Relatorio-Gestao-2020 - ANS

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AGÊNCIA NACIONAL DE SAÚDE SUPLEMENTAR

Relatório Anual
de Gestão
Exercício 2020

Rio de Janeiro | 2021


Relatório Anual
de Gestão
Exercício 2020
MINISTÉRIO DA SAÚDE
Agência Nacional de Saúde Suplementar

DIRETORIA COLEGIADA DA ANS

DIRETOR PRESIDENTE SUBSTITUTO


DIRETOR DE NORMAS E HABILITAÇÃO DOS PRODUTOS- DIPRO
Rogério Scarabel Barbosa

DIRETOR DE DESENVOLVIMENTO SETORIAL SUBSTITUTO- DIDES


César Brenha Rocha Serra

DIRETOR DE FISCALIZAÇÃO SUBSTITUTO- DIFIS


Maurício Nunes da Silva

DIRETOR DE GESTÃO SUBSTITUTO- DIGES


Bruno Martins Rodrigues

DIRETOR DE NORMAS E HABILITAÇÃO DAS OPERADORAS- DIOPE


Paulo Roberto Vanderlei Rebello Filho
AGÊNCIA NACIONAL DE SAÚDE SUPLEMENTAR
Secretaria Geral
Gerência de Planejamento e Acompanhamento

Relatório Anual
de Gestão
Exercício 2020

Rio de Janeiro | 2021


2021. Agência Nacional de Saúde Suplementar.
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ELABORAÇÃO, DISTRIBUIÇÃO E INFORMAÇÕES


AGÊNCIA NACIONAL DE SAÚDE SUPLEMENTAR – ANS
Gerência de Planejamento e Acompanhamento- GPLAN
Av. Augusto Severo, 84 – Glória
CEP 20.021-040
Rio de Janeiro, RJ – Brasil
Tel.: +55(21) 2105-0000
Disque ANS 0800 701 9656
www.ans.gov.br
e-mail específico: [email protected]

DIRETORIA COLEGIADA DA ANS


Diretoria de Desenvolvimento Setorial – DIDES
Diretoria de Fiscalização – DIFIS
Diretoria de Gestão – DIGES
Diretoria de Normas e Habilitação das Operadoras – DIOPE
Diretoria de Normas e Habilitação dos Produtos – DIPRO

SECRETARIA GERAL-SEGER
Wladimir Ventura de Souza - SEGER/PRESI

COORDENAÇÃO TÉCNICA
Juliana Menezes Peixoto Dib – GPLAN/SEGER/PRESI

EQUIPE TÉCNICA
Amanda Veloso Paulino de Moraes - GPLAN/SEGER/PRESI
Carla Valéria Cazarim Godoy - GPLAN/SEGER/PRESI
Flavia Marques de Souza- GPLAN/SEGER/PRESI
Márcio Malard Mayer - GPLAN/SEGER/PRESI
Silvio Ghelman - GPLAN/SEGER/PRESI

PROJETO GRÁFICO
Gerência de Comunicação Social – GCOMS/SEGER/PRESI

NORMALIZAÇÃO
Biblioteca/CGDOP/GEQIN/DIGES

Ficha Catalográfica

A265r Agência Nacional de Saúde Suplementar (Brasil). Diretoria Colegiada. Secretaria Geral. Gerência de Planejamento e
Acompanhamento.

Relatório Anual de Gestão. [recurso eletrônico]/ Agência Nacional de Saúde Suplementar (Brasil).Diretoria Colegiada.
Secretaria Geral. Gerência de Planejamento e Acompanhamento.-- Rio de Janeiro: ANS,2021.
8MB; ePub.

1.Planejamento. 2.Gestão. 3.Gestão pública. 4.Gestão estratégica 6.Agência Nacional de Saúde Suplementar (Brasil). I.
Título.

