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TJDFT (Analista Judiciário - Sem


Especialidade) Direito Constitucional -
2022 (Pós-Edital)

Autor:
Equipe Direito Constitucional
Estratégia Concursos

07 de Fevereiro de 2022
Equipe Direito Constitucional Estratégia Concursos
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Índice
1) Nacionalidade (Art. 12º e Art. 13º)
..............................................................................................................................................................................................3

2) Questões Comentadas - Direitos de Nacionalidade - FCC


..............................................................................................................................................................................................
16

3) Questões Comentadas - Direitos de Nacionalidade - FGV


..............................................................................................................................................................................................
39

4) Lista de Questões - Direitos de Nacionalidade - FCC


..............................................................................................................................................................................................
53

5) Lista de Questões - Direitos de Nacionalidade - FGV


..............................................................................................................................................................................................
68

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NACIONALIDADE

1 – Introdução

Segundo a doutrina dominante, os elementos constitutivos do Estado são território, povo e governo
soberano. Dentre esses três elementos, o povo é o que constitui a dimensão pessoal do Estado. Ao contrário
da população (composta pelo conjunto de pessoas que habitam o território de um Estado), o povo compõe-
se dos seus nacionais, independentemente do local em que residam.

A nacionalidade é justamente o vínculo jurídico-político entre o Estado soberano e o indivíduo, que torna
este um membro integrante da comunidade que constitui o Estado. Segundo Mazzuoli, a nacionalidade
comporta duas dimensões: a dimensão vertical (que liga o indivíduo ao Estado) e a dimensão horizontal
(que liga o indivíduo ao elemento povo).1 A dimensão vertical da nacionalidade impõe obrigações ao
indivíduo perante o Estado, próprias de uma relação de subordinação. Já a dimensão horizontal, pressupõe
uma relação sem grau hierárquico, isto é, uma relação paritária do indivíduo com a comunidade à qual
pertence.

Compete a cada Estado legislar sobre sua própria nacionalidade, respeitando, é claro, os compromissos
gerais e particulares aos quais tenha se obrigado. O Estado soberano é, afinal, o único outorgante possível
da nacionalidade. É ele quem tem poder para determinar quem são seus nacionais, quais as condições de
aquisição da nacionalidade e, ainda, disciplinar sua perda. Pode-se afirmar, portanto, que o estabelecimento
de critérios para a concessão de nacionalidade é ato de manifestação da soberania estatal.

Nacionalidade não se confunde com cidadania. A cidadania é um atributo que diferencia aqueles que
possuem pleno gozo dos direitos políticos daqueles que não possuem esse direito. Já a nacionalidade é o
que diferencia os nacionais dos estrangeiros, isto é, diferencia os indivíduos que possuem uma ligação
pessoal com o Estado daqueles que não o tem. O conceito de nacionalidade é mais amplo que o de
cidadania, o que se pode depreender a partir do exame do caso brasileiro. Como regra geral, todos aqueles
que possuem cidadania brasileira também possuem nacionalidade brasileira. Já o contrário nem sempre é
verdade! Uma criança de 5 anos de idade possui nacionalidade brasileira, mas não possui cidadania, pois
ainda não goza plenamente de seus direitos políticos.

2 – Atribuição de Nacionalidade pelo direito brasileiro

A doutrina fala na existência de dois tipos de nacionalidade: a nacionalidade originária (primária) e a


nacionalidade derivada (adquirida ou secundária).

A nacionalidade originária é aquela que resulta de um fato natural, o nascimento; diz-se, portanto, que é
uma forma involuntária de aquisição de nacionalidade. É atribuída ao indivíduo em razão de critérios

1
MAZZUOLI, Valério de Oliveira. Curso de Direito Internacional Público, 4ª ed. São Paulo: Editora Revista dos Tribunais,
2010.

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sanguíneos (“jus sanguinis”), territoriais (“jus soli”) ou mistos. Os brasileiros que recebem a nacionalidade
originária são chamados de “brasileiros natos”.

A nacionalidade derivada, por sua vez, é aquela cuja aquisição depende de ato de vontade (ato volitivo),
praticado depois do nascimento; diz-se que a nacionalidade derivada é obtida mediante a naturalização. Os
brasileiros que recebem a nacionalidade derivada são chamados de “brasileiros naturalizados”.

Nascimento
Primária (originária)
“Jus soli” (regra) ou “jus
sanguinis” (exceção)
NACIONALIDADE

Secundária (adquirida ou
Ato volitivo
derivada)

Vejamos, a seguir, como se dá a atribuição de nacionalidade originária e nacionalidade derivada no


ordenamento jurídico brasileiro. Comecemos com a atribuição de nacionalidade originária: quem são,
afinal, os brasileiros natos?

Conforme já havíamos comentado, a nacionalidade originária pode ser estabelecida tanto pela origem
sanguínea da pessoa (“jus sanguinis”) quanto pela origem territorial (“jus soli”). Pelo primeiro critério, é
nacional todo aquele filho de nacionais, independentemente de onde tenha nascido. Já pelo segundo, é
nacional quem nasce no território do Estado que o adota, independentemente da origem sanguínea dos seus
pais.

A Constituição Brasileira, como você verá a seguir, adotou em regra o “jus soli”. Há, entretanto, exceções,
nas quais predomina o “jus sanguinis”. Vamos à análise do art. 12 da CF?

Art. 12. São brasileiros:

I - natos:

a) os nascidos na República Federativa do Brasil, ainda que de pais estrangeiros, desde que
estes não estejam a serviço de seu país;

b) os nascidos no estrangeiro, de pai brasileiro ou mãe brasileira, desde que qualquer deles
esteja a serviço da República Federativa do Brasil;

c) os nascidos no estrangeiro de pai brasileiro ou de mãe brasileira, desde que sejam


registrados em repartição brasileira competente ou venham a residir na República
Federativa do Brasil e optem, em qualquer tempo, depois de atingida a maioridade, pela
nacionalidade brasileira;

No art. 12, inciso I, estão as hipóteses de aquisição de nacionalidade originária; em outras palavras, é esse
dispositivo que define quem são os brasileiros natos. Tente memorizá-las, caro (a) aluno (a), pois elas são
constantemente cobradas nos concursos em sua literalidade.

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Na alínea “a”, é perceptível que a Constituição adotou o critério “jus soli”, considerando brasileiro nato
qualquer pessoa nascida em território nacional, mesmo que de pais estrangeiros. Entretanto, há uma
exceção: se o nascido no Brasil for filho de estrangeiros que estejam a serviço de seu Pais, não será brasileiro
nato.

Vamos a dois exemplos para ilustrar melhor esse dispositivo!

Suponha que Diego e Martha, casal de argentinos, venha ao Brasil passar suas férias. Martha está grávida,
se empolga com umas “caipirinhas” e acaba entrando em trabalho de parto. Pronto! Nasceu Dieguito Jr!
Trata-se de nascido no Brasil, filho de pais estrangeiros que não estavam a serviço de seu País (estavam de
férias!). Será, então, brasileiro nato.

Agora, imagine que Vladislav Spetanovich, diplomata russo, venha servir aqui no Brasil, junto com sua esposa
Marianova Chevichenko. Marianova engravida e nasce, aqui no Brasil, o filho do casal, Vladislav Jr. Apesar
de ter nascido em território brasileiro, Vladislav Jr. é filho de pais estrangeiros que estavam a serviço da
Rússia. Portanto, ele não será brasileiro nato.

Dados esses exemplos, podemos resumir a aplicação da alínea “a”, vislumbrando três situações possíveis:

a) Um filho de pai ou mãe brasileiros, ou ambos, nasce em território brasileiro: será brasileiro nato.

b) Um filho de pais estrangeiros, sendo que um deles, ou ambos, estejam no Brasil a serviço de seu
país nasce em território brasileiro: não será brasileiro nato. Cabe destacar que é uma regra
consuetudinária de direito internacional que os filhos de agentes de Estados estrangeiros, como
diplomatas e cônsules, sejam normalmente excluídos da atribuição de nacionalidade pelo critério “jus
soli”.

Cuidado! Para que seja excluída a atribuição de nacionalidade pelo critério “jus soli”, é necessário o
cumprimento cumulativo de 2 (duas) condições:

- ambos os pais serem estrangeiros e;

- algum dos pais ou ambos estarem a serviço de seu país.

Atenção! Imagine o seguinte caso! Um diplomata italiano está no Brasil a serviço de seu país e casa-
se com uma brasileira. Eles têm um filho que nasce em território brasileiro. O filho será brasileiro
nato, pois apenas uma das condições para a exclusão do critério “jus soli” foi cumprida (“algum dos
pais ou ambos estarem a serviço de seu país”). A outra condição (“ambos os pais serem estrangeiros”)
não foi cumprida.

c) Um filho de estrangeiros que não estão a serviço de seu país nasce em território brasileiro: será
brasileiro nato.

Para finalizar os comentários sobre a alínea “a”, vale destacar que o conceito de território brasileiro abrange,
além das terras delimitadas pelas fronteiras geográficas, o mar territorial e espaço aéreo.

Na alínea “b”, a Constituição estabelece que são brasileiros natos os nascidos no estrangeiro, de pai
brasileiro ou mãe brasileira, desde que qualquer deles esteja a serviço da República Federativa do Brasil. O

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legislador constituinte adotou, aqui, o critério “jus sanguinis”, prevendo, todavia um requisito adicional: o
fato de qualquer um dos pais (ou ambos) estar a serviço da República Federativa do Brasil, o que significa
qualquer serviço prestado por órgão ou entidade da União, dos Estados, do Distrito Federal ou dos
Municípios.

Suponha, por exemplo, que Miguel, diplomata brasileiro, vá servir na Alemanha. Lá ele conhece a alemã
Denise Fürst e com ela tem um filho: Miguel Jr. Apesar de ter nascido no exterior, Miguel Jr. é filho de pai
brasileiro que estava a serviço da República Federativa do Brasil. Ele será, portanto, brasileiro nato.

Resumindo o que dispõe a alínea “b”, a aquisição de nacionalidade por essa regra depende do cumprimento
cumulativo de dois requisitos:

a) Ser filho de pai brasileiro ou mãe brasileira, ou de ambos.

b) O pai ou a mãe, ou ambos, deverão estar a serviço do Brasil no exterior.

“Mas, professores, e se o indivíduo que nascer no exterior for filho de pai ou mãe brasileira e estes não
estiverem a serviço do Brasil?”

Excelente pergunta! Partimos aí para a terceira hipótese de aquisição de nacionalidade originária, que está
prevista na alínea “c”.

Na alínea “c”, a Constituição estabelece que são brasileiros natos “os nascidos no estrangeiro de pai
brasileiro ou de mãe brasileira, desde que sejam registrados em repartição brasileira competente ou venham
a residir na República Federativa do Brasil e optem, em qualquer tempo, depois de atingida a maioridade,
pela nacionalidade brasileira”.

Assim, há duas possibilidades diferentes de aquisição de nacionalidade quando o indivíduo nasce no


exterior, filho de pai brasileiro ou mãe brasileira que não estão a serviço do Brasil:

a) O indivíduo é registrado em repartição brasileira competente ou;

b) O indivíduo vem a residir no Brasil e opta, em qualquer tempo, depois de atingida a maioridade,
pela nacionalidade brasileira.

Na primeira possibilidade, o registro do indivíduo perante repartição competente é condição suficiente para
que ele seja considerado brasileiro nato. Na segunda possibilidade, o indivíduo precisa residir no Brasil e,
além disso, manifestar sua vontade. É o que a doutrina denomina nacionalidade potestativa.

Ressalte-se que essa manifestação de vontade somente poderá ocorrer após a maioridade. Destaque-se que
a opção pela nacionalidade brasileira deverá, nesse último caso, ser feita em juízo, em processo que tramita
perante a Justiça Federal. Trata-se de processo de jurisdição voluntária, que se encerra com sentença judicial
que homologa a opção feita pelo indivíduo. A homologação da opção pela nacionalidade brasileira produz
efeitos ex tunc2, o que faz com o indivíduo seja considerado brasileiro nato desde o seu nascimento.

2
RE 916.043/RS. Rel. Min. Dias Toffoli. Julgamento: 31.03.2017.

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“E se o filho de brasileiros que não estejam a serviço do Brasil e que tenha nascido no exterior vier a residir
no país ainda enquanto menor? Qual será sua nacionalidade?”

Excelente pergunta! Nesse caso, o menor será considerado brasileiro nato. Entretanto, a aquisição
definitiva de sua nacionalidade dependerá de sua manifestação após a maioridade. Uma vez tendo sido
atingida a maioridade, fica suspensa a condição de brasileiro nato, enquanto não for efetivada a opção pela
nacionalidade brasileira. A maioridade passa a ser, então, condição suspensiva da nacionalidade brasileira
até o momento em que for feita a opção.

(MPT – 2015) A nacionalidade potestativa será incorporada pelo indivíduo se for registrado em repartição
brasileira no exterior e vier a residir no Brasil antes da maioridade.
Comentários:
A nacionalidade potestativa será adquirida quando o indivíduo nasce no exterior, filho de pai brasileiro ou
mãe brasileira, e não é registrado em repartição brasileira competente. Aí, ele vem a residir no Brasil e opta,
em qualquer tempo, depois de atingida a maioridade, pela nacionalidade brasileira. Questão errada.
(PC-DF – 2015) Suponha-se que Antônio tenha nascido no estrangeiro, sendo filho de pai brasileiro e mãe
estrangeira. Nesse caso, Antônio poderá optar, em qualquer tempo, depois de atingir dezoito anos de idade,
pela nacionalidade brasileira originária, desde que venha residir no Brasil.
Comentários:
É exatamente isso! Antônio se enquadra na hipótese do art. 12, I, alínea “c”. São brasileiros natos os nascidos
no estrangeiro de pai brasileiro ou de mãe brasileira, desde que sejam registrados em repartição brasileira
competente ou venham a residir na República Federativa do Brasil e optem, em qualquer tempo, depois
de atingida a maioridade, pela nacionalidade brasileira. Questão correta.
(DPE-RO – 2015) Ernesto, filho de pais brasileiros, nascido e registrado na República do Paraguai, ao atingir
a maioridade, decide vir para o Brasil. Ao chegar neste País, consulta um Defensor Público a respeito dos
seus direitos. É correto afirmar que Ernesto é considerado brasileiro nato pelo simples fato de seus pais
serem brasileiros.
Comentários:
De jeito nenhum! O simples fato de ser filho de brasileiros não faz com que Ernesto seja brasileiro nato.
Ernesto será brasileiro nato se vier a residir no Brasil e optar, em qualquer tempo, depois de atingida a
maioridade, pela nacionalidade brasileira. Questão errada.
(SSP-AM – 2015) Peter, filho de um casal austríaco, nasceu no território brasileiro quando seus pais aqui
estavam a serviço da Embaixada da Áustria. Após o seu nascimento, permaneceu no Brasil por cerca de dez
anos, até que a família retornou ao País de origem. Como Peter passou a ter sólidos laços afetivos com o
Brasil, sendo frequentes as suas viagens a passeio para este País, tomou a decisão de candidatar-se a um
cargo eletivo que é privativo de brasileiro nato. É possível afirmar que Peter somente pode ser considerado

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brasileiro nato caso sua família tenha providenciado o seu registro de nascimento no Brasil, enquanto aqui
residiu.
Comentários:
Apesar de ter nascido no Brasil, Peter não será brasileiro nato. Isso porque ele é filho de pais estrangeiros
que estavam no Brasil a serviço de seu País (no caso, a Áustria). Questão errada.

Dando continuidade à análise do art. 12, que tal verificarmos as condições para a aquisição secundária
(derivada) da nacionalidade?

Art. 12. São brasileiros:

(...)

II - naturalizados:

a) os que, na forma da lei, adquiram a nacionalidade brasileira, exigidas aos originários de


países de língua portuguesa apenas residência por um ano ininterrupto e idoneidade
moral;

b) os estrangeiros de qualquer nacionalidade, residentes na República Federativa do Brasil


há mais de quinze anos ininterruptos e sem condenação penal, desde que requeiram a
nacionalidade brasileira.

Observe que, no Brasil, a aquisição de nacionalidade derivada somente se dará por manifestação do
interessado (ou seja, será sempre expressa), mediante naturalização.

Na alínea “a”, temos a hipótese de naturalização ordinária, concedida aos estrangeiros que cumpram os
requisitos descritos em lei (Lei da Migração). No caso de estrangeiros originários de países de língua
portuguesa, o processo de naturalização é facilitado, sendo apenas exigidos dois requisitos:

a) residência no Brasil por um ano ininterrupto;

b) idoneidade moral.

Cabe destacar, entretanto, que o mero cumprimento dos requisitos não assegura ao estrangeiro a concessão
da nacionalidade brasileira. A concessão da naturalização ordinária é ato discricionário do Chefe do Poder
Executivo, ou seja, depende de uma análise quanto à conveniência e à oportunidade por parte deste.

Na alínea “b”, está prevista a naturalização extraordinária, que depende do cumprimento de 3 (três)
requisitos:

a) Residência ininterrupta no Brasil por mais de quinze anos;

b) Ausência de condenação penal;

c) Requerimento do interessado.

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Ao contrário do que ocorre na naturalização ordinária, cumpridos esses três requisitos, o interessado tem
direito subjetivo à nacionalidade brasileira. Portanto, esta não pode ser negada pelo Chefe do Executivo;
trata-se de ato vinculado do Presidente da República.

O STF já referendou esse entendimento. No caso levado à apreciação da Corte, uma estrangeira que residia
há mais de 15 anos ininterruptos no Brasil e sem condenação penal foi aprovada em concurso público. Obtida
a aprovação, apresentou requerimento da sua naturalização extraordinária. Na data da posse, todavia, a sua
nacionalidade ainda não tinha sido reconhecida pelo Estado brasileiro. Diante dessa situação, seria nula a
posse no cargo público?

Segundo o STF, o reconhecimento da naturalização extraordinária pelo Poder Executivo gera efeitos
declaratórios (e não constitutivos), retroagindo à data de apresentação do requerimento. Assim, o
requerimento da naturalização extraordinária seria suficiente para viabilizar a posse no cargo público. 3

Por último, é importante destacar entendimento do STF no sentido de que não se revela possível, em nosso
==cce50==

sistema jurídico-constitucional, a aquisição da nacionalidade brasileira jure matrimonii, vale dizer, como
efeito direto e imediato resultante do casamento civil” 4. Isso porque tal hipótese não foi contemplada pela
Constituição.

Esquematizando:

Os nascidos na República Federativa do Brasil, ainda que de pais estrangeiros, desde


que estes não estejam a serviço de seu país (critério “jus soli”)
Os nascidos no estrangeiro, de pai brasileiro ou mãe brasileira, desde que qualquer
Brasileiros deles esteja a serviço da República Federativa do Brasil (critério “jus sanguinis”)
natos Os nascidos no estrangeiro de pai brasileiro ou de mãe brasileira, desde que sejam
registrados em repartição brasileira competente ou venham a residir na República
Federativa do Brasil e optem, em qualquer tempo, depois de atingida a maioridade,
pela nacionalidade brasileira (nacionalidade potestativa)
Os que, na forma da lei, adquiram a nacionalidade brasileira, exigidas aos originários
de países de língua portuguesa apenas residência por um ano ininterrupto e idoneidade
moral (naturalização ordinária – concessão é ato discricionário do Presidente da
Brasileiros
República)
naturalizados
Os estrangeiros de qualquer nacionalidade, residentes na República Federativa do
Brasil há mais de quinze anos ininterruptos e sem condenação penal, desde que
requeiram a nacionalidade brasileira (naturalização extraordinária – concessão é
direito subjetivo do interessado)

3
RE 264.848-5 / TO. Rel. Min. Carlos Ayres Britto. Julgamento em 29.06.2005.
4 Ext 1.121, Rel. Min. Celso de Mello, julgamento em 18-12-2009, Plenário, DJE de 25-6-2010.

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(MPT – 2015) A naturalização extraordinária apresenta como requisitos: residência no Brasil há quinze anos
ininterruptos, ausência de condenação penal, requerimento do interessado e idoneidade moral.
Comentários:
A idoneidade moral não é requisito para a naturalização extraordinária. Questão errada.
(SEFAZ-PE – 2014) A naturalização extraordinária, que beneficia qualquer estrangeiro que resida no Brasil há
mais de quinze anos ininterruptos e sem condenação penal, depende de requerimento, cuja resposta, em
caso positivo, tem efeitos constitutivos.
Comentários:
O reconhecimento da naturalização extraordinária gera efeitos declaratórios (e não constitutivos). Questão
errada.

3 – Portugueses Residentes no Brasil

Art. 12.

(...)

§ 1º Aos portugueses com residência permanente no País, se houver reciprocidade em


favor de brasileiros, serão atribuídos os direitos inerentes ao brasileiro, salvo os casos
previstos nesta Constituição.

A Constituição Federal de 1988 estabelece condições favoráveis para os portugueses, que receberão
tratamento igual ao de um brasileiro naturalizado. Segundo a doutrina, trata-se de uma situação de “quase-
nacionalidade”.

Para que possam receber esse tratamento, todavia, é necessário o cumprimento de dois requisitos:

a) os portugueses deverão ter residência permanente no Brasil;

b) deverá haver reciprocidade de tratamento em favor dos brasileiros, ou seja, Portugal deverá
conferir os mesmos direitos aos brasileiros que lá residam.

Veja que não há atribuição de nacionalidade aos portugueses nem aos brasileiros que residam em Portugal.
O português vivendo com ânimo permanente no Brasil continua português; o brasileiro vivendo em Portugal
continua brasileiro. O que existe é tão somente concessão de direitos inerentes aos nacionais do Estado.
Dessa forma, não é necessário que um português se naturalize brasileiro para que possa gozar dos mesmos
direitos que um brasileiro naturalizado, pois, sem fazê-lo, já deles pode usufruir.

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4 – Condição Jurídica do Nacionalizado

Segundo o art. 12, § 2º, CF/88, “a lei não poderá estabelecer distinção entre brasileiros natos e naturalizados,
salvo nos casos previstos nesta Constituição.” Em outras palavras, os brasileiros natos e os brasileiros
naturalizados devem ser tratados com isonomia. Somente poderá haver discriminação entre um e outro nos
casos previstos na própria Constituição. Leis que discriminem entre brasileiros natos e naturalizados são
flagrantemente inconstitucionais.

