Soldagem de Manutenção
Soldagem de Manutenção
Soldagem de Manutenção
SENAI-SP, 2007
Trabalho elaborado pela Escola SENAI “Frederico Jacob” e editorado pela Escola
SENAI “Roberto Simonsen”, Gerência Regional 1 do Departamento Regional do
SENAI-SP.
Segurança na soldagem 5
Campo de aplicação 17
Processo eletrodo revestido 19
Corrente elétrica aplicada na soldagem 55
Processo MIG/MAG 67
Preparação da máquina para o processo MIG/MAG 75
Material de adição do processo 89
Processos de transferência do metal de adição no arco elétrico 99
Variáveis do processo 107
Descontinuidades e suas causas 119
Preparação das juntas a soldar 129
Processo Oxi-Acetilênica 155
Soldagem por resistência 177
Soldabilidade dos materiais 183
Defeitos da soldagem 237
Processo TIG 241
Referências bibliográficas 249
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Segurança na Soldagem
Observação:
Todos os encarregados e soldadores devem ser instruídos a esse respeito.
Choque elétrico
Para prevenir dos choques elétricos, o soldador não deve formar um condutor entre os
pólos de eletricidade, como exemplo: pisar sobre uma ponte rolante ao soldar uma viga
do telhado ou pisar na terra ao soldar uma plataforma de laminação. Aqui, existe
sempre uma possibilidade de uma passagem de grandes descargas elétricas.
Pelas mesmas razões, o soldador nunca deve trabalhar numa poça d’água ou num
chão excessivamente úmido, trocar eletrodo com a mão sem luvas, deslocar uma
máquina de soldagem ligada etc. o cabo obra da instalação deve ser ligado na carcaça
da máquina.
Queimaduras
As calças não devem ter dobras (bainha) e nunca enfiadas em botas. O macacão deve
ser adotado até o pescoço. Não deve haver bolsos. Para soldagem com pré-
aquecimento (dar calor antes da soldagem) é usada roupa especial protetora.
Radiações
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Raios Ultravioletas, e;
Raios Infravermelhos ou Caloríficos.
Ambos produzem grandes danos à vista e a pele, se esta não for devidamente
protegida.
Raios ultravioletas
São quimicamente ativos e podem ocasionar acidentes oculares, pode produzir
cegueira momentânea, e principalmente conjuntivite.
Raios Infravermelhos
Secam completamente setas células liquidas do globo ocular, causando complicações
no cristalino, levando em longo prazo a uma catarata profissional.
Geralmente uma exposição mesmo sendo rápida a estes raios, pode provocar uma
conjuntivite, que se manifestam algumas horas após a exposição.
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Equipamento de Proteção Individual (EPI)
Máscara do Soldador
As mascaras são utilizadas para cobrir toda a face, e podem ser do tipo de capacete,
fixado a cabeça (deixa as duas mãos do soldador livre) e do tipo escudo, provido de
cabo, para serem seguradas com a mão. Elas servem para proteger o rosto e parte do
pescoço das queimaduras devido à radiação ou respingos de metal liquido proveniente
da soldagem.
Tipos de Máscara:
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de luz e lentes protetoras dos respingos, lançadas durante a soldagem, são projetadas
de modo a ser fácil à remoção e substituição desses elementos.
Montagem dos vidros na máscara:
Óculos de proteção:
Os óculos são também indispensáveis ao equipamento do soldador (salvo quando ele
faz parte integrante da mascara, tipo visor articulado).
Durante a soldagem, são poucos os acidentes que ocorrem por causa dos respingos,
mas após a soldagem, durante a limpeza das zonas soldadas, fragmentos de escória
podem atingir os olhos, inflamando os.
Todos aqueles que trabalham próximos aos locais em que estejam realizando os
serviços, como aprendizes, montadores, mecânicos, mestres, inspetores, devem se
proteger a fim de proporcionar segurança contra os danos causados pelas radiações e
por objetos projetados por operações de corte ou soldagem.
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Filtro de luz:
Os vidros filtros têm a função de absorver os raios infravermelhos e ultravioletas,
protegendo os olhos de lesões poderiam ser ocasionadas por estes raios. A redução
da ação nociva das radiações, também diminui a intensidade da luz, o que faz com que
o soldador não canse demasiadamente os seus olhos durante o trabalho.
Os vidros filtros são marcados pelos fabricantes, por meio de números, observando o
grau de absorção dos raios.
Para soldagem a arco elétrico as numerações são: 8, 10, 11, 12, 13, e 14, a sua
seleção se faz de acordo com o processo de soldagem e a intensidade da corrente em
uso (ver tabela).
Devem ter uma boa manutenção e não devem ser transferidos de um soldador para
outro, sem que antes seja efetuada a devida desinfecção destes equipamentos.
• Proteção para a pele;
• Se a soldagem for efetuada com protetores imperfeitos ou vestimenta inadequada,
os respingos e as radiações do arco poderão causar queimaduras.
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Luvas protetoras
Todos os soldadores devem usar luvas em bom estado nas duas mãos. As luvas
protegem as mãos contra queimaduras, principalmente aqueles resultantes de
radiações emitidas pelo arco elétrico, e também evitam choque elétrico na troca de
eletrodo ou quando em contatos eventuais com uma peça quente
São feitas de couro ou raspa de couro, com 1,5mm de espessura com manga ¾.
Observação:
Existem aventais conjugados com o mangote (tipo barbeiro) que alem de ser mais
confortável, protege também o ombro e parte da costa do soldador.
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A utilização destes equipamentos se faz necessário quando ocorrem operações de
soldagem e corte em áreas confinadas, ou quando são usados processos e/ ou
materiais com alto teor tóxico, ex. chumbo, cobre ao cádmio, etc., portanto, sempre
nos casos em que o oxigênio for deficiente ou houver acumulação de gases tóxicos,
usarem um equipamento de respiração.
Um equipamento de respiração individual deve ter uma boa manutenção e quando for
transferido de soldador para outro, deve ser devidamente desinfectado.
Sistema de exaustão
Sempre ser for necessário, devem ser utilizados exaustores locais para remover, junto
à soldagem, as fumaças e gases nocivos.
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Existem diversos aparelhos fabricados com esta finalidade, porem geralmente é
utilizado um equipamento com coifas móveis, que o soldador localiza tão próximo
quanto possível do local a ser soldado.
Na tabela abaixo, se encontra o valor mínimo exigidos para uma exaustão adequada
com equipamento de coita móvel.
Sapatos de segurança
Estes devem ser usados em todas as situações, não apenas para prevenir
queimaduras, mas também evitar o perigo de quedas de ferramentas e acidentes
causados por choques elétricos.
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Anteparos (biombos)
Com o intuito de preteje os demais trabalhadores que executam serviços numa mesma
área, em locais próximos aos da operação de soldagem ou corte, deve se isolar esses
locais com a disposição de anteparos de madeira ou lonas, em forma de biombos
(cabines).
As paredes dos anteparos devem ser pintadas com tinta fosca, a fim de não refletir os
raios provenientes de soldagem.
Quedas acidentais
• Quando a soldagem é executada em lugares elevados, uma queda acidental pode
resultar em morte ou em graves danos físicos, de forma que estas precauções
devem ser estritamente observadas pelo trabalhador:
• Usar sempre o cinto de segurança;
• Usar capacete de produção, ao menos pra proteger a cabeça por ocasião da queda
de alguma peça ou fragmento estranho;
• Confirmar a segurança de escada ou andaimes;
• Amarrar objetos e ferramentas ou coloca los em local que dificulte a queda;
• Não exceder a capacidade de carga dos andaimes.
Primeiros socorros
Os primeiros socorros devem ser prestados por pessoal treinado. O acidentado deve
ser encaminhado a um médico, o mais de pressa possível, depois dos socorros de
emergência, como indicado a seguir:
Socorros de emergência
• Em caso de queimadura, não se deve tocar no lugar queimado nem furar as
bolhas, mas para evitar contaminação, proteger os ferimentos com materiais
esterilizados;
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• Em caso de intoxicação, deve se assegurar uma boa ventilação e, eventualmente,
respiração artificial;
• Em caso de conjuntivite, sensação de areia ou dor nos olhos pode, ser aplicado um
colírio, por exemplo, a base de água de rosas;
• Em caso de penetração de um corpo estranho no olho, cobri lo com gaze, sem
pressão e encaminhar o acidentado ao oftalmologista;
• Em caso de choque, pode ser aplicada respiração artificial.
3 – O que o soldador deve fazer após o termino de uma soldagem, antes de afastar se
do local de trabalho?
( ) a) Despedi se dos amigos;
( ) b) Controlar o horário de saída;
( ) c) Guardar todos os equipamentos usados para fazer tal soldagem;
( ) d) Examinar a área de serviço, descartando qualquer vestígio de fogo.
4 – Quais são os raios nocivos emitidos pelos arcos elétricos?
( ) a) Raios-X e raio gama;
( ) b) Ultravioleta e raios-X;
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( ) c) Infravermelho e raio gama;
( ) d) Ultravioleta e infravermelho.
5 – Qual o elemento que não pode estar presente na soldagem pelo processo MIG /
MAG por gerar gazes tóxicas?
( ) a) O Chefe;
( ) b) Solventes;
( ) c) Água;
( ) d) Óleo;
7 – Qual o numero do vidro filtro recomendado para soldar pelo processo MIG / MAG
com 150 ampéres?
( ) a) 8;
( ) b) 10;
( ) c) 11;
( ) d) 13;
8 – Qual a atitude a ser tomada quando se empresta mascara ou óculos de uma outra
pessoa em relação à higiene?
( ) a) Devolver o mais rápido possível;
( ) b) Desinfetar antes de usar;
( ) c) Não se deve pedir emprestado equipamento de segurança;
( ) d) Usar e depois lavar.
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Campo de Aplicação
Produção
Este é o campo de maior difusão e projeção da solda, não só pelo maior volume de
suas aplicações como pela sua maior espetaculosidade.
0nde quer que se empreguem metais, a solda logo após a matéria-prima, é o elemento
de maior necessidade e, portanto, de uso indispensável.
Seria possível apresentar uma lista imensa de aplicações, mas não é necessário, uma
vez que é bastante repetir o que acima foi dito: onde se emprega metal de qualquer
tipo a solda é um segmento obrigatório.
Com tudo isso, hoje o soldador de produção é um elemento que necessita apenas
possuir a necessária habilidade manual ou os conhecimentos mecânicos necessários,
quando se tratar de uma soldagem automática, para executar um serviço já definido
em projeto pelos técnicos.
Manutenção
Já no campo da solda de manutenção, principalmente em nosso país, o aspecto é
bastante diferente.
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Sem possuir a espetaculosidade do outro campo de aplicações, a solda de
manutenção tem um papel de igual importância enfrentando, porém dificuldades muito
maiores.
Assemelha-se a sua ação, ao papel representado pela infantaria em uma guerra; não
tem o efeito e o impacto de uma aviação ou de uma divisão blindada, mas sem ela,
sem que avançando entre todas as dificuldades, ocupe o terreno conquistado e
estabeleça as bases de operação e manutenção, não haverá novo avanço, não haverá
linhas de suprimento, enfim não se ganhará a guerra.
Terá que utilizar os seus próprios recursos para determinar qual a composição do
material base: terá que soldar muitas vezes, em posições difíceis e mesmo perigosa.
Terá enfim, o soldador ou técnico de manutenção de se constituir sozinho em
projetista, calculista, engenheiro e soldador para resolver satisfatoriamente os mil e um
problemas que se apresentem.
Para tanto, só poderá contar com os seus conhecimentos técnicos, sua determinação
e flexibilidade para obter resultados com qualidade.
A solda de manutenção deixa então, de ser uma aventura para se constituir em uma
aplicação segura e eficiente, capaz de assegurar um alto rendimento econômico.
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Processo Eletrodo Revestido
Introdução:
A soldagem ao arco elétrico é um processo de soldagem por fusão originada pela ação
direta de calor de um arco voltaico.
Princípios do processo
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Os elétrons livres que formam a corrente elétrica percorrem o espaço de ar entre a
peça e o eletrodo a uma velocidade tal que acontece um choque violento entre os
elétrons e íons; este choque ioniza o ar, isto é, carrega-o de eletricidade, e produz o
arco elétrico ou arco voltaico.
Como a velocidade dos elétrons que saem do pólo negativo da fonte geradora é muito
grande, produz-se uma temperatura elevada que chega até a 4000ºC quando os elétrons
atingem o pólo positivo.
Esta temperatura elevada funde o metal da peça e o eletrodo de modo que após o
resfriamento, a peça estará soldada.
O eletrodo que se funde é transformado em gotas que são transferidas sob essa forma
para a poça de fusão.
Essas gotas podem ser pequenas, quase uma névoa, no caso de soldagem com
correntes de alta intensidade; ou grande, no caso de soldar com baixa intensidade de
corrente.
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De modo geral, podemos dizer que as gotas menores têm menor poder de penetração,
mas promovem melhor transferência e, portanto, melhores uniões soldadas. Por outro
lado, as gotas maiores apresentam maior penetração, mas podem ocasionar perigo de
curto-circuito. O modo de transferência, com gotas pequenas ou grandes, é
determinado pela corrente de soldagem, pela composição do revestimento e pelo
ponto de fusão do eletrodo, entre outros motivos.
Quando o arco elétrico é alimentado por corrente contínua, cada choque de íons ou
elétrons dá lugar à formação de novos íons. Deste modo, o arco elétrico se mantém
continuamente, pois os elétrons que se chocam contra o pólo positivo (o lugar da
soldagem) são atraídos pelo pólo negativo (eletrodo). A energia destes elétrons aquece a
ponta do eletrodo e este aquecimento é suficiente para dirigir a corrente elétrica até o
ponto de soldagem e conservá-la.
No caso de arco elétrico de corrente alternada, vemos que não existe um pólo
determinado, pois o eletrodo e a peça de trabalho trocam sua polaridade cinqüenta ou
sessenta vezes por segundo, de acordo com a freqüência ou número de períodos; isto
quer dizer que temos alternadamente pólo positivo e pólo negativo. A conservação do
arco de corrente alternada é mais difícil porque, além da troca de pólos, há as
interrupções do arco, devido aos breves intervalos da corrente ao alcançar o valor
zero; essas interrupções são originadas pelo movimento das gotas metálicas que se
desprendem do eletrodo.
O arco só não se quebra porque o tempo em que ocorre a inversão de corrente é muito
curto. O espaço de ar entre o eletrodo e a peça de trabalho não chega a esfriar a ponto
de apagar o arco.
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O arco deve ser mantido o mais curto possível (3 a 4mm) a fim de reduzir a chance de que
as gotas do metal em fusão entrem em contato com o ar ambiente, absorvendo oxigênio,
que tem efeito bastante contrário nas propriedades mecânicas do metal depositado.
O toque do eletrodo deve ser muito leve e rápido para evitar que o curto-circuito formado
pela grande intensidade de corrente possa fundir o eletrodo, ligando-o à peça. Se isso
acontecer, é preciso balançar o eletrodo de um lado para outro, até desprendê-lo.
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Acessórios para soldagem ao arco elétrico
Porta-elétrodo
Cabo
Grampo de retorno
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Picadeira
No caso de usar o gerador, é preciso lembrar que a chave para ligar a máquina possui
dois estágios; assim, é preciso ligar o primeiro estágio, esperar o motor completar a
rotação e só depois ligar o segundo estágio.
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Outro ponto importante a considerar é o ciclo de trabalho da máquina. Ciclo de
trabalho é a porcentagem de tempo, em 10 minutos, em que a máquina opera
efetivamente. Deste modo, um ciclo de 100% quer dizer que a máquina pode trabalhar
todo o tempo, sem a necessidade de descanso. Já um ciclo de 80% indica que a
máquina deve trabalhar por 8 minutos e descansar 2, a cada 10 minutos de trabalho.
Acender e manter o arco elétrico são a operação que consiste em estabelecer o arco
elétrico entre o eletrodo e a peça sem que haja interrupção. A repetição desta
operação desenvolve habilidades de abrir o arco elétrico e mantê-lo a uma distância
constante entre a peça e o eletrodo.
Esta operação se aplica a todos os trabalhos de solda elétrica sempre que este
trabalho é iniciado ou reiniciado.
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Processo de execução
Prepare o material.
Observações
O material deve estar isento de graxa, óleo, óxidos, tintas, etc.
Para retirar os óxidos dos materiais use uma escova com fios de aço.