CDD 658.4012

Catalogação na fonte – Biblioteca ANS
LISTA DE SIGLAS E ABREVIAÇÕES
AAR Aperfeiçoamento do Ambiente Regulatório
ABI Aviso de Beneficiário Identificado
AGU Advocacia Geral da União
AI Articulação Institucional
ANAC Agência Nacional de Aviação Civil
ANS Agência Nacional de Saúde Suplementar
APS Atenção Primária na Saúde
ARP Ata de Registro de Preços
ARR Avaliação de Resultado Regulatório
AUDIT Auditoria Interna
BACEN Banco Central
CADIN Cadastro Informativo de Créditos não Quitados do Setor Público Federal
CAMSS Câmara de Saúde Suplementar
CAS Comissão de Assuntos Sociais
CATEC Câmara Técnica de Contratualização e Relacionamento com Prestadores
CEAGESP Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo
CEANS Comissão de Ética
CGD Comitê de Governança Digital
CGRC Comissão de Governança, Riscos e Controles
COEAD Coordenadoria de Estímulo à Adimplência
COGED Coordenadoria de Gestão Documental
CONITEC Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde
CONSU Conselho de Saúde Suplementar
COVID-19 Coronavirus Disease 2019 denominada SARS-CoV-2
CRC Conselho Regional de Contabilidade
DICOL Diretoria Colegiada
DIDES Diretoria de Desenvolvimento Setorial
DIFIS Diretoria de Fiscalização
DIGES Diretoria de Gestão
DIOPE Diretoria de Normas e Habilitação das Operadoras
DIPRO Diretoria de Normas e Habilitação dos Produtos
ENAP Escola Nacional de Administração Pública
ESS Equilíbrio da Saúde Suplementar
FGI Fortalecimento da Governança Institucional
FUNARTE Fundação Nacional de Artes
IAIS International Association of Insurance Supervisors
IDSS Índice de Desempenho da Saúde Suplementar
IHI Institute for Healthcare Improvement
IN Instrução Normativa
INMETRO Instituto Nacional Metrologia, Qualidade e Tecnologia
IP Investigações Preliminares
LGPD Lei Geral de Proteção de Dados
LOA Lei Orçamentária Anual
MCTIC Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações
NIP Notificação de Intermediação Preliminar
OMS Organização Mundial da Saúde
OPAS Organização Panamericana de Saúde
OUVID Ouvidoria
PAC Plano Anual de Contratações
PAEF Procedimentos de Adequação Econômico-Financeira
PAR Processos Administrativos de Responsabilização
PDP Plano de Desenvolvimento de Pessoas
PDTIC Plano Diretor de Tecnologia da Informação e Comunicação
PGA Plano de Gestão Anual
PGT Plano de Gestão Estratégica e Transformação Institucional
PLS Plano de Gestão e Logística Sustentável
PM-QUALISS Programa de Monitoramento de Indicadores da Qualidade de Prestadores de Serviços de Saúde
PPA Plano Plurianual
PPCOR Corregedoria da ANS
PRASS Plano de Recuperação Assistencial
PRESI Presidência da ANS
PROGE Procuradoria Federal junto à ANS
PROMOPREV Programa Promoção da Saúde e Prevenção de Riscos e Doenças
QUALISS Programa de Qualificação de Prestadores de Serviço de Saúde
RA Resolução Administrativa
RAC Relatórios de Análise Crítica
RN Resolução Normativa
ROL Rol de Procedimentos e Eventos em Saúde
RVE Reparação Voluntária e Eficaz
SAPIENS Sistema AGU de Inteligência Jurídica
SEGER Secretaria Geral
SEI Sistema Eletrônico de Informações
SEI Sistema Eletrônico de Informação
SENACON Secretaria Nacional do Consumidor
SGR WEB Sistema de Gestão de Ressarcimento
SIADI Sistema de Avaliação de Desempenho Individual
SIADS Sistema Integrado de Administração de Serviços
SIAFI Sistema Integrado de Administração Financeira do Governo Federal
SIAPE Sistema Integrado de Administração de Recursos Humanos
SIB Sistema de Informações de Beneficiários
SIF Sistema de Integrado de Fiscalização
SIHOSP Sistema de Informação Hospitalar
SIP Sistema de Informação de Produtos
SIPEC Sistema de Pessoal Civil da Administração Federal
SIPER Sistema de Materiais Permanentes
SISAC Sistema de Apreciação de Atos de Admissão e Concessões
SisRH Sistema de Recursos Humanos da ANS
SNDC Sistema Nacional de Defesa do Consumidor
SOF Secretaria de Orçamento Federal
SPU Secretaria de Patrimônio da União
SRP Sistema de Registro de Preços
STJ Superior Tribunal de Justiça
SUS Sistema Único de Saúde
SUSEP Superintendência de Seguros Privados
TAO Taxa de Saúde Suplementar por Alteração de Dados Referente à Operadora
TAP Taxa de Saúde Suplementar por Alteração de Dados Referente a Produto
TC Termo de Compromisso
TCAC Termo de Compromisso de Ajustamento de Conduta
TCU Tribunal de Contas da União
Telessaúde identificação de atendimentos à distância
TI Tecnologia da Informação
TIC Tecnologia da Informação e Comunicação
TISS Troca de Informações de Saúde Suplementar
TPS Taxa de Saúde Suplementar por Plano de Assistência à Saúde
TRO Taxa de Saúde Suplementar por Registro de Operadora
TRP Taxa de Saúde Suplementar por Registro de Produto
TUSS Terminologia Unificada da Saúde Suplementar
UG Unidade Gestora
VPN Virtual Private Network
LISTA DE FIGURAS
FIGURA 1.1- ORGANOGRAMA DA ANS 20