Uma das principais distinções entre brasileiros natos e naturalizados diz respeito à ocupação de alguns
cargos, conforme previsto no art. 12, § 3º, CF/88:

Art. 12.

(...)

§ 3º São privativos de brasileiro nato os cargos:

I - de Presidente e Vice-Presidente da República;

II - de Presidente da Câmara dos Deputados;

III - de Presidente do Senado Federal;

IV - de Ministro do Supremo Tribunal Federal;

V - da carreira diplomática;

VI - de oficial das Forças Armadas;

VII - de Ministro de Estado da Defesa.

Os cargos acima fazem parte de uma lista taxativa, caro (a) aluno (a)! Quem não está na lista não precisa ser
brasileiro nato para assumir o cargo.

Como decorar a lista? Achando a lógica dela! Vamos à explicação...

O legislador constituinte buscou assegurar que o Presidente da República fosse brasileiro nato para garantir
a soberania nacional, ou seja, para garantir que o Chefe do Executivo não usaria o cargo para servir a
interesses de outros Estados. Para isso, também só permitiu a brasileiros natos o acesso a cargos que podem
suceder o Presidente: Vice-Presidente da República, Presidente da Câmara dos Deputados, Presidente do
Senado Federal e Ministros do Supremo Tribunal Federal.

Também em nome da defesa da soberania nacional, nosso constituinte restringiu o acesso à carreira
diplomática. Isso porque o diplomata representa o Brasil em outros Estados, e poderia mais facilmente
sucumbir aos interesses destes se fosse naturalizado. Seria difícil para um argentino naturalizado brasileiro
celebrar um tratado que favorecesse o Brasil em detrimento da Argentina, por exemplo.

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A explicação para o acesso somente de brasileiros natos aos dois últimos cargos é ainda mais óbvia! Somente
o brasileiro nato pode ser oficial das Forças Armadas ou Ministro do Estado da Defesa. Isso para diminuir o
risco de os ocupantes desses cargos favorecerem qualquer outra nação em caso de guerra. Imagine as Forças
Armadas pedirem a um naturalizado que bombardeie a terra em que nasceu! Dificilmente a ordem seria
acatada, não é mesmo? E o Ministro da Defesa? Como planejaria usar as Forças Armadas brasileiras contra
seus próprios conterrâneos? Seu julgamento certamente ficaria comprometido, com graves danos à
segurança do Brasil...

As bancas examinadoras adoram fazer pegadinhas sobre esse tema. Vejamos, abaixo,
alguns detalhes sobre os quais vocês devem ficar bastante atentos:

1) O Senador ou Deputado Federal não precisa ser brasileiro nato. Apenas devem ser
brasileiros natos o Presidente da Câmara dos Deputados e o Presidente do Senado Federal.

2) O único Ministro de Estado que deve ser brasileiro nato é o Ministro da Defesa. Os
outros Ministros podem ser brasileiros naturalizados. Como exemplo, o primeiro Ministro
da Educação do Governo do Presidente Jair Bolsonaro foi um colombiano naturalizado
brasileiro (Ricardo Vélez Rodríguez).

3) Os portugueses equiparados não podem ocupar cargos privativos de brasileiro nato. Isso
porque eles recebem o tratamento de brasileiro naturalizado.

Há, ainda, outras distinções constitucionais entre brasileiros natos e brasileiros naturalizados:

a) O art.89, inciso VII, da CF/88 estabelece que 6 (seis) vagas do Conselho de República, órgão
superior de consulta do Presidente da República, foram reservadas para brasileiros natos.

b) O art. 5º, inciso LI, da CF/88 estabelece que os brasileiros natos não serão, em hipótese alguma,
extraditados. Já os brasileiros naturalizados poderão ser extraditados em caso de crime comum
cometido antes da naturalização ou de comprovado envolvimento com tráfico ilícito de
entorpecentes e drogas afins, na forma da lei.

c) O art. 222 da CF/88 estabelece restrições ao direito de propriedade de empresas jornalísticas e de


radiodifusão sonora e de sons e imagens. Só poderão ser proprietários desse tipo de empresa
brasileiros natos ou os naturalizados há mais de 10 anos. Se essa empresa for uma sociedade, pelo
menos 70% do capital total e votante deverá pertencer a brasileiros natos ou naturalizados há mais
de 10 anos. Um brasileiro naturalizado há menos de 10 anos também não poderá participar da gestão
desse tipo de empresa.

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(TJ-MG – 2015) São privativos de brasileiros natos os cargos de Presidente, Vice-Presidente da República;
Presidente da Câmara dos Deputados; Presidente do Senado Federal; Ministros dos Tribunais Superiores;
Diplomatas de carreira; Oficial das Forças Armadas e Ministro de Estado da Defesa.
Comentários:
Pegadinha! Os cargos de Ministros dos Tribunais Superiores não são privativos de brasileiro nato. Apenas os
Ministros do STF é que devem ser brasileiros natos. Questão errada.

5 – Perda da Nacionalidade

A perda da nacionalidade é a extinção do vínculo patrial que liga o indivíduo ao Estado. No Brasil, a perda
da nacionalidade ocorrerá nos termos do art. 12, § 4º, CF/88:

Art. 12.

(...)

§4º - Será declarada a perda da nacionalidade do brasileiro que:

I - tiver cancelada sua naturalização, por sentença judicial, em virtude de atividade nociva
ao interesse nacional;

II - adquirir outra nacionalidade, salvo nos casos:

a) de reconhecimento de nacionalidade originária pela lei estrangeira;

b) de imposição de naturalização, pela norma estrangeira, ao brasileiro residente em


estado estrangeiro, como condição para permanência em seu território ou para o exercício
de direitos civis;

Conforme é possível depreender a partir da análise do dispositivo supracitado, há duas hipóteses de perda
da nacionalidade:

a) Cancelamento de naturalização (art.12, §4º, I): O cancelamento de naturalização será


determinado por sentença judicial, em virtude de atividade nociva ao interesse nacional. Uma vez
que tenha transitado em julgado essa ação, o indivíduo somente poderá readquirir a nacionalidade
brasileira mediante uma ação rescisória, não sendo possível uma nova naturalização. Destaque-se
que, como não poderia deixar de ser, essa primeira hipótese de perda de nacionalidade somente se
aplica a brasileiros naturalizados.

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b) Aquisição de outra nacionalidade (art.12, §4º, II): Essa segunda hipótese de perda de
nacionalidade se aplica tanto a brasileiros natos quanto a brasileiros naturalizados. É o que a doutrina
denomina de perda-mudança ou de perda da nacionalidade por naturalização voluntária. Destaque-
se que a reaquisição de nacionalidade brasileira no caso de perda por naturalização voluntária será
feita mediante decreto do Presidente da República, se o indivíduo estiver domiciliado no Brasil.

Perderá a nacionalidade brasileira aquele que adquirir voluntariamente outra nacionalidade, salvo nos
seguintes casos:

- Reconhecimento de nacionalidade originária pela lei estrangeira. Suponha, por exemplo, que Giani
Canavarro (brasileiro nato) seja filho de pai italiano e, portanto, tenha direito, pela lei italiana, a ser
também italiano nato. Veja que, nesse caso, a lei estrangeira está reconhecendo nacionalidade
originária a Giani (afinal, ele será italiano nato). Portanto, ao adquirir a nacionalidade italiana, Giani
não perderá a nacionalidade brasileira. Ele ficará com uma dupla nacionalidade (polipatria)

- Imposição de naturalização, pela norma estrangeira, ao brasileiro residente em estado estrangeiro,


como condição para permanência em seu território ou para o exercício de direitos civis. Suponha que
a lei de um país “X” determine que o indivíduo somente poderá se casar com uma nacional daquele
país caso obtenha sua naturalização. Perceba que a naturalização está sendo imposta como uma
condição para o exercício de um direito civil (o casamento). Logo, esse indivíduo, ao adquirir a
nacionalidade estrangeira, não perderá a nacionalidade brasileira. Também nesse caso, o indivíduo
ficará com dupla nacionalidade.

No MS 33.864/DF, o STF apreciou um caso bem interessante. Uma brasileira nata havia se
naturalizado norte-americana, o que resultou na perda da nacionalidade brasileira
mediante Portaria do Ministério da Justiça.

Os EUA pleitearam a extradição dessa mulher. Ela, então, ingressou com mandado de
segurança pedindo a revogação da Portaria do Ministério da Justiça. Argumentou que a
obtenção da nacionalidade norte-americana tinha como objetivo o pleno gozo de direitos
civis, inclusive o de moradia.

O STF denegou o mandado de segurança, reconhecendo a possibilidade de extradição.


Ficou consignado que, no caso, a aquisição da nacionalidade norte-americana havia
ocorrido por livre e espontânea vontade, uma vez que ela já tinha o green card, o que lhe
assegurava o direito de moradia e trabalho legal nos EUA.

Com esse entendimento do STF, pode-se afirmar que é possível a extradição daquele que
perdeu a condição de brasileiro nato pela aquisição de outra nacionalidade.

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(MPT – 2015) Será declarada a perda da nacionalidade do brasileiro que adquirir outra nacionalidade, salvo
no caso de imposição, pela norma estrangeira, ao brasileiro residente em Estado estrangeiro, como condição
para permanência em seu território ou para o fim de exercício de direitos civis.
O brasileiro que adquirir outra nacionalidade perderá a nacionalidade. Isso não se aplica no caso de
imposição de naturalização, pela norma estrangeira, ao brasileiro residente em estado estrangeiro, como
condição para permanência em seu território ou para o exercício de direitos civis. Questão correta.
(PC-DF – 2015) Suponha-se que Carlos, brasileiro nato, resida há muitos anos no estrangeiro e precise
adquirir a nacionalidade estrangeira como condição de permanência naquele território. Nesse caso, se ele
obtiver a referida nacionalidade, perderá a nacionalidade brasileira.
Comentários:
Na situação apresentada, Carlos não perderá a nacionalidade brasileira. Segundo o art. 12, §4º, II, “b”, não
haverá perda da nacionalidade no caso de imposição de naturalização, pela norma estrangeira, ao brasileiro
residente em estado estrangeiro, como condição para permanência em seu território ou para o exercício de
direitos civis. Questão errada.

6 – Língua e Símbolos Oficiais

Só para cobrirmos qualquer surpresa na prova, peço que leia o art. 13, transcrito a seguir, que somente
poderá ser pedido em sua literalidade.

Art. 13. A língua portuguesa é o idioma oficial da República Federativa do Brasil.

§ 1º - São símbolos da República Federativa do Brasil a bandeira, o hino, as armas e o selo


nacionais.

§ 2º - Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão ter símbolos próprios.

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QUESTÕES COMENTADAS

Nacionalidade

1. (FCC/ TRF 3ª Região -2019) Considere as seguintes situações:

I. Paula, brasileira, estava na Irlanda a serviço do Brasil, quando nasceu seu filho Bernardo.

II. Mercedes, chilena, veio ao Brasil para desfrutar suas férias, quando nasceu sua filha Angelita.

III. Manuela, brasileira, apenas estudava inglês na Austrália, quando nasceu seu filho Anthony, o qual
não foi registrado em repartição brasileira competente.

Nos termos da Constituição Federal de 1988, Bernardo


a) é brasileiro nato, pois nasceu no estrangeiro quando sua mãe, brasileira, estava a serviço do Brasil;
Angelita é brasileira nata, desde que venha a residir no Brasil e opte, em qualquer tempo, depois de atingida
a maioridade, pela nacionalidade brasileira, pois sua mãe é estrangeira; Anthony poderá adquirir a
nacionalidade brasileira apenas por meio da naturalização, pois, apesar de ser filho de mãe brasileira, nasceu
no estrangeiro e não foi registrado em repartição brasileira competente.
b) é brasileiro nato, pois nasceu no estrangeiro quando sua mãe, brasileira, estava a serviço do Brasil;
Angelita não é brasileira nata, mesmo que nascida em território nacional brasileiro, pois sua mãe é chilena e
não estava no país a serviço do Brasil; Anthony não poderá́ ser considerado brasileiro nato, ainda que sua
mãe seja brasileira, pois nasceu no estrangeiro e não foi registrado em repartição brasileira competente.
c) não é brasileiro nato, ainda que filho de mãe brasileira, pois nasceu no estrangeiro; Angelita é brasileira
nata, pois nasceu no Brasil, e sua mãe, estrangeira, não estava a serviço de seu país; Anthony não poderá ser
considerado brasileiro nato, ainda que sua mãe seja brasileira, pois nasceu no estrangeiro e não foi registrado
em repartição brasileira competente.
d) e Anthony são brasileiros natos, mesmo que nascidos em território estrangeiro, pois são filhos de mãe
brasileira; Angelita não é brasileira nata, mesmo que nascida em território nacional brasileiro, pois sua mãe
é chilena e não estava no país a serviço do Brasil.
e) é brasileiro nato, pois nasceu no estrangeiro quando sua mãe, brasileira, estava a serviço do Brasil;
Angelita é brasileira nata, pois nasceu no Brasil, e sua mãe, estrangeira, não estava a serviço de seu país;
Anthony é brasileiro nato, desde que venha a residir no Brasil e opte, em qualquer tempo, depois de atingida
a maioridade, pela nacionalidade brasileira.

Comentários:

A questão cobra o conhecimento das hipóteses em que o brasileiro tem nacionalidade originária, todas elas
descritas no art. 12, I, da Carta Magna.

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Analisando-se a primeira assertiva, conclui-se que Bernardo é brasileiro nato, uma vez que nasceu no
estrangeiro, mas sua mãe estava a serviço do Brasil. Nos termos do art. 12 da Carta Magna, são brasileiros:

Art. 12, I – São brasileiros natos: (…)

b) os nascidos no estrangeiro, de pai brasileiro ou mãe brasileira, desde que qualquer deles esteja
a serviço da República Federativa do Brasil (…).

A partir da leitura da segunda assertiva, depreende-se que Angelita é brasileira nata, pois nasceu no Brasil
e, mesmo sendo filha de uma chilena, sua mãe não estava a serviço do Chile. Estava aqui a turismo.

Art. 12, I, CF – São brasileiros natos: (…)

a) os nascidos na República Federativa do Brasil, ainda que de pais estrangeiros, desde que estes
não estejam a serviço de seu país (…).

b) os nascidos no estrangeiro, de pai brasileiro ou mãe brasileira, desde que qualquer deles esteja
a serviço da República Federativa do Brasil (…).

Por fim, a leitura da terceira assertiva nos faz concluir que Anthony poderá ser brasileiro nato, desde que
venha a residir no Brasil e opte, em qualquer tempo, depois de atingida a maioridade, pela nacionalidade
brasileira. Nesse sentido, a Constituição Federal prevê que:

Art. 12, I, CF – São brasileiros natos: (…)

c) os nascidos no estrangeiro de pai brasileiro ou de mãe brasileira, desde que sejam registrados em
repartição brasileira competente ou venham a residir na República Federativa do Brasil e optem,
em qualquer tempo, depois de atingida a maioridade, pela nacionalidade brasileira (…).

O gabarito é a letra E.

2. (FCC / TRF 4ª Região – 2019) Considere que determinada mulher, filha de mãe brasileira e pai
estrangeiro, nascida em país cuja lei lhe reconhece nacionalidade originária e durante período em que sua
mãe lá estava a serviço da República Federativa do Brasil, venha a residir no Brasil, depois de atingida a
maioridade. Nessa hipótese, referida mulher
a) é considerada brasileira nata, não podendo vir a ser extraditada, quaisquer que sejam as circunstâncias e
a natureza do delito pelo qual o requeira Estado estrangeiro.
b) não faz jus à nacionalidade originária brasileira, embora possa vir a ser naturalizada, após residir por
quinze anos ininterruptos no Brasil e desde que não sofra condenação penal.
c) será considerada brasileira naturalizada, podendo vir a ser autorizada sua extradição, mediante processo
de competência originária do Supremo Tribunal Federal, em caso de comprovado envolvimento em tráfico
ilícito de entorpecentes.
d) é considerada estrangeira, condição em virtude da qual não será concedida sua extradição apenas por
crime político ou de opinião.

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e) será considerada brasileira nata, desde que opte pela nacionalidade brasileira, mediante processo de
competência da Justiça Federal.

Comentários:

Na situação descrita no enunciado, a mulher é brasileira nata, pois nasceu no estrangeiro durante período
em que sua mãe brasileira estava a serviço da República Federativa do Brasil (art. 12, I, “b”, CF). Como o
país em que nasceu reconhece sua nacionalidade originária, não perdeu sua condição de brasileira nata
(art. 12, § 4º, II, “a”, CF), ficando com dupla nacionalidade.

Por ser brasileira nata, ela não pode ser extraditada, nos termos do art. 5º, LI, da Carta Magna, segundo o
qual “nenhum brasileiro será extraditado, salvo o naturalizado, em caso de crime comum, praticado antes
da naturalização, ou de comprovado envolvimento em tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, na
forma da lei”.

O gabarito é a letra A.

3. (FCC / TRF 4ª Região – 2019) Alejandro é brasileiro naturalizado e está sendo acusado judicialmente
de exercer atividade nociva ao interesse nacional; Cláudia é brasileira nata e teve uma outra nacionalidade
originária assim reconhecida pela lei estrangeira; Marcos é brasileiro nato residente em Estado
estrangeiro, tendo se naturalizado naquele país como condição para sua permanência no território. Com
fundamento na Constituição Federal, sentença judicial poderá declarar a perda da nacionalidade a
a) Alejandro e Cláudia, apenas.
b) Alejandro, Cláudia e Marcos.
c) Cláudia e Marcos, apenas.
d) Alejandro, apenas.
e) Alejandro e Marcos, apenas.

Comentários:

O art. 12, § 4º, da Carta Magna, dispõe que será declarada a perda da nacionalidade do brasileiro que:

I - tiver cancelada sua naturalização, por sentença judicial, em virtude de atividade nociva ao
interesse nacional;

II - adquirir outra nacionalidade, salvo nos casos:

a) de reconhecimento de nacionalidade originária pela lei estrangeira;

b) de imposição de naturalização, pela norma estrangeira, ao brasileiro residente em estado


estrangeiro, como condição para permanência em seu território ou para o exercício de direitos civis.

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Alejandro perderá sua nacionalidade com base no disposto no inciso I do art. 12, § 4º, da CF/88; Cláudia
manterá sua condição de nacional, devido à exceção prevista no inciso II, “a”; por fim, Marcos também
manterá sua nacionalidade, devido à previsão do art. II, “b”. O gabarito é a letra D.

4. (FCC / SEAD-AP – 2018) Claudilson Aparecido, habilidoso goleiro nascido em Goiânia e revelado no
futebol paulista, firmou contrato milionário com time destacado do Leste Europeu. Contudo, para
permanecer no país de seu novo clube, terá de se naturalizar cidadão do país em questão. Nessa hipótese,
segundo a Constituição Federal de 1988, Claudilson
a) torna-se inalistável e inelegível.
b) terá declarada a perda de sua nacionalidade brasileira.
c) terá sua nacionalidade brasileira suspensa, enquanto perdurar a condição imposta pelo país estrangeiro.
d) não perderá a nacionalidade brasileira, mesmo que haja a prática de atividade nociva ao interesse
nacional.
e) não perderá a nacionalidade brasileira, tendo em vista a imposição da naturalização como condição de
permanência no país de seu novo clube.

Comentários:

O país do Leste Europeu no qual Claudilson reside exigiu sua naturalização como condição para que pudesse
nele permanecer. Nesse caso, excepcionalmente, a Carta Magna prevê que, mesmo adquirindo outra
nacionalidade, o brasileiro não perderá a nacionalidade brasileira, nos termos do art. 12, § 4º, II, “b”, da
CF/88, que reproduzimos a seguir:

Art. 12, § 4º - Será declarada a perda da nacionalidade do brasileiro que: (...)

II - adquirir outra nacionalidade, salvo nos casos: (...)

b) de imposição de naturalização, pela norma estrangeira, ao brasileiro residente em Estado


estrangeiro, como condição para permanência em seu território ou para o exercício de direitos civis.

O gabarito é a letra E.

5. (FCC / TRT 15ª Região – 2018) Consideradas as formas de aquisição da nacionalidade previstas na
Constituição Federal, são brasileiros
a) naturalizados os estrangeiros de qualquer nacionalidade, residentes na República Federativa do Brasil há
mais de dez anos ininterruptos e sem condenação penal, desde que requeiram a nacionalidade brasileira.
b) natos os nascidos na República Federativa do Brasil, ainda que de pais estrangeiros, desde que estes
estejam a serviço de seu país.
c) naturalizados os nascidos no estrangeiro, de pai brasileiro e mãe brasileira, desde que qualquer deles
esteja a serviço da República Federativa do Brasil.
d) natos os nascidos no estrangeiro de pai brasileiro ou mãe brasileira, desde que sejam registrados em
repartição brasileira competente.

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e) naturalizados os que, na forma da lei, adquiram a nacionalidade brasileira, exigida dos originários de países
de língua portuguesa apenas residência por cinco anos ininterruptos e idoneidade moral.

Comentários:

Letra A: errada. São brasileiros naturalizados os estrangeiros de qualquer nacionalidade, residentes na


República Federativa do Brasil há mais de quinze anos ininterruptos e sem condenação penal, desde que
requeiram a nacionalidade brasileira (art. 12, II, “b”, CF).

Letra B: errada. São brasileiros natos os nascidos na República Federativa do Brasil, ainda que de pais
estrangeiros, desde que estes não estejam a serviço de seu país (art. 12, I, “a”, CF).

Letra C: errada. São brasileiros natos os nascidos no estrangeiro, de pai brasileiro e mãe brasileira, desde
que qualquer deles esteja a serviço da República Federativa do Brasil (art. 12, I, “b”, CF).

Letra D: correta. O art. 12, I, “c”, da Carta Magna, dispõe que são brasileiros natos os nascidos no estrangeiro
de pai brasileiro ou de mãe brasileira, desde que sejam registrados em repartição brasileira competente ou
venham a residir na República Federativa do Brasil e optem, em qualquer tempo, depois de atingida a
maioridade, pela nacionalidade brasileira.

Letra E: errada. São brasileiros naturalizados os que, na forma da lei, adquiram a nacionalidade brasileira,
exigida dos originários de países de língua portuguesa apenas residência por um ano ininterrupto e
idoneidade moral (art. 12, II, “a”, CF).

