Apostila - Soldagem de Manutenção
Apostila - Soldagem de Manutenção
Apostila - Soldagem de Manutenção
SOLDAGEM DE MANUTENÇÃO
SOLDAGEM DE MANUTENÇÃO
©SENAI-SP, 2019.
Segurança na soldagem 3
Campo de aplicação 16
Processo eletrodo revestido 19
Corrente elétrica aplicada na soldagem 55
Processo MIG/MAG 66
Preparação da máquina para o processo MIG/MAG 73
Material de adição do processo 85
Processos de transferência do metal de adição no arco elétrico 95
Variáveis do processo 103
Descontinuidades e suas causas 114
Preparação das juntas a soldar 127
Processo Oxi-Acetilênica 158
Soldagem por resistência 181
Soldabilidade dos materiais 187
Defeitos da soldagem 195
Processo TIG 198
Referências bibliográficas 210
2 3
SEGURANÇA NA SOLDAGEM
Observação:
Todos os encarregados e soldadores devem ser instruídos a esse respeito.
4 3
após essa lavagem, soldar com o tanque se possível cheio de água, para
formar o menor espaço possível de alojamento de gases;
• A roupa pessoal deve ser livre de graxa. Não devem ser usados camisas,
meias, etc., de material sintético;
• Após terminar a soldagem ou corte, examinar a área de serviço antes
de afastar se, pode ter deixado algum vestígio de fogo.
Choque elétrico
Para prevenir dos choques elétricos, o soldador não deve formar um condutor
entre os pólos de eletricidade, como exemplo: pisar sobre uma ponte rolante
ao soldar uma viga do telhado ou pisar na terra ao soldar uma plataforma de
laminação. Aqui, existe sempre uma possibilidade de uma passagem de
grandes descargas elétricas.
Pelas mesmas razões, o soldador nunca deve trabalhar numa poça d’água ou
num chão excessivamente úmido, trocar eletrodo com a mão sem luvas,
deslocar uma máquina de soldagem ligada etc. o cabo obra da instalação
deve ser ligado na carcaça da máquina.
Queimaduras
4
Radiações
Raios Ultravioletas, e;
Raios Infravermelhos ou Caloríficos.
Raios ultravioletas
São quimicamente ativos e podem ocasionar acidentes oculares, pode
produzir cegueira momentânea, e principalmente conjuntivite.
Raios Infravermelhos
Secam completamente setas células liquidas do globo ocular, causando
complicações no cristalino, levando em longo prazo a uma catarata profissional.
Geralmente uma exposição mesmo sendo rápida a estes raios, pode provocar uma
conjuntivite, que se manifestam algumas horas após a exposição.
5
Danos nos olhos
Lentes protetoras, cinza ou verdes, de varias tonalidades, são usadas para
prevenir danos aos olhos (ver tabela).
Máscara do Soldador
As mascaras são utilizadas para cobrir toda a face, e podem ser do tipo de
capacete, fixado a cabeça (deixa as duas mãos do soldador livre) e do tipo
escudo, provido de cabo, para serem seguradas com a mão. Elas servem para
proteger o rosto e parte do pescoço das queimaduras devido à radiação ou
respingos de metal liquido proveniente da soldagem.
Tipos de Máscara:
6
Janela para o filtro de luz e lente protetora dos respingos:
Óculos de proteção:
Os óculos são também indispensáveis ao equipamento do soldador (salvo
quando ele faz parte integrante da mascara, tipo visor articulado).
Durante a soldagem, são poucos os acidentes que ocorrem por causa dos
respingos, mas após a soldagem, durante a limpeza das zonas soldadas,
fragmentos de escória podem atingir os olhos, inflamando os.
Todos aqueles que trabalham próximos aos locais em que estejam realizando os
serviços, como aprendizes, montadores, mecânicos, mestres, inspetores, devem se
proteger a fim de proporcionar segurança contra os danos causados pelas
radiações e por objetos projetados por operações de corte ou soldagem.
7
Ventilação (nas mascaras e óculos):
Aparte de trás das mascaras é aberta, isso provoca uma ventilação suficiente. Já
os óculos devem ter condições de assegurar uma ventilação perfeita, a fim de se
evitar o embasamento dos filtros de luz, mas de modo também a não permitir a
passagem lateral de raios de luz ou projeções contra os olhos.
Filtro de luz:
8
Higiene e preservação das máscaras e óculos
Todos os soldadores devem usar luvas em bom estado nas duas mãos. As luvas
protegem as mãos contra queimaduras, principalmente aqueles resultantes
de radiações emitidas pelo arco elétrico, e também evitam choque elétrico na
troca de eletrodo ou quando em contatos eventuais com uma peça quente
São feitas de couro ou raspa de couro, com 1,5mm de espessura com manga ¾.
Observação:
Existem aventais conjugados com o mangote (tipo barbeiro) que alem de ser mais
confortável, protege também o ombro e parte da costa do soldador.
9
A utilização destes equipamentos se faz necessário quando ocorrem
operações de soldagem e corte em áreas confinadas, ou quando são
usados processos e/ ou materiais com alto teor tóxico, ex. chumbo, cobre
ao cádmio, etc., portanto, sempre nos casos em que o oxigênio for
deficiente ou houver acumulação de gases tóxicos, usarem um
equipamento de respiração.
Um equipamento de respiração individual deve ter uma boa manutenção e
quando for transferido de soldador para outro, deve ser devidamente
desinfectado.
10
Sistema de exaustão
Sempre ser for necessário, devem ser utilizados exaustores locais para
remover, junto à soldagem, as fumaças e gases nocivos.
Sapatos de segurança
Estes devem ser usados em todas as situações, não apenas para prevenir
queimaduras, mas também evitar o perigo de quedas de ferramentas e
acidentes causados por choques elétricos.
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Solventes no processo MIG/MAG
Partes da pele diretamente exposta a tais radiações queimam se rapidamente, o
que exige maiores precauções. Estas radiações têm capacidade de decomporem
solventes, liberando gases bastante tóxicos, portanto, em ambientes confinados,
deve se tiver cuidado para que não haja solventes nas imediações.
Posicionamento dos equipamentos
Todas as máquinas de soldagem, cabos e outros equipamentos, devem ser
posicionados de tal forma que os caminhos, corredores e escadas fiquem
livres e desimpedidos, a fim de permitir o livre acesso em caso de
emergência.
Anteparos (biombos)
Quedas acidentais
• Quando a soldagem é executada em lugares elevados, uma queda
acidental pode resultar em morte ou em graves danos físicos, de forma
que estas precauções devem ser estritamente observadas pelo
trabalhador:
• Usar sempre o cinto de segurança;
• Usar capacete de produção, ao menos pra proteger a cabeça por ocasião
da queda de alguma peça ou fragmento estranho;
• Confirmar a segurança de escada ou andaimes;
• Amarrar objetos e ferramentas ou coloca los em local que dificulte a queda;
• Não exceder a capacidade de carga dos andaimes.
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Primeiros socorros
Socorros de emergência
• Em caso de queimadura, não se deve tocar no lugar queimado nem
furar as bolhas, mas para evitar contaminação, proteger os ferimentos
com materiais esterilizados;
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Questões sobre segurança na soldagem
5 – Qual o elemento que não pode estar presente na soldagem pelo processo
MIG / MAG por gerar gazes tóxicas?
( ) a) O Chefe;
( ) b) Solventes;
( ) c) Água;
( ) d) Óleo;
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CAMPO DE APLICAÇÃO
Produção
16
Manutenção
Já no campo da solda de manutenção, principalmente em nosso país, o
aspecto é bastante diferente.
18
PROCESSO ELETRODO REVESTIDO
Introdução:
Princípios do processo
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Os elétrons livres que formam a corrente elétrica percorrem o espaço de
ar entre a peça e o eletrodo a uma velocidade tal que acontece um
choque violento entre os elétrons e íons; este choque ioniza o ar, isto é,
carrega-o de eletricidade, e produz o arco elétrico ou arco voltaico.
Como a velocidade dos elétrons que saem do pólo negativo da fonte geradora
é muito grande, produz-se uma temperatura elevada que chega até a 4000ºC
quando os elétrons atingem o pólo positivo.
O eletrodo que se funde é transformado em gotas que são transferidas sob essa
forma para a poça de fusão.
Essas gotas podem ser pequenas, quase uma névoa, no caso de soldagem
com correntes de alta intensidade; ou grande, no caso de soldar com baixa
intensidade de corrente.
Quando o arco elétrico é alimentado por corrente contínua, cada choque de íons ou
elétrons dá lugar à formação de novos íons. Deste modo, o arco elétrico se mantém
continuamente, pois os elétrons que se chocam contra o pólo positivo (o lugar da
soldagem) são atraídos pelo pólo negativo (eletrodo). A energia destes elétrons
aquece a ponta do eletrodo e este aquecimento é suficiente para dirigir a corrente
elétrica até o ponto de soldagem e conservá-la.
No caso de arco elétrico de corrente alternada, vemos que não existe um pólo
determinado, pois o eletrodo e a peça de trabalho trocam sua polaridade
cinqüenta ou sessenta vezes por segundo, de acordo com a freqüência ou número
de períodos; isto quer dizer que temos alternadamente pólo positivo e pólo
negativo. A conservação do arco de corrente alternada é mais difícil porque, além
da troca de pólos, há as interrupções do arco, devido aos breves intervalos da
corrente ao alcançar o valor zero; essas interrupções são originadas pelo
movimento das gotas metálicas que se desprendem do eletrodo.
O arco deve ser mantido o mais curto possível (3 a 4mm) a fim de reduzir a
chance de que as gotas do metal em fusão entrem em contato com o ar
ambiente, absorvendo oxigênio, que tem efeito bastante contrário nas
propriedades mecânicas do metal depositado.
O toque do eletrodo deve ser muito leve e rápido para evitar que o curto-
circuito formado pela grande intensidade de corrente possa fundir o eletrodo,
ligando-o à peça. Se isso acontecer, é preciso balançar o eletrodo de um lado
para outro, até desprendê-lo.
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Acessórios para soldagem ao arco elétrico
Porta-elétrodo
Cabo
Grampo de retorno
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Outro ponto importante a considerar é o ciclo de trabalho da máquina. Ciclo de
trabalho é a porcentagem de tempo, em 10 minutos, em que a máquina opera
efetivamente. Deste modo, um ciclo de 100% quer dizer que a máquina pode
trabalhar todo o tempo, sem a necessidade de descanso. Já um ciclo de 80%
indica que a máquina deve trabalhar por 8 minutos e descansar 2, a cada 10
minutos de trabalho.
