Hérnia de Disco - Tratamento, Fisiopatologia
Hérnia de Disco - Tratamento, Fisiopatologia
Hérnia de Disco - Tratamento, Fisiopatologia
tratamento
Disc herniation: epidemiology, pathophysiology, diagnosis and
treatment
Alex Oliboni Sussela¹; Alice Bianchi Bittencourt¹; Karina Grafulin Raymondi¹; Silvana Beltram
Tergolina¹; Marcus Sofia Ziegler².
¹Acadêmico da Associação de Turma Médica 2017 da Escola de Medicina da PUCRS. ²Médico Especialista em
Cirurgia da Coluna Vertebral do Hospital São Lucas da PUCRS.
RESUMO
Objetivos: Explorar a hérnia de disco desde a sua epidemiologia, fisiopatologia, fatores
de risco, diagnóstico e tratamento, com ênfase na abordagem cirúrgica e subsequente
recuperação.
Métodos: Análise de revisões sistemáticas publicadas nos últimos 5 anos sobre hérnia
de disco, utilizando bases de dados nacionais e internacionais.
Resultados: Tendo em vista o caráter geralmente benigno desta doença, a opção pelo
tratamento conservador é a primeira escolha, apresentando em torno de 60-90% de
resolução espontânea. O benefício do tratamento cirúrgico para pacientes portadores de
hérnia de disco é a melhora sintomática e a recapacitação funcional. Há diversas
técnicas cirúrgicas para correção da herniação e a escolha do tratamento adequado varia
de acordo com a gravidade da doença e grau de acometimento nas atividades diárias.
Conclusões: A hérnia de disco é uma patologia extremamente comum. Os pacientes
portadores de hérnia discal apresentam sinais e sintomas clínicos característicos,
conforme a região de acometimento. Os fatores de risco são inúmeros, abrangendo
desde causas ambientais até fatores genéticos. A opção de tratamento varia de acordo
com a gravidade da doença e grau de interferência nas atividades diárias. Atualmente, a
abordagem primária tem sido o tratamento conservador, visando alívio da dor, melhora
da capacidade funcional e retardo na progressão da doença. Em vigência de falha
terapêutica ou sinais de gravidade, preconiza-se o tratamento cirúrgico no manejo da
hérnia de disco.
Palavras-chave: Deslocamento do Disco Intervertebral; Fatores de risco;
Tratamento conservador; Procedimentos Cirúrgicos Operatórios; Patologia.
ABSTRACT
Aims: Explore the intervertebral disc displacement including its epidemiology,
physiopathology, risk factors, diagnosis and treatment, focusing on the surgical
treatment and subsequent recovery.
Methods: Analysis of Systematic Reviews about herniated disc published in the last
five years, both in national and international data bases.
Results: Considering the benign nature of this disease, the option for conservative
therapy is the first choice, leading to around 60-90% spontaneous resolution. The
benefit of surgical treatment for patients with herniated disc is symptomatic
improvement and functional retraining. There are several surgical techniques for
correction of herniation and the choice of appropriate treatment varies according to the
severity of the disease and degree of impairment in daily activities.
Conclusions: Intervertebral disc displacement is an extremely common pathology.
Patients with a herniated disc present characteristic clinical signs and symptoms,
depending on the region of involvement. Risk factors are numerous, ranging from
environmental causes to genetic factors. The treatment option varies according to the
severity of the disease and degree of interference in daily activities. Currently, the
primary approach has been conservative therapy, aimed at pain relief, improvement of
functional capacity and delay in disease progression. In the presence of therapeutic
failure or signs of severity, surgical treatment is recommended in the management of
disc herniation.
Key-words: Intervertebral Disc Displacement; Risk Factores; Conservative
Therapy; Surgical Procedures, Operative; Pathology.
