Artigo Exercicio em M.O
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1590/1982-0216/201921114318
Artigos originais
1
Universidade Federal de Sergipe - UFS, RESUMO
Lagarto, Sergipe, Brasil.
Objetivo: investigar sobre o conhecimento de fonoaudiólogos acerca da fisiologia do exercício na motri-
cidade orofacial.
Conflito de interesses: Inexistente
Métodos: 38 fonoaudiólogos atuantes em motricidade orofacial no estado de Sergipe, graduados em ins-
tituições do ensino superior do Brasil, responderam a onze perguntas fechadas sobre o tipo de exercício,
frequência, tempo de contração muscular, número de série e sinais e sintomas de fadiga muscular. Os
resultados foram analisados pelos testes de Kolmogorov-Smirnov e Qui-quadrado (5% de significância).
Resultados: a variação dos exercícios quanto ao tempo de contração foi citada pela maioria (89,47%) e o
número de séries ao longo da terapia por todos os participantes. Houve acerto em 60,52% sobre os exer-
cícios isométricos e isotônicos, 55,26% sobre a aplicação de exercícios em assimetrias e 47,34% sobre
a sequência de exercícios de acordo com o tipo de contração muscular. A maioria orienta a realização
de exercícios em casa por mais de três dias na semana (73,69%) e o tempo de intervalo entre série de
um minuto a dois foi indicado por 52,63% participantes. Os sinais e sintomas de fadiga muscular na face
mais citados foram tremor/fibrilação (78,95%).
Conclusão: o conhecimento do grupo de estudo acerca da fisiologia do exercício ainda carece de maio-
res subsídios técnico-científicos.
Descritores: Terapia por Exercício; Sistema Estomatognático; Prática Profissional; Fonoaudiologia
ABSTRACT
Objective: to investigate the knowledge of speech therapists about the physiology of exercise in orofacial
motricity.
Methods: 38 speech therapists working in orofacial motricity in the state of Sergipe, Brazil, graduated
from institutions of higher education in Brazil, answered eleven closed questions about the type of exer-
cise, frequency, time of muscle contraction, serial number and signs and symptoms of muscular fatigue.
The results were analyzed by the Kolmogorov-Smirnov and Chi-square tests (5% significance).
Results: the variation of the exercises regarding the time of contraction was cited by the majority (89.47%)
and the serial number throughout therapy by all the participants. There was a 60.52% improvement on the
isometric and isotonic exercises, 55.26% on the application of exercises in asymmetries and 47.34% on
the sequence of exercises according to the type of muscular contraction. The majority of the participants
conducted home exercises for more than three days a week (73.69%), and .63% participants indicated
Recebido em: 01/10/2018 the interval time between one minute and two minutes. The most commonly reported signs and symp-
Aprovado em: 21/12/2018
toms of muscle fatigue in the face were tremor / fibrillation (78.95%).
Endereço para correspondência: Conclusion: the knowledge of the study group about the physiology of exercise still lacks greater techni-
Geciane Maria Xavier Torres cal-scientific subsidies.
Rua Dr. Augusto Lopes Pontes, 455F
CEP: 41760-035 - Salvador, Bahia, Brasil
Keywords: Exercise Therapy; Stomatognathic System; Professional Practice; Speech, Language and
E-mail: [email protected] Hearing Sciences
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2/11 | Torres GMX, César CPHAR
sensu e ainda atuassem na área de ensino superior em nove e dez. Desta forma, 100% de acerto correspon-
Motricidade Orofacial. deram a um total de seis pontos.
A coleta de dados ocorreu a partir do preenchi- Para a composição da amostra, convite foi realizado
mento de um formulário online desenvolvido especial- por rede social (Facebook) e por conveniência (e-mail
mente para a realização da pesquisa. e telefone) aos fonoaudiólogos do Estado de Sergipe,
Para sua elaboração, onze perguntas foram situação em que foi disponibilizado link para acesso
adaptadas do questionário proposto pela literatura10, ao formulário (https://docs.google.com/forms/d/e/
contendo questões de múltipla escolha, com conteúdo 1FAIpQLScmVtLaQyU3FthfEtr7xbKCIUzitupFSr13P-
que englobou o tipo de exercício, a frequência, o tempo 2qr9Zk2UW_ARA/viewform?usp=send_form), que foi
de contração muscular, o número de série e os sinais e construído no Google docs.
