Matilha Brac Nova Geração 09 - Inegavelmente Seu

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Inegavelmente Seu

Matilha Brac Nova Geração 09


Lynn Hagen
Arizona encontrou o seu companheiro, e Casey é tudo o que ele
poderia querer em um homem. O ser humano é sexy, doce e rouba o coração
de Arizona. Isto é, até que ele descobre a escolha de Casey para sua carreira.
Tendo sido enganado por homens que tiravam a roupa para ganhar a vida,
Arizona está devastado, e ele não quer ter nada a ver com Casey depois disso.
Casey Bazetti trabalha no Silk Room, um clube onde ele não só
dança, mas faz estripe. Ele está cansado dos homens o vendo como uma
estrela pornô por causa do que ele faz, por isso, quando ele encontra o
mecânico lindo, ele decide não revelar onde ele trabalha.
Quando Estefan Delgado, um traficante cruel assume, quando seu
irmão é morto, coloca o seu olhar sobre Casey e uma guerra se inicia para
recuperá-lo. Pode Arizona superar a dor e proteger o seu companheiro, ou será
que o seu ponto de vista cansado deixará Casey de coração partido?
Capítulo Um

— Do que é que você gosta? — Arizona perguntou quando ele


removeu o pneu do carro no elevador.
— Do que é que eu gosto? — Nevada perguntou da baía próxima.
— Em ser acasalado. — Ele disse, colocando o pneu de lado. — Quer
dizer você está com um cara para o resto da sua anormalmente longa vida. É
isso aí. Provar por aí acabou. Sem olhar um cara quente e ter relações sexuais
com ele. Apenas o mesmo pedaço de bunda uma e outra vez.
Arizona não estava tentando ser um idiota, e o seu irmão sabia disso.
Mas, ultimamente, por algum motivo estranho, isso era tudo no que Arizona
poderia pensar. Para ele, uma relação de compromisso se igualava a uma
sentença de morte para a libido de um homem. Ele não podia imaginar estar
com o mesmo amante para o resto da sua vida.
Nevada deu de ombros sob o capô do carro em que estava
trabalhando. — Taylor e eu não deixamos as coisas ficarem aborrecidas. —
Disse ele. — E eu gosto do fato de que eu não tenho que correr atrás de uma
bunda. Não me interpretem mal. A perseguição era divertida, mas eu gosto de
ter alguém que me conhece.
— Sim, mas... — Arizona coçou a barba de corte baixo. — E sobre a
emoção de conhecer alguém novo?
Nevada endireitou-se e olhou para Arizona por um longo momento. —
Será que você encontrou o seu companheiro?
— Não. — Disse ele. — E esse é o meu ponto. E se eu não
encontrar? Quero dizer não há nenhuma garantia, e eu não estou procurando o
único que é para ser para sempre. Você acha que eu deveria encontrar alguém
para me estabelecer?
— Irmão, eu não posso lhe dar essa resposta. Você sabe o negócio
quando se trata de paranormais. Tudo o que posso dizer é que não adianta. Se
você não planeja esperar o seu companheiro aparecer, pelo menos, encontre
alguém decente que você possa namorar.
Arizona revirou os olhos. — Você jamais vai me deixar esquecer o
fato de que eu namorei strippers?
— Não me lembre sobre Jewels ou Cherry. — Disse Nevada. — Toda
vez que você lembra, eu penso em Aubrey. Meus dentes ainda rangem,
quando eu penso como fui cego. Aquele prostituto traidor.
Arizona se lembrava da noite em que ele marcou um encontro com
Aubrey para provar a Nevada que o homem que ele tinha estado namorando
era realmente um prostituto. Nevada tinha explodido uma junta, e duas noites
depois, Arizona tinha encontrado Jewels de joelhos em um beco chupando o
pau de um cara.
Ele deveria ter pensado melhor antes de confiar em Jewels. Arizona
tinha saído com um cara chamado Cherry antes de Jewels, e o homem tinha
fodido tudo o que não era pregado no chão. Namorar stripers não tinha sido
uma das suas melhores ideias. Então, novamente, não tinha sido o seu grande
cérebro liderando o caminho.
Verdade seja dita, Arizona não era esse tipo de cara, o tipo que
namorava homens de reputação questionável. Ele poderia contar em uma mão
quantos amantes tinha tido, e além de Cherry e Jewels os homens com quem
ele tinha saído eram decentes.
Era só que, ultimamente, Arizona queria mais do que
relacionamentos casuais. Mais do que sexo. Ele observou os homens com
quem vivia, quão felizes eles pareciam em ser acasalados, e havia uma parte
dele que queria o que eles tinham.
Ele tinha muito a trazer para a mesa e queria um cara que iria
apreciar o que ele tinha para oferecer. Ele não vivia do seu fundo fiduciário
como a maioria dos seus amigos. Arizona trabalhava duro pelo que ele recebia,
e ele queria encontrar uma determinada pessoa que não fosse tentar tirar
proveito dele.
Como Cherry e Jewels tinham tentado fazer.
Ele não tinha dito ao seu irmão que ambos os homens tinham o
traído. Nevada tinha partido para Dalton Falls após o que Aubrey tinha feito, e
Arizona não queria incomodar Nevada com os detalhes da sua sorte de merda.
Strippers, prostitutas, e qualquer outra pessoa na indústria de
“entretenimento” estava fora do menu. Arizona não ia passar por isso
novamente. Sendo um idiota tinha se apaixonado duro pelos homens. E um
tapa na cara foi o que ele teve em troca.
Ele queria um cara legal, que talvez trabalhasse em um consultório
de dentista ou qualquer outro trabalho onde ele não tirava as suas roupas para
viver. Ele não achava que isso era pedir demais, encontrar um homem que ele
teria orgulho de apresentar aos seus pais.
Seu pai, Gabby, não tinha gostado de nenhum dos homens que
Arizona namorou. Seu outro pai, Montana, tinha avisado para esperar por
problemas. Eles tinham visto isso escrito na parede, e Arizona os tinha
ignorado.
E olha o que aconteceu.
— Porque tantas perguntas sobre o meu companheiro de qualquer
maneira? — Perguntou Nevada. — Eu pensei que você gostasse de Taylor.
— Oh, eu gosto. — Disse Arizona. — Ele é um cara legal que Gabby e
Montana adoram.
E eu quero alguém que nossos pais vão adorar.
Ele interiormente revirou os olhos. Ele não tinha certeza por que ele
estava tão fixado nos casais acasalados com quem vivia, mas ele precisava
deixar para lá. No entanto, uma parte dele estava solitária, e querendo ter
alguém que pudesse se conectar, o que o fez pensar muito sobre as escolhas
que tinha feito na sua vida pessoal.
— Só não se acomode. — Repetiu Nevada. — Encontre alguém que
você goste, e você vai ficar bem.
— É mais fácil falar do que fazer. — Se fosse assim tão fácil, Arizona
não estaria solteiro. Procurando alguém para foder, de forma diferente de
encontrar alguém para namorar. As mesmas regras não se aplicavam.
— Os caras estão fazendo uma fogueira neste fim de semana. —
Disse Nevada. — Isso vai tirar você de qualquer humor que você esteja.
Sério. Arizona absolutamente amava fogueiras. Ela sempre dava a ele
e aos seus amigos uma chance de falar sobre as suas infâncias, provocavam-
se mutuamente, e tinham um bom tempo. Todos eles haviam crescido juntos e
adoravam conversar sobre as merdas que tinham se metido, os problemas que
tinham causado, e as bundas que tinham chutado.
— Com licença?
Arizona olhou de lado quando alguém entrou na baía em que ele
estava trabalhando. Ele nunca tinha visto o cara antes, mas maldição se ele
não queria conhecê-lo melhor.
— Posso ajudá-lo? — Nevada disse sob o capô.
— Eu tenho isso. — Disse Arizona. Limpando as mãos sobre o pano
de graxa que tinha estado pendurado no seu bolso traseiro. O homem que
estava diante dele não parecia como se ele devesse estar andando em um
chão de concreto tão sujo.
Ele parecia como se ele devesse estar na cama de Arizona, sendo
adorado.
O cara passou a mão sobre o seu curto cabelo preto, espetado. — Eu
estou tendo problemas com o meu carro, e gostaria de saber se você poderia
vir dar uma olhada para mim.
— Seu carro está aqui? — Arizona perguntou quando se juntou ao
homem, percebendo de imediato como pequeno o estranho era.
O humano levantou as mãos quando ele deu um suspiro pesado. —
Estou surpreso que eu consegui traze-lo até o estacionamento. Teve engasgo
no caminho para cá e duas vezes ele morreu.
— Você percebeu quaisquer outros problemas? — Ele olhou para os
mais bonitos olhos azuis que já tinha visto quando ele fez a pergunta. A cor da
íris era tão suave que lembrou a Arizona de diamantes brutos.
— Fez Chunka, Chunka, e um péssimo barulho incomodativo.
Arizona sorriu da forma como o cara descreveu os sons.
— Eu sabia que algo estava errado quando eu liguei. — Disse o
homem. — Ele fez um barulho de lamento estranho. Carros se lamentam?
— Eles não deveriam.
Com as mãos nos bolsos de trás da calça jeans, o cara chutou o chão.
— Talvez você possa me dizer como colocar um Band-Aid sobre ele, porque eu
não posso pagar todos os reparos do carro.
— Por que não vamos descobrir o que está errado com ele primeiro,
e depois vamos seguir de lá. — Arizona não tinha certeza por que, mas ele
colocou a mão na parte inferior das costas delicadas do homem e persuadiu-o
para fora.
Quando eles entraram no aberto, uma leve brisa passou por ele,
levando o cheiro fraco de pêssegos frescos em direção a Arizona. O cheiro lhe
deu água na boca, quando ele percebeu que era o homem ao lado dele que
estava liberando essa fragrância maravilhosa. O cheiro o lembrava da sua
juventude, quando Montana o havia levado para o mercado de frutas na
periferia da Vila Brac.
Arizona havia adorado as viagens de verão. Ele e o seu pai
sentavam-se na traseira do caminhão enquanto comiam pêssegos e
mantinham conversas simples, seu pai lhe passando a sua sabedoria.
Ele limpou a garganta e guardou as memórias nostálgicas que o fez
sentir falta de casa. As memórias evaporaram quando Arizona inclinou a
cabeça para o lado, olhando para um carro com mais ferrugem do que metal.
Havia um limpador faltando e um longo arranhão através do para-
brisa, onde o metal tinha estado raspando quando os limpadores estavam em
uso. O para-choque dianteiro parecia estar franzindo a testa da forma como
ele cedeu, fios soltos pendiam sob o para-choque, e os pneus estavam tão
carecas quanto à cabeça de Montana.
E esses eram apenas alguns dos problemas que Arizona notou com
um rápido olhar.
— Você pode abrir o capô para mim?
O homem assentiu. Ele abriu a porta do motorista, e Arizona ouviu o
quão mal as dobradiças precisavam ser oleadas. O capô saltou ligeiramente
quando o desconhecido puxou a alavanca.
— Sinto muito. — Disse o rapaz, juntando-se a Arizona no capô. —
Onde estão as minhas maneiras? Meu nome é Casey. — Ele estendeu a mão.
Arizona limpou a mão na frente do seu macacão antes de apertar a
mão oferecida. — Arizona.
— Raro. — Casey sorriu e Arizona sentiu como se tivesse sido socado
por esse sorriso lindo. — Eu gosto disso.
— Obrigado. — Ele estava relutante em deixar a pequena mão ir. Era
quente e suave e parecia frágil quando Arizona deu-lhe um aperto suave com a
sua grande e calejada mão antes de liberá-lo.
Levantando o capô, ele soou tão estridente como a porta do carro.
— Oh, espere. — Casey correu para a parte de trás do carro e puxou
uma vara de madeira. — Eu uso isso para sustentar o capô, embora eu nunca
sei o que eu estou olhando quando eu o abro.
Arizona pegou o pau oferecido e o colocou entre o capô e o quadro.
Era um pouco longo demais, mas funcionou. Ele se encolheu quando viu um
emaranhado de fita adesiva circulando as mangueiras. Havia até mesmo uma
tampa de Snapple, onde a tampa do radiador deveria estar. E era um pedaço
de plástico com um elástico em torno de onde deveria estar a tampa da agua
de lavagem?
O cara estava dirigindo uma armadilha mortal.
A bateria tinha tanto ácido cobrindo-a que Arizona precisaria de um
formão para chegar às conexões.
— Você pode ver o que está errado com ele? — Perguntou Casey.
Suas mãos estavam pressionadas contra o quadro quando ele se inclinou para
frente, olhando para o motor.
Sim, ele precisa ser levado para um ferro-velho. — Por que você não
tenta liga-lo para mim?
Arizona não disse nada sobre o trabalho de reparo desleixado. Pelo
que Casey havia dito, o cara não podia se dar ao luxo de consertar os
problemas. Ele tinha feito o melhor que podia com o que tinha para trabalhar.
O carro fez um barulho clicando, mas o motor não virou.
— Eu acho que morreu. — Disse Casey de dentro do carro.
Estava definitivamente morto. Não havia nenhuma maneira de Casey
dirigi-lo, mesmo se Arizona puxasse um milagre fora da sua bunda, não faria a
maldita coisa ligar novamente.
— Você tem uma carona para casa? — Perguntou Arizona. — Não há
nenhuma maneira que eu possa dar-lhe uma solução rápida.
— Mas eu não posso pagar as contas de reparo. — Disse Casey,
descendo do carro enquanto mastigava o seu lábio inferior.
O lobo de Arizona rosnou. Ele queria provar esse lábio inferior. Eles
estavam agradavelmente em forma, e ele não se importaria de ver se eles
eram tão suaves quanto pareciam.
— Bem, você não pode dirigi-lo. — Lembrou Arizona a Casey. —
Você não tem escolha a não ser deixá-lo aqui, e tenho certeza que os Millers
iram ajudá-lo com um plano de pagamento.
— Você acha? — Casey parecia esperançoso.
— Eles têm um bom coração. — Disse o Arizona. — Não deve ser um
problema.
— Eu moro em Sugar Creek. — A esperança nos olhos de Casey se
esmaeceu. — Eu não sei quem poderia me dar uma carona para casa.
Arizona tinha que reparar o pneu que tinha removido na segunda
baía, e depois ele terminou pelo dia. Um pensamento lhe ocorreu. — Você
pode esperar por cerca de trinta minutos?
— Eu tenho uma escolha? — Perguntou Casey. — Como você disse,
meu carro não vai a lugar nenhum.
Arizona riu. O cara parecia tão oprimido. — Se você esperar até que
eu termine, vou lhe dar uma carona.
As sobrancelhas do homem franziram entre os olhos. — Por que você
faria isso por um completo estranho? Sugar Creek é a trinta minutos de carro,
e isso é, se você não pegar transito uma vez que entrar na cidade.
— Não é nenhum problema. — Arizona voltou para a baía, com
Casey se arrastando atrás. — Por que você não espera no escritório até que eu
termine?
Casey hesitou, olhando da baía até a porta do escritório e depois de
volta para a baía. — Não posso simplesmente esperar por você dentro da
garagem?
Algo se agitou dentro de Arizona quando ele olhou para Casey. Seu
peito apertou, e o seu coração começou a bater um pouco mais rápido. Era
como se uma corrente invisível o estivesse puxando para mais perto do
humano quando ele deu um passo para Casey.
Casey fez uma careta quando ele deu um passo para trás. — Há algo
errado?
Arizona esfregou o seu punho sobre o peito, tentando dissipar a
estranha sensação crescendo dentro dele. Ainda mais estranho, o seu lobo
estava rosnando e avançando, e ele não tinha ideia do que estava errado com
o animal louco.
— Não, nada de errado. — Disse ele, quando as sobrancelhas de
Casey franziram e ele mordeu o lábio inferior. O cara parecia fazer muito isso.
— Você parece... tenso. — Disse Casey. — Tem certeza de que não
há nada de errado com você? Você precisa me dizer por que você não está
autorizado a desmaiar. Eu não sei fazer CPR e provavelmente vou quebrar a
sua costela com a minha tentativa desastrada.
Ele duvidava disso. Casey não podia pesar mais do que um dólar e
vinte e cinco, se tanto. Arizona era um cara grande, sólido e musculoso.
Ele levantou um dedo. — Me dê um segundo.
— Oh, ok. — Casey assentiu.
Arizona correu para dentro do compartimento onde Nevada ainda
estava trabalhando. — Eu acho que estou tendo um ataque cardíaco.
Nevada amaldiçoou quando ele bateu com a cabeça na parte de baixo
do capô. Ele olhou para Arizona quando ele se endireitou, esfregando a cabeça.
— lobos não têm ataques cardíacos, idiota.
Arizona sabia disso. Shifters curavam de qualquer coisa errada
quando eles mudavam. Havia algumas exceções, mas isso era irrelevante. —
Então por que eu sinto que estou bem no meio de um?
Nevada se inclinou para o lado, olhando em volta do carro que
Arizona tinha deixado no elevador. — Poderia aquele pequeno cara lá fora ter
algo a ver com o seu ataque cardíaco falso?
— Cara, eu não estou fingindo. Meu peito sente tudo apertado, e eu
estou porra suando. Meu coração está acelerado, também. — Arizona enxugou
a testa e, em seguida, pressionou a palma da mão contra o seu olho. Eita, o
que diabos estava acontecendo com ele?
— E esses sintomas começaram quando conheceu esse cara?
— Ya acha que ele me deu um ataque cardíaco? — Arizona fez uma
careta. — Ele não é de tão boa aparência para parar o meu coração, seu burro.
Nevada lhe deu um tapa no ombro. — Às vezes você é um completo
idiota, bro. Você não está tendo um ataque cardíaco.
— Então o que há de errado comigo? Se eu realmente estou
morrendo, nossos pais vão ficar putos que você não fez nada para salvar o seu
filho favorito. — Arizona continuou a esfregar o peito. Talvez fosse azia. Quatro
dogs de pimentão com queijo no almoço pode ter sido um exagero.
Nevada começou a rir, segurando uma mão contra o seu estômago.
— Isso é tão maldito impagável. Meu irmão mais novo não sabe a diferença
entre um ataque cardíaco e encontrar o seu companheiro.
Espere. O que?
— Diga de novo? — Ele olhou por cima do ombro para Casey, que
estava inclinado para o lado, observando-os. Quando viu Arizona olhando para
ele, o cara sorriu e deu um pequeno aceno.
— Tudo bem? — Casey chamou.
— Sim. — Nevada perguntou quando o seu sorriso cresceu. — Está
tudo bem, ou você precisa de mim para chamar uma falsa ambulância?
— Você é um idiota. — Arizona reclamou. — Continue tirando sarro.
— Ele franziu a testa. — Mas como posso ter certeza que Casey é realmente
meu companheiro? Quer dizer, poderia ser azia ou algo assim.
— Ah, agora você me fez sentir pena de você. — Nevada suspirou. —
Tudo bem, tudo bem. O seu lobo está enlouquecendo?
— Sim. — Arizona declarou. — Como se ele estivesse se preparando
para uma luta.
— Mas não há nenhuma ameaça. — Nevada apontou e depois deu de
ombros. — A menos que você esteja com medo de um cara que mede 1,50
que é tão magro como um chicote.
Isso definitivamente não era o problema, por isso tinha que ser...
Companheiro.
Merda.
— Eu tenho que dar-lhe uma carona para casa. Você se importa de
terminar para mim?
Nevada começou a avançar. — Eu tenho que encontrar o homem
azarado.
Arizona enfiou a mão contra o peito de Nevada. — Vá lá fora e eu vou
lidar com você. Deixe-me ter a chance de conhecê-lo primeiro.
— Por que não posso encontrá-lo? — Nevada parecia confuso. — Não
é como se eu fosse deixar escapar que vocês dois são companheiros. Eu
apenas quero dizer oi para o meu cunhado.
Arizona sentiu-se tonto. Ele jogou o braço para fora quando ele
revirou os olhos. — Tudo bem, vá.
Seu irmão lhe deu uma cotovelada antes de ir em direção a Casey.
Arizona ficou onde estava e viu como os dois interagiram.
— Eu sou Nevada. — Seu irmão estendeu a mão. — Ouvi dizer que
estava tendo problemas com o carro.
Arizona tinha esquecido de Nevada quando ele estava olhando o carro
de Casey. É claro que o homem havia estado ouvindo a conversa.
Xereta intrometido.
— Sim. — Casey disse e concordou com a cabeça, mas não ofereceu
o belo sorriso que fez o corpo de Arizona apertar. — Arizona disse que iria
trabalhar com ele e ter os Millers elaborando um plano de pagamento. Por que
isso é um problema?
Houve uma grande preocupação na voz de Casey.
— Não, não há problema. — Disse Nevada. Ele olhou para Arizona e
piscou antes de voltar para Casey. — Eu vou arrasta-lo esta tarde, se você não
se importa.
Essa piscadela fez Arizona pensar que Nevada iria derramar os
feijões. Ele mataria seu próprio irmão se ele fizesse.
— Por que eu me importaria? — Casey parecia suspeito. Arizona saiu
do seu compartimento. Ele não queria que Nevada assustasse o homem.
— Nevada é apenas intrometido. — Arizona explicou. Ele cutucou
Nevada para fora do caminho e olhou para ele antes de virar e sorrir para
Casey.
Casey parecia ainda mais confuso. — Arizona e Nevada. Hã. Vocês
são parentes?
— Irmãos. — Nevada ofereceu.
— O nome do meu pai é Montana. — Arizona acrescentou.
Isso fez com que Casey sorrisse. — Isso é muito legal. Estranho, mas
legal.
— Fico feliz que você goste. — Arizona deu ao seu irmão um mau-
olhado. — Eu estou indo para dentro me trocar. Deixe Casey em paz.
Nevada sorriu. — Só estou conversando com o cara.
— Eu tenho certeza que eu estou seguro com ele. — Disse Casey
para Arizona.
— E por que isso? — Nevada pareceu ofendido. — Você não acha que
eu sou charmoso o suficiente para roubar o seu coração?
— Eu vou ter que lembrar de repetir essa conversa para Taylor. —
Arizona ameaçou.
Casey apertou os lábios. — Você tem um cara e está tentando flertar
comigo? — O humano fez tsked. — E aqui eu pensado que você parecia um
cara legal.
Nevada virou e se afastou, murmurando baixinho sobre twinks
atrevidos.
— Eu já volto. — Disse Arizona.
— E eu estarei aqui. — Casey respondeu.
Arizona não se mexeu. Ele olhou para o homem, fascinado com cada
centímetro do rosto perfeito de Casey. Ele queria beijar o cara tão mal que os
dentes doíam.
Incerteza preencheu os olhos azuis de Casey. — Eu pensei que você
ia se trocar?
— Eu vou. — Arizona limpou a garganta e se forçou a se afastar.
Esses foram os passos mais difíceis que ele já tivera de dar.

Capítulo Dois

Casey tinha encontrado o seu quinhão de homens de boa aparência.


Afinal, ele trabalhava em um clube de stripe. Ele também fez um habito de não
flertar com qualquer um desses homens, mas ele não estava no clube de
stripe. Casey ficou na frente da oficina como o sol quente de verão batendo
nele, olhando para a porta que Arizona tinha acabado de passar.
Sim, ele conheceu o seu quinhão de homens de boa aparência, mas
em geral eles eram idiotas, sempre tentando entrar na sua calça. Eles
equiparavam stripers com prostitutas.
O que ele não era. Em seus vinte e três anos de vida, Casey tinha
dormido com apenas dois homens. Dois. Ele nunca mencionou esse fato
porque ninguém acreditava nele.
Ele era um striper, depois de tudo.
Mas ele tinha acabado de conhecer o homem mais sexy e mais
bonito. Arizona não tinha tentado entrar na sua calça. Em vez disso, o homem
tinha se oferecido para ajudar com a sucata de carro de Casey e para dar-lhe
uma carona para casa.
Casey era usado para homens flertarem com ele, e não o contrário.
Ele se sentiu corado e queria dizer mais para Arizona, mas não tinha nos
nervos flertar.
Ele, Casey Bazetti, nascido de uma família italiana que poderia falar
até cair os ouvidos de uma pessoa surda, estava nervoso demais para dizer a
Arizona que ele achou o homem bonito.
Ele tinha amaldiçoado o seu carro de sete maneiras diferentes por
aprontar essa, mas depois de conhecer Arizona, ele não se importava que o
seu carro tivesse morrido com ele.
O mecânico estava lhe dando uma carona para casa. Ele teria meia
hora para trabalhar a coragem de perguntar a Arizona se queria sair. E se o
tráfego estivesse ruim, ainda mais.
Os olhos de Casey se arregalaram ligeiramente quando Arizona
retornou. O homem tinha um jeans que tinha furos desgastados em alguns
lugares e uma camiseta azul escuro com o logotipo da oficina no seu peito
esquerdo.
A camisa se encaixava confortavelmente, mostrando o quão bem
definido o homem era. Seus bíceps eram do tamanho de toranjas, e os seus
peitorais eram pronunciados. Mas eram os olhos verde-jade de Arizona que
puxavam Casey. Eles estavam cheios de calor e continham uma pitada de riso
neles.
— Pronto? — Perguntou Arizona.
— Claro. — Casey mordeu o lábio inferior quando Arizona levou-o a
uma picape nova, com bordas brilhantes e uma bela coloração bronze. Havia
uma lona preta na carroceria e um quadro cromado circulando a sua lateral. A
picape era alta, e se não fosse pelos estribos, Casey teria precisado ser
erguido para a picape.
O carro de Arizona fez o de Casey parecer como uma lata enferrujada
em rodas carecas. Espere, era mesmo uma lata enferrujada sobre as rodas
carecas. Apesar de ter feito um bom dinheiro trabalhando no clube, Casey
estava economizando para comprar uma casa. Ele ainda vivia com os seus pais
e guardava cada centavo ganho.
Ele vivia em Sugar Creek, mas o seu objetivo era encontrar uma casa
de campo agradável em Dalton Falls com bastante terra e talvez até mesmo
comprar um par de cavalos.
Ele não sabia nada sobre cavalos, nunca tinha montado um, mas
ainda queria ter alguns. Casey tinha se apaixonado por Dalton Falls desde o
primeiro momento em que ele pisou na cidade. Era um ritmo mais lento de
vida, e era perfeito para ele.
Encontrar alguém para compartilhar a vida seria um bônus, mas, até
agora, ele não tinha. E embora ele achasse Arizona bonito, Casey não estava
pulando para arma.
Mesmo com o estribo, Casey teve de segurar a armação da picape
para entrar. — Você crê em picapes grandes, não é?
— É o meu bebê. — Disse Arizona, ligando a picape. Ela ronronou
como um gatinho, e Casey estava com ciúmes. Pena que o seu carro não
começou bem. Metade do tempo ele pediu para ele ligar, e a outra metade ele
bateu nele enquanto amaldiçoava uma tempestade. A picape de Arizona era
tão limpa que Casey estava com medo de se mover. Ele não queria deixar uma
marca de suor ou acidentalmente quebrar alguma coisa.
— Eu posso leva-lo para Sugar Creek sem nenhum problema. —
Arizona disse, ligando o ar condicionado. O ar frio encheu o interior, e a pele
de Casey se arrepiou com o suor secando no seu corpo. — Mas você vai ter
que me dizer para onde ir quando chegarmos lá.
— Eu posso fazer isso.
Casey pensou em manter uma pequena conversa, mas ele não queria
que Arizona perguntasse onde ele trabalhava. Não que ele tivesse vergonha do
que ele fazia. Casey não queria que Arizona o visse de forma diferente. Cada
indivíduo mudava a sua atitude quando descobriam o que Casey fazia para
viver.
Pela primeira vez ele queria ser tratado como se não fosse uma
espécie de estrela pornô. Ele não achava que isso era pedir demais.
— Há quanto tempo você é o dono desse carro?
O cara queria falar sobre carros. A tensão diminuiu, tornando mais
fácil discutir o tema seguro. — Cerca de um ano. Eu o consegui por uma
pechincha.
Arizona resmungou.
— Sim, eu sei que o carro é um lixo. — Casey admitiu. — Mas é
utilitário e me leva onde eu preciso ir. As vezes. E foi tudo que eu pude pagar.
— Sem ofensa, mas o proprietário deveria ter pago você por levá-lo
das suas mãos. Esse carro é uma armadilha mortal.
— É tudo o que tenho. — Casey o defendeu. — E eu preciso.
— Ele simplesmente não é seguro. Isso é tudo.
— Você já disse isso. — Casey destacou. Ele não tinha certeza por
que o cara se importava. Mais o tom duro de Arizona disse que ele não estava
feliz. Mas por quê?
— Eu aprecio você gastar o seu tempo para olhar para ele. — Casey
apertou as mãos no seu colo. — Não são muitos caras que teriam feito algo tão
bom.
— Então você esteve ao redor dos caras errados. — Arizona fez a
curva para entrar na rodovia. — Os caras que eu conheço iriam sair do seu
caminho para ajudar uns aos outros.
Casey desejava ter amigos assim. O único amigo de verdade que ele
tinha era Paden, e o fada estava pegando mais leve em casa com os seus
recém-nascidos. Paden tinha ido embora há quase dois meses. Ele tinha
visitado uma ou duas vezes, mas Casey não era do tipo de se intrometer. Ele
sentia falta do fada e esperava que Paden voltasse a trabalhar em breve.
— E os caras que eu conheço não fariam. — Os únicos homens que
ele conhecia, além de Paden, eram os homens pendurados no clube. Casey
tinha dois irmãos mais velhos, mas ambos estavam ocupados com as suas
próprias vidas. Seu irmão Brad era um advogado renomado e tenso que enchia
a sua família de lápis quando visitava.
Thomas tinha se mudado para a Califórnia com a sua esposa e filhos.
Era apenas Casey e os seus pais agora, e embora ele morasse junto com eles,
ele nunca disse a eles sobre qualquer coisa acontecendo na sua vida.
Ele guiou Arizona, uma vez que chegou à cidade. Arizona entrou na
garagem e deu um assobio baixo. — Agradável.
— É a casa dos meus pais. — Sua mãe e pai eram endinheirados.
Casey não era. Eles acreditavam que os seus filhos deviam conquistar o seu
próprio caminho na vida, e Casey concordava.
— Você vive com os seus pais?
Casey franziu a testa enquanto ele empurrava o braço de Arizona. —
Ei, eu sou pobre. Não tire sarro de mim.
Arizona levantou as mãos, com palmas para fora quando ele sorriu.
— Eu não estou tirando sarro de você. Eu juro.
Franzindo os lábios, Casey abriu a porta da picape. Ele não estava
pronto para Arizona sair. Ele ainda não queria pular para arma, mas conhecer
o homem não poderia machucar. Além disso, ele não tinha flertado com o cara
na picape, então ele esperava que convidar o homem lhe daria um pouco mais
de tempo para fazer uma jogada.
— Então venha, vamos beber algo. É o mínimo que posso fazer
depois de você ter ido tão longe fora do seu caminho por mim.
Correndo subiu os degraus da frente, ouviu Arizona dizer — Eu lhe
disse que não é grande coisa.
— É para mim. — Casey abriu a porta da frente e esperou Arizona. O
cheiro de carne assada agarrava-se fortemente no ar, assim como o perfume
favorito da sua mãe. Era o Hypnotic Poison do Dior.
Ele ouviu alguém vindo no seu caminho da cozinha. Sua mãe, que era
tão pequena como ele, apareceu na porta, com as mãos nos quadris. — Eu não
ouvi o barulho nocivo do seu carro. Você finalmente se livrou dele?
— Ele morreu.
— Já era tempo. — Sua mãe acariciou a mão sobre o peito. — Eu
tenho um ataque cardíaco cada vez que você entrar naquela coisa. Um destes
dias, isso vai desmoronar bem em baixo você.
Era a mesma velha canção e dança, e Casey não queria ouvir a sua
palestra sobre ele ser uma armadilha mortal. Ele tinha achado divertido
Arizona o chamar da mesma coisa que a sua mãe. — Ma, este é Arizona.
Casey observou quando Arizona fechou a distância e pegou a mão
dela, pressionando um beijo na parte de trás dos seus dedos. — É um prazer
conhecê-la.
Sua mãe corou enquanto sorria suavemente, agindo como se nunca
ninguém a tivesse beijado antes. — O prazer é meu, você é um encanto.
Casey concordou e se perguntou quantas mulheres foram facilmente
seduzidas pelos encantos de Arizona. O homem era exuberante, e quem não
iria se apaixonar por ele? Ele tinha um sorriso sedutor, quase infantil que
atraiu Casey. Ele tinha sido atraído por homens antes, mas havia algo
diferente sobre Arizona. Era como se eles se conhecessem toda a vida, mas
eles tinham acabado de se conhecer.
Que estranho.
— Pare de flertar com a minha mãe. — Casey estreitou os olhos.
Arizona parecia ter um jeito com as mulheres, o que fez Casey se
perguntar se o cara era hetero ou gay. Ele nunca se preocupou em perguntar,
mas, novamente, ele tinha sido ensinado que perguntar a um estranho, coisas
pessoais era simplesmente rude.
Ele também tinha assumido que Arizona fosse gay, mas o cara só
podia ser uma pessoa do tipo educada. Talvez ele tivesse lido o homem
errado. Se o homem estava em linha reta, seria um desperdício.
Arizona virou a cabeça e piscou para Casey. — Eu não estava
flertando.
— Todo mundo flerta com a minha mãe. — Casey destacou. Não era
para se gabar. Era apenas um fato. Ela estava nos seus quarenta e tantos
anos, mas não parecia ter mais de trinta. Sua mãe ainda possuía a vibrante
aparência jovem, bem como a semelhança com Sophia Loren quando a atriz
era uma estrela de cinema no auge.
O cabelo preto da sua mãe caia em ondas pelas costas, com os olhos
de amêndoas. Sua pele era um toque mais escura da sua herança, e ela falava
com um sotaque italiano espesso. Ela era sua mãe, por isso ele não olhava
para ela de outra forma, mas ele tinha ouvido mais de uma vez que ela
possuía uma voz sexy.
Ele não queria pensar nela dessa maneira. Mas ela era, na verdade,
ainda belíssima enquanto ela graciosamente envelhecia.
Arizona beijou a mão dela novamente antes de solta-la. — Ela é uma
mulher bonita.
Casey revirou os olhos e disse baixinho — Beijoqueiro.
Sua mãe ouviu. — Não se atreva a castigá-lo por ser um cavalheiro.
— Quem está flertando com a minha esposa? — Disse o seu pai em
sua voz potente quando ele abriu a porta do escritório, os sons de Frank
Sinatra enchendo o ar atrás dele.
Seu pai era alto e bonito como o diabo, mas começando a arredondar
no meio. Sua mãe disse que era da sua comida, e Casey acreditava nela.
— Arizona está flertando com a mãe. — Casey se virou para o
homem lindo que estava à sua esquerda. Arizona ainda estava olhando para a
sua mãe nesse tipo de maneira melancólica que um cara olhava para uma
mulher que não podia ter. Isso só disse a Casey como verdadeiramente reto o
homem era. — Pai, este é o cara que foi bom o suficiente para me dar uma
carona para casa.
As sobrancelhas do seu pai franziram, enquanto ele olhava de Arizona
para Casey. — Você pegou uma carona com um estranho?
Meu Deus, alguém atire nele. — Logo depois que eu roubei uma loja
de conveniência. — Como Casey não poderia dizer se um cara era bom ou
ruim. Ele jogou o polegar para o filhote apaixonado. — Arizona foi o meu piloto
de fuga
— Espertinho. — Disse o pai dele, agarrando Casey em um abraço e
bagunçando o cabelo dele.
Casey bateu as mãos do seu pai para longe. — Como você sabe que
eu não estou dizendo a verdade?
O homem olhou para ele como se fosse um acéfalo. — Porque você
não daria a sua querida mãe um ataque cardíaco.
— Obrigado por ajudar nosso filho. — Sua mãe bateu os cílios
grossos. Nossa, isso foi embaraçoso. Casey estava quente por um homem que
fez a sua mãe corar. Tudo o que ele precisava era que o seu pai flertasse com
Arizona e Casey podia morrer de mortificação.
— Não tem problema, senhor. — Arizona parecia estar levando isso
sem dificuldade. Ele apertou a mão do pai de Casey.
Seu pai deu um tapinha na parte de trás de Arizona, como se eles
estivessem prestes a sair para fumar charutos e beber conhaque. — Bah, não
senhor. Me chame de Dante.
— E eu sou Stella. — Sua mãe adicionou quando ela sorriu para
Arizona.
— Seu irmão se chama Nevada, e o seu pai Montana. — Casey não
tinha certeza do por que ele disse isso aos seus pais. Ele definitivamente
queria mudar de assunto antes que os dois estivessem babando todo sobre si.
Não que eles não fossem boas pessoas, mas a forma como a sua mãe
estava olhando para Arizona deveria ser ilegal. E o seu pai era indiferente ou
simplesmente não se importava. Dante Bazetti estava acostumado com
homens flertando com a sua esposa. Na verdade, ele adorava que tantos
homens a queria.
Isso acariciou o ego do homem.
Mas parecia que os nomes não tinham intrigado o homem. — Err,
interessante.
Casey tinha pensado assim.
Ele agarrou o braço de Arizona e puxou o homem para a cozinha. —
Siga-me, Arizona. Vou pegar a sua bebida.
— Sem álcool. — Sua mãe falou atrás deles. — Ele ainda tem que
dirigir.
Quando ficaram sozinhos, Casey disse; — Desculpe por isso.
Arizona parecia confuso, quando ele aceitou o refrigerante que Casey
entregou. — Desculpar sobre o quê? Seus pais? Eu gosto deles.
— Ok, sim, eles são bons, mas intrometido e incômodo às vezes.
— Quais pais não são? — O cara era muito perfeito. Pena que ele
não era gay. — Meu pai Gabby vai mantê-lo contra a parede.
Casey fez uma pausa quando ele começou a tomar um gole do
refrigerante. — Espera. Pensei que tivesse dito que o nome do seu pai era
Montana.
— Eu tenho dois pais.
Agora foi ainda mais frio do que os nomes. Pena que eles tinham
criado um cara reto. Parecia que ele não precisava de mais tempo para
trabalhar a sua coragem de flertar. Seria inútil. Ainda…
— Como um casal gay te adotou? — Não que Casey não tivesse visto
isso antes. Seu melhor amigo teve filhos com Michaya.
Arizona limpou a garganta quando ele olhou ao redor da cozinha. —
Algo parecido.
— Interessante. — Mas parecia que o assunto deixou Arizona
desconfortável. Ele estava envergonhado que dois homens o haviam adotado?
Se ele estivesse envergonhado ou não, eles tinham feito um bom trabalho.
Arizona era educado, gentil, e tinha saído do seu caminho para ajudar Casey.
Ele resignou-se a ser apenas amigo de Arizona. Mesmo se o cara não
fosse gay, ele ainda era um bom amigo para ter, e Casey precisava.
— Não realmente. — Arizona segurou o refrigerante um pouco mais
duro. Ele parecia como se estivesse pronto para fugir a qualquer momento.
— Nós podemos ir sentar na varanda dos fundos, se tiver tempo. —
Ele não queria Arizona o descartasse com uma nota ruim, mesmo se ele não
tivesse uma chance com o cara.
Arizona disparou para Casey um olhar e assentiu. — Eu tenho tempo.
O homem era raro. Ele era o cara mais legal que Casey conheceu,
mas um pouco estranho. Ele não tinha a intenção de ofender o homem sobre
os seus pais, ainda assim Arizona parecia satisfeito em ir para a varanda dos
fundos.
— Você está sendo muito educado. Para um cara que parece não
querer ficar por aqui. Tem certeza de que não há nada de errado com você?
Arizona deu-lhe um olhar divertido. — Mais uma vez, você esteve ao
redor das pessoas erradas se você pensa que a minha bondade é estranha.
Isso era. Ele tinha acabado de conhecer Arizona, e ele tinha se
prontificado a ajudar Casey. O cara tinha até se dado bem com os pais de
Casey, como se ele tivesse estado tentando impressioná-los.
Para não acrescentar.
Ele levou Arizona para a varanda de trás e sentou-se na mesa de
madeira. O guarda-sol formava uma sombra, mas Casey ainda estava quente.
Seus pais não tinham ar condicionado central, o que deixava os verãos
torturantes.
Suor começou a se formar no corpo de Casey quando Arizona se
sentou ao lado dele.
— Acabei de saber que nada na vida é de graça. — Disse Casey.
Seus pais viviam em um pequeno pedaço de terra que lhes permitia ter um
quintal amplo.
Sua mãe gostava de jardim e o quintal provava isso. Havia plantas
em todos os lugares e arbustos altos que fez parecer como se eles estivessem
cercados por bosques. Pena que eles não possuíam uma piscina, porque Casey
amaria um mergulho refrescante no momento.
— Todo mundo tem um ponto de vista, e se eles fazem um sólido,
eles querem algo em troca. — Ele terminou dizendo.
Arizona ergueu a lata de refrigerante. — Eu tenho o meu pagamento.
— Você é muito fácil. — Casey sorriu.
Arizona apertou os lábios e, em seguida, assentiu. — Vou levar isso
como um elogio.
Limpando a garganta e brincando com a lata que ele colocou sobre a
mesa, Casey disse; — Eu sei que você não é de Dalton Falls. Onde você
morava?
— Em uma caverna com um urso. — Arizona provocou. O sorriso do
cara era deslumbrante, e Casey odiava o fato de que tudo o que eles poderiam
ser era amigos. Ele adoraria beijar o homem. Na verdade, ele estava morrendo
de vontade.
— Ok, eu sou curioso. Entendi.
Arizona bateu no braço de Casey com as costas da mão. O contato
fez as coisas dentro de Casey formigarem. Ele estava sendo punido. Ele tinha
que estar. Havia um homem lindo de morrer sentado ao lado dele, e o cara
estava fora dos limites. — Não, tudo bem. Eu sou de uma pequena cidade
chamada Vila Brac.
— Nunca ouvi falar dela.
Arizona deu de ombros. — Muita gente não ouviu. Eu ainda a adoro,
no entanto.
— Então por que você se mudou? — Se Casey comprasse uma casa
em Dalton Falls, ele nunca iria se mudar.
— Vim com Matthew. — Disse Arizona. — Ele é o novo e... alfa
— Alfa?
O cara visivelmente endureceu antes que ele se conteve. — Você
sabe o que? Esqueci completamente que eu tinha um compromisso. Eu preciso
ir.
Ótimo, ele tinha ofendido o homem ainda mais. Parecia que ele
estava fazendo um grande trabalho. Por que ele só não acertava Arizona na
cabeça com uma frigideira? Podia ser menos doloroso. — Foi algo que eu
disse?
Casey sabia sobre os shifters que viviam em Dalton Falls. Afinal de
contas, seu melhor amigo era um fada. Se Arizona tinha dito alfa, significava
que ele era algo diferente de humano. O que não incomodou Casey. A palavra
tinha acabado o pegando desprevenido.
— Nah, baixinho. Está tudo bem. — Arizona se dirigiu para a porta
da cozinha e depois parou. — Dê-me o seu número para que eu possa
informá-lo sobre o seu carro.
— Ah, certo. — Porque o homem não iria querer o seu número por
qualquer outro motivo. Ele andou com Arizona para dentro e encontrou uma
caneta e papel em uma das gavetas da cozinha. Ele rabiscou o seu número de
telefone e entregou o pedaço de papel para Arizona. — Aqui está.
O homem empurrou o papel no bolso da frente. Esse era um pedaço
de papel de sorte. — Eu acho que eu vou indo.
Arizona ficou lá com a lata de refrigerante na mão, olhando para
Casey com uma expressão estranha. Casey não tinha certeza por que o cara
olhou para ele dessa forma e não perguntou.
— Você não está se movendo. — Casey destacou.
Arizona balançou a cabeça, virou-se e disse por cima do ombro — Te
vejo por aí, Casey.
Frustrado com a vida, Casey voltou para a varanda e caiu no seu
assento. O que tinha começado como uma promessa se transformou em
irritação.
O homem não era gay.
Deixe isso para trás.
Ele teria que, ao menos fazer um passe e deixar Arizona bater os
seus dentes para fora. O cara era um homem viril, e ser cantado por um cara
gay, só poderia ser a coisa para colocá-lo para fora.
— Que sorte a minha. — Ele murmurou para si mesmo. Ele não tinha
a menor chance com o homem lindo, e os próximos fatos eram importantes, os
pais de Casey nem sabiam que ele era gay. Eles também não tinham ideia que
era um striper. Eles pensavam que ele era um barman.
Se eles descobrissem, sua mãe só poderia ter esse ataque cardíaco
que ela sempre alegou que ela estava à beira.