O gabarito é a letra D.

6. (FCC / TRT-MS – 2017) Cravo Carvalho, 50 anos de idade, é brasileiro naturalizado, brilhante
advogado com seis livros publicados e mais de quinze anos de efetiva atividade profissional, com notável
saber jurídico e reputação ilibada. De acordo com a Constituição Federal, Cravo Carvalho poderá ocupar
cargo de
a) Ministro de Estado da Defesa.
b) Oficial das Forças Armadas.
c) Ministro do Supremo Tribunal Federal.
d) Ministro do Superior Tribunal de Justiça.
e) Presidente do Senado Federal.

Comentários:

São cargos privativos de brasileiro nato: i) Presidente da República; ii) Vice-Presidente da República; iii)
Presidente da Câmara dos Deputados; iv) Presidente do Senado Federal; v) Ministro do STF; vi) Ministro da
Defesa; vii) oficial das Forças Armadas e; viii) membro da carreira diplomática.

Assim, Cravo Carvalho poderá ocupar o cargo de Ministro do STJ. Os demais cargos são privativos de
brasileiro nato. O gabarito é a letra D.

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7. (FCC / TRE-SP – 2017) Nos termos da Constituição Federal, o filho de pai brasileiro e mãe
estrangeira, nascido no exterior, será
a) estrangeiro, em qualquer hipótese.
b) brasileiro naturalizado, desde que resida no Brasil por dez anos ininterruptos, sem condenação penal, e
requeira a nacionalidade brasileira.
c) brasileiro nato, se, quando de seu nascimento, o pai estiver a serviço da República Federativa do Brasil.
d) brasileiro nato, desde que, quando de seu nascimento, a mãe não esteja a serviço de seu país de origem.
e) brasileiro naturalizado, desde que registrado em repartição brasileira competente ou venha a residir no
Brasil e opte, a qualquer tempo, depois de atingida a maioridade, pela nacionalidade brasileira.

Comentários:

A Carta Magna prevê, em seu art. 12, I, “b”, que são brasileiros natos os nascidos no estrangeiro, de pai
brasileiro ou mãe brasileira, desde que qualquer deles esteja a serviço da República Federativa do Brasil. O
gabarito é a letra C.

8. (FCC / TRT 11ª Região – 2017) Considere as situações abaixo.


I. Airton é brasileiro e sua esposa Carmela é italiana. Bernardo, filho do casal, nasceu em Londres, enquanto
seu pai lá estava a serviço da República Federativa do Brasil.
II. Benjamin nasceu no Brasil enquanto seus pais, que são alemães, aqui estavam a serviço da Alemanha.
III. João, filho de Maria, brasileira, nasceu nos Estados Unidos e foi registrado na repartição brasileira
competente.
São brasileiros natos:
a) João, apenas.
b) Bernardo, Benjamin e João.
c) Bernardo e João, apenas.
d) Bernardo e Benjamin, apenas.
e) Benjamin e João, apenas.

Comentários:

Item I: Bernardo nasceu no exterior, sendo filho de brasileiro que lá estava a serviço da República Federativa
do Brasil. Logo, é brasileiro nato, com base no art. 12, I, “b”, da CF/88.

Item II: Benjamin é alemão, pois seus pais estavam no Brasil a serviço da Alemanha. A Carta Magna somente
garante nacionalidade brasileira aos nascidos na República Federativa do Brasil, de pais estrangeiros, quando
estes não estão a serviço de seu país (art. 12, I, “a”, CF).

Item III: João é brasileiro nato, pois, apesar de ter nascido no exterior, é filho de brasileira e foi registrado
na repartição brasileira competente (art. 12, I, “c”, CF).

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O gabarito é a letra C.

9. (FCC / TRT 11ª Região – 2017) Caio, brasileiro nato, é jogador de futebol profissional e foi contratado
para jogar por um grande clube estrangeiro, cuja legislação o país impõe a naturalização de Caio como
condição para a permanência em seu território, e, como queria continuar jogando nesse time, procedeu à
naturalização. Caio
a) perderá a nacionalidade brasileira enquanto permanecer em território estrangeiro, podendo readquiri-la
assim que retornar ao Brasil.
b) perderá a nacionalidade brasileira, tendo em vista que adquiriu outra nacionalidade.
c) tornar-se-á brasileiro naturalizado automaticamente, em razão de ter adquirido outra nacionalidade.
d) não perderá a nacionalidade brasileira apenas se comprovar que mantém vínculos com o Brasil, visitando-
o periodicamente.
e) não perderá a nacionalidade brasileira.

Comentários:

A Constituição Federal, em seu art. 12, § 4º, prevê que será declarada a perda da nacionalidade do brasileiro
que adquirir outra nacionalidade, salvo nos casos: i) de reconhecimento de nacionalidade originária pela lei
estrangeira; ii) de imposição de naturalização, pela norma estrangeira, ao brasileiro residente em estado
estrangeiro, como condição para permanência em seu território ou para o exercício de direitos civis.

Caio se enquadra na última ressalva e, por isso, não perderá a nacionalidade brasileira. O gabarito é a letra
E.

10. (FCC / SEFAZ-MA – 2016) A nacionalidade brasileira


a) é incompatível com a nacionalidade originária reconhecida por Estado estrangeiro.
b) é incompatível com a nacionalidade derivada outorgada por Estado estrangeiro que a exija para fins de
exercício de direitos civis.
c) é compatível com a nacionalidade derivada outorgada por Estado estrangeiro como condição para
permanência do brasileiro em seu território.
d) nata é condição para a investidura nos cargos de Presidente da República, de Vice-Presidente da
República, de Presidente da Câmara dos Deputados, de Presidente do Senado Federal, de Ministro do
Supremo Tribunal Federal, de Ministro da Defesa, da carreira diplomática e do oficialato das forças armadas
e das polícias militares.
e) derivada deverá ser reconhecida aos estrangeiros residentes no Brasil há mais de quinze anos
ininterruptos e sem condenações judiciais, desde que a requeiram.

Comentários:

Letra A: errada. Como regra geral, a aquisição de nacionalidade estrangeira resulta na perda da nacionalidade
brasileira. Isso não se aplica, entretanto, se houver reconhecimento da nacionalidade originária pela lei

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estrangeira. Assim, a nacionalidade originária reconhecida por Estado estrangeira é compatível com a
nacionalidade brasileira.

Letra B: errada. Não perderá a nacionalidade brasileira aquele que adquirir a nacionalidade derivada de
outro Estado para que possa exercer direitos civis. Assim, a nacionalidade brasileira é compatível com a
nacionalidade derivada outorgada por Estado estrangeiro que a exija para fins de exercício de direitos civis.

Letra C: correta. Não perderá a nacionalidade brasileira aquele que adquirir a nacionalidade derivada de
outro Estado como condição para a permanência em seu território. Assim, a nacionalidade brasileira é
compatível com a nacionalidade derivada outorgada por Estado estrangeiro que a exija

Letra D: errada. Os cargos das polícias militares não são privativos de brasileiro nato.

Letra E: errada. A nacionalidade derivada deverá ser reconhecida aos estrangeiros residentes no Brasil há
mais de 15 anos ininterruptos e ausência de condenação penal.

O gabarito é a letra C.

11. (FCC / TRT 20ª Região – 2016) Considere as seguintes situações hipotéticas: Nádia é Ministra do
Tribunal Superior do Trabalho; Linda é Presidente da Câmara dos Deputados; Giseli é Ministra do Supremo
Tribunal Federal e Rafael é Ministro do Trabalho e Emprego. Segundo as normas preconizadas pela
Constituição Federal de 1988, são cargos privativos de brasileiros natos os ocupados APENAS por
a) Nádia e Linda.
b) Nádia, Linda e Giseli.
c) Linda e Giseli.
d) Giseli e Rafael.
e) Nádia, Giseli e Rafael.

Comentários:

São privativos de brasileiro nato os seguintes cargos: i) de Presidente e Vice-Presidente da República; ii) de
Presidente da Câmara dos Deputados (ocupado por Linda); iii) de Presidente do Senado Federal; iv) de
Ministro do Supremo Tribunal Federal (ocupado por Giseli); v) da carreira diplomática; vi) de oficial das
Forças Armadas e; vii) de Ministro de Estado da Defesa.

O gabarito é a letra C.

12. (FCC / TRT 14ª Região – 2016) As irmãs Catarina e Gabriela são brasileiras naturalizadas. Ambas
possuem carreira jurídica brilhante, destacando-se profissionalmente. Catarina almeja ocupar o cargo de
Ministra do Supremo Tribunal Federal e Gabriela almeja ocupar o cargo de Ministra do Tribunal Superior
do Trabalho. Neste caso, com relação ao requisito nacionalidade,
a) nenhuma das irmãs poderá alcançar o cargo almejado.

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b) ambas as irmãs poderão alcançar o cargo almejado, independentemente de qualquer outra exigência
legal.
c) apenas Gabriela poderá alcançar o cargo almejado.
d) apenas Catarina poderá alcançar o cargo almejado.
e) ambas as irmãs só poderão alcançar o cargo almejado se tiverem mais de quinze anos de naturalização.

Comentários:

O cargo de Ministro do Supremo Tribunal Federal é privativo de brasileiro nato, por isso não poderá ser
ocupado por Catarina (art. 12, § 3º, IV, CF). Não há tal exigência para o cargo de Ministro do TST, que poderá
ser ocupado por Gabriela.

O gabarito é a letra C.

13. (FCC / TRT 23ª Região – 2016) Sobre as questões envolvendo a nacionalidade brasileira, de acordo
com a Constituição Federal de 1988:
a) A Constituição Federal veda a ocupação de cargos públicos por estrangeiros.
b) Para aquisição da nacionalidade brasileira, são exigidas aos cidadãos originários de países de língua
portuguesa apenas residência por um ano ininterrupto e idoneidade moral.
c) Para aquisição da nacionalidade brasileira, os estrangeiros de qualquer nacionalidade devem requerê-la e
demonstrar que residem na República Federativa do Brasil há mais de cinco anos ininterruptos e que não
possuem condenação penal, salvo os cidadãos originários de países de língua portuguesa.
d) São brasileiros natos os nascidos na República Federativa do Brasil, ainda que de pais estrangeiros, mesmo
que estes estejam a serviço de seu país.
e) Podem ser Ministros do Supremo Tribunal Federal os brasileiros natos e naturalizados.

Comentários:

Letra A: errada. Não há impedimento a que estrangeiro ocupe cargo público. Segundo o art. 37, I, CF/88, os
cargos, empregos e funções públicas são acessíveis aos brasileiros que preencham os requisitos
estabelecidos em lei, assim como aos estrangeiros, na forma da lei.

Letra B: correta. São brasileiros naturalizados os que, na forma da lei, adquiram a nacionalidade brasileira,
exigidas aos originários de países de língua portuguesa apenas residência por um ano ininterrupto e
idoneidade moral.

Letra C: errada. São brasileiros naturalizados os estrangeiros de qualquer nacionalidade, residentes na


República Federativa do Brasil há mais de 15 anos ininterruptos e sem condenação penal, desde que
requeiram a nacionalidade brasileiro.

Letra D: errada. São brasileiros natos os nascidos na República Federativa do Brasil, ainda que de pais
estrangeiros, desde que estes não estejam a serviço de seu país.

Letra E: errada. Somente brasileiros natos podem ser Ministros do Supremo Tribunal Federal.

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A letra B é o gabarito da questão.

14. (FCC / Procurador de São Luiz-MA – 2016) Ao nacional português com residência permanente no
Brasil NÃO será dado, em qualquer circunstância:
a) exercer função de magistério em Universidade pública.
b) candidatar-se a mandato de Deputado Federal ou Senador.
c) ter acesso a cargos públicos, mediante concurso público.
d) ocupar cargo de oficial das Forças Armadas.
e) ocupar cargo de Ministro de Estado.

Comentários:

Os portugueses equiparados têm o tratamento aplicável aos brasileiros naturalizado. Assim, não poderão
ocupar cargos privativos de brasileiro nato.

O cargo de oficial das Forças Armadas é privativo de brasileiro nato e, portanto, não poderá ser ocupado por
um “português equiparado”.

O gabarito é a letra D.

15. (FCC / PGE-MT – 2016) Juliana, brasileira nata, obteve a nacionalidade norte-americana, de forma
livre e espontânea. Posteriormente, Juliana fora acusada, nos Estados Unidos da América, da prática de
homicídio contra nacional daquele país, fugindo para o Brasil. Tendo ela sido indiciada em conformidade
com a legislação local, o governo norte-americano requereu às autoridades brasileiras sua prisão para fins
de extradição. Neste caso, à luz da Constituição Federal e da jurisprudência do Supremo Tribunal Federal,
Juliana,
a) poderá ser imediatamente extraditada, uma vez que a perda da nacionalidade brasileira neste caso é
automática.
b) não poderá ser extraditada, por continuar sendo brasileira nata, mesmo tendo adquirido nacionalidade
norte-americana.
c) poderá ter cassada a nacionalidade brasileira pela autoridade competente e ser extraditada para os
Estados Unidos para ser julgada pelo crime que lhe é imputado.
d) não poderá ser extraditada, pois, ao retornar ao território brasileiro, não poderá ter cassada sua
nacionalidade brasileira
e) não poderá ser extraditada se optar a qualquer momento pela nacionalidade brasileira em detrimento da
norte-americana.

Comentários:

A aquisição voluntária de outra nacionalidade é hipótese de perda da nacionalidade brasileira. Tal regra
apenas se excepciona diante de: i) reconhecimento de nacionalidade originária pela lei estrangeira ou; ii)

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imposição de naturalização pela lei estrangeira como requisito para a permanência no país ou para o
exercício de direitos civis.

Na situação apresentada, Juliana optou, de forma livre e espontânea, pela nacionalidade norte-americana.
Abre-se, aí, a possibilidade da perda de nacionalidade por Juliana. Todavia, essa perda de nacionalidade não
é automática, depende de regular processo administrativo conduzido pelo Ministério da Justiça.

Sabe-se que o brasileiro nato não pode ser extraditado. Admite-se a extradição do estrangeiro (por questões
óbvias!) e do brasileiro naturalizado, este último apenas em caso de crime comum praticado antes da
naturalização ou de comprovado envolvimento com tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins.

Na situação hipotética da questão, Juliana, ao perder a nacionalidade brasileira, tornar-se-á estrangeira e,


portanto, poderá ser extraditada.

Por tudo o que comentamos, o gabarito é a letra C.

16. (FCC / TRE-SE – 2015) Antônio, cidadão brasileiro e empregado público concursado do Banco do
Brasil, sociedade de economia mista federal, foi transferido para a agência bancária situada na cidade de
Viena, capital da Áustria, em janeiro de 2009, onde permaneceu até janeiro de 2012. Enquanto trabalhava
nessa cidade, Antônio conheceu Irina, cidadã russa residente em Lisboa, com quem teve um breve
relacionamento. Dessa relação, nasceu, na cidade de Salzburg, na Áustria, em abril de 2011, a menina
Katia.

Considerando o caso hipotético e o texto da Constituição brasileira de 1988, a filha de Antônio e Irina:
a) será brasileira nata se os pais a tiverem registrado no consulado brasileiro e caso venha a residir no Brasil
até os 18 anos.
b) é brasileira nata, independentemente de qualquer opção ou registro consular.
c) será brasileira nata se vier a residir no Brasil e opte por tal nacionalidade até um ano após a maioridade.
d) será brasileira nata se os pais a tiverem registrado no consulado brasileiro e caso opte, a qualquer tempo,
por tal nacionalidade.
e) não poderá acumular a nacionalidade brasileira nata que lhe seja reconhecida com eventuais
nacionalidades natas austríaca e russa, que lhe sejam garantidas pela legislação desses países.

Comentários:

Antônio (brasileiro) e Irina (russa) tiveram uma filha chamada Kátia, que nasceu na Áustria. Como Antônio
estava no exterior a serviço da República Federativa do Brasil, sua filha será brasileira nata
independentemente de qualquer opção ou registro. O gabarito é a letra B.

17. (FCC / TRE-AP – 2015) Um casal de italianos, Pietro e Antonella, veio ao Brasil à serviço de seu país
e, após dois anos em território brasileiro, Antonella deu à luz a Filomena. Um casal de brasileiros, Joaquim
e Carolina, foi a Alemanha à serviço do Brasil e, após três anos em território alemão, Carolina deu à luz a

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Clara. Um casal de espanhóis, Juan e Maria, veio ao Brasil a turismo e, após um mês em território brasileiro,
prematuramente Maria deu à luz a Luiz. Considerando essas três situações, são brasileiros natos:
a) Clara e Luiz.
b) Filomena, Clara e Luiz.
c) Filomena e Luiz.
d) Luiz, apenas.
e) Clara, apenas.

Comentários:

Nas situações apresentadas pelo enunciado, temos que:

a) Filomena não será brasileira nata, em virtude do art. 12, I, “a”, que dispõe que são brasileiros natos os
nascidos na República Federativa do Brasil, ainda que de pais estrangeiros, desde que estes não estejam a
serviço de seu país.

b) Clara será brasileira nata, em virtude do art. 12, I, “b”, que estabelece que são brasileiros natos os
nascidos no estrangeiro, de pai brasileiro ou mãe brasileira, desde que qualquer deles esteja a serviço da
República Federativa do Brasil.

c) Luiz será brasileiro nato, em virtude do art. 12, I, “a”, que dispõe que são brasileiros natos os nascidos na
República Federativa do Brasil, ainda que de pais estrangeiros, desde que estes não estejam a serviço de seu
país.

O gabarito é a letra A.

18. (FCC / TRT 9ª Região – 2015) Um brasileiro naturalizado decidiu se dedicar à vida pública. Nos
termos da Constituição Federal, ele poderá ocupar cargo de:
a) Deputado Estadual.
b) Presidente da Câmara dos Deputados.
c) Ministro do Supremo Tribunal Federal.
d) na carreira diplomática.
e) oficial das Forças Armadas.

Comentários:

São cargos privativos de brasileiro nato: i) Presidente e Vice-Presidente da República; ii) Presidente da
Câmara dos Deputados; iii) Presidente do Senado Federal; iv) Ministro do STF; v) Ministro de Estado da
Defesa; vi) oficial das Forças Armadas e; vii) carreira diplomática.

Dentre as opções apresentadas pela questão, apenas o cargo de Deputado Estadual é que pode ser exercido
por brasileiro naturalizado. O gabarito é a letra A.

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19. (FCC / TRT 4ª Região – 2015) Nos termos da Constituição Federal, são cargos privativos de
brasileiros natos:
a) Presidente e Vice-Presidente da República, Ministros do Supremo Tribunal Federal e do Superior Tribunal
de Justiça, Presidentes da Câmara dos Deputados e do Senado Federal.
b) Presidente e Vice-Presidente da República, Ministro de Estado da Defesa, Ministros do Supremo Tribunal
Federal e do Superior Tribunal de Justiça, integrantes da carreira diplomática.
c) Presidente e Vice-Presidente da Câmara dos Deputados, Presidente e Vice-Presidente do Senado Federal,
integrantes da carreira diplomática e das forças armadas, qualquer que seja a patente.
d) Integrantes da carreira diplomática, oficial das forças armadas e Ministro de Estado da Defesa.
e) Presidente e Vice-Presidente da República, Senador e Ministro do Supremo Tribunal Federal.

Comentários:

De acordo com o art. 12, § 3º , CF/88, são privativos de brasileiro nato os cargos: i) Presidente e Vice-
Presidente da República; ii) Presidente da Câmara dos Deputados; iii) Presidente do Senado Federal; iv)
Ministro do STF; v) carreira diplomática; vi) oficial das Forças Armadas e; vii) Ministro de Estado da Defesa.

O gabarito é a letra D.

20. (FCC / SEFAZ-PE – 2015) Estado estrangeiro requer, à República brasileira, a extradição de indivíduo
ao qual aquele reconhece a condição de nacionalidade originária por lei, pelo comprovado envolvimento
em tráfico ilícito de entorpecentes. Ocorre que o indivíduo em questão nasceu em território brasileiro, em
ocasião em que seus pais, nacionais do Estado requerente, aqui estavam em viagem de turismo, tendo
residido desde a adolescência no Brasil. Nesta hipótese, considerada a disciplina da matéria na
Constituição da República, a extradição
a) poderá ser concedida, desde que o indivíduo tenha cancelada sua naturalização brasileira, por sentença
judicial.
b) não será concedida em hipótese alguma, por ser o indivíduo brasileiro nato.
c) somente seria vedada na hipótese de ser requerida pelo cometimento de crime político ou de opinião, por
ser o indivíduo estrangeiro.
d) poderá ser concedida, desde que o crime haja sido praticado antes da naturalização.
e) somente seria concedida se atendidas as condições impostas pelo ordenamento brasileiro, relativamente
ao regular desenvolvimento do processo e à execução de eventual pena no Estado estrangeiro.

Comentários:

O brasileiro que tem sua nacionalidade originária reconhecida por lei, ou seja, o brasileiro nato, não pode
ser extraditado, em nenhuma hipótese (art. 5º, LI, CF). O gabarito é a letra B.

21. (FCC / TCE-GO – 2014) Genoval e Simone viajaram em suas férias para Paris objetivando visitar um
casal de amigos. Simone, grávida, durante a viagem, sofreu um acidente automobilístico que antecipou o

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parto de seu filho, Bruno. Neste caso, de acordo com a Constituição Federal brasileira, apesar de Bruno ter
nascido em Paris, será considerado brasileiro nato
a) imediatamente a partir de seu nascimento, desde que seja registrado em repartição brasileira
competente, no prazo de cento e vinte dias a contar da data de seu nascimento.
b) imediatamente a partir de seu nascimento, independentemente de opção de nacionalidade ou registro
em repartição brasileira.
c) desde que venha a residir na República Federativa do Brasil e opte no prazo de sessenta meses depois de
atingida a maioridade, pela nacionalidade brasileira.
d) desde que seja registrado em repartição brasileira competente e opte, no prazo de cento e vinte dias,
depois de atingida a maioridade, pela nacionalidade brasileira, independentemente de residir na República
Federativa do Brasil.
e) desde que seja registrado em repartição brasileira competente ou venha a residir na República Federativa
do Brasil e opte, em qualquer tempo, depois de atingida a maioridade, pela nacionalidade brasileira.

