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MINISTÉRIO DA DEFESA
EXÉRCITO BRASILEIRO
COMANDO DE OPERAÇÕES TERRESTRES
CADERNO DE INSTRUÇÃO
DE PREVENÇÃO DE ACIDENTES E
GERENCIAMENTO DE RISCO NAS
ATIVIDADES MILITARES
1ª Edição
2019
EB70-CI-11.423
MINISTÉRIO DA DEFESA
EXÉRCITO BRASILEIRO
COMANDO DE OPERAÇÕES TERRESTRES
CADERNO DE INSTRUÇÃO
DE PREVENÇÃO DE ACIDENTES E
GERENCIAMENTO DE RISCO NAS
ATIVIDADES MILITARES
1ª Edição
2019
EB70-CI-11.423
Art. 4º Determinar que esta Portaria entre em vigor na data de sua pu-
blicação.
CAPÍTULO I - INTRODUÇÃO
1.1 Finalidade.............................................................................................. 1-1
1.2 Objetivos................................................................................................ 1-1
1.3 Pressupostos Básicos............................................................................ 1-1
1.1 FINALIDADE
Fig 1 - Alerta
1.2 OBJETIVOS
1.2.1 Contribuir para a incrementação da mentalidade de prevenção de aciden-
tes no EB.
1.2.2 Apresentar à Força Terrestre orientação básica sobre os procedimentos
necessários para o desenvolvimento da prevenção de acidentes e gerenciamen-
to de risco nas atividades militares.
1.3.6 Cada Organização Militar (OM) deve designar, em Boletim Interno (BI),
um Oficial de Prevenção de Acidentes da Unidade (Of Prev Acdt U) [Art.73 do
Regulamento Interno dos Serviços Gerais (RISG) (R-1)]. Esse Oficial, assessor
do Comandante (Cmt) para essa atividade, deverá confeccionar um Programa
de Prevenção de Acidentes na Instrução (PPAI), com o objetivo de implementar
ações e procedimentos de prevenção de acidentes, adequados às caracterís-
ticas da OM. Merecem especial atenção as áreas da motivação, educação e
supervisão, que possam eliminar ou, pelo menos, reduzir a probabilidade da
ocorrência de acidentes.
1-2
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1-3
EB70-CI-11.423
1.3.11.1 as condições climáticas; o esforço fisíco a ser despendido pela tropa; o
estado de hidratação dos militares; e o uniforme da atividade, a fim de se evitar
possíveis danos à integridade física do pessoal, provocados por intermação, hi-
potermia etc;
1.3.11.2 a supervisão, pelo Of Prev Acdt U ou Oficial para isto designado, de
qualquer exercício que envolva atividade de risco;
1.3.11.3 a presença, no local da atividade que ofereça risco considerável, de
uma ambulância ou viatura exclusivamente destinada para este fim, devidamen-
te guarnecida e equipada com material e medicamentos de primeiros socorros.
Essa equipe deverá estar em condições de efetuar pronto atendimento e eva-
cuação para hospital ou instalação de pronto atendimento médico, previamente
contactado, a fim de minimizar consequências de possíveis infortúnios;
1.3.11.4 o estabelecimento de ligação rádio ou telefônica entre a área do exercí-
cio, o aquartelamento dos instruendos e, se for o caso, a OM apoiadora; e
1.3.11.5 a existência de Normas Gerais de Ação (NGA) do Comando Militar de
Área (C Mil A) relativas ao emprego de aeronaves do Comando da Aeronáutica
nas Evacuações Aeromédicas (EVAM), nas instruções consideradas de alto ris-
co.
1-4
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CAPÍTULO II
SISTEMÁTICA DA PREVENÇÃO DE ACIDENTES
NA INSTRUÇÃO MILITAR
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CAPÍTULO III
PRÁTICA DA SEGURANÇA NA ATIVIDADE MILITAR
NORMATIZAÇÃO
PERÍCIA
MENTALIDADE
Fig 5 - Trinômio da segurança na instrução
3-1
EB70-CI-11.423
responsável pela execução dos trabalhos. Não basta somente a experiência prá-
tica, adquirida no cotidiano da caserna. É imperioso que exista a habilitação le-
gal, concedida pelos cursos de formação, conforme cada caso, para a condução
dos diversos tipos de instrução. Assim, como exemplo, o instrutor responsável
por uma instrução de técnicas especiais de rapel em aeronaves deve ser habili-
tado no Estágio de Operações Aeromóveis.
3.1.4.1 Deverá ser abordado pelo Of Prev Acdt U casos históricos que ocorreram
em outras U do EB, além dos pontos falhos e vulnerabilidades de sua própria
OM, abordando as defesas e barreiras que foram levantadas com o fim de au-
mentar o nível se segurança.
3.1.5 LEVANTAMENTO ESTATÍSTICO
3.1.5.1 O trabalho do Of Prev Acdt U deve ser baseado em critérios objetivos
para a avaliação do desempenho obtido com as ações de prevenção. A elabora-
ção de tabelas, gráficos e índices pode orientar a forma como os trabalhos são
conduzidos, pois facilita a identificação de problemas. Assim, cada Of Prev Acdt
U deve envidar esforços no sentido de desenvolver dados estatísticos que pos-
sibilitem uma tomada de decisão baseada nessas informações.
3.1.5.2 Com ajuda de gráficos e tabelas, o Of Prev Acdt U deverá levantar quais
as instruções em que ocorreram mais acidentes, incidentes ou ocorrências sem
lesão ou dano em um determinado intervalo de tempo de amostra, por exemplo,
nos últimos cinco anos. Qual tipo de ocorrência mais comum; qual período do
ano em que se concentram; em que instruções são mais comum; são, entre ou-
tras, as principais questões a serem respondidas no trabalho de levantamento
de dados.
3.1.5.3 O uso de indicadores auxilia bastante o trabalho de análise. Pode-se,
por exemplo, levantar valores absolutos (número de acidentes em determinado
período do ano de instrução) ou relativos, relacionando dois eventos (número de
acidentes por Subunidade (SU).
3.1.5.4 É importante observar algumas propriedades que são desejáveis a um
indicador, entre elas:
3.1.5.4.1 Relevância: deve ser útil para a análise de um contexto.
3.1.5.4.2 Validade: o indicador deve refletir a situação em estudo.
3.1.5.4.3 Confiabilidade: os dados devem ser de fonte confiável.
3.1.5.4.4 Compreensível: a metodologia da construção do indicador deve ser
clara e inteligível.
3.1.5.4.5 Outro ponto que merece atenção especial é o registro de toda e qual-
quer ocorrência, por mais simples que possa parecer. O objetivo final é abas-
tecer o banco de dados do Of Prev Acdt U para que existam condições para
3-2
EB70-CI-11.423
levantamentos estatísticos nos próximos anos.