Capítulo Três

Com o número de Casey queimando no bolso, Arizona decidiu não


esperar para ligar para o cara. Ele tinha acabado de sair da casa de Casey e
queria voltar.
Seu companheiro.
Ele riu para si mesmo. Ele tinha acabado de falar com Nevada sobre
companheiros, e em seguida ele tinha aparecido. Quão estranho era isso? Não
importa. Arizona não ia perder tempo.
Observando a estrada, ele colocou o fone Bluetooth sobre a sua
orelha e discou o número de Casey.
— Olá?
Suas entranhas derreteram quando ouviu a voz do homem. — É
Arizona.
Houve uma pausa. — Algo está errado? Será que a sua picape
quebrou? Eu não posso ir busca-lo, desde que eu não tenho o meu carro.
Arizona preferia andar todo o caminho de volta para Dalton Falls do
que entrar na armadilha da morte de Casey. — Não, nada de errado.
— Oh, então por que você ligou? — Casey bufou. — Eu espero que
não seja para falar com a minha mãe. Ela é casada, sabe.
Arizona sorriu. A mãe de Casey era bonita, mas além de ter boas
maneiras, ele estava tentando impressionar Casey.
— Eu liguei para falar com você, baixinho.
— Você, comigo? — O homem parecia atordoado. — Mas por quê? —
Ele limpou a garganta. — Quero dizer, tudo bem. O que você quer falar?
Então, muitas coisas más passaram pela mente de Arizona. Sexo por
telefone teria sido grande, mas Casey não parecia o tipo. O cara era bom, mas
parecia um pouco reservado. — Há uma fogueira neste fim de semana, e eu
estava pensando se você queria ir comigo.
— Como amigos?
Arizona franziu a testa. — Não, como em um encontro.
— Você é gay? — O homem mais uma vez parecia atordoado.
Talvez ele interpretasse mal o cara. — Você não é?
Se Casey não era gay, Arizona tinha um problema nas suas mãos. Ele
nunca tinha tido relações sexuais com um cara reto, como se um cara hetero
teria relações sexuais com outro homem de qualquer maneira, embora o
pensamento sempre o intrigou. Mas esse era o seu companheiro. Ele não
queria quebrar a cara. Ele iria embora. Ele definitivamente iria.
E não seria divertido lhe mostrar as coisas.
— Sim, eu sou. — Disse Casey. — Mas eu pensei... da forma como
você agiu... não importa.
Arizona riu. — As pessoas pensavam que todos os homens
homossexuais agem de determinada maneira. Eu sou apenas eu mesmo.
Então, você quer ir comigo?
— Claro que sim! — Casey gemeu. — Quero dizer... com certeza.
O entusiasmo do homem fez Arizona se sentir mais leve. O sorriso no
seu rosto seria necessário uma britadeira para remover. Ele percorreu a
rodovia, colocando o seu controle de velocidade em uso enquanto ele deixava
as incertezas para trás.
— Ótimo, é na sexta-feira à noite.
— Sexta-feira? A que horas?
— Não tenho certeza, mas provavelmente em torno das dez. —
Arizona não gostou da maneira como Casey soou. O homem estava hesitante.
Ele não conseguia entender por que desde que Casey tinha estado animado
apenas momentos antes.
Ele ouviu um grunhido baixo, e em seguida, Casey disse — Sinto
muito, Arizona. Eu realmente adoraria ir com você, mas eu tenho um
compromisso na sexta-feira à noite.
Arizona não gostou da mudança que sentiu em Casey. Era como se o
homem estivesse escondendo algo. — Então eu acho que eu vou ligar quando
eu tiver notícias do seu carro.
— Hum, ok.
Arizona desligou. Ele puxou o fone Bluetooth da sua orelha e jogou-o
no porta-copos. Um pensamento lhe ocorreu. E se Casey já estiver em um
relacionamento? Talvez o cara estivesse apenas sendo educado e não queria
ferir os sentimentos de Arizona?
Essa possibilidade deixou Arizona chateado. Seu lobo rosnou com o
pensamento de qualquer outra pessoa tocando o seu companheiro.
Ok, pare o ônibus. Você está colocando o carro na frente dos bois.
Arizona estava pronto para desafiar um homem que podia nem
existir. Havia apenas uma maneira de descobrir.
Agarrando o seu fone Bluetooth, Arizona colocou-o na sua orelha e
remarcou o número de Casey.
—Olá?
—Você tem um namorado? — Porque fazer rodeios?
—Uau, isso é pessoal. — Disse Casey.
Arizona esfregou a barba enquanto ele tentava se acalmar. Rosnar
para o seu companheiro não iria levá-lo em lugar algum, e ele podia estar
chateado por nada. — Você está certo. Sinto muito. — Disse ele. — Então,
você tem um namorado?
Casey deu uma risada suave. — E persistente, também.
Ele não gostou da forma como Casey se esquivou da pergunta, e
estava morrendo para saber a resposta. — Eu não quero ser intrusivo. Eu só
quero saber se tenho uma chance com você.
Ele definitivamente tinha uma chance. Se Casey estivesse vendo
alguém, Arizona iria cortejar o humano e conquistá-lo. Ele não podia pensar
em outra solução. Os companheiros eram um achado raro, e ele não estava
entregando o seu tão facilmente.
Ele não era um maldito honrado.
— Eu vou responder a sua pergunta se você concorda em almoçar
comigo no domingo.
— Na casa dos seus pais? — Perguntou.
— Deus, não. Se eu tiver que vê-lo flertar com a minha mãe por
uma tarde inteira, eu só poderia me matar.
Apesar do seu humor atual, Arizona sorriu. — Eu estava apenas
sendo educado.
— E você fez isso perfeitamente. Na verdade, eu acho que o meu pai
ficou com ciúmes.
— Ficou? — O Arizona não tinha a intenção de ser íntimo de mais.
Ele teria que pedir desculpas ao pai de Casey.
Casey começou a rir. — Você é muito fácil. Não, ele não ficou bravo.
Na verdade, acho que ele gosta de você.
Ok, isso era uma coisa boa. Nunca fazia mal ter os pais encantados.
— Onde você quer ir almoçar?
— Há um restaurante italiano no final da Broadview. Eu nunca fui
capaz de me dar ao luxo de comer lá. — Disse Casey.
Arizona ponderou a ideia. Ele preferia ter um piquenique para que ele
pudesse conquistar Casey.
— Sugestões. Sugestões. — Casey disse quando Arizona
permaneceu quieto. — Essa é a sua maneira de dizer que você vai me levar.
— Claro, você não prefere ir a um piquenique? — Perguntou.
Casey ficou em silêncio. O tempo parecia estender-se para sempre, e
Arizona teve de olhar para o seu telefone para se certificar que o cara não
tinha desligado. — Olá?
— Eu nunca tive ninguém me levando em um encontro antes. —
Casey admitiu. — É por isso que eu sugeri termos um almoço.
Arizona não podia acreditar que alguém tão incrivelmente lindo como
Casey nunca tinha ido a um encontro. Era incompreensível. — Mais uma vez,
você está saindo com os homens errados.
E ele estava feliz com isso? Sim. Emocionou Arizona que ele seria o
primeiro homem a levar Casey em um encontro. — Então, como soa um
piquenique?
— Maravilhoso. — Casey disse em uma voz sonhadora.
— Então eu vou buscá-lo domingo ao meio-dia. — Disse Arizona.
— É um encontro. — O homem parecia emocionado, o que fez
Arizona sorrir. — Vejo você então.
Ele desligou.
Então amaldiçoou.
Ele tinha esquecido de conseguir a sua resposta, sobre Casey
namorar outra pessoa. Ele viu agora que o pequeno humano iria correr em
círculos em torno dele.
E sinceramente, ele realmente não se importava.
Contanto que Casey não estivesse vendo ninguém.

Casey tinha se trocado uma centena de vezes, e o seu quarto parecia


como se uma loja de roupas tivesse explodido. Ele não tinha certeza do que
uma pessoa usava para ir a um piquenique. Ele experimentou várias roupas e
odiou, tirou e as jogou de lado, só para experimentar a próxima que ele
pensava que iria dar certo.
Farto e frustrado, ele ligou para Paden. — Você tem que me dizer o
que uma pessoa usa em um piquenique. — Disse ele, logo que o seu amigo
atendeu o telefone.
— Colônia. — Paden brincou.
— Estou falando de roupas. — Disse Casey. — Eu não tenho a menor
ideia do que vestir.
— Primeiro você tem que me dizer quem é o cara, e então eu vou
lhe dizer o que vestir.
Casey ouviu um dos bebês arrulhar ao fundo e sorriu. Paden era um
cara de sorte. — Só um cara que eu conheci. — Disse Casey.
— Ele é quente?
— O que você acha?
— Ok, pergunta idiota. Você realmente gosta dele, ou você está
apenas querendo ficar com alguém? — Perguntou Paden. — Porque há uma
grande diferença.
— Eu realmente gosto dele. — Disse Casey. O surpreendeu o quanto
ele quis dizer isso. Se importava com o que Arizona pensasse dele, e Casey
não queria estragar tudo. Havia algo sobre o cara que chamava Casey, algo
que o fez pensar no homem sem parar. Isso nunca tinha acontecido com ele
antes.
— Algo que diz eu gosto de você, mas eu não quero foder no nosso
primeiro encontro. — Acrescentou Casey.
— Então você deve usar bermuda, mas mantê-las no meio da coxa.
Uma camisa agradável, mas nada que grite vagabunda. Vista uma das suas
camisas polo.
Casey tinha uma de cada cor. — OK.
— Então você está pronto. Use esses seus sapatos baixos, que eu
absolutamente odeio. Eles são bons para um piquenique.
— Meu All Star azul e preto?
— Sim, esses. — Casey podia praticamente ouvir Paden estremecer
pelo telefone.
— Obrigado. — Casey disse antes de desligar. Ele pegou uma camisa
para combinar com o azul nos seus sapatos, e estava tudo pronto. Ele se
preocuparia com a limpeza do seu quarto quando ele voltasse. Casey estava
atrasado depois do seu colapso com o guarda-roupa.
Tomado banho, barbeado e parecendo agradável, Casey correu
escada abaixo. Ele estava grato que ele não trombou com a mãe dele. Ela iria
fazer muitas perguntas, e ele precisava sair.
Assim que ele saiu para a varanda, Arizona parou na calçada. Um
homem pontual. Casey gostava disso.
Para sua surpresa, Arizona saiu e abriu a porta do passageiro para
ele. Todo cavalheiro. Casey sorriu, olhou por cima do ombro para se certificar
de que os seus pais não estavam espiando pela janela, e, em seguida, correu
para a picape.
— Você está bem. — Disse Arizona.
O homem também não parecia nada mal. Ele usava jeans, uma
camisa de botão, e um confortável sapato. O homem parecia comestível e
cheirava tão bem, a terra, e a homem, e Casey queria lamber o homem da
cabeça aos pés.
— Obrigado. — Casey disse quando ele entrou na picape.
Ele não tinha ideia de onde Arizona queria fazer o piquenique, mas
Casey teve uma ideia, quando o homem se dirigiu para Dalton Falls.
Eles acabaram no topo de uma colina, olhando para baixo sobre um
lago lindo. Era o local perfeito. Quando Arizona colocou tudo para fora, Casey
se sentou no cobertor com borboletas nervosas no seu estômago. Arizona
estava seguindo cada movimento seu, observando-o atentamente. A atenção
do homem deixou Casey tenso.
Ele não estava acostumado a alguém observando-o tão de perto.
Uma vez que o almoço foi colocado sobre o cobertor, Arizona se
estendeu ao lado de Casey. A camisa do homem subiu, mostrando um
abdômen bronzeado e rígido. Extasiado com a pele exposta, Casey se
encontrou respirando fundo quando o seu coração desacelerou.
Ele achou difícil desviar a sua atenção do pacote agradável inchado
por trás do zíper do homem. Fazia muito tempo que ele tinha estado com
alguém, e Arizona estava deitado ao lado dele como uma refeição tentadora.
Como poderia o homem parece tão bom deitado lá? Não era justo.
Casey tinha que passar horas apenas para parecer tão bom quanto Arizona. E
o homem não parecia o tipo de gastar tempo consigo mesmo. Seu cabelo era
muito curto para estilizar com quaisquer produtos, e o máximo que ele
provavelmente fazia era manter a sua barba e bigode aparados.
Ele não tinha certeza se Arizona frequentava uma academia ou se
esse corpo incrível era todo natural. De qualquer maneira, o homem era um
deus.
Arizona tirou os sapatos, e até mesmo os seus pés eram bonitos. A
proximidade do homem era intoxicante. Ele cheirava como se ele tivesse
tomado banho pouco antes de pegar Casey. Seu cheiro era uma mistura de um
pouco de sabão viril e do aroma natural de Arizona. Casey estava morrendo de
vontade de enfiar o nariz contra o pescoço do homem e inspirar
profundamente... morrendo de vontade de fazer ainda mais do que isso.
— Agora isso não é melhor do que um restaurante lotado? —
Perguntou Arizona, puxando a atenção de Casey longe do corpo sedutor do
homem.
Casey viu que Arizona estava plenamente consciente de onde ele
estava olhando. Durante vários segundos, eles apenas olharam um para o
outro.
Era definitivamente mais íntimo, e a vista era espetacular, tanto o
lago quanto Arizona. Arizona passou o seu olhar preguiçosamente sobre Casey,
e o olhar disse que Arizona estava com fome dele.
— Muito mais tranquilo. — Casey pigarreou nervosamente e
acrescentou — Então, que tipo de shifter você é?
As coisas estavam indo tão perfeitamente que Casey esperava que o
céu caísse. Os outros homens que ele tinha tido encontros eram cavalheiros,
primeiro, até que eles descobriam o que ele fazia para viver, e Casey não tinha
gostado metade do quanto ele gostava de Arizona.
Isso só cimentou a sua determinação para se certificar de que
Arizona nunca descobrisse que ele era um striper. Ele não queria que essa
sensação maravilhosa terminasse. Ele não queria Arizona olhando-o como uma
estrela pornô. Ele gostava da maneira como Arizona olhava para ele, com
esses, carente, belos olhos verdes quentes.
Mas não havia nenhuma luxuria neles, não da forma como os homens
olhavam para Casey no Silk Room, como se ele não fosse nada mais do que
um objeto para usar e deixar de lado. Arizona olhou para ele como se Casey
fosse algo mais, alguém que o cara teria orgulho de chamar de seu.
Arizona era ele mesmo, não escondendo nada. Isso fez com que
Casey se sentisse um lixo por esconder uma parte de si mesmo, mas o
pensamento de perder aquele sorriso, de nunca mais ouvir a voz de Arizona
outra vez, lhe doía de uma maneira que ele não entendia totalmente.
Dando uma risada áspera e sedutora, Arizona disse — Você sabe
sobre shifters? — Franzindo a testa. — Então por que você não disse alguma
coisa na sua casa?
Casey deu de ombros quando ele arrancou algumas uvas do cacho,
que ainda estava na cesta. — Eu sei sobre shifters, mas eu me senti como se
estivesse sendo um intruso quando eu perguntei sobre os seus pais. Você não
parecia querer falar sobre isso, então eu não quis ficar mais pessoal com você.
O sorriso de Arizona estava provocando. Se aquele homem pudesse
engarrafar aquele sorriso, ele seria rico. Não eram só os dentes retos e
brancos, mas as covinhas que apareceram em ambos os lados da boca do
homem.
— Eu sou um shifter lobo, e eu não tenho problema de falar sobre os
meus pais.
— Então por que você ficou tenso e mudou de assunto? — Perguntou
Casey.
— Porque há algo que eu preciso falar com você sobre eles. — Disse
Arizona. Ele sentou-se, dobrando as pernas antes de circula-las com os seus
braços. Ele olhou para Casey, e Casey não tinha certeza se queria saber.
Arizona parecia muito sério, e Casey não queria que a sua tarde estragasse.
— É ruim? — Perguntou Casey.
— Primeiro você tem que me dizer se você está namorando alguém.
— Arizona agarrou o queixo de Casey e correu a ponta do seu dedo polegar
acima da sua mandíbula. — Eu preciso saber.
— Por quê? — Casey perguntou provocativamente. — Tem planos de
me pedir para ser exclusivo? — Ele riu. — Um pouco cedo para isso, não é?
Casey o provocou só porque ele odiava rejeição. Ele não tinha certeza
de onde tudo isso estava indo, e se Arizona não fosse sério sobre namorar,
então Casey queria manter as suas opções em aberto.
Ele não se importaria de ser exclusivo com Arizona. Até agora, o
homem tinha provado ser uma joia. Mas, novamente, ele não conhecia o
homem muito bem, e Casey tinha visto homens indo de educados para se
tornarem francamente idiotas uma vez que você os conhecia.
— Quanto você sabe sobre shifters? — Perguntou Arizona.
A pergunta fez Casey parecer carrancudo. — Que você pode mudar
para um animal. — Disse ele. — O que mais há para saber?
Arizona esfregou uma mão sobre o rosto. — Há muito mais para
saber.
— Como o quê?
— Você sabe sobre companheiros? — Perguntou.
Casey refletiu a palavra na sua mente. Ele meio que tinha uma ideia
do que possivelmente significava, mas tinha medo de perguntar. A pergunta
de Arizona poderia ir em muitas direções diferentes. Se o cara estivesse
prestes a lhe dizer que ele era acasalado, Casey iria chutar o traseiro do
homem por principalmente o iludir.
Não que ele realmente pudesse bater no cara. Arizona era alto, com
todo o seu 1,83m de altura, largo e musculoso, enquanto que Casey era
pequeno e pesava apenas 41 quilos. Ele iria ter a sua bunda entregue a ele se
ele tentasse, mas ele definitivamente iria dar ao cara um pedaço da sua
mente.
Ele não gostava de presumir, então ele se preparou. — Na verdade
não.
— Você é atraído por mim, Casey? — Arizona lhe lançou um olhar
por cima do ombro, olhando para Casey com aqueles belos olhos verdes.
— Não. — Casey disse — Eu apenas vou a encontros com homens
aleatórios que me ajudam com o meu carro.
Arizona sorriu. — Insolente.
— Sim. — Uma risada estrangulada saiu da garganta de Casey. — Eu
estou atraído por você. Mas eu acho que você já sabia disso desde que
perguntou.
Colocando o cesto de lado, Arizona chegou mais perto até que os
lados dos seus corpos se tocaram. Ele olhou para Casey com aqueles olhos
sexys, e a temperatura de Casey aumentou. Ele lambeu os lábios secos, se
perguntando se Arizona estava prestes a beijá-lo.
— Eu sou um lobo. — Disse Arizona. Parecendo divertido, como se
ele estivesse tentando suavizar o golpe, ele acrescentou com uma piscadela —
Mas eu também sou um vampiro.
Casey não esperava por isso e ficou totalmente confuso. — Se você é
um vampiro, como você pode estar do lado de fora durante o dia?
Não eram os vampiros que só saiam à noite? Casey iria admitir que
ele não era tão experiente quando se trata de shifters, mas ele estava certo
que os vampiros não poderiam sair durante o dia. Ele conhecia Michaya, mas
nunca tinha perguntado ao homem sobre os hábitos dos vampiros. Ele também
conhecia Hudson, o segurança no Silk Room, mas eles não eram amigos.
Apenas conhecidos.
— Meio vampiro. — Arizona lembrou-lhe suavemente. A provocação
foi embora, e foi como se o cara estivesse esperando a reação de Casey.
Se Casey já não tivesse sabido sobre shifters, ele poderia ter reagido
mal. Ele poderia ter se apavorado ou desmaiado. Mesmo sabendo que
existiam, e que ele era amigo de alguns, Casey ainda estava um pouco
nervoso por ele estar sentado ao lado de um homem que poderia mudar para
um lobo.
Mas um vampiro?
— Oh. — Ele ainda não sabia o que significava ser um meio-vampiro.
— Você bebe sangue?
Ele não tinha certeza se ele gostava da ideia de alguém chupando a
sua veia. Casey ficava enjoado e tonto sempre que via sangue.
— Eu bebo, mas eu não preciso tão frequentemente como os
vampiros puros precisam. — Disse Arizona. — Agora, você está indo responder
a minha pergunta?
Demorou um segundo para Casey se lembrar o que Arizona tinha
perguntado. Ele balançou a cabeça, ainda atordoado com o que o homem tinha
lhe dito. — Não, eu não estou namorando ninguém.
O olhar de Arizona se centrou na boca de Casey. — Bom.
Casey engasgou quando Arizona o agarrou pela nuca e começou a
beijá-lo. Deus, o homem cheirava tão bem, e ele beijava como um sonho.
Casey envolveu as mãos em torno do bíceps do homem, e os seus joelhos
tremeram. Ele amava homens grandes, e Arizona se encaixava perfeitamente.
Gemendo, Casey abriu os lábios enquanto Arizona o abaixava sobre o
cobertor. Casey ficou preso sob o homem e adorou cada segundo disso.
A barba aparada de Arizona raspou ao longo da sua pele, adicionando
ao prazer de Casey. Ele tinha que se lembrar que este era o seu primeiro
encontro, porque ele estava a segundos de distância de implorar ao homem
para ter relações sexuais com ele.
Arizona se afastou, pressionando um beijo na mandíbula de Casey. O
coração de Casey estava acelerado, seus dedos ainda agarrados em torno dos
braços do homem. Ele olhou para Arizona e viu fome crua nos olhos verdes do
homem.
— Porra, você me tenta. — Disse Arizona. Sua voz tinha ficado baixa
e gutural. — As coisas que estão passando pela minha cabeça agora...
Casey engoliu quando ele rolou debaixo de Arizona. Ele se sentou,
passando uma mão por seu cabelo. Sua mão estava trêmula, mas ele também
estava. — Eu não quero apressar as coisas.
— Nós não temos. — Arizona disse quando se virou e sentou.
A mente de Casey estava em todo o lugar. Ele tentou se lembrar da
sua conversa, mas tudo o que podia pensar era naquele beijo e como ele
queria outro.
Deuses, só mais um.
Mas ele tinha que levar isso lento. Ele tinha. Casey não queria ter
relações sexuais e, então, Arizona nunca o chamar novamente. Ele disse ao
homem que ele era atraído por ele, mas era mais do que isso.
Ele não conseguia entender por que ele sentia uma conexão tão
profunda com Arizona quando ele acabara de conhecê-lo. Não fazia qualquer
sentido para ele, mas ele não disse isso para Arizona. Ele não queria assustar
o cara, embora a forte atração dava medo a Casey.
De pé, Casey se moveu em direção a borda da colina, olhando para o
lago enquanto ele tentava controlar o seu juízo. Seu corpo estava em chamas,
e o seu pau estava duro como pedra. Ele tomou uma respiração profunda e a
soltou lentamente.
Arizona pressionou o seu peito nas costas de Casey e depois passou
os braços musculosos em torno dele. Ele deu um beijo na têmpora de Casey.
— Eu espero que isso não te assuste. — Disse Arizona. — Mas o que
eu estava dizendo antes sobre companheiros, eu quero terminar de explicar
para você.
Casey, mais uma vez se preparou. — Okay, vá em frente.
— Companheiros são escolhidos a dedo pelo destino. — Arizona
explicou. — Cada ser sobrenatural tem um. Eles reconhecem seu companheiro
pela maneira que a pessoa o faz sentir, pela forte atração, pela maneira que o
seu animal fica louco dentro deles. É muito mais do que isso, mas é meio difícil
de colocar as emoções em palavras.
— Entendo o que você está dizendo. — Disse Casey. Ele ainda não
tinha certeza de onde Arizona estava indo com isso, mas ele se acalmou, e
permitiu que o homem terminasse.
— Um companheiro é sagrado para um sobrenatural. Nem todo
mundo acha o deles.
— E você encontrou o seu? — Casey enrijeceu, esperando o outro
sapato cair.
— Eu encontrei. — Disse Arizona. — E eu estou segurando ele nos
meus braços.