Comentários:

A questão deixou implícita a informação de que Simone e Genoval são brasileiros. Bruno é, portanto, filho
de brasileiros nascido em Paris. Para que seja considerado brasileiro nato, é necessário que seja registrado
em repartição brasileira competente ou venha a residir na República Federativa do Brasil e opte, em qualquer
tempo, depois de atingida a maioridade, pela nacionalidade brasileira (art. 12, I, “c”, CF). O gabarito é a letra
E.

22. (FCC / SEFAZ-PE – 2014) Em relação à aquisição secundária da nacionalidade brasileira, é correto
afirmar:
a) A naturalização é garantida aos portugueses com residência permanente no país, desde que haja
reciprocidade de tratamento em favor dos brasileiros em Portugal.
b) A naturalização dos estrangeiros oriundos de países de língua portuguesa tem como requisito apenas a
residência no Brasil por um ano ininterrupto e a idoneidade moral.
c) Segundo a Constituição, a naturalização ordinária de nacionais de países não lusófonos deve ter seus
requisitos definidos em lei, cujo preenchimento pelo solicitante gera direito subjetivo público à
nacionalidade brasileira.
d) A naturalização extraordinária, que beneficia qualquer estrangeiro que resida no Brasil há mais de quinze
anos ininterruptos e sem condenação penal, depende de requerimento, cuja resposta, em caso positivo, tem
efeitos constitutivos.
e) O brasileiro naturalizado poderá ter cancelada sua naturalização em processo administrativo em que lhe
seja garantida a ampla defesa ou por sentença judicial, no caso de estar envolvido em atividade nociva ao
interesse nacional.

Comentários:

Letra A: errada. O examinador quis confundir o candidato. Os portugueses com residência permanente no
Brasil, desde que haja reciprocidade de tratamento em favor dos brasileiros em Portugal, receberão os

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direitos inerentes aos brasileiros naturalizados. Eles serão os chamados “portugueses equiparados”, que
não se confundem com os brasileiros naturalizados.

Letra B: correta. É isso mesmo. São brasileiros naturalizados os que, na forma da lei, adquiram a
nacionalidade brasileira, exigidas aos originários de países de língua portuguesa apenas residência por um
ano ininterrupto e idoneidade moral.

Letra C: errada. A naturalização ordinária de nacionais de países não lusófonos (países que não adotam a
língua portuguesa) depende do preenchimento de requisitos definidos em lei. O preenchimento desses
requisitos não gera direito subjetivo à naturalização.

Letra D: errada. No caso de preenchimento dos requisitos para a naturalização extraordinária (residência por
15 anos ininterruptos e ausência de condenação penal), a concessão é ato vinculado e produz efeitos
declaratórios. Isso quer dizer que ela apenas reconhece uma condição jurídica já existente.

Letra E: errada. O cancelamento da naturalização em virtude de atividade nociva ao interesse nacional


depende de sentença judicial.

23. (FCC / TRT 1ª Região – 2014) Salomé nasceu em Portugal quando sua mãe, brasileira, cursava
doutorado na Universidade de Coimbra. O pai de Salomé é português. Quanto à sua nacionalidade, Salomé
a) jamais poderá adquirir a nacionalidade brasileira.
b) adquirirá a nacionalidade brasileira desde que venha a residir no Brasil antes de completar 18 anos.
c) poderá ser brasileira naturalizada, jamais nata.
d) somente poderia adquirir a nacionalidade brasileira se sua mãe estivesse a serviço do Brasil, na época do
seu nascimento.
e) poderá optar pela nacionalidade brasileira, em qualquer tempo, depois de atingida a maioridade, se vier
a residir no Brasil.

Comentários:

Salomé poderá, sim, optar pela nacionalidade brasileira, tornando-se brasileira nata. A Carta Magna (art. 12,
I, “c”, CF) prevê que são brasileiros natos os nascidos no estrangeiro de pai brasileiro ou de mãe brasileira,
desde que sejam registrados em repartição brasileira competente ou venham a residir na República
Federativa do Brasil e optem, em qualquer tempo, depois de atingida a maioridade, pela nacionalidade
brasileira. O gabarito é a letra E.

24. (FCC / TCE-RS – 2014) Sicrano, filho de mãe brasileira e pai egípcio, nascido durante período em que
seus pais eram estudantes universitários na França, veio, após a maioridade, a residir no Brasil, onde
pretende viver pelo resto de sua vida. Nos termos da Constituição da República, Sicrano:
a) somente seria considerado brasileiro nato se, quando de seu nascimento, sua mãe, que era brasileira,
estivesse no exterior a serviço da República Federativa do Brasil.
b) poderá vir a ser brasileiro naturalizado, se efetivamente residir no país por até quinze anos ininterruptos,
desde que requeira a nacionalidade brasileira.

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c) é considerado brasileiro naturalizado, desde o momento em que fixou residência no país, já que é filho de
mãe brasileira, estando sujeito, contudo, a extradição, na hipótese de cometimento de crime comum a partir
de então.
d) será considerado brasileiro nato, se optar, a qualquer tempo, pela nacionalidade brasileira, caso em que
não estará sujeito a extradição, nem mesmo na hipótese de comprovado envolvimento em tráfico ilícito de
entorpecentes.
e) somente seria considerado brasileiro nato se, quando de seu nascimento, houvesse sido registrado em
repartição brasileira competente.

Comentários:

Segundo o art. 12, I, alínea “c”, são brasileiros natos os nascidos no estrangeiro de pai brasileiro ou de mãe
brasileira, desde que sejam registrados em repartição brasileira competente ou venham a residir na
República Federativa do Brasil e optem, em qualquer tempo, depois de atingida a maioridade, pela
nacionalidade brasileira.

Na situação apresentada, Sicrano nasceu no exterior (Egito), sendo filho de mãe brasileira. Após a
maioridade, ele vem a residir no Brasil. Se ele optar, a qualquer tempo, após a maioridade, pela
nacionalidade brasileira, será brasileiro nato.

Sendo brasileiro nato, Sicrano não poderá, em nenhuma hipótese, ser extraditado. A resposta é a letra D.

25. (FCC / TRT 16ª Região – 2014) Pietro, nascido na Itália, naturalizou-se brasileiro no ano de 2012. No
ano de 2011, Pietro acabou cometendo um crime de roubo, cuja autoria foi apurada apenas no ano de
2013, sendo instaurada a competente ação penal, culminando com a condenação de Pietro, pela Justiça
Pública, ao cumprimento da pena de 05 anos e 04 meses de reclusão, em regime inicial fechado, por
sentença transitada em julgado. Neste caso, nos termos estabelecidos pela Constituição federal, Pietro:
a) não poderá ser extraditado, tendo em vista a quantidade de pena que lhe foi imposta pelo Poder Judiciário.
b) não poderá ser extraditado, pois o crime foi cometido antes da sua naturalização.
c) poderá ser extraditado.
d) não poderá ser extraditado, pois não cometeu crime hediondo ou de tráfico ilícito de entorpecentes e
drogas afim.
e) não poderá ser extraditado, pois a sentença condenatória transitou em julgado após a naturalização.

Comentários:

É possível a extradição de brasileiro naturalizado em 2 (duas) situações: i) crime comum, praticado antes da
naturalização e; ii) comprovado envolvimento em tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins. Na situação
descrita pelo enunciado, Pietro cometeu crime comum (roubo) antes da naturalização. Logo, poderá ser
extraditado. A resposta é a letra C.

26. (FCC / TRT 19ª Região – 2014) Anita Fernanda, nascida em Goiânia há 26 anos, é designer de moda
no Brasil. Na semana passada, recebeu um convite para morar na Europa e trabalhar em uma agência de

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moda que desenha figurinos para os principais desfiles de Paris. No entanto, o país em que trabalhará
exigiu que Anita se naturalizasse para nele permanecer e exercer sua atividade profissional. Antes de
aceitar a proposta para o novo emprego, Anita consulta sua advogada, questionando-a sobre as possíveis
consequências decorrentes de um pedido de naturalização. Nesta hipótese, à luz do que dispõe a
Constituição Federal, a advogada informa que Anita:
a) terá declarada a perda da nacionalidade brasileira.
b) terá declarada a suspensão da nacionalidade brasileira, apenas enquanto não cancelar a naturalização do
país em que trabalhará.
c) terá declarada a suspensão da nacionalidade brasileira até o momento em que retornar ao Brasil, quando,
então, poderá optar, novamente, pela nacionalidade brasileira.
d) perderá automaticamente a nacionalidade brasileira. Todavia, terá garantido o direito de solicitar a
reaquisição da nacionalidade, junto ao Ministério da Justiça, assim que regressar ao Brasil definitivamente.

e) não terá declarada a perda da nacionalidade brasileira.

Comentários:

Anita não perderá a nacionalidade. A Constituição prevê que perderá a nacionalidade brasileira aquele que
adquirir voluntariamente outra nacionalidade, mas excepciona os seguintes casos: i) reconhecimento de
nacionalidade originária pela lei estrangeira; ii) imposição de naturalização, pela norma estrangeira, ao
brasileiro residente em estado estrangeiro, como condição para permanência em seu território ou para o
exercício de direitos civis.

É nessa segunda hipótese que se enquadra o caso exposto. Anita terá que se naturalizar para exercer sua
profissão, ou seja, houve imposição de naturalização como condição para o exercício de direitos civis. O
gabarito é a letra E.

27. (FCC / TRE-SP - 2012) João, filho de pai brasileiro e mãe espanhola, nascido na França, por ocasião
de serviços diplomáticos prestados naquele Estado por seu pai à República Federativa do Brasil, reside há
dez anos ininterruptos no país e pretende candidatar-se a Presidente da República. Nesse caso,
considerada exclusivamente a exigência relativa à nacionalidade, João:
a) não poderá candidatar-se, por se tratar de cargo reservado a brasileiros natos e João ser estrangeiro, à luz
da Constituição da República.
b) poderá candidatar-se, por ser considerado brasileiro nato, atendendo a essa condição de elegibilidade,
nos termos da Constituição da República.
c) poderá candidatar-se, desde que possua idoneidade moral e adquira a nacionalidade brasileira, na forma
da lei, por já residir há mais de um ano ininterrupto no país.
d) poderá candidatar-se, desde que resida por mais cinco anos ininterruptos no país, não sofra condenação
criminal e requeira a nacionalidade brasileira.
e) poderá candidatar-se, desde que opte pela nacionalidade brasileira, a qualquer tempo.

Comentários:

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João é brasileiro nato, com base no art. 12, I, "b", da Constituição Federal, que assegura essa condição aos
nascidos no estrangeiro, de pai brasileiro ou mãe brasileira, desde que qualquer deles esteja a serviço da
República Federativa do Brasil. Por esse motivo, poderá candidatar-se ao cargo de Presidente da República,
que é privativo de brasileiro nato, atendidos os demais requisitos estabelecidos pela Constituição. A letra B
é o gabarito da questão.

28. (FCC / DPE-SP - 2010) O filho nascido no Brasil de um casal de alemães que tenha vindo morar no
Estado do Ceará em razão da aquisição de um estabelecimento hoteleiro (pousada), tem nacionalidade,
nos termos da Constituição Federal Brasileira,
a) alemã.
b) brasileira.
c) alemã, considerado naturalizado brasileiro.
d) brasileira, considerado naturalizado.
e) brasileira, considerado naturalizado alemão.

Comentários:

O filho nascido no Brasil de um casal de alemães que tenha vindo morar no Estado do Ceará em razão da
aquisição de um estabelecimento hoteleiro (pousada) será um brasileiro nato! E, morando numa pousada
do Ceará, muito feliz! A letra B é o gabarito.

29. (FCC / TRT 1ª Região - 2011) A nacionalidade que se adquire por vontade própria, após o
nascimento, e em regra pela naturalização, é classificada de:
a) secundária.
b) primária.
c) originária.
d) primordial.
e) funcional.

Comentários:

Como vimos anteriormente, existem dois tipos de nacionalidade: a primária (originária) e a secundária
(adquirida). A primeira resulta do nascimento, sendo estabelecida por critérios sanguíneos ou territoriais. Já
a segunda depende de ato volitivo, praticado depois do nascimento (em regra, pela naturalização). A letra
A, portanto, é o gabarito da questão.

30. (FCC / TRT 22ª Região - 2010) A nacionalidade que se adquire por vontade própria, após o
nascimento, e em regra pela naturalização, é classificada como:
a) relativa.
b) originária.
c) primária.

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d) absoluta.
e) secundária.

Comentários:

Tem-se, no enunciado, o conceito de nacionalidade secundária. O gabarito é a letra E.

31. (FCC / TRE-RN - 2011) Tício, filho de pais americanos, nasceu no Brasil uma vez que seus pais são
diplomatas e estavam em território brasileiro a serviço do seu país. Bruno, filho de pais brasileiros, nasceu
no México, uma vez que sua mãe estava neste país a serviço da República Federativa do Brasil. Nestes
casos:
a) Tício e Bruno são brasileiros natos.
b) apenas Tício é brasileiro nato.
c
c) apenas Bruno é brasileiro nato.
d) Tício e Bruno são americano e mexicano, respectivamente.
e) Tício e Bruno podem ser brasileiros naturalizados, desde que façam esta opção no prazo constitucional.

Comentários:

Tício é americano, pois seus pais estavam a serviço do seu país, o que impede que ele adquira a condição de
brasileiro nato (art. 12, I, “a”, CF/88). Já Bruno é brasileiro nato, pois, apesar de nascido no estrangeiro, é
filho de mãe brasileira que estava no exterior a serviço da República Federativa do Brasil (art. 12, I, “b”,
CF/88). Portanto, a letra C é o gabarito.

32. (FCC / TJ-SE - 2009) Joana é professora estadual em Brasília, onde residia com seu marido, Pedro.
Quando ela estava grávida, Pedro, diplomata brasileiro, foi transferido para a cidade de Madri, na
Espanha, a serviço do Brasil. Em Madri, nasceu João, filho do casal. Neste caso, João é:
a) estrangeiro, podendo se naturalizar, sendo exigida apenas residência em território nacional por um ano
ininterrupto e idoneidade moral.
b) estrangeiro, podendo se naturalizar, se vier a residir no Brasil por quinze anos ininterruptos e opte pela
nacionalidade brasileira.
c) estrangeiro, podendo se naturalizar, se optar pela nacionalidade brasileira a qualquer tempo, não havendo
prazo mínimo de residência em território brasileiro.
d) brasileiro nato por expressa disposição Constitucional neste sentido.
e) brasileiro nato, desde que seus pais registrem o filho no Consulado Brasileiro e João, quando completar
dezoito anos de idade, opte pela nacionalidade brasileira.

Comentários:

Considerando que Pedro, pai de João, é brasileiro e estava no exterior a serviço da República Federativa do
Brasil, João será brasileiro nato. A letra D é o gabarito da questão.

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33. (FCC / TCE-RO - 2010) João reside em Portugal e é filho de um casal formado por pai estrangeiro e
mãe nascida no estrangeiro de pais que estavam a serviço da República Federativa do Brasil. Para o
ordenamento jurídico brasileiro, em relação à nacionalidade, João é considerado:
a) estrangeiro.
b) português equiparado, desde que comprove residência fixa no Brasil por mais de um ano ininterrupto.
c) brasileiro nato, se optar pela nacionalidade brasileira depois de atingida a maioridade, mesmo se continuar
residindo em Portugal, independentemente de ter sido registrado ou não em repartição brasileira
competente.
d) brasileiro naturalizado com dupla cidadania, desde que retire seu título de eleitor em repartição brasileira
competente, devendo, em eleições brasileiras, votar ou justificar sua ausência.
e) brasileiro nato, desde que seja registrado em repartição brasileira competente ou venha a residir na
República Federativa do Brasil e opte, em qualquer tempo, depois de atingida a maioridade, pela
nacionalidade brasileira. c

Comentários:

João é considerado brasileiro nato, desde que seja registrado em repartição brasileira competente ou venha
a residir na República Federativa do Brasil e opte, em qualquer tempo, depois de atingida a maioridade, pela
nacionalidade brasileira. A letra E é o gabarito da questão.

34. (FCC / TCE-GO - 2009) São brasileiros natos, nos termos da Constituição, os:
a) nascidos na República Federativa do Brasil, ainda que de pais estrangeiros que estejam a serviço de seu
país.
b) nascidos no estrangeiro, filhos de pais brasileiros, desde que ambos estejam a serviço da República
Federativa do Brasil.
c) nascidos no estrangeiro, de pai brasileiro ou mãe brasileira, desde que sejam registrados em repartição
brasileira competente ou venham a residir na República Federativa do Brasil e optem, a qualquer tempo,
depois de atingida a maioridade, pela nacionalidade brasileira.
d) que, na forma da lei, adquiram a nacionalidade brasileira, exigidas aos originários de países de língua
portuguesa apenas residência por um ano ininterrupto e idoneidade moral.
e) estrangeiros de qualquer nacionalidade residentes na República Federativa do Brasil há mais de quinze
anos ininterruptos e sem condenação penal, desde que requeiram a nacionalidade brasileira.

Comentários:

Os nascidos na República Federativa do Brasil, de pais estrangeiros que estejam a serviço de seu país, não
são brasileiros natos. A letra A está errada. Da mesma forma, para que o indivíduo nascido no exterior seja
brasileiro nato, basta que um de seus pais seja brasileiro e esteja a serviço da República Federativa do Brasil.
A letra B também está errada. Finalmente, os indivíduos das letras D e E seriam brasileiros naturalizados.
Estudaremos as formas de aquisição secundária da nacionalidade adiante, ainda nesta aula. A letra C é o
gabarito da questão.

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35. (FCC / TRF 4ª Região - 2010) São brasileiros naturalizados, de acordo com a Constituição Federal:
a) os que adquiram a nacionalidade brasileira, exigidas dos originários de países de língua portuguesa
residência no Brasil por, no mínimo, cinco anos, e idoneidade moral.
b) todos que adquiram a nacionalidade brasileira, exigindo- se dos originários de países de língua portuguesa,
apenas, residência por um ano ininterrupto no Brasil.
c) os estrangeiros de qualquer nacionalidade, residentes no Brasil há mais de trinta anos e sem condenação
penal, desde que requeiram a nacionalidade brasileira.
d) os estrangeiros residentes no Brasil há mais de quinze anos ininterruptos e sem condenação penal, desde
que requeiram a nacionalidade brasileira.
e) os estrangeiros residentes no Brasil há mais de dez anos e de comprovada idoneidade moral, desde que
requeiram a nacionalidade brasileira.

Comentários: e

A letra D é o gabarito da questão, com base no art. 12, II, “b”, da CF/88.

36. (FCC / TRT 8ª Região - 2010) A naturalização extraordinária tem por requisitos:
a) residência contínua no país pelo prazo de quatro anos; ler e escrever em português; e bom procedimento.
b) residência fixa no país há mais de quinze anos; ausência de condenação penal; e requerimento do
interessado.
c) residência contínua no país pelo prazo de cinco anos; ler e escrever em português; e bom procedimento.
d) residência contínua no país pelo prazo de cinco anos; exercício de profissão; e bom procedimento.
e) residência contínua no país pelo prazo de cinco anos; posse de bens suficientes próprios e da família; e
ausência de condenação penal.

Comentários:

A naturalização extraordinária está prevista no art. 12, II, “b”, da CF/88, que determina serem brasileiros
naturalizados os estrangeiros de qualquer nacionalidade, residentes na República Federativa do Brasil há
mais de quinze anos ininterruptos e sem condenação penal, desde que requeiram a nacionalidade brasileira.
O gabarito é a letra B.

37. (FCC / TJ-SE - 2009) São brasileiros naturalizados os que, na forma da lei, adquiram a nacionalidade
brasileira, exigidas aos originários de países de língua portuguesa apenas residência por:
a) três meses ininterruptos e idoneidade moral.
b) seis meses ininterruptos e idoneidade moral.
c) um ano ininterrupto e idoneidade moral.
d) dois anos ininterruptos.
e) três anos ininterruptos.

Comentários:

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Determina a Constituição que são brasileiros naturalizados os que, na forma da lei, adquiram a nacionalidade
brasileira, exigidas aos originários de países de língua portuguesa apenas residência por um ano ininterrupto
e idoneidade moral. A letra C é o gabarito da questão.

38. (FCC / DPE-SP - 2010) É privativo de brasileiro nato o cargo de:


a) Presidente do Superior Tribunal de Justiça.
b) Presidente do Tribunal de Justiça.
c) Defensor Geral do Estado.
d) Presidente da Câmara dos Deputados.
e) Presidente do Tribunal de Contas da União.

Comentários:
==cce50==

5
O cargo de Presidente da Câmara dos Deputados, como vimos, é privativo de brasileiro nato. O gabarito,
portanto, é a letra D.

39. (FCC / TRF 4ª Região - 2010) Poderá ser ocupado por brasileiro naturalizado o cargo de:
a) Ministro da Justiça.
b) Oficial das Forças Armadas.
c) Ministro de Estado da Defesa.
d) Presidente do Senado Federal.
e) Ministro do Supremo Tribunal Federal.

Comentários:

Dentre as opções listadas nas alternativas, a única possível de ser ocupada por um brasileiro naturalizado é
a de Ministro da Justiça. A letra A é o gabarito da questão.

40. (FCC / TJ-PA - 2009) Klaus Werner, de origem alemã, adquiriu a nacionalidade brasileira após regular
processo de naturalização. Assim, poderá ele exercer dentre outros, o cargo de:
a) Ministro do Supremo Tribunal Federal.
b) Vice-Presidente da República.
c) Ministro da Fazenda.
d) Oficial das Forças Armadas.
e) Presidente da Câmara dos Deputados.

Comentários:

Dentre as opções trazidas na questão, a única possível de ser exercida por um brasileiro naturalizado é a de
Ministro da Fazenda. A letra C é o gabarito da questão.

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41. (FCC / TRF 5ª Região - 2008) Dentre outros, é privativo de brasileiro nato o cargo de:
a) Ministro dos Tribunais Superiores.
b) Oficial das Forças Armadas.
c) Governador de Estado.
d) Presidente de Assembleias Legislativas.
e) Senador da República.

Comentários:

Dos cargos acima, o único privativo de brasileiro nato é o de Oficial das Forças Armadas. A letra B é o gabarito
da questão.