3.1.6 DIVULGAÇÃO DAS LIÇÕES APRENDIDAS
- Em seu trabalho, o Of Prev Acdt U deverá fazer o levantamento das lições
aprendidas com base nas ocorrências de anos anteriores e, posteriormente, di-
vulgar suas conclusões para toda OM. O trabalho de divulgação dos casos an-
teriores e suas lições aprendidas servem para elevar a consciência situacional
de todo o efetivo e evita a repetição dos mesmos erros por pessoas diferentes.
3.1.7 VISTORIA DE SEGURANÇA NA INSTRUÇÃO (VSI)
3.1.7.1 O Of Prev Acdt U poderá realizar VSI durante as instruções de sua OM.
Nesse contexto, a vistoria é apresentada como uma ferramenta extremamente
útil ao desenvolvimento de atividades de pesquisa e de avaliação dos pontos
potencialmente perigosos e sua finalidade é única e exclusivamente a prevenção
de acidentes.
3.1.7.2 Como uma atividade pró-ativa de busca e análise de informações, a VSI
visa à identificação de condições que afetam a segurança e o principal objetivo
é propôr recomendação de ações mitigadoras em relação às condições de risco
levantadas.
3.1.7.3 As etapas básicas do desenvolvimento de uma vistoria são: o planeja-
mento, a coleta de dados e a confecção do relatório, sendo que a implementação
das ações mitigadoras e seu controle fecham o ciclo da prevenção.
- Coleta de dados.
- Fiscalização.
- Análise.
- Implementação.
- Recomendações.
- Ciclo da prevenção baseado na VSI.
3.1.8 PROGRAMA DE PREVENÇÃO DE ACIDENTES NA INSTRUÇÃO
3.1.8.1 O PPAI é um programa com duração para um ano de instrução que es-
tabelece a política de segurança da organização, bem como suas atividades e
responsabilidades visando à prevenção de acidentes. Este programa é uma das
principais ferramentas do Of Prev Acdt U e é estabelecido de forma a facilitar o
gerenciamento das atividades. Sua confecção estimula um planejamento prévio
do trabalho a ser desenvolvido.
3.1.8.2 O PPAI deve ser elaborado de forma objetiva e específica para cada OM,
pois se deve levar em consideração as características próprias de cada unidade,
tais como o equipamento, os aspectos de treinamento e experiência de pessoal,
as condições de trabalho, motivação e a supervisão em todos os níveis, os locais
3-3
EB70-CI-11.423
de operação, as normas e procedimentos adotados, as publicações em uso etc.
3.1.8.3 Durante a elaboração do PPAI, o Of Prev Acdt U deverá realizar uma
análise criteriosa de sua organização, levantando os pontos falhos, os aspectos
a serem corrigidos e os objetivos que se desejam alcançar. Um bom banco de
dados históricos será fundamental nessa fase dos trabalhos.
3.1.8.4 O Cmt da OM junto com o seu oficial de prevenção deverá estabelecer
quais programas, atividades e ações que deverão ser estabelecidas no PPAI,
bem como as prioridades que cada um deve ter.
3.1.8.5 Por fim, o PPAI deve conter, entre outros itens, a Diretriz Geral do Cmt
da OM relativa à segurança na instrução, à análise estatística de acidentes, inci-
dentes e ocorrências sem lesões ou danos nos anos anteriores, ao planejamento
das VSI realizadas pelo Of Prev Acdt U durante as diversas fases do ano de ins-
trução, ao levantamento dos apoios de saúde (hospitais e clínicas conveniadas)
mais próximos ao aquartelamento, aos programas diversos relativos à seguran-
ça, como direção defensiva, prevenção ao uso de drogas e álcool etc.
3-4
EB70-CI-11.423
CAPÍTULO IV
NORMAS GERAIS DE SEGURANÇA
4-2
EB70-CI-11.423
4.1.3.4.5 para o lançamento de fogo instantâneo com redutores de comprimento
inferiores a 100 m.
4.1.4 PROVIDÊNCIAS QUANDO HOUVER UM ACIDENTE COM MUNIÇÃO
4.1.4.1 caso haja ferido(s), providenciar socorro imediato;
4.1.4.2 verificar, inicialmente, indícios de imperícia, imprudência ou negligência
no emprego do material ou da munição;
4.1.4.3 isolar a área e guarnecê-la, deixando-a intacta, para não comprometer
prováveis levantamentos periciais, principalmente se houver vítima(s) fatal(is);
4.1.4.4 reunir todos os elementos materiais e informativos que possam contribuir
para o esclarecimento do acidente;
4.1.4.5 suspender o emprego da munição afetada;
4.1.4.6 no mais curto prazo, informar à autoridade superior e ao Oficial de Muni-
ção da OM sobre a anormalidade ocorrida; e
4.1.4.7 participar a ocorrência, por escrito, à autoridade superior, descrevendo,
pormenorizadamente, as circunstâncias, a área, a data, as testemunhas, as cau-
sas prováveis do acidente, os danos causados e outros detalhes que possam
facilitar o esclarecimento do fato.
4.1.5 PROCEDIMENTOS PARA A DESTRUIÇÃO DE ENGENHOS FALHADOS
E A LIMPEZA DE ÁREA
4.1.5.1 sempre que explosivos ou munição real forem usados, deve ser previsto
o emprego de uma equipe de destruição de engenhos falhados para proceder
a limpeza das áreas, assegurando, desta forma, a destruição da totalidade dos
engenhos falhados;
4.1.5.2 colocar placas indicativas nos Campos de Instrução, alertando para o
perigo e para a proibição de entrada de pessoal não autorizado;
4.1.5.3 sinalizar as áreas onde possam existir engenhos falhados, como grana-
das de mão, de bocal, rojões, granada (Gr) canhão (Can)/morteiro (Mrt), e proibir
o trânsito no seu interior;
4.1.5.4 durante a execução do tiro, o Cmt da Tropa encarregada da destruição
da munição falhada deve controlar e, se possível, definir a localização aproxima-
da dos engenhos que não explodiram, para orientação das futuras atividades de
sua equipe;
4.1.5.5 nas áreas destinadas ao tiro de lança-rojão, de artilharia, de morteiro e
de carro de combate, bem como de mísseis e de foguetes, a limpeza deve ser
efetuada após o término dos referidos exercícios. Nessas áreas, é proibido o
trânsito de pessoal não autorizado;
4-3
EB70-CI-11.423
4.1.5.6 a recomendação anterior aplica-se, igualmente, aos exercícios de tiro e
de lançamento de granadas de mão e de bocal, em áreas não destinadas, espe-
cificamente, para tal fim;
4.1.5.7 por ficarem com grande sensibilidade, as munições e os componentes
que falharem não podem ser tocados, devendo ser destruídos por petardos no
próprio local. As munições que, devido a problemas com a carga de projeção,
não tenham o seu lançamento consumado, poderão ser manuseadas com segu-
rança, após a retirada das espoletas;
4.1.5.8 após os exercícios de tiro, deverá, sempre, ser preparado um relatório a
respeito da destruição dos engenhos falhados; e
4.1.5.9 quando for impossível a destruição total de tais engenhos, o relatório
deve indicar as quantidades e a provável localização daqueles não destruídos, e
as razões que impediram a sua destruição.