Capítulo Quatro

Casey ficou surpreso ao ver Paden caminhar através da porta do Silk


Room. Não tinha ouvido falar que o fada estaria de volta tão cedo. Entretanto,
Paden não tinha dado qualquer prazo de quanto tempo estaria fora.
Apressando-se através da multidão, Casey fez o seu caminho até o
fada. Estava morrendo de vontade de dizer ao homem o que aconteceu no
piquenique. A notícia ainda era chocante para Casey, e precisava de alguém
para desabafar.
— Estou aqui apenas por algumas horas. — Paden disse enquanto
passava a barra para guardar o dinheiro, agarrando os recibos de volta do
balcão. — Por favor, não me diga que tem uma nova crise de roupas. Tenho
uma tonelada de papelada que precisa ser cuidada.
— Bem, oi para você, também, — Casey bufou. Tanto para um
reencontro feliz. — portanto, fico feliz de ver que as suas férias o tem colocado
em um modo melhor.
— Tudo bem, não fale comigo — acrescentou quando Paden parecia
ignorá-lo. — E eu aqui que pensei que nós éramos amigos.
Queria perguntar ao seu amigo por que desejava Arizona tão
desesperadamente, mas parecia que o fada não estava em um estado de
espírito muito falador. Casey não tinha mais ninguém a quem pudesse
perguntar. Cash nem pensar, mas na verdade, o homem o intimidava. O cara
não era pequeno, e rosnava um monte para as outras pessoas.
Isso não fazia Casey se sentir como se pudesse perguntar ao cara
sobre os não humanos. Sabia que Cash era lobo, mas era praticamente tudo o
que sabia sobre o barman.
Não estava confortável com os outros dançarinos. Eles eram
arrogantes e odiavam Casey porque ele era o favorito de todos. Como isso
seria sua culpa? Só veio naturalmente para ele. Não podia fazer nada se as
suas habilidades de dança eram melhores que a dos outros.
Também era o melhor amigo do chefe. Isso também não era bem
visto pelos outros strippers.
Hudson era um cara bastante bom, assim como Phillip, mas ele não
era amigo dos seguranças.
Por isso, era ou Paden ou ninguém. E da maneira como o seu chefe
estava agindo, Casey estava em uma merda de sorte.
Companheiros são escolhidos a dedo pelo destino. Cada paranormal
tem um. Eles reconhecem o seu companheiro pela maneira que a pessoa os
faz sentir, pela forte atração, pela maneira que o seu animal fica louco dentro
deles.
Mas Arizona não mencionou nada sobre a forma como um
companheiro reagiria ou como deveria se sentir. Suas emoções estavam por
todo lugar, como se tivessem enchido um liquidificador, batido e despejado.
Sua mente não parava de rodar e dane-se, queria respostas.
— Quer me perguntar o que está errado antes ou depois de eu sair
deste lugar? — Perguntou Paden, apontando um dedo contra a madeira do bar.
— Porque estou à beira de um colapso nuclear, se não falar comigo, não serei
responsabilizado quando arrebentar esta articulação fora.
Isso chamou a atenção para o fada.
Cash deu uma profunda risada suave.
— Baixinho poderia se virar. Ele tem agido estranho toda a noite,
Paden. Pensei que talvez estivesse alto, antes de entrar.
Casey estreitou os olhos para o barman.
— Não uso drogas, muito obrigado.
— Então talvez deva usar. — Cash afastou-se para cuidar de alguns
clientes.
Casey pode ter bebido muito em uma ocasião, mas isso foi tão longe
quanto era. Tinha um primo que morreu de overdose de cocaína e drogas
assustavam muito Casey.
Sabia das pílulas que os outros dançarinos usavam, não o tipo, isso
ele não sabia, mas sempre recusou quando lhe ofereceram qualquer uma.
— Siga-me para o meu escritório, — Paden disse cansado, andando
pelo bar. — mas tem cinco minutos, psicopata. Tenho muita papelada
duplicada, antes que tenha que sair. — Paden fez uma pausa. — Talvez
devesse levar a papelada para casa. — Então, balançou a cabeça. — Nah,
então nunca vou ter tempo para... — Ele olhou para Casey. — Apenas se
apresse.
— Que bom que possa ajustar o seu melhor amigo na sua
programação. — Normalmente, Casey teria que se ajustar a ser excluído da
vida de Paden, mas tinha muito na sua mente.
Casey olhou em torno do clube e se perguntou o que Arizona
pensaria se colocasse os pés no lugar. O pensamento fez com que se sentisse
frio. Casey amava trabalhar lá, mas de repente o clube não se sentia mais tão
simpático e acolhedor.
Não quando estava escondendo essa parte da sua vida de Arizona.
Não quando pensava em como Arizona iria tratá-lo se descobrisse.
Casey estava em um território desconhecido, sendo essa a razão pela qual
precisava falar com Paden.
Entraram no escritório de Paden. O pequeno espaço cheirava a mofo,
como se ninguém estivesse lá por meses. E Paden não esteve. Seu chefe abriu
a janela para arejar o lugar antes de se sentar atrás da sua mesa.
— Ok, me diga o que o tem tão exausto — disse Paden. Agarrando
um livro fora da estante atrás dele e colocando-o para baixo, juntamente com
algumas pastas de arquivo.
— O que significa ser um companheiro? — Casey foi direto ao ponto.
Afinal, tinha apenas cinco minutos, e queria o máximo de informações que o
fada poderia lhe dar.
Paden que estava olhando através de uma pasta. Seus dedos se
acalmaram quando olhou para Casey. Mesmo depois de trabalhar lá por dois
anos, Casey ainda estava fascinado com as orelhas pontudas do fada. Ficou
intrigado com todos os animais não humanos, e se perguntou o que seria ser
capaz de mudar, ou ter que beber sangue, ou ser capaz de vibrar um par de
asas.
— Por que está curiosidade? — Paden cruzou os braços e colocou-os
sobre a mesa. Tinha toda a atenção do homem agora. Arizona disse a ele que
companheiros eram sagrados, e Casey se perguntou se Paden dançava ao
redor da resposta.
Casey falou muito rápido, correndo as suas palavras quando torceu
as mãos no seu colo.
— Porque ontem, quando fui a um piquenique e descobri que o cara
que eu gostava é um lobo e ele me disse que era meu companheiro.
— Whoa, devagar. — Paden levantou uma mão. — Diga-me
agradável e lento qual é o problema.
Casey ficou boquiaberto com Paden.
— Esse é o problema.
— Você me tem fortemente armado no meu escritório, porque
descobriu que está acasalado a um lobo? — Paden recostou-se na cadeira,
fazendo um som de desgosto na parte traseira da sua garganta. — Pensei que
estivesse morrendo ou algo assim.
A maneira que Casey se sentia poderia ser perto dessa suposição.
Queria Arizona, mal. Seu corpo estava apertado com necessidade, e tudo o
que podia pensar era em estar sob o homem. Estava inundado com sensações
que não sabia o que fazer com elas.
— É suposto me sentir como um gato no cio? — Perguntou Casey,
contorcendo-se no seu assento.
Paden levantou uma das sobrancelhas rosa.
— Tão mal?
Casey esfregou a testa, deixando escapar uma respiração reprimida.
— Você não tem ideia.
— Então imagino que esse seu amigo não o reivindicou ainda. —
Paden estudou Casey como se fosse um germe sob um microscópio. Observou
Casey, com interesse, com um toque de alegria em seus olhos.
— Reivindicou-me? — Isso era exatamente o que Casey estava
falando. Ele era ignorante.
— Bebês nas florestas, — Paden murmurou antes que dissesse em
voz alta — fodido você, mordendo-o e fazendo-o seu.
— Mordendo-me? — Casey não gostou do som disso.
— Se ele é um lobo, então, sim, mordendo você. — O homem bateu
no espaço entre o ombro e pescoço. — Bem aqui.
— Mas por quê?
— Selará o vínculo — respondeu Paden. — Vinculando os dois juntos.
— Ele bateu os dedos sobre a mesa. — E se vocês não tiveram relações
sexuais ainda, então precisa sair daqui. Se ele pensar que outro homem está
tocando em você e não o reivindicou, bem certo como a merda que não estará
rasgando meu clube.
— Mas preciso do dinheiro — Casey protestou.
— Então não preciso de dor de cabeça. Vá encontrar o seu
companheiro e lhe de uma razão para sorrir. — Paden mandou-o embora. —
Volte quando tiver algo suculento para me dizer.
Ombros caíram, Casey saiu do escritório de Paden. Poderia ser o
melhor amigo do Casey, mas era primeiro e acima de tudo o seu patrão. Não
faria mal tomar um pouco de tempo fora. Senhor sabia que Casey poderia usar
o intervalo. Tinha trabalhado quase todas as noites durante os últimos dois
anos tentando guardar o seu dinheiro e algum tempo longe do Silk Room só
poderia ser o que precisava para obter a sua cabeça no lugar.
E também poderia usar o tempo para conhecer Arizona melhor. Só
porque o cara lhe disse que, um companheiro era uma coisa especial, para
Casey não era tão simples, isso não significava que não queria saltar nele
primeiro.
Não conhecia Arizona tão bem, por isso ouvir Paden confirmar que
companheiros realmente existem colocou a sua mente um pouco à vontade.
Arizona não havia mentido para ele, porque o senhor sabia a besteira que um
homem poderia dizer-lhe quando tentava entrar na sua calça.
Tanto quanto odiava a parte do dinheiro, Casey pegou um táxi e foi
para casa. Não havia nenhuma maneira na terra que estaria chamando Arizona
para um passeio. Isso exigiria algumas explicações sobre por que estava sendo
pego em um clube de strip. Casey não estava pronto para isso.
Entrou na casa ao som de vozes abafadas. Seguindo o som, Casey
acabou fora do escritório do seu pai. Não era intrometido, mas as vozes
soavam elevadas. Casey pressionou o ouvido na porta, esforçando-se para
ouvir o que estava sendo dito.
— Você era contador do meu irmão, e quero mantê-lo também.
Casey não reconheceu a voz, mas o homem soou como se não
estivesse pedindo, mas exigindo.
— Sinto muito pela sua perda, mas com um novo chefe da família,
acho que é melhor encontrar alguém — disse o pai. — Olhe isso como um novo
começo.
Casey se afastou quando soou como se algo tivesse caído. Houve um
suspiro alto e, em seguida, um rosnado baixo. Estendeu a mão para a
maçaneta da porta, mas hesitou. Seu pai ficaria furioso se Casey
interrompesse uma reunião de negócios. Tinha avisado antes, uma vez para
nunca mais entrar no escritório, quando a porta estava fechada.
Ainda assim, parecia que o seu pai estava em apuros. Casey ficou ali
debatendo sobre o que fazer quando o estranho falou novamente.
— Nada de substituição. Quero você no meu escritório na sexta-
feira. Foda comigo sobre isso, e vai se juntar a Ricardo.
Havia apenas um Ricardo que Casey conhecia. Não pessoalmente,
porque o Ricardo de quem ouviu falar era um traficante de drogas. Dizia-se na
rua que Ricardo foi morto, assassinado na sua própria casa e que o seu irmão
Estefan tinha tomado o seu negócio.
Parecia que quando um bastardo viscoso era morto outro tomava o
seu lugar.
Casey não tinha certeza de quantas ações colocou esses rumores,
mas a partir do que ouviu atrás da porta do escritório do seu pai, estava
começando a acreditar neles.
Saltou para trás quando a porta foi aberta. Um homem que tinha
uma semelhança familiar com Ricardo saiu. Tinha de ser Estefan. O estranho
mediu Casey com os olhos. Eles eram frios no inicio, mas viraram quentes e
com fome em menos de um segundo.
— Você deve ser o filho mais novo de Dante.
De cima do ombro do homem, Casey viu o seu pai sacudindo a
cabeça. Estava um pouco pálido, enquanto suas mãos convulsionavam nos
seus lados. Casey nunca se envolveu nos negócios do seu pai, e não queria
começar agora. Só lhe chocou ao núcleo descobrir que o seu pai era contador
de Ricardo. Que outros segredos o seu pai está escondendo?
Pena que não conseguia pensar em uma mentira convincente. O que
poderia dizer quando estava chegando a uma da manhã? Sou um garoto de
recados ou limpador de piscina não funcionaria. A mente de Casey ficou em
branco, enquanto olhava para o homem intimidante.
O cara deu um sorriso, que não alcançou seus olhos calculistas.
— Dante — o cara disse, sem tirar os olhos longe de Casey. — Quero
que leve este jovem quando for na sexta-feira.
— Mas Sr. Delgado, eu acho...
— Não pedir para pensar. — Os olhos do homem se estreitaram, seu
tom gelado. — Apenas faça isso.
Casey balançou ligeiramente quando o estranho passou por ele.
Delgado. Então era irmão de Ricardo. Quando a porta da frente foi fechada,
Casey virou o seu olhar para o seu pai.
— Por favor, me diga que não trabalha para o cartel de drogas.
Tudo fazia sentido agora, como um contador poderia pagar uma casa
tão boa, um período de férias a cada ano, e o Bentley que estava na garagem.
Casey não tinha pensado nisso antes. O modo de vida dos seus pais apenas
era assim. Mas agora que sabia como o seu pai podia pagar uma vida tão
luxuosa, Casey se sentiu mal do estômago.
E ele aqui aterrorizado de que o seu pai iria descobrir que ele era um
stripper. Isso parecia leve em comparação com o que o seu pai tinha feito.
— Sinto muito que você teve que ver isso — seu pai disse quando
saiu do seu escritório e fechou a porta. — Mas espero que esteja aqui na
sexta-feira para me acompanhar.
Casey ficou boquiaberto com o homem.
— Diga-me que não está falando sério. — Ele balançou a cabeça
enquanto medo se alojava na sua garganta. — Não vou a lugar nenhum perto
daquele homem.
— Não sei por que ele quer que você vá, mas você irá comigo
mesmo se eu tiver que arrastá-lo até lá. — Seu pai olhou para Casey. Seu pai
nunca fora nada a não ser agradável e carinhoso com ele. O olhar no seu rosto
assustou Casey.
Casey tinha uma boa ideia do que o Sr. Delgado queria com ele, e
não tinha nada a ver com números. Tinha visto como o cara tinha olhado para
ele. Era da mesma forma que os homens olhavam para Casey no Silk Room.
Luxúria. Clara e simples. O cara queria Casey, mas o inferno se seria o
brinquedo do homem.
Recuando, Casey virou-se e correu até as escadas quando pânico se
instalou. Não respirou de novo até que estava em segurança no seu quarto, a
porta fechada e trancada.
Um cara tinha que ser implacável, a fim de administrar um cartel de
drogas, e se o Sr. Delgado tinha insistido que Casey se juntasse ao seu pai,
seu pai iria se certificar de que Casey estivesse com ele.
Se fugisse de Dalton Falls, seu pai pagaria o preço. Tão louco como
estava com o seu pai, Casey não podia deixá-lo sofrer. Amava o homem
demais, e isso não era realmente culpa dele que o Sr. Delgado tinha tomado
um interesse em Casey.
Acorde e sinta o cheiro do café. Se não tivesse se misturado com
eles, em primeiro lugar, sua bunda não estaria na linha agora.
Casey deitado na cama, sufocando o rosto nas almofadas, e gritou.
Primeiro Arizona e agora isso.
Oh inferno. Arizona.
Se Estefan Delgado fizesse um passe nele, o que poderia realmente
fazer sobre isso? Uma vez que estava na casa do homem, uma casa que era
mais como uma fortaleza, Casey estaria sozinho.

Capítulo Cinco

Calor se derramava fora dele a partir do sol da manhã quando


Arizona ficou nos degraus da frente da casa de Casey. Veio sem avisar, mas foi
incapaz de ficar longe. Tomou o dia de folga e queria passa-lo com Casey.
Não viu o homem em dois dias, e Arizona estava morrendo por um
beijo... e esperava por mais. Esperava que o seu companheiro o chamasse
depois do seu piquenique, mas Casey não chamou o que confundiu Arizona.
Pensou que tiveram um bom tempo, e Casey tivesse entendido a notícia sobre
companheiros.
Talvez estivesse errado. Era possível que Casey tivesse deixado as
coisas esfriarem até chegar em casa, em seguida, se apavorou. Arizona queria
dar tempo ao homem para absorver a noticia, mas poderia não ter sido a
escolha certa desde que não tinha ouvido falar do homem.
A mãe de Casey abriu a porta. Ela sorriu como um gato que,
finalmente, tinha começado a sua tigela de creme.
— Você voltou.
Seus olhos correram sobre ele de uma forma sedutora. Arizona foi
educado na primeira vez que se encontraram. Estava tentando impressionar
Casey, mas parecia a partir do olhar em seus olhos que fez uma boa impressão
sobre ela.
— Estou aqui para ver Casey — disse Arizona. — Ele está em casa?
Ela deu um passo para trás, dando-lhe espaço para entrar. Quando
passou por ela, a mãe de Casey soltou um pequeno grunhido, feminino. O som
o chocou e o fez dar um passo para longe dela.
Ela era humana. Ele cheirou isso sobre ela, mas o barulho que fez o
surpreendeu. Estava chegando para ele? Sério? Ele olhou ao redor do foyer
decorativo e desejou que Casey fizesse uma aparição.
Arizona nunca se sentiu tão desconfortável na sua vida.
Não incluindo o fato de que ela era casada e era a mãe de Casey.
Ela deu um passo em direção a ele e estendeu a mão, como se
esperasse por Arizona levá-la. Ele pegou. O que mais poderia ter feito? Ele
beijou as costas dos seus dedos, olhou em seus olhos.
Merda.
— Casey? — Ele lembrou-a com uma palavra rápida quando soltou a
sua mão. Ele não podia soltá-la rápido o suficiente, mas o lembrete nada fez
para dissuadi-la.
— Tem certeza de que é o meu filho que veio ver? — Ela avançou,
forçando Arizona a recuar. Afastou-se até algo sólido pressionar as suas
costas.
Uma parede.
— Senhora... — Arizona levantou as mãos. Nunca aprendeu o
sobrenome de Casey. Isso não importa. Tinha que mantê-la fora dele. — Pode,
por favor chamar Casey para mim?
Se Nevada tivesse conseguido um pontapé fora da reação inicial de
Arizona para Casey, o homem estaria histérico de tanto rir se visse seu
irmãozinho agora. Arizona tinha lutado contra um puma. Parecia que mãe de
Casey estava em homens mais jovens.
Onde diabos estava o seu marido?
Certo como a foda que adoraria ver o cara agora.
— Não se faça de tímido. — Ela traçou as costas dos seus dedos pela
bochecha de Arizona. Arizona empurrou de volta como se sua mão o tivesse
repreendido e bateu a cabeça contra a parede.
— Não estou jogando — disse o Arizona. — Você é linda, mas é
casada.
Seus lábios se curvaram em um sorriso largo.
— O que Dante não sabe não vai machucá-lo.
Ela deu um passo rápido para trás, e o movimento repentino jogou
Arizona até que viu Casey descendo os degraus. Nunca esteve mais feliz em
ver alguém na sua vida. Maldição perto de tropeçar em seus próprios pés para
chegar ao seu companheiro.
Casey o viu, e seus olhos se arregalaram.
— Arizona? O que está fazendo aqui?
Fechou a distância e puxou Casey em seus braços, tentando mostrar
a mãe do seu companheiro a quem realmente pertencia.
Casey pareceu momentaneamente atordoado antes de falsamente
socar Arizona no braço e se afastar.
— Pare de brincadeira.
Só podes estar a brincar comigo.
Os pais de Casey não sabiam que era gay. À tarde de Arizona estava
ficando melhor e melhor. Sobre o olhar da sua mãe Casey riu nervosamente.
— Ele está sempre brincando.
— Mas pensei que era o cara que tinha lhe dado uma carona para
casa. — Seus olhos se tomaram suspeito. — Por que está de volta?
Por que não tinha feito essa pergunta antes de vim em cima de mim?
— Ele só estava... uh... — Casey olhou para Arizona com uma
expressão perdida e impotente.
— Vim vê-lo sobre o seu carro. — Foi a única coisa que tinha
estalado na cabeça de Arizona. Não gostava de mentir sobre o seu
companheiro. Não caia bem sobre ele.
Arizona cresceu em um lar e cidade onde a aceitação de casais
homossexuais era normal. Nunca teve que se esconder quem era e descobriu
que não gostou.
— É sobre aquela armadilha da morte? — Perguntou ela.
— Ele é meu mecânico — Casey explicou rapidamente. — Foi bom o
suficiente para dar uma olhada para mim.
— Nunca conheci um mecânico que fez chamadas de casa. — Ela não
iria deixá-lo ir. Seu olhar continuou tirando Arizona, e ele tinha uma boa ideia
do que estava correndo por sua mente.
— Estarei lá fora falando com o meu mecânico se precisar de mim.
— Casey foi para porta, e Arizona o seguiu. Seus olhos se arregalaram quando
sentiu a sua bunda sendo acariciada. Não se atreveu a olhar para trás. Ele não
queria que ela pensasse que tinha gostado.
Arizona pisou na varanda da frente e soltou uma respiração instável.
Poderia ter dito a ela que não estava interessado, que era gay, ou dado a ela
uma multidão de desculpas, mas não queria ofender a mãe do seu
companheiro.
Mas se ela viesse novamente, iria definir o seu reto. Bonita ou não, a
mulher estava louca.
— Acho que quer uma explicação para isso. — Casey disse enquanto
colocava as mãos nos bolsos de trás e mordeu o lábio inferior. Ele olhou para
Arizona sob os seus cílios grossos, e a ira de Arizona começou a diminuir.
— Seria bom avisar um cara. — Arizona caminhou até o seu
caminhão. Estava nervoso com o que aconteceu na casa, mas ainda queria
passar mais tempo com Casey.
Disse a si mesmo que havia muitos homens que não tinham saído
para os seus pais, e não deveria ficar com raiva do seu companheiro porque
Casey não tinha tomado esse passo. Mas Arizona se recusou a viver no
armário, e não ia lá, nem mesmo pelo seu companheiro.
— Arizona, espera. — Casey correu em direção a ele. — Por favor,
não me diga que está com raiva de mim.
Dando um suspiro pesado, Arizona virou-se e disse:
— Não bravo. Apenas... desapontado.
Casey parecia chocado. Acenou com a cabeça quando deu um passo
para trás. Arizona ainda estava frustrado e sentiu-se como um idiota por fazer
Casey parecer dessa forma.
— Vai me ligar? — Perguntou Casey, mas não olhou para Arizona.
Estava olhando para o chão.
Arizona rosnou para si mesmo.
— Entrem no caminhão, Casey.
A cabeça do homem foi para cima.
— Quer que eu...
— Caminhão. — Arizona disse a única palavra como um comando.
Casey foi para frente, quando passou por Arizona, ele podia sentir o
cheiro de pêssegos frescos. Droga. Parecia que ficar com raiva de Casey não
era algo que Arizona era capaz de fazer.
Levou-os a uma quadra então parou. Casey olhou com curiosidade.
Arizona tinha resistido por muito tempo. Puxou Casey do seu assento,
plantando o homem no seu colo enquanto usava a alavanca para empurrar o
banco para trás.
— O que você está fazendo? — A mandíbula de Casey caiu quando
seus olhos se arregalaram. Cambaleou para trás enquanto seu olhar cintilou no
rosto de Arizona.
— Fazendo o que eu vim fazer. — Ele deslizou a mão por trás do
pescoço de Casey e puxou o homem para baixo com ele.

Casey foi pressionado contra o corpo sólido do homem, as palmas


das mãos descansando contra o peitoral de Arizona. Arizona moveu a mão
para baixo ao lado de Casey e depois descansou no seu quadril. O homem
apertou a sua mão enquanto a sua língua explorava. O coração de Casey batia
descontroladamente.
Pensou que Arizona o deixaria, irritado pela mãe de Casey ser
ignorante sobre eles. Deveria ter dito a ela, especialmente depois do que
aprendeu sobre o seu pai.
Infelizmente, nem mesmo as notícias perturbadoras que soube sobre
o seu pai lhe tinha dado uma espinha dorsal quanto a sair por si mesmo.
Ele congelou, se sentiu muito mal por isso. Mas não ruim o suficiente
para deixar passar o beijo intoxicante que o tinha arqueando em Arizona.
A mão de Arizona se moveu até que descansou sobre o traseiro de
Casey. Tinha a língua na boca de Casey, sondando, explorando e a combinação
da sua língua e as mãos no corpo de Casey ficavam mais quente.
Sentiu o pau duro debaixo dele, através do seu short, e deuses, ele
queria.
Os sentidos de Casey foram eletrificados quando ele e Arizona se
separaram e Arizona começou a mordiscar o seu caminho em torno da
garganta de Casey. Quando chegou a orelha de Casey, o homem murmurou.
— Quero você do pior tipo de forma.
Casey saiu do colo de Arizona, desesperado para recuperar o fôlego.
Embora o ar condicionado estivesse ligado, Casey estava suando. Sentiu o seu
cabelo grudar no seu couro cabeludo enquanto olhava ao redor.
— Então, dirija.
Arizona verificou o seu espelho lateral e foi para o tráfego. Nenhum
dos dois disse uma palavra. O corpo de Casey ainda estava cantarolando com
a necessidade, e viu como as mãos de Arizona se agarraram ao volante, como
se não pudesse sair da cidade rápido o suficiente.
Uma vez que chegaram a rodovia, o coração de Casey começou a
diminuir e bater normalmente. Pensou no que Paden lhe disse, e a sua mão
esfregou sobre a pele onde o pescoço se encontrava com o ombro,
perguntando-se o quanto a mordida iria doer.
Irá se ligar a ele, e vocês nem sequer realmente conhecem um ao
outro. Casey se sentiu como se estivesse sendo conduzido a um casamento
forçado. Não havia como negar que estava atraído por Arizona, mas o homem
estava prestes a acasalar com ele.
Para a vida.
Casey gemeu quando colocou o cotovelo na porta e embalou a sua
cabeça na sua mão.
— Algo errado? — Perguntou Arizona.
Tudo estava errado. Seu pai trabalhava para o cartel. Sr. Delgado
estava forçando Casey a ir para a sua casa. Não disse a Arizona o que fazia
para viver, o que sentia era a menor das suas preocupações, e Arizona estava
prestes a acasalar com ele.
O que poderia haver de errado?
— Só preciso que o mundo abrande um pouco. — Casey respondeu.
— Quão lento? — Perguntou Arizona. Não parecia chateado que
Casey questionasse o que eles estavam prestes a fazer. Isso era se o homem
tivesse apanhado a apreensão de Casey.
Casey se sentiu como se o seu mundo estivesse girando fora de
controle e ele era impotente para detê-lo. Havia uma necessidade selvagem
em Casey para contar a Arizona tudo, mas, não conhecia o homem muito bem
e não tinha certeza de como o cara iria reagir a nada disso.
Não podia perder Arizona. Ele era o único ponto brilhante na vida de
Casey.
Casey deu a Arizona um sorriso fraco quando olhou para o cara.
— Você pode apenas conduzir... por alguns anos?
Arizona estendeu a mão e agarrou a mão de Casey, dando-lhe um
aperto fraco.
— Vou dirigir por quanto tempo você precisar.
Ugh. O cara era demasiado perfeito para a sua vida confusa.
Franziu a testa quando Arizona foi para a saída para Dalton Falls.
Realmente iria continuar dirigindo? Se tivesse levado Casey literalmente?
— Hum, onde estamos indo?
— Levando você em algum lugar onde possa relaxar e deixar o seu
cabelo para baixo — disse Arizona. — Por assim dizer.
— E onde é isso?
— Um lugar que gosto de ir quando eu preciso de uma pausa da
vida. — Isso era tudo o que Arizona disse para a próxima hora.
Casey não se preocupou em fazer mais perguntas. Depois de ficar
sem dormir na noite passada, Casey começou a cochilar, o passeio de
caminhão embalando-o para dormir.
Enquanto dormia, teve um pesadelo sobre ir para a fazenda e ficar
preso por toda a eternidade. No seu sonho, a casa do Sr. Delgado não tinha
portas nem janelas, e o homem estava em cada esquina enquanto Casey
corria nu, com um par de algemas na mão, exigindo que Casey entrasse na
sua cama.
Casey despertou com uma sacudida, e brilho de suor sobre as
sobrancelhas. Sentou-se e olhou em volta, dizendo a si mesmo que era apenas
um sonho.
Ele franziu a testa.
— Onde estamos?
— Vejo que não dormiu muito na noite passada — disse Arizona. —
Você estava fora como uma luz.
Depois do que tinha ocorrido fora do escritório do seu pai, Casey ficou
a maior parte da noite tentando descobrir uma maneira de sair da reunião.
Não havia nenhuma maneira que estava indo, mas não conseguia pensar em
como parar o seu pai de sofrer quaisquer consequências pela ausência de
Casey.
Ele estava preso entre uma rocha e um lugar duro, e isso deixou uma
dor de cabeça sólida.
Os olhos de Casey aumentaram ligeiramente quando Arizona dirigiu
através de um conjunto de portões de ferro preto. Puxou para um caminho de
cascalho então, estacionou ao lado de uma fileira de motos.
Não era o alastrando gramado verde e uma casa enorme que estava
afastada da estrada. Atrás da casa, viu uma floresta que cercava o lugar em
três lados.
— Este é o lugar que vem quando você precisa de uma pausa? — O
maldito lugar era impressionante.
— Vamos. — Arizona disse quando saiu do caminhão e circulou em
torno do capô para abrir a porta de Casey. — Confie em mim quando digo que
vai esquecer os seus problemas depois de estar aqui por algumas horas.
Casey desceu e ficou ao lado de Arizona enquanto eles fizeram o seu
caminho até a porta da frente. O homem não bateu. Ele só entrou.
A primeira coisa que Casey ouviu foi o som de bolas de bilhar
batendo. Havia uma musica alta bombando, e sob tudo isso, ouviu homens
falando.
Na frente dele estava uma escadaria e, acima da sua cabeça havia
um lustre de cristal. Os pisos eram feitos de mármore, e não havia painéis de
madeira nas paredes.
Casey se sentiu como se tivesse acabado em um palácio real.
Arizona tomou a mão de Casey e puxou-o através de uma porta à
sua esquerda. Era um recanto. Uma mesa de bilhar estava à direita, um bar ao
lado dele. À esquerda da sala estavam sofás de camurça e a maior televisão de
tela que Casey já tinha visto.
E os maiores homens que Casey já viu estavam de pé na mesa de
bilhar e atrás do bar, enquanto os homens menores estavam sentados nos
sofás, jogando alguns jogos de vídeo militar.
Como na terra alguém podia ouvir uns aos outros com tal música
alta? Silk Room nem sequer tocava música nesta altura.
— Arizona — disse um homem com gargalhadas quando dava a volta
na mesa de bilhar e deu a Arizona um abraço.
— Não sabia que estava vindo. — O cara olhou para Casey. — E
trazendo tal destruidor de corações com você.
Casey ficou na porta, sentindo-se tão fora do lugar que queria correr
de volta para o caminhão. Era óbvio que esta era a família de Arizona.
Oh Deus! O homem tinha trazido Casey para conhecer as pessoas.
Como este era suposto ser um lugar para reunirem-se quando Casey se sentia
na borda?
— O que você bastardo esta fazendo aqui?
Casey se virou e olhou para cima, e para cima, e para cima. Santa
Foda. O cara tinha que estar perto de 2,13 de altura. Tinha o cabelo escuro
que corria o comprimento das suas costas e um cavanhaque, mas os mais
bonitos olhos cinzentos que Casey já tinha visto.
O cara também parecia um motoqueiro acidentado.
O homem sorriu para Casey, e Casey engoliu bruscamente. Arizona
era um gigante, mas o companheiro de Casey parecia pequeno em
comparação com o homem que tinha acabado de entrar na sala.
— Está assustando ele, Maverick — um dos homens disse a partir do
sofá. Levantou-se e aproximou-se de Casey. Esse cara era muito menor do
que Maverick, tinha um corte de cabelo flop, era magro e tinha os olhos de cor
estranha.
O cara levantou a mão.
— Sou Cecil.
Por que Casey se sentia como se estivesse apertando as mãos do
diabo?