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QUESTÕES COMENTADAS

Nacionalidade

1. (FGV / AL-RO – 2018) Peter nasceu na Áustria no período em que sua mãe, Maria, brasileira nata,
servidora da União, fora designada para trabalhar na embaixada brasileira naquele país. Como Maria era
casada com Hans, de nacionalidade austríaca, Peter também tinha a nacionalidade do pai, jamais tendo
residido no território brasileiro.

Ao completar trinta anos de idade, Peter consultou um advogado sobre a possibilidade de se candidatar a
um mandato eletivo no Brasil, na eleição a ser realizada no ano seguinte, tendo sido informado,
corretamente, que
a) os estrangeiros, como Peter, não podem concorrer a um mandato eletivo.
b) sendo brasileiro nato, pode concorrer aos cargos eletivos privativos de brasileiro nato.
c) somente teria nacionalidade brasileira se a lei da Áustria não reconhecesse a sua nacionalidade austríaca
originária.
d) pode optar pela nacionalidade brasileira caso venha a residir no país, podendo concorrer a todos os cargos
eletivos.
e) caso venha a se naturalizar brasileiro, poderá concorrer a todos os cargos eletivos não privativos de
brasileiro nato.

Comentários:

Peter é brasileiro nato, uma vez que se enquadra na hipótese do art. 12, I, “a”, da Carta Magna: é nascido no
estrangeiro, de pai brasileiro ou mãe brasileira, desde que qualquer deles esteja a serviço da República
Federativa do Brasil. Por isso, poderá concorrer a todos os cargos privativos de brasileiro nato. O gabarito é
a letra B.

2. (FGV / TJ-SC – 2018) François nasceu no território brasileiro durante o período em que seus pais,
nacionais franceses, aqui estavam por se encontrarem em gozo de licença na fábrica de bijuterias em que
trabalhavam na França.

À luz da sistemática constitucional, François:


a) é brasileiro nato, desde que seus pais tenham requerido;
b) é brasileiro nato, desde que o requeira aos dezoito anos;
c) é brasileiro nato, independente de requerimento;
d) é apenas nacional francês, não brasileiro;
e) pode naturalizar-se brasileiro.

Comentários:

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François é brasileiro nato por se enquadrar na hipótese do art. 12, I, “a”, da Constituição: é nascido no Brasil,
de pais estrangeiros, e nenhum deles estava a serviço de seu país. O critério adotado pela Constituição, nesse
caso, foi o “jus soli”, ou seja, o local do nascimento. O gabarito é a letra C.

3. (FGV / MPE-AL – 2018) Peter, filho de John e Mary, ambos de nacionalidade norte-americana,
nasceu no território brasileiro quando seus pais, trabalhadores em uma indústria nos Estados Unidos da
América, aqui estavam em gozo de férias.

Utilizando-se as normas constitucionais afetas à nacionalidade como referência, é correto afirmar que
Peter
a) pode optar pela nacionalidade brasileira quando completar dezoito anos de idade, pois nasceu no
território brasileiro.
b) é brasileiro naturalizado, isto por ter nascido no território brasileiro, mas ser filho de estrangeiros.
==cce50==

c) é brasileiro nato, pois nasceu no território brasileiro e os seus pais não estavam a serviço do seu país.
d) pode optar a qualquer tempo pela nacionalidade brasileira, pois nasceu no território brasileiro.
e) não tem nacionalidade brasileira, mas pode solicitar que o governo brasileiro a defira.

Comentários:

Peter se enquadra na hipótese prevista pelo art. 12, I, “a”, da Constituição: é nascido no Brasil, de pais
estrangeiros, e nenhum deles estava a serviço de seu país. Por isso, é brasileiro nato. O gabarito é a letra C.

4. (FGV / SEFIN-RO - 2018) Luca nasceu em território brasileiro. Seus pais tinham nacionalidade
italiana e, na ocasião, estavam a serviço de uma conhecida indústria de automóvel com sede na Itália.
Logo após o nascimento, Luca retornou para a Itália. Após completar dezoito anos de idade, decidiu viver
na República Federativa do Brasil e seguir carreira política.

À luz da sistemática constitucional afeta à nacionalidade, é correto afirmar que Luca


a) não é brasileiro, pois é filho de pais italianos; logo, para candidatar-se a um cargo eletivo, deveria
naturalizar-se.
b) é brasileiro nato, por ter nascido no território brasileiro, podendo candidatar-se a qualquer cargo eletivo.
c) é brasileiro nato, desde que não tenha sido registrado na Itália, podendo candidatar-se a qualquer cargo
eletivo.
d) é brasileiro nato, desde que optante pela nacionalidade brasileira, podendo candidatar-se a qualquer
cargo eletivo.
e) é brasileiro naturalizado, pois passou a residir no Brasil após a maioridade, o que limita as possibilidades
de candidatura.

Comentários:

Os pais de Luca são estrangeiros que não estavam a serviço de seu país quando do nascimento do filho em
território brasileiro. Portanto, Luca é brasileiro nato, por disposição do art. 12, I, “a”, da CF:

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Art. 12. São brasileiros:

I - natos:

a) os nascidos na República Federativa do Brasil, ainda que de pais estrangeiros, desde que
estes não estejam a serviço de seu país (...).

O gabarito é a letra B.

5. (FGV / TRT 12ª Região - 2017) Roberto nasceu no território brasileiro quando seus pais, Antônio e
Joana, cidadãos franceses, aqui se encontravam pelo período de dois meses em gozo de férias. Logo após
o nascimento, foi levado pelos pais para a França, somente retornando ao Brasil 30 anos depois. Ao
retornar, teve grande afeição pela cultura brasileira e decidiu que iria candidatar-se ao cargo de Presidente
da República tão logo alcançasse a idade exigida.

À luz da sistemática constitucional, é correto afirmar que a futura candidatura de Roberto, caso
observados os demais requisitos exigidos:
a) é possível, por ser brasileiro nato;
b) é possível, desde que renuncie à nacionalidade francesa;
c) é possível, desde que se naturalize brasileiro;
d) é possível, se optou pela nacionalidade brasileira até os dezoito anos;
e) não é possível, por ser estrangeiro.

Comentários:

Os pais de Roberto, estrangeiros, estavam no Brasil em gozo de férias quando o filho nasceu. Roberto,
portanto, é brasileiro nato, uma vez que o art. 12, I, “a”, da CF, prevê que “são brasileiros natos os nascidos
na República Federativa do Brasil, ainda que de pais estrangeiros, desde que estes não estejam a serviço de
seu país (...)”.

O gabarito é a letra A.

6. (FGV / Oficial de Chancelaria – 2016) Os amigos Ednaldo e José Carlos travaram intensa discussão
a respeito de sua relação com a República Federativa do Brasil. Ednaldo, com 35 anos de idade, nascera na
Áustria e era filho de pai brasileiro e mãe austríaca, os quais trabalhavam em uma organização civil
protetora dos animais. Ednaldo nunca residiu em território brasileiro. José Carlos, 21 anos de idade, filho
de pais austríacos, por sua vez, nasceu no Brasil na época em que os seus pais trabalhavam na embaixada
austríaca, tendo em seguida viajado para a Áustria, de onde nunca mais saiu.

À luz da sistemática constitucional e da análise das informações fornecidas na narrativa acima, é correto
afirmar, a respeito dos dois amigos, que:
a) José Carlos não pode ser considerado brasileiro nato.

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b) Ednaldo é brasileiro nato;


c) José Carlos é brasileiro nato;
d) Ednaldo será brasileiro nato caso venha a residir no Brasil;
e) os amigos somente podem vir a naturalizar-se brasileiros.

Comentários:

I) Segundo o art. 12, I, alínea “c”, são brasileiros natos os nascidos no estrangeiro, de pai brasileiro ou mãe
brasileira, desde que sejam registrados em repartição brasileira competente ou venham a residir no Brasil e
optem, em qualquer tempo, depois de atingida a maioridade, pela nacionalidade brasileira. Também são
brasileiros natos, segundo o art. 12, I, alínea “b”, os nascidos no estrangeiro, de pai brasileiro ou mãe
brasileiro, desde que qualquer deles esteja a serviço do Brasil.

Ednaldo não será brasileiro nato, uma vez que: i) seu pai brasileiro não estava no exterior a serviço do Brasil;
ii) Ednaldo não foi registrado em repartição brasileira competente e; iii) Ednaldo nunca residiu no Brasil e,
portanto, nunca chegou a optar pela nacionalidade brasileira.

II) Segundo o art. 12, I, alínea “a”, os brasileiros natos os nascidos na República Federativa do Brasil, ainda
que de pais estrangeiros, desde que estes não estejam a serviço de seu país.

José Carlos não será brasileiro nato, uma vez que, apesar de ter nascido no Brasil, seus pais estavam a serviço
do governo da Áustria.

O gabarito é a letra A.

7. (FGV / TJ-SC – 2015) Peter, cidadão sueco em viagem de férias no Brasil, manteve relacionamento
amoroso com Marie, cidadã francesa que visitava um primo na Cidade de Florianópolis. Desse
relacionamento, nasceu Gustavisson, fato ocorrido no território brasileiro. É possível afirmar que a
nacionalidade do filho do casal é:
a) brasileira, por ter nascido na República Federativa do Brasil;
b) necessariamente diversa da brasileira, isso em razão do princípio da nacionalidade paterna;
c) brasileira, desde que tenha sido registrado em repartição consular brasileira;
d) necessariamente diversa da brasileira, isso em razão do princípio da nacionalidade materna;
e) necessariamente diversa da brasileira, já que seus pais eram estrangeiros e não estavam estabelecidos no
Brasil.

Comentários:

O filho do casal será brasileiro nato, uma vez que nasceu no território da República Federativa do Brasil. É
a regra do “jus soli”, que somente não seria aplicada caso os pais estivessem aqui no Brasil a serviço de seu
país. A resposta é a letra A.

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8. (FGV / TJ-RO – 2015) Peter, nascido na Áustria, decidiu obter a nacionalidade brasileira, o que foi
deferido pelo órgão competente. Ato contínuo, passou a inteirar-se sobre os direitos que brasileiros natos
e naturalizados possuem, bem como sobre possíveis restrições que poderiam ser impostas a esses direitos.
A respeito dessa temática, é correto afirmar que:
a) a suspensão dos direitos políticos do brasileiro nato não se confunde com a causa de inelegibilidade, pois
esta última somente restringe a cidadania em sua acepção passiva;
b) a extinção dos direitos políticos do brasileiro naturalizado não se confunde com a inabilitação, pois esta
última somente restringe a nacionalidade em sua acepção passiva;
c) a perda dos direitos políticos do brasileiro nato não se confunde com a perda dos direitos fundamentais,
pois esta última somente restringe a personalidade em sua acepção passiva;
d) a privação de liberdade do brasileiro nato pode gerar a suspensão dos direitos políticos, que somente
restringe a cidadania em sua acepção passiva;
e) a perda da nacionalidade do brasileiro naturalizado não se confunde com a suspensão dos direitos
políticos, pois esta última somente restringe o direito de sufrágio.

Comentários:

Letra A: correta. A suspensão dos direitos políticos afeta a capacidade eleitoral ativa (direito de votar) e a
capacidade eleitoral passiva (direito de ser votado). A inelegibilidade afeta tão somente a capacidade
eleitoral passiva. Assim, estes dois institutos (“suspensão dos direitos políticos” e “inelegibilidade”) não se
confundem.

Letra B: errada. Há dois erros no enunciado:

a) A inabilitação impede que o indivíduo exerça qualquer cargo ou função pública. Ela não restringe a
nacionalidade.
b) Não há que se falar em extinção de direitos políticos. Há casos de perda e de suspensão dos direitos
políticos.

Letra C: errada. Não há que se falar em perda dos direitos fundamentais, o que representaria uma total
afronta ao Estado democrático de direito. É possível a perda dos direitos políticos, que afeta tanto a
capacidade eleitoral ativa quanto a capacidade eleitoral passiva.

Letra D: errada. A suspensão dos direitos políticos afeta a cidadania nas suas acepções ativa e passiva.

Letra E: errada. O cancelamento da naturalização resultará na perda dos direitos políticos.

O gabarito é a letra A.

9. (FGV / TJ-PI – 2015) Agnaldo, filho de pai brasileiro e mãe estrangeira, atualmente com 35 (trinta e
cinco) anos de idade, nasceu no estrangeiro e lá permanece até hoje, sem nunca ter visitado a República
Federativa do Brasil. É correto afirmar que Agnaldo:
a) deve ser considerado brasileiro nato, pelo só fato de ser filho de pai brasileiro;

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b) pode naturalizar-se brasileiro, desde que venha a residir no Brasil;


c) deve ser considerado brasileiro nato caso o seu pai estivesse no exterior a serviço do Estado brasileiro;
d) sempre será considerado estrangeiro, já que nasceu fora do território brasileiro;
e) tornar-se-á brasileiro naturalizado caso venha a residir no Brasil e opte pela nacionalidade brasileira.

Comentários:

Para resolver essa questão, o candidato precisava conhecer o art. 12, I, CF/88, o qual reproduzimos abaixo:

Art. 12. São brasileiros:

I - natos:

a) os nascidos na República Federativa do Brasil, ainda que de pais estrangeiros, desde que
estes não estejam a serviço de seu país;

b) os nascidos no estrangeiro, de pai brasileiro ou mãe brasileira, desde que qualquer deles
esteja a serviço da República Federativa do Brasil;

c) os nascidos no estrangeiro de pai brasileiro ou de mãe brasileira, desde que sejam


registrados em repartição brasileira competente ou venham a residir na República
Federativa do Brasil e optem, em qualquer tempo, depois de atingida a maioridade, pela
nacionalidade brasileira;

Na situação apresentada, Agnaldo nasceu no exterior e é filho de pai brasileiro. Caso seu pais estivesse no
exterior a serviço do Brasil, Agnaldo seria brasileiro nato (art. 12, I, alínea “b”).

O gabarito é a letra C.

10. (FGV / TJ-PI – 2015) Adalberto é brasileiro nato e vive há quinze anos em um determinado País da
Europa. Em determinado momento, foi editada uma lei nesse País que exigia a naturalização dos
estrangeiros ali residentes há mais de dez anos para que pudessem permanecer em seu território. Em
razão dessa exigência, Adalberto requereu e teve deferida a nacionalidade desse País. À luz da sistemática
constitucional, é correto afirmar que Adalberto:
a) deve ter declarada a perda da nacionalidade brasileira por ter obtido, a partir de requerimento seu, a
nacionalidade estrangeira;
b) somente não perderia a nacionalidade brasileira caso fosse naturalizado estrangeiro por força de lei do
respectivo País, sem qualquer requerimento nesse sentido;
c) somente não perderia a nacionalidade brasileira se estivesse no estrangeiro, de maneira impositiva, a
serviço da República Federativa do Brasil;
d) não perderá a nacionalidade brasileira, pois a naturalização foi imposta, pela norma estrangeira, como
condição para permanência no território do respectivo País;

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e) não perderá a nacionalidade brasileira, pois a hipótese versa sobre reconhecimento de nacionalidade
originária pela lei estrangeira.

Comentários:

As hipóteses de perda da nacionalidade estão elencadas no art. 12, § 4º, CF/88:

Art. 12 (...)

§ 4º - Será declarada a perda da nacionalidade do brasileiro que:

I - tiver cancelada sua naturalização, por sentença judicial, em virtude de atividade nociva
ao interesse nacional;

II - adquirir outra nacionalidade, salvo nos casos:

a) de reconhecimento de nacionalidade originária pela lei estrangeira;

b) de imposição de naturalização, pela norma estrangeira, ao brasileiro residente em


estado estrangeiro, como condição para permanência em seu território ou para o exercício
de direitos civis

Como regra geral, a aquisição de outra nacionalidade resulta na perda da nacionalidade do brasileiro.
Entretanto, tal situação é excepcionada quando: i) há reconhecimento de nacionalidade originária pela lei
estrangeiro; ii) quando há imposição de naturalização ao brasileiro residente em estado estrangeiro, como
condição para permanência em seu território ou para o exercício de direitos civis.

Na situação apresentada, a lei estrangeira impôs a Adalberto a naturalização para que este permanecesse
residindo no exterior. Logo ele não perderá a nacionalidade brasileira.

O gabarito é a letra D.

11. (FGV / DPE-RO – 2015) Ernesto, filho de pais brasileiros, nascido e registrado na República do
Paraguai, ao atingir a maioridade, decide vir para o Brasil. Ao chegar neste País, consulta um Defensor
Público a respeito dos seus direitos. É correto afirmar que Ernesto:
a) pode optar, a qualquer tempo, pela nacionalidade brasileira;
b) somente pode obter a nacionalidade brasileira se for naturalizado;
c) é considerado brasileiro nato pelo simples fato de seus pais serem brasileiros;
d) somente pode optar pela nacionalidade brasileira se os seus pais estavam, no Paraguai, a serviço do Brasil;
e) somente terá reconhecida a nacionalidade brasileira se o Paraguai oferecer reciprocidade ao Brasil.

Comentários:

Segundo o art. 12, I, “c”, são brasileiros natos os “nascidos no estrangeiro de pai brasileiro ou de mãe
brasileira, desde que sejam registrados em repartição brasileira competente ou venham a residir na

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República Federativa do Brasil e optem, em qualquer tempo, depois de atingida a maioridade, pela
nacionalidade brasileira”.

Na situação apresentada, Ernesto é filho de pais brasileiros e nasceu no Paraguai. Se ele vier a residir no
Brasil, poderá optar, a qualquer tempo, após a maioridade, pela nacionalidade brasileira.

A resposta, portanto, é a letra A.

12. (FGV / SSP-AM – 2015) Peter, filho de um casal austríaco, nasceu no território brasileiro quando
seus pais aqui estavam a serviço da Embaixada da Áustria. Após o seu nascimento, permaneceu no Brasil
por cerca de dez anos, até que a família retornou ao País de origem. Como Peter passou a ter sólidos laços
afetivos com o Brasil, sendo frequentes as suas viagens a passeio para este País, tomou a decisão de
candidatar-se a um cargo eletivo que é privativo de brasileiro nato. É possível afirmar que Peter:
a) é brasileiro nato, já que nasceu na República Federativa do Brasil;
b) somente pode ser considerado brasileiro nato caso sua família tenha providenciado o seu registro de
nascimento no Brasil, enquanto aqui residiu;
c) tem dupla nacionalidade, austríaca e brasileira, podendo praticar quaisquer atos civis e políticos na Áustria
e no Brasil;
d) não pode ser considerado brasileiro nato, já que é filho de estrangeiros que estavam no Brasil a serviço
do seu País de origem;
e) será considerado brasileiro nato tão logo promova o seu registro de nascimento em cartório do registro
civil das pessoas naturais situado no Brasil.

Comentários:

Segundo o art. 12, I, CF/88, “são brasileiros natos os nascidos na República Federativa do Brasil, ainda que
de pais estrangeiros, desde que estes não estejam a serviço de seus pais”. Peter nasceu no Brasil, mas seus
pais estavam aqui a serviço do governo austríaco. Logo, Peter não será brasileiro nato. O gabarito é a letra
D.

13. (FGV / Câmara Municipal de Caruaru – 2015) Ana é brasileira nata, sendo neta de portugueses
radicados no Brasil. Por força de legislação específica, a mãe de Ana, Fátima, também brasileira nata,
obtém a dupla nacionalidade para ambas, indo residir, de forma definitiva, em Portugal, onde passam a
exercer atividades profissionais.

No momento da renovação do passaporte brasileiro, Fátima e Ana são comunicadas de que perderam a
nacionalidade brasileira por cancelamento.

De acordo com a Constituição Federal, haverá a perda da nacionalidade brasileira com a


a) aquisição de nova nacionalidade derivada.
b) ida para outro país exercer atividade profissional.
c) imposição de naturalização para o exercício de direitos civis no estrangeiro.

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d) declaração de nova nacionalidade originária prevista em lei estrangeira.


e) fixação de residência definitiva em Estado estrangeiro.

Comentários:

A perda da nacionalidade se dá nos termos do art. 12, § 4º, CF/88:

Art. 12, §4º - Será declarada a perda da nacionalidade do brasileiro que:

I - tiver cancelada sua naturalização, por sentença judicial, em virtude de atividade nociva
ao interesse nacional;

II - adquirir outra nacionalidade, salvo nos casos:

a) de reconhecimento de nacionalidade originária pela lei estrangeira;

b) de imposição de naturalização, pela norma estrangeira, ao brasileiro residente em


estado estrangeiro, como condição para permanência em seu território ou para o exercício
de direitos civis;

Fátima e Ana adquiriram a nacionalidade portuguesa (nova nacionalidade derivada!) e, por isso, perderam a
nacionalidade brasileira.

O gabarito é a letra A.

14. (FGV / Câmara Municipal de Caruaru – 2015) Cláudio e Rita, brasileiros natos, casaram e decidiram
residir na Argentina, bem como trabalhar na indústria automobilística. Da união de ambos, resultou o
nascimento de Júlio, que continuou residindo no exterior por trinta anos ininterruptos. Durante parte
desse período, ele manteve uma coluna em um importante jornal brasileiro, na qual analisava a política
econômica do Brasil.

A partir da hipótese apresentada, assinale a afirmativa correta


a) Júlio é brasileiro nato, pelo só fato de ser filho de brasileiros.
b) Júlio pode vir a naturalizar-se como brasileiro, desde que resida por mais de vinte anos no Brasil.
c) Júlio pode ser considerado brasileiro nato, desde que seus pais tenham providenciado a sua naturalização
antes de atingir a maioridade.
d) Júlio será considerado brasileiro nato caso opte, a qualquer tempo, após ter atingido a maioridade, pela
nacionalidade brasileira.
e) Júlio não pode ser considerado brasileiro nato em nenhuma hipótese, pois os seus pais não estavam no
exterior a serviço da República Federativa do Brasil.

Comentários:

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Cláudio e Rita residem na Argentina para trabalhar na indústria automobilística, não estão a serviço da
República Federativa do Brasil. Por isso, Júlio somente poderá ser brasileiro nato cumpridos os requisitos do
art. 12, I, “c”, da Constituição: seja registrado em repartição brasileira competente ou venha a residir na
República Federativa do Brasil e opte pela nacionalidade brasileira (uma vez que já atingiu a maioridade). O
gabarito é a letra D.

