Empréstimos Definição

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1.

0 Empréstimos-definição

De acordo com (FURTADO, 2022), “Um empréstimo é uma forma de financiamento


através da qual dinheiro é levantado no mercado por entidades financeiras para posterior
venda ao público”. É um mecanismo utilizado por grandes empresas e instituições e
através do qual a compra e emissão de dívida é contratada junto de uma entidade
financeira ou instituição de crédito.

1.1 Modalidades de empréstimo

1.1.1 Empréstimo pessoal

O empréstimo pessoal, também chamado de crédito pessoal, é uma das modalidades


mais simples e conhecidas do mercado. Ele é oferecido por instituições financeiras,
e suas regras, prazos e taxas de juros variam bastante.  Em geral, o dinheiro emprestado
não está vinculado à compra de qualquer produto. Ou seja, ele pode ser usado da
maneira que o consumidor desejar. 

No entender de (NOGUEIRA, 2002):

Para isso, é preciso fazer uma simulação e conferir o prazo, os juros e o valor
final do contrato. A instituição solicita alguns dados, como CPF e comprovante
de renda. Depois de realizar uma análise de crédito, ela decide se libera ou não a
quantia solicitada. Vale a pena destacar que, nesse tipo de empréstimo, os juros
praticados são mais altos do que os de outras opções.

Isso porque o risco de inadimplência é maior, e não há uma garantia de pagamento. 

1.1.2. Empréstimo pessoal com garantia

“O empréstimo pessoal com garantia tem características semelhantes às do crédito


pessoal” (OYER, 2002). No entanto, ele exige a entrega de um bem como garantia de
pagamento.  Explicando melhor: você oferece um apartamento ou um carro, por
exemplo. Caso não pague as parcelas, ele será transferido de forma definitiva para o
nome da instituição que emprestou o dinheiro. Esse modelo tem taxas de juros menores,
mas é importante tomar cuidado para não perder seu patrimônio principalmente quando
o bem for essencial. 
1.13. Empréstimo consignado
O empréstimo consignado é um modelo que se caracteriza pelo desconto em folha de
pagamento do valor da parcela. “Ele é oferecido a beneficiários do INSS, servidores
públicos e colaboradores de empresas credenciadas” (SAMANEZ, 2002).  Estamos
falando de um empréstimo de baixo risco, já que o pagamento é garantido. Por isso, os
juros cobrados estão entre os menores do mercado. No entanto, há limites e condições
para contratá-lo, como:

 O valor não pode superar 30% do salário;


 Deve haver autorização expressa do desconto em folha no ato da contratação. 

Lembrando que nem sempre há a possibilidade de antecipar parcelas. Isso pode ser uma
desvantagem para o consumidor que quer se livrar da dívida mais rapidamente. 

1.1.4. Empréstimo rotativo

O empréstimo rotativo é conhecido de muitas pessoas que usam o cartão de crédito. Ele
funciona como um financiamento da fatura e é contratado de forma automática quando
o cliente não faz o pagamento total.

Tal como afirma (CAVALHEIRO, 1989):

Em resumo, o banco cobre o valor que fica faltando, mas esse empréstimo gera
altos juros nos meses seguintes. Apesar de evitar que seu nome seja inscrito de
imediato em serviços de proteção ao crédito, é importante ficar atento. Do
contrário, você pode perder o controle da dívida e prejudicar suas finanças
pessoais. 

1.1.5. Cheque especial

O cheque especial é uma modalidade de empréstimo. “Ele funciona como um limite de


crédito pré-aprovado atrelado à sua conta bancária. Assim, quando o saldo fica
negativo, ele é contratado de forma automática” (SAMANEZ, 2002). É importante
lembrar que os juros variam conforme o tempo que você o utiliza. Muitas pessoas se
endividam e enfrentam dificuldades para negociar esse débito, já que ele pode crescer
bastante.  Recentemente, foram publicadas novas regras do cheque especial, como:

 Taxa de juros limitada a 8% ao mês;


 Cobrança de uma tarifa de 0,25% ao mês pela disponibilidade de valor acima
de R$ 500. 

1.1.6. Refinanciamento de imóvel

O refinanciamento de imóvel é um tipo de empréstimo feito quando o consumidor


entrega um imóvel quitado em seu nome como garantia de pagamento. “Uma vez que a
instituição financeira tem essa segurança, ela oferece juros mais baixos” (FURTADO,
2022). Além disso, o valor liberado e os prazos para pagamento costumam ser
maiores — até 20 anos.  As desvantagens são burocracia na contratação, necessidade
de vistoria no imóvel e, claro, possibilidade de perder um bem de alto valor. 