Capítulo Seis

Tinha sido uma decisão de fração de segundos, e Arizona não tinha


certeza de que tinha feito a escolha certa em trazer o seu companheiro lá.
Casey estava rigidamente na porta da toca e não se moveu daquele lugar pela
última meia-hora.
Arizona sempre se sentia melhor depois de uma visita em casa, mas
não tinha tanta certeza se Casey gostaria. O cara tinha soado tão triste no
caminhão que Arizona queria fazer algo que iria levantar o seu ânimo.
Sexo teria sido bom, mas poderia dizer que havia um monte de
coisas na mente do sujeito. Que melhor maneira de limpar a mente de Casey
do que trazer o ser humano aqui?
Além disso, Arizona queria apresentar o seu companheiro aos seus
pais.
— Companheiro? — Maverick perguntou quando Arizona foi atrás do
bar pegar a Casey algo para beber. Não tinha certeza de que deixar Casey com
Cecil era uma boa ideia.
Cecil era um encrenqueiro, e Arizona não ficaria surpreso se ele
falasse algo para Casey fazer nos cinco segundos que passaram juntos.
— Sim. — Arizona assentiu. — Só queria que ele conhecesse todos.
— Bom te ver cara, — Storm disse enquanto caminhava até o bar. —
Ele vai se encaixar muito bem no nosso pequeno exército.
Arizona continuou olhando o seu companheiro, certificando-se de que
não parecia muito sobrecarregado. Já estava cercado por Cecil, Kyoshi, Oliver,
e Tangee. Os companheiros eram aconchegantes, mas Casey ficou parado
rigidamente na porta, olhando entre eles.
— Se você está tentando impressioná-lo, — Storm disse quando
pegou um refrigerante de trás do bar, ― o mantenha fora da cozinha. George
está em outro dos seus estados de espírito.
George estava sempre de bom humor quando alguém mexia com a
sua cozinha. Mas na vanguarda da mente de Arizona estava Casey. O que
tinha o seu companheiro tão incomodado que iria renunciar ao sexo? O homem
não tinha falado no caminhão antes de cochilar. Sentou-se lá como uma
estátua, mantendo o seu olhar para fora da janela.
Se tivesse ouvido sua mãe conversando com Arizona? Se tivesse, não
disse nada sobre isso. Será que achava que Arizona iria ouvi-la?
Arizona estava tentado a perguntar, mas não ia. As coisas estavam
apenas começando entre ele e o seu companheiro, e não queria um problema.
E a mãe de Casey era um problemão, uma enorme chave de cadeia.
Família era tudo para Arizona, e não tinha certeza de como estar em
torno dela e mantê-la na baía. Tinha a sensação de que, mesmo se dissesse a
ela que era gay, não pararia seus avanços.
Será que Casey sabia que a sua mãe era assim? Seu companheiro
parecia o oposto total, doce e terno, enquanto a sua mãe tinha garras.
— Preciso encontrar Montana — disse Arizona. Precisava falar com o
seu pai e descobrir o que fazer sobre o puma.
— Eu o vi lá atrás — disse Maverick.
Arizona queria falar com o seu pai em particular, mas não tinha
certeza que deixar Casey com os companheiros fosse uma boa ideia. Se Cecil
não estivesse lá, não teria pensado em nada disso.
Como se pudesse ler a mente de Arizona, Maverick disse — Vou
manter Cecil de causar problemas.
Arizona deu ao alfa um sorriso agradecido. — Obrigado.
Essa era uma tarefa difícil, considerando que Maverick nunca tinha
sido capaz de manter uma coleira em Cecil no passado. Tudo que Cecil tinha
que fazer era bater os olhos e Maverick cedia.
Arizona se aproximou do seu companheiro e deu um beijo na sua
têmpora. — Vou rapidinho falar com o meu pai verdadeiro. Você está bem
aqui?
Casey o olhou como se Arizona lhe pediu para ficar em uma sala
cheia de condenados. Seus lábios se separaram um pouco quando concordou.
— Mas você não vai demorar muito, né?
— Vamos mantê-lo entretido — disse Cecil com um sorriso.
Arizona estreitou os olhos para o companheiro de Maverick, mas o
homem parecia imperturbável. Tomando a mão de Casey, Arizona levou o seu
companheiro para o corredor.
— Não deixe que Cecil convença você a fazer coisa alguma, ok? — A
última coisa que precisava era que o seu companheiro acabasse em uma cela
de prisão ou vagando pelo reino demônio.
— Eu meio que tenho essa impressão sobre ele. — Casey sorriu, e
Arizona queria levar o homem lá para cima e o reivindicar. — E, a propósito,
obrigado pela atenção de me avisar que eu estaria conhecendo a sua família.
Arizona fez uma careta. — Desculpe, mas não disse nada porque não
queria que você se preocupasse. Você já parecia que tinha muita coisa na sua
mente.
Esperou por Casey lhe contar o que o estava incomodando, mas o
seu companheiro simplesmente assentiu. — Não deixar Cecil convencer-me há
nada.
Isso era o melhor que podia fazer por agora, mas planejava descobrir
o que estava incomodando Casey, uma vez que estivessem sozinhos.
Contornando a mão pelo braço suave de Casey, se inclinou para um beijo.
Quando seus lábios se tocaram, Arizona gemeu. Por que Casey não
tinha ido para o sexo em vez da sua casa? Estava matando-o ficar no corredor,
seu corpo aquecido e muitas pessoas ao redor.
Um dos quartos no andar superior era ainda mais tentador do que
falar com Montana. Arizona desejava, apenas enquanto estava na Toca, que
ainda tivesse o seu antigo quarto. Provavelmente tinha, mas estava vazio,
todas as suas coisas foram enviadas para Dalton Falls.
Droga.
Pensou nos muitos outros quartos na casa, como a biblioteca, mas
não para a sua primeira vez. Não queria uma rapidinha. Quando tivesse Casey
debaixo dele, Arizona queria tomar o seu tempo para explorar cada polegada
do corpo do homem.
Casey derreteu nele, e isso fez Arizona rosnar. Se o seu companheiro
era tão suave e acolhedor com um beijo, gostaria de ver como o homem
reagiria quando finalmente cimentassem o seu vínculo.
— Você é lindo — Arizona sussurrou contra a boca de Casey. — E
maldito se eu não quero você, baixinho.
As pálpebras de Casey se abriram. Suas bochechas estavam
vermelhas e a sua respiração era superficial, e havia também uma faísca de
excitação sexual nos seus olhos azul bebê.
Arizona pegou com a ponta dos dedos uma mecha de cabelo do seu
companheiro. Não eram mais ondas pequenas macias. O calor tinha feito isso,
mas gostava dos cabelos lisos do seu companheiro. Era capaz de brincar com
ele. Tinha cerca de três polegadas de comprimento, suficiente para Arizona o
agarrar.
— Estão nos observando.
O olhar de Arizona foi para o lado, e com certeza, os companheiros
estavam na porta, os admirando.
— Não tem coisa melhor para fazer? — Perguntou-lhes.
— Pornô ao vivo — Cecil disse quando sacudiu a cabeça. — Isso é
melhor do que o jogo de vídeo que estávamos jogando.
Casey deu um passo para trás, e Arizona queria puxar o homem de
volta em seus braços, queria levá-lo a um lugar isolado na casa e terminar o
que tinha começado.
Apontou um dedo para Cecil. — Comporte-se.
Como se isso fosse acontecer.
— Sem promessas, — Cecil disse com um sorriso diabólico. — Um
novato para corromper.
— Ficar longe de Cecil — Casey sussurrou, e quando sorriu, Arizona
relaxou. Talvez o seu companheiro soubesse no final das contas.
Estava relutante em deixar Casey, mas realmente precisava falar com
o seu pai. Arizona deu ao seu companheiro um beijo suave desta vez, um beijo
que transmitia como se sentia em relação ao homem. Já havia uma conexão
profunda, mas isso era por causa da atração. Como um homem, Arizona
estava começando a cuidar de Casey.
O sorriso do homem fez Arizona se sentir mais leve. Seus beijos
colocando o corpo de Arizona em fogo, e apenas estar em torno do ser
humano fazia o dia de Arizona melhor.
Estava se apaixonando. Não havia duas maneiras sobre isso. Amava
tudo o que aprendeu sobre Casey e desfrutava de cada minuto que passavam
juntos.
— Você não está deixando — Casey lembrou.
— Não quero. — Arizona pressionou a testa contra Casey. — É bom
estar tão perto de você.
— Ah — disse Kyoshi. — Isso é tão querido.
Arizona olhou para o homem. — Não é da tua conta.
Kyoshi sorriu.
— É um inferno de muito melhor do que o stripper que você
despejou — disse Oliver. — É melhor de olhar também.
Arizona queria matar Oliver. Não queria que Casey soubesse disso.
Seu companheiro inalou bruscamente. Ótimo. Agora tinha algumas explicações
a dar. Podia chutar o traseiro de Oliver por colocar o seu negócio lá fora.
— Oliver — Arizona disse em advertência.
O homem deu de ombros.
— Eu já volto, — Arizona disse a Casey. — Lembre-se, não deixe que
ele force você a nada.
Deu um passo para trás, virou as costas e foi embora. Seu corpo
estava apertado, e era difícil de andar. Fez uma pausa fora da cozinha para
puxar a sua merda junta. Não havia nenhuma maneira de Arizona ver o seu
pai duro como prego.
Uma vez que o seu pênis tinha suavizado, Arizona entrou na cozinha.
Viu George no fogão. O homem ainda usava o seu chapéu de vaqueiro, botas
ocidentais, e jeans apertado. Tank estava sentado à mesa, comendo o que
parecia ser amostras do cozimento de George.
— Arizona, — Tank disse com um aceno de cabeça. — Bom te ver.
— Não toque em nada aqui — George disse quando se virou para
Arizona. — Mas você é bem-vindo para um lanche se você precisa de um. — O
cara sorriu. — Que bom ver você. Como estão as coisas em Dalton Falls?
— Seria melhor se eu pudesse te roubar — Arizona admitiu quando
pegou uma maçã da cesta na mesa e deu uma mordida. — Nenhum de nós
pode cozinhar nada que vale a pena uma lambida. Isso é culpa sua, você
sabe? Se você só tivesse nos ensinado.
George acenou uma espátula para ele. — Bah, nenhum de vocês
queria aprender. Tudo o que você queria fazer era comer tudo na geladeira.
Isso era verdade. — Então, qualquer chance de você se mover para
Dalton Falls?
— Não se você quiser um exército vindo atrás de mim — disse
George. — Não acho que alguém aqui vai me deixar ir tão facilmente.
O homem parecia orgulhoso desse fato. Arizona tinha ouvido a
história de como George tinha vindo morar aqui. Tinha trabalhado em um
rancho em Wyoming, se envolvido com um cara, e quando os peões
descobriram que George era gay, seu amante não tinha feito nada para
defendê-lo. O primo de George Leon tinha conseguido um emprego no
restaurante, e o resto, como dizem, é história.
Isso o fez pensar em como Casey estava no armário com os seus
pais. O que o seu companheiro faria se os seus pais descobrissem que ele era
gay? Será que correria ou iria enfrentá-los?
— Você vai ficar para o jantar? — Perguntou George.
— Eu e mais um.
Uma das sobrancelhas de George arqueou. — Trouxe um encontro?
— Meu companheiro — Arizona admitiu com um sorriso.
— Bem, maldição quente. — George sorriu. — Vou ter que encontrar
o cara azarado.
Tank riu. — Diga-me que você não o deixou com Cecil.
— Avisei Casey para ficar longe dele — disse Arizona.
— Quando alguém conseguiu não seguir o encrenqueiro? —
Perguntou George. — Pensei que você tinha mais juízo do que isso.
— Só vou para fora conversar com Montana, — Arizona disse depois
de engolir a mordida da maçã na boca. — Não vai demorar muito.
— E é preciso a Cecil menos de cinco segundos para preparar um
esquema, — Tank lembrou, — menos para colocar alguém em apuros.
— Oliver está com ele — disse Arizona.
— Problema em dobro, — Tank murmurou.
Arizona ainda estava chateado por Oliver deixar escapar o seu
negócio. Ia torcer a orelha do cara mais tarde e, em seguida, se esquivar de
Micah, que, sem dúvida, viria atrás dele. Micah era ferozmente protetor do seu
companheiro.
Como todos os homens que estavam acasalados.
— Então é melhor eu ir. — Arizona saiu da cozinha pela porta dos
fundos e viu Montana nas mesas de piquenique, conversando com o detetive
Lewis Keating.
Os olhos do seu pai se iluminaram quando viram Arizona. — Filho,
não sabia que você estava vindo para uma visita.
Seu pai caminhou em direção a ele e deu um abraço em Arizona.
— Precisava falar com você — disse Arizona.
— Vou falar com você depois — disse Lewis. Bateu em Arizona no
ombro enquanto passava por ele. — Bom te ver.
— Você também — Arizona respondeu.
Montana sentou-se em uma das mesas de piquenique, as pernas
abertas, braços apoiados sobre as coxas. Para quem não conhecia o homem,
Montana parecia intimidante.
E ele era, para aqueles que mexiam com ele. Mas tinha sido um
grande pai, um tipo de suporte, muito carinhoso.
Exceto quando seus filhos tinham começado a ter problemas,
geralmente seguindo Cecil até que tinha ficado mais velho e soubesse melhor.
Era naqueles momentos em que o lobo de Montana saia e todos se
dispersavam.
— O que está na sua mente? — Perguntou Montana. — Tem que ser
importante para você dirigir quatro horas quando você poderia ter apenas
chamado.
— Encontrei o meu companheiro — disse Arizona.
Um sorriso tão largo dividiu o rosto de Montana. — Não brinca. Fale-
me sobre ele.
— Cheira como pêssegos.
Montana sorriu. — Isso é bom, filho. Como os que comemos no
mercado do fazendeiro.
— Assim como eles.
— Gostaria de conhecê-lo.
— Eu o trouxe comigo — disse Arizona e depois ergueu a mão
quando Montana se moveu para sair da mesa de piquenique. — Ainda preciso
falar com você.
Montana acenou com a cabeça careca e sentou-se.— Ok, atire.
Arizona pensou em como dizer. — Casey é tudo que eu sempre quis
em um companheiro.
— Isso é bom, certo?
— É — disse Arizona. — Mas é a sua mãe que me preocupa.
Uma carranca enrugou entre os olhos de Montana. — Como assim?
Deuses, isso era embaraçoso. Arizona ainda não podia acreditar que
Stella tinha sido tão descarada. Era evidente que não tinha sido muito grosso
quando a conheceu, mas nunca em um milhão de anos teria pensado que ela
viria atrás dele.
Ele disse ao seu pai o que tinha acontecido quando apareceu na casa
de Casey. Os olhos de Montana alargaram ligeiramente, e então ele riu.
O homem riu.
Não era a resposta que Arizona tinha vindo procurar. — Não é
engraçado. O que diabos eu deveria fazer?
— Tem um puma atrás de você. — O sorriso do seu pai permaneceu
no local. — Mas vejo o seu problema.
— Devo dizer a Casey? — Perguntou.
— Decisão difícil — disse Montana. — Você não quer causar discórdia
entre o seu companheiro e a sua mãe, mas você tem que colocar um fim a
isso.
Arizona suspirou. — Ela ainda não sabe que ele é gay. Nenhum dos
seus pais sabe.
— Agora isso soa como uma situação complicada. — Montana passou
a mão sobre a cabeça careca. — Você tem que pisar levemente, filho. Só
porque você não esconde quem você é, nunca se sabe o que está acontecendo
na vida de uma pessoa para fazê-los fazer o que fazem, e não é o seu lugar
julgar Casey e a sua família.
Arizona já sabia disso. — Como posso estar em torno da sua mãe
quando ela não faz mistério sobre as suas intenções?
— Nunca fique sozinho com ela, — Montana disse, como se tivesse
sido óbvio. — Sempre chame Casey antes de chegar para que ele esteja
esperando por você e tente não passar muito tempo lá. Conheça-o fora da
casa.
— Parece que eu estou me esgueirando.
— Filho — Montana disse enquanto se levantava, batendo as palmas
das mãos nos ombros de Arizona — qualquer tipo de relacionamento tem
sacrifícios. Se você se importa o suficiente com Casey, você vai fazer o que for
preciso para estar com ele. E isso é o que tudo se resume. O que você está
disposto a sacrificar para estar com o homem que você ama?
A resposta veio à cabeça de Arizona sem hesitação.
Tudo.

Capítulo Sete
Arizona tinha saído com um stripper. Casey ainda estava tentando
obter uma alça sobre aquele pedaço de notícia. Seu companheiro despejou o
cara quando descobriu que ele era um stripper ou por outras razões?
Casey não quis dizer a Arizona o que fazia para viver, porque não
queria ser tratado de forma diferente. Agora, com o conhecimento que tinha,
Casey sentiu como se estivesse enganando Arizona.
Emoções conflitantes passaram por ele. Se contasse a Arizona, o
homem só podia despejá-lo, companheiro ou não. Se permanecesse em
silêncio e Arizona descobrisse, não só isso seria extremamente injusto, mas o
homem ficaria incandescente com fúria.
Arizona tinha sido nada, além de próximo e honesto com ele, e Casey
estava escondendo uma parte da sua vida.
Casey iria encerrar o seu trabalho num piscar de olhos, mas não
tinha habilidades, nenhum treinamento para mais nada. Tudo o que sabia era
como usar o seu corpo para ganhar dinheiro.
Isso soou tão sacana.
Casey tentou segurar a sua crescente ansiedade, mas não era assim
tão fácil. Arizona tinha despejado um stripper. Isso poderia muito bem ser o
destino de Casey.
— Ok, finalmente, temos você sozinho, — Cecil disse quando se
moveu para ficar na frente de Casey. — Pronto para ter algum divertimento
real?
Casey lentamente fechou os olhos e, em seguida, abri-os quando
percebeu que alguém estava falando com ele. Lágrimas queimavam seus
olhos, mas piscou-as fora. — O que?
— Diversão — disse Cecil. — Você sabe o que é isso, certo?
Casey olhou para onde Arizona tinha saído. Sua mente tentou
trabalhar em uma nevoa, mas Casey forçou-se a manter a calma, pelo menos
do lado de fora, embora estivesse lutando para segurá-la junta no seu interior.
— Que tipo de diversão? — Perguntou Casey. Iria ouvir o cara antes
de descartá-lo. Era apenas educado.
— Já ouviu falar do reino demônio? — Perguntou Cecil.
Demônio o quê? Havia um reino de demônios? Casey sentiu os seus
joelhos enfraquecerem. Havia realmente um reino de demônios e esse cara
pensou que seria divertido ir para lá?
Imagens de criaturas com chifres surgiram na sua cabeça. Caudas
longas, forcados, pele vermelha, inalando fumo. Viu um pano de fundo de
fogo, e estremeceu. — Você está louco?
— A crença popular — disse Cecil. — Mas não sou louco. Não é? — O
homem sorriu. — Estou pronto se você estiver. Vai fazer a nossa viagem
descontroladamente agradável. Há um clube de strip lá, do Diablo, embora
Diablo não possui mais nada. Nós podemos...
Havia um clube de strip no inferno? Casey sentiu como se tivesse
caído em um universo alternativo. Não só isso, o último lugar que queria ir era
em um clube de strip. — Vou passar.
— Não temos que ir a um clube de strip, — Oliver argumentou. O
homem parecia um gótico com os seus piercings e roupas pretas. Havia
correntes penduradas no seu jeans, e tinha botas de cano alto com picos
escorrendo pelas costuras na parte de trás. — Nós podemos assistir um filme
ou bater o Java de Jake. Eles têm os melhores smoothies1.

Smoothies (macio em inglês) são misturas de sucos de frutas, verduras, iogurtes,


1

sorvetes e muitos outros ingredientes. Tem uma consistência mais cremosa, como a de um
milkshake.
Volte novamente?
— Siga-nos — Tangee disse enquanto se afastava. Os outros
seguiram. Mais curioso do que deveria estar Casey foi com eles. Ele não iria.
Arizona tinha avisado para não ir. Mas não faria mal ver o que estavam prestes
a fazer.
Enquanto caminhavam pelo longo corredor, Casey se perguntou onde
Arizona estava. Estavam separados a menos de meia hora, e já sentia falta do
homem. Seus pensamentos se mantiveram agitados enquanto se perguntava e
se preocupava com a reação de Arizona pela escolha de carreira de Casey.
— Aqui, — Cecil disse quando empurrou a porta aberta. Casey
entrou em uma biblioteca elaborada. Estantes do chão ao teto expandido por
quase todas as polegadas livre da parede. À sua direita tinha uma mesa, e
havia alguns sofás espalhados.
Sua biblioteca crescendo nunca pareceria impressionante como essa.
Então, novamente, a biblioteca que Casey tinha consistia de alguns livros na
prateleira no seu quarto.
Cecil fechou a porta quando todos estavam dentro. Oliver puxou as
longas cortinas fechadas. A sala estava escura, exceto pela pequena lâmpada
sobre a mesa.
Casey estava preocupado que o homem iria tentar realizar uma
sessão, mas em vez disso, gritou — Hondo!
Era uma palavra de código para alguma coisa?
Os olhos de fogo fizeram isso por Casey. Afastou-se quando um
homem grande, maior do que Arizona, apareceu. O cara tinha saído do lado
direito da sala de uma sombra no canto.
Estava vendo coisas? Tinha o homem aparecido do nada? Desde o
início da noite passada, as coisas tinham estado viradas de cabeça para baixo
para Casey.
— Este é o nosso bilhete para o reino demônio, — Cecil explicou
quando jogou um polegar por cima do ombro.
Agora Casey compreendeu totalmente o aviso. Cecil tinha evocado
um demônio para que pudesse ir para um reino cheio deles a fim de ver
strippers... ou obter um smoothie.
Esta era a coisa mais estranha que já aconteceu para Casey, e não
havia nenhuma maneira de que iria mais longe. — Estou bem.
— O que quer dizer que você está bem? — Perguntou Cecil, os olhos
apertados. — A diversão ainda nem começou.
Casey se afastou até que estava perto da porta. Que tipo de casa
louca Arizona o tinha arrastado? — Não, realmente, nada de diversão.
— Ele é um covarde. — Oliver passou os olhos sobre Casey. —
Provavelmente nunca teve um dia de diversão na sua vida.
Se o cara só soubesse.
Casey endireitou a sua espinha. — E alguém não foi abraçado o
suficiente por seu pai.
Oliver ficou duro.
Cecil cruzou a distância e passou a mão na frente dele. — Esqueça
sobre os abraços, — o homem sussurrou para ele. — Ele foi abraçado muito
por seu pai, se você me entende.
O olhar de Casey saltou para Oliver, e sentiu-se como escória. Não
tinha conhecimento. Como poderia, quando tinha acabado de conhecer o cara?
Pé suficientemente recheado na boca, Casey olhou para longe.
Sentiu-se terrível, mas ainda não estava indo. Por um lado, prometeu
a Arizona ficar fora de problemas. Dois, toda esta cena assustou Casey.
Havia um verdadeiro demônio, ao vivo de pé na sala.
Casey ficou mais longe. — Você está certo — disse a Oliver, embora o
que estava dizendo fosse mentira. — Não tenho ideia sobre o que é divertido,
e eu não vou.
Não importa o quanto queria se encaixar com a família de Arizona,
Casey não era louco o suficiente para ir.

Casey bateu no chão, rolou para as suas mãos e joelhos, e esvaziou o


seu estômago na grama. Seus braços e pernas tremiam quando se agachou
ali.
— Vai passar — disse Oliver. — Respirações profundas.
Casey estava surpreso que Oliver estava sendo tão bom. Após o
comentário que fez - o que não era realmente culpa dele - pensou que o cara
iria dar-lhe o ombro frio.
Muito pelo contrário. Oliver que o ajudou a se levantar. Casey girou e
olhou para Cecil. — Você me enganou!
— Não estava disposto a deixá-lo perder a diversão. — A voz de
Cecil disse que estava arrependido, mas não havia um toque de desculpas nos
seus olhos. Casey não tinha certeza de como entender a contradição.
— Smoothies — disse Oliver. — Vai ajudar a aliviar o seu estômago.
Casey tinha dúvidas quando olhou ao redor. Não havia fogo, sem
enxofre, e não havia demônios com caudas, chifres e forcados.
Era noite, mas o lugar parecia como qualquer outra cidade.
Uma cidade.
Talvez tivesse batido a cabeça e estava sonhando isso, mas Casey
não tinha ideia de porque sonharia com algo tão peculiar.
— Admita. — Cecil bateu com o cotovelo levemente no braço de
Casey. — Você pensou que estávamos indo acabar no inferno, não é?
A noite úmida envolveu-o, somando-se a irritação de Casey. — O que
eu pensei não importa. Você me forçou a vir aqui.
Será que Arizona vai ficar puto?
— Obrigado, Hondo, — Cecil disse ao demônio antes que o saudasse,
dando-lhe um sorriso maroto, e em seguida decolou.
— Espere. — Casey sentiu o pânico se instalar. — Não precisamos
dele para sair daqui?
— Nah — disse Cecil. — Uma vez que avisarem a Maverick que eu
saí, ele vai vir e nos pegar.
Ou uma vez que Arizona descobrisse.
— Nós estamos aqui — disse Oliver em um tom amigável. — Por que
nós não apenas desfrutamos do nosso tempo?
Isso fez com que Casey desse risada, mas não com qualquer humor
real. — Que diabos. Literalmente.
Os quatro homens riram enquanto Oliver e Cecil lideraram o caminho.
— Sou Tangee, — o homem ao lado dele se apresentou. — E ele é
Kyoshi.
— Casey. — Sorriu para os dois. Não estava bravo com eles. Eles
não foram os únicos a agarrar o seu pulso antes de tocar no braço do demônio.
Sabia que Cecil era um problema desde o primeiro olhar. Deveria ter
escutado os seus instintos.
Atravessaram uma quadra de basquete na direção norte até
chegarem ao Java de Jake. Estava com pessoas que pareciam... normal.
Casey não tinha certeza do que esperava, mas não havia demônios
cuspidores de fogo, homens roxos com antenas em cima das suas cabeças, ou
quaisquer lagartos que andavam sobre duas pernas, enquanto tomavam
smoothies.
Tudo parecia normal, exceto que Casey notou uma mesa de homens
olhando diretamente para ele. Um em particular o olhou enigmaticamente.
— Você os conhece? — Oliver perguntou quando os observou
também.
Ele deu ao homem um olhar divertido. — Uma vez que esta é a
minha primeira vez aqui, vou ter que dizer não.
E ele não queria conhecê-los. Todos os quatro homens eram grandes
como lutadores. O único o olhando atentamente era o maior deles.
— Ignore-os, — Cecil disse, enquanto olhava para o menu. — E só
porque estão no reino demônio não significa que eles nunca foram para o reino
humano. Você pode conhecê-los, mas não se lembrar.
Casey se lembrava deles. Não eram seus Joes médios. Desviou o
olhar, orando para que os homens perdessem o interesse. Não tinha ideia de
porque o estavam admirando.
— Merda, lá vem ele, — Tangee sussurrou para Casey.
Casey olhou para a mesa para ver o maior dos quatro se levantar e
caminhar em direção a ele.
— Ele é um demônio — disse Kyoshi.
— Como você sabe? — Casey perguntou enquanto mantinha os olhos
sobre o homem que se aproximava.
— Sou um shifter tigre. Posso sentir o que ele é — explicou o
homem.
O cara parou um pé longe de Casey e inclinou a cabeça — Eu conheço
você.
Casey olhou por cima do ombro e, em seguida, olhou para o
demônio. Pressionou um dedo no seu próprio peito. — Eu?
O homem deu um aceno rápido. — Você é um dançarino na gaiola no
Silk. Peguei o seu show uma ou duas vezes.
— Você está me confundido com outra pessoa. — Casey queria cavar
um buraco. Estava em um reino diferente, e tinha sido reconhecido por um
cliente. Seu coração saltou para a garganta enquanto o seu olhar estalava em
cada homem com ele. Todos os quatro olhavam fixamente para ele.
— Não — O homem sacudiu a cabeça. — É você. Eu nunca iria
esquecer alguém que dança da maneira que você dança.
Mortificado, Casey saiu da linha. Era como se toda a sala estivesse de
boca aberta olhando para ele.
— Você é um stripper? — Perguntou Cecil.
Depois de uma longa pausa, Casey queria correr e se esconder. Mas
porque deveria? Não tinha vergonha do que fazia para viver. Dançar o
emocionava, e nunca tirou tudo. Estava sempre atento para terminar com os
seus pedaços cobertos no final da sua performance. Casey não fazia nada de
escandaloso ou sujo como alguns dos outros strippers, e nunca dormiu com
ninguém no clube.
Ajeitou a coluna vertebral e endureceu a sua espinha. — Não tenho
nada para me envergonhar.
Cecil arqueou uma sobrancelha. — Ninguém disse que você tinha.
Acho que é muito legal. Você tem o corpo e os olhares para isso.
— Se eu fosse parecido com você — disse Tangee com uma
piscadela — estaria adorando tudo isso.
— Eu não tiro tudo, — Casey se defendeu.
— Silk Roon — Cecil disse quando apertou os lábios. — Parece
divertido. — Ele se virou para Oliver. — Parece que temos que fazer uma
viagem para Dalton Falls.
Casey gemeu. A última coisa que precisava era que Cecil e o seu
bando de assassinos sequestradores aparecessem no seu trabalho.
— Alguma chance de você estar livre agora? — Perguntou o
estranho.
Casey tinha esquecido que o homem estava lá. Sua pergunta era a
razão do porque Casey nunca quis que Arizona descobrisse. — Pareço uma
prostituta parva para você?
O corpo de Casey tremia enquanto suas mãos se fechavam em
punhos. Estreitou o seu olhar, os lábios firmemente juntos.
O cara o olhou da cabeça aos pés, nada de ilegal. Ou deveria ter sido.
Também fez Casey sentir-se barato.
— Você é um stripper. — O cara deu de ombros. — É o que vocês
fazem. Vou até pagar extra se você deixar os meus amigos juntar-se à
diversão.
Casey nunca tinha sido tão insultado na sua vida. O que era algo,
considerando que ainda tinha que lidar com o Sr. Delgado na sexta-feira. Sua
vida tinha ido de mundana para caótica em menos de vinte e quatro horas.
Tinha que ser algo no ar
— Quanto você está disposto a pagar? — Perguntou Tangee.
Casey ficou boquiaberto com o cara.
Tangee corou. — Só estava curioso.
— Cai fora — disse Cecil, cutucando o homem no peito com o dedo.
— Ele não está interessado.
Oliver sacudiu a cabeça e murmurou baixinho — Ele vai fazer.
— Quem? — Perguntou Casey. — Quem vai fazer o quê?
O cara empurrou Cecil.
Cecil empurrou de volta.
Casey olhou em choque total quando Cecil pegou uma cadeira e
atirou-a no estranho.
E então o mundo desabou.
Kyoshi abaixou-se debaixo de uma mesa, a mesma que um dos
demônios pegou e jogou em Cecil. Kyoshi arrastou-se para a próxima.
Casey ficou ali, sem saber o que fazer. Nunca tinha estado em uma
briga antes, mas Cecil, Oliver, e Tangee estavam lutando por ele, e não podia
fazer menos.
Apenas rezou para que não morresse antes que isto estivesse
acabado.
Agarrando a primeira coisa que podia alcançar, Casey jogou um
porta-guardanapos de metal em um dos demônios. Atingiu um dos demônios
na cabeça, fazendo com que o homem se virasse e olhasse para ele.
Casey gritou e mergulhou para baixo da mesa que Kyoshi atualmente
estava escondido. O demônio veio atrás dele. Casey saltou debaixo da mesa e
pegou uma cadeira, imaginando o porquê Cecil ter escolhido uma e atirou-a. A
coisa não era pesada, e Casey nunca teve a chance de jogá-la.
O demônio puxou-a para fora das suas mãos e, em seguida, agarrou
Casey em torno da garganta. Apertou-a até que Casey sentia-se como se fosse
desmaiar.
Pensou que era um caso perdido até Tangee pular nas costas do
demônio, e... puta merda. O cara mordeu a orelha do demônio.
Hondo entrou na loja, junto com outra pessoa. Eles pararam a briga,
um homem segurou Cecil pelo colarinho, o outro segurou o demônio que o
havia insultado.
— Que diabos está acontecendo aqui? — Hondo olhou para Cecil. —
Eu trouxe você aqui e você tenta arrebentar o lugar de Jake?
Casey assistiu horrorizado com fascinação quando uma bola de fogo
apareceu na mão livre de Hondo. Ele jogou em um dos demônios que não
tinha conseguido o memorando que a luta tinha acabado.
A bola explodiu no peito do demônio, empurrando-o para trás. Ele
bateu na parede e escorregou para o chão, luzes apagadas.
— Qualquer outra pessoa se sente com sorte? — Perguntou Hondo.
Ninguém se mexeu. Inferno, ninguém respirava. Pelo menos, Casey
não. Não era tolo o suficiente para ir contra Hondo ou o seu amigo.
— Você vai pagar pelos danos, — Hondo disse enquanto ligeiramente
balançava Cecil. — E você está banido do reino durante três meses.
— Isso é tremendamente estúpido... Casey! — Cecil se defendeu.
— Então você deveria ter chamado por mim — disse Hondo. — Você
sabe que não levo bem brigas. — Olhou para o amigo. — Você pode levar
esses caras de volta para a Toca, Rainerio?
Rainerio soltou o demônio. — Certo.
O demônio que tinha insultado Casey virou-se e olhou para ele. —
Isso ainda não acabou.
Casey engoliu firmemente com a ameaça. O cara sabia onde
trabalhava. Podia aparecer, e não haveria ninguém para detê-lo. Duvidava que
os seus amigos e os seguranças do clube poderiam lidar com o demônio e os
seus amigos. Os quatro homens pareciam como se fossem linebackers de um
time de futebol mutante.
Hondo agarrou o demônio por sua garganta. — Vá a qualquer lugar
perto do humano, neste reino ou no outro, e você vai se ver comigo, Cresil.
Cresil o olhou, mas não disse nada. Casey tinha a sensação de que a
advertência tinha caído em ouvidos surdos.
Oliver agarrou o pulso de Casey. — Esta não era a diversão que tinha
em mente.
— Mas foi memorável — disse Tangee.
Casey iria concordar com isso. Era uma viagem que não esqueceria
tão cedo.