sintomas de fadiga muscular. Todas as questões eram
Os resultados obtidos foram disponibilizados em
de preenchimento obrigatório.
planilha Excel (pacote Microsoft® Office) e analisados
Com a finalidade de verificar se o formulário atingia
pela estatística descritiva, por meio de porcentagem
ou não os objetivos propostos para a pesquisa, dois
simples, determinando médias e desvio padrão.
juízes (SEZMB e CPHARC) com especialização em
Posteriormente, os dados foram tabulados e proces-
motricidade orofacial há mais de cinco anos e atuação
profissional há mais de vinte anos analisaram o sados pelo aplicativo para microcomputador Statistical
conteúdo do instrumento de coleta de dados, verifi- Package for Social Sciences (SPSS), versão 21.0. A
cando a representatividade dos itens em relação aos normalidade das amostras foi observada por meio do
conceitos que se pretendia medir e após ajustes e teste de Kolmogorov-Smirnov ou Shapiro-Wilk. Para
consenso, o instrumento de coleta de foi aplicado a detectar diferenças entre os grupos de profissionais
quinze profissionais fonoaudiólogos como fase piloto fonoaudiólogos com e sem especialização e que atuam
- para testagem do instrumento. Após essa fase, ou não na área de motricidade orofacial, quanto ao
o instrumento foi considerado calibrado por juízes conhecimento a respeito da fisiologia do exercício na
e profissionais, que não constaram no escopo da motricidade orofacial, foi utilizado o teste Qui-quadrado
amostra da pesquisa. A versão final do instrumento de de Pearson. O teste de qui-quadrado foi utilizado ainda
coleta de dados consta na Figura 1. nas análises entre as respostas do questionário para
As questões três a cinco, sete, oito e onze foram toda a amostra. Os valores de alfa foram considerados
pontuadas com um ponto, caso a resposta fosse significativos quando menores que 0,05. O valor de
correta. Não receberam pontuação as questões seis, beta estabelecido foi de 0,1.
Questionário sobre o conhecimento dos fonoaudiólogos de Sergipe acerca da fisiologia do exercício na Motricidade Orofacial
5. Quando há necessidade de trabalhar com exercícios isométricos, isotônicos e de contra resistência qual sequência você usa?
o Isotônico, Contra resistência , Isométrico
o Isométrico, Isotônico, Contra resistência
o Isotônico, Isométrico, Contra resistência
o Contra resistência, Isométrico, Isotônico
o Depende do caso
6. Você orienta seu paciente a fazer os exercícios de terapia em casa, por quantos dias na semana?
o Dois dias na semana
o Três dias na semana
o Mais de 3 dias na semana
o Não oriento meu paciente a realizar exercícios em casa
9. Qual tempo de intervalo você utiliza de uma série de exercícios para outra?
o Não uso intervalos entre série de exercícios
o Menos de 1 minuto
o De 1 a 2 minutos
o 3 minutos ou mais
o Não sei
10. Quais são os sinais e sintomas indicativos de fadiga muscular na região da face?
o Dor
o Tremor/fibrilação
o Queixa de cansaço
o Movimentos compensatórios
o Ruído na articulação temporomandibular
o Aumento da imprecisão articulatória no ato da fala
11. Quando existe assimetria de tônus entre as hemifaces, a indicação de exercícios deve ser:
o Com maior quantidade de série de exercícios do lado com maior tônus muscular
o Com maior quantidade de série de exercícios do lado com menor tônus muscular
o Com quantidade igual de série de exercícios do lado entre as hemifaces
o Não sei
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Tabela 1. Acertos e erros dos 38 participantes da pesquisa nas questões do instrumento de coleta de dados
Acertos Erros
Conteúdo da questão
N % N %
Objetivos dos exercícios isotônicos 23 60,52% 15 39,48%
Objetivos dos exercícios isométricos 23 60,52% 15 39,48%
Sequência de exercícios 18 47,34% 20 52,63%
Variação do tempo de contração muscular ao longo da terapia 34 89,47% 4 10,53%
Variação do número de série de exercícios ao longo da terapia 38 100% 0 0%
Indicação de exercícios mediante assimetria de tônus muscular 21 55,26% 17 44,74%
Cabe ressaltar que não houve diferença estatis- a respeito dos exercícios para assimetria do tônus nas
ticamente significativa entre o conhecimento dos hemifaces (p=0,617).
