Ética Social 0000

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Universidade Católica de Moçambique

Instituto de Educação à Distancia

Etica Social como estatuto da ciencia social


Abacar Marcos
708192019

Ensino de Historia
Etica Social
3º Ano
Docente: dr. Rodrigues Albassine

Guruè, Maio de 2021

1
Índice
Introdução......................................................................................................................3

1.0 Ética Social..............................................................................................................4

1.1 Ética social como estatuto da ciência social............................................................4

1.2 Diferenças Culturais e Regionais.............................................................................5

1.3 Responsabilidade Social e Ética..............................................................................5

1.4 Ética social na sociedade.........................................................................................6

1.5 Factos éticos do meu dia-a-dia.................................................................................7

1.6 Episódios de Má moral............................................................................................7

1.7 Ética, moral e Direito...............................................................................................8

Conclusão.....................................................................................................................12

Referências Bibliográficas...........................................................................................13

2
Introdução
O presente trabalho aborda assuntos referentes a ética social. Vale lembrar que a Ética
Social são os princípios filosóficos e morais que, de uma forma ou de outra, representam a
experiência coletiva de pessoas e culturas. Esse tipo de ética geralmente age como uma espécie
de “código de conduta” que governa o que é e o que não é aceitável, além de fornecer uma
estrutura para assegurar que todos os membros da comunidade sejam cuidados; não obstante
Existem alguns padrões gerais que os membros da maioria das sociedades devem aderir
no decorrer da interação regular entre si. Às vezes, isso se reflete em leis ou códigos
legais como proibições contra assassinato e roubo. O trabalho tem como objetivo:
 Objetivo geral: descrever a ética social.
 Objetivos específicos:
 Explicar a ética social e sua relação com o direito;
 Identificar os factos éticos do dia-a-dia;
 Apresentar alguns episódios de boa e má moral.
Metodologia

A metodologia usada para concretização deste trabalho foi a consulta bibliográfica de


manuais em formato electrónicos que se encontram devidamente citados dentro do
trabalho bem como na referência bibliográfica.

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1.0 Ética Social
Definição
O significado da ética social é um conjunto de regras ou diretrizes, baseadas em torno
de escolhas e valores éticos, aos quais a sociedade adere. Muitas dessas regras
geralmente não são ditas e, em vez disso, devem ser seguidas.

A Ética Social são os princípios filosóficos e morais que, de uma forma ou de


outra, representam a experiência coletiva de pessoas e culturas. Esse tipo de
ética geralmente age como uma espécie de “código de conduta” que governa o
que é e o que não é aceitável, além de fornecer uma estrutura para assegurar que
todos os membros da comunidade sejam cuidados (ACQUAVIVA, 1992).
1.1 Ética social como estatuto da ciência social
A ética social não deve ser uma lista detalhada de regras a serem aplicadas em qualquer
situação. Eles devem servir de guia, estabelecendo as regras básicas para o que a
sociedade julgar aceitável. O bem-estar da sociedade como um todo é colocado à frente
dos interesses de qualquer indivíduo, e isso ajuda a garantir que todos sejam
responsabilizados uns pelos outros.
A ética padrão é tipicamente orientada pela moral individual que determina o certo ou
errado. Dentro de uma sociedade, o foco geralmente é mais sobre o que pode ser
considerado um comportamento apropriado para as pessoas como um todo.

De acordo com (BETIOLI, 2011):

As pessoas percebem as coisas de maneira diferente, no entanto, e várias


culturas compartilham crenças frequentemente opostas; como tal, o que é
considerado “certo” para um grupo pode não ser necessariamente e
universalmente consistente – e definir a ética social como um absoluto é muitas
vezes muito difícil.

Ação Dita para as Pessoas


Existem alguns padrões gerais que os membros da maioria das sociedades devem aderir
no decorrer da interação regular entre si. Às vezes, isso se reflete em leis ou códigos
legais como proibições contra assassinato e roubo, por exemplo.

 Textos religiosos como a Bíblia às vezes podem ser usados como base para o
clima ético de uma sociedade. Mais frequentemente, porém, são coisas que
devem ser feitas ou não feitas por nenhuma outra razão que sejam as “coisas
certas a fazer”. A proverbial “regra de ouro” de “faça aos outros o que gostaria
que fizessem a você”. Se encaixa bem neste modelo.

