Em Lucas, a parábola é uma resposta imediata a uma
discussão que Jesus teve com os principais sacerdotes, os mestres da lei e
os anciãos sobre a fonte de sua autoridade:
“Dize-nos:com que autoridade, fazes estás coisas? Ou Quem te deu
esta autoridade?” (Lucas 20: 2).
Jesus usa a parábola dos lavradores para elaborar sobre a fonte de
sua autoridade, a rejeição de sua autoridade e o resultado infeliz. A história é
sobre o muito que Deus está fazendo com a humanidade e a expectativa de
Deus de Seus beneficiários. Como devemos responder quando somos
abençoados?
UM BOM NEGÓCIO
A parábola começa com uma transação entre um rico proprietário e
um grupo de lavradores. Depois de estabelecer a seu vinha, ele “arrendou-a
para alguns lavradores” e se mudou da localidade por um longo tempo
(Lucas 20: 9). Este foi um bom negócio porque os lavradores não tinham que
fazer qualquer pagamento, nem antes nem depois que o negócio estivesse
concluído. Eles entraram no negócio sem qualquer dinheiro. Além disso, eles
deveriam apenas dar uma proporção da colheita para o proprietário.
No evento, de nenhuma colheita ou uma colheita ruim, o proprietário
participou do risco. Ninguém foi forçado a entrar no negócio, e a transação foi
feita por confiança. Este era o negócio da vida!
O texto nos ajuda a entender o resultado imediato da parábola: “E os
principais dos sacerdotes e os escribas procuravam lançar mão dele
naquela mesma hora; mas temeram o povo; porque entenderam que contra
eles dissera esta parábola” (Lucas 20: 19).
Os líderes da nação perceberam que Jesus estava retratando-os
através das figuras desses lavradores que entraram neste acordo com o
proprietário. Deus graciosamente fez uma aliança com Israel e seus líderes;
através deles se tornaram os destinatários de suas bênçãos abundantes. Em
troca, Ele esperava que eles O reconhecessem como o Proprietário, dando
frutos de gratidão e lealdade em proporção às bênção recebidas.

SEMANA DE MORDOMIA CRISTÃ - UNA.2021 42


Ellen White expandiu assim a aplicação desta parábola: “A parábola
da vinha se aplica não apenas para a nação judaica. Tem uma lição para nós. A
igreja nesta geração foi dotada por Deus com grandes privilégios e bênçãos e
Ele espera que correspondamos”(Parábola de Jesus, p. 296).
O Senhor nos deu várias bênçãos em muitas formas e como o dono de
tudo, ele espera que O reconheçamos como Proprietário. Entre as muitas
coisas que recebemos de Deus, Deuteronômio 8:18 menciona um que é
universal: “Antes te lembrarás do SENHOR teu Deus, que ele é o que te dá
força para adquirires riqueza; para confirmar a sua aliança, que jurou a teus
pais, como se vê neste dia."
A natureza e a quantidade da riqueza produzida por uma ou outra
pessoa pode variar, mas Ele dá para todos “a capacidade de produzir
riqueza.” Em troca, Ele está simplesmente nos convidando a lembrar Dele
como o proprietário e o provedor. De acordo com Ellen White, “Cristo anseia
receber dos lavradores de Sua vinha o fruto da santidade e
altruísmo”(Parábola de Jesus, p. 298). Um meio de honrar nossa parte do
negócio é devolver a Deus uma proporção das bênçãos recebidas por meio
do dízimo:
“No tocante a todas as dízimas do gado e do rebanho, tudo o que
passar debaixo da vara, o dízimo será santo ao SENHOR" (Levítico 27:32).