Precaução
• Use óculos de segurança.
• Posicione o material sobre a mesa de soldagem.
Observação
Se necessário prenda a peça na mesa de soldagem.
Precaução
Use equipamento de proteção individual.
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Acenda o arco elétrico.
Observações
Para acender o arco elétrico aproxime a ponta do eletrodo até tocar a peça e afaste-o
formando o arco.
Pode-se acender o arco elétrico também por resvalo; porém este método não deve ser
utilizado em materiais tais como alumínio, aço inoxidável e cobre, para não danificá-
los.
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No caso de o eletrodo ficar preso na peça, deve-se movê-lo rapidamente para a direita
e para a esquerda.
Precauções
Antes de acender o arco elétrico, proteja a face e os olhos com a máscara ou capacete
de soldagem.
Observação
A distância entre a ponta do eletrodo e a peça deve ser aproximadamente igual ao
diâmetro da alma do eletrodo. Interrompa o arco elétrico afastando o eletrodo da peça.
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Posição plana
Não é aconselhável fazer movimentos laterais maiores que três vezes o diâmetro do
eletrodo, principalmente quando se trabalha com eletrodo básico.
A figura abaixo mostra o movimento circular que pode ser usado em alguns casos,
porém, não é aconselhável aquecer demasiadamente a zona da solda. Esse
movimento pode, também, ocasionar poros e inclusões de escória na sobrepassagem
do cordão.
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Esta posição tem seus movimentos laterais definidos. São chamados de ziguezague,
longitudinal e circular.
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Movimentos muito usados para cobertura ou acabamento final.
Essa posição é uma das mais evitadas pela dificuldade que oferece. Os movimentos
usados são vistos nas figuras.
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Pontear pelo processo de arco elétrico com eletrodo revestido
Pontear pelo processo de arco elétrico com eletrodo revestido é uma operação que
precede a soldagem. Tem como objetivo depositar um ou mais pontos de solda para
manter firmes as peças que serão soldadas.
Os pontos de solda deverão ser feitos com muito cuidado, pois deverão resistir a
esforços durante a soldagem e também possibilitar uma altura uniforme do cordão de
solda.
Processo de execução
Prepare o material.
Observações
• Verifique as bordas do material; se necessário, desempene-as.
• A preparação da junta a ser soldada deve seguir as especificações do projeto.
• O material deve estar isento de graxa, óleo, óxidos, etc.
Precaução
Use equipamento de proteção individual.
Posicione o material.
Observações
Sempre que possível, as peças que seja ponteada devem ser apoiadas sobre uma
superfície plana.
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Se necessário, use grampos ou dispositivos para fixar as peças que serão ponteadas.
As peças que serão ponteadas devem estar alinhadas entre si e a geometria da junta
deve ser obedecida.
Quando for necessária uma penetração total da solda, deixe uma abertura entre as
peças igual ao diâmetro da alma do eletrodo.
Ponteie.
Observações
Inicie o ponteamento pelo centro da linha de solda sempre que possível. Para manter a
separação entre as peças durante o ponteamento, use cunha.
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O ponteamento deve ser feito alternadamente à esquerda e à direita para evitar
empenamento das peças.
As chapas chanfradas devem ser ponteadas pelo lado oposto ao chanfro, quando for
possível.
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Precaução
Proteja os olhos com óculos de segurança.
Processo de execução
Prepare o material.
Posicione o material sobre a mesa de soldagem.
Observação
A posição do material deve facilitar a execução do cordão de solda.
Precaução
Use equipamento de proteção.
Observações
Mantenha uma inclinação entre 70º e 80º do eletrodo em relação ao eixo da solda no
sentido de avanço do cordão de solda e de 90º no sentido lateral da peça.
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A distância entre a ponta do eletrodo e a peça deve ser aproximadamente igual ao
diâmetro do núcleo (alma) do eletrodo.
Remova a escória.
Precauções
Use óculos de proteção.
Retire a escória do cordão de solda no sentido contrário ao seu corpo.
Observação
Os cordões de solda devem apresentar boa aparência e boa fusão.
Sua aplicação é ampla na soldagem de juntas que, por necessidade do projeto, exigem
a união das partes na junção interna; também é feita quando a dimensão ou o formato
da peça não permite outro posicionamento.
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Processo de execução
Prepare o material.
Prepare o equipamento de soldagem elétrica.
Ponteie as peças.
Observações
Ponteie em ambos os lados da junta alternadamente para evitar alterações no ângulo
da junta a ser soldada.
Quando a soldagem é feita em apenas um dos lados da junta, coloque reforços para
evitar alteração no ângulo da junta.
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Observações
Mantenha uma inclinação de aproximadamente 80º do eletrodo em relação ao eixo de
solda no sentido de avanço do cordão da solda, mantendo-o também na bissetriz do
ângulo formado pela junta em T.
Observações
Faça os outros passes de solda na junta dirigindo a ponta do eletrodo à margem da
solda feita anteriormente e mantenha inclinações do eletrodo de aproximadamente 70º
em relação ao ângulo da junta, e 80º em relação ao sentido de avanço do cordão de
solda.
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As pernas do cordão de solda devem ter medidas iguais.
Etapas do processo:
O processo de soldagem ao arco elétrico com eletrodo revestido apresenta as
seguintes etapas:
1. Preparação do material que deve ser isento de graxa, óleo, óxidos, tintas etc.
2. Preparação da junta;
3. Preparação do equipamento.
4. Abertura do arco elétrico.
5. Execução do cordão de solda.
6. Extinção do arco elétrico.
7. Remoção da escória.
Eletrodo
Eletrodo é um condutor metálico por onde uma corrente elétrica entra num sistema ou
sai dele. Pode ser classificado em não-consumível ou consumível.
Eletrodo não-consumível:
É um metal ou liga metálica que não se funde junto com os materiais que se quer
soldar.
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Eletrodo consumível:
É aquele que é consumido durante a soldagem. Na verdade, o eletrodo consumível
nada mais é que uma vareta que se funde junto com os materiais a serem soldados. O
eletrodo consumível pode ser nu ou revestido.
Eletrodo nu:
É um metal ou liga metálica em forma de arame, tira ou barra, sem nenhum tipo de
revestimento aplicado.
Eletrodo revestido:
É constituído de um núcleo metálico chamado alma e um revestimento à base de
substâncias químicas, além de uma extremidade não revestida que é presa no porta-
eletrodo.
Norma AWS
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O critério AWS para eletrodos revestidos, com alma de aço carbono, obedece a um
esquema genérico de letras e algarismos que apresenta os seguintes segmentos.
Segmento 1
A letra E significa eletrodo para soldagem a arco elétrico.
Segmento 2
Estes dígitos, que podem ser dois ou três, indicam o limite mínimo de resistência à
tração que o metal de solda admite. Devem ser multiplicados por 1.000 para expressar
a resistência em psi (pound per square inch), unidade de medida equivalente a uma
libra-força por polegada quadrada ou a 6,895Pa.
Como exemplo, podemos ter um eletrodo com resistência igual a 60.000 psi, escrito
assim: E 6 0 X X – X
Segmento 3
Este dígito indica as posições de soldagem nas quais o eletrodo pode ser empregado
com bons resultados. As posições têm um código:
1 → todas as posições;
2 → posição horizontal (para toda solda em ângulo) e plana;
3 → posição plana;
4 → posições verticais ascendente, horizontais e sobre-cabeça.
Exemplo:
Eletrodo revestido com resistência de 60.000psi, para soldar na posição plana.
E603X–X
Segmento 4
Este dígito pode variar de zero a oito e fornece informações sobre a corrente
empregada (CC, com polaridade negativa ou positiva, e CA), penetração do arco e
natureza do revestimento do eletrodo. Para esclarecer melhor, veja a tabela.
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Tabela: Características definidas pelo 4º dígito da classificação AWS
4º dígito 0 1 2 3 4 5 6 7 8
+ + - +
Tipo de CC CC CC CA CA CC CA CA CA
+ + + - +
corrente CA CA CC CC CC CC CC
- -
CC CC
Tipo do arco intenso com intenso médio leve leve médio médio leve leve
salpico sem
salpico
Penetração grande grande média fraca média média média grande média
XX 10
celulósico
com silicato
de Na (sódio) óxido de
TiO2 ferro (FeO),
XX 20 óxido silicatos, silicato de Calcário,
Revesti- de ferro Celuló-sico TiO2 e TiO2 e pó de Calcáriosi TiO2 Na, pó de TiO2, silica-
mento e (FeO) com silicato silicato silicato ferro licato de Calcáriosi ferro, tos, pó de
escória de K de Na de K 20%, Na licato de escória fácil ferro: 25 a
XX 30 óxido (potás-sio) escória K elimi-nação 40%
de ferro espessa
(FeO)
Exemplo:
Eletrodo com 60.000 psi, para soldar na posição plana em corrente contínua, com
polaridade positiva, revestimento celulósico com óxido de ferro e grande penetração:
E 6 0 3 0 – X.
Segmento 5
Esta parte é utilizada somente para especificação AWS A5.5-69, pode apresentar
letras e números e indica a composição química do metal de solda. É importante
conhecer a composição química do eletrodo porque o metal de base e o metal de
solda devem ter composições químicas muito próximas para que a soldagem tenha
bons resultados. Observe a tabela a seguir.
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Exemplo:
Eletrodo com 60.000 psi, para soldar na posição plana, corrente contínua, revestimento
celulósico, metal de solda com 3,5% de níquel:
• E6030-C2.
Eletrodo E 6 0 1 1 - A1
Eletrodo E 7 0 2 1 - B 3
Norma ABNT
A norma ABNT classifica os eletrodos segundo um esquema que contém quatro
algarismos seguidos de uma letra e apresenta os seguintes segmentos:
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Segmento 1
Indica o limite de resistência à tração que o metal de solda admite. Esse limite é expresso
em quilograma-força por milímetro quadrado (kgf/mm2).
Exemplo:
Eletrodo com resistência de 48kgf/mm2: 4 8 X X - X
Segmento 2
Estes algarismos variam de 1 a 4 e indica as posições de soldagem que são:
1 → todas as posições;
2 → todas as posições, com exceção da vertical descendente;
3 → posições plana e horizontal;
4 → posição plana.
Exemplo:
Eletrodo com resistência de 48kgf/mm2, para soldar em todas as posições:
4 8 1 X – X.
Segmento 3
Este dígito varia de 0 a 5 e indica, ao mesmo tempo, o tipo de corrente e o grau de
penetração da soldagem. Os dígitos se referem a:
Exemplo:
Eletrodo com resistência de 48kgf/mm2 para soldar em todas as posições, com
corrente contínua e média penetração:
4 8 1 2 – X.
Segmento 4
Indica o tipo de revestimento do eletrodo, por meio das seguintes letras:
A → ácido;
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B → básico;
C → celulósico;
O → oxidante;
R → rutílico;
T → titânio;
V → qualquer outro não mencionado anteriormente.
Exemplo:
Eletrodo com resistência de 48kgf/mm2 todas as posições de soldagem, CC, média
penetração, revestimento básico:
• 4 8 1 2 – B.
Eletrodo 4 4 1 O - C
Eletrodo 4 8 3 5 - B F
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Os eletrodos vêm armazenados em uma caixa em cuja tampa aparece a classificação
dos eletrodos. Veja abaixo um exemplo.
Tipos de revestimentos
Os revestimentos mais comuns são os rutílicos, básicos, ácidos, oxidantes e
celulósicos.
Rutílico:
Contém geralmente rutilo com pequenas porcentagens de celulose e ferros-liga. É
usado com vantagem em soldagens de chapas finas que requerem um bom
acabamento. É utilizado também em estruturas metálicas; sua escória é solidificada e
auto-destacável quando utilizada adequadamente.
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Básico
Contém em seu revestimento fluorita carbonato de cálcio e ferro-liga. É um eletrodo
muito empregado nas soldagens pelos seguintes razões:
• Possui boas propriedades mecânicas;
• Dificilmente apresenta trincas a quente ou a frio;
• Seu manuseio é relativamente fácil;
• Apresenta facilidade de remoção da escória, se bem utilizado;
• É usado para soldar aços comuns de baixa liga e ferro fundido.
Celulósico:
Contém em seu revestimento materiais orgânicos combustíveis (celulose, pó de
madeira, etc.).
Ácido
Seu revestimento é composto de óxido de ferro, óxido de manganês e outros
desoxidantes.
Oxidante
Contém no seu revestimento óxido de ferro, podendo ter ou não óxido de manganês.
Sua penetração é pequena e suas propriedades mecânicas são muito ruins. É utilizado
onde o aspecto do cordão é mais importante que a resistência.
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Funções do revestimento
Dentre as muitas funções do revestimento, encontra-se a seguir, uma série das mais
importantes:
• Protege a solda contra o oxigênio e o nitrogênio do ar;
• Reduz a velocidade de solidificação; protege contra a ação da atmosfera e permite
a desgaseificação do metal de solda através da escória;
• Facilita a abertura do arco além de estabilizá-lo;
• Introduz elementos de liga no depósito e desoxida o metal de solda;
• Facilita a soldagem em diversas posições de trabalho;
• Serve de guia das gotas em fusão na direção do banho;
• Serve como isolante na soldagem de chanfros estreitos, de difícil acesso.
Aplicações e procedimentos
48
DADOS TÉCNICOS SOBRE ELETRODOS
Tipo e Médio e espesso, Espesso, contendo Fino, contendo Médio ou espesso, Espesso, contendo
componentes do contendo rutilo ou carbonato de cálcio, materiais orgânicos contendo óxido de óxido de ferro com ou
revestimento compostos derivados outros carbonatos combustíveis que, ao ferro e manganês e sem óxido de
de óxidos de titânio. básicos e flúor. Deve se queimarem, outros desoxidantes. manganês.
estar seco para evitar produzem uma
porosidade na solda. camada espessa de
gás protetor.
Posição de Todas Todas Todas Plana e horizontal Plana e horizontal
soldagem (filete) (filete)
Escória Densa e viscosa, Compacta e espessa, Pouca, de fácil Ácida, facilmente Pesada, compacta e
geralmente facilmente destacável. remoção. destacável; porosa e autodestacável.
autodestacável friável.
49
Tendência a Regular Baixa Regular Regular Elevada
trinca
Cuidados especiais com os eletrodos revestidos
Esquema
50
As estufas utilizadas no tratamento dos eletrodos revestidos são:
Para armazenamento ou estocagem, para secagem, para manutenção da secagem e
portátil.
51
cilíndricas têm como característica facilitar a circulação do ar e uniformizar a
distribuição do calor, evitando que a umidade se concentre em cantos mal ventilados,
como acontece nas estufas retangulares ou quadradas.
Estufa portátil
Também utilizada na manutenção da secagem, deve dispor de aquecimento por meio
de resistência elétrica e ter condições de ser transportada facilmente pelo soldador.
No caso de armazenar eletrodos revestidos de baixo teor de hidrogênio, a estufa
portátil deve manter a temperatura entre 60 e 100ºC.
52
Análise dos eletrodos revestidos utilizados na CISPER - OK-46 e OK-48
“A ESAB foi fundada em 12 de Setembro de 1904 pelo sueco Oscar Kjellberg, inventor
do Eletrodo Revestido. Hoje a ESAB é Líder Mundial, produtor e fornecedor de
consumíveis, equipamentos, sistemas e dispositivos de automatização e, produtos de
proteção ambiental, individual e coletivo, para as operações de soldagem e corte.
53
Todos os fabricantes de eletrodos possuem uma codificação própria e adotam nomes
fantasia para seus produtos, lembre-se, em se tratando de eletrodos revestidos é
sempre muito importante se basear na norma seja AWS ou ABNT para assegurar que
os dados fornecidos pelo fabricante estão de acordo com as recomendações da
Norma.
De acordo com o catálogo ESAB existem eletrodos da classe OK-46 todos são
classificados pela AWS como E – 6013, mas devido aos componentes químicos do
revestimento são classificados como rutílico, além disso, em função dos teores
principalmente de manganês na composição do metal depositado acabam tendo um
comportamento diferente quando submetidos a ensaios de tração, onde o alongamento
notadamente alcança uma variação total de 22 a 30%.
54
Corrente Elétrica Aplicada na
Soldagem
Circuito hidráulico
A força motriz do fluxo hidráulico pode ser obtida por meio de pressão da bomba. O
volume circulante é o fluxo do tubo condutor. Ele cresce com o aumento de pressão. O
estreitamento obtido por meio de um registro d’água e outras resistências relativas à
tubulação reduz o fluxo d’água, aumentando a pressão.