15. (FGV / TJ-RJ –2014) Erik, nascido em Gana, resolveu transferir o seu domicílio para o território
brasileiro, aqui permanecendo, com conduta ilibada e plena aquiescência do Estado brasileiro, por
dezenove anos ininterruptos. No dia imediato à integralização desse período, formulou pedido para que
lhe fosse concedida a nacionalidade brasileira e, ato contínuo, pretendeu praticar ato privativo de
brasileiro. À luz desse quadro, é possível afirmar que Erik:
a) não pode praticar ato privativo de brasileiro, pois nascido no estrangeiro;
b) pode praticar ato privativo de brasileiro, desde que haja reciprocidade de tratamento por parte de Gana,
devidamente formalizada em acordo bilateral;
c) não pode praticar ato privativo de brasileiro, pois não comprovada a existência de decisão decretando a
perda de sua nacionalidade de origem;
d) pode praticar ato privativo de brasileiro, pois o ato de reconhecimento da nacionalidade brasileira é
meramente declaratório, retroagindo à data do requerimento;
e) não pode praticar ato privativo de brasileiro, pois o Estado brasileiro é soberano para atribuir, ou não,
essa nacionalidade aos estrangeiros residentes em seu território.

Comentários:

A naturalização extraordinária é devida àqueles estrangeiros que tenham mais de 15 anos de residência
ininterrupta e ausência de condenação penal. Cumpridos esses requisitos, o estrangeiro terá direito
subjetivo à naturalização. Nesse caso, trata-se de ato vinculado do Presidente da República a concessão da
naturalização.

Segundo o STF, o reconhecimento da naturalização extraordinária opera efeitos declaratórios e, portanto,


retroage à data de requerimento. Assim, uma vez feito o requerimento de naturalização extraordinária, já é
possível a prática de atos privativos de brasileiros.

O gabarito é a letra D.

16. (FGV / SUDENE – 2013) De acordo com a Constituição Federal, assinale a alternativa que apresenta
uma condição para ser considerado brasileiro nato.
a) Os que são originários de países de língua portuguesa com residência no Brasil por um ano ininterrupto.
b) Os estrangeiros de qualquer nacionalidade, residentes na República Federativa do Brasil há mais de quinze
anos ininterruptamente.
c) Os nascidos no estrangeiro, de pai brasileiro ou mãe brasileira, desde que um deles esteja a serviço da
República Federativa do Brasil.
d) Os portugueses com residência permanente no Brasil.

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e) A nova legislação não estabelece distinção entre brasileiros natos e naturalizados.

Comentários:

Letra A: errada. Trata-se de condição de brasileiro naturalizado (art. 12, II, “a”, CF), exigindo-se, ainda, a
idoneidade moral.

Letra B: errada. Trata-se de condição de brasileiro naturalizado (art. 12, II, “b”, CF), desde que não tenham
sofrido condenação penal e requeiram a nacionalidade brasileira.

Letra C: correta. É o que prevê o art. 12, I, “b”, da Carta Magna.

Letra D: errada. Os portugueses com residência permanente no Brasil, desde que haja reciprocidade em
favor de brasileiros, gozam da condição de “portugueses equiparados”. A eles são atribuídos os direitos
inerentes ao brasileiro naturalizado (art. 12, § 1º, CF).

Letra E: errada. A legislação pode, sim, estabelecer distinção entre brasileiros natos e naturalizados, nos
casos previstos na Constituição (art. 12, § 2º, CF).

A letra C é o gabarito.

17. (FGV / TJ-AM – 2013) Cada Estado nacional tem a liberdade de definir aqueles que serão os seus
nacionais por meio do estabelecimento de regras gerais quanto ao direito à nacionalidade. No caso do
Brasil, são considerados brasileiros:
a) os nascidos no estrangeiro, de pais de qualquer nacionalidade, desde que qualquer um deles estivesse a
serviço da República Federativa do Brasil.
b) os nascidos no estrangeiro, filhos de pai ou mãe brasileiros, desde que registrados em repartição brasileira
competente.
c) os nascidos no estrangeiro, filhos de pai ou mãe brasileiros, desde que venham a residir no país e optem,
antes de atingida a maioridade, pela nacionalidade brasileira.
d) os nascidos no estrangeiro, sem qualquer outra condição, desde que filhos de pai e mãe brasileiros.
e) os nascidos em país com o qual o Brasil mantenha tratado de dupla cidadania.

Comentários:

Letra A: errada. São brasileiros natos os nascidos no estrangeiro, de pai brasileiro ou mãe brasileira, desde
que qualquer um deles esteja a serviço da República Federativa do Brasil.

Letra B: correta. É isso mesmo. São brasileiros natos os nascidos no estrangeiro, de pai brasileiro ou mãe
brasileira, desde que sejam registrados em repartição brasileira competente (art. 12, I, “c”).

Letra C: errada. São brasileiros natos os nascidos no estrangeiro, de pai brasileiro ou mãe brasileira, desde
que venham a residir no país e optem, em qualquer tempo, após atingida a maioridade, pela nacionalidade
brasileira.

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Letra D: errada. Se um indivíduo nascer no estrangeiro, filho de pai brasileiro ou mãe brasileira, há 3 (três)
possibilidades de que ele seja brasileiro nato:

a) o pai brasileiro ou a mãe brasileira estiverem a serviço da República Federativa do Brasil;


b) o indivíduo seja registrado em repartição brasileira competente;
c) o indivíduo vem a residir no Brasil e opta, em qualquer tempo, após a maioridade, pela nacionalidade
brasileira.

Letra E: errada. Essa não é uma hipótese de atribuição de nacionalidade brasileira.

18. (FGV / TJ-AM – 2013) Tendo em vista o que dispõe a Constituição da República Federativa do Brasil,
assinale a alternativa que apresenta um caso de atribuição da nacionalidade brasileira.
a) Kevin, nascido no Brasil, filho de pais canadenses a serviço do Governo do Canadá.
b) Jonas, hoje com 21 anos, residente na cidade de São Paulo, nascido e registrado no Japão, filho de Marcos
e Márcia, domiciliados naquele país, onde trabalham em uma empresa multinacional.
c) José, português, domiciliado na cidade de Manaus há seis meses.
d) Mark, alemão, domiciliado na cidade de Aracajú há 10 anos, e que hoje está em liberdade condicional,
após condenação pelo crime de tráfico de drogas.
e) Luigi, italiano, residente em Milão, casado com Joana, que lá reside com ele.

Comentários:

Letra A: errada. Kevin nasceu no Brasil, mas é filho de pais estrangeiros que estavam a serviço do seu país.
Portanto, ele não será brasileiro.

Letra B: correta. Jonas nasceu no exterior, filho de pai brasileiro e mãe brasileira que não estavam a serviço
da República Federativa do Brasil. Como ele foi registrado em repartição brasileira competente (é o que dá
a entender o enunciado!), ele será brasileiro nato.

Letra C: errada. Para que um português adquira a nacionalidade brasileira, ele precisa fixar residência no
Brasil por um ano ininterrupto e ter idoneidade moral.

Letra D: errada. Os estrangeiros de qualquer nacionalidade, residentes na República Federativa do Brasil há


mais de 15 (quinze) anos ininterruptos e sem condenação penal poderão requisitar a naturalização.

Letra E: errada. O simples fato de ser casado com uma brasileira não resulta na atribuição de nacionalidade.

O gabarito é a letra B.

19. (FGV / TJ-AM – 2013) Em relação à nacionalidade, a Constituição da República Federativa do Brasil
reconhece a existência de brasileiros natos e naturalizados, vedando a distinção entre eles. A própria
Constituição dispõe que determinados cargos somente poderão ser ocupados por brasileiros natos. Com
base na Constituição/88, assinale a alternativa que indica o cargo que pode ser ocupado por brasileiro
naturalizado.

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a) Presidente da República.
b) Presidente do Senado Federal.
c) Presidente da Câmara dos Deputados.
d) Governador de Estado.
e) Oficial das Forças Armadas.

Comentários:

Os cargos de Presidente e Vice-Presidente da República, Presidente da Câmara dos Deputados, Presidente


do Senado Federal, Ministro do STF, oficial das Forças Armadas, carreira diplomática e Ministro de Estado da
Defesa são privativos de brasileiro nato. O cargo Governador de Estado, por sua vez, pode ser ocupado por
brasileiro naturalizado. A resposta é a letra D.

20. (FGV / OAB – 2011) No que tange ao direito de nacionalidade, assinale a alternativa correta.
a) O brasileiro nato não pode perder a nacionalidade.
b) O filho de pais alemães que estão no Brasil a serviço de empresa privada alemã será brasileiro nato caso
venha a nascer no Brasil.
c) O brasileiro naturalizado pode ser extraditado pela prática de crime comum após a naturalização.
d) O brasileiro nato somente poderá ser extraditado no caso de envolvimento com o tráfico de
entorpecentes.

Comentários:

Letra A: errada. O brasileiro nato pode perder a nacionalidade em caso de naturalização voluntária.

Letra B: correta. É isso mesmo. São brasileiros natos os nascidos na República Federativa do Brasil, ainda
que de pais estrangeiros, desde que estes não estejam a serviço do seu país.

Letra C: errada. O brasileiro naturalizado pode ser extraditado em caso de crime comum praticado antes da
naturalização ou em caso de comprovado envolvimento com tráfico ilícito de entorpecentes ou drogas afins.

Letra D: errada. O brasileiro nato jamais poderá ser extraditado.

21. (FGV / TRE-PA – 2011) A Constituição de 1988, em relação à nacionalidade, determina que:
a) são privativos de brasileiro nato os cargos de Presidente e Vice-Presidente da República, Presidente da
Câmara dos Deputados e Presidente do Senado Federal, assim como os Ministros do STF e do STJ.
b) perde a nacionalidade brasileira aquele que adquirir outra nacionalidade, sem exceções.
c) é considerada brasileiro nato a pessoa nascida na República Federativa do Brasil, ainda que de pais
estrangeiros a serviço de seu país.
d) os estrangeiros aqui residentes há mais de 10 (dez) anos ininterruptos, sem condenação penal, podem
requerer a cidadania brasileira, tornando-se brasileiros naturalizados.

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e) é brasileiro nato aquele nascido no estrangeiro de pai ou mãe brasileira, desde que qualquer deles esteja
a serviço da República Federativa do Brasil.

Comentários:

Letra A: errada. O cargo de Ministro do STJ não é privativo de brasileiro nato.

Letra B: errada. É possível que um brasileiro adquira outra nacionalidade e, mesmo assim, não perca a
nacionalidade brasileira. Isso pode ocorrer em dois casos:

a) quando houver reconhecimento de nacionalidade originária pela lei estrangeira;

b) quando houver imposição de naturalização, pela norma estrangeira, ao brasileiro residente em


estado estrangeiro, como condição para permanência em seu território ou para o exercício de direitos
civis.

Letra C: errada. A pessoa nascida no Brasil e que for filha de pais estrangeiros que aqui estavam a serviço do
seu País não será brasileiro nato.

Letra D: errada. São brasileiros naturalizados os estrangeiros de qualquer nacionalidade, residentes na


República Federativa do Brasil há mais de 15 (quinze) anos ininterruptos e sem condenação penal, desde
que requeiram a nacionalidade brasileira.

Letra E: correta. É exatamente o que prevê o art. 12, I, “b”. São brasileiros natos os nascidos no estrangeiro,
de pai brasileiro ou mãe brasileira, desde que qualquer deles esteja a serviço da República Federativa do
Brasil.

22. (FGV / PC-AP – 2010) Assinale o cargo que não é privativo de brasileiro nato.
a) Carreira diplomática.
b) Ministro de Estado da Defesa.
c) Ministro do Superior Tribunal de Justiça.
d) Presidente da Câmara dos Deputados.
e) Oficial das Forças Armadas.

Comentários:

O cargo de Ministro do STJ não é privativo de brasileiro nato. São cargos privativos de brasileiro nato os
seguintes: i) Presidente e Vice-Presidente da República; ii) Presidente da Câmara dos Deputados; iii)
Presidente do Senado Federal; iv) Ministro do STF; v) carreira diplomática; vi) oficial das Forças Armadas e;
vii) Ministro de Estado da Defesa. A resposta é a letra C.

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LISTA DE QUESTÕES

Nacionalidade

1. (FCC/ TRF 3ª Região -2019) Considere as seguintes situações:

I. Paula, brasileira, estava na Irlanda a serviço do Brasil, quando nasceu seu filho Bernardo.

II. Mercedes, chilena, veio ao Brasil para desfrutar suas férias, quando nasceu sua filha Angelita.

III. Manuela, brasileira, apenas estudava inglês na Austrália, quando nasceu seu filho Anthony, o qual
não foi registrado em repartição brasileira competente.

Nos termos da Constituição Federal de 1988, Bernardo


a) é brasileiro nato, pois nasceu no estrangeiro quando sua mãe, brasileira, estava a serviço do Brasil;
Angelita é brasileira nata, desde que venha a residir no Brasil e opte, em qualquer tempo, depois de atingida
a maioridade, pela nacionalidade brasileira, pois sua mãe é estrangeira; Anthony poderá adquirir a
nacionalidade brasileira apenas por meio da naturalização, pois, apesar de ser filho de mãe brasileira, nasceu
no estrangeiro e não foi registrado em repartição brasileira competente.
b) é brasileiro nato, pois nasceu no estrangeiro quando sua mãe, brasileira, estava a serviço do Brasil;
Angelita não é brasileira nata, mesmo que nascida em território nacional brasileiro, pois sua mãe é chilena e
não estava no país a serviço do Brasil; Anthony não poderá́ ser considerado brasileiro nato, ainda que sua
mãe seja brasileira, pois nasceu no estrangeiro e não foi registrado em repartição brasileira competente.
c) não é brasileiro nato, ainda que filho de mãe brasileira, pois nasceu no estrangeiro; Angelita é brasileira
nata, pois nasceu no Brasil, e sua mãe, estrangeira, não estava a serviço de seu país; Anthony não poderá ser
considerado brasileiro nato, ainda que sua mãe seja brasileira, pois nasceu no estrangeiro e não foi registrado
em repartição brasileira competente.
d) e Anthony são brasileiros natos, mesmo que nascidos em território estrangeiro, pois são filhos de mãe
brasileira; Angelita não é brasileira nata, mesmo que nascida em território nacional brasileiro, pois sua mãe
é chilena e não estava no país a serviço do Brasil.
e) é brasileiro nato, pois nasceu no estrangeiro quando sua mãe, brasileira, estava a serviço do Brasil;
Angelita é brasileira nata, pois nasceu no Brasil, e sua mãe, estrangeira, não estava a serviço de seu país;
Anthony é brasileiro nato, desde que venha a residir no Brasil e opte, em qualquer tempo, depois de atingida
a maioridade, pela nacionalidade brasileira.

2. (FCC / TRF 4ª Região – 2019) Considere que determinada mulher, filha de mãe brasileira e pai
estrangeiro, nascida em país cuja lei lhe reconhece nacionalidade originária e durante período em que sua

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mãe lá estava a serviço da República Federativa do Brasil, venha a residir no Brasil, depois de atingida a
maioridade. Nessa hipótese, referida mulher
a) é considerada brasileira nata, não podendo vir a ser extraditada, quaisquer que sejam as circunstâncias e
a natureza do delito pelo qual o requeira Estado estrangeiro.
b) não faz jus à nacionalidade originária brasileira, embora possa vir a ser naturalizada, após residir por
quinze anos ininterruptos no Brasil e desde que não sofra condenação penal.
c) será considerada brasileira naturalizada, podendo vir a ser autorizada sua extradição, mediante processo
de competência originária do Supremo Tribunal Federal, em caso de comprovado envolvimento em tráfico
ilícito de entorpecentes.
d) é considerada estrangeira, condição em virtude da qual não será concedida sua extradição apenas por
crime político ou de opinião.
e) será considerada brasileira nata, desde que opte pela nacionalidade brasileira, mediante processo de
competência da Justiça Federal.

3. (FCC / TRF 4ª Região – 2019) Alejandro é brasileiro naturalizado e está sendo acusado judicialmente
de exercer atividade nociva ao interesse nacional; Cláudia é brasileira nata e teve uma outra nacionalidade
originária assim reconhecida pela lei estrangeira; Marcos é brasileiro nato residente em Estado
estrangeiro, tendo se naturalizado naquele país como condição para sua permanência no território. Com
fundamento na Constituição Federal, sentença judicial poderá declarar a perda da nacionalidade a
a) Alejandro e Cláudia, apenas.
b) Alejandro, Cláudia e Marcos.
c) Cláudia e Marcos, apenas.
d) Alejandro, apenas.
e) Alejandro e Marcos, apenas.
4. (FCC / SEAD-AP – 2018) Claudilson Aparecido, habilidoso goleiro nascido em Goiânia e revelado no
futebol paulista, firmou contrato milionário com time destacado do Leste Europeu. Contudo, para
permanecer no país de seu novo clube, terá de se naturalizar cidadão do país em questão. Nessa hipótese,
segundo a Constituição Federal de 1988, Claudilson
a) torna-se inalistável e inelegível.
b) terá declarada a perda de sua nacionalidade brasileira.
c) terá sua nacionalidade brasileira suspensa, enquanto perdurar a condição imposta pelo país estrangeiro.
d) não perderá a nacionalidade brasileira, mesmo que haja a prática de atividade nociva ao interesse
nacional.
e) não perderá a nacionalidade brasileira, tendo em vista a imposição da naturalização como condição de
permanência no país de seu novo clube.

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5. (FCC / TRT 15ª Região – 2018) Consideradas as formas de aquisição da nacionalidade previstas na
Constituição Federal, são brasileiros
a) naturalizados os estrangeiros de qualquer nacionalidade, residentes na República Federativa do Brasil há
mais de dez anos ininterruptos e sem condenação penal, desde que requeiram a nacionalidade brasileira.
b) natos os nascidos na República Federativa do Brasil, ainda que de pais estrangeiros, desde que estes
estejam a serviço de seu país.
c) naturalizados os nascidos no estrangeiro, de pai brasileiro e mãe brasileira, desde que qualquer deles
esteja a serviço da República Federativa do Brasil.
d) natos os nascidos no estrangeiro de pai brasileiro ou mãe brasileira, desde que sejam registrados em
repartição brasileira competente.
e) naturalizados os que, na forma da lei, adquiram a nacionalidade brasileira, exigida dos originários de países
de língua portuguesa apenas residência por cinco anos ininterruptos e idoneidade moral.

6. (FCC / TRT-MS – 2017) Cravo Carvalho, 50 anos de idade, é brasileiro naturalizado, brilhante
advogado com seis livros publicados e mais de quinze anos de efetiva atividade profissional, com notável
saber jurídico e reputação ilibada. De acordo com a Constituição Federal, Cravo Carvalho poderá ocupar
cargo de
a) Ministro de Estado da Defesa.
b) Oficial das Forças Armadas.
c) Ministro do Supremo Tribunal Federal.
d) Ministro do Superior Tribunal de Justiça.
e) Presidente do Senado Federal.

7. (FCC / TRE-SP – 2017) Nos termos da Constituição Federal, o filho de pai brasileiro e mãe
estrangeira, nascido no exterior, será
a) estrangeiro, em qualquer hipótese.
b) brasileiro naturalizado, desde que resida no Brasil por dez anos ininterruptos, sem condenação penal, e
requeira a nacionalidade brasileira.
c) brasileiro nato, se, quando de seu nascimento, o pai estiver a serviço da República Federativa do Brasil.
d) brasileiro nato, desde que, quando de seu nascimento, a mãe não esteja a serviço de seu país de origem.
e) brasileiro naturalizado, desde que registrado em repartição brasileira competente ou venha a residir no
Brasil e opte, a qualquer tempo, depois de atingida a maioridade, pela nacionalidade brasileira.

8. (FCC / TRT 11ª Região – 2017) Considere as situações abaixo.


I. Airton é brasileiro e sua esposa Carmela é italiana. Bernardo, filho do casal, nasceu em Londres, enquanto
seu pai lá estava a serviço da República Federativa do Brasil.
II. Benjamin nasceu no Brasil enquanto seus pais, que são alemães, aqui estavam a serviço da Alemanha.

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III. João, filho de Maria, brasileira, nasceu nos Estados Unidos e foi registrado na repartição brasileira
competente.
São brasileiros natos:
a) João, apenas.
b) Bernardo, Benjamin e João.
c) Bernardo e João, apenas.
d) Bernardo e Benjamin, apenas.
e) Benjamin e João, apenas.

9. (FCC / TRT 11ª Região – 2017) Caio, brasileiro nato, é jogador de futebol profissional e foi
contratado para jogar por um grande clube estrangeiro, cuja legislação o país impõe a naturalização de
Caio como condição para a permanência em seu território, e, como queria continuar jogando nesse time,
procedeu à naturalização. Caio
a) perderá a nacionalidade brasileira enquanto permanecer em território estrangeiro, podendo readquiri-la
assim que retornar ao Brasil.
b) perderá a nacionalidade brasileira, tendo em vista que adquiriu outra nacionalidade.
c) tornar-se-á brasileiro naturalizado automaticamente, em razão de ter adquirido outra nacionalidade.
d) não perderá a nacionalidade brasileira apenas se comprovar que mantém vínculos com o Brasil, visitando-
o periodicamente.
e) não perderá a nacionalidade brasileira.

10. (FCC / SEFAZ-MA – 2016) A nacionalidade brasileira


a) é incompatível com a nacionalidade originária reconhecida por Estado estrangeiro.
b) é incompatível com a nacionalidade derivada outorgada por Estado estrangeiro que a exija para fins de
exercício de direitos civis.
c) é compatível com a nacionalidade derivada outorgada por Estado estrangeiro como condição para
permanência do brasileiro em seu território.
d) nata é condição para a investidura nos cargos de Presidente da República, de Vice-Presidente da
República, de Presidente da Câmara dos Deputados, de Presidente do Senado Federal, de Ministro do
Supremo Tribunal Federal, de Ministro da Defesa, da carreira diplomática e do oficialato das forças armadas
e das polícias militares.
e) derivada deverá ser reconhecida aos estrangeiros residentes no Brasil há mais de quinze anos
ininterruptos e sem condenações judiciais, desde que a requeiram.