FIGURA 1.2- CADEIA DE VALOR 22

FIGURA 1.3- ANS, MODELO DE NEGÓCIOS E DADOS DO SETOR 24

FIGURA 2.1- MODELO DE GESTÃO ESTRATÉGICA DA ANS-2020 25

FIGURA 2.2- DESCRIÇÃO DOS EIXOS DO MAPA ESTRATÉGICO2020-2023 26

FIGURA 2.3- MAPA ESTRATÉGICO DA ANS 2020-2023 26

FIGURA 2.4- EIXOS E TEMAS DA AGENDA REGULATÓRIA 2019-2021 29

FIGURA 2.5- ESTRUTURA DE GOVERNANÇA DA ANS 30

FIGURA 3.1- FLUXOGRAMA DO PROCESSO DE AVALIAÇÃO DE RISCOS 33

FIGURA 3.2- STATUS DO PROCESSO DE AVALIAÇÃO DE RISCOS 33

FIGURA 3.3- EVOLUÇÃO DA GESTÃO DE RISCOS NA ANS 34

FIGURA 3.4- MEDIDAS DE GERENCIAMENTO DOS RISCOS OPERACIONAIS SIGNIFICATIVOS 34

FIGURA 3.5- MEDIDAS DE GERENCIAMENTO DOS RISCOS DE INTEGRIDADE SIGNIFICATIVOS 35

FIGURA 3.6- RISCOS DE INTEGRIDADE IDENTIFICADOS 35

FIGURA 4.1- PAINEL DO PROGRAMA DE QUALIFICAÇÃO INSTITUCIONAL NO POWER BI 37

FIGURA 4.2- MAPA ASSISTENCIAL DA SAÚDE SUPLEMENTAR 2019 42

FIGURA 4.3- LINHA DO TEMPO EM 2020 DO PROJETO APERFEIÇOAMENTO DOS CRITÉRIOS DE ALTERAÇÃO DE REDE HOSPITALAR 45

FIGURA 4.4 - PAINEL REAJUSTE MÉDIO E BENEFICIÁRIOS POR MÊS 48

FIGURA 4.5 - PAINEL BENEFICIÁRIOS E REAJUSTES POR CICLO DE REAJUSTE 48

FIGURA 4.6- PLANEJAMENTO NORMATIVO PARA O APRIMORAMENTO DA REGULAÇÃO ECONÔMICO-FINANCEIRA 2018-2023 54

FIGURA 4.7- PAINEL DE GLOSAS 55

FIGURA 4.8- PAINEL DE INDICADORES DA ATENÇÃO MATERNA E NEONATAL 57

FIGURA 4.9- CUIDADOS COM GESTANTES E BEBÊS DURANTE A PANDEMIA 58

FIGURA 4.10- QUALIDADE DO SIB CADASTRAL 60

FIGURA 4.11- PAINEL DTISS 61

FIGURA 4.12- METABASE 62

FIGURA 4. 13- NOTIFICAÇÃO DE INTERMEDIAÇÃO PRELIMINAR-NIP 63

FIGURA 4.14- TAXA DE RESOLUTIVIDADE COVID-19- NIP 63

FIGURA 4.15- PROGRAMA DE INTERVENÇÃO FISCALIZATÓRIA 64

FIGURA 4.16- FLUXO DE FISCALIZAÇÃO 65

FIGURA 4.17- PROCESSO ADMINISTRATIVO SANCIONADOR 65