Observações
25
O material deve estar isento de graxa, óleo, óxidos, tintas, etc.
Para retirar os óxidos dos materiais use uma escova com fios de aço.
Precaução
• Use óculos de segurança.
• Posicione o material sobre a mesa de soldagem.
Observação
Se necessário prenda a peça na mesa de soldagem.
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Acenda o arco elétrico.
Observações
Para acender o arco elétrico aproxime a ponta do eletrodo até tocar a peça e
afaste-o formando o arco.
Pode-se acender o arco elétrico também por resvalo; porém este método não
deve ser utilizado em materiais tais como alumínio, aço inoxidável e cobre, para
não danificá- los.
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No caso de o eletrodo ficar preso na peça, deve-se movê-lo rapidamente para
a direita e para a esquerda.
Precauções
Antes de acender o arco elétrico, proteja a face e os olhos com a máscara ou
capacete de soldagem.
Observação
A distância entre a ponta do eletrodo e a peça deve ser aproximadamente
igual ao diâmetro da alma do eletrodo. Interrompa o arco elétrico afastando o
eletrodo da peça.
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Posição plana
A figura abaixo mostra o movimento circular que pode ser usado em alguns
casos, porém, não é aconselhável aquecer demasiadamente a zona da solda. Esse
movimento pode, também, ocasionar poros e inclusões de escória na
sobrepassagem do cordão.
29
Esta posição tem seus movimentos laterais definidos. São chamados de
ziguezague, longitudinal e circular.
30
Movimentos muito usados para cobertura ou acabamento final.
Essa posição é uma das mais evitadas pela dificuldade que oferece. Os
movimentos usados são vistos nas figuras.
31
Pontear pelo processo de arco elétrico com eletrodo revestido
Os pontos de solda deverão ser feitos com muito cuidado, pois deverão
resistir a esforços durante a soldagem e também possibilitar uma altura
uniforme do cordão de solda.
Processo de
execução Prepare o
material.
Observações
• Verifique as bordas do material; se necessário, desempene-as.
• A preparação da junta a ser soldada deve seguir as especificações do projeto.
• O material deve estar isento de graxa, óleo, óxidos, etc.
elétrica. Precaução
Use equipamento de proteção individual.
Posicione o
material.
Observações
Sempre que possível, as peças que seja ponteada devem ser apoiadas
sobre uma superfície plana.
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Se necessário, use grampos ou dispositivos para fixar as peças que serão
ponteadas.
Ponteie.
Observações
Inicie o ponteamento pelo centro da linha de solda sempre que possível.
Para manter a separação entre as peças durante o ponteamento, use cunha.
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O ponteamento deve ser feito alternadamente à esquerda e à direita para
evitar empenamento das peças.
34
Precaução
Proteja os olhos com óculos de segurança.
Processo de execução
Prepare o material.
Posicione o material sobre a mesa de soldagem.
Observação
A posição do material deve facilitar a execução do cordão de solda.
Precaução
Use equipamento de proteção.
Observações
Mantenha uma inclinação entre 70º e 80º do eletrodo em relação ao eixo da
solda no sentido de avanço do cordão de solda e de 90º no sentido lateral
da peça.
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A distância entre a ponta do eletrodo e a peça deve ser
aproximadamente igual ao diâmetro do núcleo (alma) do eletrodo.
Remova a escória.
Precauções
Use óculos de proteção.
Retire a escória do cordão de solda no sentido contrário ao seu corpo.
Observação
Os cordões de solda devem apresentar boa aparência e boa fusão.
Prepare o material.
Prepare o equipamento de soldagem elétrica.
Ponteie as peças.
Observações
Ponteie em ambos os lados da junta alternadamente para evitar alterações no
ângulo da junta a ser soldada.
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Faça o passe de raiz.
Observações
Mantenha uma inclinação de aproximadamente 80º do eletrodo em relação
ao eixo de solda no sentido de avanço do cordão da solda, mantendo-o
também na bissetriz do ângulo formado pela junta em T.
solda. Observações
Faça os outros passes de solda na junta dirigindo a ponta do eletrodo à
margem da solda feita anteriormente e mantenha inclinações do eletrodo
de aproximadamente 70º em relação ao ângulo da junta, e 80º em relação
ao sentido de avanço do cordão de solda.
38
As pernas do cordão de solda devem ter medidas iguais.
Etapas do processo:
O processo de soldagem ao arco elétrico com eletrodo revestido apresenta as
seguintes etapas:
1. Preparação do material que deve ser isento de graxa, óleo, óxidos, tintas etc.
2. Preparação da junta;
3. Preparação do equipamento.
4. Abertura do arco elétrico.
5. Execução do cordão de solda.
6. Extinção do arco elétrico.
7. Remoção da escória.
Eletrodo
Eletrodo é um condutor metálico por onde uma corrente elétrica entra num
sistema ou sai dele. Pode ser classificado em não-consumível ou consumível.
Eletrodo não-consumível:
É um metal ou liga metálica que não se funde junto com os materiais que se
quer soldar.
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Eletrodo consumível:
É aquele que é consumido durante a soldagem. Na verdade, o eletrodo
consumível nada mais é que uma vareta que se funde junto com os materiais
a serem soldados. O eletrodo consumível pode ser nu ou revestido.
Eletrodo nu:
É um metal ou liga metálica em forma de arame, tira ou barra, sem
nenhum tipo de revestimento aplicado.
Eletrodo revestido:
É constituído de um núcleo metálico chamado alma e um revestimento à
base de substâncias químicas, além de uma extremidade não revestida
que é presa no porta- eletrodo.
Norma AWS
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O critério AWS para eletrodos revestidos, com alma de aço carbono, obedece a
um esquema genérico de letras e algarismos que apresenta os seguintes
segmentos.
Segmento 1
A letra E significa eletrodo para soldagem a arco elétrico.
Segmento 2
Estes dígitos, que podem ser dois ou três, indicam o limite mínimo de resistência
à tração que o metal de solda admite. Devem ser multiplicados por 1.000 para
expressar a resistência em psi (pound per square inch), unidade de medida
equivalente a uma libra-força por polegada quadrada ou a 6,895Pa.
Como exemplo, podemos ter um eletrodo com resistência igual a 60.000 psi,
escrito assim: E 6 0 X X – X
Segmento 3
Este dígito indica as posições de soldagem nas quais o eletrodo pode ser
empregado com bons resultados. As posições têm um código:
1 → todas as posições;
2 → posição horizontal (para toda solda em ângulo) e plana;
3 → posição plana;
4 → posições verticais ascendente, horizontais e sobre-cabeça.
Exemplo:
Eletrodo revestido com resistência de 60.000psi, para soldar na posição
plana. E 6 0 3 X – X
Segmento 4
Este dígito pode variar de zero a oito e fornece informações sobre a corrente
empregada (CC, com polaridade negativa ou positiva, e CA), penetração do arco e
natureza do revestimento do eletrodo. Para esclarecer melhor, veja a tabela.
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Tabela: Características definidas pelo 4º dígito da classificação AWS
4º dígito 0 1 2 3 4 5 6 7 8
Tipo de CC+ CC+ CC- CA CA CC+ CA CA CA
corrente CA CA CC+ CC+ CC+ CC- CC+
CC- CC-
Tipo do arco intenso intenso Médio leve leve médio médio leve leve
com sem
salpico salpico
Penetração grande grande média fraca média média média grande média
XX 10
celulósico
com
silicato de óxido de
Na (sódio) TiO2 ferro
silicato (FeO), Calcário,
Revesti- XX 20 Celuló- TiO2 e TiO2 s, pó de Calcários TiO2 silicato de TiO2,
mento e óxido de sico com silicat e ferro i licato Calcários Na, pó de silica- tos,
escória ferro (FeO) 20%, ferro,
silicato de o de silicat de Na i licato pó de
K Na o de escória de K escória ferro: 25 a
XX 30 óxido (potás- K espess fácil 40%
de ferro sio) a elimi-
(FeO) nação
Exemplo:
Eletrodo com 60.000 psi, para soldar na posição plana em corrente contínua, com
polaridade positiva, revestimento celulósico com óxido de ferro e grande
penetração: E 6 0 3 0 – X.
Segmento 5
Esta parte é utilizada somente para especificação AWS A5.5-69, pode apresentar
letras e números e indica a composição química do metal de solda. É importante
conhecer a composição química do eletrodo porque o metal de base e o metal de
solda devem ter composições químicas muito próximas para que a soldagem tenha
bons resultados. Observe a tabela a seguir.
Tabela: Composição química definida pelo sufixo da classificação AWS A5,5-69
Eletrodo Composição química aproximada
EXXXX - A1 0,5% Mo
EXXXX - B1 0,5% Cr; 0,5% Mo
EXXXX - B2 1,2% Cr; 0,5% Mo
EXXXX - B2L 1,25 % Cr; 0,5% Mo (baixo carbono)
EXXXX - B4L 2% Cr; 0,5% Mo (baixo carbono)
EXXXX - C1 2,5% Ni
EXXXX - C2 3,5% Ni
EXXXX - C3 1% Ni
EXXXX - B3 2,25% Cr; 1% Mo
EXXXX - B3L 2,25% Cr; 1% Mo (baixo carbono)
EXXXX - D1 1,5% Mn; 1,5% Mo
EXXXX - D2 2% Mn; 1,5% Mo
EXXXX - G aço de alta resistência com 5 diferentes
composições de Mn, Ni, Cr, Mo e V
EXXXX - M aço de alta resistência com 4 diferentes composições
de
42
Exemplo:
Eletrodo com 60.000 psi, para soldar na posição plana, corrente contínua,
revestimento celulósico, metal de solda com 3,5% de níquel:
• E6030-C2.
Eletrodo E 6 0 1 1 - A1
Eletrodo E 7 0 2 1 - B 3
Norma ABNT
A norma ABNT classifica os eletrodos segundo um esquema que contém
quatro algarismos seguidos de uma letra e apresenta os seguintes
segmentos:
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Segmento 1
Indica o limite de resistência à tração que o metal de solda admite. Esse limite
é expresso em quilograma-força por milímetro quadrado (kgf/mm2).
Exemplo:
Eletrodo com resistência de 48kgf/mm2: 4 8 X X - X
Segmento 2
Estes algarismos variam de 1 a 4 e indica as posições de soldagem que são:
1 → todas as posições;
2 → todas as posições, com exceção da vertical descendente;
3 → posições plana e horizontal;
4 → posição plana.