1.1.7. Antecipação da restituição do Imposto de Renda

Essa modalidade ocorre quando o banco libera uma quantia em sua conta e, em troca,
tem o direito de receber a restituição do IR.  Para conseguir esse empréstimo, é preciso
ser correntista e indicar o banco em sua declaração de Imposto de Renda. Como existe
uma garantia de recebimento, as taxas de juros podem ser mais interessantes que as de
outras modalidades. 

1.2 Empréstimo Clássico


É um Contrato pelo qual uma das partes (mutuante) cede a outra (mutuário)
determinado valor, ficando o último obrigado a restituição esse valor, acrescido de juros
acordados e num momento estipulado.
Empréstimo clássico ou crédito clássico destina-se ao financiamento de bens ou
de serviços em que a aquisição é efetuada por um consumidor final e cujo
crédito tem um plano de amortização rígido e pré-definido, nele se incluindo o
crédito concedido a particulares – crédito ao consumo – e o crédito concedido a
empresas (OYER, 2002).

1.3 Amortização

Amortização é um processo de extinção de uma dívida através de pagamentos


periódicos, que são realizados em função de um planejamento, de modo que cada
prestação corresponde à soma do reembolso do Capital ou do pagamento dos juros do
saldo devedor, podendo ser o reembolso de ambos.
De acordo com (SAMANEZ, 2002):

Um empréstimo é um contrato que estabelece a cedência temporária duma certa


quantia em dinheiro por parte duma determinada entidade (banco, sociedade
não-financeira, entidade pública, ou mesmo um indivíduo) a favor de outra
entidade sob condição de reembolso integral do capital emprestado e dos juros
acordados. O credor é a entidade que cede temporariamente o capital.

A entidade que faz uso do capital e se obriga ao seu reembolso e ao pagamento dos
juros é o devedor. Num empréstimo bancário, o credor é por vezes descrito como o
mutuário e devedor é o mutuante. Um empréstimo diz-se interbancário quando as duas
partes do empréstimo são dois bancos que passam a ser contratualmente conhecidos
como contrapartes do empréstimo.
A amortização dum empréstimo é o processo relativo ao pagamento dos juros e
ao reembolso gradual do capital emprestado. Chama-se a atenção para alguns
Autores que usam o termo amortização no sentido mais restrito de processo
relativo ao reembolso gradual do capital emprestado. No uso que é feito aqui do
sentido mais amplo do termo, os empréstimos amortizáveis são normalmente
pagos em prestações periódicas iguais (CAVALHEIRO, 1989).

Cada prestação ou pagamento parcelar pode então ser decomposto em duas quotas: a
quota juro, ou pagamento dos juros acordados sobre o capital em dívida, e a quota de
capital, ou reembolso parcial do capital em dívida. O calendário das amortizações dum
empréstimo é usualmente chamado plano de amortização.

1.3.1 Sistema de pagamento único

O devedor paga o Montante=Capital+Juros compostos da dívida em um único


pagamento ao final de \(n=5\) períodos. O Montante pode ser calculado pela fórmula:

\[M = C(1+i)^n\]

Uso comum: Letras de câmbio, Títulos descontados em bancos, Certificados com prazo
fixado para a renda final.

1.3.2 Amortizações com prestações constantes

O sistema de amortização de empréstimos que prevê o pagamento dos juros e o


reembolso do capital em prestações periódicas constantes é também conhecido como
sistema Francês. Esta sequência de prestações periódicas constantes é uma renda
temporária e constante. Cada prestação é formada por duas parcelas, a quota juro e a
quota de capital. A quota juro é calculada como a proporção do capital em dívida no
início de cada período de pagamento dos juros que corresponde à taxa de juro acordada.
Suponha um empréstimo a dois anos com duas prestações constantes X(1) e X(2) que
são devidas no final do Ano 1 e do Ano 2, respectivamente.

1.3.3 Empréstimo com reembolsos constantes

Considere agora um sistema de amortização de empréstimos que define uma sequência


de reembolsos constantes do valor do principal. Este sistema de amortização é referido
comumente como o sistema Germânico de amortização. O sistema Germânico é uma
renda temporária. Cada prestação inclui a quota juro calculada sobre o montante do
capital em dívida e uma quota de capital constante. O juro devido no final do primeiro
ano é representado aqui como uma proporção do montante X(0) do princípio.
Referências bibliográficas

CAVALHEIRO, L. A.F. Elementos de Matemática Financeira. Rio de Janeiro, Editora


FGV, 11a ed., 1989.

FURTADO, D. Sistema de Amortização. Disponivel em: Acesso em: 15 de mai. De


2022.

NOGUEIRA, J. Tabela Price: da Prova Documental e Precisa Elucidação do seu


Anatocismo, Servanda Ed., 2002.

OYER, C. História da matemática. São Paulo, Edgard Blücher, 2002.

SAMANEZ, C. Matemática Financeira: Aplicações à análise de investimentos. São


Paulo, Pearson Education do Brasil, ed 3, 2002.

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