4.1.6 Na destruição de munição falhada, é proibido(a):
4.1.6.1 retardar a destruição de engenhos falhados;
4.1.6.2 a tentativa de remoção, desde que a destruição possa ser feita no próprio
local;
4.1.6.3 a presença de pessoas não habilitadas no local de destruição;
4.1.6.4 a tentativa de retirada da escorva ou a desmontagem do engenho falha-
do por qualquer meio ou processo;
4.1.6.5 a aproximação de pessoal, antes de decorridos trinta minutos, se no pro-
cesso pirotécnico, a partir do momento que, normalmente, deveria ter ocorrido
a explosão;
4.1.6.6 o recolhimento de munição falhada para qualquer finalidade não espe-
cificada neste documento, bem como o seu transporte para o aquartelamento;
4.1.6.7 a tentativa de desmontagem de munição falhada; e
4.1.6.8 o emprego de pessoal na destruição em número maior do que o estri-
tamente necessário ao preparo e à execução da destruição, ou à remoção da
munição falhada.
4.1.7 Os civis residentes nas áreas de instrução, ou próximo a elas, devem ser
constantemente alertados sobre os perigos da munição falhada e orientados
quanto à necessidade de informarem à autoridade militar mais próxima sobre
qualquer munição encontrada.
4.1.8 Nos campos de instrução, onde possivelmente existam engenhos falhados
(“tijolos quentes”), as OM responsáveis deverão colocar placas indicativas proi-
bindo a entrada de estranhos e informando à população dos perigos.
4-4
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4.1.9 TRANSPORTE DE MUNIÇÃO
4.1.9.1 A munição deverá ser transportada em cunhetes, cofres, bolsas e porta-
-carregadores apropriados. Seus elementos devem estar nos respectivos acon-
dicionamentos e separados de acordo com sua natureza.
4.1.9.2 Os iniciadores (espoletas etc) devem ser transportados separadamente
das cargas explosivas, se possível em outra viatura (Vtr).
4.1.9.3 Nenhum explosivo ou componente de munição pode ser transportado
nos bolsos dos uniformes.
4.1.9.4 As viaturas destinadas ao transporte de munições e explosivos devem
ser vistoriadas antes de sua utilização, para exame de seus circuitos elétricos,
freios, tanques de combustível, estado da carroceria e dos extintores de incên-
dio, além da verificação do cano de descarga e da ligação, por corrente metálica,
da carroceria com o solo.
4.1.9.5 Os motoristas devem ser instruídos quanto aos cuidados a serem obser-
vados, bem como sobre o manejo dos extintores de incêndio.
4.1.9.6 As munições e os explosivos devem ser fixados firmemente à viatura e
cobertos com encerado impermeável, não podendo ultrapassar a altura da car-
roceria.
4.1.9.7 Em quaisquer circunstâncias, é proibido o transporte de cargas escorva-
das ou de estopim armado.
4.1.9.8 Nenhum material e pessoal pode ser transportado na carroceria da viatu-
ra, quando esta estiver transportando munições e explosivos.
4.1.9.9 Quando em comboio, as viaturas deverão manter a distância interveicu-
lar de 80 m.
4.1.9.10 Durante a carga ou a descarga de explosivos e munições, as viaturas
devem ser conservadas freadas, engrenadas, calçadas e com motores desliga-
dos, a uma distância mínima de 60 m das demais.
4.1.9.11 As cargas e as próprias viaturas devem ser inspecionadas durante os
altos previstos para os comboios e viaturas isoladas; tais altos devem ser reali-
zados em locais afastados de habitações ou de trânsito de pessoal.
4.1.9.12 Tabuletas visíveis devem ser afixadas nos lados e na parte traseira das
viaturas, com os dizeres “CUIDADO! EXPLOSIVOS”, além de bandeirolas ver-
melhas na frente e atrás.
4.1.9.13 Deve ser planejado escolta para o transporte de explosivos.
4.1.9.14 As viaturas transportando munições ou explosivos não podem ser rebo-
cadas. Quando necessário, deve ser realizado o transbordo da carga e, durante
essa operação, deve ser colocada uma sinalização, na estrada, a uma distância
4-5
EB70-CI-11.423
adequada.
4.1.9.15 Em caso de acidente ou colisão com a viatura que transporta munições
e explosivos, a primeira providência é a retirada da carga para uma área a uma
distância mínima de 60 m das viaturas e de habitações, essas últimas SFC.
4.1.9.16 Em caso de incêndio em viaturas que transportam munições e explosi-
vos, o tráfego deve ser imediatamente interrompido e estabelecido o isolamento
da área em dimensões adequadas à carga transportada.
4.1.9.17 Para o transporte de munições e explosivos em viaturas com carroceria
metálica, deve-se colocar um estrado de madeira sobre a carroceria.
4.1.9.18 O transporte de munição e explosivo em aeronave da Aviação do Exér-
cito (Av Ex) dar-se-á de acordo com as normas operacionais do Comando de
Aviação do Exército (Cmdo Av Ex).
4-7
EB70-CI-11.423
d) umedecimento periódico das bermas e do talude frontal, de modo a mantê-los
fofos, facilitando a absorção dos projéteis;
e) proibição de que se ande por cima das bermas, pois sua compactação facilita
a ocorrência de ricochetes;
f) substituição periódica do madeirame e do isopor dos párabalas;
g) pintura periódica das chapas metálicas das bases dos párabalas, para evitar
corrosão;
h) reparo imediato dos danos causados por impactos nas partes de alvenaria e
de concreto;
i) recolhimento dos alvos e limpeza do campo de tiro imediatamente após a sua
utilização; e
j) recomposição do piso do campo de tiro, das bermas intermediárias e do talude
frontal, evitando-se a formação de sulcos e nichos que facilitem a ocorrência de
ricochetes.
4-8
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interdição do espaço aéreo.
4.3.1.14 Delimitação e isolamento da área de tiro.
4.3.1.15 Uso de capacete balístico pelo pessoal participante ou assistente.
4.3.1.16 Para o tiro com Mrt 81 mm BRANDT, no cálculo da flecha (tempo/dis-
tância) para utilização de Gr iluminativa, devem ser acrescidos 200 m, porque a
empenagem da granada, caindo na vertical do ponto de iluminação, pode causar
dano físico à tropa na área iluminada.