Circuito elétrico
A força motriz da corrente elétrica é obtida sob forma de tensão (v) na fonte de
corrente elétrica.
55
A corrente elétrica é obtida por movimento de elétrons nos cabos condutores. A
intensidade da corrente (1), em ampère (A), é equivalente a um determinado numero
de elétrons por segundo. Ela cresce com o aumento de tensão.
A resistência elétrica (R), em ohm (O), é obtida por meio de um condutor elétrico com
baixo valor de condutividade elétrica, por exemplo, o filamento de uma lâmpada.
Circuito de soldagem
Arco elétrico é a principal resistência nesse tipo de circuito, determinando os valores
da corrente de soldagem (amperagem) e da tensão do arco elétrico (voltagem).
Observação:
Nos cabos de soldagem encontram-se resistência de valores muito pequenos.
Grandeza no circuito
Comparando
Representação
Hidráulica Elétrica Unidade elétrica
elétrica
Pressão Tensão V Volts
Intensidade da
Volume circulante I A
corrente
Oposição ao fluxo Resistência elétrica R Ω
56
V = Tensão (volts)
I = Intensidade da corrente elétrica (ampère)
R = Resistência elétrica (ohm)
Resistência elétrica
É a dificuldade que um corpo oferece á passagem de corrente elétrica.
Corrente alternada:
É aquela que não tem definição de polaridade (+) ou (-). Em um intervalo de segundo a
polaridade muda 120 vezes, (60cic./seg). Isto é, em um segundo os elétrons passam
pelo positivo 60 vezes e 60 vezes pelo negativo.
Meia-onda positivo
57
Corrente contínua:
É aquela que circula sempre no mesmo sentido, do negativo (-) para o positivo (+).
Tem a definição da polaridade.
Os tipos de máquinas:
58
Transformador C.A.:
É uma máquina, cuja finalidade é modificar a alta tensão da rede elétrica de
alimentação em baixa tensão, ao mesmo tempo, converte a baixa intensidade de
corrente elétrica em alta. Por isso dizemos que há uma transformação entre os valores
de corrente e tensão, daí o nome da máquina.
Núcleo magnético que é feito de chapas de silício (para evitar perdas) permitindo que
os efeitos obtidos pela passagem da corrente no primário sejam “detectados” e
transformados pelo secundário.
Secundário feito de fios ou lâminas mais grossas do que o primário e com poucas
espiras.
59
Princípios de funcionamento do transformador
Retificador C.C.
É uma máquina constituída basicamente de um transformador e um conjunto de
elementos, chamados de retificadores, que fazem com que a corrente alternada se
converta em corrente contínua. Os elementos retificadores mais conhecidos e
utilizados atualmente são os diodos de silício.
Obs.: O sentido real da corrente elétrica é do pólo (-) negativo para o (+) positivo.
60
Máquinas que fornecem CA e CC
Através de uma chave seletora, podemos selecionar o tipo da corrente que desejamos
CA ou CC.
Gerador CC:
São máquinas rotativas que possuem um motor elétrico ou a combustão, acoplado a
um gerador de corrente elétrica continua.
Princípio do gerador:
No gerador, tem-se um rotor com bobinas que giram no campo magnético. As bobinas
contidas no rotor produzem corrente elétrica que será retirada através de coletores
resultando em uma corrente elétrica continua de saída, para alimentar o arco elétrico.
Para gerar sua própria energia deve ser acoplado ao mesmo, um dispositivo grande
que pode ser um trator, roda d’água, motor a combustão ou elétrico.
Vantagem
• O arco elétrico é estável;
• A seleção de eletrodos é mais ampla;
• O trabalho de soldador e o controle do processo são mais fáceis.
61
Arco elétrico
É a passagem da corrente elétrica de um pólo (peça) para outro (eletrodo), desde que
seja mantido entre eles em afastamento conveniente. Esse afastamento de
comprimento do arco.
Na soldagem, um dos pólos é o eletrodo ou arame (no caso MIG/MAG), enquanto que
o outro pólo é o metal de base (peça a ser soldada).
Neste caso, a tocha deve ser ligada ao pólo positivo e o cabo obra no negativo da
máquina.
62
Máquinas de tensão constante deve ser ciclo de trabalho de 100% pode trabalhar sem
interrupção.
No caso de uma máquina de 600A, o soldador pode trabalhar sem interrupção com a
regulagem em 360A.
63
02 - Um condutor com baixo valor de condutividade elétrica oferece uma
______________________________ a passagem da corrente.
64
08 - Qual o tipo de corrente que não define a polaridade?
( ) a) Corrente continua;
( ) b) Corrente pulsativa;
( ) c) Corrente alternada;
( ) d) Corrente de gerador.
65
66
Processo MIG/MAG
Fundamento do processo
MIG
M - Metal Usa como proteção do arco elétrico e da poça de fusão, gás inerte
I - Inerte ou misturas inertes.
G - Gás
MAG
M - Metal Usa como proteção do arco elétrico e da poça de fusão, gás ativo
A - Ativo ou mistura de gases.
G - Gás
67
Gases usados no processo
MIG M:
Diz quando se trabalha com mistura de gases:
Exemplos: Argônio (Ar) + 1% de Oxigênio (O2)
Argônio + 2% de Oxigênio
Argônio + 3% de Oxigênio
Obs.:
A finalidade de adicionar até 3% de gás ativo no argônio é para estabilizar o arco
elétrico de soldagem.
Exemplo:
Para a soldagem do aço inoxidável a mistura ideal é 98% de argônio + 2% de oxigênio.
68
MAG C:
Diz quando se trabalha em CO2 puro (100%).
Nota:
O CO2 (dióxido de carbono) em temperatura ambiente é inerte, mas quando submetido
a altas temperaturas do arco, se decompõe em CO e CO2.
Com a utilização do CO2, obtêm-se um arco elétrico mais concentrado, que oferece
uma boa penetração.
Com CO2, trabalha-se com arco elétrico mais curto e com argônio mais longo.
69
Penetração e perfil do cordão
As figuras abaixo ilustram a influência do gás de proteção na penetração da solda e no
perfil do cordão. Tais influências se devem às próprias alterações que ocorrem no arco
elétrico.
Obs.:
Com argônio puro a penetração é profunda no centro, e menor nas laterais.
Com mistura de argônio e mais 255 de CO2 a penetração é profunda no centro e maior
nas laterais.
MIG:
Em soldagem de alumínio e aço inox não tem escória.
MAG
Quando usamos arame de aço cobreado (AWS ER 70S-06 ou ER 70S-03), um filme
vítreo (que tem aspecto de vidro) de silícia se forma proveniente de alto silício contido
na composição, o qual deve ser tratado como escória.
70
• Alta versatilidade, todas as posições;
• Soldagem em uma ampla faixa de espessura e materiais.
Tocha de soldagem
A tocha contém um cabo de passagem de corrente elétrica, um cabo guia de arame,
mangueira para levar o gás de proteção até a área de soldagem e mangueira de água
para refrigeração da tocha.
Obs.:
O cabo guia para arame de aço carbono é feito de aço em forma de espiral para que o
mesmo deslize por dentro dele, para arame de alumínio este é feito de plástico ou
teflon.
71
Questões sobre o assunto
02 – A proteção do arco elétrico e da poça de fusão (metal fundido) pode ser através
de um gás:
( ) a) Inerte, ativo ou mistura destes;
( ) b) Oxigênio, hidrogênio e nitrogênio;
( ) c) Misturas de oxigênio com nitrogênio;
( ) d) Todas estão erradas.
72
07 - Com a utilização de CO2 obtém-se um arco:
( ) a) Maior
( ) b) Mais concentrado;
( ) c) De menor diâmetro;
( ) d) Estável de pequena penetração.
73
74
Preparação da Máquina Para
o Processo MIG/MAG
Cilindro de gás
• Base:
Parte do cilindro de configuração tal que permita estabilidade do mesmo em
posição vertical.
• Calota:
Parte cônica do cilindro que está entre o registro e o corpo.
• Colarinho:
Peça fixada na calota, logo abaixo do registro, provida de rosca externa para
atarrachamento do capacete.
• Capacete:
Peça destinada a proteger a válvula do cilindro, podendo ser removível ou fixa.
• Corpo:
Parte do cilindro de segmento reto gerado pela distancia entre a base e a calota.
75
Os gases argônio ou CO2 são comercialmente fornecidos normalmente em cilindros de
6,8m3 ou 10m3, sob pressão que variam desde 155 até 185 atm (kgf/cm3).
Para evitar que acidentes desse tipo possam ocorrer, os cilindros são pintados em
função do seu conteúdo através de um código de cores, prescrito pela norma brasileira
NB 46 da ABNT.
76
Cilindro para mistura de gases
Tubo edutor
77
Com um aumento de temperatura do gás causa um correspondente aumento de
pressão no cilindro, o registro dos cilindros são equipados com um dispositivo de
segurança, a qual se abre quando tivermos um aumento anormal de pressão,
permitindo ao gás escapar livremente. Por esta razão, os cilindros não devem ser
guardados em lugares quentes.
Regulador de pressão
São acessórios que permitem reduzir a elevada e variável pressão do gás no cilindro a
uma pressão de trabalho adequada párea a soldagem e manter essa pressão
constante durante o processo.
78
Os reguladores de pressão são geralmente de dois estágios, são projetados com
características que asseguram um fluxo de gás constante e sem flutuações, tornando-
se importante nos trabalhos que requeiram a máxima precisão e segurança.
Primeiro estágio
Pré calibrado de fábrica, reduz a pressão de entrada, ou seja, aquela encontrada no
cilindro, para uma pressão intermediária.
Segundo estágio
De ajuste manual, por meio do parafuso de regulagem, reduz a pressão do primeiro
estágio a uma pressão desejada para o trabalho.
Precauções de segurança
1. O regulador deve ser tratado como um instrumento de precisão, não devendo ser
exposto a pancadas, vibrações ou pressões repentinas causadas pela abertura
muito rápida do registro do cilindro de gás;
2. Use o regulador somente com o gás para o qual fora projetado;
3. Não opere com pressões de trabalho superiores às recomendadas;
4. Nunca fique em frente ou atrás dos manômetros, quando abrir o registro do cilindro
de gás;
5. Verifique todas as conexões quanto a vazamento de gás (use espuma de sabão);
6. Na presença de qualquer vazamento, feche a válvula do cilindro.
79
Manômetro e fluxômetro
De alta pressão marca o conteúdo de gás contido no media é libras por polegada ao
quadrado (lb./pol2) centímetro quadrado (kgf/cm2).
Fluxômetro:
Aparelho que serve para medir a velocidade de vazão dos gases, conforme sua
densidade (peso).
Obs.:
Esses aparelhos devem ser aferidos de acordo com cada tipo de gás.
80
Nota:
Cada gás tem seu peso específico, ao usar o fluxômetro verificar para qual o tipo de
gás ele foi aferido (está gravado no fluxômetro), caso contrário não se tem uma leitura
real.
Condução do gás
O gás é conduzido do regulador de pressão até a área do arco através da tocha, por
mangueiras. Entre o regulador de pressão e a tocha deve ter um dispositivo
economizador de gás.
Esse dispositivo é uma válvula magnética (elétrica) chamada solenóide, para briri ou
fechar eletromagneticamente a passagem de gás protetor.
Ajuste da pressão
Ao fazer a regulagem inicial, todas as válvulas do sistema, referentes a esse gás,
devem estar abertas para se obter no manômetro a leitura da pressão de trabalho.
Obs.: Ao fazer a leitura correta o gatilho da tocha deve estar apertado (acionado).
Operação
1. Verifique antes, se o parafuso de regulagem da válvula reguladora está
inteiramente solto (sentido anti-horário);
2. Abra a válvula do cilindro de gás, de meia a uma volta, faça esta operação
lentamente por medida de segurança;
3. Para aumentar a pressão de saída, gire o parafuso para a direita (sentido horário) e
para diminuir gire para a esquerda (anti-horário);
81
4. Se a utilização do gás for interrompida por mais de 30 minutos, solte a pressão do
regulador.
82
Portanto o ponteiro está marcando 12,5l/min.
O ponteiro deste manômetro está apontando para a quarta divisão: 4 x 0,5 = 2l/min.
83
Soldagem MAG para aço de baixo teor de carbono (transferência Globular)
84
03 - Qual a diferença entre um cilindro convencional com um para mistura de gás?
( ) a) Está na cor;
( ) b) O tamanho é diferente;
( ) c) O registro de abertura de gás é diferente;
( ) d) O cilindro para mistura tem um tubo por dentro (edutor).
08 - Qual a observação que devemos ter antes de abrir o registro do cilindro de gás?
( ) a) Verificar se o parafuso de regulagem do regulador de pressão está solto;
( ) b) Ligar a máquina primeiro;
( ) c) Abrir somente com luvas;
( ) d) Verificar se a mangueira não está torcida.
85
09 – Qual a função da válvula reguladora de pressão?
( ) a) Marcar a quantidade de gás que está usando;
( ) b) Reduzir as altas pressões do gás contido no cilindro a uma pressão controlável e
mantê-la constante durante a operação de soldagem;
( ) c) Marcar a quantidade de gás que está dentro do cilindro;
( ) d) Indicar o tipo de gás.
86
13 - Faça a leitura dos manômetros “F” e “G”.
87
88
Material de Adição do
Processo
O arame para a soldagem MIG/MAG tem duas funções. De um lado, age como pólo
positivo do circuito e de outro, como material de adição quando recebe a corrente e se
funde.
Existem arames de 0,6 até 3,2mm. 0,8 a 1,6mm são sólidos e os de 2,4 a 3,2mm
tubulares.
Esses arames tem uma camada fina de revestimento de cobre na parte externa, são
acondicionados em bobinas de 5Kg a 18kg, protegidos contra umidade, seu
bobinamento garante um desenrolamento adequado durante a sua utilização.
Obs.:
Essa camada fina de cobre em sua superfície serve para:
1. Facilitar a passagem da corrente do bico de contato ao arame;
2. Desoxidar o metal de solda;
89
3. Evitar a oxidação do arame antes do seu uso.
90
AWS Características e aplicações
Arame de alumínio puro (99,5% Al)
ER 1100
para solda MIG em alumínio sem liga.
Arame com liga de silício que contém 5% de Si
ER 4043 para soldagem MIG em ligas de Al-Si e ligas de
Al-Mg-Si que contenham até 7% de silício.
Arame com liga de magnésio que contém 5% de Mg para
ER 5356
soldagem MIG em ligas de Al-Mg resistentes a corrosão.
91
AWS Características e aplicações
ER 308 Para unir materiais básicos de composição semelhante, tipos 301, 302 e 304.
Para uma boa resistência à corrosão.
O baixo teor de carbono impede a precipitação intergranular de carboneto de
ER 308L
cromo para os tipos 304 e 304L. Para soldagem de transição em aço revestido.
Para ligas termo-resistentes de composição semelhante: juntas de metais
ER 309 dissimilares, por exemplo: aço carbono com aço inoxidável tipo 304; revestimento
de aço carbono com uma única camada.
ER 310 Para metais básicos de composição semelhante, revestimento de aço carbono.
Para ligas de composição semelhante, metais dissimilares, aço inoxidável com aço
ER 312 baixo carbono e juntas de aço de alta resistência. Alto teor de ferrita para resistência
ao gretamento e alta resistência.
Para composição semelhante. A adição do molibdênio melhora a resistência à
ER 316 deformação e à corrosão por piting de cloreto.
O baixo teor de carbono impede a precipitação intergranular de carboneto de cromo.
ER 316L Usado para aços inoxidáveis austenitícos com baixo teor de carbono e ligas com
molibdênio.
92
Arame eletrodo tubular (para aço carbono) FCAW (Flux Cored Arc Welding)
Este arame eletrodo não é sólido, existem vários formatos interno que contém um fluxo
apropriado em seu interior para proteção do arco e do cordão.
Em algumas situações, a soldagem com arame tubular também pode utilizar gás de
proteção.
No início de sua utilização, os arames usados eram de grandes diâmetros, com isso as
posições mais indicadas eram: plana e horizontal, mas com o desenvolvimento
tecnológico deste consumível, já é possível encontrar diversos diâmetros para as
diversas posições de soldagem.