Exemplo:
Eletrodo com resistência de 48kgf/mm2, para soldar em todas as
posições: 4 8 1 X – X.
Segmento 3
Este dígito varia de 0 a 5 e indica, ao mesmo tempo, o tipo de corrente e
o grau de penetração da soldagem. Os dígitos se referem a:
Exemplo:
Eletrodo com resistência de 48kgf/mm2 para soldar em todas as posições,
com corrente contínua e média penetração:
4 8 1 2 – X.
Segmento 4
44
Indica o tipo de revestimento do eletrodo, por meio das
seguintes letras: A → ácido;
B → básico;
C →celulósico;
O →oxidante;
R →rutílico;
T → titânio;
V → qualquer outro não mencionado anteriormente.
Exemplo:
Eletrodo com resistência de 48kgf/mm2 todas as posições de soldagem, CC,
média penetração, revestimento básico:
• 4 8 1 2 – B.
Eletrodo 4 8 3 5 - B F
45
Os eletrodos vêm armazenados em uma caixa em cuja tampa aparece a
classificação dos eletrodos. Veja abaixo um exemplo.
Tipos de revestimentos
Os revestimentos mais comuns são os rutílicos, básicos, ácidos,
oxidantes e celulósicos.
Rutílico:
Contém geralmente rutilo com pequenas porcentagens de celulose e
ferros-liga. É usado com vantagem em soldagens de chapas finas que
requerem um bom acabamento. É utilizado também em estruturas
metálicas; sua escória é solidificada e auto-destacável quando utilizada
adequadamente.
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Básico
Contém em seu revestimento fluorita carbonato de cálcio e ferro-liga. É um
eletrodo muito empregado nas soldagens pelos seguintes razões:
• Possui boas propriedades mecânicas;
• Dificilmente apresenta trincas a quente ou a frio;
• Seu manuseio é relativamente fácil;
• Apresenta facilidade de remoção da escória, se bem utilizado;
• É usado para soldar aços comuns de baixa liga e ferro fundido.
Celulósico:
Contém em seu revestimento materiais orgânicos combustíveis (celulose,
pó de madeira, etc.).
Ácido
Seu revestimento é composto de óxido de ferro, óxido de manganês e
outros desoxidantes.
Oxidante
Contém no seu revestimento óxido de ferro, podendo ter ou não óxido de
manganês. Sua penetração é pequena e suas propriedades mecânicas são muito
ruins. É utilizado onde o aspecto do cordão é mais importante que a resistência.
Em função da oxidação de partículas metálicas, obtém-se um maior
rendimento de trabalho e propriedades definidas (ferros-liga).
47
9
4
48
50
Cuidados especiais com os eletrodos revestidos
Esquema
51
As estufas utilizadas no tratamento dos eletrodos revestidos são:
Para armazenamento ou estocagem, para secagem, para manutenção da
secagem e portátil.
52
As estufas cilíndricas têm como característica facilitar a circulação do ar e
uniformizar a distribuição do calor, evitando que a umidade se concentre em cantos
mal ventilados, como acontece nas estufas retangulares ou quadradas.
Estufa portátil
Também utilizada na manutenção da secagem, deve dispor de aquecimento
por meio de resistência elétrica e ter condições de ser transportada
facilmente pelo soldador.
No caso de armazenar eletrodos revestidos de baixo teor de hidrogênio,
a estufa portátil deve manter a temperatura entre 60 e 100ºC.
53
Análise dos eletrodos revestidos utilizados na CISPER - OK-46 e OK-48 O
54
Todos os fabricantes de eletrodos possuem uma codificação própria e
adotam nomes fantasia para seus produtos, lembre-se, em se tratando de
eletrodos revestidos é sempre muito importante se basear na norma seja
AWS ou ABNT para assegurar que os dados fornecidos pelo fabricante estão
de acordo com as recomendações da Norma.
De acordo com o catálogo ESAB existem eletrodos da classe OK-46 todos são
classificados pela AWS como E – 6013, mas devido aos componentes químicos do
revestimento são classificados como rutílico, além disso, em função dos teores
principalmente de manganês na composição do metal depositado acabam
tendo um comportamento diferente quando submetidos a ensaios de tração,
onde o alongamento notadamente alcança uma variação total de 22 a 30%.
55
CORRENTE ELÉTRICA APLICADA NA SOLDAGEM
Circuito hidráulico
A força motriz do fluxo hidráulico pode ser obtida por meio de pressão da bomba.
O volume circulante é o fluxo do tubo condutor. Ele cresce com o aumento de
pressão. O estreitamento obtido por meio de um registro d’água e outras
resistências relativas à tubulação reduz o fluxo d’água, aumentando a pressão.
Circuito elétrico
A força motriz da corrente elétrica é obtida sob forma de tensão (v) na
fonte de corrente elétrica.
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A corrente elétrica é obtida por movimento de elétrons nos cabos
condutores. A intensidade da corrente (1), em ampère (A), é equivalente a um
determinado numero de elétrons por segundo. Ela cresce com o aumento de
tensão.
A resistência elétrica (R), em ohm (O), é obtida por meio de um condutor
elétrico com baixo valor de condutividade elétrica, por exemplo, o filamento
de uma lâmpada.
Circuito de soldagem
Arco elétrico é a principal resistência nesse tipo de circuito, determinando
os valores da corrente de soldagem (amperagem) e da tensão do arco
elétrico (voltagem).
Observação:
Nos cabos de soldagem encontram-se resistência de valores muito pequenos.
Grandeza no circuito
Comparand
o
Representaçã
Hidráulica Elétrica Unidade
o elétrica
elétrica
Pressão Tensão V Volts
Intensidade
Volume I A
da
57
circulante corrente
Oposição ao Resistência R
fluxo elétrica
58
V = Tensão (volts)
I = Intensidade da corrente elétrica (ampère)
R = Resistência elétrica (ohm)
Resistência elétrica
É a dificuldade que um corpo oferece á passagem de corrente elétrica.
Corrente alternada:
É aquela que não tem definição de polaridade (+) ou (-). Em um intervalo de
segundo a polaridade muda 120 vezes, (60cic./seg). Isto é, em um segundo os
elétrons passam pelo positivo 60 vezes e 60 vezes pelo negativo.
Meia-onda positivo
59
Corrente contínua:
É aquela que circula sempre no mesmo sentido, do negativo (-) para o
positivo (+). Tem a definição da polaridade.
contínua (CC).
Os tipos de máquinas:
60
Transformador C.A.:
É uma máquina, cuja finalidade é modificar a alta tensão da rede elétrica de
alimentação em baixa tensão, ao mesmo tempo, converte a baixa intensidade de
corrente elétrica em alta. Por isso dizemos que há uma transformação entre os
valores de corrente e tensão, daí o nome da máquina.
61
Princípios de funcionamento do transformador
Retificador C.C.
É uma máquina constituída basicamente de um transformador e um
conjunto de elementos, chamados de retificadores, que fazem com que a
corrente alternada se converta em corrente contínua. Os elementos
retificadores mais conhecidos e utilizados atualmente são os diodos de
silício.
Obs.: O sentido real da corrente elétrica é do pólo (-) negativo para o (+) positivo.
62
Máquinas que fornecem CA e CC
Através de uma chave seletora, podemos selecionar o tipo da corrente que
desejamos CA ou CC.
Gerador CC:
São máquinas rotativas que possuem um motor elétrico ou a combustão,
acoplado a um gerador de corrente elétrica continua.
Princípio do gerador:
No gerador, tem-se um rotor com bobinas que giram no campo magnético. As
bobinas contidas no rotor produzem corrente elétrica que será retirada através
de coletores resultando em uma corrente elétrica continua de saída, para
alimentar o arco elétrico.
Para gerar sua própria energia deve ser acoplado ao mesmo, um dispositivo
grande que pode ser um trator, roda d’água, motor a combustão ou elétrico.
Vantagens
• O arco elétrico é estável;
• A seleção de eletrodos é mais ampla;
63
• O trabalho de soldador e o controle do processo são mais fáceis.
Arco elétrico
É a passagem da corrente elétrica de um pólo (peça) para outro (eletrodo),
desde que seja mantido entre eles em afastamento conveniente. Esse
afastamento de comprimento do arco.
Neste caso, a tocha deve ser ligada ao pólo positivo e o cabo obra no
negativo da máquina.
64
interrupção.
65
Questões sobre o assunto:
66
07 - Qual o sentido real da corrente elétrica? ( ) a) Do
pólo negativo para o positivo;
( ) b) Do pólo positivo para o negativo; ( ) c) Não
tem sentido;
( ) d) Depende da espessura do fio.
67
PROCESSO MIG/MAG
Fundamento do processo
MIG
M - Metal I Usa como proteção do arco elétrico e da poça de fusão, gás
-Inerte G - inerte ou misturas inertes.
Gás
MAG
M - Metal A Usa como proteção do arco elétrico e da poça de fusão,
- Ativo G - gás ativo ou mistura de gases.
Gás
68
Gases usados no processo
MIG M:
Diz quando se trabalha com mistura de gases:
Exemplos: Argônio (Ar) + 1% de Oxigênio
(O2) Argônio + 2% de Oxigênio
Argônio + 3% de Oxigênio
Obs.:
A finalidade de adicionar até 3% de gás ativo no argônio é para
estabilizar o arco elétrico de soldagem.
Exemplo:
Para a soldagem do aço inoxidável a mistura ideal é 98% de argônio + 2% de oxigênio.
69
MAG C:
Diz quando se trabalha em CO2 puro (100%).
Nota:
O CO2 (dióxido de carbono) em temperatura ambiente é inerte, mas quando
submetido a altas temperaturas do arco, se decompõe em CO e CO2.
Com CO2, trabalha-se com arco elétrico mais curto e com argônio mais longo.
70
Penetração e perfil do cordão
As figuras abaixo ilustram a influência do gás de proteção na penetração da
solda e no perfil do cordão. Tais influências se devem às próprias alterações
que ocorrem no arco elétrico.
Obs.:
Com argônio puro a penetração é profunda no centro, e menor nas laterais.
MIG:
Em soldagem de alumínio e aço inox não tem escória.
MAG
Quando usamos arame de aço cobreado (AWS ER 70S-06 ou ER 70S-03),
um filme vítreo (que tem aspecto de vidro) de silícia se forma proveniente
de alto silício contido na composição, o qual deve ser tratado como escória.