Como corporações e empresas são afetadas

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Na maioria dos lugares, as empresas também seguem os princípios da ética social. Isso
pode vir na forma de fontes e embalagens ecológicas ou “verdes”, por exemplo. A
responsabilidade local também pode desempenhar um papel, os líderes corporativos
muitas vezes se sentem obrigados por normas éticas a doar uma porcentagem dos lucros
anuais para instituições de caridade locais, por exemplo, ou para incentivar os
funcionários a se envolverem com serviços comunitários ou oportunidades de
voluntariado na área próxima. Muitos vêem isso como uma maneira de uma empresa
“devolver” às comunidades que lhes permitem ter sucesso em primeiro lugar.

1.2 Diferenças Culturais e Regionais


Parte do problema de definir universalmente a ética social é que existem muitos
elementos diferentes que contribuem para eles. Língua, raça, gênero e cultura entram na
equação; religião e educação também desempenham um papel. Os padrões usados para
reforçar a ética social também são numerosos, incluindo valores familiares, crenças
religiosas, moralidade, integridade e assim por diante.

Para que os padrões da sociedade funcionem em face de tais diferenças, a


maioria das sociedades opera sob um sistema de “regra de maioria”, em que o
que é melhor para a maioria das pessoas se torna padrão. Os direitos e interesses
da maioria só podem ser aplicados na medida em que outros não sejam
prejudicados ou marginalizados (ACQUAVIVA, 2007).

A ética social baseada na maioria geralmente inclui compartilhar com os outros, fazer


boas ações e reconhecer diferentes pontos de vista. A ética social também envolve
tipicamente aceitação e tolerância das diferenças.

Problemas urgentes
Tópicos como economia, imigração, pobreza e fome muitas vezes criam algumas das
maiores questões dentro do campo da ética social. Preocupações com o meio ambiente,
a homossexualidade e a tolerância religiosa também tendem a figurar no topo da lista,
juntamente com a pena de morte, o aborto e a clonagem humana.

Esses e outros problemas semelhantes costumam suscitar grandes preocupações


quando se trata de como as comunidades julgam “certo” e “errado”. O papel da
ética social é fornecer aos membros da sociedade uma estrutura para abordar
questões controversas ou sensíveis, para que todos possam coexistir
pacificamente (REALE, 1993).

1.3 Responsabilidade Social e Ética


A responsabilidade social é uma teoria ética, na qual os indivíduos são responsáveis por
cumprir seu dever cívico; as ações de um indivíduo devem beneficiar toda a sociedade.

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Desta forma, deve haver um equilíbrio entre o crescimento econômico e o bem-estar da
sociedade e do meio ambiente. Se esse equilíbrio é mantido, então a responsabilidade
social é alcançada.
A teoria da responsabilidade social é construída sobre um sistema de ética, no qual
decisões e ações devem ser eticamente validadas antes de prosseguir. Se a ação ou
decisão causar danos à sociedade ou ao meio ambiente, isso seria considerado
socialmente irresponsável.

Valores morais inerentes à sociedade criam uma distinção entre o certo e o


errado. Desta forma, acredita-se que a justiça social (pela maioria) está no
“certo”, mas mais frequentemente do que não esta “justiça” está ausente. Todo
indivíduo tem a responsabilidade de agir de maneira benéfica para a sociedade e
não apenas para o indivíduo (ACQUAVIVA, 1992).

A teoria da responsabilidade social e da ética aplica-se tanto às capacidades individuais


como de grupo. Deve ser incorporado em ações / decisões diárias, particularmente
aquelas que afetarão outras pessoas e / ou o meio ambiente. Na maior capacidade do
grupo, um código de responsabilidade social e ética é aplicado dentro do grupo, bem
como durante as interações com outro grupo ou um indivíduo.

Tal como afirma (REALE, 1993):


As empresas desenvolveram um sistema de responsabilidade social adaptado ao
ambiente da empresa. Se a responsabilidade social é mantida dentro de uma
empresa, os funcionários e o ambiente são mantidos iguais à economia da
empresa. A manutenção da responsabilidade social dentro de uma empresa
garante a integridade da sociedade e do meio ambiente.

Muitas vezes, as implicações éticas de uma decisão / ação são negligenciadas para
ganho pessoal e os benefícios são geralmente materiais. Isso freqüentemente se
manifesta em empresas que tentam burlar as regulamentações ambientais. Quando isso
acontece, a interferência do governo é necessária.