A mensageira do Senhor escreveu o seguinte: “ Ele nos pede para


reconhecê-Lo como o DOADOR de todas as coisas; e é por essa razão que diz:
De todas as suas posses Eu reservei um DÉCIMO para mim, além de Doações
e OFERTAS, que devem ser trazidos para o meu tesouro” (Conselhos sobre
Mordomia, pp. 80-81).
Ela também traça um paralelo entre nossa responsabilidade e o
antigo Israel: “Sob a economia judaica, as doações e as ofertas formavam um
elemento essencial da adoração a Deus. Os israelitas foram ensinados a
dedicar um dízimo de toda sua renda ao serviço do santuário. Além disso,
eles deveriam trazer ofertas pelo pecado, doações e ofertas de gratidão.
Estes foram os meios indicados para apoiar o ministério do evangelho
naquela época. Deus espera não menos de nós do que Ele esperava de Seu
povo na antiguidade "(Parábolas de Jesus, p. 300).

SEMANA DE MORDOMIA CRISTÃ - UNA.2021 43


Outro paralelo notável entre a parábola dos lavradores e a prática do
dízimo é: Deus participa do risco. Se o décimo animal que passa debaixo da
vara fosse defeituoso e com mácula, Deus não pedia que fosse substituído.
UM ACORDO QUEBRADO
Enquanto arrendava a sua vinha para os lavradores, o proprietário
estava prometendo implicitamente que a terra produziria uma boa colheita.
Isso aconteceu quando chegou a época da colheita. Os lavradores
alegraram-se com a abundante colheita até o dia em que receberam a visita
de alguns servos do dono da vinha. Será que eles esqueceram o acordo? Ou
eles estavam esperando que o proprietário se esquecesse do acordo? Seja o
que for, eles escolheram não honrar o acordo. Duas vezes os servos vieram
solicitando o que era devido ao proprietário; duas vezes os lavradores os
mandaram embora de mãos vazias (vv. 10-11). Como se isso não bastasse,
eles ficaram nervosos e maltrataram os funcionários que foram enviados. O
acordo foi simplesmente quebrado.
Curiosamente, o proprietário decidiu exercitar paciência para com os
lavradores ingratos. Ele enviou uma seqüência de servos um após o outro,
mas sem resultado. Ele finalmente enviou o seu filho amado:
“Então o dono da vinha disse: 'O que devo fazer? Vou mandar meu filho,
a quem amo; talvez eles o respeitem”(Lucas 20:13).
O proprietário pensou que o problema fosse ausência de respeito,
por isso enviou o filho. Infelizmente, o destino do filho foi pior: “Mas,
vendo-o os lavradores, arrazoaram entre si,
dizendo: Este é o herdeiro; vinde, matemo-lo, para que a herança seja
nossa. E, lançando-o fora da vinha, o mataram. Que lhes fará, pois, o
SENHOR da vinha?” (Lucas 20: 14,15).
Esta reação final estava revelando a verdadeiro intenção dos
lavradores. A questão não era apenas dar uma porção da colheita para o
proprietário, mas substituir o verdadeiro dono. Eles não queriam estar sob a
autoridade do Proprietário. Eles queriam estar sob sua própria autoridade, e
consequentemente não compartilhar a colheita foi apenas uma
exteriorização deste motivo interno.

SEMANA DE MORDOMIA CRISTÃ - UNA.2021 44


A história do antigo Israel testemunha como eles maltrataram os
diferentes mensageiros enviados por Deus ao longo do tempo. Eles negaram
a soberania de Deus sobre Sua vinha, isto é Israel. Na época que Jesus
estava contando a parábola, eles estavam todos prontos, conspirando para
eliminar o amado Filho para que pudessem permanecer no poder. Podemos
nós, cristãos, estar em uma situação de não cumprir com a nossa parte no
acordo? Um texto do profeta Malaquias pode ajudar-nos a responder a esta
pergunta. Lemos em Malaquias 1: 6a,
"'Um filho honra seu pai, e um escravo seu mestre. Se eu sou um pai,
onde está a minha honra? Se eu sou um mestre, onde está o devido respeito?
'diz o Senhor dos Exércitos.” Deus está aqui reprovando Seus filhos por não
honrá-Lo e mostrar respeito por quem é Ele. A conversa entre Deus e os
líderes de Israel revela como o desrespeito manifesta-se:
“Ofereceis sobre o meu altar pão imundo, e dizeis: Em que te havemos
profanado? Nisto que dizeis: A mesa do SENHOR é desprezível.
8 Porque, quando ofereceis animal cego para o sacrifício, isso não é mau? E
quando ofereceis o coxo ou enfermo, isso não é mau? Ora apresenta-o ao teu
governador; porventura terá ele agrado em ti? ou aceitará ele a tua pessoa?
diz o SENHOR dos Exércitos.“ (Malaquias 1: 7, 8).