A soldagem com o arame tubular apresenta uma camada de escória que deve ser
removida antes que um novo passe seja executado. O tipo de arame utilizado
condiciona a consistência e aderência da escória; assim existem escórias que se
partem ao esfriar e se destacam facilmente do cordão, enquanto que outras aderem de
tal modo ao cordão que precisam ser quebradas por meio de picadeiras.
Dobra de topo, dobra sobreposta, dobra simples, dobra múltipla e dobra dupla.
93
Dobra de topo, dobra sobreposta, dobra simples, dobra múltipla e dobra dupla.
Classificação
“AWS” C Mn Si P S Outros
Máximo Máximo Ti 0,05 a 0,15
ER 70 S-2 0,07 0,90 a 1,40 0,40 a 0,70 Zr 0,02 a 0,12
0,0025 0,0025 Al 0,05 a 0,15
Máximo Máximo
ER 70 S-3 0,07 a 0,15 0,90 a 1,40 0,45 a 0,70
0,0025 0,0025
Máximo Máximo
ER 70 S-4 0,07 a 0,15 1,00 a 0,50 0,65 a 0,85
0,0025 0,0025
Máximo Máximo
ER 70 S-5 0,07 a 0,19 0,90 a 1,40 0,30 a 0,60 Al 0,05 a 0,90
0,0025 0,0025
Máximo Máximo
ER 70 S-6 0,07 a 0,15 1,40 a 1,85 0,80 a 1,15
0,0025 0,0025
94
Obs.: C = Carbono, Mn = Manganês, Si = Silício, P = Fósforo, S = Enxofre, Zr =
Zircônio.
Exemplo: ER 70 S-3
AWS ER 70 S 3
3 = Indica a composição química.
S = Significa arame sólido.
70 = É a mínima resistência a tração da solda
( X 1000 = 70 000 lb/pol² ).
ER = Significa arame eletrodo ou vareta para solda a arco.
AWS = American Welding Society
( Associação Americana de soldagem )
95
Em todos os sistemas de transporte, é fundamental a existência de um bom motor em
que se possa efetuar a variação do número de rotações, com a qual se regula a
velocidade de avanço do arame que é fornecida em metros/minuto.
Bobina de
arame
Roldana de
Dispositivo transporte
de entrada
do arame
Saída do
arame
Endireitador
do arame
Roldana de
pressão
A condução do arame pela mangueira não deve sofrer interferências que venham a
prejudicar a constância do avanço.
96
02 - Cite duas finalidades do banho de cobre no arame eletrodo para soldagem de aço
carbono:
( ) a) Ajudar no deslizamento do arame e auxiliar na fusão do M.A.;
( ) B) Facilitar a passagem de corrente elétrica e facilitar a oxidação do arame;
( ) c) Facilitar a passagem de corrente elétrica e evitar a oxidação do arame;
( ) d) Oxidar o metal de solda e ajudar no deslizamento do arame.
97
( ) c) Plana e horizontal;
( ) d) Todas as posições.
98
Processos de Transferência
do Metal de Adição no Arco
Elétrico
No arco elétrico o material do arame eletrodo é transferido para o banho de fusão em
forma de gotas fundidas.
99
A taxa de deposição pode chegar a 10kg/h. entretanto, essa taxa de disposição
restringe o método à posição plana e horizontal em ângulo.
100
Ocorre com correntes baixas e altas tensões, arcos curtos e possui baixa velocidade
de transferência.
Os glóbulos são transferidos para a poça de fusão sem muita direção e é freqüente o
aparecimento de respingos. Essa transferência pode ser utilizada em todas as
posições de soldagem.
A fusão inicia-se globalmente e a gota vai aumentando de tamanho até tocar a poça de
fusão, produzindo um curto-circuito, extinguindo o arco e sob a ação de determinadas
forças, a gota é transferida para a poça de fusão, conforme a figura.
Quando a gota encosta na poça de fusão o arco elétrico apaga (porém sem
percepção), devido à alta velocidade da freqüência das gotas.
101
Em função de o curto-circuito ser por si só irregular, pode-se dizer que o próprio arco
elétrico é extremamente instável e, por isso, a utilização deste modo de transferência
na soldagem deve ser precedida de certas medidas que tornem o arco regular e
estável para tal aplicação.
Indutância:
Na maioria das fontes de energia também é possível regular a indutância.
Pode haver duas ou mais tomadas fixas para ajustar a indutância ou então um
interruptir para o ajuste contínuo.
Características da corrente
A denominação de curto-circuito deve-se ao fato de que as gotas fundidas fazem um
curto-circuito no arco elétrico no momento da transferência.
Usa-se para este tipo de transferência arco curto, com tensão que varia de 15 a 22
volts e corrente de 4 a 150 ampères. O gás de proteção usado é o CO2, ou misturas
com argônio.
102
A figura abaixo também apresenta as características da corrente elétrica e da tensão
na transferência por curto-circuito nos diferentes instantes, desde o início da formação
da gota até o desprendimento e começo de um novo ciclo.
Esta transferência é muito aplicada nas posições vertical e sobre cabeça e nas
soldagens de alumínio e aços de pequena espessura (chapa fina).
103
Transferência por arco pulsante
Nesta transferência mantém-se um arco elétrico com baixa corrente (c) como elemento
de fundo, sobre essa corrente injeta-se outra do tipo pulsante (a), com freqüência de
50 a 100Hz(1), durante um tempo extremamente curto.
Essa característica da corrente faz com que a energia de soldagem seja menor,
tornando-a possível também na posição vertical, pelo uso de arames eletrodo de
diâmetros grandes.
Esse tipo de transferência está sendo muito usado no processo MIG, na soldagem do
alumínio e do aço inox.
(1)
Hz Hertz: é a unidade de medida de freqüência
01 – Cite dois modos de transferência que podem ser obtidos no processo MIG/MAG:
( ) a) Pinçamento e globular;
( ) b) Jateamento e spray;
( ) c) Spray e curto-circuito;
( ) d) Curto-circuito e líquida.
104
02 – Como se processa a transferência no método spray?
( ) a) Gotas grandes, maiores que o diâmetro do arame;
( ) b) Gotas médias;
( ) c) Gotículas finas;
( ) d) 2mm
105
08 – Dos tipos transferência qual a que trabalha com duas correntes de arco (uma de
soldagem e outra de freqüência entre 50 a 100Hz, para tornar o arco estável)?
( ) a) Transferência por spray;
( ) b) Transferência por glóbulos;
( ) c) Transferência por curto-circuito (short-arc);
( ) d) Transferência por arco pulsante.
10 – Na soldagem de qual (is) material (ais) é muito usado a transferência por arco
pulsante?
( ) a) Aço carbono;
( ) b) Alumínio;
( ) c) Aço carbono, ferro fundido e latão;
( ) d) Alumínio e aço inoxidável.
106
Variáveis do Processo
Todo condutor elétrico é rodeado por um campo magnético. Isso também se aplica ao
arco elétrico, que também é um condutor de corrente elétrica. Frequentemente em
arcos elétricos com corrente contínua, esse campo magnético provoca um desvio do
arco elétrico, para frente ou para trás do sentido de transação, ou ainda para oslados,
ver figura abaixo.
107
O sopro magnético ocorre frequentemente no fim da junta, ou nos cantos da peça.
Pode provocar respingos, falta de penetração, porosidades e soldas de má qualidade.
Para controlar, devem-se utilizar arcos curtos, reduzir a corrente elétrica ou inclinar o
bocal em relação à peça na direção do sopro.
Quantidade de calor
A tensão de soldagem tem uma influencia prática bem pequena no insumo de calor, se
comparada com a intensidade de corrente (amperagem), velocidade do avanço do
arame eletrodo, material do arame, gás de proteção e polaridade.
Penetração da solda
A profundidade de penetração é determinada essencialmente pela intensidade de
corrente (amperagem).
108
Juntamente com a intensidade de corrente, outros fatores tais como polaridade e
comprimento livre do arame eletrodo, também influenciam como mostram as figuras
abaixo.
A cada faixa de intensidade de corrente está agregada uma determinada tensão. Nos
caos em que a velocidade de avanço do arame eletrodo é constante, tem-se a
seguinte conclusão:
Quanto menor for à tensão, menor será o arco elétrico, mais estreito e mais alto será o
cordão.
Com altas tensões e arco longo, existe a instabilidade e um leve desvio provocado por
um campo magnético assimétrico (assimétrico = diferente, desigual).
109
Influência das posições de soldagem
Ângulo do bocal
O posicionamento do bocal, juntamente com a direção de soldagem, interfere na
qualidade do cordão de solda que se deseja obter:
Quando se deseja uma operação simples e de fácil controle, o ângulo do bocal deverá
ser negativo, compreendido entre 150 a 300, conforme desenho a seguir. Esse ângulo,
porém, produz baixa penetração, com um cordão de solda baixo e largo.
Assim, caso seja necessário um cordão de alta penetração, com esforço convexo,
deve-se operar com um ângulo do bocal positivo.
110
O inconveniente do uso desse ângulo é que o controle da soldagem se torna mais
difícil.
Nessas condições, a zona de solda recebe pouco calor, podendo vir a correr pontos
frios na soldagem. Em geral, longos arames livres reduzem a freqüência das gotas e
aumenta a perda de deposição por maior ocorrência de respingos.
111
Posição do bico de contato
A alteração da posição do bico de contato, sem modificação dos demais parâmetros,
pode provocar alterações sensíveis e também influenciar o modo de transferência do
metal.
Descontinuidade na soldagem
112
4. Desalinhamento das peças (montagem fora de nível) conforme a figura abaixo.
Velocidade de soldagem:
Seu efeito na qualidade da solda:
1. Aumentando-se a velocidade de soldagem acarretará a queda na penetração, e o
estreitamento do cordão depositado resulta num cordão fino e convexo;
2. Poderão ocorrer mordeduras na margem do cordão de solda se a velocidade de
soldagem for muito grande.
113
Condução defeituosa da tocha:
1. Bocal deslocado para os cantos;
2. Desvio do arame eletrodo para os cantos.
Motivado por:
Distância excessiva do bico de contato.
114
2. A figura abaixo apresenta algumas descontinuidades que podem ocorrer nesse tipo
de junta.
115
03 – O sopro magnético ocorre com freqüência:
( ) a) No fim da junta ou nos cantos da peça;
( ) b) No cordão de solda;
( ) c) Nos espaços entre uma e outra;
( ) d) No início do cordão de solda.
07 – Na transferência por spray, o bico de contato deve ficar quantos milímetros para
dentro do bocal?
( ) a) 2mm;
( ) b) 5-8.d;
( ) c) 6.d;
( ) d) 2.d.
116
09 – Se a distância entre o bico de contato e a peça for menor, a penetração será:
( ) a) Maior;
( ) b) Menor;
( ) c) Menor e maior;
( ) d) Maior e menor.
117
118
Descontinuidades e Suas
Causas
Mordedura
Causas:
• Ângulo de inclinação da tocha incorreto;
• Tensão muito alta;
• Peça superaquecida;
• Ajuste incorreto dos parâmetros de soldagem;
• Metal base oxidado (ferrugem).
Poro:
Vazio arredondado encontrado numa solda, causado por gases dissolvidos no material
em fusão ou formados por reações químicas antes da solidificação total da poça de
fusão.
119
Porosidade
Formação do poro
Os poros são formados por bolhas de hidrogênio que estão dissolvidos na poça de
fusão (metal liquido), deixando vazios na solda quando ela se solidifica (resfria).
Causa:
Vazão insuficiente do gás de proteção.
120
As causas que ocasionam porosidade
a) Volume de gás muito grande.
Soldagem em local com muito vento, causando deslocamento do gás protetor com
entrada do ar atmosférico.
121
c) Distância do bocal à peça.
122
e) Formação de poros por gases formados na superfície da peça.
Gases formados pela queima de óleo, graxa, água, etc. Esses elementos devem ser
eliminados antes da soldagem.
123
Excesso de respingos
Respingos:
Glóbulos de metal de adição transferidos durante a soldagem e aderidos à superfície
do metal de base ou à zona fundida já solidificada.
As causas:
• Avanço do arame demasiadamente alto ou baixo em relação à tensão;
• Bocal alto;
• Inclinação demasiada do local;
• Impureza no metal de base;
• Mau contato do cabo obra á peça;
• Regulagem da indutância incorreta;
• Uso do gás de proteção CO2 puro.
Penetração excessiva
124
Causa:
• Abertura da junta grande;
• Intensidade de corrente elétrica alta;
• Velocidade de avanço da soldagem lenta;
• Movimento lateral com a tocha larga.
Falta de penetração
Causa:
• Abertura entre chapas pequenas;
• Ângulo do chanfro pequeno;
• Alta velocidade de soldagem;
• Ângulo incorreto do bocal;
• Bico de contato alto;
• Bocal grande para o tipo de junta.
Falta de tensão
Fusão incompleta entre a zona fundida e o metal de base, ou entre passes da zona
fundida.
125
Causa:
• Tensão muito baixa;
• Arame eletrodo atrás da poça de fusão;
• Ângulo do bocal incorreto.
02 – O que é poro?
( ) a) Furos causados pelo soldados;
( ) b) Vazio arredondado encontrado numa solda;
( ) c) Vazio causado pela máquina de solda;
( ) d) Entalhe na margem de solda.
126
05 – Os gases causadores de porosidades são captados do:
( ) a) Ar atmosférico, da queima de elemento de liga, de materiais estranhos como
óleo, graxa, umidade, etc.;
( ) b) Soldados mal preparado para executar a soldagem;
( ) c) Ventos laterais durante a soldagem;
( ) d) Do CO2 existente no ar atmosférico.
127
128
Preparação das Juntas a
Soldar
Tipos de junta
Tipos de chanfro
Terminologia de soldagem
Cordão de solda
Depósito resultante de um ou mais passe ou filete de solda.
129
Passe ou filete de solda
Depósito de material obtido pela progressão sucessiva de uma poça de fusão.
Exemplos:
Camadas de solda
Conjunto de passes depositados e situados aproximadamente num mesmo plano.
Exemplos:
130
Nomenclatura da solda do ângulo
Garganta teórica:
Dimensão de uma solda em ângulo que determina a distância entre:
1. A raiz da junta e a hipotenusa do maior triângulo retângulo inscrito na seção
transversal do cordão.
Garganta teórica:
Dimensão de uma solda de topo que determina a distância entre:
1. A espessura do membro (espessura da chapa) (sem cortar com a penetração e
reforça).
131
Garganta efetiva (inclui a penetração menos o reforço):
Dimensão de uma solda de topo que determina a distância entre:
3. A penetração da solda até a face desta, menos qualquer reforço.
Chanfro (groove):
Corte efetuado na ou nas bordas das chapas entre dois componentes, que determina o
espaço para conter a solda.
133
Cobre-junta (backing):
Material colocado na raiz da junta com a finalidade de suportar o metal fundido durante
a execução da soldagem.
Consumível (consumption):
Material empregado na disposição ou proteção da solda, tais como: eletrodo, vareta,
arame, anel consumível, gás e fluxo.
Fluxo (flux):
Material usado para prevenir ou facilitar a remoção de óxidos de outras substâncias.
134
Gás de proteção (shielding gas):
Gás utilizado para prevenir contaminação indesejada pela atmosfera.
135
Junta sobreposta (lap joint):
Junta formada por dois componentes a soldar, de tal forma que suas superfícies
sobrepõem-se.
Martelamento (peening):
Trabalho mecânico, aplicado à zona fundida da solda por meio de impactos,
destinados a controlar deformações da junta soldada.
136
Metal base (base metal):
Metal a ser soldado ou cortado (peça).
137
Pós-aquecimento (postheating):
Aplicação de calor na junta soldada, imediatamente após a deposição da solda, com
finalidade principal de remover o hidrogênio difusível (para evitar trincas).
Pré-aquecimento (preheating):
Aplicação de calor no metal de base momentos antes da soldagem.
139
Soldador (welder):
Profissional capacitado a executar soldagem manual e/ou semi-automática.
140
Vareta do solda (welding rod):
Tipo de material de adição utilizado para soldagem TIG ou oxiacetilênica, o qual não
conduz corrente elétrica durante o processo.
Zona fundida
Região da junta soldada que esteve momentaneamente no estado líquido e cuja
solidificação resultou da cessação ou afastamento da fonte de calor. Pode ser obtida
em um ou vários passes.
Zona de ligação:
Região da junta soldada que envolve a zona fundida. É a região que durante a
soldagem foi aquecida entre as linhas líquidas e sólidas. Para os metais puros se
reduz a uma superfície.