1.4 Ética social na sociedade


O significado da ética social: A ética é uma regra aplicada para restringir o
relacionamento com os outros, para que uma boa comunicação possa ser estabelecida e
familiar. O mesmo ocorre com as regras de ética social adotadas por uma ordem social
como resultado de criações humanas criadas com o objetivo de manter boas relações e
harmonia com a comunidade.

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A ética social é aplicável em uma comunidade e, às vezes, tem vida própria. A
característica que aparece depende da cultura e costumes aplicáveis em áreas
onde a comunidade ou a residência da comunidade. Então, a cultura ainda é
influenciada mais pela mentalidade da comunidade local, bem como pela
localização e condições geográficas em que as comunidades vivem (BETIOLI,
2011).

A ética tem como fundamento explicar as regras e comportamentos morais do ser


humano de maneira racional e científica, através de legislações que legitimam este
comportamento perante a sociedade. Já a moral está relacionada com o conjunto de
regras aplicadas no cotidiano por cada cidadão, conforme seu próprio entendimento
entre o que é certo ou errado.

1.5 Factos éticos do meu dia-a-dia


Ajudar a quem precisa
Quando alguém me pede alguma ajuda financeira na rua ou algum idoso me pede
auxílio para atravessar a rua, eu ajudo.

Não jogar lixo na rua


Se ao caminhar por uma via pública eu estiver com alguma embalagem que pretenda se
desfazer, pela ética devo jogar esta embalagem no lixo.

Entretanto, ela pode decidir jogar a embalagem na via pública. Pela ética isso é tido
como algo ruim, pois além de sujar a rua essa pessoa pode estar dando um mau exemplo
para que outros indivíduos possam vir a cometer este mesmo ato.

Num sentido mais amplo, a finalidade das duas é muito semelhante, pois tanto a ética
quanto a moral são responsáveis por construir as bases que vão guiar a conduta dos
indivíduos e a melhor forma de agir em sociedade.

Não furar fila


Não costumo furar a fila, simplesmente aguardo a minha vez. Entretanto, esta ação não
é algo que implique grandes punições e uma pessoa pode cometer, se achar que esteja
correto fazer isso, mesmo que moralmente não seja o mais correto.

1.6 Episódios de Má moral


Maltratar animais

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Esta é uma atitude bem polêmica e controversa na reflexão sobre a moral. Porque é
preciso levar em conta que em determinados países, cada grupo ou sociedade possui seu
próprio código de ética relacionado a esta questão.

É fato, que moralmente falando, maltratar animais é uma atitude negativa. Porém, em
um determinado país, por exemplo, utilizar animais para pesquisa científica pode ser
considerado ético, devido ao código de ética já estabelecido.

Cometer atos ilícitos


Esta é uma questão importante para ser refletida dentro dos conceitos da moral e da
ética. Situações ilícitas como roubar ou matar, são, por lei, passíveis de punição e,
moralmente falando, não condizem com os bons valores e costumes da sociedade.
Portanto, cometer atos ilícitos como roubar e matar são considerados pela ética e pela
moral ações que possuem punições, sejam elas éticas legais ou morais.

Prejudicar algum colega de trabalho


No ambiente de trabalho, é comum que se tenha a chamada ética profissional, onde se
supõe que todos os funcionários ajam de acordo com estes princípios. Entretanto, se por
razões de crescimento pessoal dentro da empresa, algum funcionário resolver prejudicar
algum colega de trabalho, esta atitude, seja pela ética ou pela moral, não é considerada
como algo correto.

Além deste funcionário não estar agindo de acordo com o código de ética profissional,
moralmente falando, não é algo que condiz com o que a sociedade considere correto.

1.7 Ética, moral e Direito


Ética, moral e direito estão relacionados. Mas, antes de mais nada, é fundamental
termos conhecimento do que representa cada termo. É fundamental termos
conhecimento do que significa cada uma dessas palavras e como devemos aplicá-las.
Este é o objetivo do artigo a seguir exposto. Ética, moral e direito estão relacionados.
Mas, antes de mais nada, é fundamental termos conhecimento do que representa cada
termo.
A palavra moral deriva do latim moris, “relativo aos costumes”, significa o
conjunto de regras que trata dos atos humanos, dos bons costumes e dos
deveres do homem em sociedade perante os de sua classe. Moral é um ramo
da ética e pode ser utilizada em dois sentidos diferentes: amplo e estrito.
Numa definição ampla, ela abrange todas as ciências normativas do agir