especialistas e não especialistas em MO quanto aos Na Tabela 2 estão disponibilizados os resultados
quanto à orientação fornecida pelo fonoaudiólogo
objetivos do uso de diferentes tipos de contração:
quanto ao número de dias em que o paciente deve
isométrica ou isotônica (p=0,088), a sequência do
realizar os exercícios em seu domicílio. Neste quesito
exercício (p=0,850), a variação do número de séries também não houve diferença estatisticamente signifi-
de exercícios (100% de acerto), a variação do tempo cativa entre aqueles que tinham ou não especialização
de contração muscular ao longo da terapia (p=0,60) e em MO (p=0,350).
Tabela 2. Orientação dada pelo fonoaudiólogo, ao seu paciente, quanto à quantidade de das na semana em que necessita realizar
exercícios miofuncionais orofaciais em seu domicílio
A Tabela 3 mostra os resultados quanto aos sinais e e sem especialização quando comparados os conhe-
sintomas considerados pelos participantes da pesquisa cimentos a respeito dos sinais de fadiga muscular nos
como indicativos de fadiga muscular na região da face. exercícios (p=0,728).
Não houve diferença significativa entre os sujeitos com
Sinais e sintomas N %
Dor 18 47,37%
Tremor/fibrilação 30 78,95%
Queixa de cansaço 19 50%
Movimentos compensatórios 19 50%
Ruído na Articulação Temporomadibular 1 2,63%
Aumento da imprecisão articulatória na fala 5 13,16%
Quanto ao tempo de intervalo utilizado pelos os sujeitos com e sem especialização quando compa-
fonoaudiólogos que compuseram a amostra entre rados os conhecimentos a respeito da variação do
série de exercícios, pode-se verificar que quinze profis- tempo de intervalo entre os exercícios de contração da
sionais (39,47%) utilizam tempo inferior a um minuto, musculatura nos exercícios (p=0,77).
vinte (52,63%) utilizam entre um e dois minutos e a A Tabela 4 possibilita visualizar a somatória de
minoria (n=3; 7,90%) utilizam tempo igual ou superior pontos dos participantes, com a média e desvio padrão
a três minutos. Não houve diferença significativa entre do grupo investigado.
Tabela 4. Somatória de pontos por questão, média e desvio padrão, dos 38 participantes da pesquisa
as mesmas características mecânicas da primeira A fadiga muscular pode ser definida como a
execução. Exceto em situações muitos específicas redução, induzida pelo exercício, da capacidade de
(trabalho de hipertrofia muscular). Na prática, o trabalho o sistema neuromuscular gerar força, trabalho ou
até a “falha de movimento” é habitualmente aplicado potência23,24. Sua instalação pode estar relacionada a
no treinamento esportivo11, sendo importante que o fatores neurológicos, metabólicos, eletrofisiológicos,
fonoaudiólogo esteja atento quanto a este aspecto, a mecânicos, subjetivos entre outros, os quais inter-
fim de evitar a condição de fadiga muscular. Ademais, ferem no funcionamento sincronizado entre o sistema
algumas condições clínicas neurológicas com impacto nervoso central e as vias periféricas25. Pode ser consi-
nas funções orais (como a miastenia gravis) merecem derada como um mecanismo de defesa do músculo
atenção redobrada neste sentido, uma vez que a fadiga para evitar danos aos níveis orgânicos e celulares26.