FIGURA 4. 18- TERMO DE COMPROMISSO DE AJUSTAMENTO DE CONDUTA-TCAC E TERMO DE COPROMISSO- TC 68

FIGURA 4.19 - PARCEIROS DA CIDADANIA 70

FIGURA 4.20 - PAINEL COVID-19 71


FIGURA 4.21- CONFIRMAÇÃO DE RESOLUÇÃO DE CONFLITO JUNTO AO BENEFICIÁRIO-COVID-19 72

FIGURA 5.1- ANS 2020: PREGÃO ELETRÔNICO E PARTICIPAÇÃO PERCENTUAL POR MODALIDADE DE CONTRATAÇÃO 88

FIGURA 5.2 - ANS 2020: TIPOS DE CONTRATOS DE INFRAESTRUTURA 89

FIGURA 5.3- AVALIAÇÃO DA FORÇA DE TRABALHO 93

FIGURA 5.4 – COMPARATIVO DA EVOLUÇÃO DA DESPESA COM FORÇA DE TRABALHO 95

FIGURA 5.5- ANS 2020: PRINCIPAIS AÇÕES DESENVOLVIDAS EM CAPACITAÇÃO 99

FIGURA 5.6- PAINEL RELATÓRIO PLS 2019 101

FIGURA 5.7- RELATÓRIO PLS 2019 102

FIGURA 7.1 - VINCULAÇÃO DA MISSÃO INSTITUCIONAL AOS EIXOS DO MAPA ESTRATÉGICO INSTITUCIONAL 110

LISTA DE TABELAS
TABELA 2.1- INDICADORES DE GOVERNANÇA E GESTÃO 32

TABELA 4.1- TIPOS DE DESFECHOS DAS DIREÇÕES FISCAIS POR ANO 52

TABELA 4.2- TEMPO MÉDIO DE ANÁLISE FISCALIZATÓRIA DA NIP ASSISTENCIAL E NÃO ASSISTENCIAL, EM 2020, POR TRIMESTRE 64

TABELA 4.3- TEMPO MÉDIO DAS FASES PROCESSADAS DA 1ª INSTÂNCIA (EM DIAS), ANOS 2019 E 2020 66

TABELA 4.4- DEMANDAS DE RECLAMAÇÕES CADASTRADAS ORIUNDAS DE USUÁRIOS DE PLANOS DE SAÚDE, ANOS 2016 A 2020 64

TABELA 4.5- PROCESSOS INSTAURADOS, ANOS 2019 E 2020 67

TABELA 4.6- AUTOS FINALIZADOS E ANULADOS, ANOS 2019 E 2020 67

TABELA 4.7- DECISÕES ARQUIVADAS, ANULADAS E PENALIZADAS, ANOS 2029 E 2020 67

TABELA 4.8- DOCUMENTOS COM DESCONTO DE 40% E 80%, ANOS 2019 E 2020 68

TABELA 4.9- DEMANDAS DE RECLAMAÇÃO E INFORMAÇÃO CADASTRADAS ORIUNDAS DE USUÁRIOS DE PLANOS DE SAÚDE,
ANOS 2019 E 2020 69

TABELA 4.10 - PERCENTUAL DE ARRECADAÇÃO DE MULTAS POR EXERCÍCIO – 2013 A 2020 75

LISTA DE GRÁFICOS
GRÁFICO 4.1- MONITORAMENTO AGENDA REGULATÓRIA – JANEIRO 2021 38