Capítulo Oito

Casey se sentou na biblioteca, as mãos cruzadas no colo. A ele tinha


sido dito para ficar parado até Arizona chegar lá. Ser mandado não era algo
que ele gostava, mas pela expressão no rosto de Maverick, Casey não tinha
discutido.
Por um momento, Casey temia ver Arizona e então ele pensou sobre
isso e deu de ombros. Não tinha sido culpa dele. Cecil o havia enganado, e
tudo depois que acabou de acontecer. Casey não tinha propositadamente
começado essa briga. Por que ele deveria ter de se sentar na biblioteca como
uma criança petulante à espera da sua punição?
Ele ficou perfeitamente imóvel quando a porta se abriu e Arizona
entrou. Todo o seu comportamento era escuro quando ele fechou a porta e
olhou para Casey.
— Hey, — Casey disse quando ele produzindo um sorriso vacilante
no silêncio frio.
Arizona ficou lá por um longo momento, sem dizer nada. Ele parecia
como se ele estivesse tentando puxar a sua raiva sob controle. Casey puxou
um fio solto na perna do seu short enquanto ele esperava.
Quando Arizona falou, sua voz era baixa, escura. — Você está
machucado?
Fisicamente, não. Mentalmente? Dependia do que os companheiros
tinham dito a Arizona que Cecil tinha dito.
Mantendo o seu tom de voz baixo, calmo, mas com uma ponta de
raiva, Arizona disse — Você sabe o medo que senti quando soube que seria
levado para o reino demônio, o puro pânico que tomou conta de mim?
Pelo que Casey tinha atravessado, pensou que o medo de Arizona era
um eufemismo. Casey nunca tinha estado tão assustado na sua vida.
Cecil era definitivamente o diabo encarnado.
Casey permaneceu evasivo. Qualquer coisa que ele dissesse iria cair
em saco roto. Arizona estava apenas com raiva. O queixo do homem apertou
enquanto ele fechava o espaço entre eles, mas Arizona parou quando ele
estava na frente de Casey.
De repente, seu temperamento estalou, e Casey ergueu o queixo em
desafio. Ele não ia ser intimidado por ninguém, muito menos por Arizona. —
Você não é meu pai.
Arizona balançou a cabeça, os braços cruzados sobre o peito largo. —
Não, eu não sou, mas eu sou seu companheiro e é meu trabalho mantê-lo
seguro. Como posso fazer isso quando você puxar um golpe como este? Sabe
como é perigoso o reino demônio? Não, você não sabe. Mesmo depois do meu
aviso, você fugiu às cegas com os outros.
Casey começou a se defender que não tinha sido sua escolha, mas
ele curvou os lábios ele não era um rato, e ele não estava indo para colocar a
culpa em alguém. Embora isto fosse culpa do diabo.
— A briga? — Arizona parecia tanto abalado e exasperado. — A
sério? O que na terra você o chateou tanto que você começou uma briga com
um bando de demônios?
Se Arizona tinha que perguntar, então ninguém tinha dito uma
palavra sobre o que havia aprendido. Casey pode ter assinalado para eles, mas
ele admirava os homens por manter suas bocas fechadas. Verdade seja dita,
ele pensou que tinha explodido com a notícia, logo que eles voltaram. Foi
Oliver, que tinha dito algo sobre o namorado stripper anterior de Arizona e ele
não parecia muito feliz com isso.
Talvez tivesse sido o cara e não a sua ocupação.
— O que começou a luta?
O estômago de Casey embrulhou enquanto o seu coração batia
fortemente. Ele não poderia dizer a Arizona. Ele não queria mentir, mas ele
também não podia dar a razão real.
Ele percebeu que Arizona estava bravo. Casey podia imaginar como
se sentiria se o homem o olhasse com desdém ou, pior, que tipo de homens a
luxúria tinha quando eles pensaram que estavam olhando para uma estrela
pornô.
Ele não era uma estrela pornô. Mas, assim como ninguém acreditava
que ele tinha dormido com apenas dois homens na sua vida, Arizona não
poderia crer que Casey não era um homem solto. Veja como Cecil tinha
reagido a ele. Casey morreria se Arizona fizesse o mesmo.
Ele não podia arriscar perder Arizona.
Ele levaria à ira do homem sobre o seu desgosto.
— Responda-me, — Arizona exigiu.
Casey saltou.
Arizona amaldiçoou. — Não há nenhuma maneira no inferno de você
está com medo de mim.
Não. O que Casey tinha medo era de que a verdade viesse à luz.
— As coisas aconteceram muito rápido. — Casey disse uma parte da
verdade, infundindo o máximo de calma que pôde na sua voz. — Eu não sei...
exatamente. — Agora isso era uma mentira fora do plano.
Estreitando os olhos, Arizona resmungou. — Tente novamente,
baixinho.
— Eu não posso pensar sob esta pressão! — Casey disparou e se
moveu atrás do sofá, colocando uma barreira entre eles. — Não podemos
apenas passa um pano sobre isso como uma lição aprendida?
Em três passos largos, Arizona chegou a ele. Ele estalou a mão antes
de Casey poder fugir. Os dedos de Arizona enrolados em torno do seu braço.
Casey tentou chutar Arizona, mas o cara puxou a perna longe a
tempo. Ele tinha preso Casey entre o encosto do sofá e o seu corpo sólido.
— O que você vai fazer comigo? — O coração de Casey migrou para
a garganta.
— O que eu deveria ter feito assim que eu descobri que era meu
companheiro, — Arizona disse, com a voz baixa e áspera.
Casey respirou fundo quando ele girou e inclinou-se sobre o encosto
do sofá. Seu short foi empurrado para baixo, expondo a sua bunda.
— Não podemos falar sobre isso? — Casey perguntou com um
gemido. Será que ele realmente queria conversar? De jeito nenhum. Mas isso
não impediu que o corpo dele tremesse ligeiramente.
— Não se mova, — Arizona rosnou no seu ouvido antes de recuar.
Casey assistiu o homem a cada movimento. Arizona atravessou a sala, abriu a
gaveta da escrivaninha, e... era uma garrafa de lubrificante na sua mão?
Casey começou a perguntar por que havia uma garrafa de lubrificante
na mesa, mas a expressão de Arizona manteve os seus lábios selados. O
homem parecia como se ele quisesse foder a resposta certa fora de Casey.
Sabendo o plano de Arizona, o corpo de Casey rugiu para a vida.
Seus dedos se enroscaram na almofada enquanto a sua respiração ficou rasa.
— Você vai me dizer o que eu quero saber.
Deuses, o homem poderia soar mais gutural? Os lábios de Casey se
separaram quando Arizona agarrou a bainha da sua camisa e a puxou sobre a
sua cabeça, mostrando o seu impressionante tórax e abdômen. Os músculos
do homem ondulavam e flexionavam quando ele atravessou a sala, fazendo
com que o corpo de Casey se apertasse desesperadamente com necessidade.
— E se eu não quiser? — Sua voz estava ofegante.
Um sorriso perverso puxou a boca do homem. — Não desafie o lobo,
baixinho se você não quer que ele morda.
Casey estremeceu.
— Você está me desafiando? — Arizona fez a pergunta soar tão suja
e sedutora.
Casey mordeu o lábio inferior, pensou sobre isso, e depois acenou
com a cabeça, antecipação fazendo o seu pau pular. — Eu estou.
Um flash de aprovação apareceu nos olhos verdes de Arizona.
Quando Arizona se moveu atrás de Casey, o som da tampa sendo aberta
encheu os seus ouvidos, juntamente com a respiração pesada de Arizona.
Ele se contraiu quando os dedos molhados deslizaram no seu vinco,
Arizona separou e, em seguida, pressionou a ponta do seu dedo para dentro.
— Tão apertado, — Arizona disse com satisfação selvagem.
Seu short foi para o lado, Casey abriu as pernas. Inclinou-se sobre o
sofá, estrangulando a almofada. A ponta de um dedo não era suficiente. Era
como dar a um homem sedento uma gota de água. Casey rangeu os dentes e
esperou, mas Arizona não foi mais longe.
— Diga-me, — Arizona exigiu.
Balançando a cabeça, Casey curvou os lábios.
O dedo deslizou mais para dentro, em seguida, para trás. Arizona
repetiu o movimento algumas vezes antes de um segundo dedo se unir ao
primeiro.
Casey ofegante, mas ainda não era suficiente. Ele precisava de mais.
A punição de Arizona era uma contradição pela suposição de Casey.
Não havia intenção gritando e gritando, pelo menos não de forma irritada.
Casey planejava ser alto, apenas com gemidos de prazer. As pernas de Casey
foram espalhadas, seus lábios se separaram, e o seu corpo relaxou. Ele
choramingou quando Arizona moveu os dedos tão lentamente que a invasão
não fez nada, além de torturá-lo.
— Você vai me dizer? — Arizona mordeu a sua orelha, enviando fogo
correndo através do sangue de Casey.
— Nunca.
Pressionando a palma da sua mão entre as omoplatas de Casey,
Arizona inclinou-o até que a única coisa que impedia Casey de cair sobre o sofá
era a mão de Arizona.
Ele enfiou os dedos profundamente, movendo-os tão rápido e duro
que Casey disparou até a borda, próximo dum raio espiral acabado.
Frustrantemente, Arizona parou antes de Casey poder explodir.
— Tire sua camisa.
Com as mãos trêmulas, Casey fez como Arizona ordenou, jogando o
tecido no assento do sofá. Ele agora estava ali com nada além dos seus
sapatos. Ele rapidamente chutou aqueles de lado.
— Você não está com medo que alguém possa entrar? — Ele mal
conseguiu pronunciar as palavras. Arizona tinha torcido a mão, abriu os dedos,
e levou à tortura de Casey acima de um entalhe.
— Ninguém vai entrar. — Arizona soou com certeza desse fato.
— C-como você sabe? — Casey rangeu os dentes, suas pálpebras
tremulando quando Arizona acariciou o seu ponto doce. Suas pernas viraram
macarrão molhado, e se o sofá não estivesse o segurando, ele teria entrado
em colapso.
— Por que... — Arizona acariciou a glândula novamente quando
acrescentou um terceiro dedo, fazendo Casey, maldição perto de babá. — Eles
sabem que eu estou punindo você e não ousariam interromper.
— Você tem certeza sobre isso?
— Estamos prestes a ser recém-acasalados, baixinho, e ninguém
interfere no acasalamento. É a regra número um do Ultionem. — Com o pé,
Arizona delicadamente chutou as pernas de Casey mais distantes. — Você
poderia gritar no topo dos seus pulmões e ninguém iria abrir a porta.
Com esta afirmação feita cada batida do coração de Casey era mais
ansiosa. Era suposto ser reconfortante? E se Arizona estava aqui para
assassiná-lo?
— Relaxe. — Disse Arizona a única palavra tão suavemente que o
corpo de Casey obedeceu. O peito de Arizona pressionado nas costas de
Casey. O toque da pele, o cheiro de terra de Arizona, e a voz profunda do
homem tinha Casey lutando para respirar. — Antes desta noite longa acabar,
você vai não só me dizer o que eu quero saber, mas você também vai
aprender o quanto você é importante para mim. Arriscando a sua segurança
não será tolerada.
Não havia dúvida na mente de Casey que Arizona estava chateado
com ele. Ele nunca imaginou que ele seria punido e com o sexo muito menos.
Era realmente uma punição, Casey derivava tanto de prazer de cada
palavra falada, toque e a antecipação?
Fortificado com o pensamento de que Arizona não lhe faria nenhum
dano, Casey relaxou totalmente contra o sofá.
— Melhor. — Louvor de Arizona foi direto para o pau endurecido de
Casey. — Muito melhor.
Casey mordeu o lábio inferior como os olhos fechados. O pulmão
queimava quando ele se lembrou de respirar.
O peso do peito do Arizona desapareceu. Casey instantaneamente
sentiu falta do calor, a segurança que ele sentiu ao ser preso sob o homem.
A mão de Arizona retornou a parte superior das costas de Casey, e
depois os dedos do homem agarraram a nuca de Casey. Prendendo-o
firmemente no lugar, os dedos que o alongava deslizou livre, para ter a cabeça
sem corte do pau de Arizona.
— Você vai entender. Eu garanto. —Arizona empurrou totalmente
dentro dele, sem hesitação, nenhum aviso. Casey gritou suas mãos puxando
tão duro no sofá que ele deveria ter picado o tecido.
Arizona montou duro e rápido retardou os seus movimentos, então
apertou os quadris com experiência, transformando a dor de Casey em prazer
inimaginável.
Até este ponto, Casey tinha visto Arizona tão gentil, amável,
engraçado, sexy, e considerando. A forma como ele entrou na sala e comando
era um novo lado para o homem, um lado que Casey queria ver mais de uma
vez, um lado que o lembrava de que ele estava lidando com um lobo predador.
A mão no pescoço de Casey estava ligeiramente apertada. Ele sentiu
o encosto do sofá cavando no seu peito. Embora Casey não quisesse que
Arizona parasse ele precisava de uma posição mais confortável.
Como se estivesse lendo a sua mente, Arizona puxou livre, recuou e
depois moveu Casey de lado. Ele empurrou o encosto do sofá para frente, e
depois puxou-o todo o caminho, tornando-o uma cama pequena.
— Obrigado, — disse Casey. Ele esfregou o seu peito, olhou para
baixo, e estremeceu com a faixa avermelhada.
Para sua surpresa, Arizona traçou os dedos sobre a marca, em
seguida, inclinou-se e beijou-a. — Eu não quis que isso acontecesse.
— Eu acho que nós dois meio que nos perdemos no momento. —
Casey deixou cair a sua mão. Seu olhar deslizou para a ereção de Arizona, e
ele quase engoliu a língua.
Um sorriso preguiçoso e satisfeito apareceu. — Acho que você gosta
do que vê?
— E então alguns. — As palavras saíram da sua boca antes que o
pensamento tivesse acabado de se formar.
Escalando para o sofá reclinado, Casey olhou e percebeu o quanto
mais escuro o verde nos olhos do Arizona era.
Arizona se juntou a ele, levantando as pernas de Casey e colocou os
seus tornozelos nos seus ombros.
A cabeça do pau de Arizona deslizou para ele. Seu companheiro não
foi mais longe. O corpo de Casey apertou enquanto ele esperava, mas Arizona
não se mexeu.
Um brilho perverso entrou nos seus olhos. — Conte-me.
Pelo amor de... realmente? — Arizona.
— Nós podemos fazer isso à noite toda. — Arizona deslizou uma
fração de uma polegada mais para dentro de Casey. — Você não vai acreditar
a força de vontade que eu possuo, ou a teimosia.
Casey tentou fugir para longe, sua teimosia chutando, mas Arizona
agarrou as suas pernas, parando Casey de se mover.
Casey viu a determinação pura nos olhos do homem.
— Foda-me ou deixe-me ir, — Casey estalou. Ele estava cansado
deste jogo. Ele não ia responder à pergunta do homem. Agora não. Nunca se
ele pudesse evitar.
Uma maldição gritada voou de Casey quando a mão pesada de
Arizona aterrissou na sua nádega. A pele queimava. Seu companheiro sorriu.
Casey olhou para o homem. — Que diabos?
Arizona amassou a pele maltratada. Seus olhos estavam
encapuzados, mas ainda tinha determinação. — Conversa.
— Eu estou fodendo falar. — Casey empurrou a mão de Arizona
longe. — Faça isso de novo e eu vou torcer as suas porcas fora.
— Não use essa linguagem grosseira comigo, — Arizona alertou.
— Isso é loucura. — Casey puxou as pernas livres. Ele tentou se
levantar, mas Arizona o pegou pela cintura e puxou-o de volta no sofá.
— Não vai a lugar nenhum, baixinho.
— Você está me forçando a ficar?
Arizona pegou as pernas de Casey, espalhando-as e voltou para o seu
corpo. Todos os pensamentos fugiram enquanto Casey ergueu mais a bunda.
— Eu estou forçando-o, Casey? — Quadris de Arizona deu um soco
para a frente, e os olhos de Casey cruzaram.
Deuses, não. Casey não tinha intenção de sair, tinha esperança de
que Arizona iria impedi-lo. Ele até esperava que o homem fosse transar com
ele, e ele tinha conseguido exatamente isso.
Ele escondeu o sorriso de satisfação.
— Pensa que você me enganou? — Arizona empurrou duro e
profundo e depois parou.
Casey estava a segundos de distância de cometer assassinato. O pau
de Arizona estava enterrado dentro dele. Ele sentiu o pulso da ereção do
homem, mas o bastardo se recusou a mover-se.
Nenhum juiz no mundo iria condená-lo.
Os olhos de Arizona estreitaram. — Essa conversa está longe de
terminar.
As mãos segurando os quadris de Casey, Arizona virou o mundo de
Casey para os lados. Ele conhecia o seu companheiro, impulso por impulso, os
caninos de Arizona desceram. Era um olhar selvagem e sombriamente erótico.
Casey deveria ter ficado com medo da sua mente.
Insano, ele não estava. A conexão que ele sentia com Arizona de
repente se aprofundou. Seu coração trovejou no seu peito e o seu estômago
apertou, mas Casey não tinha medo.
Quando Arizona caiu para os seus braços, Casey não pode resistir.
Ele correu um dedo sobre a ponta afiada de um canino, fascinado.
Arizona inclinou a cabeça para baixo e beijou o dedo de Casey. O
movimento foi tão gentil, tão íntimo, que Casey puxou o homem para mais
perto e apaixonadamente o beijou.
Arizona rosnou na sua boca. O som fez Casey aprofundar o beijo.
Suas línguas dançaram ao redor uma da outra quando Arizona empurrou para
ele.
Se afastando, Arizona o olhou com aqueles olhos escuros - aqueles
descontroladamente belos olhos. — Você não pode me assustar assim
novamente. Eu não posso perder o homem que eu estou apaixonado.
A confissão enviou Casey sobre a borda. Ele gritou quando ele gozou,
seu pau pulsando entre eles. Ele se contorcia sob Arizona, agarrando o homem
quando prazer o quebrou.
Com um grunhido profundo, vibrando, Arizona afundou os seus
caninos no ombro de Casey. A dor aguda fez o orgasmo de Casey superior.
Sentia-se a ponto de desmaiar.
O rosnado continuou a rolar através de Arizona antes dele soltar o
ombro de Casey e tomar seus lábios em um beijo quente, desleixado, seu
pulsante pau dentro do traseiro de Casey.
Arizona enterrou o rosto no pescoço de Casey, ofegante. Casey
estava ali, com os braços pendurados para os lados enquanto ele piscou para o
teto. Sua mente girava em mil direções diferentes.
Arizona tinha apenas dito que o amava.
E ele não tinha dito de volta por medo do dia em que ele perderia
Arizona.

Capítulo Nove

Estar com Casey era tão fácil quanto respirar. Tudo sobre o homem o
fascinava ou fazia Arizona ir adiante. Mesmo a resposta do homem na
biblioteca tinha deixado Arizona duro. Medo e raiva o levara, mas Arizona
preferia prejudicar a si mesmo do que ao seu companheiro. O pensamento de
Casey estar em perigo quase tinha dado a Arizona um ataque cardíaco.
O reino demônio era incrível. Não há duas maneiras sobre isso.
Arizona tinha se apaixonado pelo lugar à primeira vista. Ele tinha ido lá muitas
vezes e, embora o reino fosse emocionante e bonito, Serenity também era
feito com criminosos, violência e homens que não piscariam um olho para
matar Casey apenas pela emoção.
Calor e o aroma único de Casey o envolveu enquanto ele se enrolava
em volta do corpo magro do seu companheiro. Depois de Casey ter
adormecido na biblioteca, Arizona tinha levado o seu companheiro a um dos
quartos de hóspedes.
Ele quase odiava ter que se levantar, mas sabia que o seu
companheiro teria fome. Ele tinha ido cedo ontem na casa de Casey, e o
homem não tinha comido, enquanto eles estavam juntos.
Eles queimaram uma grande quantidade de calorias na noite passada
- alguns ataques de sexo tendem a fazer isso. As imagens do corpo nu de
Casey, os pequenos ruídos, choramingos que ele tinha feito, e a forma como o
seu companheiro estava completamente dando a si mesmo ao longo do tempo
novamente rolou pela mente de Arizona.
Ele inalou o cheiro de Casey novamente, querendo acordar o homem
para mais uma rodada rigorosa. O pensamento era tentador, mas Arizona iria
deixá-lo dormir. Casey precisava de tempo para se recuperar.
Levantando um braço, viu quando Casey resmungou, virou, e
enterrou-se sob o corpo do Arizona antes que ele baixasse o braço para
descansar sobre o seu companheiro. Sua palma descansou sobre o peito de
Casey, e ele sentiu o batimento cardíaco do homem.
O ritmo acalmou Arizona de forma que mais nada poderia. Seu
companheiro estava seguro, em seus braços, e ele planejava manter a forma.
Havia ainda a questão de por que a briga tinha começado, mas ele
deseja obter a resposta mais tarde. Agora ele se deleitou na sensação de
Casey e a sua pele sedosa, até mesmo a respiração, e o aroma de pêssegos
que se agarrou ao humano.
Uma batida leve soou na porta, quebrando momento de paz de
Arizona. Ele saiu, com cuidado para não empurrar Casey e acordar o homem,
em seguida, pegou a cueca antes de atender a porta.
George estava do outro lado, as maçãs do rosto ligeiramente
coradas. Ele segurava uma bandeja nas mãos. — Eu espero não estar
interrompendo nada, mas eu fiz o café da manhã e guardei para você e o seu
companheiro algo antes que esses porcos passem tudo para baixo.
Não havia nenhum calor por trás das palavras de George. Na
verdade, o homem tinha falado com carinho na sua voz. Arizona aliviou o
vaqueiro da sua carga. — Eu estava pensando em me levantar e fazer para
Casey algo para comer. Aprecio que você pensou em nós.
George era mandão e colocava uma boa plumagem, mas todo mundo
sabia que o cara tinha bom coração, carinho pela natureza.
— Não é grande coisa. — George dispensou os seus agradecimentos.
— Se vocês dois ainda estiverem em lua de mel na hora do almoço, eu vou lhe
trazer algo para comer. — Lua de mel? Arizona sorriu. Ele gostava da palavra.
George se afastou quando Arizona deu uma cotovelada na porta para
fecha-la. Colocando a bandeja sobre a cômoda, ele pegou o copo de suco de
laranja e trouxe-o para a cama.
— Ei, dorminhoco. — Ele passou a mão sobre o cabelo macio de
Casey. Ele se sentiu mal por acordar Casey, mas o seu companheiro
necessitava de sustento. — Com fome?
O lençol escorregou quando Casey rolou. O pau de Arizona se
contraiu quando ele viu as costas expostas de Casey.
Alimentos primeiro.
— Casey. — Arizona se sentou na cama com as pernas cruzadas. —
Preciso de você antes que a comida esfrie. — Ele pressionou o copo frio contra
as costas de Casey.
O homem se afastou, virou o seu olhar balançando ao redor
descontroladamente, como se estivesse tentando se orientar. Seus olhos
pousaram sobre o peito nu de Arizona, em seguida, lentamente levantou para
cima até que os seus olhares se encontraram.
Casey sentou-se em silêncio. Arizona observou a nuvem de sono
gradualmente desaparecer dos olhos azuis do homem. Seus olhos caíram para
o copo de suco de laranja.
Arizona levantou o copo. — Com fome?
O movimento de Casey lembrou Arizona de um gato elegante que
saia de uma sesta. Seu corpo contorcido enquanto seus braços levantaram
sobre a sua cabeça. Seu companheiro bocejou depois assentiu.
O olhar sonolento era tão sexy como a aparência completamente
vestida e pronta pra sair. Ele duvidava que houvesse qualquer faceta do seu
companheiro que o desligasse.
Puxando o lençol sobre o seu colo, Casey pegou o copo oferecido.
Arizona pegou a bandeja e trouxe-a para o seu companheiro.
George era o homem. Na bandeja, havia uma pilha de panquecas
douradas com um montão de manteiga no topo, bacon macio, macios ovos
mexidos, e uma tigela de frutas fatiadas.
O garfo deslizou através das panquecas com facilidade. Arizona
cortou uma seção pequena e ergueu-a. Casey abriu a boca e aceitou a comida.
— Como você se sente? — Arizona alimentou o seu companheiro
com alguns ovos. Os olhos de Casey rolaram enquanto ele gemia. O som não
fez nada para aliviar o pau já meio-duro de Arizona.
— Dolorido, — Casey disse depois de engolir. — Preciso de um
banho. — Ele esfregou as palmas das mãos sobre os olhos, bocejou, então
aceitou o pedaço de bacon que Arizona estava oferecendo.
— Podemos tomar banho uma vez que estiver bem alimentado.
— Você está tentando estragar-me? — Uma das sobrancelhas escuras
de Casey se levantou quando ele agarrou um morango na tigela e colocou-o na
sua boca.
— Enquanto cuidar das necessidades do meu companheiro é
importante, eu tenho um motivo. — Arizona piscou. — Não é possível violentar
o seu corpo se você está desnutrido.
O sorriso preguiçoso preencheu Arizona com emoção, mas, ao
mesmo tempo, tinha o contentamento centrado no peito. O simples ato de
alimentar o seu companheiro... o contentou.
— Além do óbvio — Os olhos de Casey caíram para o colo de
Arizona, e não havia nenhuma maneira do homem não ver a barraca na sua
pugilista. — O que está na agenda?
O olhar aquecido teve o pênis de Arizona ficando mais espesso. Se o
seu companheiro não estivesse com tanta fome, Arizona iria renunciar ao café
da manhã e colocar Casey sob ele.
— Você não está comendo, — Casey destacou.
E ele não iria até que Casey estivesse satisfeito. Um shifter não deixa
o seu companheiro com fome. Havia muita comida no prato, mas Casey vinha
primeiro.
— Eu estou bem. — Arizona cortou o protesto de Casey com uma
garfada de panquecas. O homem não podia discutir se ele tinha uma boca
cheia de comida.
— Eu pensei que eu iria mostrar-lhe a cidade.
George tinha empilhado o prato com comida, e o surpreendeu como
um homem tão pequeno poderia comer tanto. A pilha de panquecas estava
quase desaparecida, o bacon comido, e havia apenas uma pequena porção de
ovos restantes.
Casey terminou o seu suco de laranja, por isso Arizona ofereceu o
copo. No momento em que Casey agitou o garfo para longe, havia alguns
pedaços de frutas na bandeja e nada mais.
Arizona colocou a bandeja sobre a cômoda antes de puxar o seu
companheiro da cama. Nu, Casey era um espetáculo a ser visto. O topo da
cabeça de Casey atingiu o queixo de Arizona. Seu corpo era elegante, com os
olhos expressivos. O aroma de pêssegos envolvia Arizona, fazendo-o mais uma
vez inalar a fragrância profundamente nos seus pulmões.
Ele nunca se cansaria do perfume ou de Casey. Era agora um vício
para ele.
— Você não está se movendo.
Passando a mão sobre as costas de Casey, Arizona trouxe o homem
mais perto. Ele usou a sua outra mão para enredar os dedos no cabelo de
Casey. — Eu não posso deixar de querer você.
— Eu nunca vou te negar. — A voz de Casey caiu.
Arizona sacudiu a cabeça. — É mais do que apenas sexo. É... você
me faz sentir tão torcido por dentro.
Uma carranca se formou entre os olhos de Casey. — Isso é bom ou
ruim?
Arizona suavemente riu. — É definitivamente bom.
Os olhos de Casey suavizaram. — Chuveiro?
— Certo. — Relutantemente, ele soltou Casey.
Eles entraram no banheiro. Arizona tinha crescido nesta casa e
conhecia todos os quartos como a palma da sua mão. Ele tinha escolhido este
quarto por causa da espaçosa cabine da ducha. Os pisos eram feitos de pedra
laje, tornando-se legal contra os seus pés descalços. As paredes do chuveiro
eram de vidro, e havia três chuveiros, um em cada parede e a terceira
sobrecarga.
O balcão, feito de mármore escuro, corria no comprimento de uma
parede e tinha duas grandes pias. O espelho decorativo era do mesmo
comprimento, bem como, ideias impertinentes que vieram à mente de Arizona.
Havia também uma banheira de água quente na frente deles com
duas etapas, uma ampla bancada ao lado do chuveiro, e uma grelha de altura
de brancos, toalhas felpudas.
Ao lado do balcão tinha um armário. Arizona abriu para pegar um
pouco de sabonete, shampoo e condicionador, bem como dois panos.
Casey entrou no chuveiro e, lentamente, virou-se, olhando para as
paredes de pedra. — Isto é incrível.
— Ligue o chuveiro enquanto você está babando — disse Arizona.
Seu olhar deslizou sobre a nudez de Casey, apreciando cada mergulho e curva.
A bunda do homem queimava muito bem, seu estômago apertado, o peito
indefinido.
Ele colocou os itens do armário em cima do balcão e puxou a cueca
fora. Ele estava muito duro. Seu pênis se projetava para fora, pulsando
enquanto Casey brincava com as alavancas do chuveiro.
Lua de mel. Isso era uma descrição perfeita. Arizona planejava ter
Casey muitas vezes, em muitos lugares, sobre cada superfície plana e em pé.
Ele teria conhecimento íntimo de cada polegada do corpo do homem
antes que o dia terminasse.
Casey gritou e pulou para trás quando os jatos de água bateram nele.
— Frio? — Arizona riu. Mesmo os erros do homem faziam Arizona
sorrir.
— A primeira pulverização é sempre fria, — Casey reclamou. Ele deu
um passo hesitante para frente, estendeu a mão para sentir a temperatura da
água, em seguida, entrou sob os sprays.
Arizona ficou lá hipnotizado. Casey inclinou a cabeça para trás, os
olhos fechados. Comer e tomar banho eram coisas normais, mas de alguma
forma Casey fazia parecer sedutor.
Riachos de água escorriam pelo corpo magro de Casey. Ele ficou de
lado, dando a Arizona uma visão apreciativa da sua parte traseira e parte do
seu pênis.
— Vai continuar me vendo como um pervertido ou se juntar a mim?
— Casey não tinha olhado para ele, não tinha aberto os olhos. Ele ficou lá
enquanto a água batia contra o seu corpo. Ele pareceu relaxar, como se um
chuveiro fosse a coisa mais divina. A água escorria pelo seu corpo, e Arizona
tinha um desejo louco de lamber a sua pele molhada.
— Como você sabe que eu estou olhando você? — Ele deveria ter
entrado no chuveiro já, desfrutando de Casey, mas Arizona queria ficar lá mais
um momento e ver o homem. Não era todo dia que ele era capaz de olhar para
alguém tão bonito.
Esperemos que depois de ontem à noite, Arizona iria ter muitos mais
desses momentos.
— Eu posso sentir o seu olhar, — disse Casey. Ele abriu os olhos e se
virou, mostrando um ninho de cachos escuros que rodeavam a sua ereção.
Molhado, Casey era de tirar o fôlego.
A visão queimava na memória de Arizona.
Aqueles olhos azuis estavam escuros com necessidade. Ele olhou
para Arizona através desses grossos, cílios molhados, e o coração de Arizona
se apertou no seu peito.
Agarrando os itens do balcão, ele se juntou ao seu companheiro. Ele
colocou tudo em uma prateleira de ardósia antes de se mover atrás de Casey.
— Não roube a água, — Casey empurrou Arizona ligeiramente para
trás. — Você é um gigante, e agora as minhas costas estão com frio.
O empurram teve o sorriso de Arizona alargando. — Eu posso
aquecê-lo.
— A menos que exista um banco acrobático em algum lugar neste
chuveiro, eu duvido que a nossa diferença de tamanho vai fazer o sexo
possível. — Casey roubou o xampu e ensaboou o cabelo curto.
Golpeando as mãos do homem longe, Arizona esfregou o couro
cabeludo do homem, massageando o sabão no cabelo do seu companheiro.
— Isso é tão bom. — Casey gemeu quando a cabeça inclinou para o
lado.
Arizona pressionou um beijos ao longo do pescoço exposto do
homem. Uma mão ainda mexendo no shampoo, enquanto a outra segurava a
bunda bem arredondada do homem.
— Você não pode esperar que eu me comporte quando você faz sons
como esses. — Ele brincou no vinco com os dedos ensaboados. — Esse barulho
está me deixando louco.
Casey fez o barulho de novo, mais longo, mais alto.
— Agora você está fodendo comigo. — Arizona bateu no traseiro do
seu companheiro.
Se virando para enfrentar Arizona, Casey enxaguou o seu cabelo. —
Eu sei de algo que podemos fazer no chuveiro.
A mandíbula de Arizona ficou apertada quando Casey se abaixou de
joelhos. A água bateu na parte de trás da cabeça do homem, mas Casey não
pareceu se importar. Ele segurou o pau de Arizona e colocou a cabeça na sua
boca, provocando a carne sensível com a língua.
— Oh inferno. — Arizona gemeu quando ele pressionou as suas
costas contra a parede, plantando as pernas mais afastadas. Ruídos rudes
saíram da sua garganta enquanto balançava a cabeça para trás, em seguida,
olhou para baixo para ver o seu pênis desaparecer entre os lábios de Casey.
Emoção apertou o seu peito enquanto olhava para o que Casey
estava fazendo ao seu corpo. O ser humano definitivamente tinha uma língua
talentosa. A maneira como ele trabalhava o pau de Arizona tinha-lhe
ligeiramente tremendo. Suas pernas vacilaram.
Ninguém jamais o levou tão perto, tão rápido. Suas mãos
convulsionaram em seus lados, quando o acúmulo subia por sua espinha. Suas
bolas se apertaram, sua respiração pesada. — Se afaste ou engula — alertou
segundos antes dele gozar.
E Casey tomou. Ele engoliu Arizona inteiro quando o seu membro
pulsou na boca do homem. Os dedos de Arizona se enrolaram enquanto a sua
mandíbula apertava com tanta força que os seus molares posteriores deveriam
ter quebrado.
Casey se levantou e Arizona puxou o homem perto. Ele segurou o
queixo do seu companheiro, olhando para aqueles belos olhos azuis. Como ele
tinha conseguido tanta sorte, ele nunca saberia. — É hora de retribuir o favor.
Balançando a cabeça, Casey se afastou e entrou debaixo do jato. —
Eu posso esperar, e a água vai ficar fria. Eu estou pronto para começar o meu
dia.
O homem o confundiu completamente. Que cara no seu perfeito juízo
recusava um boquete? — Tem certeza? — Ele traçou os dedos sobre o corpo
delgado de Casey. Apenas tocar o seu companheiro tinha o seu pau gasto
tentando voltar a vida.
Casey se afastou. — Obtenha-se sob a água para que eu possa lavá-
lo.
Ele amava quanto exigente Casey era. Arizona fez uma saudação
simulada e se moveu sob os chuveiros. Casey começou na parte traseira de
Arizona e não parou até que ele foi ensaboado da cabeça aos pés.
Literalmente. Seu companheiro tinha se dobrado e esfregado entre os dedos, e
levou tudo em Arizona para não quebrar na gargalhada histérica. Ele era
delicado.
— Tudo limpo, — Casey disse antes de enxaguar o pano em um dos
chuveiros.
Embora ele tivesse acabado de ter um orgasmo, Arizona encarou o
traseiro molhado de Casey com interesse aquecido. Seu companheiro o pegou
olhando, sorriu e saiu do chuveiro.
Ele não tinha certeza de que ele um dia se cansaria de Casey.
Eles se secaram e se vestiram prontos para cumprimentar o mundo.