O desrespeito pela autoridade de Deus manifestava-se através do que eles


estavam devolvendo pra Deus, conforme mencionado em Malaquias 3: 8-9:
“Roubará o homem a Deus? Todavia vós me roubais, e dizeis: Em que
te roubamos? Nos dízimos e nas ofertas. Com maldição sois amaldiçoados,
porque a mim me roubais, sim, toda esta nação”
Nós podemos quebrar o acordo - o pacto, entre nós e Deus, o
Provedor da "capacidade de produzir riqueza" quando - não dízimamos, não
dízimamos de tudo, não dízimamos a porcentagem apropriada, não enviamos
o dízimo para o lugar apropriado ou não usamos o dízimo do jeito apropriado.
UM RESULTADO TERRÍVEL
Vamos voltar à parábola para entendermos sobre quão sério é a
ofensa de não cumprirmos com a nossa parte do acordo. Jesus terminou a
parábola com estas palavras:

SEMANA DE MORDOMIA CRISTÃ - UNA.2021 45


“E, lançando-o fora da vinha, o mataram. Que lhes fará, pois, o
SENHOR da vinha? Irá, e destruirá estes lavradores, e dará a outros a vinha.
E, ouvindo eles isto, disseram: Não seja assim” (Lucas 20: 15-16).
O dono removeria a confiança deles, e eles sofreriam a pena final.
Poderá o resultado ser o mesmo se não devolvermos o dízimo do Senhor?
Afinal, ele fez a seguinte declaração em Salmos 50: 9-12:
“Da tua casa não tirarei bezerro, nem bodes dos teus currais. Porque
meu é todo animal da selva, e o gado sobre milhares de montanhas. Conheço
todas as aves dos montes; e minhas são todas as feras do campo. Se eu
tivesse fome, não to diria, pois meu é o mundo e toda a sua plenitude.”
As palavras do apóstolo Paulo explicam a importância de reconhecer
o senhorio de Jesus:
“Se confessares com sua boca que Jesus é o Senhor', e crê no seu
coração que Deus o ressuscitou os mortos, você será salvo.” Ellen White
estabelece a relação entre dízimo e o reconhecimento de Jesus:
“Dízimos e ofertas para Deus são uma forma de reconhecimento de
sua reivindicação sobre nós por CRIAÇÃO, e eles também são uma forma de
reconhecimento de sua reivindicação da REDENÇÃO. Porque toda a nossa
força é derivada de Cristo, essas ofertas devem fluir de nós para Deus. Elas
devem manter sempre diante de nós a reivindicação da redenção, a maior de
todas as reivindicações, e a que envolve todas as outras. " (Testemunhos
para a Igreja, vol. 6, 479, ênfase fornecida).
Devolver o dízimo é muito mais do que uma transição financeira; é
uma expressão de fidelidade ao senhorio de Jesus que recebeu tudo do Pai.
CONCLUSÃO
Aquele que prometeu “nos dar a capacidade de produzir riqueza ”não
retirou Suas palavras. Ele é fiel. Este é o negócio de uma vida. Durante esta
Semana de Oração, Ele com paciência e amor nos lembra de Sua
reivindicação. É verdade que os lembretes sobre nossa responsabilidade
financeira pode nos enfurecer como fez com os lavradores na parábola.
Reflictamos sobre nossos actos. Algo muito maior do que recursos
financeiros está envolvido, ou seja, trata-se de escolher colocar Deus em
primeiro lugar.

SEMANA DE MORDOMIA CRISTÃ - UNA.2021 46


PERGUNTAS PARA REFLEXÃO:
Compartilhe sobre a fidelidade de Deus, em sua vida, em relação a
Sua promessa, “Eu dou a você a capacidade de produzir riqueza."
O que torna difícil para nós mantermos nossa parte no acordo com
Deus?

