NBR 12621 (Set 1992) - Águas - Determinação Da Dureza Total - Método Titulométrico Do EDTA-Na

Fazer download em pdf ou txt
Fazer download em pdf ou txt
Você está na página 1de 4

Cópia não autorizada

SET 1992 NBR 12621


Águas - Determinação da dureza total -
Método titulométrico do EDTA-Na
ABNT-Associação
Brasileira de
Normas Técnicas

Sede:
Rio de Janeiro
Av. Treze de Maio, 13 - 28º andar
CEP 20003-900 - Caixa Postal 1680
Rio de Janeiro - RJ
Tel.: PABX (021) 210 -3122
Telex: (021) 34333 ABNT - BR
Endereço Telegráfico:
NORMATÉCNICA
Método de ensaio
Origem: Projeto 01:602.03-013/1989
CEET - Comissão de Estudo Especial Temporária de Meio Ambiente
CE-01:602.03 - Comissão de Estudo de Análises Inorgânicas
NBR 12621 - Waters - Determination of total hardness by EDTA-Na titulometric
method - Method of test
Descriptors: Water. Hardness
Copyright © 1992, Válida a partir de 26.11.1992
ABNT–Associação Brasileira Incorpora Errata Nº 1 de OUT 1995
de Normas Técnicas
Printed in Brazil/
Impresso no Brasil Palavras-chave: Água. Dureza 4 páginas
Todos os direitos reservados

SUMÁRIO 3.1 Dureza total


1 Objetivo
2 Documento complementar Concentração total de cálcio e magnésio, expressa em
3 Definição termos de CaCO3.
4 Aparelhagem
Nota: Quando a dureza for numericamente maior que a soma
5 Execução do ensaio de alcalinidade de CO3-- e HCO3- , a quantidade de dureza
6 Resultado equivalente à alcalinidade total é chamada “dureza de
carbonatos”; a quantidade de dureza que excede esta é
1 Objetivo chamada “dureza de não-carbonatos”.

4 Aparelhagem
1.1 Esta Norma prescreve o método para a determinação
da dureza em amostras de águas doce, salina, mineral e A aparelhagem necessária ao ensaio é a seguinte:
de mesa e de abastecimento, e em efluentes domésticos
e industriais. a) frasco de Erlenmeyer de 250 mL;

b) pipetas volumétricas de diversos volumes;


1.2 Esta Norma aplica-se à determinação da dureza em
concentração superior a 2 mg CaCO3 /L. c) balão volumétrico de 100 mL;

d) cápsula de porcelana com capacidade de


2 Documento complementar
50 mL - 100 mL;

Na aplicação desta Norma é necessário consultar: e) bureta de 50 mL;

f) mufla.
NBR 9898 - Preservação e técnicas de amostragem
de efluentes líquidos e corpos receptores - Procedi- 5 Execução do ensaio
mento
5.1 Reagentes e soluções
3 Definição
5.1.1 Solução-tampão e cloreto de amônio-hidróxido de
amônio
Para os efeitos desta Norma é adotada a definição de
3.1. Proceder conforme descrito em 5.1.1.1 a 5.1.1.4.
Cópia não autorizada
2 NBR 12621/1992

5.1.1.1 Dissolver 16,9 g NH4Cl, p.a., em 143 mL NH4OH la adição de solução de hidróxido de amônio 3 N (ver
concentrado p.a. 5.1.6) ou ácido clorídrico 1:1 (ver 5.1.4).

5.1.1.2 Adicionar 1,25 g de sal de magnésio de EDTA e 5.1.7.5 Transferir toda a mistura para um balão de
diluir a 250 mL. 1000 mL e completar o volume até a marca, com água
destilada.
5.1.1.3 Guardar de preferência em frasco plástico, bem
fechado, para impedir perda de NH3 e entrada de CO2. Nota: 1,00 mL de solução é equivalente a 1,00 mg de CaCO3.

Nota: Esta solução é estável por 30 dias. 5.1.8 Solução de EDTA-Na 0,01 M

5.1.1.4 Descartar o tampão, se pela adição de 1 mL ou Proceder conforme descrito em 5.1.8.1 e 5.1.8.2.
2 mL não se obtiver pH 10,0 ± 0,1 no final da titulação.
5.1.8.1 Pesar 3,723 g de sal dissódio de EDTA,
Nota: Alternativamente, em falta do sal de magnésio de EDTA, Na2H2C10H12O8N2.2H2O, p.a., dissolver em água destilada
proceder da seguinte forma: e elevar a 1000 mL em balão volumétrico.