141
Como resolver os principais problemas
Mordedura:
• Tensão elevada
Além de provocar uma poça de fusão muito larga, a tensão elevada funde uma maior
quantidade do metal base, provocando a mordedura.
Solução
Reduza a tensão para eliminar o problema.
• Corrente da soldagem elevada:
Tem efeito semelhante à tensão elevada.
Solução
Para melhorar a qualidade do cordão e obter perfeito controle sobre a poça de fusão,
reduzir a velocidade de alimentação do arame.
Solução
Controlar a tensão e a intensidade de corrente de acordo com a espessura das
chapas.
142
• Peça superaquecida:
Temperaturas de peça elevadas favorecem maiores dificultando seu controle e
favorecendo o surgimento de:
Solução
Deixar o cordão esfriar entre um passe o outro, fluidez da poça de fusão, mordeduras.
Solução
Limpar a superfície.
2) Mau contato:
Todas as conexões e cabos (tocha e obra) devem estar conectados adequadamente.
Mau contato entre as conexões provocam arco irregular.
143
4) Bico de contato danificado:
Bico de contato danificado não permite um bom contato elétrico, alem de contribuir
para movimentação do arame na saída do bocal.
Solução
Trocar o bico de contato danificado:
Falta de fusão:
1) Superfície a serem soldadas estão oxidadas ou com impurezas:
Solução:
Limpe as faces do chanfro antes de inicia a soldagem.
Solução
Para aumentar a energia de soldagem aumente a tensão e a velocidade de
alimentação do arame.
Solução
Reduza a velocidade de deslocamento para permitir adequada fusão.
144
4) Poça de fusão larga:
Solução
Diminua a oscilação (movimentos pendulares) da tocha, de forma a conseguir uma
poça de fusão controlável. Aumente a velocidade de deslocamento (avanço).
Solução
Quando usar movimentos pendulares (oscilação) procure manter a ponta do arame
dentro da poça de fusão. Quando estiver soldando em chanfro fundir a face deste,
adequadamente para haver boa fusão entre a poça e metal base.
Solução
Deixe abertura conveniente entre chapas.
Solução
Soldar de maneira a espalhar mais a peça de fusão, formando cordões menos
convexos.
145
Falta de penetração:
1) Projeto da junta inadequado:
Solução
O projeto de a junta permitir o acesso ao fundo da junta, mantendo uma abertura
conveniente entre chapas (mais ou menos dois diâmetros do arame em uso).
A altura da face da raiz (face reta do chanfro um diâmetro e meio do arame em uso).
Solução
Mantenha a extremidade do arame eletrodo na poça de fusão, sem sair dela.
Ocorre que a qualidade das soldas depende, dentre outros fatores, da habilidade do
profissional que executa a soldagem. Antes que o soldados ou operador de soldagem
executem soldas de produção, é necessário que seu empregador tenha certeza de sua
habilidade.
146
demonstra sua habilidade para operar um equipamento de soldagem de acordo com
um procedimento.
Uma vez completada a soldagem, a peça de teste é submetida a exames e/ou ensaios,
que determinarão se a peça atende aos requisitos de qualidade previstos pela norma
aplicável.
147
1 G (Posição plana)
148
4G, posição sobre cabeça
( ) a) Plana;
( ) b) Chanfrada;
( ) c) Sobreposta;
( ) d) De quina.
149
03 – Quais os tipos de chanfros mais utilizados?
( ) a) Plano, horizontal, vertical e sobre cabeça;
( ) b) De topo, de ângulo, de quina e sobreposto;
( ) c) Em V, em K, em U, duplo V, duplo U e m J;
( ) d) Fino, médio, espesso e de ângulo.
( ) a) Duplo V;
( ) b) Plano;
( ) c) Chanfro em K;
( ) d) Em J.
150
07 – Quantos cordões, camadas e filetes têm essa junta soldada?
151
11 – Em que posição de soldagem de acordo com a norma “ASME”, encontra-se esta
peça?
( ) a) 1G;
( ) b) 2G;
( ) c) 2F;
( ) d) 6G.
( ) a) 2G;
( ) b) 3G;
( ) c) 1G;
( ) d) 4G.
152
13 – Qual a posição de soldagem que qualifica o soldador em todas as posições?
( ) a) 5G;
( ) b) 2G;
( ) c) 4F;
( ) d) 6G.
( ) a) Poro;
( ) b) Falta de fusão;
( ) c) Respingos;
( ) d) Mordedura.
153
154
Processo Oxi-Acetilênica
Fundamentos do processo
Soldagem a gás é todo processo que utiliza um gás combustível, combinado com
oxigênio para efetuar a união de metais. A fonte de calor, sendo uma chama é menos
potente que o arco elétrico.
O aquecimento da peça exige um tempo maior, permanecendo a peça por mais tempo
em altas temperaturas.
155
Equipamentos de soldagem
O gás acetileno é o preferido para a soldagem, por apresentar uma porcentagem maior
de carbono em peso, do que qualquer outro gás hidro-carboneto combustível.
Esquema de ligação
Acessórios:
Reguladores de Pressão
157
Os reguladores podem ser de um ou de dois estágios como podemos ver na figura
abaixo.
Válvulas de segurança
158
propagação da chama para o interior do maçarico junto com os dois diafragmas que
mudam os raios de curvatura e interrompem, através de bocais, o fluxo do gás
combustível.
Maçaricos
159
tomada de oxigênio possui rosca à direita e a do combustível, rosca à esquerda. As
válvulas de regulagem de vazão são do tipo agulha.
Os maçaricos podem ser classificados de acordo com o tipo de misturador em: injetor
e de pressão média.
No maçarico injetor o acetileno (baixa pressão) é aspirado pelo oxigênio (alta pressão),
pelo principio do tubo venturi no misturador. No maçarico de média pressão, ambos os
gases chegam com a mesma pressão ao misturador. Um detalhe esquemático de cada
tipo de misturador é mostrado adiante.
160
Na Fig. A o combustível entra no local (1), enquanto que o oxigênio entra por diversos
locais (2) em volta da entrada de combustível (3).
Na Fig. B o oxigênio entra em (1) e através do venturi aspira o combustível (2), que
entra por diversos locais (3), ocorrendo uma rotação entre os gases e formando a
mistura.
O maçarico deve gerar uma chama estável e manter a dosagem dos gases da mistura
constante durante todo o processo da soldagem ou corte.
161
injetor, ou com a regulagem do injetor. Com o aquecimento, as dimensões são
alteradas, podendo causar a desregulagem.
Bicos
Os bicos são feitos de ligas com elevada condutibilidade térmica, como as ligas de
cobre, para evitar um superaquecimento, gerando problemas como os que foram
referidos no item anterior.
O acetileno é tão usado na soldagem a gás que muitas vezes o processo recebe o
nome de soldagem oxiacetilênica.
162
1. Chama redutora ou carburante: é obtida
pela mistura de oxigênio e maior
quantidade de acetileno. Esse tipo de
chama é caracterizado pela cor amarela
clara e luminosa e pela zona carburante
presente no dardo da chama. É usada para
a soldagem de ferro fundido, alumínio,
chumbo e ligas de zinco.
Além dos gases, mais dois tipos de materiais são às vezes necessários para a
realização da soldagem a gás: os fluxos e os metais de adição. Juntamente com o gás,
esses materiais são chamados de consumíveis.
163
Os fluxos são materiais em forma de pó ou pasta que se fundem e têm a função de
reagir quimicamente com os óxidos metálicos que se formam no processo. Eles são
usados na soldagem de aços inoxidáveis e de metais não-ferrosos como o alumínio e
o cobre e suas ligas.
Metal de adição
Onde:
R= vareta
G= gás
XX= limite máximo de resistência (em ksi) do metal de solda na condição, como
soldado.
Os valores dos limites de resistência são mostrados na tabela abaixo, junto com os
ensaios mecânicos necessários para a classificação.
164
Ferro Fundido (AWS A5.15-82)
Onde:
R = vareta;
CI (cast iron) = ferro fundido
X = indicador da faixa de composição química
Onde:
R = vareta;
B = metal de adição adequado para a soldagem oxigás ou brasagem;
LL = símbolo dos principais elementos químicos do metal de adição;
X = letra indicando o grupo do metal de adição.
165
A tabela abaixo indica os requisitos de composição química para os metais de adição.
Alumínio
O principal elemento de liga adicionado ao alumínio, para baixar seu ponto de fusão, é
o silício; ele é adicionado aos metais de adição nos teores de 6,8 a 13%. O cobre e o
zinco reduzem também o ponto de fusão, porém não podem ser adicionados em teores
muito elevados, porque reduz à resistência a corrosão da junta.
166
Fluxos
Os fluxos devem ter uma composição química que permita dissolver as películas de
óxido formadas no metal de base sem provocar excessiva corrosão. Além disso, eles
devem fluir pela região de brasagem e protegê-la da ação atmosférica ambiente
durante o ciclo de aquecimento. A composição dos fluxos depende principalmente da
natureza do metal de adição utilizado, devido à influencia da temperatura de
aquecimento; o fluxo deve manter sua estabilidade química, e portanto a sua ação
fluxante, durante o período de aquecimento e escoamento do metal de adição. A
retirada, após a brasagem ter se completado, é necessária e sua composição deve
facilitar essa operação, permitindo, sempre que possível, somente o uso de água
quente.
Normas de segurança
167
Transporte
Os cilindros são vasos de pressão bastante resistentes, por isso eles possuem um
peso considerável e encerram uma pressão também considerável.
O transporte dos cilindros na superfície deve ser feita com carrinhos apropriados.
168
• Nos cilindros equipados com capacete solto (atarraxado no colarinho), tal capacete
só deve ser retirado na ocasião em que se vai utilizar o gás e nunca antes.
• Os cilindros equipados com capacete fixo devem permanecer nesse estado, ou
seja, os capacetes não devem ser removidos para a utilização do gás. Tais
capacetes fixos permitem que os cilindros venham a ser içado, se necessários.
Armazenagem
O gás acetileno ou, de um modo geral, gases comburentes e combustíveis, não pode
ser armazenado no mesmo local. Deve haver uma parede divisória e resistente entre
eles.
O piso deverá ser plano a fim de manter a estabilidade dos cilindros na vertical.
169
Deve haver áreas separadas para cilindros cheios e vazios.
Armazene cilindros cheios separados dos vazios para evitar confusões e acidentes.
Nas áreas de armazenagem não deve haver fios de alta tensão ou instalações
elétricas precárias.
Certificar-se de que as válvulas dos cilindros estejam bem fechadas. Elas são
importantes e devem sempre ser observada.
Ler sempre as instruções que estão nos adesivos colocados na calota dos cilindros.
Ter atenção para os símbolos de riscos que figuram no quadro central do adesivo. Ele
é um símbolo usado mundialmente e normalizado pela norma ABNT NBR-7502.
Manuseio e uso
170
• Certificar-se de que no orifício de saída da válvula não haja sujeira. Em caso de
dúvida, abrir a válvula vagarosamente, só para dar um jato de limpeza, porém
nunca se deve dirigi-lo para si ou para outras pessoas. Se tratar de acetileno, deve-
se dirigir o jato para áreas abertas onde não haja chama ou faísca.
• Colocar o regulador correto, no caso de uso individual, ou a serpentina (flexível)
apropriada, no caso de centrais.
171
• Nunca usar oxigênio como ar comprimido para: limpar peças, limpar partidas de
motores, limparem tubulações, testar ferramentas pneumáticas, testar
equipamentos de pressão, etc.
• Nunca utilizar oxigênio para limpar ou refrigerar o próprio corpo. Qualquer mancha
de óleo, graxa ou gordura que estiver no corpo sofrerá ignição e graves
queimaduras serão a conseqüência. Além disso, o oxigênio ou qualquer outro gás,
quando dirigido para o próprio corpo, mesmo sob pressão relativamente baixa
poderá lançar partículas sólidas em velocidades elevadas. Tais partículas poderão
penetrar no corpo como projéteis.
• Não tentar reparar válvula de cilindros que apresentam vazamentos ou que estejam
emperradas. Qualquer irregularidade deverá ser sanada por um técnico
especializado.
• Os cilindros com vazamento devem ser afastados da presença de chamas e
faíscas e levados para um ambiente aberto e ventilado e identificados com
etiquetas. As empresas fornecedoras devem ser imediatamente notificadas para as
posteriores providências.
• De modo algum, os cilindros de acetileno e oxigênio devem ser armazenados em
locais onde as temperaturas possam elevar-se acima de 80ºC.
172
• Quando o fogo não se extinguir pelo fechamento da válvula, resfriar o cilindro,
posicionando-se em local protegido, como atrás de uma parede.
• Avise imediatamente a empresa fornecedora.
• Se ainda houver vaporização no cilindro, continuar com o resfriamento.
• Quando não se observa mais nenhuma vaporização, continuar resfriando o cilindro
por mais 15 minutos. A seguir, verificar a temperatura do cilindro com as mãos,
pelo tato. Nenhum cilindro deverá estar mais quente que uma faixa de temperatura
entre 30º e 50ºC.
• Colocar o cilindro em um local seguro, preferencialmente imerso em água por pelo
menos 24 horas. Cilindros com temperaturas superiores a 36ºC não devem ser
removidos.
• Se os cilindros em chamas estiverem próximos a outros cilindros de acetileno ou
outros gases comprimidos, estes também devem ser resfriados com água e, se
possível, removidos do local.
• Não fumar e eliminar todas as fontes de ignição que possam estar presentes nas
proximidades.
• Usar luvas de abestos para fechar a válvula em chamas.
Resumo
173
• Retirar todo material inflamável do local de trabalho, antes de operar com o
maçarico oxiacetilênico.
174
• Usar a válvula contra retrocesso, tanto no regulador de pressão de oxigênio como
no de acetileno, para impedir que o retorno da chama, refluxo de gases ou ondas
de pressão atinjam o regulador ou o cilindro.
• Manusear os cilindros de gás com cuidado. Eles não devem sofrer choques ou
impactos mecânicos.
175
• Fechar imediatamente as válvulas dos cilindros de gases em caso de acidentes.
176
Soldagem por Resistência
Introdução:
A soldagem por resistência é um dos métodos mais versáteis de união de metais que
existe. Essa versatilidade se refere ao tipo de peças a serem soldadas, com relação a
espessura, formato, materiais etc. Refere-se, também, ao equipamento que, com
pequenas alterações, pode ser adaptado à soldagem de diferentes tipos de peças.
A soldagem por resistência é diferente dos outros processos acima, pois o calor
gerado não vem de uma fonte como um arco elétrico ou a chama de um gás.
Basicamente, é um processo de soldagem baseada na pressão e na resistência
elétrica.
Equipamentos
177
O sistema elétrico consiste de uma fonte de energia, eletrodos e conexões. As fontes
de energia mais eficientes são as formadas por um transformador de corrente contínua
e um circuito retificador trifásico que apresentam menor consumo com capacidade
mais elevada. Nas máquinas de soldagem por centelhamento, o sistema elétrico
apresenta, ainda, um dispositivo para provocar o centelhamento entre as peças a
serem unidas.
178
junta, formando a solda. O aquecimento provoca uma pequena fusão das peças a
serem unidas. A aplicação da pressão garante a continuidade do circuito elétrico. Ela
também permite a obtenção de soldas com baixo nível de contaminação, porque a
união das partes impede a contaminação proveniente da atmosfera.
Como já foi dito antes, esse princípio está presente em um grupo de processos de
soldagem, ou seja, todos eles envolvem a aplicação coordenada de pressão e
passagem de corrente elétrica com intensidade e duração adequadas.
A soldagem por pontos, na qual as superfícies são unidas por um ou mais pontos pelo
calor gerado pela resistência à corrente elétrica que passa através das peças mantidas
em contato por pressão. Essa região é aquecida por um reduzido espaço de tempo,
enquanto dura a passagem da corrente. Quando ela cessa, a pressão é mantida
enquanto o metal se solidifica. Os eletrodos são afastados da superfície depois que se
obtêm cada ponto.
179
Soldagem por costura
A soldagem por projeção, que é semelhante à soldagem por pontos, ocorre em uma
parte de uma das peças, na qual existe uma projeção ou saliência obtida por meio de
estampagem ou forjamento. Esse processo é empregado em chapas finas (entre 0,5 e
3,2 mm).
180
Soldagem de topo
181
elevada resistividade, baixa condutividade térmica e ponto de fusão também
relativamente baixo, como as ligas não-ferrosas, são facilmente soldáveis por esses
processos. Além disso, as características metalúrgicas também devem ser levadas em
consideração. Por exemplo, certos aços, como aqueles com maior teor de carbono,
podem necessitar de tratamentos térmicos após a soldagem para ajuste de suas
propriedades mecânicas.