Tocha de soldagem
A tocha contém um cabo de passagem de corrente elétrica, um cabo guia de
arame, mangueira para levar o gás de proteção até a área de soldagem e
mangueira de água para refrigeração da tocha.
Obs.:
O cabo guia para arame de aço carbono é feito de aço em forma de espiral para
que o mesmo deslize por dentro dele, para arame de alumínio este é feito de
plástico ou teflon.
72
Questões sobre o assunto
( ) a) Revestido;
( ) b) De tungstênio;
( ) c) De arame nu, sem revestimento;
( ) d) De aço ferramenta.
73
06 - O argônio proporciona um arco:
( ) a) Mais estável;
( ) b) Mais rápido;
( ) c) Mais fundo;
( ) d) Mais quente.
( ) c) De menor diâmetro;
( ) d) Estável de pequena penetração.
74
PREPARAÇÃO DA MÁQUINA PARA O PROCESSO MIG/MAG
Cilindro de gás
• Base:
Parte do cilindro de configuração tal que permita estabilidade do
mesmo em posição vertical.
• Calota:
Parte cônica do cilindro que está entre o registro e o corpo.
• Colarinho:
Peça fixada na calota, logo abaixo do registro, provida de rosca externa
para atarrachamento do capacete.
• Capacete:
Peça destinada a proteger a válvula do cilindro, podendo ser removível ou fixa.
• Corpo:
Parte do cilindro de segmento reto gerado pela distancia entre a base e a calota.
75
Os gases argônio ou CO2 são comercialmente fornecidos normalmente em
cilindros de 6,8m3 ou 10m3, sob pressão que variam desde 155 até 185 atm
(kgf/cm3).
Para evitar que acidentes desse tipo possam ocorrer, os cilindros são
pintados em função do seu conteúdo através de um código de cores,
prescrito pela norma brasileira NB 46 da ABNT.
As cores que identificam os principais gases são:
76
Cilindro para mistura de gases
Tubo edutor
77
Com um aumento de temperatura do gás causa um correspondente
aumento de pressão no cilindro, o registro dos cilindros são equipados com
um dispositivo de segurança, a qual se abre quando tivermos um aumento
anormal de pressão, permitindo ao gás escapar livremente. Por esta razão,
os cilindros não devem ser guardados em lugares quentes.
Regulador de pressão
78
essa pressão constante durante o processo.
Primeiro estágio
Pré calibrado de fábrica, reduz a pressão de entrada, ou seja, aquela encontrada
no cilindro, para uma pressão intermediária.
Segundo estágio
De ajuste manual, por meio do parafuso de regulagem, reduz a pressão do
primeiro estágio a uma pressão desejada para o trabalho.
Precauções de segurança
1. O regulador deve ser tratado como um instrumento de precisão, não
devendo ser exposto a pancadas, vibrações ou pressões repentinas
causadas pela abertura muito rápida do registro do cilindro de gás;
2. Use o regulador somente com o gás para o qual fora projetado;
3. Não opere com pressões de trabalho superiores às recomendadas;
4. Nunca fique em frente ou atrás dos manômetros, quando abrir o registro do
cilindro de gás;
5. Verifique todas as conexões quanto a vazamento de gás (use espuma de sabão);
6. Na presença de qualquer vazamento, feche a válvula do cilindro.
79
Manômetro e fluxômetro
Fluxômetro:
Aparelho que serve para medir a velocidade de vazão dos gases,
conforme sua densidade (peso).
Obs.:
Esses aparelhos devem ser aferidos de acordo com cada tipo de gás.
80
Nota:
Cada gás tem seu peso específico, ao usar o fluxômetro verificar para qual o tipo
de gás ele foi aferido (está gravado no fluxômetro), caso contrário não se tem
uma leitura real.
Condução do gás
O gás é conduzido do regulador de pressão até a área do arco através da tocha,
por mangueiras. Entre o regulador de pressão e a tocha deve ter um dispositivo
economizador de gás.
Ajuste da pressão
Ao fazer a regulagem inicial, todas as válvulas do sistema, referentes a esse
gás, devem estar abertas para se obter no manômetro a leitura da pressão de
trabalho.
Obs.: Ao fazer a leitura correta o gatilho da tocha deve estar apertado (acionado).
Operação
1. Verifique antes, se o parafuso de regulagem da válvula reguladora
está inteiramente solto (sentido anti-horário);
2. Abra a válvula do cilindro de gás, de meia a uma volta, faça esta
operação lentamente por medida de segurança;
81
3. Para aumentar a pressão de saída, gire o parafuso para a direita (sentido
horário) e para diminuir gire para a esquerda (anti-horário);
82
O ponteiro deste manômetro está apontando para a quarta divisão: 4 x 0,5 = 2l/min.
83
Questões sobre o assunto:
( ) a) Está na cor;
( ) b) O tamanho é diferente;
( ) c) O registro de abertura de gás é diferente;
( ) d) O cilindro para mistura tem um tubo por dentro (edutor).
84
06 – Em que estágio do regulador de pressão o soldador faz o ajuste da
pressão de trabalho?
( ) a) 4o
( ) b) 1o
( ) c) 2o
( ) d) 3o
( ) c) Válvula agulha;
( ) d) Válvula de retrocesso.
85
12 – Faça a leitura dos manômetros “D” e “E”.
86
MATERIAL DE ADIÇÃO DO PROCESSO
O arame para a soldagem MIG/MAG tem duas funções. De um lado, age como
pólo positivo do circuito e de outro, como material de adição quando recebe a
corrente e se funde.
Existem arames de 0,8 até 3,2mm. 0,8 a 1,6mm são sólidos e os de 1,2 a 3,2mm
tubulares.
Esses arames tem uma camada fina de revestimento de cobre na parte externa,
são acondicionados em bobinas de 5Kg a 18kg, protegidos contra umidade, seu
bobinamento garante um desenrolamento adequado durante a sua utilização.
Obs.:
Essa camada fina de cobre em sua superfície serve para:
1. Facilitar a passagem da corrente do bico de contato ao arame;
2. Desoxidar o metal de solda;
3. Evitar a oxidação do arame antes do seu uso.
87
Inspecione o estado da superfície do arame. Ele não deverá estar
oxidado (enferrujado), úmido, nem coberto de óleo ou graxo.
5356
88
AWS Características e aplicações
Arame de alumínio puro (99,5%
ER 1100
Al) para solda MIG em alumínio sem
liga.
Arame com liga de silício que contém 5%
ER de Si para soldagem MIG em ligas de Al-Si
4043 e ligas de Al-Mg-Si que contenham até 7%
de silício.
Arame com liga de magnésio que contém 5% de Mg
ER
para soldagem MIG em ligas de Al-Mg resistentes a
5356
corrosão.
89
AWS ER 308 ER 308L ER 309 ER 310 ER 316 ER 316L.
90
AWS Características e aplicações
ER 308 Para unir materiais básicos de composição semelhante, tipos 301, 302
e 304.
Para uma boa resistência à corrosão.
O baixo teor de carbono impede a precipitação intergranular de
ER 308L
carboneto de cromo para os tipos 304 e 304L. Para soldagem de
transição em aço revestido.
Para ligas termo-resistentes de composição semelhante: juntas de
ER 309 metais
dissimilares, por exemplo: aço carbono com aço inoxidável tipo 304;
revestimento de aço carbono com uma única camada.
ER 310 Para metais básicos de composição semelhante, revestimento de aço
carbono.
Para ligas de composição semelhante, metais dissimilares, aço inoxidável
ER 312 com aço baixo carbono e juntas de aço de alta resistência. Alto teor de
ferrita para resistência ao gretamento e alta resistência.
Para composição semelhante. A adição do molibdênio melhora a
ER 316 resistência à deformação e à corrosão por piting de
cloreto.
O baixo teor de carbono impede a precipitação intergranular de carboneto
ER 316L de cromo. Usado para aços inoxidáveis austenitícos com baixo teor de
carbono e ligas com molibdênio.
Arame eletrodo tubular (para aço carbono) FCAW (Flux Cored Arc Welding)
Este arame eletrodo não é sólido, existem vários formatos interno que contém um
fluxo apropriado em seu interior para proteção do arco e do cordão.
A soldagem com o arame tubular apresenta uma camada de escória que deve ser
91
removida antes que um novo passe seja executado. O tipo de arame utilizado
condiciona a consistência e aderência da escória; assim existem escórias que se
partem ao esfriar e se destacam facilmente do cordão, enquanto que outras
aderem de tal modo ao cordão que precisam ser quebradas por meio de
picadeiras.
Podem apresentar diferentes seções transversais:
Dobra de topo, dobra sobreposta, dobra simples, dobra múltipla e dobra dupla.
2 De topo 5 Dobra
múltipla
92
Especificação de arame e varetas para soldagem em aço carbono, pelo
processo TIG e MIG/MAG.
Segundo norma AWS A 5.18-1 (Nota: AWS significa = Associação
Americana de Soldagem).
Classificação
“AWS” C Mn Si P S Outros
Máximo Máximo Ti 0,05 a 0,15
ER 70 S-2 0,07 0,90 a 0,40 a Zr 0,02 a 0,12
1,40 0,70 0,0025 0,0025 Al 0,05 a 0,15
Máximo Máximo
ER 70 S-30,07 a 0,15 0,90 a 1,40 0,45 a
0,70 0,0025 0,0025
Máximo Máximo
ER 70 S-40,07 a 0,15 1,00 a 0,65 a
0,50 0,85 0,0025 0,0025
Máximo Máximo
ER 70 S-50,07 a 0,19 0,90 a 1,40 0,30 a Al 0,05 a
0,60 0,0025 0,0025 0,90
Máximo Máximo
ER 70 S-60,07 a 0,15 1,40 a 1,85 0,80 a 1,15
0,0025 0,0025
Exemplo: ER 70 S-3
AWS ER 7 S 3
0 3 = Indica a composição química.
S = Significa arame sólido.
70 = É a mínima resistência a tração da
solda ( X 1000 = 70 000 lb/pol² ).
ER = Significa arame eletrodo ou vareta para solda a arco.
AWS = American Welding Society
( Associação Americana de soldagem )
93
Transportadores de arame eletrodo
Saída do
arame
Endireitador
do arame
Roldana de
pressão
94
95
Questões sobre o assunto abordado
96
06 - Dê as características de um arame tubular:
( ) a) É um arame sólido;
( ) b) Suma arame com formato retangular;
( ) c) É um arame não sólido, contendo fluxo no seu interior; ( ) d) É um fio
maciço revestido.