muscular pode piorar o quadro clínico do paciente. Frente à sua importância, uma das perguntas do
É importante ressaltar que os músculos faciais são instrumento de coleta de dados pretendia investigar
músculos esqueléticos, porém diferem em alguns os sinais e sintomas indicativos de fadiga muscular
aspectos como: ausência de fusos musculares, na face. A maioria dos fonoaudiólogos participantes
unidades motoras pequenas, maior proximidade e considerou tremor/ fibrilação como o principal sinal de
pequeno tamanho dos músculos tornando mais difícil fadiga muscular na região da face. A literatura informa
a contração isolada. Logo, é preciso considerar essas que o tremor fisiológico, não observado a olho nu,
particularidades quando for traçado o planejamento de decorrentes de fatores mecânicos e neuronais é ampli-
um programa de treinamento muscular facial14. ficado em condições de fadiga muscular27. A queixa
Dentre os participantes, a minoria afirmou não de cansaço e a observação dos movimentos compen-
orientar a realização dos exercícios em casa. E quanto satórios foram citados por metade dos participantes,
à frequência de treinamento em número de dias por porém entende-se que essas queixas podem ocorrer
semana, a maioria dos fonoaudiólogos participantes quando há hiperatividade dos músculos mastigatórios
orienta a realização dos exercícios por mais de três gerando sobrecarga na articulação temporomandibular
dias por semana. Embora ainda não exista uma (ATM) e na musculatura associada28,29. Outro sintoma
padronização na fonoaudiologia quanto a parâmetros assinalado, com menor percentual, foi a dor orofacial.
como frequência de séries e de número de dias na A dor como sintoma da fadiga muscular na região
semana para a realização dos exercícios miofun- facial foi citada por 47,37% da amostra. De acordo com
cionais, algumas pesquisas usaram como metodo- a literatura, a manutenção de exercícios musculares,
logia a realização dos exercícios todos os dias da mesmo com a instalação da fadiga da musculatura,
semana15-19. Considerando que o objetivo é ganho de pode interferir no surgimento de dores e desconfortos
força e melhora da função do músculo esquelético musculares, bem como no desempenho motor30.
corporal, recomenda-se iniciar o treinamento com uma Apenas um participante (2,63%) considerou ruído na
frequência de dois a três dias na semana e aumentar ATM como um sinal e sintoma de fadiga muscular
para quatro a cinco dias quando o nível de treinamento na face. O ruído pode ser percebido como estalo ou
estiver mais avançado20. crepitação; sua origem é intracapsular e relaciona-se
A literatura mostra a importância de algum tipo principalmente à hiperatividade muscular, alterações
de periodização no treinamento de força no caso no relacionamento côndilo-disco-fossa, sobrecarga
de musculatura esquelética corporal. Periodização oclusal e/ou trauma provocando deslocamento anterior
é definido como a divisão do tempo total de treina- do disco, sendo esse um sinal bastante frequente em
mento em períodos específicos com objetivo de obter indivíduos com DTM31,32.
o maior rendimento esportivo em um determinado Pesquisa realizada com o objetivo de aprofundar
momento11. Pesquisas consideram que programas os conhecimentos acerca da fadiga muscular dos
de treinamento de força periodizado resultam em músculos faciais e mastigatórios, por meio de análise
maiores ganhos de força que programas não periodi- da literatura científica, concluiu que embora existam
zados, independente da utilização de séries simples ou muitos trabalhos focados no estudo da fadiga, a
múltiplas de exercícios21,22. Além disso, a preocupação metodologia utilizada é bastante diversa, dificultando
do fonoaudiólogo com a série de exercícios também a possibilidade de comparação dos resultados.
recai na possibilidade de o paciente apresentar fadiga Existem estudos que consideram a fadiga como um
muscular. sinal de “algo diferente” no músculo até trabalhos que
consideram a fadiga como a incapacidade em manter exercício na Motricidade Orofacial. em diferentes sinais
as contrações33. O estudo da fadiga muscular pode clínicos específicos e na construção de protocolos
contribuir no aprimoramento dos parâmetros para a com parâmetros para o treinamento muscular na face.
escolha adequada dos exercícios terapêuticos30.