4.3.1.17 Designação de um Oficial de Segurança (OS) por bateria de obuses
empenhada no exercício, para desempenhar as atribuições previstas no Cap 19
do C 6-40 (2º Vol).
4.3.1.18 Atribuição, a um dos OS, da missão de verificar se a área de impactos
está livre de pessoal.
4-9
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4.4.7 No ponto de lançamento, preferentemente em abrigo para dois homens,
devem permanecer apenas o instrutor e um instruendo; os demais participantes
permanecem abrigados, observando-se a distância de segurança mais de 30 m.
4.4.8 Antes do lançamento de granadas de bocal, o fuzil deve ser examinado
pelo responsável pela atividade ou por militar competente designado por ele,
para a constatação da colocação do obturador do cilindro de gases na posição
Gr.
4-12
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4.6.3.8 A fiel observância dos limites máximos autorizados e do respeito às leis
do trânsito é da responsabilidade dos seguintes elementos:
4.6.3.8.1 do Cmt do comboio, ou de quem for por ele designado para marchar;
4.6.3.8.2 testa da coluna, e dos chefes de viaturas; e
4.6.3.8.3 do próprio motorista, quando estiver sozinho.
4.6.3.9 Nenhum responsável poderá alegar, como explicação ou justificativa, o
desconhecimento dos limites máximos autorizados, das ordens particulares do
G Cmdo ou da U e das leis de trânsito em vigor.
4.6.3.10 Nos deslocamentos de viaturas operacionais, em comboio ou isoladas,
o chefe da viatura, obrigatoriamente um oficial ou graduado mais antigo que o
motorista, deve deslocar-se na cabine, ao lado do motorista, e fiscalizar a obser-
vância das normas de segurança.
4.6.3.11 Quando em viagens para fora da guarnição, o comandante da missão
deverá elaborar um plano do qual constarão os seguintes detalhes, dentre ou-
tros:
4.6.3.11.1 telefones da OM, de hospitais e de postos da Polícia Rodoviária Fede-
ral e/ou Estadual ao longo do itinerário;
4.6.3.11.2 localização dos principais pontos de parada e disponibilidade de tele-
fones para contatos com a OM;
4.6.3.11.3 relação de itens pertinentes à manutenção da Vtr a serem verificados
nos alto-horários e técnicos;
4.6.3.11.4 condutas a serem adotadas em caso de acidentes, tais como:
- socorro aos feridos e pessoas em estado de choque;
- balizamento/isolamento da área para evitar outros acidentes;
- evacuação dos feridos para os hospitais mais próximos; e
- informar à OM, à Polícia Rodoviária Federal (PRF) e/ou Estadual e à OM de
Polícia do Exército (PE) mais próxima.
4.6.3.12 É impositivo o uso do cinto de segurança nas Vtr Administrativa (Adm)
e nas Vtr Operacional (Op). Todos os integrantes devem utilizar os cintos de
segurança disponibilizados.
4.6.3.13 Ao estacionar em terreno inclinado, além dos freios de estacionamento,
as Vtr deverão ser calçadas com cunhas de madeiras entre as rodas de apoio.
4.6.3.14 O Regulador de Marcha de um comboio e o chefe da última Vtr desse
comboio devem portar meios de comunicações para facilitar o controle desse
deslocamento e demais providências, caso ocorra qualquer anormalidade.
4-13
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4.6.4 HABILITAÇÃO DOS MOTORISTAS
4.6.4.1 As viaturas não podem ser dirigidas por motoristas que não possuam a
Carteira Nacional de Habilitação e Carteira de Motorista Militar correspondentes
às suas classes ou categorias.
4.6.4.2 O uso de reboque exige motorista mais experiente, com treinamento es-
pecial e conhecedor de todas as indicações técnicas e recomendações de con-
duta auto decorrentes da tração de um reboque.
4-17
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4.7.6.13.5 Os operadores de laser devem atirar apenas em alvos preparados
para o tiro e não em superfícies espelhadas ou compostas por vidros planos.
4.7.6.13.6 Para garantir a segurança do pessoal contra as reflexões difusas, o
laser não pode ser disparado em alvos a menos de 10 m.
4.7.6.13.7 Instrumentos ópticos, tais como lunetas, periscópios e binóculos, não
devem ser utilizados para observar a área de alvos de laser, a menos que todas
as superfícies espelhadas tenham sido removidas dos alvos, ou que sejam utili-
zados filtros de segurança para laser.
4.7.6.13.8 Não se deve olhar para faróis de infravermelho, devido à possibilidade
de danos à visão.
4.7.6.14 Cuidados com o Monóxido de Carbono
4.7.6.14.1 O monóxido de carbono é um gás incolor, inodoro e venenoso que
pode levar à morte quando aspirado, pois causa sufocamento. A exposição ao
monóxido de carbono causa os seguintes sintomas: dor de cabeça, tontura, per-
da do controle muscular e coma. A exposição ao gás pode resultar em danos
permanentes ao cérebro e até em morte.
4.7.6.14.2 O monóxido de carbono está presente nos gases de exaustão de
queima de combustível, nos motores de combustão interna, e nos gases prove-
nientes do tiro. O gás pode tornar-se perigosamente concentrado sob condições
de ventilação inadequada. As precauções a seguir, dentre outras, devem ser
observadas para garantir a segurança do pessoal no tiro e sempre que o motor
for operado, para fins de manutenção ou no seu uso tático:
a) nunca operar o motor em área fechada sem que esteja adequadamente ven-
tilada;
b) nunca manter o motor em marcha lenta sem que haja ventilação no interior do
veículo. Se a situação tática permitir, abra as escotilhas;
c) nunca atirar com o canhão ou com a metralhadora coaxial sem ligar o exaustor
ou abrir a escotilha do comandante; e
d) manter-se alerta durante a operação da viatura blindada para a existência
de odores de exaustão e para sintomas de exposição ao monóxido de carbono.
Se alguns deles estiverem presentes, ventilar imediatamente os compartimentos
de pessoal. Se os sintomas persistirem, remover o pessoal afetado da viatura,
tratando-o como se segue:
1) colocá-lo em local arejado;
2) não permitir esforços físicos; e
3) realizar a respiração artificial, se necessário.
4.7.6.14.3 A melhor defesa contra o envenenamento por monóxido de carbono é
4-18
EB70-CI-11.423
realizar uma ventilação adequada.
4.7.6.15 Reabastecimento
4.7.6.15.1 Não permitir chamas ou centelhas na área de reabastecimento.
4.7.6.15.2 Designar um homem com extintor de incêndio para ficar em condições
de sanar qualquer problema.