( ) d) Todas as posições.
97
11 - A regulagem da velocidade do arame é feita em:
98
PROCESSOS DE TRANSFERÊNCIA DO METAL DE ADIÇÃO NO ARCO ELÉTRICO
99
A taxa de deposição pode chegar a 10kg/h. entretanto, essa taxa de
disposição restringe o método à posição plana e horizontal em ângulo.
100
Transferência por glóbulos
A transferência por glóbulos (figura abaixo) processa-se por gotas grandes,
maiores que o diâmetro.
Ocorre com correntes baixas e altas tensões, arcos curtos e possui baixa
velocidade de transferência.
Os glóbulos são transferidos para a poça de fusão sem muita direção e é
freqüente o aparecimento de respingos. Essa transferência pode ser utilizada
em todas as posições de soldagem.
101
Em função de o curto-circuito ser por si só irregular, pode-se dizer que o
próprio arco elétrico é extremamente instável e, por isso, a utilização deste
modo de transferência na soldagem deve ser precedida de certas medidas
que tornem o arco regular e estável para tal aplicação.
Indutância:
Na maioria das fontes de energia também é possível regular a indutância.
de trabalho.
Características da corrente
A denominação de curto-circuito deve-se ao fato de que as gotas fundidas
fazem um curto-circuito no arco elétrico no momento da transferência.
Usa-se para este tipo de transferência arco curto, com tensão que varia de
15 a 22 volts e corrente de 4 a 150 ampères. O gás de proteção usado é o
CO2, ou misturas com argônio.
102
A figura abaixo também apresenta as características da corrente elétrica e da
tensão na transferência por curto-circuito nos diferentes instantes, desde o início
da formação da gota até o desprendimento e começo de um novo ciclo.
103
Transferência por arco pulsante
Nesta transferência mantém-se um arco elétrico com baixa corrente (c) como
elemento de fundo, sobre essa corrente injeta-se outra do tipo pulsante (a),
com freqüência de 50 a 100Hz(1), durante um tempo extremamente curto.
104
Questões sobre o assunto abordado
( ) a) Pinçamento e globular;
( ) b) Jateamento e spray;
( ) c) Spray e curto-circuito;
( ) d) Curto-circuito e líquida.
( ) b) Gotas médias;
( ) c) Gotículas finas;
( ) d) A gota vai aumentando de tamanho até tocar a poça de fusão.
( ) a) Plana e horizontal;
( ) b) Todas as posições;
( ) c) Subindo e reto;
( ) d) De quina e em ângulo.
105
06 – Como se processa a transferência por curto-circuito (short-arc)?
08 – Dos tipos transferência qual a que trabalha com duas correntes de arco (uma
de soldagem e outra de freqüência entre 50 a 100Hz, para tornar o arco estável)?
( ) a) Transferência por spray;
( ) b) Transferência por glóbulos;
( ) c) Transferência por curto-circuito (short-arc);
( ) d) Gotículas finas.
106
VARIÁVEIS DO PROCESSO
107
O sopro magnético ocorre frequentemente no fim da junta, ou nos cantos
da peça. Pode provocar respingos, falta de penetração, porosidades e soldas
de má qualidade.
Quantidade de calor
A tensão de soldagem tem uma influencia prática bem pequena no insumo
de calor, se comparada com a intensidade de corrente (amperagem),
velocidade do avanço do arame eletrodo, material do arame, gás de
proteção e polaridade.
Quanto menor for à tensão, menor será o arco elétrico, mais estreito e mais alto
será o cordão.
Com altas tensões e arco longo, existe a instabilidade e um leve desvio provocado
por um campo magnético assimétrico (assimétrico = diferente, desigual).
109
Influência das posições de soldagem
Ângulo do bocal
O posicionamento do bocal, juntamente com a direção de soldagem,
interfere na qualidade do cordão de solda que se deseja obter:
110
O inconveniente do uso desse ângulo é que o controle da soldagem se torna
mais difícil.
Nessas condições, a zona de solda recebe pouco calor, podendo vir a correr
pontos frios na soldagem. Em geral, longos arames livres reduzem a freqüência
das gotas e aumenta a perda de deposição por maior ocorrência de respingos.
111
Posição do bico de contato
A alteração da posição do bico de contato, sem modificação dos demais
parâmetros, pode provocar alterações sensíveis e também influenciar o
modo de transferência do metal.
Distância do Causa
bico
Menor Maior corrente
Maior Menor corrente
Menor Menor tensão
Maior Maior tensão
Menor Maior
penetração
Maior Menor
penetração
Descontinuidade na soldagem
112
Velocidade de soldagem:
Seu efeito na qualidade da solda:
1. Aumentando-se a velocidade de soldagem acarretará a queda na
penetração, e o estreitamento do cordão depositado resulta num
cordão fino e convexo;
2. Poderão ocorrer mordeduras na margem do cordão de solda se a
velocidade de soldagem for muito grande.
113
Condução defeituosa da tocha:
1. Bocal deslocado para os cantos;
2. Desvio do arame eletrodo para os cantos.
Motivado por:
Distância excessiva do bico de contato.
114
Falhas na execução da junta:
1. Ao se executar juntas soldadas com filetes múltiplos, o soldados deve
observar a perfeita sobreposição dos filetes na junta, bem como dar um
passe de enchimento bem executado;
115
Questões sobre o assunto abordado
116
07 – Na transferência por spray, o bico de contato deve ficar quantos
milímetros para dentro do bocal?
( ) a) 2mm;
( ) b) 5-8.d;
( ) c) 6.d;
( ) d) 2.d.
( ) d) Diminui e aumenta.
( ) a) Maior;
( ) b) Menor;
( ) c) Menor e maior;
( ) d) Maior e menor.
10 – Na preparação da junta para soldagem o ângulo do chanfro ideal deve
ser:
( ) a) 10º a 20º;
( ) b) 5º a 45º;
( ) c) 60º a 75º;
( ) d) 60 a 70mm.
( ) a) 5 a 8mm;
( ) b) 2 a 3mm;
( ) c) 20 a 30mm;
( ) d) 10 a 18mm.
117
12 – Um aumento da velocidade de soldagem causa queda na penetração,
e o estreitamento do cordão depositado resulta num cordão:
( ) a) Fino e convexo;
( ) b) Bonito com mordeduras;
( ) c) Fino e côncavo;
( ) d) Côncavo e convexo.
118
DESCONTINUIDADES E SUAS CAUSAS
Mordedura
Causas:
• Ângulo de inclinação da tocha incorreto;
• Tensão muito alta;
• Peça superaquecida;
• Ajuste incorreto dos parâmetros de soldagem;
• Metal base oxidado (ferrugem).
Poro:
Vazio arredondado encontrado numa solda, causado por gases dissolvidos no
material em fusão ou formados por reações químicas antes da solidificação total
da poça de fusão.
119
Porosidade
Formação do poro
Os poros são formados por bolhas de hidrogênio que estão dissolvidos
na poça de fusão (metal liquido), deixando vazios na solda quando ela se
solidifica (resfria).
Causa:
Vazão insuficiente do gás de proteção.
120
As causas que ocasionam porosidade
a) Volume de gás muito grande.
121
c) Distância do bocal à peça.
122
e) Formação de poros por gases formados na superfície da peça.
Gases formados pela queima de óleo, graxa, água, etc. Esses elementos devem
ser eliminados antes da soldagem.
123
Excesso de respingos
Respingos:
Glóbulos de metal de adição transferidos durante a soldagem e aderidos à
superfície do metal de base ou à zona fundida já solidificada.
As causas:
• Avanço do arame demasiadamente alto ou baixo em relação à tensão;
• Bocal alto;
• Inclinação demasiada do local;
• Impureza no metal de base;
• Mau contato do cabo obra á peça;
• Regulagem da indutância incorreta;
• Uso do gás de proteção CO2 puro.
Penetração excessiva
Causa:
• Abertura da junta grande;
• Intensidade de corrente elétrica alta;
• Velocidade de avanço da soldagem lenta;
• Movimento lateral com a tocha larga.
124
Falta de penetração
Causa:
• Abertura entre chapas pequenas;
• Ângulo do chanfro pequeno;
• Alta velocidade de soldagem;
• Ângulo incorreto do bocal;
• Bico de contato alto;
• Bocal grande para o tipo de junta.
Falta de tensão
Causa:
• Tensão muito baixa;
• Arame eletrodo atrás da poça de fusão;
• Ângulo do bocal incorreto.
125
Questões sobre o assunto
( ) a) Vazio arredondado;
( ) b) Depressão sob forma de entalhe;
( ) c) Bico de contato alto;;
( ) d) Glóbulos de metal na peça.
02 – O que é poro?
( ) a) Furos causados pelo soldados;
( ) b) Vazio arredondado encontrado numa solda;
126
06 – Cite duas causas que provocam excesso de respingo na
solda:
127
PREPARAÇÃO DAS JUNTAS A SOLDAR
Tipos de junta
Tipos de chanfro
Terminologia de soldagem
Cordão de solda
Depósito resultante de um ou mais passe ou filete de solda.
128
Passe ou filete de solda
Depósito de material obtido pela progressão sucessiva de uma poça de fusão.
Exemplos:
Camadas de solda
Conjunto de passes depositados e situados aproximadamente num mesmo plano.
Exemplos:
131
Nomenclatura da solda do ângulo
Garganta teórica:
Dimensão de uma solda em ângulo que determina a distância entre:
1. A raiz da junta e a hipotenusa do maior triângulo retângulo
inscrito na seção transversal do cordão.
Garganta teórica:
Dimensão de uma solda de topo que determina a distância entre:
1. A espessura do membro (espessura da chapa) (sem cortar com a penetração
e reforça).
Garganta real (tudo, incluindo penetração e reforço):
Dimensão de uma solda de topo que determina a distância entre:
2. A penetração da solda até a face desta, inclusive o reforço.
130
Garganta efetiva (inclui a penetração menos o reforço):
Dimensão de uma solda de topo que determina a distância entre:
3. A penetração da solda até a face desta, menos qualquer reforço.
Chanfro (groove):
Corte efetuado na ou nas bordas das chapas entre dois componentes, que
determina o espaço para conter a solda.
133
Cobre-junta (backing):
Material colocado na raiz da junta com a finalidade de suportar o metal
fundido durante a execução da soldagem.