Outra consideração importante a ser feita é de CONCLUSÃO
que, nesta pesquisa, os sinais e sintomas de fadiga
A partir dos resultados deste estudo, pode-se
exigiriam do respondente que assinalassem mais de
concluir que o conhecimento dos fonoaudiólogos
uma alternativa e, por tal motivo, essa questão não foi
do grupo estudado acerca da fisiologia do exercício
pontuada. Porém, ao se proceder com a análise das
na motricidade orofacial ainda carece de maiores
respostas, a maioria não assinalou todos os sinais e
subsídios técnico-científicos no que tange a sequência,
sintomas relacionados à fadiga, implicando em neces-
tipo de contração e conhecimento dos sinais e
sidade de ampliação de estudos e de aprimoramento
sintomas de fadiga muscular e trabalho de tônus em
da prática clínica em motricidade orofacial dos fonoau-
hemifaces assimétricas evidenciando fragilidades a
diólogos participantes.
serem superadas na clínica em motricidade orofacial
Por fim, em relação à assimetria de tônus entre as
conquanto a variação de tempo de contração e número
hemifaces, a literatura revela que o lado pior deve ser
de série de exercícios evidenciaram conhecimentos
mais trabalhado que o bom, na proporção de dois pra
satisfatórios na amostra do estudo.
um1. Pouco mais da metade dos participantes (55,26%)
Quanto mais pesquisas acerca da fisiologia do
acertou esta questão, ou seja, os resultados não são
exercício na Motricidade Orofacial forem realizadas e
tão otimistas neste sentido.
disponibilizadas, maior será a gama de instrumentos
De forma geral, a média total de pontos com compatíveis de aplicação na prática clínica.
acertos (4,13 – equivalendo a 68,83%) pode ser consi-
derada como resultado tido como bom, levando-se em
consideração que os acertos variaram de um ponto REFERÊNCIAS
(16,66%) a seis pontos (100%) e de que todos os 1. Rahal A. Exercícios utilizados na terapia de
participantes trabalhavam especificamente com motri- motricidade orofacial (quando e por que utilizá-los).
cidade orofacial. Desta forma, ratifica-se a importância In: Marchesan IQ, Justino H, Berretin-Felix G (orgs).
da atuação profissional em motricidade orofacial com Terapia fonoaudiológica em motricidade orofacial.
embasamento teórico na fisiologia do exercício, para São José dos Campos: Pulso; 2013. p. 43-9.
um atendimento com melhor qualidade. 2. Marchesan IQ. Distúrbios da motricidade orofacial.
Os resultados deste estudo só podem ser consi- In: Russo ICP (org). Intervenção fonoaudiológica
derados como indicadores para novas pesquisas, na terceira idade. Rio de Janeiro: Revinter; 1999. p.
uma vez que o estudo apresentou limitações quanto 83-100.
ao tamanho da amostra, embora tenha sido consi- 3. Berretin-Félix G, Araújo ES. Fisiología de la
derado cálculo amostral para sua composição. Outras contracción del músculo esquelético y del ejercicio
limitações a serem citadas são, primeiro, que para que aplicado a la motricidad orofacial. In: Silva HJ,
a amostra fosse composta foram incluídos fonoau- Cunha DA (orgs). El sistema estomatognático:
diólogos graduados ou pós-graduados em diferentes anatomofisiología y desarrollo. São José dos
locais do País e não exclusivamente do Estado de Campos: Pulso; 2013. p. 103-14.
Sergipe, dificultando uma análise detalhada das 4. Hunter SK, Brown DA. Músculo: o estabilizador
reformulações acadêmico-pedagógicas necessárias primário e motor do sistema esquelético. In:
para uma melhor capacitação profissional na área no Neumann DA (ed). Cinesiologia do aparelho
referido Estado e, em segundo lugar, o número de musculoesquelético: fundamentos para
especialistas participantes do estudo (apenas quatro), reabilitação. 2. ed. Rio de Janeiro: Elsevier; 2011.
sendo interessante um número maior para que possa p. 47-76.
ser realizada a generalização dos resultados, impos- 5. Assencio-Ferreira VJ. Neuroanatomia e
sível de ser realizada no momento. neurofisiologia do movimento. In: Rahal A, Oncins
Portanto, novos estudos devem ser realizados MC. (orgs). Eletromiografia de superfície na terapia
considerando as variáveis supracitadas, bem como se miofuncional. São José dos Campos: Pulso; 2014.
sugerindo a abordagem da importância da fisiologia do p. 25-40.
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