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humano, a ética seria a palavra abrigada para essa concepção mais ampla
(ACQUAVIVA, 1992).
Numa acepção mais estrita, moral identifica-se como a disciplina dos atos humanos. É
o conjunto de normas inspiradas, tendentes a formar o homem perfeito em si mesmo.
Além do sentido normativo, a palavra “moral” apresenta outras acepções no conjunto
de valores sociais, cujo tem-se o conceito de bons costumes, qualidade de conduta,
nesse sentido a palavra é empregada para contra distinguir uma relação de ordem
física em face de uma relação de ordem moral; qualidade de uma pessoa, e que
corresponde ao conceito aristotélico da virtude, isto é, uma prática que seria a forma
mais plena da excelência moral, e por tal razão, não poderia existir em seres ainda em
formação, como as crianças.
Pode-se conceituar ética, segundo Antônio de Moraes Silva, como parte da filosofia
que se ocupa em conhecer o homem, com respeito à moral e costumes; que trata da
natureza como ente livre, espiritual; da parte que o temperamento e as paixões podem
ter na sua índole, e costumes; da sua imortalidade, bem-aventurança, e meios de a
conseguir em geral; os antigos compreendiam nela a parte que tratados ofícios ou
deveres. Outra conceituação é:
Estudo dos juízos de apreciação que se referem à conduta humana suscetível
de qualificação do ponto de vista do bem e do mal, seja relativamente a
determinada sociedade, seja de modo absoluto. (Dicionário Aurélio Buarque
de Holanda) (ACQUAVIVA, 1992).

A ética parte de uma série de práticas morais, buscando determinar à essência da


moral, sua origem, as condições objetivas e subjetivas do ato moral, as fontes de
justificação desses juízos e o princípio que rege a mudança e a sucessão de diferentes
sistemas morais, tendo ainda como função fundamental, explicar, esclarecer ou
investigar uma determinada realidade, elaborando conceitos correspondentes.
Enquanto ordenação dos comportamentos em geral, a ética quando destinados a
realização de um bem, pode ser vista, na lição de Miguel Reale, sob os prismas: do
valor da subjetividade do autor da ação, em que a moral individual ou moral da pessoa
que visa a plenitude da subjetividade do agente, para que este se realize como
individualidade autônoma.

Na optica de (BETIOLI, 2011):


Trata dos valores e normas de conduta que são exigidos para realizar sua
personalidade; e do valor da coletividade em que o indivíduo atua quando a

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conduta é analisada em função do valor da coletividade, a ética assume duas
expressões: a da moral social e a do Direito. A moral social cuida dos deveres
indivíduo para com a coletividade, visa o bem enquanto social. O direito
preocupa-se, de maneira direta, com o bem enquanto do todo coletivo, do bem
comum.

Nenhuma sociedade pode sobreviver sem normas de conduta, é preciso um mínimo


ético, sem o mesmo ela se desagrega. A ética observa o comportamento humano e
aponta seus erros e desvios, formula os princípios básicos a que deve subordinar-se a
conduta do homem.

A ética, por representar o campo normativo, uma vez que demonstra uma
obrigatoriedade de comportamento, determina o agir social, descreve como o
homem deve se comportar. Por ser possível a violação desta norma, toda
norma ética expressa um juízo de valor e é ligada à uma sanção. Inserido na
norma ética, existem as religiosas, morais, de trato social, e jurídica (REALE,
1993).

Assim sendo, a ética refere-se à reflexão sobre a vida moral, é como uma moral
teórica, pensada. É construída com base nos valores históricos e culturais, estuda os
valores e princípios morais de uma sociedade.
A palavra direito vem do latim directus  e tem diversos significados. No aspecto
jurídico, direito é o sistema de normas de conduta imposto por um conjunto de
instituições para regular as relações sociais.
Segundo a teoria dos círculos secantes, exposta pelo antigo professor suíço
Claude Du pasquier consiste em dizer que direito e moral possuem um campo
de competência comum e, ao mesmo tempo, uma área particular,
independente. Isto significa que há uma área comum de coexistência entre a
moral e o direito, mas há diferenças notáveis que as distinguem, como o uso
da força que na moral, não lhe é atribuída e no direito, absolutamente
(ACQUAVIVA, 1992).