182
Soldabilidade dos Materiais
Introdução
Por soldabilidade entende-se a facilidade com que uma junta soldada é fabricada de tal
maneira que preencha os requisitos de um projeto bem executado.
184
solidificação e diminui localmente o ponto de fusão do líquido remanescente. Neste
caso, o cordão apresenta-se macroscopicamente solidificado, porém
microscopicamente com fases líquidas nas regiões interdendríticas. Esse fato,
associado á presença de tensões residuais de tração, pode gerar o aparecimento de
trincas a quente no cordão de solda, entre cordões na soldagem multipasse ou na
zona de ligação.
185
Um exemplo de soldabilidade em serviço diz respeito ao aço inoxidável AISI 316L (Cr-
Ni-Mo). Se este aço for soldado com uma adição de ER 308L CR-NI, dificilmente
apresentará problema durante a execução da soldagem, apesar de a adição indicada
para este aço ser o ER 316L. Contudo, a junta terá vida bastante abreviada caso o
requisito do projeto seja resistência á corrosão. Este fato é devido a que o aço AISI
316L é mais nobre que o metal de adição ER 308L. Desta maneira, dar-se-á a
formação de um par galvânico entre o metal de base e o metal de adição e,
conseqüentemente, a presença de corrosão por par galvânico.
186
Soldagem de manutenção que o conhecimento da metalurgia da soldagem é
fundamental. Neste tipo de soldagem não há, em geral, tempo disponível para realizar
testes antes da soldagem e isto pode tornar difícil o reparo do material.
Outro fator é que nem sempre o material a ser soldado é identificado através de
composição química, ou ainda pode se tratar de um material já trabalhado.
Neste caso, as técnicas a serem utilizadas devem ser as características mais amplas
possíveis para realizar a manutenção.
Metalurgia da soldagem
Uma liga metálica ocorre se a fusão dos elementos metálicos produz um segundo
elemento. A fusão dilui o segundo elemento, como a água dilui o açúcar. O elemento
adicionado pode também ser não metálico.
Exemplos de ligas
Cobre + zinco = latão
Cobre + estanho = bronze
Alumínio + magnésio = ligas Al - Mg
Ferro + carbono = aço ou ferro fundido
Tipos de ligações
Os elementos de uma liga podem estar unidos por três diferentes formas, após a
solidificação:
Como mistura
As partículas cristalinas misturadas e ligadas uma com as outras só são reconhecidas
com o uso de microscópio.
187
As propriedades do elemento principal A são mantidas.
188
Através disso, para todo o material ferro-carbono, são encontradas duas distintas e
marcantes temperaturas. A temperatura inferior, na qual o material começa a fusão, e
a temperatura superior, na qual toda a massa sólida encontra-se em estado líquido.
Entre as duas temperaturas, encontra-se o intervalo de fusão.
Por exemplo: para um aço com 1,0% de carbono, como mostra o gráfico, encontra-se
uma temperatura inferior de fusão igual a 1350ºC e uma superior igual a 1465ºC, que
são pontos de cruzamento da reta perpendicular de 1,0%C com as curvas de fusão
respectivas, transportadas na horizontal para a linha das temperaturas.
Entre a curva inferior e superior de fusão, forma-se uma zona intermediária onde o
material se encontra na estada pastoso.
189
reconhecida, pois se encontra diluída no cristal de ferro no estado sólido. Essa
estrutura é chamada austenítica.
Estrutura austenítica
Nos aços com 0,8%C são formados cristais mais escuros chamados perlita.
190
O carboneto de ferro (Fe 3 C) é uma ligação química entre o ferro e o carbono, e é
muito duro e frágil.
Cristal de perlita
Nos aços com teores acima de 0,8 até 21%C, a estrutura encontrada é composta
apenas de carboneto de ferro, denominada cementita.
191
O gráfico da figura a seguir apresenta as temperaturas de fusão e de transformação de
estruturas em função do teor de carbono.
192
Temperabilidade do aço
Os aços não ligados adquirem dureza se resfriados em água; porém os aços de alta
liga podem adquirir dureza até com resfriamento a ar, por exemplo, aço com Cr Ni
18.8.
Nos aços em geral, quanto maior for o teor de carbono, maior será a temperabilidade e
dureza após o resfriamento brusco e menor será a tenacidade do material ou da junta.
193
As figuras a seguir apresentam vários tipos de juntas, numa seqüência crescente do
aumento da velocidade de resfriamento, que depende do tipo de junta, pois as
distribuições térmicas no resfriamento são diferentes; depende também do tipo de
chanfro e da qualidade de material depositado no cordão em relação à espessura das
peças soldadas.
Surgimento de trincas
194
As figuras a seguir apresentam alguns exemplos de trincas que podem surgir. Para
durezas até 300HV, não existe perigo para a junção, porém acima de 400HV já causa
preocupações e, em certos casos, convém executar-se um recozimento pleno ou de
alívio de tensões.
Trincas de soldagem
Os aços com até 0,25%C (St 33, St 34, St 37, St 42, HI HII, StE 26, StE 29, StE 32),
bem como os de baixa liga, com até 0,20%C e com espessura até 30mm, por exemplo,
St 52-3, 15Mo3, 17Mn4, StE 36 são adequados à soldagem, sem a necessidade de
procedimentos especiais, por não existir perigo de endurecimento. Os demais aços, os
aços cromo-níquel, bem como o St 52-3 e o StE 36, de espessuras superiores a
30mm, devem ser pré-aquecidos para a soldagem, evitando-se assim o perigo de
trincas.
195
Superaquecimento nos aços
A temperatura do cordão de solda cai dos 1500ºC para o estado pastoso até a
temperatura da peça. Junto ao cordão, o material possui consistência, uma vez que
não está em estado líquido, mas extremamente superaquecido, portanto com
granulação grosseira.
Quanto mais grosseira for à granulação, menor será a tenacidade do material. Por isso
o soldador deve observar que a junção soldada não deve ser aquecida por muito
tempo.
Na soldagem de aços que têm grande tendência à têmpera, ocorrerá uma fragilidade
nessa zona, provocada pelo superaquecimento, pois grãos grosseiros são favoráveis a
fragilização.
196
A figura a seguir apresenta um diagrama referente à zona do cordão de solda e suas
transformações pelo efeito térmico de soldagem.
A soldabilidade dos aços está vinculada a condição de endurecer que os aços têm,
sempre dependendo do seu teor de carbono, elementos de liga, energia imposta e
velocidade de resfriamento.
197
Na verdade em um aço, com um teor de carbono de 0,85% (Eutetóide), pode encontrar
3 estruturas básicas.
Nos aços baixo carbono (até 0,30%C) por predominar a estrutura ferrítica, a sua
soldabilidade é mais fácil, por não formar Martensita suficiente de forma a endurecer a
região soldada e conseqüentemente livre de trincas.
Para os aços médio carbono (até 0,60%C) e aços alto carbono (acima de 0,65%C),
além de formar Cementita Fe3C, dependendo da velocidade de resfriamento, pode
formar Martensita, conseqüentemente fragilidade e trincas.
Para minimizar as conseqüências das zonas formadas nos aços médio e alto carbono,
as recomendações técnicas para a soldagem destes aços é utilizar o pré e o pós-
aquecimento e resfriamento lento, isto manterá as regiões, embora com a formação de
estruturas Martensiticas, porém aliviadas as tensões, atenuando as conseqüências, ou
seja, as trincas.
Para aços médio carbono, escolhe-se os eletrodos básicos, baixo hidrogênio que
minimizará a tendência a trincas a frio.
198
Na solda de união, opta-se pelos eletrodos da classe CrNi, austeno ferritico, se for
revestimento, é necessário analisar os tipos de desgastes, para em seguida selecionar
o consumível compatível.
2) Buscar o consumível cuja composição química seja compatível com o metal base.
199
É importante observar no consumível:
• Resistência à tração, escoamento, alongamento e se necessário resiliência.
É muito importante observar que a escolha dos consumíveis de baixa liga, exige
sempre um tratamento térmico após a soldagem para aliviar as tensões, porém quando
se optar por consumíeis tipo CrNi, austeno-ferritico, deve-se evitar o alívio de tensões
o que poderá ocasionar fragilidade (fase sigma).
Este aço é classificado como aço de alta liga, portanto seus elementos de liga
excedem a 10%. E ligado com manganês e carbono que caracteriza uma estrutura
austenítica de elevada tenacidade, ductilidade, além de manter controle de resistência
ao desgaste por abrasão.
Este aço é composto por uma estrutura austenítica, que em certas condições de
manuseio, principalmente na faixa de temperatura entre 400 a 800°C, tem tendência a
precipitar a cementita (Fe3C) em contorno de grão, que após o resfriamento, deixa o
aço frágil e susceptível a trincas.
200
Ele apresenta elevado coeficiente de dilatação térmica, e baixa condutibilidade
térmica, o que favorece a fragilidade.
Hoje, se incorpora a este aço, teores de níquel o que favorece a estrutura austenítica,
diminuindo a tendência a precipitação da cementita em contorno de grão.
O aço manganês austenítico em virtude ao uso, pelo trabalho sob impacto, apresenta
sempre a necessidade de soldá-lo, ou por quebra ou desgaste por abrasão.
AWS E- 6013
201
Tem um vasto campo de aplicação em construções metálicas de pequeno e médio
porte como: serralheria, caldeiraria leve, automobilística construções de perfis,
implementos agrícolas, construções de tanques e equipamentos de pequenas
espessuras.
Características:
• Indicado para chapas finas. Em solda de topo sem chanfro, deixar fresta 2mm.
• Regular corrente e aplicar mantendo a velocidade baixa. Soldável em todas as
posições. Remover escória somente com martelo picão.
AWS E- 7018
202
Seu vasto campo de aplicação está nas grandes caldeirarias, estruturas pesadas,
soldagem de tubulações para alta pressão, onde se requer alta responsabilidade.
Por ser um eletrodo tipo baixo hidrogênio, é altamente higroscópico, necessitando de
mantê-lo seco, e em uso, evitar contato com umidade do ar.
Apresenta boa soldabilidade, arco suave, sem mordeduras, cordões de bom aspecto,
soldável em todas as posições, fácil remoção de escória, fácil ignição e reignição do
arco, isento de respingos.
Características:
AWS E- 7018-1
É um eletrodo ligado ao Ni, do tipo básico, baixo hidrogênio, indicado para soldagem
dos aços ligados ao Ni para área de criogenia.
203
É importante salientar que este eletrodo por ser baixo hidrogênio, deve ser aplicado
com o revestimento bem seco, evitando assim a sensibilidade e a fragilidade pelo
hidrogênio.
Apresenta excelente soldabilidade, arco suave, cordões de bom aspecto, fácil remoção
de escória, fácil ignição e reignição de arco, isento de respingos.
Características:
• Para aços com carbono até 0,15%, soldar sem pré-aquecimento. Para carbono
acima, pré aquecer a 250ºC. Ressecar os eletrodos 250ºC / 2 horas.
• Evitar corrente e diluição excessiva.
Definição
É uma liga ferrosa com cromo entre 11 a 30%, podendo conter ainda outros elementos
de liga, que proporcionam resistência à corrosão, temperatura ou mesmo corrosão a
alta temperatura.
Nas indústrias químicas em geral, o desgaste de peças tem sido motivo de grande
preocupação dos especialistas, obrigando o campo da metalurgia e outras áreas se
desenvolverem no sentido de buscar novas tecnologias para combater o desgaste.
Novos métodos de proteção contra corrosão, por exemplo: tem sido uma saída para o
caso, através da área de galvanoplastia, novas ligas metálicas, o processo CLADDING
por solda etc.
204
A corrosão pode ser considerada como um ataque gradual e continuo em metal,
através de um meio circunvizinho, que pode ser a atmosfera mais ou menos
contaminada das cidades, ou um meio químico, líquido ou gasoso.
Admite-se que a corrosão não passa de uma forma de atividade química ou, mais
precisamente, eletroquímica.
Quando um metal não corroe admite-se que se produz alguma reação química entre
ele e o meio que o circunda, com a formação de uma camada fina, a qual adere a
superfície metálica e é ai mantida por força atômica.
Se, por qualquer motivo, essa camada protetora foi destruída momentaneamente, ela
será instantaneamente restabelecida e a lesão do metal é, por assim dizer,
automaticamente sanada.
Em resumo a maioria dos metais nos meios comuns é instável, tendendo a reverter às
formas mais estáveis (das quais os minérios encontrados na natureza são exemplos
comuns).
Isto ocorre pelo envio de íons de ferro (Fe++) em solução na água, deslocando os íons
de hidrogênio (H+) da água.
Portanto, a camada de água que circunda a peça de ferro contém íons Fe++ e íons
20H, ou seja, Fe (OH)2 dissociado em considerável concentração.
205
Fe(OH)3 é menos solúvel do que Fe(OH)2, por isto ocorre a formação de um
precipitado marrom Fe203 (FERRUGEM).
206
fenômeno metalúrgico conhecido como, precipitação de um composto intermetálico
de carboneto de cromo em contornos de grãos da estrutura austenítica, que resulta
na chamada SENSITIZAÇAO.
Neste tipo de corrosão o aço pode romper pela desintegração dos grãos corroídos.
207
A corrosão galvânica depende de diversos fatores como: condutibilidade do circuito,
potencial entre anodo e catodo, áreas relativas de anodo e catodo e contato entre
metais.
SÉRIE 200 - Esta série já foi abandonada, embora é possível ainda encontrá-la
principalmente no exterior.
SÉRIE 300 - Esta série é composta basicamente por cromo níquel e caracteriza uma
estrutura austenítica.
Estes aços deverão ser soldados a frio, sem pré e pós aquecimento, para evitar a
SENSITIZAÇAO (Corrosão intergranular), usando-se todos os recursos disponíveis
para manter o menor nível de calor imposto na peça.
208
Para minimizar a SENSITIZAÇÃO, podem-se usar três recursos:
1. Solubilização consiste em aquecer a peça soldada entre 950 – 1150ºC e provocar
um resfriamento brusco. Este tratamento também é conhecido como
AUSTENITIZAÇÃO. Neste caso todos os carbonetos formados serão dissolvidos
na estrutura austenítica.
A escolha dos consumíveis é simples, pois, basta seguir a orientação dada pela norma
AlSl ao metal base, usando para o consumível o mesmo sistema.
Usar ø do eletrodo fino, corrente baixa, arco curto, cordões alternados, cordões passo
atrás ou peregrinos, retirar o eletrodo no fim da solda sempre em cima do cordão
(evitar trincas de cratera), se possível usar placas do cobre do lado oposto a junta e
até controlar próximo da área com jato de ar comprimido.
209
Pela norma AWS A5.4, os eletrodos são designados:
AWS E-308L-15 para revestimentos básicos - CC somente.
AWS E-308L-16 para revestimentos rutílicos - CA/CC.
SÉRIE 400 - Esta série é do tipo ligado com cromo ou carbono, que pode ser dividida
em:
Aços Martensíticos - Cr e C
Aços Ferriticos - Cr e C baixo.
Cr 11 a 18%
C 0,15 à 1,20%
Cr 18 a 27%
C até 0,35%
Os tipos mais conhecidos desta série são: AlSl 410, 420 e 440.
Estes aços deverão ser soldados com pré-aquecimento entre 450 e 550ºC e um pós-
aquecimento entre 650 a 750ºC, com resfriamento lento.
Usar eletrodos da classe ou lançar mão dos tipos CrNi(309 ou 312) que favorecem em
uniões difíceis.
210
A técnica do amanteigamento se faz necessária, a medida que a espessura da chapa
é elevada, sendo neste caso recomendados os eletrodos CrNi austeno ferríticos (309 e
312).
SÉRIE 400 FERRÍTICOS - Estes aços são compostos por Cr e o carbono é baixo.
Caracteriza a estrutura ferrítica, mole, porém de difícil soldabilidade por apresentar
tendência ao crescimento de grão acima de 1150ºC além de alguns carbonetos duros
em contorno de grão, isto favorece a fragilização. Pode apresentar fragilidade sigma a
475ºC.
São aços magnéticos, susceptíveis a trincas por crescimento de grãos, exige cuidados
de pré e pós-aquecimento durante a soldagem.