11. (FCC / TRT 20ª Região – 2016) Considere as seguintes situações hipotéticas: Nádia é Ministra do
Tribunal Superior do Trabalho; Linda é Presidente da Câmara dos Deputados; Giseli é Ministra do Supremo
Tribunal Federal e Rafael é Ministro do Trabalho e Emprego. Segundo as normas preconizadas pela
Constituição Federal de 1988, são cargos privativos de brasileiros natos os ocupados APENAS por

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a) Nádia e Linda.
b) Nádia, Linda e Giseli.
c) Linda e Giseli.
d) Giseli e Rafael.
e) Nádia, Giseli e Rafael.

12. (FCC / TRT 14ª Região – 2016) As irmãs Catarina e Gabriela são brasileiras naturalizadas. Ambas
possuem carreira jurídica brilhante, destacando-se profissionalmente. Catarina almeja ocupar o cargo de
Ministra do Supremo Tribunal Federal e Gabriela almeja ocupar o cargo de Ministra do Tribunal Superior
do Trabalho. Neste caso, com relação ao requisito nacionalidade,
a) nenhuma das irmãs poderá alcançar o cargo almejado.
b) ambas as irmãs poderão alcançar o cargo almejado, independentemente de qualquer outra exigência
==cce50==

legal.
c) apenas Gabriela poderá alcançar o cargo almejado.
d) apenas Catarina poderá alcançar o cargo almejado.
e) ambas as irmãs só poderão alcançar o cargo almejado se tiverem mais de quinze anos de naturalização.

13. (FCC / TRT 23ª Região – 2016) Sobre as questões envolvendo a nacionalidade brasileira, de acordo
com a Constituição Federal de 1988:
a) A Constituição Federal veda a ocupação de cargos públicos por estrangeiros.
b) Para aquisição da nacionalidade brasileira, são exigidas aos cidadãos originários de países de língua
portuguesa apenas residência por um ano ininterrupto e idoneidade moral.
c) Para aquisição da nacionalidade brasileira, os estrangeiros de qualquer nacionalidade devem requerê-la e
demonstrar que residem na República Federativa do Brasil há mais de cinco anos ininterruptos e que não
possuem condenação penal, salvo os cidadãos originários de países de língua portuguesa.
d) São brasileiros natos os nascidos na República Federativa do Brasil, ainda que de pais estrangeiros, mesmo
que estes estejam a serviço de seu país.
e) Podem ser Ministros do Supremo Tribunal Federal os brasileiros natos e naturalizados.

14. (FCC / Procurador de São Luiz-MA – 2016) Ao nacional português com residência permanente no
Brasil NÃO será dado, em qualquer circunstância:
a) exercer função de magistério em Universidade pública.
b) candidatar-se a mandato de Deputado Federal ou Senador.
c) ter acesso a cargos públicos, mediante concurso público.
d) ocupar cargo de oficial das Forças Armadas.
e) ocupar cargo de Ministro de Estado.

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15. (FCC / PGE-MT – 2016) Juliana, brasileira nata, obteve a nacionalidade norte-americana, de forma
livre e espontânea. Posteriormente, Juliana fora acusada, nos Estados Unidos da América, da prática de
homicídio contra nacional daquele país, fugindo para o Brasil. Tendo ela sido indiciada em conformidade
com a legislação local, o governo norte-americano requereu às autoridades brasileiras sua prisão para fins
de extradição. Neste caso, à luz da Constituição Federal e da jurisprudência do Supremo Tribunal Federal,
Juliana,
a) poderá ser imediatamente extraditada, uma vez que a perda da nacionalidade brasileira neste caso é
automática.
b) não poderá ser extraditada, por continuar sendo brasileira nata, mesmo tendo adquirido nacionalidade
norte-americana.
c) poderá ter cassada a nacionalidade brasileira pela autoridade competente e ser extraditada para os
Estados Unidos para ser julgada pelo crime que lhe é imputado.
d) não poderá ser extraditada, pois, ao retornar ao território brasileiro, não poderá ter cassada sua
nacionalidade brasileira
e) não poderá ser extraditada se optar a qualquer momento pela nacionalidade brasileira em detrimento da
norte-americana.

16. (FCC / TRE-SE – 2015) Antônio, cidadão brasileiro e empregado público concursado do Banco do
Brasil, sociedade de economia mista federal, foi transferido para a agência bancária situada na cidade de
Viena, capital da Áustria, em janeiro de 2009, onde permaneceu até janeiro de 2012. Enquanto trabalhava
nessa cidade, Antônio conheceu Irina, cidadã russa residente em Lisboa, com quem teve um breve
relacionamento. Dessa relação, nasceu, na cidade de Salzburg, na Áustria, em abril de 2011, a menina
Katia.

Considerando o caso hipotético e o texto da Constituição brasileira de 1988, a filha de Antônio e Irina:
a) será brasileira nata se os pais a tiverem registrado no consulado brasileiro e caso venha a residir no Brasil
até os 18 anos.
b) é brasileira nata, independentemente de qualquer opção ou registro consular.
c) será brasileira nata se vier a residir no Brasil e opte por tal nacionalidade até um ano após a maioridade.
d) será brasileira nata se os pais a tiverem registrado no consulado brasileiro e caso opte, a qualquer tempo,
por tal nacionalidade.
e) não poderá acumular a nacionalidade brasileira nata que lhe seja reconhecida com eventuais
nacionalidades natas austríaca e russa, que lhe sejam garantidas pela legislação desses países.

17. (FCC / TRE-AP – 2015) Um casal de italianos, Pietro e Antonella, veio ao Brasil à serviço de seu país
e, após dois anos em território brasileiro, Antonella deu à luz a Filomena. Um casal de brasileiros, Joaquim
e Carolina, foi a Alemanha à serviço do Brasil e, após três anos em território alemão, Carolina deu à luz a
Clara. Um casal de espanhóis, Juan e Maria, veio ao Brasil a turismo e, após um mês em território brasileiro,
prematuramente Maria deu à luz a Luiz. Considerando essas três situações, são brasileiros natos:

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a) Clara e Luiz.
b) Filomena, Clara e Luiz.
c) Filomena e Luiz.
d) Luiz, apenas.
e) Clara, apenas.

18. (FCC / TRT 9ª Região – 2015) Um brasileiro naturalizado decidiu se dedicar à vida pública. Nos
termos da Constituição Federal, ele poderá ocupar cargo de:
a) Deputado Estadual.
b) Presidente da Câmara dos Deputados.
c) Ministro do Supremo Tribunal Federal.
d) na carreira diplomática.
e) oficial das Forças Armadas.

19. (FCC / TRT 4ª Região – 2015) Nos termos da Constituição Federal, são cargos privativos de
brasileiros natos:
a) Presidente e Vice-Presidente da República, Ministros do Supremo Tribunal Federal e do Superior Tribunal
de Justiça, Presidentes da Câmara dos Deputados e do Senado Federal.
b) Presidente e Vice-Presidente da República, Ministro de Estado da Defesa, Ministros do Supremo Tribunal
Federal e do Superior Tribunal de Justiça, integrantes da carreira diplomática.
c) Presidente e Vice-Presidente da Câmara dos Deputados, Presidente e Vice-Presidente do Senado Federal,
integrantes da carreira diplomática e das forças armadas, qualquer que seja a patente.
d) Integrantes da carreira diplomática, oficial das forças armadas e Ministro de Estado da Defesa.
e) Presidente e Vice-Presidente da República, Senador e Ministro do Supremo Tribunal Federal.

20. (FCC / SEFAZ-PE – 2015) Estado estrangeiro requer, à República brasileira, a extradição de indivíduo
ao qual aquele reconhece a condição de nacionalidade originária por lei, pelo comprovado envolvimento
em tráfico ilícito de entorpecentes. Ocorre que o indivíduo em questão nasceu em território brasileiro, em
ocasião em que seus pais, nacionais do Estado requerente, aqui estavam em viagem de turismo, tendo
residido desde a adolescência no Brasil. Nesta hipótese, considerada a disciplina da matéria na
Constituição da República, a extradição
a) poderá ser concedida, desde que o indivíduo tenha cancelada sua naturalização brasileira, por sentença
judicial.
b) não será concedida em hipótese alguma, por ser o indivíduo brasileiro nato.
c) somente seria vedada na hipótese de ser requerida pelo cometimento de crime político ou de opinião, por
ser o indivíduo estrangeiro.
d) poderá ser concedida, desde que o crime haja sido praticado antes da naturalização.

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e) somente seria concedida se atendidas as condições impostas pelo ordenamento brasileiro, relativamente
ao regular desenvolvimento do processo e à execução de eventual pena no Estado estrangeiro.

21. (FCC / TCE-GO – 2014) Genoval e Simone viajaram em suas férias para Paris objetivando visitar um
casal de amigos. Simone, grávida, durante a viagem, sofreu um acidente automobilístico que antecipou o
parto de seu filho, Bruno. Neste caso, de acordo com a Constituição Federal brasileira, apesar de Bruno ter
nascido em Paris, será considerado brasileiro nato
a) imediatamente a partir de seu nascimento, desde que seja registrado em repartição brasileira
competente, no prazo de cento e vinte dias a contar da data de seu nascimento.
b) imediatamente a partir de seu nascimento, independentemente de opção de nacionalidade ou registro
em repartição brasileira.
c) desde que venha a residir na República Federativa do Brasil e opte no prazo de sessenta meses depois de
atingida a maioridade, pela nacionalidade brasileira.
d) desde que seja registrado em repartição brasileira competente e opte, no prazo de cento e vinte dias,
depois de atingida a maioridade, pela nacionalidade brasileira, independentemente de residir na República
Federativa do Brasil.
e) desde que seja registrado em repartição brasileira competente ou venha a residir na República Federativa
do Brasil e opte, em qualquer tempo, depois de atingida a maioridade, pela nacionalidade brasileira.

22. (FCC / SEFAZ-PE – 2014) Em relação à aquisição secundária da nacionalidade brasileira, é correto
afirmar:
a) A naturalização é garantida aos portugueses com residência permanente no país, desde que haja
reciprocidade de tratamento em favor dos brasileiros em Portugal.
b) A naturalização dos estrangeiros oriundos de países de língua portuguesa tem como requisito apenas a
residência no Brasil por um ano ininterrupto e a idoneidade moral.
c) Segundo a Constituição, a naturalização ordinária de nacionais de países não lusófonos deve ter seus
requisitos definidos em lei, cujo preenchimento pelo solicitante gera direito subjetivo público à
nacionalidade brasileira.
d) A naturalização extraordinária, que beneficia qualquer estrangeiro que resida no Brasil há mais de quinze
anos ininterruptos e sem condenação penal, depende de requerimento, cuja resposta, em caso positivo, tem
efeitos constitutivos.
e) O brasileiro naturalizado poderá ter cancelada sua naturalização em processo administrativo em que lhe
seja garantida a ampla defesa ou por sentença judicial, no caso de estar envolvido em atividade nociva ao
interesse nacional.

23. (FCC / TRT 1ª Região – 2014) Salomé nasceu em Portugal quando sua mãe, brasileira, cursava
doutorado na Universidade de Coimbra. O pai de Salomé é português. Quanto à sua nacionalidade, Salomé
a) jamais poderá adquirir a nacionalidade brasileira.
b) adquirirá a nacionalidade brasileira desde que venha a residir no Brasil antes de completar 18 anos.
c) poderá ser brasileira naturalizada, jamais nata.

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d) somente poderia adquirir a nacionalidade brasileira se sua mãe estivesse a serviço do Brasil, na época do
seu nascimento.
e) poderá optar pela nacionalidade brasileira, em qualquer tempo, depois de atingida a maioridade, se vier
a residir no Brasil.

24. (FCC / TCE-RS – 2014) Sicrano, filho de mãe brasileira e pai egípcio, nascido durante período em
que seus pais eram estudantes universitários na França, veio, após a maioridade, a residir no Brasil, onde
pretende viver pelo resto de sua vida. Nos termos da Constituição da República, Sicrano:
a) somente seria considerado brasileiro nato se, quando de seu nascimento, sua mãe, que era brasileira,
estivesse no exterior a serviço da República Federativa do Brasil.
b) poderá vir a ser brasileiro naturalizado, se efetivamente residir no país por até quinze anos ininterruptos,
desde que requeira a nacionalidade brasileira.
c) é considerado brasileiro naturalizado, desde o momento em que fixou residência no país, já que é filho de
mãe brasileira, estando sujeito, contudo, a extradição, na hipótese de cometimento de crime comum a partir
de então.
d) será considerado brasileiro nato, se optar, a qualquer tempo, pela nacionalidade brasileira, caso em que
não estará sujeito a extradição, nem mesmo na hipótese de comprovado envolvimento em tráfico ilícito de
entorpecentes.
e) somente seria considerado brasileiro nato se, quando de seu nascimento, houvesse sido registrado em
repartição brasileira competente.

25. (FCC / TRT 16ª Região – 2014) Pietro, nascido na Itália, naturalizou-se brasileiro no ano de 2012.
No ano de 2011, Pietro acabou cometendo um crime de roubo, cuja autoria foi apurada apenas no ano de
2013, sendo instaurada a competente ação penal, culminando com a condenação de Pietro, pela Justiça
Pública, ao cumprimento da pena de 05 anos e 04 meses de reclusão, em regime inicial fechado, por
sentença transitada em julgado. Neste caso, nos termos estabelecidos pela Constituição federal, Pietro:
a) não poderá ser extraditado, tendo em vista a quantidade de pena que lhe foi imposta pelo Poder Judiciário.
b) não poderá ser extraditado, pois o crime foi cometido antes da sua naturalização.
c) poderá ser extraditado.
d) não poderá ser extraditado, pois não cometeu crime hediondo ou de tráfico ilícito de entorpecentes e
drogas afim.
e) não poderá ser extraditado, pois a sentença condenatória transitou em julgado após a naturalização.

26. (FCC / TRT 19ª Região – 2014) Anita Fernanda, nascida em Goiânia há 26 anos, é designer de moda
no Brasil. Na semana passada, recebeu um convite para morar na Europa e trabalhar em uma agência de
moda que desenha figurinos para os principais desfiles de Paris. No entanto, o país em que trabalhará
exigiu que Anita se naturalizasse para nele permanecer e exercer sua atividade profissional. Antes de
aceitar a proposta para o novo emprego, Anita consulta sua advogada, questionando-a sobre as possíveis

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consequências decorrentes de um pedido de naturalização. Nesta hipótese, à luz do que dispõe a


Constituição Federal, a advogada informa que Anita:
a) terá declarada a perda da nacionalidade brasileira.
b) terá declarada a suspensão da nacionalidade brasileira, apenas enquanto não cancelar a naturalização do
país em que trabalhará.
c) terá declarada a suspensão da nacionalidade brasileira até o momento em que retornar ao Brasil, quando,
então, poderá optar, novamente, pela nacionalidade brasileira.
d) perderá automaticamente a nacionalidade brasileira. Todavia, terá garantido o direito de solicitar a
reaquisição da nacionalidade, junto ao Ministério da Justiça, assim que regressar ao Brasil definitivamente.
e) não terá declarada a perda da nacionalidade brasileira.

27. (FCC / TRE-SP - 2012) João, filho de pai brasileiro e mãe espanhola, nascido na França, por ocasião
de serviços diplomáticos prestados naquele Estado por seu pai à República Federativa do Brasil, reside há
dez anos ininterruptos no país e pretende candidatar-se a Presidente da República. Nesse caso,
considerada exclusivamente a exigência relativa à nacionalidade, João:
a) não poderá candidatar-se, por se tratar de cargo reservado a brasileiros natos e João ser estrangeiro, à luz
da Constituição da República.
b) poderá candidatar-se, por ser considerado brasileiro nato, atendendo a essa condição de elegibilidade,
nos termos da Constituição da República.
c) poderá candidatar-se, desde que possua idoneidade moral e adquira a nacionalidade brasileira, na forma
da lei, por já residir há mais de um ano ininterrupto no país.
d) poderá candidatar-se, desde que resida por mais cinco anos ininterruptos no país, não sofra condenação
criminal e requeira a nacionalidade brasileira.
e) poderá candidatar-se, desde que opte pela nacionalidade brasileira, a qualquer tempo.
28. (FCC / DPE-SP - 2010) O filho nascido no Brasil de um casal de alemães que tenha vindo morar no
Estado do Ceará em razão da aquisição de um estabelecimento hoteleiro (pousada), tem nacionalidade,
nos termos da Constituição Federal Brasileira,
a) alemã.
b) brasileira.
c) alemã, considerado naturalizado brasileiro.
d) brasileira, considerado naturalizado.
e) brasileira, considerado naturalizado alemão.

29. (FCC / TRT 1ª Região - 2011) A nacionalidade que se adquire por vontade própria, após o
nascimento, e em regra pela naturalização, é classificada de:
a) secundária.

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b) primária.
c) originária.
d) primordial.
e) funcional.

30. (FCC / TRT 22ª Região - 2010) A nacionalidade que se adquire por vontade própria, após o
nascimento, e em regra pela naturalização, é classificada como:
a) relativa.
b) originária.
c) primária.
d) absoluta.
e) secundária.

31. (FCC / TRE-RN - 2011) Tício, filho de pais americanos, nasceu no Brasil uma vez que seus pais são
diplomatas e estavam em território brasileiro a serviço do seu país. Bruno, filho de pais brasileiros, nasceu
no México, uma vez que sua mãe estava neste país a serviço da República Federativa do Brasil. Nestes
casos:
a) Tício e Bruno são brasileiros natos.
b) apenas Tício é brasileiro nato.
c) apenas Bruno é brasileiro nato.
d) Tício e Bruno são americano e mexicano, respectivamente.
e) Tício e Bruno podem ser brasileiros naturalizados, desde que façam esta opção no prazo constitucional.

32. (FCC / TJ-SE - 2009) Joana é professora estadual em Brasília, onde residia com seu marido, Pedro.
Quando ela estava grávida, Pedro, diplomata brasileiro, foi transferido para a cidade de Madri, na
Espanha, a serviço do Brasil. Em Madri, nasceu João, filho do casal. Neste caso, João é:
a) estrangeiro, podendo se naturalizar, sendo exigida apenas residência em território nacional por um ano
ininterrupto e idoneidade moral.
b) estrangeiro, podendo se naturalizar, se vier a residir no Brasil por quinze anos ininterruptos e opte pela
nacionalidade brasileira.
c) estrangeiro, podendo se naturalizar, se optar pela nacionalidade brasileira a qualquer tempo, não havendo
prazo mínimo de residência em território brasileiro.
d) brasileiro nato por expressa disposição Constitucional neste sentido.
e) brasileiro nato, desde que seus pais registrem o filho no Consulado Brasileiro e João, quando completar
dezoito anos de idade, opte pela nacionalidade brasileira.

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33. (FCC / TCE-RO - 2010) João reside em Portugal e é filho de um casal formado por pai estrangeiro e
mãe nascida no estrangeiro de pais que estavam a serviço da República Federativa do Brasil. Para o
ordenamento jurídico brasileiro, em relação à nacionalidade, João é considerado:
a) estrangeiro.
b) português equiparado, desde que comprove residência fixa no Brasil por mais de um ano ininterrupto.
c) brasileiro nato, se optar pela nacionalidade brasileira depois de atingida a maioridade, mesmo se continuar
residindo em Portugal, independentemente de ter sido registrado ou não em repartição brasileira
competente.
d) brasileiro naturalizado com dupla cidadania, desde que retire seu título de eleitor em repartição brasileira
competente, devendo, em eleições brasileiras, votar ou justificar sua ausência.
e) brasileiro nato, desde que seja registrado em repartição brasileira competente ou venha a residir na
República Federativa do Brasil e opte, em qualquer tempo, depois de atingida a maioridade, pela
nacionalidade brasileira.

34. (FCC / TCE-GO - 2009) São brasileiros natos, nos termos da Constituição, os:
a) nascidos na República Federativa do Brasil, ainda que de pais estrangeiros que estejam a serviço de seu
país.
b) nascidos no estrangeiro, filhos de pais brasileiros, desde que ambos estejam a serviço da República
Federativa do Brasil.
c) nascidos no estrangeiro, de pai brasileiro ou mãe brasileira, desde que sejam registrados em repartição
brasileira competente ou venham a residir na República Federativa do Brasil e optem, a qualquer tempo,
depois de atingida a maioridade, pela nacionalidade brasileira.
d) que, na forma da lei, adquiram a nacionalidade brasileira, exigidas aos originários de países de língua
portuguesa apenas residência por um ano ininterrupto e idoneidade moral.
e) estrangeiros de qualquer nacionalidade residentes na República Federativa do Brasil há mais de quinze
anos ininterruptos e sem condenação penal, desde que requeiram a nacionalidade brasileira.

35. (FCC / TRF 4ª Região - 2010) São brasileiros naturalizados, de acordo com a Constituição Federal:
a) os que adquiram a nacionalidade brasileira, exigidas dos originários de países de língua portuguesa
residência no Brasil por, no mínimo, cinco anos, e idoneidade moral.
b) todos que adquiram a nacionalidade brasileira, exigindo- se dos originários de países de língua portuguesa,
apenas, residência por um ano ininterrupto no Brasil.
c) os estrangeiros de qualquer nacionalidade, residentes no Brasil há mais de trinta anos e sem condenação
penal, desde que requeiram a nacionalidade brasileira.
d) os estrangeiros residentes no Brasil há mais de quinze anos ininterruptos e sem condenação penal, desde
que requeiram a nacionalidade brasileira.
e) os estrangeiros residentes no Brasil há mais de dez anos e de comprovada idoneidade moral, desde que
requeiram a nacionalidade brasileira.

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36. (FCC / TRT 8ª Região - 2010) A naturalização extraordinária tem por requisitos:
a) residência contínua no país pelo prazo de quatro anos; ler e escrever em português; e bom procedimento.
b) residência fixa no país há mais de quinze anos; ausência de condenação penal; e requerimento do
interessado.
c) residência contínua no país pelo prazo de cinco anos; ler e escrever em português; e bom procedimento.
d) residência contínua no país pelo prazo de cinco anos; exercício de profissão; e bom procedimento.
e) residência contínua no país pelo prazo de cinco anos; posse de bens suficientes próprios e da família; e
ausência de condenação penal.