- dissolver 1,179 g de EDTA de sódio e 0,78 mg de


5.1.8.2 Padronizar conforme descrito em 5.1.8.2.1 a
MgSO4.7H2O ou 0,644 mg de MgCl2.6H2O em 50 mL de
5.1.8.2.5.
água destilada. Juntar esta solução à solução de 5.1.1.1
e completar o volume a 250 mL. Fechar bem com a
5.1.8.2.1 Diluir 25 mL de solução-padrão de cálcio (ver
rolha de borracha, para impedir oxidação pelo ar.
5.1.7) a 50 mL com água destilada, em frasco de
Erlenmeyer.
5.1.2 Inibidor I (cianeto de sódio)

5.1.8.2.2 Adicionar 1 mL a 2 mL de solução-tampão (ver


Nota: O cianeto de sódio é extremamente tóxico, devendo ser
adicionado, em meio básico, pH 10 ± 0,1.
5.1.1) para obter pH 10,0 ± 0,1.

5.1.3 Inibidor II (sulfeto de sódio) 5.1.8.2.3 Adicionar 0,05 g de indicador (ver 5.1.9).

Dissolver 5,0 g de sulfeto de sódio nonaidratado p.a., 5.1.8.2.4 Titular com reagente EDTA-Na (ver 5.1.8), gota a
Na2S.9H2O, ou 3,7 g de sulfeto de sódio pentaidratado gota e com agitação, até desaparecer a última coloração
p.a., Na2S-.5H2O, em 100 mL de água destilada. vermelho-vinho e aparecer a cor azul, indicadora do pon-
to final; as últimas gotas devem ser adicionadas em in-
5.1.4 Solução de ácido clorídrico 1:1
tervalos de 3 s a 5 s.

Medir 250 mL de ácido clorídrico concentrado p.a., HCl, e 5.1.8.2.5 Guardar em frasco de polietileno e repadronizar
acrescentar a 250 mL de água destilada com agitação. periodicamente.

5.1.5 Solução indicadora de vermelho-de-metila 5.1.9 Indicador negro-de-eriocromo T

Dissolver 0,1 g de vermelho-de-metila, sal sódico, e diluir Proceder conforme descrito em 5.1.9.1 e 5.1.9.2.
a 100 mL com água destilada.
5.1.9.1 Misturar 0,5 g de negro-de-eriocromo T com 100 g
5.1.6 Solução de hidróxido de amônio 3 N de cloreto de sódio p.a., NaCl.

Adicionar 240 mL de hidróxido de amônio p.a., NH4OH, e 5.1.9.2 Guardar em frasco bem fechado.
cerca de 700 mL de água destilada e diluir a 1000 mL.
Nota: Indicador deteriorado apresenta alteração de cor na titu-
5.1.7 Solução-padrão de cálcio lação.

Proceder conforme descrito em 5.1.7.1 a 5.1.7.5. 5.1.10 Solução de ácido clorídrico 1 N

5.1.7.1 Pesar 1,000 g de carbonato de cálcio anidro, CaCO3, Diluir 83 mL de ácido clorídrico p.a., HCl, a 1000 mL com
e transferir para o frasco de Erlenmeyer de 250 mL. água destilada.

5.1.7.2 Adicionar aos poucos, com auxílio de um funil, so- 5.1.11 Solução de hidróxido de sódio 1 N
lução de ácido clorídrico até dissolver todo o carbonato
de cálcio. Dissolver 40 g de hidróxido de sódio p.a., NaOH, em água
destilada, esfriar e diluir a 1000 mL.
5.1.7.3 Adicionar 200 mL de água destilada e ferver por
alguns minutos, para eliminar gás carbônico. 5.1.12 Solução de hidróxido de sódio 0,1 N

5.1.7.4 Esfriar, adicionar algumas gotas de vermelho-de- Diluir 100 mL da solução (ver 5.1.11) a 1000 mL com
metila (ver 5.1.5) e ajustar a cor laranja intermediária, pe- água destilada.
Cópia não autorizada
NBR 12621/1992 3