Consumível (consumption):
Material empregado na disposição ou proteção da solda, tais como:
eletrodo, vareta, arame, anel consumível, gás e fluxo.
Fluxo (flux):
Material usado para prevenir ou facilitar a remoção de óxidos de outras substâncias.
134
Gás de proteção (shielding gas):
Gás utilizado para prevenir contaminação indesejada pela atmosfera.
135
Junta sobreposta (lap joint):
Junta formada por dois componentes a soldar, de tal forma que suas
superfícies sobrepõem-se.
Martelamento (peening):
Trabalho mecânico, aplicado à zona fundida da solda por meio de
impactos, destinados a controlar deformações da junta soldada.
136
Metal base (base metal):
Metal a ser soldado ou cortado (peça).
137
Pós-aquecimento (postheating):
Aplicação de calor na junta soldada, imediatamente após a deposição da
solda, com finalidade principal de remover o hidrogênio difusível (para
evitar trincas).
Pré-aquecimento (preheating):
Aplicação de calor no metal de base momentos antes da soldagem.
138
Solda autógena (autogenouis weld):
Solda de fusão sem participação de metal de adição.
Solda automática (automatc welding):
Soldagem com equipamento que executa toda a operação sob observação e
controle de um operador de soldagem.
139
Solda de selagem (seal weld):
Qualquer solda estabelecida com a finalidade principal de impedir ou
diminuir vazamentos.
140
Soldador (welder):
Profissional capacitado a executar soldagem manual e/ou semi-automática.
Zona fundida
Região da junta soldada que esteve momentaneamente no estado líquido e cuja
solidificação resultou da cessação ou afastamento da fonte de calor. Pode ser
obtida em um ou vários passes.
Zona de ligação:
Região da junta soldada que envolve a zona fundida. É a região que durante a
soldagem foi aquecida entre as linhas líquidas e sólidas. Para os metais puros
se reduz a uma superfície.
140
Como resolver os principais problemas
Mordedura:
• Tensão elevada
Além de provocar uma poça de fusão muito larga, a tensão elevada funde
uma maior quantidade do metal base, provocando a mordedura.
Solução
Reduza a tensão para eliminar o problema.
• Corrente da soldagem elevada:
Tem efeito semelhante à tensão elevada.
Solução
Para melhorar a qualidade do cordão e obter perfeito controle sobre a poça
de fusão, reduzir a velocidade de alimentação do arame.
Solução
Controlar a tensão e a intensidade de corrente de acordo com a
espessura das chapas.
142
• Peça superaquecida:
Temperaturas de peça elevadas favorecem maiores dificultando seu
controle e favorecendo o surgimento de:
Solução
Deixar o cordão esfriar entre um passe o outro, fluidez da poça de fusão, mordeduras.
Solução
Limpar a superfície.
2) Mau contato:
Todas as conexões e cabos (tocha e obra) devem estar conectados
adequadamente. Mau contato entre as conexões provocam arco irregular.
143
4) Bico de contato danificado:
Bico de contato danificado não permite um bom contato elétrico, alem
de contribuir para movimentação do arame na saída do bocal.
Solução
Trocar o bico de contato danificado:
Falta de fusão:
1) Superfície a serem soldadas estão oxidadas ou com
impurezas: Solução:
Limpe as faces do chanfro antes de inicia a soldagem.
Solução
Para aumentar a energia de soldagem aumente a tensão e a
velocidade de alimentação do arame.
Solução
Reduza a velocidade de deslocamento para permitir adequada fusão.
144
4) Poça de fusão larga:
Solução
Diminua a oscilação (movimentos pendulares) da tocha, de forma a conseguir
uma poça de fusão controlável. Aumente a velocidade de deslocamento
(avanço).
Solução
Quando usar movimentos pendulares (oscilação) procure manter a ponta do
arame dentro da poça de fusão. Quando estiver soldando em chanfro fundir a
face deste, adequadamente para haver boa fusão entre a poça e metal base.
Solução
Deixe abertura conveniente entre chapas.
Solução
Soldar de maneira a espalhar mais a peça de fusão, formando cordões
menos convexos.
145
Falta de penetração:
1) Projeto da junta inadequado:
Solução
O projeto de a junta permitir o acesso ao fundo da junta, mantendo uma
abertura conveniente entre chapas (mais ou menos dois diâmetros do
arame em uso).
A altura da face da raiz (face reta do chanfro um diâmetro e meio do arame em uso).
Solução
Mantenha a extremidade do arame eletrodo na poça de fusão, sem sair dela.
146
demonstra sua habilidade para operar um equipamento de soldagem de
acordo com um procedimento.
1 G (Posição plana)
147
Soldagem nas posições 2F, 3F e 4F
148
Questões sobre o assunto abordado
( ) a) Plana;
( ) b) Chanfrada;
( ) c) Sobreposta;
( ) d) De quina.
149
( ) a) Duplo V;
( ) b) Plano;
( ) c) Chanfro em K;
( ) d) Em U.
150
( ) a) Inexistência de defeitos e dimensões aceitáveis nas juntas;
( ) b) Tipo de chanfro e geometria da junta;
( ) c) Abertura de raiz e tipo da junta a ser soldada;
( ) d) Penetração e quantidade de poros.
( ) d) Técnico de soldagem.
( ) a) 1G;
( ) b) 2G;
( ) c) 2F;
( ) d) 6G.
151
12 – Em que posição de soldagem de acordo com a norma “ASME”,
encontra-se esta peça?
( ) a) 2G;
( ) b) 3G;
( ) c) 1G;
( ) d) 4G.
( ) a) 5G;
( ) b) 2G;
( ) c) 4F;
( ) d) 6G.
( ) a) Na 1G e 1F;
( ) b) Na 2G e 5G;
( ) c) 1G e 3F;
( ) d) 2G e 4F.
152
15 – Qual é esse tipo de defeito?
( ) a) Poro;
( ) b) Falta de fusão;
( ) c) Respingos;
( ) d) Mordedura.
153
PROCESSO OXI-ACETILÊNICA
Fundamentos do processo
Equipamentos de soldagem
154
O maçarico desempenha a função de misturar os gases, para prover o tipo
de chama adequada para a soldagem.
Esquema de ligação
Acessórios:
Reguladores de Pressão
155
do gás ao valor desejado pelo usuário e mantê-la estabilizada,
independentemente de flutuações de pressão do cilindro.
Os reguladores podem ser de um ou de dois estágios como podemos ver na figura acima.
156
Válvulas de segurança
157
mangueira de combustível que alimenta o maçarico. No caso de retrocesso,
o disco de material poroso evita a propagação da chama para o interior do
maçarico junto com os dois diafragmas que mudam os raios de curvatura e
interrompem, através de bocais, o fluxo do gás combustível.
Maçaricos
159
mostrado adiante.
Na Fig. A o combustível entra no local (1), enquanto que o oxigênio entra por
diversos locais (2) em volta da entrada de combustível (3).
O maçarico deve gerar uma chama estável e manter a dosagem dos gases da
mistura constante durante todo o processo da soldagem ou corte.
160
bico ou do injetor, ou com a regulagem do injetor. Com o aquecimento, as
dimensões são alteradas, podendo causar a desregulagem.
Bicos
161
1. Chama redutora ou carburante: é obtida
pela mistura de oxigênio e maior quantidade
de acetileno. Esse tipo de chama é
caracterizado pela cor amarela clara e
luminosa e pela zona carburante presente no
dardo da chama. É usada para a soldagem de
ferro fundido, alumínio, chumbo e ligas de
zinco.
Além dos gases, mais dois tipos de materiais são às vezes necessários para a
realização da soldagem a gás: os fluxos e os metais de adição. Juntamente com o
gás, esses materiais são chamados de consumíveis.
162
Para realizar soldagens de boa qualidade, é necessário que as peças metálicas
tenham sua superfície livre da presença de óxidos. Como o oxigênio é parte
integrante do processo de soldagem a gás e como a afinidade de certos metais
com o oxigênio é instantânea, é quase impossível impedir a formação desses
óxidos. Uma maneira de removê-los é por meio do uso dos fluxos.
Metal de adição
Onde:
R= vareta
G= gás
XX= limite máximo de resistência (em ksi) do metal de solda na
condição, como soldado.
163
Os valores dos limites de resistência são mostrados na tabela abaixo, junto
com os ensaios mecânicos necessários para a classificação.
Onde:
R = vareta;
CI (cast iron) = ferro fundido
X = indicador da faixa de composição química
RCI-B 3,2 –4,0 0,10 –0,40 3,2 –3,8 0,05 0,015 0,50 - 0,04–0,10 0,20
164
Cobre e suas ligas (AWS A 5.27-82)
Onde:
R = vareta;
B = metal de adição adequado para a soldagem oxigás ou
brasagem; LL = símbolo dos principais elementos químicos do
metal de adição; X = letra indicando o grupo do metal de adição.
165
Alumínio
Fluxos
Os fluxos devem ter uma composição química que permita dissolver as películas
de óxido formadas no metal de base sem provocar excessiva corrosão. Além
disso, eles devem fluir pela região de brasagem e protegê-la da ação atmosférica
ambiente durante o ciclo de aquecimento. A composição dos fluxos depende
principalmente da natureza do metal de adição utilizado, devido à influencia da
temperatura de aquecimento; o fluxo deve manter sua estabilidade química, e
portanto a sua ação fluxante, durante o período de aquecimento e escoamento
do metal de adição. A retirada, após a brasagem ter se completado, é necessária
e sua composição deve facilitar essa operação, permitindo, sempre que possível,
somente o uso de água quente.
166
As composições dos fluxos não são geralmente divulgadas e deve-se sempre
consultar o fabricante para selecionar o fluxo adequado a cada caso. Contudo,
dessas composições podem fazer parte as seguintes substâncias: bórax e boratos
fundidos, para brasagem a altas temperaturas; fluoretos, para brasagem onde é
necessário dissolver óxido de alumínio e cromo; e cloretos, com uso semelhante
aos fluoretos, porém, para temperaturas mais baixas. Além dessas substancias,
são ainda empregados fluorboratos, fluorsilicatos, hidróxidos de sódio e potássio
e ácido bórico. Como agentes umectantes, água, álcool ou monoclorobenzeno
podem ser utilizados para constituir a composição final.
Normas de segurança
Transporte
167
O transporte dos cilindros na superfície deve ser feita com carrinhos apropriados.
168
• Manter os cilindros na posição vertical.