Capítulo Dez

Os últimos dois dias tinham sido um sonho. Arizona tinha mostrado a


Casey a cidade, e tinham ido nadar e passear a cavalo, ele tinha pegado
carona em uma moto, e tudo parecia perfeito demais. Tão perfeito que Casey
não tinha pensado sobre a sua próxima reunião com o Sr. Delgado. Ele não
tinha pensado sobre a sua linha de trabalho. E ele definitivamente não tinha
pensado sobre a ameaça de Cresil.
Arizona tinha servido café na cama todas as manhãs. Eles jantaram
na cidade, enquanto Casey conhecia os seus amigos. Entre tudo isso, eles
tinham feito tanto amor que o corpo de Casey sentiu-se deliciosamente usado
e abusado.
E agora era hora de voltar à sua vida e ao seu trabalho. Tirar um
tempo fora do trabalho tinha sido muito bom, mas ele realmente pensava que
a sua vida poderia ser tão feliz e despreocupada com Arizona?
Não era o caso porque as coisas estavam indo muito perfeitamente, e
sempre que a vida sorria para você assim, ela sempre tinha uma maneira de
tirar a sua felicidade com um tapa no seu rosto depois.
E esse tapa viria em dois dias, quando ele encontrasse com o seu pai
e o líder do cartel, talvez mais cedo se aquele demônio cumprisse a sua
promessa e encontrasse Casey.
― Você está muito quieto ― Arizona deslizou a sua mão sobre a de
Casey enquanto dirigia de volta para Sugar Creek. A mão era grande, quente,
e, por um breve segundo, reconfortante.
Mas a enxurrada de pensamentos não lhe permitiria aproveitar o
toque de Arizona. Seu cérebro se manteve lembrando-o dos problemas que ele
ainda tinha que enfrentar.
Mesmo que ele dissesse ao seu companheiro sobre o Sr. Delgado, o
que não ajudaria. Arizona não permitiria que Casey fosse, o que deixaria o pai
de Casey em apuros. Casey não podia fazer isso. Não podia permitir que o seu
pai enfrentasse a ira do traficante.
Ele poderia dizer a Arizona sobre Cresil, mas então ele teria que
explicar por que o demônio estava atrás dele - o que significava explicar como
a briga tinha começado.
Sua bunda estava no fogo, e Casey não via saída desse dilema. ― Só
esgotado ― disse ele. Era verdade. Eles ficaram acordados até o romper da
aurora e não tinham ido para a cama até tarde da noite.
Parecia uma mini férias. De certa forma, tinha sido. A ruptura da
realidade, da sua vida que era uma merda.
Um suspiro de ressentimento explodiu da boca de Casey enquanto
Arizona esfregava o polegar sobre os nós dos dedos de Casey. Casey odiava as
ameaças iminentes e desejou mais do que qualquer coisa viver uma vida
chata, uma vida que não se intrometesse com o shifter lobo.
Arizona era um grande homem, um cara de bom coração, com uma
família amorosa e amigos agradáveis. Casey tinha tanta bagagem que os seus
ombros cairiam com o fardo. Se Arizona realmente soubesse o que estava
acontecendo na vida de Casey... Casey fechou os olhos, o pensamento de
perder o homem era muito doloroso.
Ao longo dos últimos dias, Casey tinha se apaixonado por Arizona.
Era tarde demais para o seu coração, mas ele estava determinado a tentar
manter uma parede entre eles. Não um exemplo óbvio, mas a distância tinha
que existir. Se ele se deixasse levar com os sentimentos quentes e
maravilhosos, o sofrimento seria dez vezes pior quando Arizona descobrisse a
verdade.
A questão não era se ele iria descobrir, mas quando. Quando tudo
viesse à tona, Casey seria deixado devastado e de coração partido.
E esse pensamento só o deixava em um humor azedo.
Quando Arizona entrou na saída para Dalton Falls, Casey fez uma
careta. ― Eu pensei que você estava me levando para casa.
― Eu estou ― Arizona disse enquanto dirigia pela inclinação. ― Eu
só preciso parar em casa primeiro e verificar algumas coisas ― Ele deu a mão
de Casey um aperto. ― Eu não vou demorar muito.
― Agradeça a George por toda a comida. Estava ótimo.
Arizona sorriu. ― Tentamos convencê-lo a mudar-se para Dalton com
a gente, mas acho que minha família iria morrer de fome se ele aceitasse ― O
sorriso de Arizona cresceu mais. ― E Maverick teria vindo aqui para levá-lo de
volta. Não há dúvida sobre isso.
Casey tinha crescido em um lar amoroso e era amigo dos seus irmãos
- na maioria das vezes - mas eles não eram tão próximos, não como a família
de Arizona. Ele invejava o homem. Arizona tinha uma rede de pessoas com
quem poderia contar.
Casey não tinha essa sorte. Seu pai trabalhava para o cartel. Seus
irmãos tinham ido viver as suas próprias vidas, e ele tinha um único amigo que
estava ocupado com um companheiro e bebês.
Nunca antes ele se sentiu tão isolado e sozinho. Logo, ele não teria
sequer um companheiro para se apoiar.
Arizona entrou na garagem, estacionando na parte de trás. Casey
teria esperado no caminhão, mas a natureza chamava. ― Se importa se eu
usar o banheiro?
Arizona olhou para Casey como se a pergunta fosse ridícula. ― Tire
sua bunda sexy do caminhão.
Quando Casey atingiu a porta da bagageira, ele percebeu alguns
homens descansando no deck traseiro. Ele reconheceu Nevada, e ele sabia
quem era Jax, mas não conseguia entender por que o motoqueiro que possuía
Customs criativo estava lá.
A casa era exuberante, e ele amou o lago que corria ao longo da
parte de trás da propriedade. O deck era grande, e havia tantas plantas ao
redor que parecia uma floricultura.
Arizona subiu os degraus e cumprimentou os amigos, um tapa das
mãos e um toque de punho.
― Como está todo mundo? ― Perguntou Nevada. ― Se eu soubesse
que você iria para casa, eu teria ido. Gabby esteve me incomodando sobre
Taylor fazer uma visita.
Taylor tinha que ser o cara no colo de Nevada. Ou isso ou Nevada
tinha algo crescendo na sua coxa e precisava de um médico.
Arizona se jogou em uma das cadeiras, pernas plantadas em ambos
os lados do assento. ― Esses companheiros malditos são chatos como sempre
― Arizona olhou para Casey, fazendo-o se mover de um pé para o outro. ―
Levaram o meu companheiro para o reino demônio.
― Não brinca ― Nevada riu.
― Eu ouvi que você acasalou ― O homem que falou era lindo. Ele
era densamente construído com cabelos negros e penetrantes olhos cinzentos.
Ele olhou para Casey e sorriu. ― Eu sou Matthew.
― Ryker ― disse o outro homem. ― Prazer em conhecê-lo.
― Este é Taylor ― Nevada apertou o ombro do homem.
― Casey ― Ele acenou para todos. ― Prazer em conhecê-los
também.
Jax deu um aceno curto. Casey voltou o assentimento.
― Sente-se ― Arizona deu um tapinha na coxa.
― Banheiro ― ele lembrou Arizona.
― Vou levá-lo ― Taylor se ofereceu. ― Eu preciso pegar algo para
beber de qualquer maneira.
Os homens imediatamente pediram bebidas. Taylor revirou os olhos
antes de entrar pela porta do pátio. Casey o seguiu.
― Eu juro que eles pensam que companheiro é o mesmo que
escravo ― Taylor reclamou, mas pegou o que os homens tinham pedido. ― O
banheiro é no corredor. Última porta à sua direita.
Fechando a porta atrás dele, Casey se sentou no vaso sanitário
fechado e chamou Paden.
― Divertindo-se com o seu companheiro? ― Paden perguntou
quando ele respondeu. Casey tinha chamado alguns dias atrás, dizendo ao seu
chefe - e amigo - que ele iria passar algum tempo com a família de Arizona.
Casey sentiu as lágrimas se formando, mas parou-as. ― Ao máximo.
― Bom. Eu tenho você escalado para trabalhar esta noite. Isto é, se
Arizona permitir que você fique fora da sua vista por muito tempo ― Um bebê
chorava em segundo plano, e os lamentos fizeram Casey sorrir.
― Eu preciso falar com você antes do meu turno ― disse Casey. Ele
tinha que desabafar com alguém. Desde que Paden era o seu melhor amigo,
isso fazia sentido. Ele queria dizer ao fada sobre o seu pai, o encontro, o
demônio, e como ele estava apavorado que Arizona descobrisse o que ele fazia
para viver.
Paden tinha um jeito de fazer os problemas parecem menores, e
Casey precisava disso agora. Talvez ele estivesse se preocupando por nada.
Depois de passar tempo com Arizona, e conhecer o homem, era possível que
ele não visse Casey como um stripper. Era possível que ele não tratasse Casey
como uma estrela pornô.
Era possível.
E essa possibilidade o fez sentir-se um pouco melhor.
― Há algo errado? ― Perguntou Paden. O bebê se acalmou. Casey
ouviu a voz de um macho no fundo. Michaya deve ter acalmado o bebê.
Casey tinha encontrado Michaya e gostava do cara, mesmo quando
Paden tentou empurrar o vampiro para longe quando eles se encontraram pela
primeira vez. Ele estava contente que as coisas tinham funcionado para os
dois.
― Cara, você não tem ideia ― disse Casey com um longo suspiro. ―
Minha vida está caindo aos pedaços, e eu preciso de alguém para conversar.
― E você não pode falar com Arizona? ― Paden perguntou.
― Não sobre isso ― Casey mordeu o lábio inferior. ― Ele é uma das
coisas que eu preciso falar com você.
― Então venha antes do seu turno, e vamos conversar ― Paden
disse ― mas por favor, não me diga que é sobre não acasalar com o cara.
― Não, isso já foi cuidado ― Um tremor percorreu Casey enquanto
ele pensava sobre como Arizona o tinha fodido de todas as formas possíveis,
em todos os lugares possíveis. Eles até fizeram sexo no banheiro do café da
cidade.
― Detalhes ― Paden disse com uma risada baixa. ― Você vai me dar
mais detalhes.
― Não, ele não vai ― disse Michaya no fundo. ― Você não precisa
saber como Arizona transa.
Paden bufou. ― Um, pare com isso. Eu não estou interessado em um
lobo quando tenho um vampiro sexy para cuidar.
― Foda ― Casey sorriu.
― Droga ― disse Paden. ― Eu vou te ver quando você chegar aqui.
― Eu vou falar com você depois ― Casey disse adeus e desligou.
Sentiu-se melhor já. Esperando que o fada pudesse emprestar a sua
perspectiva e Casey iria ver as coisas de outro ângulo, um mais atraente.
Depois de cuidar dos seus negócios, Casey lavou as mãos e saiu do
banheiro. Seus passos eram mais leves, enquanto ele fazia o seu caminho para
o deck traseiro. Ele dobrou a esquina para a cozinha e parou no seu caminho,
seu coração alojado na garganta.
Através das portas de vidro, viu Dennis olhando para ele, pedido de
desculpas com seus olhos. Seus lábios estavam entreabertos, e ele balançou a
cabeça ligeiramente.
E ao lado de Dennis estava Arizona.
E o homem olhou para Casey com tal repulsa que Casey sabia que o
gato estava finalmente fora do saco.

Se Arizona tivesse sido baleado, esfaqueado, e depois arrastado


sobre brasas quentes, teria doido menos do que descobrir que o seu
companheiro era um stripper - e muito popular de acordo com o que o cisne
acabara de lhe dizer.
Descrença rolou sobre ele, bem como raiva, mágoa e traição,
enquanto olhava para Casey através das portas do pátio. Ele não queria
acreditar que era verdade, mas a partir do olhar no rosto do seu companheiro,
Arizona sabia que Dennis tinha dito a verdade.
Ele disse antes a Michaya que a sua vida precisava de agitação, mas
não assim. Nunca assim. Ele tinha mesmo ido ao Silk Room com o vampiro,
quando o rei das fadas tinha levado Paden, mas ele não tinha visto Casey lá.
Ele teria se lembrado do homem.
― Ele é realmente um cara legal ― Dennis tentou alterar. ― Casey é
doce, engraçado, e...
― Chega ― Arizona rosnou.
Ele pensou em como Jewels havia esmagado o seu coração, como
tinha traído ele com metade dos homens na Brac Village. Mas, novamente, o
que deveria esperar de homens que tiravam suas roupas para trabalhar?
Sua mente conjurou imagens de Casey chupando paus em becos,
espalhando suas pernas para quem tivesse dinheiro, em quantos homens
tinham visto o humano nu enquanto ele se contorcia no palco como uma
prostituta.
Ele até pensou em Aubrey, o acompanhante muito bem pago que
tinha enfeitiçado os olhos de Nevada.
As imagens contradiziam o que tinha aprendido sobre Casey, mas
agora Arizona sabia que tudo sobre a semana passada tinha sido nada além de
uma mentira, nada mais do que um ato da parte de Casey.
Casey era apenas mais um Aubrey. Ele tinha enganado Arizona o
fazendo pensar que ele era doce e inocente e ao mesmo tempo, mais do que
provavelmente, fazendo o seu caminho através da maioria dos homens no
clube.
Deus, ele era um tolo.
Em três passos, Arizona puxou a porta do pátio. ― Saia daqui.
Casey parecia um cervo travado nos faróis. Seu olhar disparou para
os homens no deck antes de se estabelecer em Arizona. Ele foi para frente,
passou por Arizona perto da porta, e parou quando entrou no deck.
Ele olhou para aqueles olhos azul bebe, e o seu peito estava tão
apertado que era difícil respirar. ― Diga-me por que a briga começou.
Casey curvou os lábios.
― Agora!
Ryker, Nevada, e Matthew todos olharam para Arizona, como se
perguntando se ele iria explodir. Levou toda força de vontade para ficar preso
ao chão, para não pegar Casey e sacudi-lo.
― Quatro demônios estavam em uma mesa ― Casey começou, seu
tom monótono, os olhos baixos. ― Um deles me reconheceu do Silk Room. Ele
me segurou, perguntando se ele e os seus amigos poderiam ter-me ao mesmo
tempo.
As lágrimas começaram a cair pelo rosto de Casey. O lobo de Arizona
uivou para chegar ao seu companheiro, para confortar o homem. Arizona não
se sentia tão bondoso. Embora ele se sentisse como se estivesse morrendo por
dentro. Seu estomago queimava enquanto bile subia por sua garganta. ―
Aposto que a única razão que você recusou foi porque a minha família estava
lá.
― Arizona! ― Matthew disse o seu nome com a voz rouca quando
ficou de pé.
Colocando a mão para cima, Arizona encarou o alfa. ― Isso não é da
sua conta.
― Não, não é, mas porra se eu vou ficar aqui enquanto você fala
assim com ele ― disse Matthew com um rosnado profundo ― Ele é seu
companheiro.
― Era ― Arizona passou os olhos sobre Casey. Seu coração começou
a doer e era quase insuportável. O homem o tinha feito de bobo. Arizona
estava pronto para colocar o seu mundo aos pés de Casey, e o humano estava
brincando com ele o tempo todo. Seu olhar saltou para Jax. O lobo tinha se
levantado e estava pronto para jogar Arizona para baixo se ele desse um passo
para Casey.
― Isso de novo? ― Nevada disse olhando cautelosamente para
Arizona.
― É por isso que você não me disse que me ama? ― A voz de
Arizona estava cheia de escárnio. ― Porque você não pode amar um cliente,
não é? Apenas a sua carteira. Desculpe desapontá-lo, mas eu não tenho tanto
dinheiro. Você perdeu o seu tempo.
― Você precisa ir para dentro e se refrescar ― Matthew avisou. Ele
deu um passo em direção a Arizona, simpatia em seus olhos.
A simpatia era a última coisa que Arizona queria. Na verdade, a
piedade de Matthew o enfureceu ainda mais. Seus caninos saíram das suas
gengivas quando suas garras deslizaram.
Nevada, Ryker, e Jax estavam ombro a ombro, criando uma parede
muscular com Casey escondido atrás deles. Será que eles pensavam que
Arizona poderia realmente ferir o seu companheiro? Sua postura protetora fez
os dentes de Arizona doer. Tão volátil quanto ele se sentia, ele nunca colocaria
a mão em Casey. Seus amigos deveriam saber disso.
Arizona se virou para Matthew. ― Por que, porque eu posso dizer
algo do qual me arrependa?
Havia tanta raiva, tanta dor em ebulição dentro dele que Arizona
queria machucar alguém, qualquer um. Iniciar uma briga com o seu alfa não
era uma ideia inteligente, mas, novamente, Arizona não estava pensando.
― Qualquer coisa que eu diga não chegaria perto de transmitir como
realmente me sinto ― Ferido. Esse era o sentimento mais importante
controlando-o agora. Ele não podia negar que ele amava Casey, mas o inferno
se ele passaria por outra traição.
― Você me enoja ― disse a Casey, que ainda estava escondido atrás
dos três homens. ― Nunca se aproxime de mim.
Ele virou-se e entrou na casa. Na sala de estar, ele bateu o punho na
parede, criando um buraco profundo e largo. Ele descontou a sua raiva na
parede enquanto os companheiros entravam para ver o que estava
acontecendo. Eles deram uma olhada para ele e saíram correndo.
― Arizona ― disse Nevada, entrando na sala. Ele agarrou o braço de
Arizona e o impediu de demolir a parede. ― Você só precisa se acalmar.
― É isso que eu lhe disse quando Aubrey estava fazendo de você um
tolo? ― Ele puxou o braço livre e bateu as palmas das suas mãos
ensanguentadas nos ombros do seu irmão empurrando o homem para trás. ―
Não se atreva a tentar defender Casey. Ele é como Aubrey.
― Ele está no deck chorando ― Nevada agarrou a frente da camisa
de Arizona e o balançou, batendo as costas do Arizona na parede. Seus
caninos desceram enquanto seus olhos eram de lobo. ― Aubrey não fez isso.
Ele era um bastardo cruel que não gostava de ninguém além de si mesmo.
Casey...
― Não diga o seu nome! ― Arizona empurrou e passou por seu
irmão, subiu as escadas, em seguida, bateu a porta do quarto atrás dele. Sua
raiva aumentou quando tudo nele queria descer e puxar Casey em seus
braços. Ele tinha que ser um maldito tolo porque o rasgava saber que Casey
estava sofrendo.
Caindo de joelhos, Arizona inclinou a cabeça para trás e uivou.

Capítulo Onze
Matthew ouviu o uivo de cortar o coração rasgar o ar. Casey virou a
cabeça em direção às portas do pátio, seus olhos brilharam. O ser humano
engasgou e, em seguida, correu do deck e seguiu pela calçada.
Xingando, Matthew decolou atrás do homem. Ele pegou Casey no
meio do caminho e segurou o seu braço. O rapaz era rápido. ― Casey, espere.
Lágrimas continuavam a fluir enquanto Casey tentava puxar o braço
livre. ― Me deixe ir!
― Eu não vou deixar você fugir ― Matthew deu um aperto suave, e
Casey parou de lutar contra ele. ― Arizona nunca se perdoaria se algo
acontecer com você.
O olhar que Casey deu a ele estava cheio de desprezo e dor. Ele
realmente sentida muito pelo ser humano. ― Certo, porque ele está
tropeçando em si mesmo para chegar até mim.
― Por quê? ― Perguntou Matthew, liberando Casey. ― Diga-me
porque você manteve isso escondido dele?
― Eu nem sequer te conheço.
― Você está certo, você não conhece ― disse Matthew. ― Mas você
precisa saber que Arizona esteve fodido mais de duas vezes por homens na
sua profissão, e um ainda conseguiu quebrar o seu coração.
Embora Arizona não tivesse contado a ninguém sobre Jewels e
Cherry, Matthew sabia. Matthew havia se mudado para Dalton já, mas ele
ainda tinha ouvido através de conhecidos sobre Jewels e Cherry.
Mesmo naquela época, ele era protetor dos que estavam no seu
círculo íntimo. Ele tinha ouvido na rua sobre Jewels e, posteriormente, sobre
Cherry. O destino tinha um senso de humor fodido para dar a Arizona um
companheiro com a mesma profissão.
Tão antigo como era o ego masculino desempenhava um papel
importante neste processo. Um homem não se importava se o seu parceiro
fizesse papel de stripper no quarto, mas nenhum homem queria um como um
parceiro.
Instinto lhe disse que Casey era diferente, que ele não era uma
prostituta de beco, e tão louco como Arizona estava, ele não iria querer que
Casey corresse cegamente.
Casey começou a correr novamente, mas Matthew o pegou. Os olhos
do homem estavam vermelhos, inchados, e ele lutava desesperadamente para
se livrar.
― Vou levá-lo onde você quiser ir ― Matthew ofereceu ― mas eu
não vou deixar você chegar lá a pé.
― P-Paden ― Casey disse enquanto lágrimas caíram.
Matthew assentiu. ― Eu sei onde ele mora.
Ele deixou Casey ir, mas observava o cara, certificando-se de que ele
não tentaria correr novamente. Eles subiram no deck, e Matthew deu a Ryker
um ligeiro aceno de cabeça, dizendo ao homem sem palavras para manter um
olho nas coisas antes deles saírem.

Depois de Casey se desfazer em Paden, o fada havia insistido para


Casey tirar uma folga. Um, ninguém queria ver um homem triste dançar, e
dois, ele não queria que Casey fosse um alvo fácil para o demônio.
Casey manteve a parte sobre Delgado para si mesmo. Não havia
nada que Paden pudesse fazer sobre isso.
Era como se tivesse um buraco no seu peito e o seu coração tivesse
sido violentamente arrancado. Ele estava apaixonado por Arizona, e estar
longe do seu companheiro era como estar nu em uma nevasca. Casey se
sentia frio e gelado, sozinho e devastado.
Como é que alguém poderia sobreviver a dor que atormentava a sua
mente e o seu corpo estava além dele. Desde que chegou em casa na quarta-
feira, Casey tinha ficado na cama, se recusando a comer o que a sua mãe
trouxe para ele, olhando para a parede por horas a fio.
Ele não tinha dito a sua mãe o que estava errado, e ela parou de
perguntar, mas ela ainda tentava alimentá-lo. Ele amava sua mãe, mas ele
não queria falar com ela. Ele não queria ninguém, além de Arizona.
Quando o seu pai tentou falar com ele, Casey quebrou. Ele jogou a
sua dor e raiva sobre o homem, batendo a porta do quarto na cara do seu pai.
E o fez se sentir pior.
Nada disso importava para ele, não quando o seu corpo doía por
Arizona, queria sentir o toque do homem e os seus beijos e ouvir suas palavras
de adoração.
Casey começou a chorar de novo quando se enrolou em uma bola,
segurando o estômago enquanto a dor de perder o lobo se acumulava no seu
corpo.
O sol da manhã começou a clarear o quarto de Casey. Ele virou-se e
apertou um travesseiro na cabeça. Serviria lhe o direito de viver na escuridão
total, e era onde ele queria ficar. A luz do sol servia apenas para lembrá-lo dos
dias que ele passou com Arizona, sentindo-se como a pessoa mais importante
no mundo do homem.
Mas tanto quanto ele queria definhar, era sexta-feira. Sr. Delgado
não parecia o tipo que compreenderia ou se importaria se a vida de Casey
tivesse terminado. Ele puniria o seu contador se Casey não aparecesse.
Arrastando o corpo para fora da cama, Casey pegou os seus sapatos.
Ele ainda usava as mesmas roupas desde que chegou em casa na quarta-feira.
Elas estavam amarrotadas e tinham um cheiro de torta, mas quem se
importava? Suas necessidades básicas não lhe interessavam. A única
necessidade que ele não podia ignorar era o banheiro, e tinha levado um
esforço concentrado para sair da cama para fazer isso.
Com olhos cautelosos, sua mãe viu enquanto Casey descia os
degraus. Sentia-se irregular e miserável, e desejou que ele não tivesse que ir.
Seu corpo estava curvado enquanto arrastava os pés até a porta.
― Casey ― disse sua mãe com preocupação na sua voz. ― Por
favor, me diga o que está errado.
Seu pai apareceu, parecendo impecável no seu caro terno que tinha
pago com dinheiro do cartel. Ele, de fato amava o seu pai, mas, naquele
momento, ele não gostava muito dele.
― Pergunte ao seu marido contador do cartel de drogas ― Casey
estalou quando ele abriu a porta da frente aberta. Ele não se preocupou com a
reação da sua mãe. Ele desceu os degraus da frente e deslizou para o lado do
passageiro do Bentley do seu pai.
O carro de luxo lhe deu náuseas. A casa também. Em retrospecto,
tudo na propriedade do Bazettis tinha sido comprado e pago por Ricardo
Delgado - incluindo a faculdade do seu quase irmão Brad.
Será que o seu tenso e rígido irmão sabia desse detalhe?
Seu pai entrou no carro e sentou-se ali, olhando para Casey como se
quisesse dizer alguma coisa.
Casey olhou para o seu pai. ― Não comece.
Ele nunca tinha falado assim com o seu pai antes, mas, ele não sabia
sobre as relações do seu pai.
― Eu ainda sou o mesmo homem ― disse seu pai. Não havia
censura no seu tom, mas Casey não poderia encontrar em si mesmo força para
dar a mínima. ― Você vai falar comigo com respeito.
Ele deveria respeitar um homem que não tinha escrúpulos ao
entregar o seu filho mais novo a um cartel de drogas? Em que universo o seu
pai morava?
Cruzando os braços sobre o peito, Casey estreitou os olhos e olhou
para fora da janela lateral. ― Podemos apenas acabar com isso?
O carro seguia, seu pai entrou em um lugar. Quanto mais se
aproximava do espólio de Delgado, mais o estômago de Casey apertava. Ele
não tinha ideia do que o Sr. Delgado tinha em mente, o que o homem queria,
mas a razão não poderia ser boa para Casey.
Os portões altos de ferro forjado lentamente se abriram e o seu pai
atravessou. Havia guardas em todos os lugares, alguns segurando a coleira de
cães de aparência feroz.
Eles também estavam armados até os dentes. Eles seguravam
pistolas semi automáticas em seus braços, armas laterais amarradas nos seus
cintos e as suas expressões diziam que ficariam felizes em usa-las se Casey ou
o seu pai pisassem fora da linha.
― Jesus, Pai ― Casey disse em um tom abafado, como se os
homens olhando para eles fossem capazes de ouvi-lo. ― O que você estava
pensando ao se envolver com esses homens?
Eles dirigiram até uma fonte de água com um querubim nu
derramando a água de uma jarra, em frente a mármore branco que levava a
uma entrada dourada. Havia colunas de cada lado do pórtico, plantas em
abundância, e um guarda armado em ambos os lados da porta da frente.
Se ele não estivesse ciente de quem a casa pertencia, Casey teria
sido arrebatado por seu esplendor. A propriedade tinha sido comprada com
dinheiro de drogas. Esse conhecimento diminuiu a sua beleza.
Quando pisou no alpendre, a porta da frente foi aberta. E, adivinhe
só? Outro guarda armado. ― Siga-me ― disse ele antes de liderar Casey e o
seu pai ao interior.
O interior não era menos impressionante. Piso de mármore escuro,
pinturas caras na parede, vasos, estatuetas e quinquilharias de bom gosto
decoravam estantes e mesas altamente polidas. O líder no andar de cima subiu
a escadaria à esquerda de Casey, e à direita na frente dele - além da sala de
estar decorada ecleticamente em mobiliário que Casey não podia pensar sobre
- era uma parede de vidro que mostrava uma piscina subterrânea, cadeiras
alinhadas com toalhas enroladas e um bar idêntico a essas barracas nas
praias.
Bile subiu por sua garganta quando ele pensou em quantos viciados
em drogas tinham pago por este lugar. Havia mulheres descansando ao lado
da piscina ou em uma das cadeiras de praia. Elas usavam biquínis que
pareciam lenços. Algumas faziam topless.
Casey desviou o seu olhar enquanto olhava ao redor, rezando para
que por algum milagre o Sr. Delgado tivesse caído e batido a cabeça,
cancelando o encontro.
Ele estava contente que os seus infortúnios de merda não o tinham
abandonado.
Sr. Delgado entrou no hall de entrada do corredor a direita. Ninguém
poderia dizer que o homem não era maravilhosamente bonito. Pena que ele
era o diabo em um terno preto.
Seus sapatos clicavam sobre o chão de mármore enquanto ele se
aproximava. ― Nós podemos conversar no meu escritório ― Ele olhou para
Casey, e o olhar de desaprovação era evidente nos seus olhos. ― Clint irá
mostrar-lhe um quarto de hóspedes, onde pode refrescar-se.
Casey abriu a boca para recusar, mas o medo no rosto do seu pai
limitou a sua necessidade de dar ao Sr. Delgado uma resposta malcriada.
Casey foi levado a um quarto decorado em uma explosão de branco.
Tudo, desde a roupa de cama, das paredes ao mobiliário parecia tão puro
como a neve. Ele estava com medo de tocar.
Um pequeno short estava na cama. Oh infernos não. Casey não iria
colocar isso.
Clint resmungou atrás dele. O homem parecia um lutador de peso
pesado, os braços tão espessos que eles se recusaram a descansar nos seus
lados. ― Entre no chuveiro e depois coloque esse short. Sr. Delgado vai
acompanhá-lo quando ele acabar a sua reunião.
O guarda saiu do quarto e fechou a porta. Casey correu para a porta
e puxou, mas estava trancada.
O que agora?

Matthew estacionou no estacionamento antes de pular para fora do


carro e correr em direção à casa de aparência Hobbit. ― Michaya!
Ele bateu com o punho na porta, apenas para ser saudado por um
fada gritando. ― Eu acabei de colocar os gêmeos para dormir. Por que diabos
você está batendo na minha porta como se estivesse fugindo da polícia?
Matthew empurrou Paden, batendo as mãos nos quadris enquanto
tentava se acalmar. ― Onde está o seu companheiro?
― Considerando que são duas horas da tarde, ele está dormindo ―
Paden voou na frente de Matthew para impedi-lo de ir ao fundo do corredor. As
asas do fada se agitaram furiosamente enquanto ele segurava a mão no peito
de Matthew.
― Mova-se, Paden ― Matthew não tinha tempo para isso. Michaya
lhe dissera sobre as suas relações com Delgado, e agora o problema tinha
batido na sua porta.
― Não até que você me diga por que você invadiu ― Paden cruzou
os braços sobre o peito. ― Se você pensa por um segundo que eu vou...
― Michaya! ― Matthew gritou a única palavra com um comando.
Uma porta no final do corredor abriu apenas o suficiente para
Michaya dizer ― Deixe-o passar, Paden.
Paden não parecia feliz, mas se moveu para o lado. ― O fira e você
vai ter que lidar comigo. Vou colocar pó de fada na sua bunda até você chorar
por misericórdia.
Matthew não tinha ideia do que isso significava e não se importava.
Moveu-se para o corredor da pequena cabana e entrou no quarto, fechando a
porta rapidamente atrás dele. Exceto por uma única lâmpada de cabeceira, o
quarto estava escuro como breu.
― Por que diabos você está gritando o meu nome como se fosse
Rocky e eu sou Adrian? ― Michaya puxou as cobertas sobre a cabeça.
― Você não falou a verdade ― disse Matthew. ― Por que diabos
você deixou suas pontas soltas?
Michaya baixou o cobertor, franzindo as sobrancelhas antes de se
sentar. ― Explique.
― O nome Delgado te lembra algo?
Michaya pulou fora da cama. ― Hudson?
― Não ― disse Matthew.
Michaya pareceu aliviado. ― Delgado está morto. Ele não é mais um
problema ― O homem sentou-se novamente.
― Então me diga por que o companheiro de Arizona foi levado a
propriedade ― disse Matthew. Ele se encostou na cômoda, cruzando os braços
sobre o peito. ― Jax me chamou para me dizer que ele viu o cara ser
conduzido através dos portões por seu próprio pai.
Uma carranca se formou entre os olhos de Michaya. ― Mas Ricardo
está morto.
― Seu irmão Estefan assumiu ― Matthew apertou a mandíbula. Ele
ainda estava chateado que Michaya tinha sido um caçador de recompensas e
Matthew não sabia nada sobre isso. Ele era o alfa e deveria saber tudo sobre
os seus homens. Ele poderia não ser tão experiente quanto Maverick, mas ia
mudar ou Matthew iria começar a bater algumas cabeças.
― Então eu disse a verdade ― Michaya argumentou. ― Você sabe
tão bem quanto eu que, quando você corta uma cabeça, outra cresce.
― Precisamos corrigir isso ― disse Matthew. ― E rápido. Arizona vai
enlouquecer, e não há como saber o que Delgado vai fazer para Casey.
― Casey? ― Michaya saiu da cama e franziu as sobrancelhas. ―
Você disse Casey?
Matthew assentiu ― Por que, você o conhece?
O vampiro passou a mão sobre a sua cabeça. ― Eu não posso fazer
nada até que esteja completamente escuro. Espere por mim. Eu estarei
pronto.
Mesmo com tanta raiva e mágoa quanto Arizona estava, ele tinha
enlouquecido quando descobriu que Casey tinha sido levado para Delgado.
Matthew não achava que os dois iriam resolver as suas coisas durante a noite,
mas não havia como negar o vínculo profundo entre companheiros.
Precisou Nevada, Maddox, e Kahl para impedir Arizona de fugir. Os
três estavam atualmente mantendo-o em casa, enquanto Matthew tentava
chegar a uma forma de resgatar Casey da propriedade bem guardada.
― Pelo que eu sei ― disse Michaya puxando Matthew dos seus
pensamentos ― o irmão é dez vezes pior do que Ricardo era.
― Você já esteve dentro da casa. Você sabe o layout. Com o seu
conhecimento vai nos ajudar a trazer Casey de volta.
― Ele tem um demônio atrás dele ― disse Paden do outro lado da
porta, como se ele tivesse ali espionando. ― O cara que o insultou no reino
demônio.
Pressionando as mãos em seus quadris, Matthew inclinou a cabeça
para trás e olhou para o teto. ― Algo mais?
― Arizona é um idiota, um grande idiota ― Paden estalou.
Matthew não tinha tempo para isso. ― Devidamente anotado.
― Eu vou estar pronto quando você voltar ― disse Michaya. ― Foda-
se se esgueirar neste momento. Ligue para a Toca. Se Delgado quer uma
guerra, então ele terá.