4.7.6.15.3 Nunca entrar em um veículo em chamas para tentar combater o fogo
ou desligar o motor, isto pode resultar em mortes ou ferimentos graves.
4.7.6.15.4 Todos os Cmb BId devem ter os procedimentos de combate a incên-
dio de sua viatura memorizados e treinados.
4.7.6.16 Munições
4.7.6.16.1 Só utilizar munições específicas para o armamento de sua viatura.
4.7.6.16.2 Munições explosivas ou partes contendo explosivos devem ser manu-
seadas cuidadosamente.
4.7.6.16.3 Elementos como explosivos, estopilhas e espoletas são particular-
mente sensíveis ao choque e à alta temperatura.
4.7.6.16.4 A munição ou suas partes não devem ser derrubadas, jogadas, tom-
badas ou arrastadas.
4.7.6.16.5 As munições APDS-T, TPDS-T e HEAT-T não podem ser atiradas por
sobre tropas amigas, a menos que estas estejam protegidas por cobertura ade-
quada. As tropas poderão ser atingidas pelas partes desconectadas. A área de
perigo se estende até 1000 m à frente do canhão e 70 m para cada lado da
trajetória. O tiro de APFSDS-T não pode ser disparado por sobre a tropa amiga,
em caso algum.
4.7.6.16.6 Ao carregar a munição no canhão, evitar atingir a estopilha no estojo.
Manter a munição fora do alcance do recuo da culatra. Se alguma munição for
atingida pelo recuo da culatra, não deverá ser utilizada em hipótese alguma.
4-19
EB70-CI-11.423
- manter uma equipe composta de um Oficial Médico, um Sargento Enfermeiro
e um Cabo Padioleiro, em prontidão permanente, durante o desenrolar das ope-
rações aéreas;
- a ambulância deverá permanecer equipada, com pessoal e material para aten-
dimento de urgência e/ou emergência, durante todo o tempo em que houver
atividade aérea; e
- a equipe médica deverá estar bem familiarizada com as técnicas de atendimen-
to a politraumatizados e a pacientes queimados, além de ficar em condições de
deslocar-se, a qualquer momento, para o atendimento do acidentado aeronáu-
tico.
4.8.1.1.2 A Seção de Saúde da OM solicitante deverá possuir uma relação de
organizações de saúde, civis e militares, da região onde ocorrerá a missão aé-
rea, constando:
- nome do hospital;
- endereço completo e telefone;
- capacidade em leitos;
- especialidades médicas;
- se há ou não Centro de Tratamento Intensivo (CTI)/Unidade de Tratamento
Intensivo (UTI);
- bloco cirúrgico e cirurgiões; e
- se há condições de atender queimados.
4.8.1.1.3 A Seção de Saúde da OM solicitante deverá elaborar um Plano de
Evacuação Médica, por via terrestre, e outro para EVAM, para organizações
hospitalares mais distantes que possuam maior capacidade técnico-científica.
4.8.1.1.4 O Plano para Transporte de Feridos deverá ser debatido com o Cmt da
missão aérea, na primeira oportunidade antes do início do emprego, para sanar
eventuais dúvidas.
4.8.1.1.5 Sempre que houver um acidente aeronáutico, tal fato deverá ser co-
municado ao COTER e aos C Mil A, logo que possível, obedecendo à cadeia de
comando, para as providências que se fizerem necessárias.
4.8.1.2 Ação Inicial em Caso de Sinistro com Aeronaves (Anv).
4.8.1.2.1 Com vistas à preservação das evidências necessárias ao processo de
investigação de acidente aeronáutico a ser conduzido por elementos especiali-
zados, as OM deverão estar ECD tomar as providências abaixo relacionadas,
por ocasião da ação inicial em sinistros envolvendo aeronaves da Av Ex ou ou-
tras, quando solicitado:
4-20
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- caso necessário, adotar as medidas possíveis para o salvamento das vítimas
do acidente e as que possam evitar um mal maior, independentemente da pre-
servação dos indícios;
- adotar as medidas de combate a incêndio e de proteção às cargas perigosas.
Caso necessário, o destanqueamento de combustível para evitar focos de incên-
dio, reservando pequena parcela de cada tanque, aproximadamente três litros,
em recipiente próprio devidamente identificado;
- isolar o local do acidente e a área dos destroços da(s) Anv, evitando a aproxi-
mação de estranhos;
- evitar a remoção de cadáveres e de componentes da Anv. Na impossibilidade,
fotografá-los antes da remoção e, posteriormente, demarcar o local onde se en-
contravam;
- proteger e preservar as marcas de impacto feitas pela Anv em qualquer super-
fície;
- relacionar as testemunhas, registrando o seu posicionamento no momento do
acidente, e os respectivos endereços;
- proteger os destroços da(s) Anv contra as intempéries; e
- executar ampla cobertura fotográfica do ambiente do acidente e dos destroços,
bem como sua filmagem.
4.8.2 PROCEDIMENTOS BÁSICOS
4.8.2.1 Os militares, que forem embarcar em helicóptero, deverão estar desco-
bertos ou de capacete e jugular; posicionados a uma distância mínima de 15 m
do ponto de toque da aeronave; e com os equipamentos individuais perfeitamen-
te ajustados.
4.8.2.2 Deverá ser evitada a circulação de pessoas ou veículos nas áreas de
pouso e decolagem. Estas deverão ser mantidas livres de objetos soltos, como
latas vazias, caixotes ou placas diversas.
4.8.2.3 Os militares armados deverão manter suas armas travadas, mesmo em
exercício ou empregando munição de festim.
4.8.2.4 As ferramentas, as antenas, o armamento e outros objetos compridos
deverão ser conduzidos na posição horizontal e abaixo da linha da cintura.
4.8.2.5 Caso o embarque seja efetuado com os rotores em funcionamento, a
aproximação para a aeronave deverá ser efetuada pelo campo de visão dos
pilotos. Além disso, se em terreno inclinado, pelo lado mais baixo do terreno,
mantendo-se, sempre, afastado do rotor de cauda (Fig 7).
4-21
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4-22
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4.8.2.13 Com a finalidade de atenuar o nível de ruído existente no interior do
helicóptero em funcionamento, é imprescindível a utilização de proteção auditiva
como algodão, abafadores de ruído ou outros dispositivos.
4.8.2.14 Em qualquer situação, deve-se atentar às orientações da tripulação.
4.8.3 OUTROS PROCEDIMENTOS
4.8.3.1 Em qualquer situação de emergência é necessário manter-se calmo,
com o cinto de segurança afivelado e atento às orientações da tripulação.
4.8.3.2 No caso de pouso forçado, é preciso permanecer a bordo até a parada
completa dos rotores.