Armazenagem
O piso deverá ser plano a fim de manter a estabilidade dos cilindros na vertical.
169
Deve haver áreas separadas para cilindros cheios e vazios.
Armazene cilindros cheios separados dos vazios para evitar confusões e acidentes.
Ler sempre as instruções que estão nos adesivos colocados na calota dos cilindros.
Manuseio e uso
170
• Certificar-se de que vai usar o gás correto, consultando o código de cores.
Lembre- se: acetileno = cilindro bordô; oxigênio industrial = cilindro preto.
172
Fogo em cilindro de acetileno
173
Resumo
Retirar todo material inflamável do local de trabalho, antes de operar com o maçarico
oxiacetilênico.
174
• Usar sempre o equipamento individual de segurança.
175
• Nunca deixar a chama do maçarico aquecer o cilindro de oxigênio e acetileno.
176
SOLDAGEM POR RESISTÊNCIA
Introdução:
Equipamentos
177
O sistema elétrico consiste de uma fonte de energia, eletrodos e conexões.
As fontes de energia mais eficientes são as formadas por um transformador
de corrente contínua e um circuito retificador trifásico que apresentam
menor consumo com capacidade mais elevada. Nas máquinas de soldagem
por centelhamento, o sistema elétrico apresenta, ainda, um dispositivo para
provocar o centelhamento entre as peças a serem unidas.
178
Esse fenômeno acontece da seguinte maneira: um par de eletrodos conduz
a corrente elétrica até a junta; a resistência que a junta, ou as partes a serem
soldadas oferecem à passagem da corrente elétrica gera o aquecimento das
superfícies em contato da junta, formando a solda. O aquecimento provoca
uma pequena fusão das peças a serem unidas. A aplicação da pressão
garante a continuidade do circuito elétrico. Ela também permite a obtenção
de soldas com baixo nível de contaminação, porque a união das partes
impede a contaminação proveniente da atmosfera.
Como já foi dito antes, esse princípio está presente em um grupo de processos
de soldagem, ou seja, todos eles envolvem a aplicação coordenada de pressão
e passagem de corrente elétrica com intensidade e duração adequadas.
A soldagem por pontos, na qual as superfícies são unidas por um ou mais pontos
pelo calor gerado pela resistência à corrente elétrica que passa através das peças
mantidas em contato por pressão. Essa região é aquecida por um reduzido espaço
de tempo, enquanto dura a passagem da corrente. Quando ela cessa, a pressão é
mantida enquanto o metal se solidifica. Os eletrodos são afastados da superfície
depois que se obtêm cada ponto.
179
Soldagem por costura
180
Soldagem de topo
182
SOLDABILIDADE DOS MATERIAIS
Introdução
Por soldabilidade entende-se a facilidade com que uma junta soldada é fabricada
de tal maneira que preencha os requisitos de um projeto bem executado.
184
intermetálicas ricas em ferro (Fe) e alumínio (Al). As fases intermetálicas
Fe-Al provocam a fragilização da junta quando soldada por processos que
envolvem a fusão da junta.
A microssegregação no liquido é um tipo de fenômeno bastante comum
em aços inoxidáveis austeníticos, liga de alumínio e ligas de níquel.
Ocorre durante a solidificação e diminui localmente o ponto de fusão do
líquido remanescente. Neste caso, o cordão apresenta-se
macroscopicamente solidificado, porém microscopicamente com fases
líquidas nas regiões interdendríticas. Esse fato, associado á presença de
tensões residuais de tração, pode gerar o aparecimento de trincas a
quente no cordão de solda, entre cordões na soldagem multipasse ou na
zona de ligação.
1. Aspectos metalúrgicos
Por ter carbono, durante a soldagem por fusão com eletrodos revestidos, há
a formação da "zona de transição" entre o metal fundido e o metal base.
Nesta zona observa-se a formação da cementita Fe-C, que endurece a
região, podendo apresentar trincas.
2. Procedimento de soldagem
Para selecionar o procedimento de soldagem é necessário analisar o metal base
e observar o seguinte:
• Tamanho da peça;
187
• Formato da peça;
• Condições de serviço da peça;
• Se houve trinca ou desgaste;
• Conhecer a disponibilidade de equipamentos;
• Habilidade dos soldadores envolvidos;
• Estado geral em que a peça se encontra.
3. Aspecto físico
Como o ferro fundido apresenta a característica de baixa ductilidade, isto
dificulta o controle das dilatações e contrações, além da contaminação por já ter
trabalhado, isto exige durante a soldagem um perfeito controle de calor
dependendo da técnica de soldagem a ser aplicada.
Ferro fundido à quente
Por exemplo, o ferro fundido cinzento pode ser identificado com uma broca
fazendo um furo, o cavaco sai em forma de pó (grafite).
188
O ferro fundido branco se identifica pela elevada dureza que se observa com uma lima.
189
formatos complexos, onde o pré-aquecimento se toma difícil, ou mesmo de
difícil controle. É uma técnica barata, pois não necessita de demorados pré-
aquecimentos.
190
DEFEITOS DA SOLDAGEM
191
2. Chanfro irregular. 2. A preparação das bordas deve sempre ser realizada
3. Chanfro muito estreito. de maneira a obter paredes lisas sem falhas.
4. Manuseio incorreto do eletrodo. 3. Aumentar o ângulo do chanfro.
5. Sobreposição errada dos passes. 4. Movimentar o eletrodo de forma a impedir que a
6. Amperagem baixa. escória passe à frente da poça de fusão (aumentar a
7. Velocidade de soldagem muito velocidade de soldagem e diminuir o ângulo de
alta. ataque).
5. Evitar mordeduras laterais onde a escória é de difícil
remoção, realizar passe de raiz o mais largo possível
com transição suave com o metal de base.
6. A seqüência dos passes deve ser tal que evite a
formação de bolsas de escória.
7. Não soldar sobre passes de grande convexidade.
8. Aumentar a amperagem.
9. Diminuir a velocidade de soldagem.
Respingos 1. Amperagem muito elevada. 1. Diminuir a amperagem da máquina.
2. Arco muito longo. 2. Encurtar o arco, aproximando o eletrodo da peça
3. Em C.C. polaridade invertida. em soldagem.
4. Arco com sopro magnético. 3. Inverter a polaridade na fonte de energia.
5. Metal de base sujo de óleo, 4. Inclinar o eletrodo na direção do sopro
tintas, oxidação ou molhado. magnético, principalmente próximo aos
6. Utilização de eletrodo úmido extremos da junta.
de má qualidade. 5. Modificar posição da garra do cabo de retorno.
6. Evitar e modificar a posição dos objetos
facilmente magnetizáveis.
7. Mudar a fonte de energia para corrente alternada (usar
um transformador).
8. Aquecer a peça quando existe um membro da junta
mais espesso que o outro.
9. Limpar o metal de base, eliminando poeiras,
óleos, graxas, tintas, oxidação etc.
10. Secar os eletrodos, segundo as recomendações
do fabricante.
11. Trocar os eletrodos por outros de melhor qualidade.
Falta de 1. Uso de eletrodo de diâmetro 1. Utilizar eletrodo de maior diâmetro ou
penetração ou muito grande impedindo suas eletrodo de revestimento mais fino.
falta de fusão na descidas até a raiz. 2. Ser caprichoso na preparação da junta a soldar;
raiz 2. Fresta muito pequena ou realizar a montagem respeitando sempre a fresta
mesmo inexistente; fresta mínima em função do chanfro e da posição de
irregular. soldagem.
3. Presença de nariz ou nariz 3. Procurar tomar a fresta a mais constante possível,
muito grande. através de um ponteamento adequado
4. Falha no manejo do eletrodo. 4. Verificar se é realmente necessária a existência de nariz.
5. Ângulo de ataque 5. Procurar tornar o nariz o mais constante possível, e
incorreto, principalmente sempre menor do que o máximo permitido para o
com eletrodos básicos. tipo de chanfro e posição de soldagem definidos
6. Falta de calor na junta. 6. Dirigir sempre o arco elétrico de modo a
7. Penetração da escória, entre os aquecer apropriadamente ambas as bordas
dois membros da junta na do chanfro.
região da raiz impede uma 7. Realizar as retornadas/reacendimentos de forma
fusão completa dos materiais. correta.
8. Alta velocidade de soldagem. 8. Realizar a retomada/reacendimentos de forma correta
9. Utilizar o ângulo adequado.
10. Aumentar a amperagem se ela estiver baixa.
11. Usar eletrodo de maior diâmetro, se o material
for espesso.
12. Diminuir a velocidade de soldagem.
13. Pré-aquecer a peça de trabalho, se ela estiver fria.
14. Soldar em posição vertical ascendente.
15. Movimentar o eletrodo de forma a impedir que a
escória passe da poça de fusão.
16. Diminuir a velocidade de soldagem.
Mordedura na 1. Amperagem muito alta. 1. Diminuir a amperagem fornecida pela máquina de
raiz 2. Arco muito longo. solda.
3. Manuseio incorreto do eletrodo. 2. Encurtar o arco.
4. Velocidade de soldagem muito 3. Melhorar o manuseio do eletrodo.
alta. 4. Diminuir a velocidade de soldagem, avançando
5. Sopro magnético. mais devagar.
5. Inclinar o eletrodo na direção do sopro magnético.
6. Modificar a posição da garra do cabo de retorno.
7. Evitar ou modificar a posição dos objetos
8. Mudar a fonte de energia para corrente alternada (usar
um transformador).
192
Trincas 1. Soldagem defeituosa, 1. Soldar corretamente evitando a descontinuidade.
contendo inclusões de escória, 2. Interromper a soldagem de forma adequada, fazendo
falta de penetração, com que a extinção da arco ocorra sobre o passe recém
mordeduras, etc. executado.
2. Cratera final com mau 3. Reduzir a corrente ou a tensão ou ambas, aumentar
acabamento. também a velocidade de soldagem.
3. Calor excessivo na junta 4. Limpar ou secar o metal de base.
causando excesso de contração 5. Efetuar o ponteamento com metal de adição
e distorção. adequado, corretamente dimensionado em
4. Metal de base sujo de óleo, tamanho e freqüência.
tintas ou molhado. 6. Remover as soldas de fixação à medida que o
5. Trincas devido ao trabalho for progredindo.
ponteamento franco 7. Nos casos possíveis executar o ponteamento do lado
6. Cordão de solda muito que não será executada a soldagem.
pequeno (particularmente 8. Substituir o ponteamento por outro sistema de
passe de raiz ou de filete). fixação (“cachorros”, “batoques”, “pontes”, etc.).