5.2 Princípio do método em mufla a 550ºC até oxidar toda a matéria orgânica,dis-
solver o resíduo em 20 mL de solução de ácido clorídrico
Os íons Ca++ e Mg++ de uma solução formam um comple- 1 N (ver 5.1.10), neutralizar para pH 7 com solução de
xo vermelho-vinho com o corante negro-de-eriocromo T, hidróxido de sódio 1 N (ver 5.1.11), esfriar, completar a
em pH = 10,0 ± 0,1. Pela adição de EDTA-Na à solução 100 mL com água destilada em balão volumétrico e pro-
colorida, ocorre formação de um complexo estável e não ceder conforme 5.4.2 a 5.4.6.
dissociado do EDTA-Na com os íons Ca++ e Mg++, separan-
do-se o corante. Quando a quantidade de EDTA-Na adi- Nota: Alternativamente, pode-se fazer uma digestão com ácido
nítrico.
cionada for suficiente para complexar todo o cálcio e mag-
nésio, a solução toma a cor azul original do corante, o
5.4.2 Em um frasco de Erlenmeyer, colocar 100 mL de
que indica o fim da titulação.
amostra evaporada ou um outro volume adequado, de
modo a consumir em torno de 20 mL de titulante.
5.3 Interferentes
5.4.3 Adicionar 1 mL a 2 mL de solução-tampão (ver 5.1.1)
5.3.1 Certos íons metálicos dificultam a observação de vi- para obter pH 10 ± 0,1.
ragem ou são titulados com dureza. A minimização é fei-
ta, acrescentando-se inibidores apropriados antes da Nota: No caso de águas de alcalinidade elevada, pode ocorrer
titulação da amostra. Em águas de abastecimento em precipitação de CaCO3. Neste caso, o procedimento reco-
geral não é necessário o uso de inibidores. Os dados dis- mendado é diluir um volume menor de amostra a 100 mL
poníveis sobre a concentração de metais interferentes, e, em seguida, proceder conforme 5.4.2 a 5.4.6. Se ainda
ocorrer formação de precipitado, tomar uma nova alíquota
que podem estar presentes na amostra e ainda permitir a
e adicionar a quantidade de ácido consumido no ensaio de
determinação com EDTA-Na, constam na Tabela. alcalinidade de amostra, agitar por 2 min e prosseguir
conforme 5.4.2 a 5.4.6, ou ainda determinar Ca e Mg se-
5.3.2 Matéria orgânica coloidal ou suspensa dificulta a paradamente.
observação da viragem. Para eliminar esta interferência,
é feita a oxidação prévia da matéria orgânica a 550ºC. 5.4.4 Adicionar aproximadamente 0,1 g de indicador (ver
No caso de águas de abastecimento, a oxidação não é 5.1.9).
comum, sendo suficiente filtrar a amostra por membrana
de 0,45 µm. 5.4.5 Adicionar EDTA-Na (ver 5.1.8), lentamente e com
agitação constante, até que desapareça a última colora-
5.4 Ensaio ção vermelho-vinho e apareça a cor azul, indicadora do
ponto final; adicionar as últimas gotas em intervalos de
3 s a 5 s. Efetuar toda a titulação no máximo em 5 min, pa-
Na amostra coletada conforme a NBR 9898, executar as ra minimizar a possibilidade de precipitação de CaCO3.
operações descritas em 5.4.1 a 5.4.6.
5.4.6 Efetuar uma prova em branco com igual volume de
5.4.1 No caso de águas poluídas e de águas residuárias, água destilada para facilitar a observação do ponto de vi-
evaporar 100 mL da amostra (ou um outro volume ade- ragem e corrigir possível contaminação de água destilada
quado) até a secura em banho-maria, aquecer o resíduo com Ca e Mg.

Tabela - Interferentes na determinação da dureza

Concentração que pode estar presente (mg/L), considerando-se


o emprego de 25 mL de amostra diluídos a 50 mL
Interferentes
Inibidor I Inibidor II

Alumínio 20 20
Bário Titulado como dureza Titulado como dureza
Cádmio Titulado como dureza 20
Cobalto > 20 0,3
Cobre > 30 20
Ferro > 30 5
Chumbo Titulado como dureza 20
Manganês II Titulado como dureza 1
Níquel > 20 0,3
Estrôncio Titulado como dureza Titulado como dureza
Zinco Titulado como dureza 200
Polifosfato 10
Cópia não autorizada
4 NBR 12621/1992

5.4.6.1 Na presença de interferentes, utilizar inibidores 6 Resultado


(ver Tabela) e proceder como segue:
6.1 Cálculo

a) inibidor I: A dureza da amostra é calculada pela seguinte expres-


são:
- ajustar o pH da amostra ácida para no mínimo (Va - Vb ) x 0,01 x 100000
dureza como mg CaCO 3 / L = xF
pH 6 com solução-tampão (ver 5.1.1) ou solução VAM
de hidróxido de sódio 0,1 N (ver 5.1.12). Adicio-
Onde:
nar 250 mg de cianeto de sódio (ver 5.1.2) e pro-
ceder conforme 5.4.3 a 5.4.6; F = fator de correção volumétrica do EDTA

Nota: O cianeto de sódio é extremamente tóxico. To- Va = volume de EDTA gasto, em mL, na amostra
mar cuidado na sua utilização.
Vb = volume de EDTA gasto, em mL, no branco

b) inibidor II: VAM = volume de amostra, em mL

6.2 Expressão do resultado


- adicionar 1 mL de solução inibidora II (ver 5.1.3)
e proceder conforme 5.4.3 a 5.4.6. O resultado deve ser expresso em números inteiros.

Você também pode gostar