4.8.3.3 No caso de pouso forçado na água, a fim de facilitar a orientação por
ocasião do abandono do helicóptero, é necessário voltar-se para o local de sa-
ída; segurar com uma das mãos a fivela do cinto e, com a outra, qualquer parte
do aparelho; aguardar a imersão da aeronave e a parada total dos rotores, ca-
racterizada pela ausência de ruídos; soltar o cinto de segurança e abandonar o
aparelho.
4.8.3.4 A tropa deverá ser instruída sobre aspectos de segurança nas operações
com helicópteros, antes de executá-las. Caso isso não tenha sido possível, o
comandante da fração de helicópteros deverá ser informado.
4.8.3.5 Na instrução de embarque/desembarque de tropa, antes da prática em
voo, a tropa deverá receber instrução preliminar junto ao helicóptero, ministrada
pela tripulação da aeronave.
4.8.3.6 Quando em missões administrativas, os passageiros deverão ser previa-
mente instruídos quanto aos procedimentos de segurança durante o voo.
4.8.3.7 É da responsabilidade da tropa que aguarda o pouso de helicópteros em
locais públicos prover a segurança necessária do local de aterragem, evitando a
aproximação de pessoas, enquanto a aeronave estiver em funcionamento.
4.8.3.8 O militar que for escalado para orientar o pouso de um Helicóptero do
Exército deverá possuir um dos seguintes pré-requisitos:
4.8.3.8.1 possuir o Estágio de Operações Aeromóveis; ou
4.8.3.8.2 ter recebido instrução prática de orientação de helicópteros ministrada
por elementos da Av Ex ou por militares possuidores do Estágio de Operações
Aeromóveis.
4.8.3.9 A tarefa de enganchamento de carga externa deverá ser feita preferen-
cialmente por militar especialista da Av Ex. Na ausência deste, o enganchador
deverá receber instruções específicas ministradas por elementos da Av Ex.
4.8.3.10 Para o transporte de munição e explosivos em aeronaves da Aviação
do Exército, devem ser atendidas as normas operacionais específicas baixadas
4-23
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pelo Centro de Aviação do Exército (C Av Ex).
4-25
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4.11.9 As portadas não devem ser sobrecarregadas. Quando operam em água
rasa ou de correnteza veloz, a capacidade regulamentar das portadas deve ser
reduzida, obedecendo aos dados técnicos constantes dos manuais específicos.
4.11.10 A água no interior dos suportes flutuantes deve ser continuamente balde-
ada, para mantê-los sempre vazios.
4.11.11 As portadas devem ser ligadas aos empurradores e às embarcações de
manobras com amarras de boa qualidade e de diâmetro igual ou superior a 3/4”.
4.11.12 As portadas devem ser equipadas com motores de popa de potência
suficiente para sua operação, de acordo com as especificações constantes do
manual técnico de cada equipagem.
4.11.13 Os motores de popa devem ser amarrados aos verdugos.
4.11.14 As âncoras devem estar sempre armadas e preparadas para o lança-
mento em caso de emergência.
4.11.15 Toda portada ou parte de ponte deve ser equipada com motores sobres-
salentes, de potência suficiente para evitar que se desgarre.
4.11.16 Na correnteza de velocidade igual ou superior a cinco pés/s 1,5 m/s
e em águas turbulentas, as portadas devem ter a capacidade reduzida, e as
amarras e os cabos de âncora retesados fortemente aos pontos de ancoragem
ou em embarcações de manobra, durante os embarques, os desembarques e a
navegação.
4.11.17 Os embarques e desembarques em portadas, por se constituírem em
momentos críticos da navegação, devem receber especial atenção dos respon-
sáveis pelas portada.
4-27
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4.12.4.7 Evitar encostar-se em cercas de arame ou abrigar-se sob árvores altas
e isoladas, durante tempestades com descargas elétricas.
4.12.5 PISTAS DE CORDAS
4.12.5.1 Na execução do cabo aéreo ou tirolesa (Cap 9 do Manual de Campa-
nha Transposição de Obstáculos C 21-78) deverão ser observados os seguintes
aspectos, dentre outros:
- os instrutores e monitores deverão testar o dispositivo antes dos instruendos;
- prever segurança alternativa para o caso da roldana travar durante o percurso;
- verificar se estão em boas condições o “cabo trilho”, a roldana e o mosquetão; e
- prever segurança embaixo, caso o instruendo tenha de saltar na água.
4.12.5.2 Para o cabo submerso deverão ser observados os seguintes aspectos,
dentre outros:
- escolher um local adequado para realizar o exercício (margens suaves, pouca
correnteza, fundo firme);
- passar um instruendo de cada vez;
- treinar os instruendos em um local raso antes de levá-los ao ponto de passa-
gem; e
- tracionar o cabo adequadamente, de maneira a facilitar a passagem dos ins-
truendos.
4.12.5.3 Para a falsa baiana, deverão ser observados os seguintes aspectos,
dentre outros:
- tracionar o cabo inferior (de preferência cabo de aço) e a corda superior;
- dimensionar a altura de tal maneira que todos os instruendos consigam passar; e
- prever segurança para evitar a queda do instruendo na água. O mesmo proce-
dimento deverá ser observado para o “comando crawl”.
4.12.6 NAVEGAÇÃO EM BOTES
4.12.6.1 Todas as embarcações empregadas em qualquer deslocamento fluvial,
inclusive as voadeiras, deverão:
- ter um chefe, responsável pela disciplina, emprego e segurança da embarca-
ção;
- estar com, pelo menos, três militares da tropa embarcados;
- manter sua guarnição sempre vigilante e atenta à aproximação de embarca-
ções;
- observar a segurança individual - como o uso de coletes salva-vidas por todos
4-28
EB70-CI-11.423
os embarcados, inclusive o piloto, e todos com os coturnos amarrados com sol-
tura rápida;
- empregar cordões longos para fixar o armamento (Armt) às embarcações, de
modo a não prejudicar a sua pronta utilização e evitar o seu extravio;
- manter amarrados, ao centro da embarcação, as mochilas e demais Equipa-
mento (Eqp); e
- manter, também amarrados, o motor, inclusive o reserva, se houver, o tanque
de combustível, etc (Fig 8).
4.12.6.2 Não empregar um motor mais potente que o recomendado pelo fabri-
cante.
4.12.6.3 Não ficar em pé em embarcação pequena, em movimento, e não permi-
tir que os passageiros também o façam.
4-29
EB70-CI-11.423
4.12.6.11 Não ultrapassar a capacidade da embarcação.
4.12.6.12 Escolher, para o caso de desembarque de tropas em exercícios, praias
ou locais rasos. Estes locais deverão ser selecionados e balizados durante o
reconhecimento.
4.12.6.13 Alertar os ocupantes do bote que o desembarque deverá ser feito após
a abicagem e após o comando subsequente.