Na vida em sociedade, é necessária a formulação de regras de conduta obrigatórias


que disciplinem a interação entre as pessoas, com o objetivo de alcançar o bem
comum, a paz e a organização social. Estas regras são denominadas leis, que são
realizadas com a idéia de bem e valor para a comunidade como um todo.
O descumprimento destas leis resulta em uma sanção, imposta pela autoridade
constituída pela sociedade, o Estado. O cumprimento obrigatório da sentença
satisfaz ao mundo jurídico, porém não satisfaz à moral. Há então, a
coercibilidade, que possibilita usar a força se necessário no direito, diferente
da moral (ACQUAVIVA, 2007).

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Outra diferença entre direito e moral é a bilateralidade, isto é, a relação entre duas ou
mais pessoas, pois o direito exige a existência de uma sociedade, busca pelo bem
coletivo, já a moral busca o próprio aperfeiçoamento, é unilateral. Tanto a moral,
quanto o direito são imperativos, uma vez que são normas e traduz um comando.

O direito é heterônimo, pois se o indivíduo concorda ou não com a norma


internamente, basta adequação exterior. A moral não é, porque necessita da adesão
interna. Além destas diferenças, o direito é atributivo e a moral não. Atributividade é
ter a possibilidade de exigir atributo de alguém.
O direito e a moral estão inseridos na ética, pois a ética é a concepção ampla, que
abrange todas as ciências normativas do agir humano. Logo, estas ciências incluem a
moral e o direito.
Segundo Adolfo Vasquez Sanches, o problema do que fazer em cada situação
concreta é um problema prático-moral e não-teórico ético. Isto quer dizer que
definir o que é bom não é um problema cuja solução caiba ao indivíduo em
cada caso particular, mas um problema geral de caráter teórico, de
competência do investigador da moral, do ético (BETIOLI, 2011).
 Bioética é uma ética aplicada, que visa desenvolver maneiras de solucionar
conflitos e controvérsias morais implicados pelas práticas no segmento das
ciências da vida e da saúde do ponto de vista de alguns valores. Distingue-se
da ética teórica, mas se preocupa com conceitos e argumentos éticos. Tais
conflitos surgem das interações humanas em sociedades que devem encontrar
as soluções a seus conflitos de interesses e de valores sem poder recorrer, a
princípios de autoridade transcendentes, mas pela negociação entre agentes
morais que devem, por princípio, ser considerados cognitiva e eticamente
competentes.
 Biodireito é o novo ramo do direito ainda recente na realidade jurídica
brasileira que se associa à bioética, estudando as relações jurídicas entre o
direito e os avanços tecnológicos conectados à medicina e à biotecnologia.
 Deontologia significa regras, dever, obrigação. É então, etimologicamente,
quase um sinônimo de moral ou ética. Porém, historicamente, a palavra foi
ligada à experiência das profissões liberais tradicionais, como direito,
medicina, enfermagem, entre outros. Indica assim, o conjunto de deveres
ligados ao exercício de uma profissão.

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Sendo assim, os profissionais do direito têm o compromisso de contribuir para a
discussão dos assuntos relacionados à bioética e biogenética, lembrando que uma das
razões da existência do direito é promover harmonia no convívio entre a ciência e a
sociedade.

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Conclusão

Como pudemos verificar, a moral, a ética e o direito estão interligados. A moral


normatiza e direcionas a prática das pessoas, buscando o auto aperfeiçoamento; o
direito se dirige a conduta do indivíduo, buscando o bem coletivo e a ética teoriza
sobre as condutas, estudadas concepções que dão suporte à moral e ao direito. Todavia
A ética social não deve ser uma lista detalhada de regras a serem aplicadas em qualquer
situação. Eles devem servir de guia, estabelecendo as regras básicas para o que a
sociedade julgar aceitável. O bem-estar da sociedade como um todo é colocado à frente
dos interesses de qualquer indivíduo, e isso ajuda a garantir que todos sejam
responsabilizados uns pelos outros. A ética padrão é tipicamente orientada pela moral
individual que determina o certo ou errado. Dentro de uma sociedade, o foco geralmente
é mais sobre o que pode ser considerado um comportamento apropriado para as pessoas
como um todo.

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Referências Bibliográficas
ACQUAVIVA, M.  Notas introdutórias à ética jurídica. São Paulo: LTr, 2007.
ACQUAVIVA, M. Notas introdutórias ao Estudo de Direito. 3ª edição. São Paulo:
Ícone, 1992.
BETIOLI, A. Introdução ao Direito. 11ª edição. São Paulo: Saraiva, 2011.
REALE, M. Lições preliminares de direito. 20ª edição. São Paulo: Saraiva, 1993.

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