Capítulo Doze

— Você merdinha. — Delgado deu um soco em Casey tão duro que


ele viu estrelas. Ele não se importava. Ele tomaria pior se mantivesse Delgado
fora dele. — Deixei instruções claras, e você não as seguiu.
Casey se recusou a tomar banho, se recusou a colocar aquele short.
Quando Delgado tinha terminado a sua reunião e veio para ele, Casey ainda
estava de pé na porta. — Coma merda.
Ele voou para trás quando o punho de Delgado se conectou com o
seu olho esquerdo. Casey girou sobre a cama e caiu no chão. E se mexeu para
debaixo da cama, tentando manter-se de ser atingido novamente. Não só o
punho de Delgado era poderoso, mas ele também usava anéis, e Casey sentiu
sangue escorrendo de uma ferida aberta apenas sob o seu olho.
— Sai de baixo da cama antes que tenha Clint o retirando.
Casey tremia tanto que os seus cotovelos e joelhos bateram contra o
chão de madeira. Seu coração disparou, e o seu rosto estava em chamas. Um
par de botas pretas veio à tona antes que a cama fosse levantada e jogada de
lado, expondo Casey.
Clint não poderia ser humano. A cama tinha que pesar uma tonelada.
Era uma dossel king-size que parecia solidamente construída. O guarda sorriu
para ele, enviando um arrepio gelado correndo pela espinha de Casey.
Delgado não parecia satisfeito. — Quando eu terminar com ele, ele é
todo seu — o homem disse à Clint.
Luxuria se reuniu nos olhos escuros de Clint. — Vou me divertir com
você — ele disse a Casey.
— Venha perto de mim e vou morder o seu pênis fora — Casey
ameaçou quando ficou de pé. Ele puxou o seu traseiro para a porta, mas Clint
o pegou pela cintura e levantou-o do chão.
Casey lutou, puxando, arranhado e chutando, mas não era páreo
para o guarda desmedido. Ele foi levado para Delgado. O traficante golpeou
Casey no intestino.
A dor explodiu quando o seu estômago apertou. Casey se enrolou em
torno do braço musculoso de Clint, com falta de ar. Se ele saísse dessa com
vida, nunca falaria com o seu pai novamente.
O homem tinha deixado ele lá, entregando seu filho mais novo para
estes animais. Dante Bazetti estava morto para ele.
Seus pensamentos seguiram para Arizona. Tão irritado quanto queria
estar com o lobo, o peito de Casey apertou. Ele não tinha ninguém. Qualquer
que fosse o plano de Delgado, Casey era prisioneiro do homem, escapar era
impossível, e mesmo que milagrosamente ele conseguisse, para onde iria?
— Tire suas patas fora de mim — Casey ofegava enquanto cavou as
suas unhas no braço de Clint.
O homem rosnou, apertando ainda mais, espremendo para fora o
pouco ar que Casey tinha conseguido puxar. Morte por asfixia era preferível do
que Delgado e Clint juntar-se a ele.
O cotovelo ligado a uma caixa sólida, fazendo Clint rir. — Lute tudo
que você quiser, humano.
Delgado apertou a mandíbula de Casey, forçando-o a olhar para o
homem. — Clint e eu compartilhamos gostos semelhantes. Eles são escuros, e
para você, eles vão ser muito dolorosos. Sua agressividade vai fazer isso muito
mais agradável.
Casey cuspiu no rosto do homem. As feições de Delgado ficaram
completamente escuras. Assumindo uma postura de boxe, Delgado
desencadeou em Casey. Socos no estômago, rosto, braços, laterais e na
cabeça. Casey tentou bloquear os golpes, mas os punhos do cara voaram na
velocidade da luz, Clint segurando Casey firmemente para o espancamento.
Trabalhou até o ponto de quase desmaiar, ele pendurado como uma
boneca de pano sobre o braço de Clint. Sua parte superior do tronco e rosto
pulsavam com uma dor insuportável.
Ele começou a levantar a cabeça para cuspir em Delgado novamente,
mas a luta o tinha deixado. Casey ainda estava dividido sobre as palavras
cheias de ódio de Arizona, a forma como o seu companheiro lhe tinha jogado
fora tão facilmente, e não conseguiu reunir os cuidados para tentar salvar a si
mesmo.
Não importa quão duro Delgado o castigou, nada faria tão mal como
a maneira que Arizona o havia tratado. Casey não tinha feito nada de errado,
mas o seu companheiro o tinha feito se sentir como a prostituta mais barata
viva.
Se Delgado terminasse por matá-lo, bem, isso realmente não
importa. O homem que tinha varrido Casey fora dos seus pés e o fez sentir-se
vivo nunca queria vê-lo novamente. Lágrimas ameaçaram quando a dor da
rejeição cortante de Arizona passou de novo dentro dele. Casey se sentiu como
se estivesse morrendo, tinha se sentido assim desde que tinha sido degradado
no deck traseiro de Arizona.
E o seu pai? Casey estava ainda em choque que o seu pai havia lhe
entregado. Ele pensou que eles eram próximos, talvez até mesmo amigos,
mas, aparentemente, Dante não se sentia da mesma maneira, não se estava
disposto a dar o seu filho para os lobos. Por assim dizer. Seu pai se
preocupava mais com o dinheiro do que com o seu próprio filho. Essa traição
doeu quase tanto quanto a rejeição de Arizona.
— Leve-o para a sala de jogos. — Delgado tirou um lenço do bolso e
enxugou o rosto.
Casey gemeu quando foi levado. Clint andou em um quarto onde
pesadelos foram feitos. Ele se sentia drogado do abuso, sua mente destruída,
seu corpo se recusando a trabalhar. Casey queria lutar, queria lutar, mas ele
não tinha a força.
Amarrado a uma mesa de madeira, Casey foi despojado da sua
roupa. Clint olhou-o lascivamente. — Espero que ele não te foda muito mal.
Seria uma vergonha se não pudesse desfrutar do seu pequeno traseiro
apertado.
A cabeça de Casey pendeu para o lado, o quarto escureceu, seu olho
esquerdo completamente inchado. O que ele era capaz de ver, desejava que a
sua visão estivesse completamente desbotada. Havia chicotes pendurados em
uma parede, bem como vários dispositivos em todo o quarto, mas Casey não
tinha nenhuma ideia para que eram usados.
E ele não queria descobrir.
Clint forçou as pernas de Casey longe e, em seguida, preparou uma
barra de metal entre elas para mantê-las abertas. Lágrimas deslizaram pelo
rosto de Casey quando foi tratado como um objeto insignificante.
Nenhum alívio veio quando Clint saiu do quarto. Um frio vagou sobre
ele, deixando Casey tremendo na mesa. O quarto era frio, mas era o destino
de Casey que o fez tremer.
Ele tinha ficado lá para o que pareceu uma eternidade, quando a
porta se abriu, Delgado entrou. Casey bateu o olho direito fechado, virando a
cabeça para longe.
— As coisas poderiam ter sido diferentes se você não tivesse
provado ser um animal selvagem. — Algo de metal retiniu. O som fez Casey se
agitar ainda mais duro.
Delgado bateu na perna de Casey. — Abra seus olhos.
Seu olho direito se abriu bem devagar para ver Delgado afrouxando a
gravata. Ele tirou o paletó e colocou-o sobre uma mesa que parecia um
instrumento de tortura medieval. O homem revirou as mangas para trás.
— Pronto para começar? — Ele riu, como se a pergunta fosse uma
fonte de diversão. — Como se você tivesse uma escolha.
Delgado foi em direção a ele quando os sons de tiros rasgaram o ar.
Os olhos do homem se estreitaram quando amaldiçoou. — Nunca um momento
de paz.
Coração batendo atrás do seu esterno, Casey lutou contra as suas
restrições. Foi inútil. Seus braços estavam presos nos seus lados por tiras de
couro, e as suas pernas estavam imóveis por esse dispositivo horrível.
Deitou-se impotente na mesa de Frankenstein.
Delgado atacou a partir do quarto, deixando a porta aberta. Não era
como se Casey pudesse escapar. Ele lambeu os lábios secos, verificando o
corredor enquanto o som de tiros continuou.
Soou como uma zona de guerra lá fora.
Ele se empurrou quando ouviu uma forte explosão. O cheiro de
fumaça flutuou no seu caminho. Oh merda! Ele não ia morrer de asfixia ou o
que Delgado tinha planejado fazer com ele. Casey estava indo queimar vivo.
Ele olhou para a porta, desejando que quem tivesse começado uma
guerra com Delgado fosse resgatá-lo. Talvez fosse o DEA ou ATF. Um ataque
era preferível ao fogo - embora Casey ficaria mortificado de ser descoberto
nesta posição comprometedora.
Neste ponto, ele não se importava.
E ouviu o estrondo de passos, gritos e mais tiros e rosnados. Parecia
que a casa estava sendo dilacerada. Coisas quebradas caíram e caíram
ruidosamente. Alguém passou voando pela porta, batendo na parede antes de
cair no chão.
O coração de Casey não abrandou. E tentou ver quem estava fora da
porta, mas o seu olho esquerdo era inútil, e as lágrimas turvavam o seu olho
direito.
Uma sombra caiu sobre o limiar. Casey engoliu aproximadamente,
temendo que Delgado tivesse retornado. Ou, pior, Clint. O cara tinha promessa
de dor nos seus olhos, e Casey tinha a sensação de que ele seria dez vezes
pior do que Delgado.
Quando Arizona apareceu na porta, Casey pensou que estava vendo
coisas. Depois dos golpes na cabeça que Delgado tinha dado, era possível.
Não havia nenhuma maneira que o seu companheiro tinha vindo para
resgatá-lo. Arizona não queria nada com ele. Casey tinha visto nojo e ódio nos
olhos do homem antes que o seu companheiro tivesse se afastado, suas
palavras ao sair feriram pior do que um soco no estômago.
Arizona ficou congelado na porta, sua expressão enigmática. Ele não
tinha ideia do que se passava na mente do homem, mas a mortificação fez
Casey virar a cabeça para longe.
Se as coisas já não estivessem ruins o suficiente entre eles, o cara
tinha que ver a vergonha de Casey em primeira mão. Saltou quando as tiras
nos seus braços começaram a afrouxar. A seguir Arizona retirou o dispositivo
entre as pernas de Casey e jogou do outro lado da sala. E fez um barulho alto,
lembrando Casey que Clint era uma mancha negra sobre o mundo.
Suavemente, Arizona o levantou da mesa. Ele se abaixou e pegou a
calça de Casey, colocando sobre a barriga de Casey antes de carregá-lo fora do
quarto. O homem não disse nada. Ele nem sequer olhou para Casey.
Indiferente quanto as coisas tensas que estavam entre eles, Casey
descansou a cabeça contra o peito largo do homem. Estremeceu quando seu
rosto pulsava com dor, mas se recusou a se mover. Isso pode muito bem ser a
última vez que ele estaria nos braços de Arizona, e sofrer com a agonia de
sentir o calor do homem em torno dele.
Nevada correu em direção a eles e deixou ir uma ladainha de
maldições. Exceto para o short escondendo a sua virilha, Casey estava
completamente nu, seu traseiro nu para todos verem.
Ele tinha estado completamente desmoralizado hoje e não deu a
mínima, para quem viu o seu traseiro. Sair da propriedade era a sua única
preocupação no momento. Isso, e se perguntar por Arizona tinha formado um
pequeno exército para resgatá-lo. Casey ficou chocado quando viu uma legião
de homens não só da Toca, mas também da Brac Vila e da casa dos Millers.
Eles estavam todos no fundo da batalha, lutando contra os homens
de Delgado. Ele viu Hawk e Kota golpear com alguns dos guardas. Matthew e
Jax rasgaram meia dúzia de homens. A casa feita em pedaços. Tanto quanto
Casey estava em causa, a maldita coisa poderia queimar até o chão.
E isso só poderia acontecer. A fumaça de alguns dos quartos, e os
irmãos Santiago sorrindo.
Estes homens eram a família e os amigos de Arizona. Eles se uniram
para ajudar Arizona, enquanto o pai de Casey o tinha deixado para morrer.
Enterrou o seu rosto no peito do seu companheiro com o pensamento.
— Leve-o para o carro — disse alguém. — Dr. Sheehan está
esperando no Matthew.
O mundo de Casey quebrou quando Arizona o entregou para Michaya.
Ele foi colocado delicadamente na parte de trás de um carro e levado para
longe, já esquecido por um só homem e Casey iria morrer.
E ele só poderia, pois, pela segunda vez em dias, Arizona tinha
rasgado o seu coração para fora.

Arizona invadiu a casa novamente e procurou nas salas por Delgado.


Ele não conseguia tirar a imagem da sua cabeça de Casey deitado machucado
e surrado... E nu, na mesa, um espalhador de perna fixado no local.
Ele teve que fechar essa imagem fora, ou seria inútil nesta luta.
Todos da Toca, o clã de Christian, a matilha de Zeus tinham aparecido. Mesmo
alguns dos homens de Nazaryth estavam lá, assim como Rakeym e os seus
guerreiros.
Era uma guerra total. Eles não estavam aqui apenas para resgatar
Casey, mas para pôr fim à dinastia Delgado. No seu caminho até lá, Arizona
tinha aprendido que o traficante tinha fabricado o Wrath Líquido, mais letal,
mais potente do que antes, e tinha estado distribuindo isso nas ruas.
Eles haviam se livrado dessa droga anos atrás, e nenhum dos
homens que lutaram queriam vê-lo levantar-se novamente. Wrath Líquido
matava seres humanos, transformava shifters em selvagens, e os vampiros
cheios com sede de sangue. O que ele fazia para demônios era assustador
demais para considerar.
Arizona não tinha certeza do que fazia para os fae, mas estava certo
de que não era bom.
Ele atravessou a carnificina com um único propósito no espírito.
Delgado era dele. E uma vez que ele despachasse o homem para o inferno, ele
daria ao pai de Casey uma visita.
Tão louco como ele estava com Casey - não, magoado, ferido além
das palavras - ninguém iria foder com o seu companheiro. Ninguém. Ele tinha
sido desprezado pelo stripper em cada encontro e estava cansado, mas ele
teve alguns dias para se acalmar e pensar sobre as coisas.
Verdade seja dita, ele se revolvia na cama, sentindo falta do seu
companheiro com um desespero que beirava a loucura. Eles ainda tinham um
monte de coisas para trabalhar - se as coisas fossem remendadas
possivelmente - mas Arizona mereceria a morte se tivesse deixado Casey nas
garras de Delgado.
Montana e Nazaryth puxaram um Delgado contorcendo-se para a sala
de estar. — Ele é todo seu, filho.
Arizona seguiu para mais perto, suas garras correndo livre quando a
escuridão o envolveu. Assim que ele estava perto o suficiente, limpou as suas
garras em todo o lado esquerdo do rosto de Delgado, pensando em quão mal o
próprio rosto de Casey parecia. — Você ousa tomar o que não é seu? — Ele
bateu do lado direito, Delgado gritando. — Você ousa tomar o que é meu?
Delgado tentou virar e correr, mas a forma imponente de Montana
ficou no caminho. Ele balançou a cabeça careca enquanto os homens que
lutavam contra os guardas começaram a se reunir.
— Você tomou o companheiro do meu filho. Só Deus sabe o que fez
com Casey. Defenda o seu território e tome o seu castigo como um homem. —
A voz de Montana estava cheia de desprezo, mas Arizona tinha ouvido
ligeiramente amolecer quando ele falou o nome de Casey.
— Ele é um shifter chacal, — Tryck Santiago arrastou as palavras. —
Não há nenhuma honra no seu coração. Mate-o e salve a dor de cabeça.
— Se você não matá-lo, eu posso tê-lo quando você terminar?
Todo mundo se virou e olhou para Jaxxon Remus. O shifter urso deu
de ombros. — Ele causou um monte de problemas na minha cidade. A única
razão que estou ficando de lado agora, em vez de chamar o meu direito de
vingança, é porque companheiros vêm em primeiro lugar, e ele tomou o de
Arizona.
Arizona realmente não conhecia o urso, mas ele gostava de Jax.
Voltando a sua atenção para Delgado, Arizona enrolou as suas mãos
em punhos e começou gritando com o cara. Ele finalmente tinha alguém para
tomar a sua raiva e frustração. Ninguém mais tinha merecido a sua ira, e não
que Arizona era o tipo de atacar sem motivo.
Ele trabalhou no homem mais, sua mandíbula apertada enquanto
Delgado sangrou a partir das feridas infligidas. O chacal se equilibrou, lutando,
combinando golpe a golpe com Arizona. Arizona não queria lutar contra um
homem com um sorriso afetado e estava feliz que Delgado foi um adversário
digno.
Não faria matar o homem mais doce.
Quando Delgado puxou uma lâmina de trás das costas, Arizona
abordou o cara, levando-o para baixo para o piso de mármore. Eles lutaram
pela lâmina, cada um segurando a alça.
— Você precisa de mim para intervir, filho?
Arizona levou um segundo precioso para encarar o seu pai. — Não se
atreva.
Montana levantou as mãos. — Só não quero você morto.
A ponta da lâmina chegou perto do coração de Arizona, e por um
breve segundo, ele pensou que iria mergulhar profundamente. E rolou até que
ele era o único na parte superior, inverteu a direção da faca, e jogou todo o
seu peso sobre as mãos de Delgado.
Os olhos do chacal passaram longe enquanto a faca foi enterrada até
o cabo. Arizona cambaleou e se moveu para trás, tomando uma respiração
profunda, sua raiva ainda segurando forte. Ele girou, olhando para Michaya. —
Mais algum parente que precisamos saber?
Para mérito do vampiro, ele não vacilou. — Não que estou ciente.
Arizona voltou a sua atenção para os homens Santiago. — Arrasem
esta cadela no chão.
Todos os três homens sorriu maliciosamente. — Com prazer. — Tryck
baixou a cabeça em um aceno.
Arizona saiu da casa. Agora que a ameaça contra o seu companheiro
tinha sido neutralizada, ele precisava descobrir exatamente o que Delgado
tinha feito para Casey.
Se Delgado tinha feito o que Arizona temia, ele iria de alguma forma
trazer o bastardo de volta dos mortos e torturá-lo por toda a eternidade.
E depois que verificasse Casey, ele planejava dar a Cresil uma visita.

Capítulo Treze
Casey não tinha certeza quanto tempo tinha dormido, mas os
pesadelos persistentes agarravam se a ele enquanto abriu os olhos devagar. O
esquerdo ainda estava inchado. E mal podia ver, mas viu claramente com o
direito.
Ele não tinha ideia de onde estava. O medo tomou conta dele
enquanto se perguntou se ainda estava com Delgado. Ele tentou sentar-se,
mas a dor assolou o seu corpo, lembrando-lhe que ele tinha sido trabalhado
como um saco de pancadas.
— Tente não se mover.
Casey girou na direção da voz. Ele não reconheceu o homem bonito
que o encarou com olhos castanhos e bonitos cabelos louros. O sorriso do
homem era suave, quente e ajudou a colocar Casey à vontade.
— Quem é Você?
— Nicholas Sheehan, — o homem disse. — Eu tenho mantido um
olho em você.
— Por quê? — Casey deixou escapar antes que pudesse censurar a
palavra.
— Sou um otário por olhos azuis. — Nicholas deu um tapinha no seu
braço. — E sou conhecido por mexer com a medicina.
— Você é um médico, — Casey afirmou enquanto relaxou contra a
cama. — Onde estou?
Ele não se importava se estava deitado sobre a superfície de Marte,
apenas contanto que não estivesse na propriedade de Delgado.
— O lugar mais seguro que você poderia estar — Nicholas
respondeu, deixando Casey sem entender. — Eu gostaria de examiná-lo, se
estiver tudo bem com você.
O homem falou com uma voz mais reservada para crianças doentes
ou idosos. Era suave, baixa e tipo, segurando um arremesso suave que ajudou
a acalmar Casey.
— Que tipo de exame? — Perguntou Casey.
— Eu só quero ter certeza que nada está quebrado ou ferido muito
mal. Você pode-me dizer onde dói?
— Em todos os lugares. — Casey fechou os olhos, lutando contra as
imagens dele preso naquela mesa, com a barra entre as pernas. Ele tentou
bloquear os socos de Delgado e as suas promessas escuras.
Lágrimas estavam na beirada dos olhos de Casey, ameaçando
transbordar. Ele engoliu o caroço duro na garganta.
— Seu olho está inchado, mas tenho certeza que você já sabia disso.
— Nicholas sondou com cuidado, as pontas dos seus dedos tão leves como
uma pluma. — O osso abaixo não parece estar quebrado, mas gostaria de
obter alguns raios-x para ter certeza. Vou precisar de um da bochecha
também.
Casey olhou para o teto quando Nicholas moveu a sua atenção para o
seu peito e estômago. A nudez nunca tinha incomodado Casey antes, mas
depois do que ele passou, queria puxar o lençol sobre o peito e se esconder.
Ele assobiou quando Nicholas sondou o seu estômago. — O que
aconteceu aqui?
— E-ele... — Casey jurou que sentiu Delgado socá-lo, como se o
homem estivesse na sala naquele momento. A dor no seu intestino queimando
quando sentiu o braço de Clint apertar em torno dele.
— Leve o seu tempo. — Nicholas enfiou as mãos de Casey no seu
colo e deu a Casey um sorriso tranquilizador. — Respire com calma, Casey.
— Mãos, — Casey disse enquanto uma das lágrimas escapava. — Ele
usou as mãos.
O médico balançou a cabeça como se compreendesse. — E os seus
braços, o mesmo?
— Sim, mas m-meu estômago... — Casey forçou as palavras após o
nó na garganta. — Clint.
Nicholas pressionou levemente contra o estômago de Casey mais
uma vez. — O que Clint fez, Casey?
Casey estava um pouco deslocado. Doeu quando o médico o tocou. —
Onde está Arizona?
O homem não queria nada com ele. Seu companheiro tinha feito isso
bem claro. Não fazia sentido para Casey que o lobo tinha estado lá para
resgatá-lo, mas o homem tinha lhe entregado a outra pessoa, como se ele não
pudesse suportar a visão de Casey, repelindo tocá-lo. Ainda assim, tudo o que
podia pensar era em Arizona, onde ele estava, o que estava fazendo e quão
mal o homem o odiava.
Novas lágrimas brotaram, mas Casey lutou com elas.
— Ele está perto — disse Nicholas. — Mas eu gostaria de terminar
este exame, certificar-me que está bem. Podemos fazer isso, Casey?
Ele assentiu.
— O que Clint fez?
Casey começou a chorar, e tão mal quanto isso machucava, ele se
moveu para o lado dele, puxando o lençol sobre a cabeça. Ele não podia fazer
isso. Não podia reviver o que aqueles homens tinham feito com ele. Eles
poderiam não tê-lo estuprado, mas chegaram perto demais, e o abuso físico o
tinha quebrado.
Ele duvidava que algum dia seria ele mesmo novamente. Como
poderia depois de olhar nos olhos de monstros?
A cama afundou, e Casey sabia que o médico estava lá. Tão
agradável como Nicholas era, ele queria que o homem desaparecesse. Casey
não queria falar com ninguém.
Ele ouviu a porta abrir, um sussurro baixo, e em seguida a porta se
fechou. Casey enxugou os olhos, tentando se recompor quando sentiu o
mergulho na cama novamente.
Uma mão esfregou a sua perna. Casey empurrou o lençol para baixo,
pronto para dizer ao médico que ele não estava pronto para falar, e a sua
respiração ficou presa.
Arizona acalmou a mão para cima e para baixo na perna de Casey
quando ele se sentou lá. Casey se virou, sem saber o que dizer. As palavras de
despedida do seu companheiro tocaram na sua cabeça.
Você me enoja. Nunca se aproxime de mim.
— Você tem que dizer ao médico, baixinho.
Raiva chamuscou o coração de Casey. Ele ignorou a dor quando se
virou. — Você não ganha uma palavra a dizer sobre isso — ele retrucou. —
Você é o único que me chutou para o lado, lembra?
— Casey...
— Saia! Saia! Saia! — Casey gritou quando tentou levantar. Isso não
tinha sido a coisa mais inteligente a fazer considerando tudo. — Obtenha o
inferno longe de mim!
Arizona levantou-se e recuou. — Independentemente do que
aconteceu entre nós, você tem que deixar o doutor...
— Eu não tenho que fazer porra nenhuma — Casey rosnou. — Você é
apenas outro truque, lembra? Estou apenas atrás da sua carteira vazia,
lembra? Eu enojo você. Meu amor por você é falso!
Arizona olhou para Casey antes que saísse do quarto. Casey caiu de
volta na cama e gritou enquanto o seu corpo lembrou-lhe que ele tinha sido
um saco de pancadas de Delgado.
— Eu vou estar lá embaixo — disse Nicholas quando enfiou a cabeça
na porta. — Eu não vou embora até que você me deixe terminar de examiná-
lo.
— Então, assim você pode mover-se, — Casey estalou. Ele cobriu a
cabeça com o lençol e empurrou o mundo longe.

Paden socava Arizona no peito. — Você é um grande bastardo.


Arizona ficou do lado de fora do seu quarto, recusando-se a ir mais
longe, enquanto Casey estava lá dentro. Se o fada não fosse companheiro de
Michaya, ele afogaria o merdinha no lago nos fundos. — Você não tem ideia do
que...
— Cale a boca, — Paden agarrou ao colocar um dedo no peito de
Arizona. — Apenas cale a boca. Só porque strippers tem deixado um gosto
ruim na sua boca, você deve perceber que nem todos eles são putas, idiota.
Arizona chegou tão perto de Paden, que os seus narizes quase se
tocaram. — Foda-se. Fora.
Paden combinava com o seu rosnado ameaçador. — Eu iria se esse
não fosse o meu melhor amigo deitado ali.
— E porque ele é seu melhor amigo, você diria qualquer coisa para
defendê-lo.
Arizona tinha salvado Casey de um destino pior que a morte - pelo
menos, ele esperava que tivesse chegado lá antes de qualquer coisa mais
terrível do que a surra tivesse acontecido - mas ele ainda estava mastigando
as unhas sobre a traição.
Paden lhe deu um soco no peito novamente.
— Continua a me bater e Michaya vai ficar puto quando eu ataca-lo
de volta — Arizona alertou. Se Paden era um pequeno fada ou não, esse
pequeno punho feria.
Paden estreitou seus olhos, suas narinas dilatadas. — Todos os caras
que trabalham no meu clube ou estão usando pílulas ou transando com os
clientes, ou ambos, apesar de eu ter uma política rigorosa contra todas essas
merdas.
— E isso é suposto ser reconfortante, como? — Será que Casey
usava pílulas? Ótimo. Apenas fodido.
Inclinando a cabeça para o lado, Paden estudou Arizona. — Você foi
deixado cair de cabeça quando uma criança, não é?
— Não estou no clima.
— Nem eu — disse Paden. — Todo mundo que trabalha para mim faz
essas coisas, todos, exceto Casey. Eu ouço os outros strippers falando. E
também ouço os seguranças, barman e clientes habituais. Os clientes se
queixam porque Casey os rejeita. Os dançarinos o odeiam porque eles dizem
que ele é muito certinho e é animal de estimação do patrão.
Paden sacudiu a cabeça. — Eu nunca conheci alguém que ama dançar
tanto quanto Casey, mas isso é tudo o que ele gosta de fazer. Honestamente,
acho que ele ia dançar de graça se eu não pudesse pagar. Mas a outra merda,
a se prostituir e drogas? — Paden bufou. — O primo de Casey morreu de
overdose de cocaína, e não dou a mínima se você acredita em mim ou não,
mas o seu companheiro só ficou com dois caras. Mastigue isso.
Insatisfeito, Paden saiu, suas asas vibrando furiosamente atrás dele.
Dois caras? Aquela era uma pílula difícil de engolir. Arizona estava
sendo injusto por causa de Jewels e Cherry? Ele estava definitivamente
cansado por causa desses homens, e queria desesperadamente acreditar que
Casey não tinha falsificado qualquer coisa com ele.
Mas isso significava se expor, mais uma vez, confiar em alguém que
tirava suas roupas para a vida. Arizona já estava profundamente apaixonado
por Casey. O homem tinha o seu coração, não importa o quanto ele iria feri-lo.
Porra. Arizona não tinha certeza para onde se virar. O homem tinha-
lhe todo apertado por dentro. Ele queria acreditar em Paden, mas a
experiência lhe tinha dado uma pílula amarga para engolir, duas vezes.
Costas pressionadas contra a parede, Arizona deslizou até que estava
sentado na sua bunda. Enquanto estava sentado lá se perguntando o que
fazer, ele ouviu Casey suavemente chorar.
Fumaça e espelhos. Arizona não sabia no que acreditar, mas
precisava ser homem e lidar com a merda. E o matou ouvir o seu companheiro
chorar.
Talvez Casey fosse aceitar melhor o seu lobo. Ele tinha que tentar.
Deixando a porta aberta, Arizona mudou na sua forma de lobo e caminhou
para dentro, usando o nariz para fechar a porta atrás dele.
Ele aproximou-se da cama e apoiou a cabeça no colchão. Quando o
lençol não baixou, ele choramingou.
O lençol lentamente desceu para revelar os incríveis olhos azuis de
Casey. Esse azul bebê era o que tinha puxado Arizona para começar. Seu peito
se apertou quando ele lembrou o tempo que passaram juntos, os risos que
tinham compartilhado juntos, e o amor que eles tinham feito.
Ele estava disposto a jogar tudo isso fora por uma possibilidade,
porque ele tinha sido ferido antes?
Ele pressionou o nariz contra o braço de Casey, inalando o aroma de
pêssegos enquanto olhava por cima das contusões do homem. Ele cerrou os
dentes na borda por ver o seu companheiro assim, por saber que ele não
estava ali para manter Casey seguro.
E ainda ocorria que não sabia o quão longe Delgado tinha ido.
Deuses, a imagem de Casey nessa mesa iria assombrar Arizona para o resto
da sua vida.
Para surpresa de Arizona, Casey passou a mão sobre a cabeça do
lobo. Lágrimas ainda nos olhos do homem, mas os seus dedos deslizaram
sobre Arizona de maneira tão suave.
O que Casey tinha passado? O que aquele bastardo fez com ele?
Arizona lambeu a mão de Casey.
Quando Casey deslizou mais, Arizona pulou sobre a cama e se
aconchegou perto. Ele descansou a cabeça no braço do seu companheiro, com
cuidado com o ferimento.
— Eu não sou uma prostituta — Casey sussurrou enquanto seus
dedos trabalhavam o seu caminho sobre as orelhas de Arizona. — Eu adoro
dançar. E não durmo ao redor, e não tenho relações sexuais com os clientes.
Arizona ainda não estava convencido sobre isso. Uma parte dele
ainda protestou contra a ideia de colocar-se exposto, de confiar em Casey.
— Eu sei que você não acredita em mim ou quer ter algo a ver
comigo, mas eu nunca mentiria para você sobre isso. Nunca isso.
Mas ele iria mentir sobre outras coisas?
— Eu tecnicamente nunca menti para você em tudo — disse Casey,
como se estivesse lendo a mente de Arizona. — Exceto quando você me
perguntou sobre a briga. E não tenho vergonha do que eu faço, mas os
homens tendem a olhar para você como uma estrela pornô quando descobrem
que você é um stripper.
Arizona não podia discutir com isso. Ele tinha olhado para Jewels e
Cherry da mesma maneira. Até que ele tinha chegado a conhecê-los. E então a
traição tinha vindo, cimentando a crença de Arizona que nenhum stripper
poderia ser fiel.
Quando não ouviu até mesmo uma respiração, Arizona olhou para
cima para ver o seu companheiro dormindo. Ele foi ainda mais perto, ficando
com Casey, garantindo que o seu companheiro se sentisse seguro o suficiente
para obter o resto que ele precisava.

Capítulo Catorze

— Qualquer coisa? — Nevada juntou-se a Arizona no corredor fora


da porta do quarto. Finalmente, após dois dias de estar na sua forma de lobo,
dois dias de fazer Casey se sentir seguro, seu companheiro havia concordado
em deixar o médico examiná-lo.
— Ele ainda está lá com Casey.
Arizona queria estar lá também, mas compreendeu a insistência de
Casey sobre a privacidade. Ele ainda não tinha descoberto o que realmente
aconteceu na propriedade e esperava que o médico pudesse persuadir a
verdade de Casey.
Até então, Arizona andou em alfinetes e agulhas, à espera de ouvir.
Seja qual for a forma que isto fosse, ele estaria lá para Casey.
— Então — Nevada começou, limpando a garganta. — Vocês dois
arrumaram as coisas?
Irritado, Arizona poderia dizer sobre os seus sentimentos à esquerda
e à direita. Mesmo calmo, ele não queria falar com o seu irmão sobre o
tumulto que sentia.
Culpa guerreou com a justiça. Ele tinha sido ferido antes e tinha o
direito de questionar as coisas. Como tinha feito isso, bem, isso foi onde a
culpa entrou. Ele poderia ter lidado com a situação um inferno de muito
melhor.
Arizona nunca corria de qualquer coisa, mas assim que foi
confrontado com a possibilidade de ter o seu coração arrancado, ele arrastou o
seu traseiro para fora.
Não estava orgulhoso desse fato.
A coisa era, ao longo dos últimos dois dias, Casey tinha falado com
ele - enquanto Arizona estava na sua forma de lobo. Ele disse ao lobo de
Arizona sobre Dante um contador do cartel. Ele tinha falado sobre como
gostava de dançar, como o fez sentir vivo. O homem tinha falado sobre a casa
que estava economizando para comprar, a terra que queria, os cavalos, como
gostava de nadar, de piqueniques, ir ao cinema, quão distante ele estava dos
seus irmãos.
Praticamente tudo.
O Casey que tinha chegado a conhecer durante a semana passada
não se encaixava no perfil que Arizona sabia sobre strippers. Casey era uma
pessoa única, e quanto mais tempo Arizona tinha passado com ele, mais
profundo tinha se apaixonado.
Não, ele não estava compartilhando a sua angústia privada com
Nevada.
Em vez disso, deu de ombros.
— Estamos chegando lá.
Pelo menos, Casey era grande amigo do lobo de Arizona. O próprio
homem? Isso estava ainda a ser visto. Arizona não tinha sido humano com
Casey desde que o homem o tinha jogado para fora do quarto.
E agora ele esperou para ver se o seu companheiro havia sido
abusado sexualmente. Deuses, Arizona queria atirar em alguém quando
pensava nisso. Ele esfregou o seu peito, preocupado, orando.
— Independentemente do resultado, estamos todos aqui por você. —
Nevada colidiu os ombros com ele. Ninguém disse isso, mas todos sabiam pelo
que Casey poderia ter passado.
Ele ainda estava assustado de como muitos dos seus amigos e
familiares tinham se unido para lutar ao seu lado. Verdade, a Wrath Líquida
tinha sido parte da razão, mas a demonstração de apoio lembrou-lhe quem
tinha as suas costas.
E ele queria que Casey tivesse o mesmo apoio. Depois de ouvir o
homem por dois dias, Arizona tinha chegado à conclusão de que Casey não
tinha ninguém.
Se eles podiam resolver as coisas ou não, Arizona pretendia mudar
isso. Casey nunca estaria sem família ou amigos novamente.
Ninguém merecia estar sozinho, especialmente Casey.
Empurrando-se da parede, Arizona prendeu a respiração quando a
porta do quarto abriu e o médico saiu. Ele fechou a porta atrás dele.
— Bem? — Perguntou Arizona.
Dr. Sheehan sorriu.
— Realmente gosto de Casey. Ele é um homem tão doce.
— Idem — disse Nevada. Ele bateu no ombro de Arizona. — Eu vou
te dar um pouco de privacidade. Deixe-me saber se precisar de mim.
Acenando, Arizona voltou a sua atenção para o médico.
— E... você sabe. — Sua mente rejeitou a possibilidade, o que
tornava difícil para Arizona falar as palavras em voz alta.
Dr. Sheehan cruzou os braços sobre o peito.
— Você está ciente da confidencialidade médico-paciente, certo?
Arizona estava a segundos de distância de subir pelas paredes. Ele
não ia ser excluído. Ele precisava saber como proceder com Casey, como
ajudar o homem a colocar a sua vida de volta no lugar.
Mas, principalmente, ele só precisava saber.
— Eu entendo. — Disse Arizona. Ele soltou um sopro de ar,
obrigando-se a manter a calma. — Mas eu tenho que saber, Nicholas.
O médico deu alguns passos pelo corredor. Arizona o seguiu. Com
cada passo que dava, sua ansiedade aumentava.
— Ele me deu permissão para falar com você — disse Nicholas.
Arizona tinha crescido na mesma casa com Nicholas e sabia, sem sombra de
dúvida, que o homem não iria falar, a menos que lhe tivesse sido dada
permissão. Se Casey tivesse recusado, os lábios do médico teriam sido um
botão apertado. — Ele sofreu uma série de lesões, como você bem sabe —
disse Sheehan. — Meu raio-x portátil não apresentou ossos quebrados ou
ferimentos graves, nada que ele não vai se recuperar.
Arizona assentiu enquanto o homem falou. Claro que estava
preocupado com as contusões e cortes que tinha visto, mas isso não era a
resposta para a pergunta de um milhão de dólares que estava esperando.
— E? — Ele cutucou quando o médico acalmou.
— E você chegou a ele antes de qualquer abuso sexual ocorrer.
Arizona caiu contra a parede. Alívio não poderia cobrir como ele se
sentia.
— Mas não faça uma festa. Ele está traumatizado, Arizona. Embora
nada sexual aconteceu, ainda foi abusado. Vai levar tempo, e alguns conselhos
para ajudá-lo a passar por isso. Eu não aconselharia empurrá-lo.
Não era exatamente um toque sutil, mas a severa advertência foi
atendida.
— Eu não vou empurrá-lo.
Um pequeno sorriso brincou nos lábios do médico.
— Ele está chamando por você.
O estômago de Arizona empurrou.
— Forma humana ou lobo?
— Acho que ele preferiria falar com você, não o seu lobo. — Dr.
Sheehan deu um tapinha no seu braço. — Eu vou estar lá em baixo, se você
precisar de mim. Meu companheiro está aqui, e os companheiros prepararam
um banquete para o almoço.
Puxando uma respiração profunda, Arizona entrou no quarto.