4.12.6.14 Redobrar os cuidados para a navegação à noite.
4.12.7 TRANSPOSIÇÃO DE CURSOS D’ÁGUA
4.12.7.1 Na utilização de meios de fortuna, verificar os seguintes aspectos:
- separar os não nadadores e treiná-los individualmente em local raso, antes da
passagem propriamente dita;
- reforçar as medidas de segurança, inclusive destinando-lhes coletes salva-
-vidas; e
- em caso de evidente dificuldade do instruendo em realizar atividades na água,
não obrigá-lo a passar. Para que ele atinja esse OII, poderá ser adestrado pro-
gressivamente, durante o seu tempo de serviço militar.
4.12.8 OCUPAÇÃO DE POSTOS DE BLOQUEIO E CONTROLE DE ESTRA-
DAS (PBCE)
4.12.8.1 Em exercícios, ou mesmo em operações, apoiando órgãos públicos
federais ou estaduais, os Cmt, em todos os níveis, devem lembrar à tropa os
seguintes cuidados:
- não apontar armas diretamente para as pessoas abordadas ou transeuntes
pacíficos;
- as armas deverão estar travadas e não se deve admitir disparos acidentais,
mesmo com festim; e
- não empregar violência contra eventuais tentativas de desbordamento com
emprego de “esperteza”. Deixar para os órgãos de segurança pública a ação
repressiva.
4.12.8.2 À noite, quanto mais movimentadas as rodovias, maiores serão os cui-
dados com a sinalização preventiva. Poderão ser usadas: lanternas rotatórias,
placas de alerta pintadas com tinta fosforescente, lamparinas com querosene
ou diesel, lanternas com luz intermitente (pisca-pisca), cones de sinalização e
outros. Colocar a sinalização a uma distância tal que o motorista tenha possibi-
lidade física de reduzir a velocidade e parar o veículo antes de submeter-se à
revista.
4.12.8.3 Os locais escolhidos para os PBCE deverão estar em boas condições
de visibilidade para os motoristas, mesmo à noite, com a finalidade de se evitar
4-30
EB70-CI-11.423
acidentes.
4.12.8.4 As revistas em caminhões ou outros veículos serão realizadas em des-
vios fora da rodovia. Não realizar revistas em acostamentos ou na própria rodo-
via, a fim de não provocar colisões.
4.12.8.5 Prever, para a tropa empregada, coletes de identificação fosforescen-
tes, lanternas e outros dispositivos similares.
4.12.8.6 Em exercícios, escolher, de preferência, estradas pouco movimentadas.
Solicitar sempre o concurso da Polícia Militar e Rodoviária.
4-31
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a realização do exercício, particularmente sobre eventuais encontros de muni-
ções falhadas, de equipamentos e de material.
4.13.5 Deverão ser adotadas medidas de prevenção e de combate a incêndios
na vegetação.
4.13.6 A limpeza da área deve ser executada imediatamente após a conclusão
das atividades com tiro real, munição e explosivos.
4.13.7 A munição, os explosivos e os artifícios falhados devem ser destruídos
no local, de acordo com as normas previstas, não podendo permanecer na área
quaisquer desses artefatos.
4.13.8 OUTRAS PRESCRIÇÕES DE SEGURANÇA
4.13.8.1 Em função do número significativo de acidentes registrados em outras
atividades de rotina da OM, correlatas à instrução militar, os quais, na maioria
das vezes, poderiam ter sido evitados caso fossem seguidas as medidas de
segurança, recomenda-se aos Cmt, Ch e Dir, em todos os níveis, a adoção das
seguintes medidas, dentre outras:
- planejamento de instruções específicas sobre segurança no trânsito (direção
defensiva) e no trabalho;
- criação ou manutenção, junto aos subordinados, do hábito da utilização dos
equipamentos de segurança em qualquer atividade de risco; e
- permanente supervisão quanto ao cumprimento das medidas de segurança por
parte dos subordinados.
4.13.8.2 Alguns exemplos de atividades de risco:
- deslocamento em motocicleta;
- troca de lâmpadas em postes;
- limpeza de telhados;
- conserto e manutenção de redes elétricas; e
- pintura de pavilhões e de mastros de bandeira.
4-32
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- intensificação da fiscalização no Corpo da Guarda das OM quanto ao uso dos
equipamentos obrigatórios pelos condutores de veículos e seus ocupantes e da
documentação prevista no Código Brasileiro de Trânsito; e
- empenho de oficiais e graduados no auxílio à fiscalização das regras de trânsito
quando dos deslocamentos externos.
4-33
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4-34
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CAPÍTULO V
SEGURANÇA BIOMÉDICA NA INSTRUÇÃO MILITAR
5.1 GENERALIDADES
5.1.1 A segurança biomédica é uma atividade voltada para a pesquisa e o tra-
tamento das doenças humanas, seus fatores ambientais e ecoepidemiológicos,
com o objetivo de compreender as suas causas, efeitos, mecanismos e desen-
volver e/ou aprimorar diagnósticos e tratamentos por meio de análises clínicas.
É uma prática multidisciplinar que envolve a atuação efetiva de profissionais da
Área da Saúde como médicos, enfermeiros, farmacêuticos, psicólogos e educa-
dores físicos, a fim de identificar fatores de risco à saúde humana, controlar a
evolução de enfermidades e promover o tratamento das intercorrências médicas.
5.1.2 No âmbito do EB, seu principal objetivo é prover o Sistema de Saúde do
Exército com meios que resultem na melhoria do padrão de atendimento de
saúde ao público interno, na redução do número de evacuações e na maior reso-
lubilidade de suas unidades, principalmente aquelas as quais conduzam cursos
e estágios com alto nível de exigência física e psicológica com vistas a aumen-
tar o nível de segurança na IM. Além disto, produz experiência e conhecimen-
to técnico voltado para o aperfeiçoamento dos profissionais que se encontram
distantes de centros de estudos e pesquisas, mantendo atualizado o seu nível
de conhecimento técnico-profissional e influenciando beneficamente a qualidade
dos atendimentos de saúde operacional e assistencial.
5.1.3 A Diretoria de Saúde é responsável por conduzir o Projeto Segurança Bio-
médica cujo objetivo é realizar o monitoramento e o controle biomédico de alunos
de cursos e estágios operacionais da Força Terrestre, a fim de prover as equi-
pes de saúde e de instrução com informações a respeito do estado de higidez
física e mental dos instruendos, realizar o diagnóstico e tratamento de doenças,
síndromes e comorbidades, com vistas a aumentar o nível de segurança na IM.