37. (FCC / TJ-SE - 2009) São brasileiros naturalizados os que, na forma da lei, adquiram a nacionalidade
brasileira, exigidas aos originários de países de língua portuguesa apenas residência por:
a) três meses ininterruptos e idoneidade moral.
b) seis meses ininterruptos e idoneidade moral.
c) um ano ininterrupto e idoneidade moral.
d) dois anos ininterruptos.
e) três anos ininterruptos.

38. (FCC / DPE-SP - 2010) É privativo de brasileiro nato o cargo de:


a) Presidente do Superior Tribunal de Justiça.
b) Presidente do Tribunal de Justiça.
c) Defensor Geral do Estado.
d) Presidente da Câmara dos Deputados.
e) Presidente do Tribunal de Contas da União.

39. (FCC / TRF 4ª Região - 2010) Poderá ser ocupado por brasileiro naturalizado o cargo de:
a) Ministro da Justiça.
b) Oficial das Forças Armadas.
c) Ministro de Estado da Defesa.
d) Presidente do Senado Federal.
e) Ministro do Supremo Tribunal Federal.

40. (FCC / TJ-PA - 2009) Klaus Werner, de origem alemã, adquiriu a nacionalidade brasileira após
regular processo de naturalização. Assim, poderá ele exercer dentre outros, o cargo de:
a) Ministro do Supremo Tribunal Federal.
b) Vice-Presidente da República.
c) Ministro da Fazenda.

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d) Oficial das Forças Armadas.


e) Presidente da Câmara dos Deputados.

41. (FCC / TRF 5ª Região - 2008) Dentre outros, é privativo de brasileiro nato o cargo de:
a) Ministro dos Tribunais Superiores.
b) Oficial das Forças Armadas.
c) Governador de Estado.
d) Presidente de Assembleias Legislativas.
e) Senador da República.

GABARITO
1. LETRA E 31. LETRA C
2. LETRA A 32. LETRA D
3. LETRA D 33. LETRA E
4. LETRA E 34. LETRA C
5. LETRA D 35. LETRA D
6. LETRA D 36. LETRA B
7. LETRA C 37. LETRA C
8. LETRA C 38. LETRA D
9. LETRA E 39. LETRA A
10. LETRA C 40. LETRA C
11. LETRA C 41. LETRA B
12. LETRA C
13. LETRA B
14. LETRA D
15. LETRA C
16. LETRA B
17. LETRA A
18. LETRA A
19. LETRA D
20. LETRA B
21. LETRA E
22. LETRA B
23. LETRA E
24. LETRA D
25. LETRA C
26. LETRA E
27. LETRA B
28. LETRA B
29. LETRA A
30. LETRA E

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LISTA DE QUESTÕES

Nacionalidade

1. (FGV / AL-RO – 2018) Peter nasceu na Áustria no período em que sua mãe, Maria, brasileira nata,
servidora da União, fora designada para trabalhar na embaixada brasileira naquele país. Como Maria era
casada com Hans, de nacionalidade austríaca, Peter também tinha a nacionalidade do pai, jamais tendo
residido no território brasileiro.

Ao completar trinta anos de idade, Peter consultou um advogado sobre a possibilidade de se candidatar a
um mandato eletivo no Brasil, na eleição a ser realizada no ano seguinte, tendo sido informado,
corretamente, que
a) os estrangeiros, como Peter, não podem concorrer a um mandato eletivo.
b) sendo brasileiro nato, pode concorrer aos cargos eletivos privativos de brasileiro nato.
c) somente teria nacionalidade brasileira se a lei da Áustria não reconhecesse a sua nacionalidade austríaca
originária.
d) pode optar pela nacionalidade brasileira caso venha a residir no país, podendo concorrer a todos os cargos
eletivos.
e) caso venha a se naturalizar brasileiro, poderá concorrer a todos os cargos eletivos não privativos de
brasileiro nato.

2. (FGV / TJ-SC – 2018) François nasceu no território brasileiro durante o período em que seus pais,
nacionais franceses, aqui estavam por se encontrarem em gozo de licença na fábrica de bijuterias em que
trabalhavam na França.

À luz da sistemática constitucional, François:


a) é brasileiro nato, desde que seus pais tenham requerido;
b) é brasileiro nato, desde que o requeira aos dezoito anos;
c) é brasileiro nato, independente de requerimento;
d) é apenas nacional francês, não brasileiro;
e) pode naturalizar-se brasileiro.

3. (FGV / MPE-AL – 2018) Peter, filho de John e Mary, ambos de nacionalidade norte-americana,
nasceu no território brasileiro quando seus pais, trabalhadores em uma indústria nos Estados Unidos da
América, aqui estavam em gozo de férias.

Utilizando-se as normas constitucionais afetas à nacionalidade como referência, é correto afirmar que
Peter

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a) pode optar pela nacionalidade brasileira quando completar dezoito anos de idade, pois nasceu no
território brasileiro.
b) é brasileiro naturalizado, isto por ter nascido no território brasileiro, mas ser filho de estrangeiros.
c) é brasileiro nato, pois nasceu no território brasileiro e os seus pais não estavam a serviço do seu país.
d) pode optar a qualquer tempo pela nacionalidade brasileira, pois nasceu no território brasileiro.
e) não tem nacionalidade brasileira, mas pode solicitar que o governo brasileiro a defira.

4. (FGV / SEFIN-RO - 2018) Luca nasceu em território brasileiro. Seus pais tinham nacionalidade
italiana e, na ocasião, estavam a serviço de uma conhecida indústria de automóvel com sede na Itália.
Logo após o nascimento, Luca retornou para a Itália. Após completar dezoito anos de idade, decidiu viver
na República Federativa do Brasil e seguir carreira política.

À luz da sistemática constitucional afeta à nacionalidade, é correto afirmar que Luca


a) não é brasileiro, pois é filho de pais italianos; logo, para candidatar-se a um cargo eletivo, deveria
naturalizar-se.
b) é brasileiro nato, por ter nascido no território brasileiro, podendo candidatar-se a qualquer cargo eletivo.
c) é brasileiro nato, desde que não tenha sido registrado na Itália, podendo candidatar-se a qualquer cargo
eletivo.
d) é brasileiro nato, desde que optante pela nacionalidade brasileira, podendo candidatar-se a qualquer
cargo eletivo.
e) é brasileiro naturalizado, pois passou a residir no Brasil após a maioridade, o que limita as possibilidades
de candidatura.

5. (FGV / TRT 12ª Região - 2017) Roberto nasceu no território brasileiro quando seus pais, Antônio e
Joana, cidadãos franceses, aqui se encontravam pelo período de dois meses em gozo de férias. Logo após
o nascimento, foi levado pelos pais para a França, somente retornando ao Brasil 30 anos depois. Ao
retornar, teve grande afeição pela cultura brasileira e decidiu que iria candidatar-se ao cargo de Presidente
da República tão logo alcançasse a idade exigida.

À luz da sistemática constitucional, é correto afirmar que a futura candidatura de Roberto, caso
observados os demais requisitos exigidos:
a) é possível, por ser brasileiro nato;
b) é possível, desde que renuncie à nacionalidade francesa;
c) é possível, desde que se naturalize brasileiro;
d) é possível, se optou pela nacionalidade brasileira até os dezoito anos;
e) não é possível, por ser estrangeiro.

6. (FGV / Oficial de Chancelaria – 2016) Os amigos Ednaldo e José Carlos travaram intensa discussão
a respeito de sua relação com a República Federativa do Brasil. Ednaldo, com 35 anos de idade, nascera na

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Áustria e era filho de pai brasileiro e mãe austríaca, os quais trabalhavam em uma organização civil
protetora dos animais. Ednaldo nunca residiu em território brasileiro. José Carlos, 21 anos de idade, filho
de pais austríacos, por sua vez, nasceu no Brasil na época em que os seus pais trabalhavam na embaixada
austríaca, tendo em seguida viajado para a Áustria, de onde nunca mais saiu.

À luz da sistemática constitucional e da análise das informações fornecidas na narrativa acima, é correto
afirmar, a respeito dos dois amigos, que:
a) José Carlos não pode ser considerado brasileiro nato.
b) Ednaldo é brasileiro nato;
c) José Carlos é brasileiro nato;
d) Ednaldo será brasileiro nato caso venha a residir no Brasil;
e) os amigos somente podem vir a naturalizar-se brasileiros.
==cce50==

7. (FGV / TJ-SC – 2015) Peter, cidadão sueco em viagem de férias no Brasil, manteve relacionamento
amoroso com Marie, cidadã francesa que visitava um primo na Cidade de Florianópolis. Desse
relacionamento, nasceu Gustavisson, fato ocorrido no território brasileiro. É possível afirmar que a
nacionalidade do filho do casal é:
a) brasileira, por ter nascido na República Federativa do Brasil;
b) necessariamente diversa da brasileira, isso em razão do princípio da nacionalidade paterna;
c) brasileira, desde que tenha sido registrado em repartição consular brasileira;
d) necessariamente diversa da brasileira, isso em razão do princípio da nacionalidade materna;
e) necessariamente diversa da brasileira, já que seus pais eram estrangeiros e não estavam estabelecidos no
Brasil.

8. (FGV / TJ-RO – 2015) Peter, nascido na Áustria, decidiu obter a nacionalidade brasileira, o que foi
deferido pelo órgão competente. Ato contínuo, passou a inteirar-se sobre os direitos que brasileiros natos
e naturalizados possuem, bem como sobre possíveis restrições que poderiam ser impostas a esses direitos.
A respeito dessa temática, é correto afirmar que:
a) a suspensão dos direitos políticos do brasileiro nato não se confunde com a causa de inelegibilidade, pois
esta última somente restringe a cidadania em sua acepção passiva;
b) a extinção dos direitos políticos do brasileiro naturalizado não se confunde com a inabilitação, pois esta
última somente restringe a nacionalidade em sua acepção passiva;
c) a perda dos direitos políticos do brasileiro nato não se confunde com a perda dos direitos fundamentais,
pois esta última somente restringe a personalidade em sua acepção passiva;
d) a privação de liberdade do brasileiro nato pode gerar a suspensão dos direitos políticos, que somente
restringe a cidadania em sua acepção passiva;
e) a perda da nacionalidade do brasileiro naturalizado não se confunde com a suspensão dos direitos
políticos, pois esta última somente restringe o direito de sufrágio.

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9. (FGV / TJ-PI – 2015) Agnaldo, filho de pai brasileiro e mãe estrangeira, atualmente com 35 (trinta
e cinco) anos de idade, nasceu no estrangeiro e lá permanece até hoje, sem nunca ter visitado a República
Federativa do Brasil. É correto afirmar que Agnaldo:
a) deve ser considerado brasileiro nato, pelo só fato de ser filho de pai brasileiro;
b) pode naturalizar-se brasileiro, desde que venha a residir no Brasil;
c) deve ser considerado brasileiro nato caso o seu pai estivesse no exterior a serviço do Estado brasileiro;
d) sempre será considerado estrangeiro, já que nasceu fora do território brasileiro;
e) tornar-se-á brasileiro naturalizado caso venha a residir no Brasil e opte pela nacionalidade brasileira.

10. (FGV / TJ-PI – 2015) Adalberto é brasileiro nato e vive há quinze anos em um determinado País da
Europa. Em determinado momento, foi editada uma lei nesse País que exigia a naturalização dos
estrangeiros ali residentes há mais de dez anos para que pudessem permanecer em seu território. Em
razão dessa exigência, Adalberto requereu e teve deferida a nacionalidade desse País. À luz da sistemática
constitucional, é correto afirmar que Adalberto:
a) deve ter declarada a perda da nacionalidade brasileira por ter obtido, a partir de requerimento seu, a
nacionalidade estrangeira;
b) somente não perderia a nacionalidade brasileira caso fosse naturalizado estrangeiro por força de lei do
respectivo País, sem qualquer requerimento nesse sentido;
c) somente não perderia a nacionalidade brasileira se estivesse no estrangeiro, de maneira impositiva, a
serviço da República Federativa do Brasil;
d) não perderá a nacionalidade brasileira, pois a naturalização foi imposta, pela norma estrangeira, como
condição para permanência no território do respectivo País;
e) não perderá a nacionalidade brasileira, pois a hipótese versa sobre reconhecimento de nacionalidade
originária pela lei estrangeira.

11. (FGV / DPE-RO – 2015) Ernesto, filho de pais brasileiros, nascido e registrado na República do
Paraguai, ao atingir a maioridade, decide vir para o Brasil. Ao chegar neste País, consulta um Defensor
Público a respeito dos seus direitos. É correto afirmar que Ernesto:
a) pode optar, a qualquer tempo, pela nacionalidade brasileira;
b) somente pode obter a nacionalidade brasileira se for naturalizado;
c) é considerado brasileiro nato pelo simples fato de seus pais serem brasileiros;
d) somente pode optar pela nacionalidade brasileira se os seus pais estavam, no Paraguai, a serviço do Brasil;
e) somente terá reconhecida a nacionalidade brasileira se o Paraguai oferecer reciprocidade ao Brasil.

12. (FGV / SSP-AM – 2015) Peter, filho de um casal austríaco, nasceu no território brasileiro quando
seus pais aqui estavam a serviço da Embaixada da Áustria. Após o seu nascimento, permaneceu no Brasil
por cerca de dez anos, até que a família retornou ao País de origem. Como Peter passou a ter sólidos laços

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afetivos com o Brasil, sendo frequentes as suas viagens a passeio para este País, tomou a decisão de
candidatar-se a um cargo eletivo que é privativo de brasileiro nato. É possível afirmar que Peter:
a) é brasileiro nato, já que nasceu na República Federativa do Brasil;
b) somente pode ser considerado brasileiro nato caso sua família tenha providenciado o seu registro de
nascimento no Brasil, enquanto aqui residiu;
c) tem dupla nacionalidade, austríaca e brasileira, podendo praticar quaisquer atos civis e políticos na Áustria
e no Brasil;
d) não pode ser considerado brasileiro nato, já que é filho de estrangeiros que estavam no Brasil a serviço
do seu País de origem;
e) será considerado brasileiro nato tão logo promova o seu registro de nascimento em cartório do registro
civil das pessoas naturais situado no Brasil.

13. (FGV / Câmara Municipal de Caruaru – 2015) Ana é brasileira nata, sendo neta de portugueses
radicados no Brasil. Por força de legislação específica, a mãe de Ana, Fátima, também brasileira nata,
obtém a dupla nacionalidade para ambas, indo residir, de forma definitiva, em Portugal, onde passam a
exercer atividades profissionais.

No momento da renovação do passaporte brasileiro, Fátima e Ana são comunicadas de que perderam a
nacionalidade brasileira por cancelamento.

De acordo com a Constituição Federal, haverá a perda da nacionalidade brasileira com a


a) aquisição de nova nacionalidade derivada.
b) ida para outro país exercer atividade profissional.
c) imposição de naturalização para o exercício de direitos civis no estrangeiro.
d) declaração de nova nacionalidade originária prevista em lei estrangeira.
e) fixação de residência definitiva em Estado estrangeiro.

14. (FGV / Câmara Municipal de Caruaru – 2015) Cláudio e Rita, brasileiros natos, casaram e decidiram
residir na Argentina, bem como trabalhar na indústria automobilística. Da união de ambos, resultou o
nascimento de Júlio, que continuou residindo no exterior por trinta anos ininterruptos. Durante parte
desse período, ele manteve uma coluna em um importante jornal brasileiro, na qual analisava a política
econômica do Brasil.

A partir da hipótese apresentada, assinale a afirmativa correta


a) Júlio é brasileiro nato, pelo só fato de ser filho de brasileiros.
b) Júlio pode vir a naturalizar-se como brasileiro, desde que resida por mais de vinte anos no Brasil.
c) Júlio pode ser considerado brasileiro nato, desde que seus pais tenham providenciado a sua naturalização
antes de atingir a maioridade.

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d) Júlio será considerado brasileiro nato caso opte, a qualquer tempo, após ter atingido a maioridade, pela
nacionalidade brasileira.
e) Júlio não pode ser considerado brasileiro nato em nenhuma hipótese, pois os seus pais não estavam no
exterior a serviço da República Federativa do Brasil.

15. (FGV / TJ-RJ –2014) Erik, nascido em Gana, resolveu transferir o seu domicílio para o território
brasileiro, aqui permanecendo, com conduta ilibada e plena aquiescência do Estado brasileiro, por
dezenove anos ininterruptos. No dia imediato à integralização desse período, formulou pedido para que
lhe fosse concedida a nacionalidade brasileira e, ato contínuo, pretendeu praticar ato privativo de
brasileiro. À luz desse quadro, é possível afirmar que Erik:
a) não pode praticar ato privativo de brasileiro, pois nascido no estrangeiro;
b) pode praticar ato privativo de brasileiro, desde que haja reciprocidade de tratamento por parte de Gana,
devidamente formalizada em acordo bilateral;
c) não pode praticar ato privativo de brasileiro, pois não comprovada a existência de decisão decretando a
perda de sua nacionalidade de origem;
d) pode praticar ato privativo de brasileiro, pois o ato de reconhecimento da nacionalidade brasileira é
meramente declaratório, retroagindo à data do requerimento;
e) não pode praticar ato privativo de brasileiro, pois o Estado brasileiro é soberano para atribuir, ou não,
essa nacionalidade aos estrangeiros residentes em seu território.

16. (FGV / SUDENE – 2013) De acordo com a Constituição Federal, assinale a alternativa que apresenta
uma condição para ser considerado brasileiro nato.
a) Os que são originários de países de língua portuguesa com residência no Brasil por um ano ininterrupto.
b) Os estrangeiros de qualquer nacionalidade, residentes na República Federativa do Brasil há mais de quinze
anos ininterruptamente.
c) Os nascidos no estrangeiro, de pai brasileiro ou mãe brasileira, desde que um deles esteja a serviço da
República Federativa do Brasil.
d) Os portugueses com residência permanente no Brasil.
e) A nova legislação não estabelece distinção entre brasileiros natos e naturalizados.

17. (FGV / TJ-AM – 2013) Cada Estado nacional tem a liberdade de definir aqueles que serão os seus
nacionais por meio do estabelecimento de regras gerais quanto ao direito à nacionalidade. No caso do
Brasil, são considerados brasileiros:
a) os nascidos no estrangeiro, de pais de qualquer nacionalidade, desde que qualquer um deles estivesse a
serviço da República Federativa do Brasil.
b) os nascidos no estrangeiro, filhos de pai ou mãe brasileiros, desde que registrados em repartição brasileira
competente.
c) os nascidos no estrangeiro, filhos de pai ou mãe brasileiros, desde que venham a residir no país e optem,
antes de atingida a maioridade, pela nacionalidade brasileira.

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d) os nascidos no estrangeiro, sem qualquer outra condição, desde que filhos de pai e mãe brasileiros.
e) os nascidos em país com o qual o Brasil mantenha tratado de dupla cidadania.

18. (FGV / TJ-AM – 2013) Tendo em vista o que dispõe a Constituição da República Federativa do Brasil,
assinale a alternativa que apresenta um caso de atribuição da nacionalidade brasileira.
a) Kevin, nascido no Brasil, filho de pais canadenses a serviço do Governo do Canadá.
b) Jonas, hoje com 21 anos, residente na cidade de São Paulo, nascido e registrado no Japão, filho de Marcos
e Márcia, domiciliados naquele país, onde trabalham em uma empresa multinacional.
c) José, português, domiciliado na cidade de Manaus há seis meses.
d) Mark, alemão, domiciliado na cidade de Aracajú há 10 anos, e que hoje está em liberdade condicional,
após condenação pelo crime de tráfico de drogas.
e) Luigi, italiano, residente em Milão, casado com Joana, que lá reside com ele.

19. (FGV / TJ-AM – 2013) Em relação à nacionalidade, a Constituição da República Federativa do Brasil
reconhece a existência de brasileiros natos e naturalizados, vedando a distinção entre eles. A própria
Constituição dispõe que determinados cargos somente poderão ser ocupados por brasileiros natos. Com
base na Constituição/88, assinale a alternativa que indica o cargo que pode ser ocupado por brasileiro
naturalizado.
a) Presidente da República.
b) Presidente do Senado Federal.
c) Presidente da Câmara dos Deputados.
d) Governador de Estado.
e) Oficial das Forças Armadas.

20. (FGV / OAB – 2011) No que tange ao direito de nacionalidade, assinale a alternativa correta.
a) O brasileiro nato não pode perder a nacionalidade.
b) O filho de pais alemães que estão no Brasil a serviço de empresa privada alemã será brasileiro nato caso
venha a nascer no Brasil.
c) O brasileiro naturalizado pode ser extraditado pela prática de crime comum após a naturalização.
d) O brasileiro nato somente poderá ser extraditado no caso de envolvimento com o tráfico de
entorpecentes.

21. (FGV / TRE-PA – 2011) A Constituição de 1988, em relação à nacionalidade, determina que:
a) são privativos de brasileiro nato os cargos de Presidente e Vice-Presidente da República, Presidente da
Câmara dos Deputados e Presidente do Senado Federal, assim como os Ministros do STF e do STJ.
b) perde a nacionalidade brasileira aquele que adquirir outra nacionalidade, sem exceções.
c) é considerada brasileiro nato a pessoa nascida na República Federativa do Brasil, ainda que de pais
estrangeiros a serviço de seu país.

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d) os estrangeiros aqui residentes há mais de 10 (dez) anos ininterruptos, sem condenação penal, podem
requerer a cidadania brasileira, tornando-se brasileiros naturalizados.
e) é brasileiro nato aquele nascido no estrangeiro de pai ou mãe brasileira, desde que qualquer deles esteja
a serviço da República Federativa do Brasil.

22. (FGV / PC-AP – 2010) Assinale o cargo que não é privativo de brasileiro nato.
a) Carreira diplomática.
b) Ministro de Estado da Defesa.
c) Ministro do Superior Tribunal de Justiça.
d) Presidente da Câmara dos Deputados.
e) Oficial das Forças Armadas.

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GABARITO
1. LETRA B
2. LETRA C
3. LETRA C
4. LETRA B
5. LETRA A
6. LETRA A
7. LETRA A
8. LETRA A
9. LETRA C
10. LETRA D
11. LETRA A
12. LETRA D
13. LETRA A
14. LETRA D
15. LETRA D
16. LETRA C
17. LETRA B
18. LETRA B
19. LETRA D
20. LETRA B
21. LETRA E
22. LETRA C

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