Você gostaria que a igreja intercedesse por você afim de escolher


respeitar Jesus como dono, provedor, e Senhor?
MEU COMPROMISSO: DEVOLVER fielmente o DÍZIMO DO SENHOR (10%
da minha renda).

SEMANA DE MORDOMIA CRISTÃ - UNA.2021 47


Sábado 11 de Dezembro - Tema: Generoso mesmo quando Dói
Primeiro Deus por meio de Ofertas de Sacrifícios
Leitura Bíblica: Lucas 21:1-4

Alguém reagiu a um poste de Facebook que incentivava as pessoas a


doar: “Por que insistimos as pessoas a dar quando elas já estão sofrendo?
Palavras como essas podem desequilibrar até o mais entusiasmado director
de Mordomia. Nesta época de crise que vivemos é prudente apelar sobre a
fidelidade nas ofertas e dízimos? O comentário de Jesus sobre os dons de
uma viúva pobre, registrado em Lucas 21:1-4, oferece-nos uma melhor
compreensão sobre este tema mesmo quando as circunstâncias da vida
forem difíceis.
OFERTAS DURANTE CRISES
Lucas escreve sobre as observações de Jesus a respeito das ofertas
de alguns adoradores no templo de Jerusalém:

“E OLHANDO ele, viu os ricos lançarem as suas ofertas na arca do


tesouro. E viu também uma pobre viúva lançar ali duas pequenas moedas. E
disse: Em verdade vos digo que lançou mais do que todos, esta pobre viúva.
Porque todos aqueles deitaram para as ofertas de Deus do que lhes sobeja;
mas esta, da sua pobreza, deitou todo o sustento que tinha” (Lucas 21: 1-4,
RA).

Nesta passagem, a aparência externa dos adoradores revela suas


condições financeiras. Alguns eram ricos, e uma viuva era pobre. De acordo
com Ellen White, a condição financeira desta viúva poderia ter levado alguns
a desencorajá-la a doar:

“Muitos a teriam aconselhado a manter sua pequena quantia


monetária para seu próprio uso; pois entregue nas mãos dos sacerdotes,
seria perdido de vista entre os muitos presentes caros trazidos para o
tesouro ”(Desejado de Todas as Nações, p. 614).

Em contraste, Jesus não questionou a relevância ou o valor da oferta


da pobre viúva. Na Sua percepção, era normal ricos e pobres adorarem
juntos e incluir doação durante o culto de adoração. Ofertas não são
exclusivas para ricos nem para tempos de abundância.

SEMANA DE MORDOMIA CRISTÃ - UNA.2021 48


Nos tempos bíblicos, Deus enviou o profeta Elias para solicitar
comida de outra viúva, cujos recursos eram o petróleo e farinha para
preparar a última refeição para ela e seu filho. Em várias de suas cartas, o
apóstolo Paulo apela por fundos para a igreja em Jerusalém (Romanos 15:
25-28; 1 Coríntios 16: 1-4; 2 Coríntios 8, 9). O contexto foi de uma fome global
no Império Romano (Atos 11: 27-30). Duas passagens dos escritos de Paulo
revelam que os que foram solicitados a participar também estavam
experimentando a “crise de fome global ”(1 Coríntios 7:26) e passavam por
“severas provações” (2 Coríntios 8: 2). O apóstolo Paulo louva os Macedônios
da mesma forma que Jesus elogiou a viúva pobre:
“Como em muita prova de tribulação houve abundância do seu gozo, e
como a sua profunda pobreza abundou em riquezas da sua generosidade.
3 Porque, segundo o seu poder (o que eu mesmo testifico) e ainda acima do
seu poder, deram voluntariamente.
4 Pedindo-nos com muitos rogos que aceitássemos a graça e a comunicação
deste serviço, que se fazia para com os santos (2 Corintios 8: 2-4, RA).
É claro que não é o ideal de Deus que apenas membros ricos doem,
mas todos os crentes.
DOAÇÃO SACRIFICIAL
Jesus fez uma avaliação interessante da oferta da viúva: "esta pobre
viúva colocou mais do que todos os outros. ” A avaliação de Jesus não foi
baseada na valor monetário das duas moedas de cobre. Jesus estava
olhando para o espírito de sacrifício e confiança manifestada pela viúva; ela
deu "tudo o que tinha para viver".
Comparando os dons dos doadores ricos à moeda da viúva, Ellen
White escreveu essas palavras: “Suas grandes doações não privaram eles de
seu conforto, ou mesmo luxo; elas não exigiram nenhum sacrifício e não
poderia ser comparado em valor com a moeda da viúva ”(Desejado de Todas
as Nações, p. 615). Ela também escreveu: “Foi este espírito altruísta e infantil
como a fé que ganhou a compaixão do Salvador recomendação ”(O Desejado
de Todas as Nações, p. 615).
O valor real de suas ofertas foi visto não pela quantia que ela deu, mas
pelo que sobrou depois que ela deu, e o grau de sua fé. É impróprio pensar
que a Bíblia incentiva uma quantidade ou qualidade simbólica de oferta.
Lemos em Deuteronômio 15:21:

SEMANA DE MORDOMIA CRISTÃ - UNA.2021 49


“Porém, havendo nele algum defeito, se for coxo, ou cego, ou tiver
qualquer defeito, não o sacrificarás ao SENHOR teu Deus.” Nossas ofertas
devem representar o melhor que podemos dar. Além disso, a Bíblia fornece
um ponto de referência para calcularmos nossas ofertas. Era o costume dos
Israelitas trazer ofertas ao templo em Jerusalém quando eles viessem para
as três principais festividades.
Deus providenciou instruções claras sobre essa prática: “
Não discriminareis as pessoas em juízo; ouvireis assim o pequeno
como o grande; não temereis a face de ninguém, porque o juízo é de Deus;
p o ré m a c a u s a q u e vo s fo r d i f í c i l fa re i s v i r a m i m , e eu a
ouvirei.”(Deuteronômio 1:17).

A oferta não deveria ser calculada comparando com o que os outros


estivessem dando. Não era apenas um valor considerado como bom e
aceitável, foi determinado pela extensão das bênçãos recebidas. A oferta de
sacrifício implica nos esforçar para dar o melhor possível das bençãos
recebidas para o Senhor em forma de ofertas.

Deus deixa que cada um de nós faça esta decisão. Ellen White
apresenta ofertas de sacrifícios como o desígnio de Deus para Seus
doadores. “A ausência de abnegação, em Seus seguidores professos, Deus
considera como uma negação do nome cristão. Aqueles que professam ser
um com Cristo, e condescendem com os seus desejos egoístas manifestos
na compra de roupas, imóveis e alimentos caros são cristãos apenas no
nome. Ser cristão é ser como Cristo ”(Review & Herald, outubro 13, 1896).
A doação sacrificial é exemplificada na encarnação, vida e morte de
Jesus. Nós somos chamados a tomar Jesus como nosso modelo e inspiração
em ofertar. Crentes crescem como doadores sacrificiais quando eles
escolhem ser sábios e modestos em todas as suas despesas.
DOAÇÃO POR AMOR
Antes de contar a história sobre a oferta da viúva, Lucas relata sobre a
desaprovação de Jesus para com um líder Judeu:
“Guardai-vos dos escribas, que querem andar com vestes compridas;
e amam as saudações nas praças, e as principais cadeiras nas sinagogas, e
os primeiros lugares nos banquetes” (Lucas 20: 46, RA).