O olhar de Casey disparou para a porta quando abriu. Seu coração


disparou quando colocou os olhos sobre Arizona. O homem estava apenas
dentro da porta, as mãos nos bolsos, a incerteza pendurada espessa no ar
entre eles.
— Eu não mordo. — A menos que Arizona não quisesse ficar mais
perto. O lobo havia confortado Casey de maneiras que ele não achava possível.
Mas o homem? Ele não tinha tanta certeza sobre isso.
Na melhor das hipóteses, as coisas estavam tensas entre eles. Casey
sentiu a tensão espessa no ar. Ele estudou a camisa de Arizona, incapaz de
olhar para o homem nos olhos ainda. A camisa de botão branca estava dentro
da calça, mas as mangas foram dobradas. Seu pulso esquerdo adornado com
um grande relógio de prata. Havia uma camada de cabelo sobre o braço
grosso.
O olhar de Casey correu o largo peito do homem. A camisa estava
aberta no colarinho, revelando a pele bronzeada deliciosa. O tecido esticava
um pouco sobre os braços, agarrando-se aos bíceps protuberantes do homem.
A masculinidade de Arizona era reconhecível da cabeça aos pés. Até
mesmo o jeans que usava se agarrava a ele como um sonho, mostrando as
suas coxas musculosas e cintura estreita.
Atravessando o quarto, Arizona se sentou na cadeira ao lado da
cama. Ele cruzou uma perna um sobre a outra, agarrando a perna dobrada
com as duas mãos.
— Eu discordo — disse Arizona. — Você tem uma grande mordida.
Cor aqueceu o rosto de Casey quando se lembrou como tinha jogado
o homem fora do seu próprio quarto. Arizona tinha merecido, mas isso não
impediu o rubor de vir.
— Nós precisamos conversar.
A luta para se sentar causou dor a Casey. Ele ainda estava
prejudicando. Delgado tinha definitivamente feito um número sobre ele.
A perna de Arizona caiu, como se o homem estivesse pronto para se
levantar e ajudar, mas Casey levantou uma mão. Se tinham realmente
acabado, a proximidade só iria lembrá-lo do que tinha perdido.
— Eu tenho isso. — Ele se recostou contra os travesseiros.
Arizona levantou as mãos em sinal de rendição e se sentou de volta
na cadeira, com a perna ocupando a sua posição anterior. O homem parecia
tão relaxado sentado ali, tão lindo, tão viril. Seu aroma escuro e terra encheu
o quarto, fazendo o peito de Casey doer.
— Nós precisamos conversar. — Arizona esfregou a mão no queixo.
— Precisamos limpar o ar.
— Sem gritar? — Casey não poderia aguentar se o seu companheiro
degradasse ele novamente. A primeira vez quase o matou. Embora o seu corpo
doía como o inferno, isso não era nada comparado com a dor que sentia partir
da distância entre eles.
Ser segurado por Arizona seria pedir demais, mas Casey desejava
mesmo assim. Ele queria aqueles braços fortes envolvidos em torno dele,
fazendo-o se sentir como se o mundo não fosse um lugar feio e assustador.
— Eu não deveria ter feito isso. — A admissão atordoou Casey. —
Isso foi errado da minha parte, e eu sinto muito.
A última coisa que esperava era um pedido de desculpas. O melhor
que esperava era uma separação amigável. Casey tinha ensaiado o que diria,
mas a expressão de pesar de Arizona jogou-o num loop.
— Hum, ok.
Ambos se sentaram em silêncio, como se nenhum deles soubesse o
que dizer verdadeiramente. Casey tinha derramado o seu coração para o lobo,
por isso Arizona já sabia muito sobre ele, mas nos últimos dois dias, Casey não
tinha mencionado o que queria de Arizona. Tinha tido muito medo da rejeição.
No silêncio pesado, quase sufocante, Casey disse — Eu sei sobre o
que aconteceu com você, sobre os seus amantes no passado o ferirem. Eu
posso entender porque reagiu tão mal.
Ele não tinha dito a Arizona sobre a sua carreira, porque não queria
que as coisas fossem mal entre eles, mas Casey nunca tinha imaginado o
passado que ainda assombrava o homem. Ele poderia culpar Arizona por não
querer passar por isso novamente? Não, não podia.
Sabendo que o homem não o queria ainda doía, no entanto.
Mal.
Mas Casey se recusou a chorar novamente. Ele tinha feito o suficiente
disso para durar dez vidas. Antes de tudo isso cair no seu colo, ele não
conseguia se lembrar da última vez que chorou. E na semana passada, ele
compensou o tempo perdido em espadas.
Silencioso, o seu foco totalmente em Casey, Arizona apenas ficou lá.
Casey forçou a sua mágoa para baixo e apressou-se antes que
perdesse a coragem.
— Eu nunca fingi nada com você. Só queria que você soubesse disso.
Eu sei que provavelmente não acredita em mim, mas... — Casey fez uma
pausa para engolir, o seu coração quebrando. — Mas eu gostaria que nós
continuássemos amigos, quero dizer, se isso é possível.
Sentia-se emocionalmente torcido.
Drenado.
Quando Arizona ainda não disse nada, o olhar de Casey caiu para as
suas mãos. Ele pegou uma unha, esperando, preocupado. Não havia mais nada
a ser dito. Ele tinha praticamente dito tudo nos últimos dois dias.
— Você quer que sejamos amigos?
Casey não tinha certeza se isso era desgosto ou descrença na voz do
homem. Seu olhar disparou para o lado enquanto olhava timidamente para o
seu companheiro.
Com a perna caindo da sua coxa, Arizona sentou-se para a frente, os
cotovelos apoiados nos joelhos.
— Isso não é possível.
Cabisbaixo, Casey obrigou-se a aceitar o resultado e seguir em frente
com a sua vida. Ele tentaria. Isso era tudo o que podia fazer, embora soubesse
que nunca amaria alguém como amava Arizona. Nada jamais chegaria perto.
— Não é possível... — Arizona levantou-se e aproximou-se da cama,
tomando um assento na borda, puxando a mão de Casey na sua grande,
acolhedora. — Porque eu quero mais. Eu quero tudo.
Casey não tinha certeza de que tinha ouvido o homem corretamente
e estava muito apavorado com a esperança que floresceu dentro dele.
— Desculpe?
— A menos que você realmente queira apenas uma amizade — disse
Arizona. Ele levantou a mão de Casey, roçando os seus lábios sobre os nós dos
dedos. — Você é meu companheiro, e nós vamos trabalhar isso, mas eu não
vou desistir de você.
— N-não estamos terminando? — Casey se sentiu tonto.
— Companheiros não terminam — disse Arizona. — É para sempre
com a gente, bom ou mau.
— Mas... — Casey balançou a cabeça. — Você não confia em mim.
— Eu estou chegando lá — Arizona admitiu enquanto uma brisa
quente soprava pela janela aberta, trazendo consigo o cheiro de sol. — Se
você está sendo honesto comigo, então me dê tempo para me adaptar.
— Eu estou sendo honesto com você — a voz Casey tinha subido,
malditamente perto de gritar as palavras para o seu companheiro.
— Acalme-se. — Arizona apertou a sua mão. — Dr. Sheehan vai me
matar se ele ouvir como exaltado você está.
— Eu não sei o que fazer para convencê-lo que estou dizendo a
verdade. — A voz de Casey pegou. Ele puxou a mão da de Arizona. — Mas eu
não posso estar com você se você vai constantemente duvidar de mim.
Simplesmente não posso viver assim.
Ele não podia acreditar que estava dizendo isso, mas era verdade.
Casey se recusava a viver sob tal escrutínio. Ele queria o que tinham antes que
o seu mundo tivesse desmoronado. Ele queria Arizona olhando para ele com a
adoração e fome no seus olhos. Casey queria que as coisas fossem fáceis entre
eles, como tinham sido num ponto.
— A vida leva sacrifícios — disse Arizona. — Se esta relação significa
para você, o que significa para mim, vamos trabalhar duro para obter de volta
onde estávamos uma vez.
— Estou com medo — Casey admitiu. Ele estendeu as mãos sobre o
lençol ao ouvir o chilrear dos pássaros do lado de fora.
— Eu também.
O olhar de Casey estalou para o rosto de Arizona.
— Está?
— Você sabe como isso é difícil para mim? Eu estou confiando em
você para não quebrar o meu coração, e isso é assustador como a morte.
Casey conhecia o sentimento. E se, depois de tudo que passaram em
reconstruir a sua relação, não funcionasse?
Com uma respiração instável, Casey estendeu a mão.
— Oi, eu sou Casey Bazetti. Eu vivo em Sugar Creek com os meus
pais enganosos, conduzo uma armadilha mortal, e danço no Silk Room, e
realmente gostaria de conhecê-lo melhor.
O sorriso que se espalhou pelo rosto de Arizona roubou o coração de
Casey.
— Sou Arizona Graton, um mecânico, e você definitivamente conduz
uma armadilha mortal.
Uma bolha de riso trabalhou o seu caminho para fora da garganta de
Casey.
— Eu também adoro o seu lobo. Ele é tão adorável.
Arizona franziu a testa.
— Não há nada adorável sobre mim.
— Sexy? — Ele emendou.
— Melhor. — A bochecha de Casey vibrou quando Arizona roçou os
lábios sobre a superfície corada.
Recostando-se, Casey só podia esperar que este fosse um novo
começo para eles.
Capítulo Quinze

— Avise que Casey vai dançar hoje à noite.


A cabeça de Casey levantou nas palavras de Arizona. Eles estavam
sentados no deck dos fundos, aproveitando o clima de outono, quando Paden e
Michaya apareceram, os bebés com eles.
Fazia dois meses desde o incidente com Delgado. Casey sentia como
se a sua vida tivesse finalmente chegado de volta no caminho certo, mas não
era no caminho certo onde ele queria dançar, para mostrar qualquer parte do
seu corpo para estranhos.
A pulsação começou na sua têmpora no pensamento, mas Arizona
parecia imperturbável. Como se Casey dançar não fosse um grande negócio.
Era um grande negócio para ele, e não conseguia entender porque Arizona iria
decidir algo assim sem consultá-lo primeiro.
— Você está brincando, certo? — Paden colocou o assento de bebé
para baixo. — Precisamos de uma outra discussão profunda como a que
tivemos no corredor?
— Acalme-se, anjo — Michaya disse enquanto colocava o outro
assento no convés. — Tenho certeza que Arizona sabe o que está fazendo.
Quando é que Paden e Arizona tiveram tal conversa profunda? Casey
tinha falado com o fada muitas vezes desde que tinha sido resgatado, e o seu
melhor amigo nunca tinha mencionado falar em privado com Arizona.
— Ele não está realmente indo até lá — disse Arizona. — Mas eu não
tenho sido capaz de rastrear esse demónio e preciso apanhá-lo.
— Veja, eu disse a você — disse Michaya para Paden e, em seguida,
virou-se para Arizona. — Vou-me certificar de que Paden espalhe isso.
Como tinha Casey esquecido Cresil?
— Então, que plano diabólico você preparou, Snidely Whiplash? —
Paden perguntou quando se sentou. — E se você pensa que está
transformando o meu clube numa zona de guerra, esqueça. — O fada virou-se
para Casey e acariciou a sua perna. — Não que eu não quero ajudar, mas
entregar o Silk Room para Arizona e quem ele recruta para o seu plano não vai
acontecer.
Forçando as memórias longe, Casey se sentou lá rigidamente. Com
medo que todos saberiam os seus pensamentos, ele manteve o seu olhar nas
mãos.
— Vou encontrar vocês caras dentro — disse Arizona.
— Você ainda não está usando o meu clube — Paden resmungou
enquanto ele e Michaya levaram os assentos de bebé para dentro.
— Ei.
Casey se recusou a olhar para o seu companheiro.
Arizona aproximou e levantou o queixo de Casey.
— Olhe para mim, baixinho.
Eles olharam um para o outro.
— Você está tremendo. — Arizona puxou Casey em seus braços
fortes, seguros. Casey respirou um pouco mais rápido.
— Relaxe, querido. — Ele suavemente embalou Casey, mantendo-o
perto. — Ninguém te vai machucar de novo, entendeu?
Respirando o cheiro de Arizona, Casey usou o cheiro do homem para
se acalmar.
— Eu não vou levar você lá. Prometo. Mas eu tenho que parar esse
demónio. — Ele apertou os seus lábios na cabeça de Casey. — Que tal uma
cidra quente de maça?
Eles estavam trabalhando no seu relacionamento e fazendo
progressos. Arizona voltou a estar atento, cuidando, mas ainda não tinham
feito sexo. Casey não empurrou o assunto, com medo que iria destruir o
vínculo precioso que estavam reconstruindo.
Mas preferia ter Arizona nu a cidra de maçã. Fazia dois meses, e
estava mais do que pronto agora. Não no início. Não quando tinha sido
resgatado. Sexo tinha sido a última coisa na sua mente. Ir para
aconselhamento tinha ajudado, bem como estar perto de Arizona - na sua
forma lobo e humano. Mas Casey estava cansado de dormir ao lado do homem
todas as noites, desejando um toque de lábios, um toque, qualquer coisa
íntima.
Iria se contentar com carícias e beijos neste momento.
— Claro. — Arrumando-se, Casey afastou-se do corpo quente de
Arizona. Ele moveu-se rapidamente para dentro, escondendo a protuberância
na sua calça jeans. Casey foi direto para o banheiro e fechou a porta.
Ele respirou fundo e desejou ter o seu corpo de volta sob controle.
Quando a ereção tinha ido, voltou para o seu companheiro. Os homens
estavam na cozinha, mas Paden estava na sala de estar. Omar e Avery
estavam lá, todos os bebés juntos.
Algo no peito de Casey mudou enquanto observava os homens felizes
mimar e brincar com os seus filhos. Sam, Taylor, e Dennis estavam lá
também.
Casey deu um passo atrás e se dirigiu para a cozinha, com inveja das
suas amizades apertadas. Ele era próximo de Paden, mas sinceramente, eles
não tinham muito em comum.
Não estavam só Arizona e Michaya na cozinha, mas também um
número de homens. Kahl estava nas portas do pátio, conversando com Ryker e
Nevada. Rez entrou na cozinha e se juntou a conversa de Arizona com Michaya
e os gémeos.
Casey sentiu-se tão fora de lugar que desejava que não tivesse
deixado o quarto. Nevada riu, e Kahl cutucou o homem no braço. A
camaradagem era espessa no ar, como na sala de estar.
Dando um passo para trás, Casey girou e correu lá para cima. Ele
fechou a porta do quarto e sentou-se ao lado da janela. Arizona era um grande
cara - doce, atencioso, cuidador e não apenas para Casey. Ele tinha
testemunhado como Arizona se dava bem com todos os companheiros da casa.
Seu companheiro tinha grandes amigos e uma família amorosa. Casey tinha
quase destruído o homem. E agora, Arizona, sendo quem ele era, tinha dado a
Casey uma segunda chance.
Deuses, ele não merecia o homem. Tentou dizer a si mesmo que não
tinha feito nada de errado, por isso, então por que se sentia como o vilão em
tudo isso?
A porta se abriu, e Arizona entrou.
— Por que você está sentado aqui em cima?
Porque não pertenço lá em baixo.
— Só cansado.
Casey costumava ser um cara que adora se divertir, uma pessoa
extrovertida, que gostava de rir e dançar. Agora? Ele não tinha certeza de
quem ele era mais.
De cócoras na frente dele, Arizona disse — Fale comigo, baixinho.
— Pare com isso. — Casey não podia aguentar a bondade do
homem. Simplesmente não conseguia mais fazer isso. Algo estalou dentro
dele, e a raiva que ele tinha mantido enterrada veio à tona.
— Parar o quê?
— Sendo assim tão bom e compreensivo. — Casey cruzou os braços
sobre o peito. — Eu não fiz nada de errado.
Arizona parecia confuso.
— Do que você está falando?
Levantando-se, Casey pôs espaço entre eles. Agora que a raiva tinha
desencadeado, derramou dele.
— Eu danço para viver, então o quê? Não há vergonha nisso. No
entanto, eu sinto que todos estão me julgando porque você surtou sobre isso.
Arizona chegou a seus pés.
— Ninguém te está julgando.
— Ha! — Casey tinha sido cuidadoso para não balançar o barco, mas
estava tão doente e cansado de estar doente e cansado. Ele queria que o seu
antigo eu voltasse. Ele queria parar de andar na ponta dos pés em torno do
seu companheiro. Ele queria que todos os que olharam para ele estranhamente
se fodessem.
— Casey?
— Não venha com Casey. — Ele empurrou o peito de Arizona. Era
bom finalmente dizer o que pensava, e nada que Arizona dissesse ou fizesse
iria impedi-lo. — Diga-me o que eu fiz de tão errado, Arizona. Eu nunca dormi
ao redor. Nunca fui atrás de você pelo seu dinheiro. Eu fui forçado a... —
Casey respirou. Ele pensou sobre a propriedade, o horror que tinha passado, e
endireitou os ombros, levantando o queixo. — Eu fui forçado a Delgado. — Lá,
ele tinha dito isso. — Se você me disser exatamente o que eu fiz de errado, eu
vou calar a boca e seguir a linha. — Ele cortou sua mão através do ar. — Você
nunca vai me ouvir me queixar de nada.
— Você... — A mandíbula de Arizona estava apertada com as mãos
enroladas ao lado. Ele balançou a cabeça, andando até à janela antes de
deixar escapar um longo suspiro. Seus ombros caíram. — Você não fez
absolutamente nada de errado. Eu fui o único com o problema. Levei-o para
fora em você, e isso foi errado da minha parte.
Casey abriu a boca e depois fechou. Ele esperava um argumento ou,
pelo menos, um debate acalorado. A admissão de Arizona jogou-o.
— Então por que não fizemos amor?
Arizona se virou, as sobrancelhas mergulhando para baixo.
— Você está falando sério?
— Não — Casey bateu as mãos nos quadris. — Eu decidi me juntar
às fileiras de celibato e estava apenas terrivelmente curioso.
Arizona estreitou os olhos.
— Após a merda traumática você passou? Eu estava esperando por
você estar pronto. Não havia nenhuma maneira no inferno de que eu ia te
apressar a nada.
— Estou, estou pronto.
— Você não parece pronto — disse Arizona. — Você soa francamente
com medo.
— Você vai pelo menos me beijar? — Casey perguntou e odiava que
soasse como se ele estivesse implorando.
— Tem certeza? — Arizona aproximou-se, mas deixou um pé de
espaço entre eles. — Eu vou esperar pelo tempo que for preciso, baixinho. Não
pense que há qualquer pressão sobre você, porque não existe.
— Beije-me — Casey exigiu.
Ele engasgou quando Arizona rosnou e puxou-o em seus braços. Ele
segurou a parte de trás da cabeça de Casey e trouxe os seus lábios juntos.
Em um gemido, Casey afundou contra o seu companheiro.
Arizona beijou-o como um homem faminto. Ele inclinou a cabeça,
forçou os lábios de Casey separados, lambendo e chupando, e fazendo
barulhos que trouxeram o corpo de Casey para a vida.
Puxando a camisa do homem aberta, Casey pressionou as palmas das
mãos no peito musculoso de Arizona. A barba do seu companheiro raspava ao
longo do queixo de Casey, e caramba, como ele tinha sentido falta disso.
Arizona tirou a camisa e pegou Casey. Envolvendo as pernas em
torno do seu companheiro, Casey agarrou-se a Arizona quando o homem
acompanhou-o até a cama, sem nunca quebrar o beijo.
Quando Casey foi colocado de costas, Arizona foi um pouco para trás.
— Sim?
Casey assentiu.
— Mais do que pronto.
Calor líquido encheu os olhos verdes de Arizona. Ele se inclinou para
trás, puxando a roupa de Casey. Casey balançou fora delas, em seguida,
sentou-se, tentando desesperadamente rasgar o jeans de Arizona do seu
corpo.
Ambos estavam nus em menos de um minuto.
Subindo na cama, Arizona cobriu Casey, firmando-se entre as pernas
de Casey.
— Deus, eu senti falta disso.
Assim como Casey. Ele chupou o mamilo endurecido de Arizona entre
os dentes. Seu companheiro assobiou. Casey sugou e mordeu a carne do
homem quando abriu as pernas.
Em poucos segundos Arizona tinha dois dedos molhados enterrados
profundamente dentro de Casey.
Casey não tinha certeza se iria durar mais de cinco minutos. Tinha
sido um tempo extremamente longo e ele estava enrolado. Ele circulou as
pernas em volta da cintura de Arizona e levantou o traseiro, não necessitando
apenas do atrito, mas tentando conduzir os dedos de Arizona mais profundo.
O beijo se tornou desleixado, desajeitado, e o homem tinha um gosto
tão bom que Casey não se importava quantas vezes os seus narizes colidiram.
— Foda-me. — Ele rosnou as palavras na boca de Arizona. Casey
estava muito perto, e o inferno se ele ia ter esperado tanto tempo para gozar
com nada mais do que dedos dentro dele.
Lubrificando o seu pênis, Arizona dobrou as pernas de Casey e
dirigiu-se para dentro. Casey arqueou as costas, gritando. Ele cravou os
calcanhares na parte inferior das costas do seu companheiro, forçando o
homem mais perto, tentando o seu melhor para obter o pau de Arizona mais
fundo dentro dele.
Não houve toques suaves, doces beijos ou preliminares de qualquer
tipo. Casey não queria nada disso. As mãos de Arizona estavam em cima dele,
suas estocadas rápidas, a boca do seu companheiro chupava qualquer
polegada de pele que encontrou. O sexo era apressado, desesperado, e tão
maldito cru que Casey não tinha certeza de que seria capaz de andar por uma
semana.
Arizona rosnou, saiu de Casey, virou-o para as mãos e joelhos, e
entrou nele novamente. Seus dedos cavaram pesadamente nos quadris de
Casey quando socou seus quadris para frente.
Sua vida amorosa tinha sido boa antes, mas isso? Casey
absolutamente amou como Arizona desencadeou sobre ele. O sexo cru, sujo e
selvagem fundiu o cérebro de Casey contra a lateral do seu crânio.
— Foda-se — Arizona rosnou. — Eu sinto que não posso chegar
profundo o suficiente dentro de você. Você está me deixando louco.
Casey empurrou, tentando desalojar o seu companheiro, fazendo
Arizona rosnar quando o agarrou mais apertado. Arizona não foi o único a ficar
louco. Pressão se construiu dentro de Casey. Sua pele se tornou muito
sensível. Sua libertação estava perto, e Casey estava desesperado por alcançá-
la.
Caninos afundaram no seu ombro, e isso foi a vantagem extra que
Casey necessitava. Seu clímax sacudiu-o com tanta força que ele ficou tonto.
Seus braços e pernas tremeram, ameaçando cair.
Arizona soltou o seu ombro, recuou e uivou.
O homem, na verdade, uivou. Uau. Essa foi a primeira vez para
Casey.
Emaranhados, caíram na cama, suados, lutando para respirar, e
olhando para o teto.
— Aquilo foi...
— Fantástico — Casey terminou pelo seu companheiro, sorrindo,
enquanto tentava recuperar o fôlego.
Arizona distraidamente afagou Casey na coxa.
— Dê-me um segundo para recuperar, e podemos ir para a segunda
rodada.
Concordando, Casey disse — Que tal no banheiro?
— E no chão — disse Arizona.
— No caminhão.
— No bosque.
— Feito — disse Casey, batendo a palma da sua mão sobre o peito
escorregadio de suor de Arizona.
Em poucos segundos, os dois homens roncavam.
— Eu pensei que todos os seus amigos em Dalton Falls viviam nos
Millers — Casey disse enquanto se acomodava no banco do passageiro do
caminhão de Arizona.
— Ei, eu fiz alguns novos amigos — Arizona disse, como se ofendido.
O cara não estava. Casey tinha aprendido a ler o seu companheiro, e a única
coisa que Arizona estava fazendo era provocá-lo. — Eu sei como jogar bonito
com os outros.
— Não demasiado bonito — Casey avisou. — Não me faça obter uma
babá para você.
Arizona sorriu, mostrando essas covinhas lindas.
— Você é o único homem que vai me ver tão de perto.
— Bajulador — Casey murmurou.
— Isso mesmo. — Arizona assentiu. Seu sorriso virou arrogante. —
Os meus papais não criaram nenhum tolo.
Não, eles não tinham. Eles tinham criado um homem brincalhão e
doce. Após a explosão de Casey, e um monte de sexo para compensar o
tempo perdido, os dois haviam se estabelecido numa rotina confortável,
emocionante e maravilhosa.
Eles estavam de volta onde tinham estado, mas não. Isto era muito
melhor, e Casey estava mais feliz do que tinha estado em um longo tempo.
Arizona entrou na garagem de uma casa de estilo rural que Casey
invejava. Quem vivia aqui era uma pessoa de sorte. A casa de dois andares
era branca com uma cerca verde, tinha um alpendre envolvente, um jardim na
frente, e, pelo que ele tinha visto, um celeiro na parte de trás.
Não havia muita terra, e a floresta corria ao longo da parte de trás da
propriedade. Havia até um pequeno lago com uma pequena doca que podia ser
vista a partir da entrada de automóveis longa.
— Qual é o nome do seu amigo? — Casey soltou o cinto de
segurança e pulou do caminhão. Ele fechou a sua jaqueta quando o vento
soprava. Era fim do outono, e as árvores estavam enfeitadas com folhas em
ouro, vermelho, amarelo e marrons.
Enquanto Casey contornou um sedan que parecia novo em folha na
garagem, um redemoinho de folhas passou correndo por suas pernas. Suas
sobrancelhas franziram quando notou a placa de licença.
BAIXINHO
Isso era muita coincidência que o amigo de Arizona tinha o mesmo
apelido que o seu companheiro lhe deu. Casey tirou o pensamento de lado, os
olhos saltando sobre o seu companheiro no seu lugar.
Arizona parecia tão bom no seu jeans, camisa de Henley, e o casaco
de fazenda rústico. Ele era o epítome da masculinidade, e era inegavelmente
dele. Na verdade, o homem parecia tão atraente que Casey queria renunciar a
sua visita e ter uma rodada de sexo quente e com fome no caminhão.
— Eu vou apresentá-lo quando chegarmos lá dentro. — Arizona foi
para a varanda, e Casey correu atrás dele. Pareceu-lhe estranho quando
Arizona entrou porta dentro.
Seu companheiro estava ali, segurando a porta de tela aberta, à
espera de Casey ir para dentro.
— Ele deve ser realmente um bom amigo, se você está autorizado a
apenas entrar — Casey reclamou quando entrou.
— Oh, nós somos muito próximos — disse Arizona. Ele fechou a
porta, e Casey apenas ficou lá, olhando para uma casa vazia.
— Isso é algum tipo de piada? — Perguntou. Os pisos de madeira
eram altamente polidos, a pintura das paredes aparentemente fresca, mas não
havia uma peça de mobiliário em qualquer lugar.
Movendo-se atrás de Casey, Arizona passou os braços ao redor dele.
— Você gosta disso?
O coração de Casey quase correu para fora quando se afastou de
Arizona e virou-se. Ele não iria saltar ou assumir nada, embora ele mal podia
respirar.
— Por que você está perguntando se eu gostaria de uma casa vazia?
Arizona levantou um conjunto de chaves.
— Porque é nossa.
Casey cambaleou ligeiramente.
Seu companheiro levantou as mãos quando as lágrimas começaram a
cair pelo rosto de Casey.
— A papelada não está finalizada. Se isto não é o que você quer,
podemos encontrar outra coisa.
— Eu- eu... — Casey girou em um círculo e então correu para a sala
seguinte. Ele engasgou quando viu a cozinha. Era espaçosa, toda de madeira
com bancada de mármore, e havia uma ilha no meio. Havia também um
recesso nas janelas traseiras que davam para o quintal amplo, grande o
suficiente para acomodar um conjunto de mesa de jantar ou uma cadeira de
balanço onde Casey poderia assistir a queda de neve.
— Como podemos pagar isso? — Perguntou Casey. Ele não tinha
voltado ao trabalho e não pretendia voltar. Casey tinha conseguido um
emprego no Coelho Fugitivo e, embora o salário não fosse tão bom quanto o
que tinha feito de dançar, ele estava contente com a sua vida.
— Eu pequei um empréstimo — disse Arizona. Ele ergueu a mão
quando Casey começou a protestar. — Ambos os nossos nomes estão na
hipoteca, e podemos usar o dinheiro que você guardou para decorar o lugar
como quiser.
O peito de Casey se apertou quando colocou uma mão sobre o
coração. Finalmente possuía uma casa em Dalton Falls, com uma abundância
de terra e um alpendre envolvente.
— Espere. — Casey virou-se para Arizona. — Se esta é a nossa casa,
então de quem é o carro que está na garagem?
— Seu — disse Arizona. — Os cães do ferro-velho estão atualmente
a divertir-se com o banco de traseiro da sua armadilha da morte.
Sem fala, Casey permitiu Arizona guiá-lo para fora. Eles se dirigiram
para o celeiro, e quando Casey entrou, quase desmaiou.
— Cavalos? — Ele sussurrou, com medo de que estava sonhando e
falando mais alto iria acordá-lo.
— Os Lakelands deram para mim como um presente de inauguração.
Não os nomeei ainda. Estava esperando por você.
Casey caminhou como se estivesse num sonho ao se aproximar do
primeiro cavalo. Era grande, marrom, e simplesmente lindo. O cavalo esfregou
a mão estendida de Casey.
— Que tal eu nomeio um e você nomeia o outro? — Casey perguntou
quando olhou por cima do ombro. Arizona tinha apoiado o ombro contra a
banca, as mãos nos bolsos, um leve sorriso no rosto.
— Parece justo.
Casey lançou-se nos braços de Arizona.
— Você é muito muito bom para mim.
Envolvendo os braços em torno de Casey, Arizona beijou o topo da
sua cabeça.
— Idem.
Rindo, Casey correu do celeiro, animado para ver o resto da sua
casa. Arizona deu perseguição, e Casey sentiu-se como o homem mais sortudo
do planeta.
Cash acenou com a cabeça em uma mesa em direção ao palco
quando Arizona entrou no Silk Room.
Moveu-se para a mesa quando Kahl e Michaya foram para a saída
traseira. Matthew e Maddox ficaram na porta da frente, e Nevada fez o seu
caminho para o banheiro para impedir qualquer fuga através da janela.
Levou um tempo para o demônio morder a isca, mas ele estava lá, e
Arizona estava pronto para acabar com isto.
Arizona bateu no ombro de Cresil. O demónio estava com três seus
amigos, e todos olharam para Arizona com cautela.
— Que porra você quer? — Cresil encarou Arizona.
— Uma palavra lá fora. — Arizona tinha prometido a Paden que não
iria quebrar o lugar, e ele pretendia manter a sua palavra. Ele trouxe seus
amigos e irmão apenas no caso das coisas ficarem fora de mão.
— Foda-se. — Cresil se virou, dispensando Arizona.
Ele bateu no demónio novamente.
Desta vez Cresil ficou de pé. Eles eram da mesma altura, mesma
compilação.
— Qual é a porra do seu problema? — Cresil rosnou.
— Você ameaçou o meu companheiro. Estou desafiando você. —
Arizona enfiou as mãos nos bolsos da frente. — Aceita?
Cresil franziu as sobrancelhas.
— Quem é o seu companheiro?
— Casey.
O homem jogou a cabeça para trás e riu.
— Você, pobre otário. Ficou preso com uma prostituta.
Os outros homens com Cresil riram.
Os olhos de Arizona estreitaram enquanto a sua mandíbula apertava.
— Lado de fora.
— Um desafio. — Cresil parecia pensar sobre isso. — Eu já sei o que
você quer se ganhar. Você quer que eu deixe o passado para trás com a
prostituta. — O homem concordou. — Justo. Se você ganhar, vou esquecer
que ele existe. — Ele esfregou o queixo. — O que eu ganho se eu ganhar?
— O que você quiser — disse Arizona porque não havia nenhuma
maneira no inferno de que o demónio seria melhor do que ele. Não quando ele
estava lutando pelo seu companheiro. Arizona tinha descido mais duro. Ele não
estava preocupado em perder. Tinha muita coisa em jogo.
O demônio bateu as mãos e esfregou-as.
— Se eu ganhar, Casey é meu.
Arizona girou sobre os calcanhares e saiu. Cresil não estava muito
longe atrás dele. O demónio saiu do clube, brincando com seus amigos.
O homem parecia tão autoconfiante.
Antes de terminar de falar, Arizona desencadeou a sua raiva e não
soltou que até que o demónio estava deitado inconsciente. Ele cuspiu no
bastardo, sorrindo enquanto caminhava para o seu caminhão, pronto para ir
para casa e desfrutar do seu companheiro, a sua nova casa, e a longa vida que
planejava passar estragando o seu baixinho.

FIM

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