Estes aços deverão ser soldados com pré-aquecimento de 250 a 350ºC e pós-
aquecimento de 100º acima do préaquecimento com um resfriamento lento.
Usar consumíveis da classe ou lançar mão dos tipos CrNi (309 ou 312), que favorece
em uniões difíceis.
SÉRIE 500
Esta série de inoxidável apresenta excelente resistência a corrosão por agentes
sulfurosos a quente (538ºC), muito indicado para vapor e pressão.
Cr 4 até 9%
Mo até 2%
C 0,25% máximo.
211
Necessitam de pré-aquecimento de 250 a 350ºC e pósaquecimento de 750ºC, com
resfriamento lento. Forma estrutura martensitica, o que fragiliza a região.
O uso das ligas Cr-Ni austeno ferriticos (309 a 312) pode ser importante,
especialmente em condições onde não é impossível pré-aquecimento.
AWS E 308-16
É um eletrodo rutílico indicado para soldagem de aços inoxidáveis AlSl 302, 303, 304 e
308, resistentes a corrosão. É indicado em construção e reparos de equipamentos nas
indústrias:,química,papel e celulose, têxtil, farmacêutica, etc. Apresenta boa resistência
a corrosão intergranular até 300ºC.
Características
212
Orientação técnica para soldar
• Remover impurezas (óleo, graxa ou outros contaminastes) evitando usar solventes
clorados. Utilize álcool ou acetona. Utilize escova de aço inoxidável. Evitar soldar
inox próximo de local onde se solda aço carbono.
• Manter o eletrodo seco. Usar arco curto (no máximo ø do eletrodo).
AWS E 347-16
É um eletrodo a base de CrNi ligado com Nb, do tipo rutílico indicado na soldagem dos
aços inoxidáveis da série 308, 308L, 321, 347, 304 e 304L.
Características:
213
• Ao terminar a solda, retirar o eletrodo em cima do cordão, evitando trinca de
cratera.
• Ao aplicar sobre aço carbono ou baixa liga, como CLADDING, evitar diluição
excessiva.
É um eletrodo a base de CrNi ligado com Mo, do tipo básico, indicado para soldagem
dos aços em geral, especialmente aços inoxidáveis da série 310 e 314. Apresenta
estrutura austenítica, caracterizado como refratário, com boas propriedades quanto a
resistência à corrosão a temperatura até 1200ºC.
Eletrodo com excelente soldabilidade, sem respingos, fácil remoção de escória, fácil
ignição e reignição de arco, além de soldabilidade em todas as posições.
Características:
214
• Usar eletrodos secos. Evitar soldar em locais onde haja soldagem de aços
carbono.
AWS E 502-15
É um eletrodo ligado ao CrMo, tipo básico, baixo hidrogênio, indicado na soldagem dos
aços CrMo, da classe SAE 502, largamente usado em tubulações de caldeiras, onde
se exige resistência à corrosão por gases sulfurantes e a temperatura até 600ºC em
trabalho. Outras aplicações deste eletrodo é na soldagem de instalações de
craqueamento catalítico(Cracking de Petróleo).
Características:
• Na soldagem dos aços da mesma classe, pré aquecer entre 250 a 300ºC,
dependendo da espessura da chapa. Ressecar a 250°C / 2 horas, para evitar
difusão de hidrogênio. Se necessário fizer alivio de tensões entre 550 a 600°C / 1
hora.
• Evitar corrente alta e diluição excessiva.
215
Ferro Fundido
O ferro fundido é hoje um metal base de grande importância para a indústria em geral,
visto que ele apresenta baixo custo e propriedades mecânicas compatíveis, com o seu
uso.
O ferro fundido é hoje, o metal base mais difícil de ser soldado, principalmente se
levarmos em conta que ainda sua tecnologia não é dominada.
De uma forma geral os profissionais de manutenção entendem que por ser uma liga
ferrosa, a soldagem pode ser feita com os mesmos critérios do aço carbono.
Este material, realmente, requer certos cuidados na soldagem que o aço não requer.
Conhecidos estes fatores já temos em mãos dados que nos permitem elaborar um
procedimento de soldagem condizente com a tecnologia.
216
É importante conhecermos a metalurgia básica do ferro fundido e através dela tirarmos
algumas conclusões, que permitirão escolher os consumíveis corretos e testados,
antes de iniciarmos a soldagem.
Os elementos da liga são os mesmos do aço, Fe, Si, Mn, S, P, C, sendo que o carbono
gira por volta de 3,5% e o silício entre 2 e 3%, o que forma a liga de fácil moldagem,
baixo ponto de fusão 1100 a 1200ºC.
O ferro fundido cinzento é obtido em moldes de areia e resfriamento ao ar, apenas com
um % de carbono alto, além do silício. Sua estrutura apresenta-se na forma de
lamelas, portanto grafite livre o que caracteriza macroscopicamente um aspecto
poroso, parecendo areia aglomerada.
Este ferro fundido tem boa resistência ao desgaste por fricção, tem baixa ductilidade e.
Uma controlada resistência à tração.
217
O ferro fundido obtido tem estrutura maleável, dúctil, bom resistência a tração, boa
resistência a compressão, onde na fratura da peça se observa um aspecto parecido ao
do aço, portanto, livre de poros.
O ferro fundido branco nada mais é do que uma liga com carbono e silício mais baixo,
(2,0 a 2,5%C), onde permite após o resfriamento no molde de areia, formar cementita
(Fe3C, dura, somente na superfície.
Este ferro fundido pode ser obtido em moldes metálicos, com resfriamento do molde
por água, que favorecerá a formação além da Cementita, da Martensita, portanto, duas
estruturas duras de elevada resistência ao desgaste por abrasão, baixíssima
tenacidade.
Este ferro fundido destina-se em uso, para desgastes por severa abrasão.
O ferro nodular / dúctil é considerado como ligado, pois recebe a adição de elemento
de liga tornando-o de boa ductilidade, usado em peças que exigem boa tenacidade.
O ferro fundido nodular recebe adição de Mg ou Cs, o dúctil recebe níquel e cobre.
O ferro fundido nodular é o tipo mais popular, pelo seu baixo custo, apresenta boas
condições de soldagem.
1. Aspectos metalúrgicos
Por ter carbono, durante a soldagem por fusão com eletrodos revestidos, há a
formação da "zona de transição" entre o metal fundido e o metal base. Nesta zona
observa-se a formação da cementita Fe-C, que endurece a região, podendo
apresentar trincas.
218
2. Procedimento de soldagem
Para selecionar o procedimento de soldagem é necessário analisar o metal base e
observar o seguinte:
• Tamanho da peça;
• Formato da peça;
• Condições de serviço da peça;
• Se houve trinca ou desgaste;
• Conhecer a disponibilidade de equipamentos;
• Habilidade dos soldadores envolvidos;
• Estado geral em que a peça se encontra.
3. Aspecto físico
Como o ferro fundido apresenta a característica de baixa ductilidade, isto dificulta o
controle das dilatações e contrações, além da contaminação por já ter trabalhado,
isto exige durante a soldagem um perfeito controle de calor dependendo da técnica
de soldagem a ser aplicada.
219
Por exemplo, o ferro fundido cinzento pode ser identificado com uma broca fazendo um
furo, o cavaco sai em forma de pó (grafite).
O ferro fundido branco se identifica pela elevada dureza que se observa com uma lima.
Este processo é muito usado em peças de pequeno porte, onde é possível pré
aquecer.
Quando se exige que a cor de depósito fique igual ao metal base, ou mesmo, em
peças que deverão sofrer tratamento de superfície (cromeação, niquelação, etc.).
Neste procedimento usa-se pré-aquecer o metal base entre 300 a 400°C, e aplica-se
os eletrodos a base de níquel, AWS E Ni Cl, ou AWS E NiFe Cl.
220
Em peças contaminadas pode-se aplicar o AWS E-ST como camada de
"impermeabilização" e em cima os eletrodos a base de Níquel AWS E Ni ou NiFe Cl. É
muito importante manter o pré-aquecimento durante a soldagem.
Características e Aplicações
221
• Apresenta excelente soldabilidade, fácil ignição e reignição do arco, fácil remoção
de escória, arco suave, isenta de salpicos e mordeduras e arco estável.
• Seu depósito é isento de porosidade, desde que não haja interferência da
contaminação do metal base. Tem excelente soldabilidade tanto CC como em CA.
• Na soldagem do ferro fundido contaminado, pode ser perfeitamente combinado
com o AWS E Ni Fe Cl ou AWS E - ST.
Características
Regular corrente baixa observar polaridade do eletrodo, usar arco curto e cada cordão
de no máximo 10 vezes o ø do eletrodo. Martelar cada cordão com martelo de bola,
após remoção da escória. Usar a técnica de passo atrás e cordões alternados.
No final de cada cordão retroceder sobre o mesmo e retirar o arco sobre o cordão, isto
evita trincas de cratera.
222
Se usar a técnica de soldagem a frio, não precisa de pré-aquecimento.
Na técnica de soldagem a meio quente, pré-aquecer entre 300 e 400ºC e após solda,
resfriamento lento.
AWS E Ni Fe Cl
Características e Aplicações
Utiliza baixa corrente a que favorece uma baixa penetração e diluição com o ferro
fundido. A zona de transição é livre de formação de carboneto de ferro, Cementita, o
que diminui as trincas.
Apresenta arco estável, boa proteção de escória, fácil manuseio, sem salpicos, poros e
mordeduras.
Características
223
• Remover impurezas (óleo, graxa ou outros contaminantes). Em peças muito
contaminadas aquecer a 150°C para queimar resíduos.
• Preparar chanfro em forma de "U" para espessura acima de 5mm, sendo simples
"U" ou duplo "U".
• Regular corrente baixa, observar polaridade do eletrodo, usar arco curto e cada
cordão de no máximo 10 vezes o ø do eletrodo. Martelar cada cordão com martelo
de bola, após remoção da escória. Usar a técnica de passo atrás e cordões
alternados.
• No final de cada cordão retroceder sobre o mesmo e retirar o arco sobre o cordão,
isto evita trincas de cratera.
• Quando no primeiro passe persistir a porosidade, usar uma camada de
impermeabilização com AWS E - ST ou um eletrodo básico ligado ao CrNiMo, em
cima deles aplicar AWS E Ni Fe Cl.
• Se usar a técnica de soldagem a frio, não precisa de pré-aquecimento.
• Na técnica de soldagem a meio quente, pré-aquecer entre 300 e 400ºC e após
solda, resfriamento lento.
Quando aplicar AWS E - ST como base, é necessário completar a solda com o AWS E
Ni Cl AWS Ni Fe Cl, para que haja a possibilidade de usinar a camada final. Pode ser
aplicado na técnica de soldagem a frio ou meio quente.
224
Características
• Remover impurezas. Para peças muito contaminadas, aquecer a 150°C até total
remoção de sujeira.
• Preparar chanfro para peças com espessuras acima de 5 mm em forma de simples
"U" ou duplo " ".
• Ao aplicar este eletrodo ele deverá estar com corrente 10% acima do normal, a
distância do arco média, isto favorece a deposição em forma de um "spray". E
importante salientar que AWS E - ST não se presta para soldar e sim fazer uma
camada impermeabilizante sobre ferro fundido contaminado.
• Quando se busca uma união soldada, acima deste eletrodo se aplica depósitos
com um eletrodo básico ligado ao CrNiMo, AWS Ni Fe Cl, AWS E NI CI,
(usináveis).
225
Alumínio
Fabricação do alumínio
226
Ligas de alumínio.
Exemplos:
227
Soldabilidade do alumínio
Problemas na soldagem do Al
• Oxiacetilênico
• TIG
• Eletrodos revestidos - AMER
• MIG, outros.
Exemplo: liga de Al 6061 se soldada com 6061 terá propensão a trincas, porém, se for
soldada com 4043 (5% Si), não terá problemas.
228
Procedimento
1. Limpeza
Solvente escova (remover gordura, óxidos, umidade e sujeiras, usar álcool ou
acetona).
2. Chanfro
De 0,8mm até 4,7 de topo sem chanfro.
3. Pré-aquecimento
De acordo com a liga a ser usada e seu fluxo correspondente (usar técnica da
chama).
4. Soldagem
• Usar varetas de alumínio puro - solda por fusão (AWS ER 1100);
• Varetas com 5% de Si - solda forte (AWS ER 4043);
• Varetas com 13% de Si - brasagem (AWS ER 4047) com fluxo correspondente e
chama ligeiramente carburante.
• Soldar movimentando o maçarico para evitar superaquecimento e fusão do MB.
Manter durante a soldagem a peça quente, para evitar dissipação térmica e roubo
de calor da região de solda.
• Usar acetileno puro.
Cobre
Características do cobre:
• Metal vermelho;
• Dúctil;
• Ponto de fusão 1083ºC;
• Densidade 8 a 9gr/cm≤;
• Excelente condutibilidade elétrica;
• Excelente condutibilidade térmica;
• Não magnético;
• Resistência a tração: 22kg/mm² laminado e recozido;
229
• Forma liga com 1/3 dos 102 elementos;
• Fortemente oxidável.
Cobre Puro
Usos: energia elétrica, condução de energia térmica e construção civil.
Cobre Eletrolítico
• 99,99% de cobre isento de oxigênio.
• Excelente ductilidade, não sujeito a fragilidade.
• Excelente condutibilidade térmica e elétrica.
230
solda. O oxigênio presente também precipita no contorno do grão do cobre, diminuindo
a ductilidade do cobre.
Cobre Fundido - impuro - 99%; tenaz - impurezas (Au, Ag, Se, Te, Bi); desoxidado por
fósforo (0,02 - 0,08% P) sem 02.
Características do Cobre:
• Metal vermelho, dúctil, ponto de fusão 1083ºC,
• Densidade 8 a 9g/cm³,
• Excelente condutibilidade elétrica, excelente condutibilidade térmica, não
magnético, resistência à tração 22Kg/mm² laminado e recozido,
• Forma liga com 1/3 dos 102 elementos,
• Fortemente oxidável.
Formas Encontradas:
Laminado - trefilado - extrudado, como fundido é péssimo, não preenche o molde.
231
Ligas cobre + cromo (0,5% Cr)
Resiste ao amolecimento até 450ºC.
232
Outros processos poderão ser usados, dependendo do tipo de latão. No processo arco
elétrico com eletrodos revestidos, é possível soldar com consumíveis da classe AWS E
Cu Sn C ou, ainda, AWS E Cu Al A2 ou E Cu Ni Al.
No latão com adição de Pb, não se recomenda soldar, a não ser por brasagem com
ligas de prata.
No latão almirantado, com Sn, e latão com alumínio, também o uso de ligas tipo AWS
E Cu Sn C ou AWS E Cu Al A2 são indicadas no processo eletrodos revestidos.
Ligas de bronzes
• Cobre + Estanho ou Cobre + Al, Cobre + Mn ou Be = Bronzes.
• Bronze comum – 1 a 11 de Sn - São ligas usadas como anti-fricção: corpo de
bombas, engrenagens, mancais, etc;
• Bronze fosforoso - com 0,04% P são normalmente bronzes ao estanho de fósforo
que aumenta a resistência ao desgaste friccional.
Bronzes fundidos
• 90 - 10 Sn com 0,05 P para mancais.
• 80 - 20 Sn - para sinos de igrejas - duro e quebradiço.
• 85 - 10 Sn - 2% Zn - para fins navais.
• 87 - 9 Sn e 1 Pb - fácil fundição e boa usinabilidade, estanqueidade e resistência à
corrosão.
233
Boa resistência à corrosão por água salgada, H2S04, cavitação, desgaste friccional. A
formação do Al203 dá o bronze Al excelentes propriedades.
Ligas Cu + 40 a 60 Ni:
• Arames para resistência elétrica.
Ligas Ni + Co ou Fe:
• Liga magnética, uso: imã permanente.
234
Processo de soldagem dos bronzes em geral
É muito usado no sistema brasagem ou solda braseada, quando requer reparo. Peças
de bronzes em geral, quando se necessita soldar, sempre ocorrem no campo da solda
de manutenção e dificilmente como partes a unir. Assim sendo, é comum se brasar
com ligas à base de prata ou mesmo usar alpacas ou latões.
É possível para alguns casos usar varetas do próprio metal base, salvo para bronze
alumínio e bronze berílio. O Al203 dificulta a soldagem do bronze alumínio, em virtude
do alto ponto de fusão.
235
Os equipamentos são os seguintes:
• Fonte CC+; tocha refrigerada; gás argônio ou hélio.