INTRODUÇÃO
Hérnia de disco é condição frequente, que acomete entre 13 e 40% das pessoas
ao longo da vida, com pico de incidência entre 50-60 anos de idade. Topograficamente,
predomina na coluna lombar, segundo Nascimento et al (2015), 80% a nível de L4/5 e
L5/S1, seguida pelos segmentos cervical e torácico. Apesar de poder ser assintomática,
configura importante causa de dor nas costas – queixa de 13,5% dos brasileiros e
principal motivo de recebimento de auxílio doença, além de 3ª causa de aposentadoria
por invalidez no país. A prevalência desta condição está aumentando e pode ser
explicada tanto pela maior sensibilidade dos exames de imagem quanto por mudanças
comportamentais e envelhecimento da população. O disco intervertebral situa-se entre
dois corpos vertebrais, sendo uma parte essencial da coluna vertebral. Anatomicamente
é composto pelo anel fibroso de tecido fibrocartilaginoso, uma estrutura flexível que
permite a mobilidade da coluna vertebral em suas várias direções, e pelo núcleo
pulposo, uma estrutura gelatinosa circundada pelo anel fibroso, que tem como principal
função amortecer e absorver os impactos mecânicos gerados sobre a coluna vertebral.
A formação da hérnia inicia-se com o surgimento de fissuras no anel fibroso, por
onde o conteúdo gelatinoso nuclear pulposo infiltra, acometendo as raízes nervosas
espinhais de diferentes formas e graus. Nesse processo, pode haver desde o abaulamento
do disco, até o rompimento da parede discal com extravasamento do conteúdo nuclear
para o canal medular, o que chamamos respectivamente de protrusão e extrusão com
sequestro. Estes eventos podem ocorrer em quatro zonas do disco - central, póstero
lateral, foraminal ou extraforaminal - e, dessa forma, provocar apresentações clínicas
distintas. Os danos às raízes nervosas podem ocorrer de duas formas principais, seja
através da compressão mecânica direta, seja através da irritação nervosa pela ação de
mediadores inflamatórios liberados durante este processo. Essa patologia tem caráter
multifatorial e dentre os fatores que aceleram e contribuem para o seu processo de
formação podemos destacar: a herança genética, o envelhecimento natural dos discos
vertebrais e o sedentarismo. Outros fatores que agregam um risco adicional ao seu
desenvolvimento são tabagismo, excesso de peso, má postura ao transportar cargas e a
prática de movimentos incorretos. Dessa forma, os objetivos deste trabalho são explorar
a hérnia de disco desde a sua epidemiologia, fisiopatologia, fatores de risco, diagnóstico
e tratamento, com ênfase na abordagem cirúrgica e subsequente recuperação.
MÉTODOS
RESULTADOS
Diagnóstico
Sinais e Sintomas
Exames Complementares
Tratamento
Cuidados Pré-operatórios
Os mais recentes guidelines da Sociedade Americana de Dor recomendam que
os médicos devam discutir os riscos e benefícios da abordagem cirúrgica com os
pacientes que se apresentem com dor persistente e incapacitante em decorrência de
hérnia de disco.
Tratamento Cirúrgico
Cuidados no Pós-operatório
Não existe evidência na literatura de que os pacientes submetidos a cirurgia de
hérnia de disco devam ter suas atividades restritas nos dias subsequentes ao
procedimento. Embora usualmente seja prescrita a fisioterapia no pós-operatório, a sua
efetividade é incerta.
Seguimento
CONCLUSÃO
Fluxograma
Fluxograma para Manejo de Cervicalgia e Lombalgia. Criado pelos autores.
REFERÊNCIAS
Almeida TRSH, Henrique MD, Moura MEL, Kirzner PL, Tavares KA, Pinto DS.
Hérnia de disco lombar: riscos e prevenção. Rev. Ciênc. Saúde Nova Esperança.
2014;12(2):1-7.
Iyer S; Kim HJ. Cervical radiculopathy. Curr Rev Musculoskelet Med. 2016
Sep;9(3):272-80.
Nascimento PRC; Costa LOP. Prevalência da dor lombar no Brasil: uma revisão
sistemática. Cad. Saúde Pública. 2015 Jun;31( 6 ): 1141-56.