SEMANA DE MORDOMIA CRISTÃ - UNA.2021 50


Jesus desaprovou a busca por reconhecimento e honra que
motivavam as ações desses líderes. A viúva foi impulsionada por um motivo
diferente. Ellen White nos diz que: “o coração dela estava conectado com a
oferta dela; seu valor foi estimado, não pelo valor da moeda, mas pelo amor a
Deus e o interesse em Seu trabalho que havia motivado a ação”(O Desejado
de Todas as Nações, pág. 615).
Jesus, de quem nada se esconde, sabia o motivo desta pobre viúva.
Ela deu por amor a Deus e à Sua obra. Em várias passagens, Deus expressa
seu desprezo por algumas formas de ofertas. Note:

“De que me serve a mim a multidão de vossos sacrifícios, diz o


SENHOR? Já estou farto dos holocaustos de carneiros, e da gordura de
animais cevados; nem me agrado de sangue de bezerros, nem de cordeiros,
nem de bodes” (Isaías 1:11).
Entendemos melhor a repulsa de Deus por algumas ofertas quando
consideramos a diferença entre dar com sacrifício e dar por amor: “E ainda
que distribuísse toda a minha fortuna para sustento dos pobres, e ainda que
entregasse o meu corpo para ser queimado, e não tivesse amor, nada disso
me aproveitaria” (1 Coríntios 13:3).
Dar com sacrifício nem sempre significa que estamos ofertando por
amor. O amor é sempre expresso através de dar, mas nem todas as doações
são motivadas pelo amor. Algumas ofertas podem ser motivadas pelo hábito,
conformidade, esperança de recompensa, o medo de punição, e muitos
outros fatores não relacionados ao amor. Esses atos de doação não têm
valor aos olhos de Deus. Como podemos garantir que nossa oferta seja
motivada pelo amor por Deus e amor pelos outros? O apóstolo Paulo explica
como o amor tornou-se a força motriz por trás de suas ações:
“Porque o amor de Cristo nos constrange, julgando nós assim: que, se
um morreu por todos, logo todos morreram” (2 Corintios 5:14).
A garantia de que Cristo morreu para que ele pudesse viver, foi a força
que impulsionava Paulo a ir mais adiante. Quanto mais nós meditamos no
sacrifício de Cristo em nosso nome, e quanto mais refletimos sobre a
Misericórdia, graça e perdão de Deus, quanto mais nossas ações e nossas
doações serão motivadas pelo amor. Ellen White descreve o processo de se
tornar um discípulo dedicado:

SEMANA DE MORDOMIA CRISTÃ - UNA.2021 51


“Quando Cristo habita no coração, a alma ficará tão cheia do Seu
amor, cheio de alegria da comunhão com Ele, que se apegará a Ele; E na
contemplação dEle, o eu será esquecido. Amor a Cristo será o agente
motivador de todas as nossas ações ”(Caminho a Cristo, p. 44). As palavras
"habitar", "comunhão", “contemplação” falam sobre a estreita relação entre
Deus e o homem e, como resultado, o “Amor a Cristo será o agente
motivacional. Aqueles de quem Deus se agrada têm sua intimidade com
Jesus e afeta suas doações.
CONCLUSÃO

Aquele que ofereceu Sua vida por nós, para que possamos ter vida
eterna, nos convida a ser doadores em todas as estações. Nossas ofertas
devem demonstrar o amor recíproco que o Senhor manifestou por nós: Ele
esvaziou a Si mesmo para trazer salvação a nós. Que escolhamos ser
ofertantes que glorifiquem a Deus. Ellen G. White cita que:
“Aqueles que sentem o amor constrangedor de Deus, não perguntam
quão pouco pode ser dado para atender aos requisitos de Deus." (Caminho a
Cristo, p. 44.). Em nossa parceria com Deus, às vezes temos que nos
contentar com o mínimo. Agora que movidos pelo amor, aprendemos a não
nos contentaremos com nada, mas com o melhor.
PERGUNTAS PARA REFLEXÃO:
Você já foi inspirado por alguém que tem espírito de sacrifício?
Quais são alguns desafios que podemos enfrentar em nossas
tentativas de permanecer generosos em nossas ofertas durante esta época
atual da vida?

Como você gostaria de crescer como um doador em quem Deus se


agrada?

MEU COMPROMISSO: DEDICAR uma porcentagem (%) da minha renda


como uma OFERTA regular para o Senhor.

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