5.1.4 O Projeto Segurança Biomédica encontra-se em fase de implantação no
Comando de Operações Especiais e nos Centro de Instrução de Guerra na Sel-
va, Centro de Instrução de Operações Especiais, Centro de Instrução Paraque-
dista General Penha Brasil e Centro de Instrução de Operações na Caatinga.
Até dezembro de 2019, será implementado nos demais Centros de Instrução e
Escolas de Formação e pretende atingir, até dezembro de 2020, todas as unida-
des do Corpo de Tropa.
5-2
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CAPÍTULO VI
MÉTODO DE GERENCIAMENTO DE RISCO
6-2
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6.2.2.4.2 A generalidade sugere que o parâmetro, por sua natureza, pode di-
ficultar o gerenciamento de muitos (senão de todos) dos possíveis efeitos de-
correntes dos fatores da probabilidade. Como exemplo, na atividade de tiro já
explorada, a execução no período noturno irá aumentar a maioria dos efeitos
decorrentes.
6.2.2.4.3 A relevância, por sua vez, sugere um grau de dificuldade que pode ser
agregado devido a problemas inesperados que podem ocorrer. A execução de
tiro em alvo em movimento é um exemplo clássico.
6.2.2.5 Cálculo de Risco Propriamente Dito
- O quinto passo refere-se ao cálculo de risco propriamente dito. Nesta fase o
risco é quantificado e apresentado nos seus valores máximo e mínimo, através
de números absolutos, proveniente do cálculo da fórmula R = P.G (Risco = Pro-
babilidade x Gravidade).
6.2.2.6 Aplicação de Ações de Controle
6.2.2.6.1 O sexto e último passo é o de aplicação de ações de controle. Nesta
etapa será realizada a comparação do valor encontrado do risco máximo com as
faixas de risco. Estas faixas são apresentadas na forma de valores absolutos in-
feriores e superiores, subsequentes, correspondendo aos graus de risco Baixo,
Médio, Alto, Muito Alto e Inaceitável. Sua quantificação prescinde dos mesmos
critérios da atribuição dos pesos, isto é, inicialmente serão valores atribuídos
pela experiência do atribuidor.
6.2.2.6.2 O trabalho descrito anteriormente deve ser executado por um grupo ou
equipe, de modo a minimizar a influência de fatores pessoais e conjugar experi-
ências diversas, concluindo com a elaboração de uma planilha que efetivamente
represente a realidade para o Cmt envolvido.
6-3
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FORMULÁRIO DE GERENCIAMENTO DE RISCO
6-4
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FORMULÁRIO DE GERENCIAMENTO DE RISCO (continuação)
6-5
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2. CÁLCULO DA GRAVIDADE
Iniciar com o valor básico (1) e, conforme o caso, adicionar os demais valores.
Valor Básico Inicial. +1
Condições meteorológicas adversas +1
Executante inexperiente +2
Executante com estresse físico +2
Execução noturna +1
TOTAL
3. CÁLCULO DO RISCO
RISCO MÁXIMO = Multiplicar a somatória das probabilidades máximas pela gravidade.
RISCO MÍNIMO = Multiplicar a somatória das probabilidades mínimas pela gravidade.
PROBABILIDADE RISCO
MÁXIMA Vezes GRAVIDADE MÁXIMO
MÍNIMA MÍNIMO
6-6
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FORMULÁRIO DE GERENCIAMENTO DE RISCO (continuação)
5. AÇÕES ADOTADAS
ATIVIDADE:
LOCAL: DATA:
PREENCHIDO POR: FUNÇÃO:
6-7
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FORMULÁRIO DE GERENCIAMENTO DE RISCO (continuação)
1. CÁLCULO DA PROBABILIDADE
6-8
EB70-CI-11.423
FORMULÁRIO DE GERENCIAMENTO DE RISCO (continuação)
6-9
EB70-CI-11.423
FORMULÁRIO DE GERENCIAMENTO DE RISCO (continuação)
a. CÁLCULO DA PROBABILIDADE
2. CÁLCULO DA GRAVIDADE
Iniciar com o valor básico (1) e, conforme o caso, adicionar os demais valores.
Valor Básico Inicial. X +1
Condições meteorológicas adversas. X +1
Executante Inexperiente. X +2
Executante com estresse físico. +2
Execução noturna. X +1
TOTAL 1+1+2+1= 5
- Em seguida, deverá ser calculado o total dos mínimos e dos máximos de cada fator e
transportar para a seção seguinte. Nesta etapa, inicia-se o estudo do cálculo da gravidade
(4º passo) em que o Cmt da Fração preencherá a tabela abaixo.
6-11
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6-12
RELATÓRIO QUALITATIVO DE ACIDENTES NA INSTRUÇÃO E NO SERVIÇO (MODELO)
SOMENTE UTILIZADO NOS CASOS DE ÓBITO, MÚLTIPLAS VÍTIMAS, PERDA SIGNIFICATIVA DE MATERIAL
OU SÉRIO IMPACTO PARA A IMAGEM DA FORÇA
C Mil A ______________
(1) Descrever o tipo de acidente: Armamento Munição e Tiro, Treinamento Físico Militar (TFM), Acidente com viatura (vtr
MODELO DO RELATÓRIO QUALITATIVO DE ACIDENTES
A-1
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A-2
RELATÓRIO QUANTITATIVO DE ACIDENTES NA INSTRUÇÃO E NO SERVIÇO (MODELO)
Deverá ser enviado mensalmente ao COTER
C Mil A ___________
Mês/ano Jun/19
B-1
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B-2
FICHA DE CONTROLE DE DADOS BIOMÉDICOS
- Cirurgias - Pancreatite
- Fraturas - Hepatite
- Distúrbios hormonais - Angiopatias
- Diabetes - Cardiopatias
- Anemias - Doenças musculares
- Talassemia - Doenças Pulmonares
- Rabdomiólise - Doenças dos ossos
- Outras
MODELO DA FICHA DE CONTROLE DE DADOS BIOMÉDICOS
EB70-CI-11.423
C-1
P3. Quantas horas o senhor dormiu
C-2
8,0 7,5 7,0 6,5 6,0 5,5 5,0 4,5 4,0 3,5 3,0 2,5 2,0 1,5 1,0 0,5 0,0
nas últimas 24 horas?
P4. Aponte o seu nível atual de: Nenhum Leve Médio Forte insuportável
- Fadiga física
- Fadiga mental
- Sonolência
- Fome
- Frio
- Sede
P6. Apresentou nas últimas 24 horas algum dos sintomas abaixo?
- Diarreia - Tontura
- Dor no Peito - Vômito
- Formigamento - Sangramento
- Dormência - Perda auditiva
- Febre - Perda visual
- Falta de ar - Câimbra - Onde?
P7. Está fazendo uso de algum medicamento ou substância?
Diagnóstico:
Tratamento:
Evolução:
EB70-CI-11.423
1-3