Obs: Os bronzes ligados ao chumbo são como o latão, de difícil soldabilidade por
fusão (arco elétrico em geral).
A soldabilidade destas ligas é parecida com o latão, ou seja, somente são soldados
com brasagem por ligas de prata. Como estas são muito difíceis de encontrar na
indústria, especificamente são usadas para armações de óculos, instrumentos
eletrônicos, molas de reles, instrumentos marítimos, etc.: portanto, não há
preocupação quanto aos processos arco elétrico, pois, brasagem atende às
solicitações mecânicas do metal base em questão.
As ligas moles, também conhecidas como fracas, são largamente utilizadas nas
soldagens de cobre e suas ligas, porém a resistência a tração é baixa, não
ultrapassando a 8 kg/mm²; o ponto de fusão nunca é superior a 220ºC. São ligas que
podem ser aplicadas em chapas finas, até com os chamados “ferro de soldar”.
236
Defeitos da Soldagem
Para facilitar seu estudo, colocamos esses dados na tabela a seguir, que apresenta
uma lista de alguns problemas mais comuns na soldagem ao arco elétrico, suas
possíveis causas e modos de preveni-las.
Tipo de
Causas Prevenção
descontinuidade
Superfície irregular 1. Escolha do tipo de corrente/ 1. Verificar as especificações do eletrodo.
polaridade errada. 2. Ajustar a amperagem.
2. Amperagem inadequada. 3. Ressecar os eletrodos segundo recomendações do
3. Utilização do eletrodo úmido/de má fabricante / trocar p/outros de melhor qualidade.
qualidade. 4. Aprimorar o manuseio do eletrodo.
4. Manuseio incorreto.
Mordedura ou falta 1. Amperagem muito alta. 1. Diminuir a amperagem fornecida pela máquina de solda.
de fusão na face 2. Arco muito longo. 2. Encurtar o arco, aproximando o eletrodo da peça em
3. Manuseio incorreto do eletrodo. soldagem.
4. Velocidade de soldagem muito alta. 3. Melhorar o manuseio do eletrodo depositando mais nas
5. O arco apresenta sopro lateral laterais.
(sopro magnético) 4. Diminuir a velocidade de soldagem, avançando mais
6. Ângulo incorreto do eletrodo. devagar.
7. Eletrodo com revestimento 5. Inclinar o eletrodo na direção do sopro magnético,
excêntrico. principalmente próximo aos extremos da junta.
6. Modificar a posição da garra do cabo de retorno.
7. Evitar ou modificar a posição dos objetos facilmente
magnetizáveis.
8. Mudar a fonte de energia p/ corrente alternada (use um
transformador).
9. Inclinar o eletrodo no ângulo correto.
10. Trocar o eletrodo.
Poros visíveis 1. Utilização de eletrodos úmidos. 1. Usa somente eletrodo secos,
2. Ponta de eletrodo danificado (sem 2. Utilizar somente eletrodos perfeitos.
revestimento). 3. Inverter a polaridade na máquina de solda.
3. Em C.C., polaridade invertida. 4. Diminuir a velocidade de soldagem
4. Velocidade de soldagem muito alta. 5. Diminuir o comprimento do arco elétrico, aproximando o
5. Arco muito longo. eletrodo da peça.
6. Amperagem inadequada. 6. Ajustar a amperagem da máquina para o intervalo
7. Metal de base sujo de óleo, tintas, recomendado pelo fabricante para o tipo e bitola do
oxidação ou molhado. eletrodo em questão.
8. Manuseio inadequado do eletrodo 7. Limpar o metal de base por meios apropriados, antes da
na posição vertical ascendente. soldagem.
9. Irregularidade no fornecimento de 8. Executar a movimentação adequada com tecimento lento
energia elétrica. e compassados, mantendo o arco elétrico
10. Preparação inadequada da junta. constantemente curto.
11. Metal de base impuro ou defeituoso. 9. Dimensionar a rede adequadamente.
10. Obter uma fresta constante e dentro dos limites da
posição de trabalho.
11. Rejeitar o metal de base.
Inclusão de escória 1. Não remoção da escória do passe 1. Remover a escória do passe anterior antes de reiniciar a
visível anterior. soldagem.
237
2. Chanfro irregular. 2. A preparação das bordas deve sempre ser realizada de
3. Chanfro muito estreito. maneira a obter paredes lisas sem falhas.
4. Manuseio incorreto do eletrodo. 3. Aumentar o ângulo do chanfro.
5. Sobreposição errada dos passes. 4. Movimentar o eletrodo de forma a impedir que a escória
6. Amperagem baixa. passe à frente da poça de fusão (aumentar a velocidade
7. Velocidade de soldagem muito alta. de soldagem e diminuir o ângulo de ataque).
5. Evitar mordeduras laterais onde a escória é de difícil
remoção, realizar passe de raiz o mais largo possível com
transição suave com o metal de base.
6. A seqüência dos passes deve ser tal que evite a formação
de bolsas de escória.
7. Não soldar sobre passes de grande convexidade.
8. Aumentar a amperagem.
9. Diminuir a velocidade de soldagem.
Respingos 1. Amperagem muito elevada. 1. Diminuir a amperagem da máquina.
2. Arco muito longo. 2. Encurtar o arco, aproximando o eletrodo da peça em
3. Em C.C. polaridade invertida. soldagem.
4. Arco com sopro magnético. 3. Inverter a polaridade na fonte de energia.
5. Metal de base sujo de óleo, tintas, 4. Inclinar o eletrodo na direção do sopro magnético,
oxidação ou molhado. principalmente próximo aos extremos da junta.
6. Utilização de eletrodo úmido de má 5. Modificar posição da garra do cabo de retorno.
qualidade. 6. Evitar e modificar a posição dos objetos facilmente
magnetizáveis.
7. Mudar a fonte de energia para corrente alternada (usar um
transformador).
8. Aquecer a peça quando existe um membro da junta mais
espesso que o outro.
9. Limpar o metal de base, eliminando poeiras, óleos,
graxas, tintas, oxidação etc.
10. Secar os eletrodos, segundo as recomendações do
fabricante.
11. Trocar os eletrodos por outros de melhor qualidade.
Falta de 1. Uso de eletrodo de diâmetro muito 1. Utilizar eletrodo de maior diâmetro ou eletrodo de
penetração ou falta grande impedindo suas descidas até revestimento mais fino.
de fusão na raiz a raiz. 2. Ser caprichoso na preparação da junta a soldar; realizar a
2. Fresta muito pequena ou mesmo montagem respeitando sempre a fresta mínima em função
inexistente; fresta irregular. do chanfro e da posição de soldagem.
3. Presença de nariz ou nariz muito 3. Procurar tomar a fresta a mais constante possível, através
grande. de um ponteamento adequado
4. Falha no manejo do eletrodo. 4. Verificar se é realmente necessária a existência de nariz.
5. Ângulo de ataque incorreto, 5. Procurar tornar o nariz o mais constante possível, e
principalmente com eletrodos sempre menor do que o máximo permitido para o tipo de
básicos. chanfro e posição de soldagem definidos
6. Falta de calor na junta. 6. Dirigir sempre o arco elétrico de modo a aquecer
7. Penetração da escória, entre os dois apropriadamente ambas as bordas do chanfro.
membros da junta na região da raiz 7. Realizar as retornadas/reacendimentos de forma correta.
impede uma fusão completa dos 8. Realizar a retomada/reacendimentos de forma correta
materiais. 9. Utilizar o ângulo adequado.
8. Alta velocidade de soldagem. 10. Aumentar a amperagem se ela estiver baixa.
11. Usar eletrodo de maior diâmetro, se o material for
espesso.
12. Diminuir a velocidade de soldagem.
13. Pré-aquecer a peça de trabalho, se ela estiver fria.
14. Soldar em posição vertical ascendente.
15. Movimentar o eletrodo de forma a impedir que a escória
passe da poça de fusão.
16. Diminuir a velocidade de soldagem.
Mordedura na raiz 1. Amperagem muito alta. 1. Diminuir a amperagem fornecida pela máquina de solda.
2. Arco muito longo. 2. Encurtar o arco.
3. Manuseio incorreto do eletrodo. 3. Melhorar o manuseio do eletrodo.
4. Velocidade de soldagem muito alta. 4. Diminuir a velocidade de soldagem, avançando mais
5. Sopro magnético. devagar.
5. Inclinar o eletrodo na direção do sopro magnético.
6. Modificar a posição da garra do cabo de retorno.
7. Evitar ou modificar a posição dos objetos
8. Mudar a fonte de energia para corrente alternada (usar um
transformador).
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Trincas 1. Soldagem defeituosa, contendo 1. Soldar corretamente evitando a descontinuidade.
inclusões de escória, falta de 2. Interromper a soldagem de forma adequada, fazendo com que
penetração, mordeduras, etc. a extinção da arco ocorra sobre o passe recém executado.
2. Cratera final com mau 3. Reduzir a corrente ou a tensão ou ambas, aumentar também
acabamento. a velocidade de soldagem.
3. Calor excessivo na junta 4. Limpar ou secar o metal de base.
causando excesso de contração 5. Efetuar o ponteamento com metal de adição adequado,
e distorção. corretamente dimensionado em tamanho e freqüência.
4. Metal de base sujo de óleo, 6. Remover as soldas de fixação à medida que o trabalho for
tintas ou molhado. progredindo.
5. Trincas devido ao ponteamento 7. Nos casos possíveis executar o ponteamento do lado que não
franco será executada a soldagem.
6. Cordão de solda muito pequeno 8. Substituir o ponteamento por outro sistema de fixação
(particularmente passe de raiz (“cachorros”, “batoques”, “pontes”, etc.).
ou de filete). 9. Reduzir a velocidade de soldagem, o cordão deve ter uma
7. Teor de enxofre alto no metal de secção transversal suficientemente robusta para suportar os
base. esforços a que estará submetido.
8. Têmpera da zona termicamente 10. Utilizar eletrodos com manganês alto.
afetada. 11. Usar arco mais curto para minimizar a queima do manganês.
9. Fragilização pelo hidrogênio. 12. Ajustar o chanfro de modo a permitir adequada diluição e
10. Projeto de junta adequado. utilização do eletrodo.
11. Montagem muito rígida. 13. Alterar a seqüência de passes de forma a reduzir a restrição
12. Tensões residuais muito da solda no resfriamento.
elevadas. 14. Mudar o material a fim de obter adequada relação % Mn / %S.
15. Fazer pré-aquecimento para retardar o resfriamento.
16. Usar eletrodos ressecados conforme recomendações do
fabricante.
17. Remover contaminação (óleos, umidades, etc.).
18. Manter a solda a temperatura elevada por um período longo
para permitir a saída do hidrogênio através da difusão (pós-
aquecimento).
19. Preparar os chanfros com dimensões adequadas.
20. Escolher uma seqüência de soldagem que acarrete as
menores tensões possíveis na junta.
21. Controlar a distribuição de calor na peça de trabalho,
aquecendo-a ou resfriando-a em todo ou em partes.
22. Usar tratamento térmico de alívio de tensões.
239
240
Processo TIG
Introdução
Mas que fazer se os metais a serem unidos forem de difícil soldagem por outros
processos, se for preciso soldar peças de pequena espessura ou juntas complexas, ou
se for necessário um controle muito rigoroso do calor cedido á peça? Como no caso da
costura e união de topo de tubos de aço inoxidável, da soldagem de alumínio,
magnésio e titânio, particularmente de peças leves ou de precisão como as usadas na
indústria aeroespacial, por exemplo?...
Existe um processo de soldagem manual, que também pode ser automatizado, e que
resolve esses problemas. Ele é chamado de soldagem TIG, um processo dos mais
versáteis em termos de ligas soldáveis e espessuras, produzindo soldas de ótima
qualidade.
241
Nesse processo, a união das peças metálicas é produzida por aquecimento e fusão
através de um arco elétrico estabelecido entre um eletrodo de tungstênio não-
consumível e as peças a serem unidas. A principal função do gás inerte é proteger a
poça de fusão e o arco contra a contaminação da atmosfera.
Esse processo é aplicável à maioria dos metais e suas ligas numa ampla faixa de
espessuras. Porém, devido à baixa taxa de deposição, sua aplicação é limitada à
soldagem de peças pequenas e no passo de raiz, principalmente de metais não-
ferrosos e de aço inoxidável.
O arco elétrico na soldagem TIG produz soldas com boa aparência e acabamento. Isso
exige pouca ou nenhuma limpeza após a operação de soldagem. Esse arco pode ser
obtido por meio de corrente alternada (CA), corrente contínua e eletrodo negativo
(CC-), e corrente contínua e eletrodo positivo (CC+), que é pouco usada pelos riscos
de fusão do eletrodo e contaminação da solda.
Um arco de soldagem TIG ideal é aquele que fornece a máxima quantidade de calor
ao metal-base e a mínima ao eletrodo. Além disso, no caso de alumínio e magnésio e
suas ligas, ele deve promover a remoção da camada de óxido que se forma na frente
da poça de fusão. Dependendo da situação e de acordo com as necessidades do
trabalho, cada um dos modos de se produzir o arco (CA, CC+ ou CC-) apresenta um
ou mais desses requisitos. Veja tabela a seguir.
(Fonte: Tecnologia da soldagem por Paulo Villani Marques e outros. Belo Horizonte:
ESAB, 1991, p. 187).
242
O uso do eletrodo não-consumível permite a soldagem sem utilização de metal de
adição. O gás inerte, por sua vez, não reage quimicamente com a poça de fusão. Com
isso, há pouca geração de gases e fumos de soldagem, o que proporciona ótima
visibilidade para o soldado.
Equipamento básico
243
A tocha de soldagem tem como função suportar o eletrodo de tungstênio e conduzir o
gás de proteção de forma apropriada. Ela é dotada de uma pinça interna que serve
para segurar o eletrodo e fazer o contato elétrico. Possui também um bocal que pode
ser de cerâmica ou de metal e cuja função é direcionar o fluxo de gás.
Todas as tochas precisam ser refrigeradas. Isso pode ser feito pelo próprio gás de
proteção, em tochas de capacidade até 150A ou, tochas entre 150 e 500A, com água
corrente fornecida por um circuito de refrigeração composto por um motor elétrico, um
radiador e uma bomba d’água.
Eletrodos
A seleção do tipo e do diâmetro do eletrodo é feita em função do material que vai ser
soldado, da espessura da peça, do tipo da junta, do numero de passes necessários á
realização da soldagem, e dos parâmetros de soldagem que vão ser usados no
trabalho.
Consumíveis
Para a realização da soldagem TIG, alem dos eletrodos, são necessários também os
itens chamados de consumíveis, ou seja, o metal de adição e o gás de proteção.
244
Embora o processo TIG permita a soldagem sem metal de adição, esse tipo de
trabalho é de uso limitado, principalmente a materiais de espessura muito fina e ligas
não propensas a trincamento quando aquecidas. A função do metal de adição é
justamente ajudar a diminuir as fissuras e participar na produção do cordão de solda.
O gás inerte, além de proteger a região do arco compreendida peça poça de fusão,
também transfere a corrente elétrica quando ionizado. Para esse sistema, os gases
usados são o hélio, o argônio ou uma mistura dos dois.
A seleção do gás de proteção é feita em função do tipo de metal que se quer soldar, da
posição de soldagem e da espessura das peças a unir.
O grau de pureza do gás de proteção é essencial para a qualidade da solda e ele deve
ficar em torno de 99,99%. É importante lembrar que essa pureza deve ser mantida até
que o gás chegue eletivamente ao arco, a fim de evitar que vestígios de sujeira e
umidade resultem em contaminação da solda.
245
• Alimentadores de metal de adição, para mecanizar a adição do metal e permitir
uniformidade na adição;
• Osciladores do arco de soldagem, para mecanizar o tecimento do cordão;
• Temporizadores, para controlar o início e o fim da operação dos diversos
dispositivos auxiliares da soldagem, controlar o fluxo de gás da operação e
sincronizar toda a operação do sistema.
Esse procedimento exige técnicas adequadas para sua execução. Por exemplo: No
inicio da soldagem, a tocha deve permanecer no ponto de partida por um tempo entre
3 e 5 segundos, para que se forme uma poça de fusão.
246
O movimento da tocha deve ser firme e uniforme, à medida que a vareta de adição é
introduzida na borda frontal ou lateral da poça. A vareta deve formar um ângulo de
aproximadamente 15º em relação à superfície da peça.
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Referências Bibliográficas
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