7. Teor de enxofre alto no metal 9. Reduzir a velocidade de soldagem, o cordão deve ter
de base. uma secção transversal suficientemente robusta
8. Têmpera da zona para suportar os esforços a que estará submetido.
termicamente afetada. 10. Utilizar eletrodos com manganês alto.
9. Fragilização pelo hidrogênio. 11. Usar arco mais curto para minimizar a queima do
10. Projeto de junta adequado. manganês.
11. Montagem muito rígida. 12. Ajustar o chanfro de modo a permitir adequada
12. Tensões residuais muito diluição e utilização do eletrodo.
elevadas. 13. Alterar a seqüência de passes de forma a reduzir a
restrição da solda no resfriamento.
14. Mudar o material a fim de obter adequada relação %
Mn / %S.
15. Fazer pré-aquecimento para retardar o resfriamento.
16. Usar eletrodos ressecados conforme
recomendações do fabricante.
17. Remover contaminação (óleos, umidades, etc.).
18. Manter a solda a temperatura elevada por um
período longo para permitir a saída do hidrogênio
através da difusão (pós- aquecimento).
19. Preparar os chanfros com dimensões adequadas.
20. Escolher uma seqüência de soldagem que
acarrete as menores tensões possíveis na junta.
21. Controlar a distribuição de calor na peça de
trabalho, aquecendo-a ou resfriando-a em
todo ou em partes.
22. Usar tratamento térmico de alívio de tensões.
193
PROCESSO TIG
Introdução
Mas que fazer se os metais a serem unidos forem de difícil soldagem por outros
processos, se for preciso soldar peças de pequena espessura ou juntas complexas,
ou se for necessário um controle muito rigoroso do calor cedido á peça? Como no
caso da costura e união de topo de tubos de aço inoxidável, da soldagem de
alumínio, magnésio e titânio, particularmente de peças leves ou de precisão como
as usadas na indústria aeroespacial, por exemplo?...
24
0
Nesse processo, a união das peças metálicas é produzida por aquecimento e fusão
através de um arco elétrico estabelecido entre um eletrodo de tungstênio não-
consumível e as peças a serem unidas. A principal função do gás inerte é proteger
a poça de fusão e o arco contra a contaminação da atmosfera.
Esse processo é aplicável à maioria dos metais e suas ligas numa ampla faixa de
espessuras. Porém, devido à baixa taxa de deposição, sua aplicação é limitada à
soldagem de peças pequenas e no passo de raiz, principalmente de metais não-
ferrosos e de aço inoxidável.
O arco elétrico na soldagem TIG produz soldas com boa aparência e acabamento.
Isso exige pouca ou nenhuma limpeza após a operação de soldagem. Esse arco
pode ser obtido por meio de corrente alternada (CA), corrente contínua e eletrodo
negativo
(CC-), e corrente contínua e eletrodo positivo (CC+), que é pouco usada pelos riscos
de fusão do eletrodo e contaminação da solda.
195
Horizonte: ESAB, 1991, p. 187).
Equipamento básico
196
A tocha de soldagem tem como função suportar o eletrodo de tungstênio e
conduzir o gás de proteção de forma apropriada. Ela é dotada de uma pinça
interna que serve para segurar o eletrodo e fazer o contato elétrico. Possui
também um bocal que pode ser de cerâmica ou de metal e cuja função é
direcionar o fluxo de gás.
Todas as tochas precisam ser refrigeradas. Isso pode ser feito pelo próprio
gás de proteção, em tochas de capacidade até 150A ou, tochas entre 150 e
500A, com água corrente fornecida por um circuito de refrigeração
composto por um motor elétrico, um radiador e uma bomba d’água.
Eletrodos
Consumíveis
Para a realização da soldagem TIG, alem dos eletrodos, são necessários
também os itens chamados de consumíveis, ou seja, o metal de adição e o
gás de proteção.
197
Embora o processo TIG permita a soldagem sem metal de adição,
esse tipo de trabalho é de uso limitado, principalmente a materiais
de espessura muito fina e ligas não propensas a trincamento quando
aquecidas. A função do metal de adição é justamente ajudar a
diminuir as fissuras e participar na produção do cordão de solda.
Para soldagem manual, o metal de adição é fornecido na forma de
varetas. Para a soldagem mecanizada, o metal é fornecido na forma
de um fio enrolado em bobinas. Os diâmetros dos fios e das varetas
são padronizados e variam entre 0,5 e 5mm. O diâmetro é escolhido
em função da espessura das peças ou da quantidade de material a ser
depositado e dos parâmetros de soldagem.
199
perpendicular em relação à superfície da junta de modo que o
ângulo de trabalho seja de 90º. Ao mesmo tempo, ela deve estar
ligeiramente inclinada para trás (ângulo de soldagem de 5 a 15º).
O movimento da tocha deve ser firme e uniforme, à medida que a
vareta de adição é introduzida na borda frontal ou lateral da poça.
A vareta deve formar um ângulo de aproximadamente 15º em
relação à superfície da peça.
200
TIPOS DE ELETRODO DE TUNGSTÊNIO.
201
eletrodos com tório e pode ser usado em aço carbono, aço inoxidável e titânio. Não é
recomendável soldagens em altas amperagens com este eletrodo. Nestas situações, o
óxido de cério emigra rapidamente para a ponta quente do eletrodo, removendo o
óxido e anulando seus benefícios. Curiosamente, um soldador dificilmente distinguirá
se está soldando um eletrodo com cério ou tório.
202
PARAMETROS DE SOLDAGEM TIG
Tabela de variáveis, sugeridas quando soldar manualmente aços inoxidáveis pelo processo TIG (GTAW).
Diâmetro do eletrodo de Vazão em
Diâmetro da Bocais cerâmicos
Espessura do Tipo da tungstênio toriado. Com Gás de L/m
vareta de adição Amperagem em Nº
metal junta 2% de tório. Côr de Proteção (Litros por
(se necessário) (Norma AWS)
identificação (vermelho) minuto)
Topo 40 - 60
Sobreposta 1.6 mm 50 - 70
1.6 mm 1.6 mm
Canto (1/16”) 40 - 60 Argônio 7 4, 5, 6
(1/16”) (1/16”)
Angular 50 - 70
Topo 60 - 80
2.5 mm Sobreposta 70 - 90
2.4 mm 1.6 mm ou 2.4 mm
(3/32”) Canto 60 - 80 Argônio 7 4, 5, 6
(3/32”) (1/16” ou 3/32”)
Angular 70 - 90
Topo 65 - 85
3.2 mm Sobreposta 90 - 110
Canto 2.4 mm 2.4 mm 65 - 85
(1/8”) Argônio 7 4, 5, 6
Angular (3/32”) (3/32”) 90 - 110
Topo 100 - 125
4.8 mm Sobreposta 2.4 mm 125 - 150
3.2 mm
(3/16”) Canto (3/32”) 100 - 125 Argônio 9.5 6, 7, 8
1/8”
Angular 125 - 150
Tabela de variáveis, sugeridas quando soldar manualmente aços carbono e Baixa liga pelo processo TIG (GTAW).
Espessura do Tipo da Diâmetro do eletrodo de Diâmetro da Amperagem Gás de Vazão em Bocais cerâmicos
metal junta tungstênio toriado. Com vareta de adição Proteção L/m em Nº
2% de tório. Côr de (se necessário) (Litros por (Norma AWS)
identificação (vermelho) minuto)
Topo 1.6 mm 60 - 70
1.6 mm Sobreposta 1.6 mm (1/16”) 70 - 90 Argônio 7 4, 5, 6
(1/16”) Canto (1/16”) 60 - 70
Angular 70 - 90
2.5 mm Topo 70 - 90
(3/32”) Sobreposta 2.4 mm 1.6 mm ou 2.4 mm 90 - 110 Argônio 7 4, 5, 6
Canto (3/32”) (1/16” ou 3/32”) 70 - 90
Angular 90 - 110
3.2 mm Topo 80 - 100
(1/8”) Sobreposta 90 - 115 7 4, 5, 6
2.4 mm 2.4 mm Argônio
Canto 80 - 100
(3/32”) (3/32”)
Angular 90 - 115
4.8 mm Topo 2.4 mm 115 - 135
(3/16”) Sobreposta (3/32”) 3.2 mm Argônio 9.5
140 - 165 6, 7, 8
Canto 1/8”
115 - 135
Angular
140 - 170
6.4 mm Topo 160 - 175 Argônio
(1/4”) Sobreposta 3.2 mm 4.0 mm 170 - 200 6, 7, 8
9.5
Canto (1/8”) (5/32”) 160 - 175
Angular 175 - 210
203
Tabela de variáveis, sugeridas quando soldar manualmente Alumínio pelo processo TIG (GTAW). Utilizando AC e Alta Freqüência.
Espessura do Tipo da Diâmetro do eletrodo de Diâmetro da Amperagem Gás de Vazão em Bocais
metal junta tungstênio Puro. Côr de vareta de adição Proteção L/m cerâmicos em Nº
identificação (verde) (se necessário) (Litros por (Norma AWS)
minuto)
Topo 1.6 mm 60 - 85
1.6 mm Sobreposta 1.6 mm (1/16”) 70 - 90 Argônio 7 4, 5, 6
(1/16”) Canto (1/16”) 60 - 85
Angular 75 - 100
2.5 mm Topo 85 - 105
(3/32”) Sobreposta 2.4 mm 2.4 mm 90 - 110 Argônio 7 4, 5, 6
Canto (3/32”) (3/32”) 85 - 105
Angular 90 - 110
3.2 mm Topo 125 - 150
(1/8”) Sobreposta 130 - 160 9.5 6e7
2.4 mm ou 3.2 mm 2.4 mm Argônio
Canto 120 - 140
(3/32” ou 1/8") (3/32”)
Angular 130 - 160
204
VANTAGENS E LIMITAÇÕES DO PROCESSO
Vantagens
Limitações
• Baixas taxas de deposição;
• Necessidade de maior coordenação e experiência do soldador no controle da
poça de fusão;
• Dificuldade de manter proteção adequada em ambientes com vento;
• Baixa tolerância a contaminantes.
205
Questões sobre o assunto:
04- Qual a corrente elétrica utilizada para soldar alumínio no processo TIG?
( ) b) Corrente Continua;
( ) d) Corrente Alternada.
( ) b) Corrente Continua;
( ) d) Corrente Alternada.
206
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
207