GRÁFICO 4.2- STATUS – PROJETOS/AÇÕES PGA 2020 39

GRÁFICO 4.3- EVOLUÇÃO DOS PROGRAMAS DE PROMOPREV 41

GRÁFICO 4.4- TEMPO MÉDIO DE ANÁLISE DE ANORMALIDADES ADMINISTRATIVAS GRAVES DE NATUREZA ASSISTENCIAL EM 2020 43

GRÁFICO 4.5- EVOLUÇÃO DA QUANTIDADE DE CONTRIBUIÇÕES NAS TRÊS ÚLTIMAS CONSULTAS PÚBLICAS DO ROL 45

GRÁFICO 4.5- EVOLUÇÃO DA QUANTIDADE DE CONTRIBUIÇÕES NAS TRÊS ÚLTIMAS CONSULTAS PÚBLICAS DO ROL 46

GRÁFICO 4.6- DISTRIBUIÇÃO DAS SOLICITAÇÕES DE ALTERAÇÃO DE REDE HOSPITALAR 46


AGÊNCIA NACIONAL DE SAÚDE SUPLEMENTAR RELATÓRIO ANUAL DE GESTÃO - EXERCÍCIO 2020 9
GRÁFICO 4.7- EVOLUÇÃO DAS ANÁLISES ECONÔMICO-FINANCEIRAS EM 2019-2020 51

GRÁFICO 4.8- VALOR ANUAL REPASSADO AO FUNDO NACIONAL DE SAÚDE (EM MILHÕES DE REAIS) 55

GRÁFICO 4.9- PRODUTIVIDADE ANUAL DE ANÁLISE 56

GRÁFICO 4.10- EVOLUÇÃO DO PASSIVO 56

GRÁFICO 4.11 – RESOLUTIVIDADE DE DEMANDA-2013 A OUTUBRO DE 2020 63

GRÁFICO 4.12- PASSIVO DE PROCESSO-2014-2020 66

GRÁFICO 4.13 -DISTRIBUIÇÃO DAS RECLAMAÇÕES PELA SUA NATUREZA, ANOS 2019 E 2020 69

GRÁFICO 4.14 -DISTRIBUIÇÃO DO MEIO DE ATENDIMENTO DAS RECLAMAÇÕES E INFORMAÇÕES, ANOS 2019 E 2020 69

GRÁFICO 5.1- ANS: COMPARATIVO DA EVOLUÇÃO DO ORÇAMENTO E DA DESPESA – GERAL – 2017-2020 78

GRÁFICO 5.2- ANS: COMPARATIVO DA EVOLUÇÃO DO ORÇAMENTO E DA DESPESA - PESSOAL, BENEFÍCIOS E ENCARGOS 78

GRÁFICO 5.3 -ANS: COMPARATIVO DA EVOLUÇÃO DO ORÇAMENTO E DA DESPESA - CUSTEIO, INVESTIMENTOS E INVERSÕES
FINANCEIRAS 79

GRÁFICO 5.4 ANS 2020: DESPESA GERAL POR TIPO (R$) 79

GRÁFICO 5.5 ANS 2020: DESPESA COM PESSOAL POR TIPO (R$) 79

GRÁFICO 5.6 - ANS 2020: DESPESA DE CUSTEIO POR TIPO (R$) 80

GRÁFICO 5.7 ANS 2020: EXECUÇÃO ORÇAMENTÁRIA DAS PRINCIPAIS AÇÕES ORÇAMENTÁRIAS (EXCETO PESSOAL) 81

GRÁFICO 5.8 ANS: COMPARATIVO DE PRECATÓRIOS ANS 2017 - 2020 (EM R$) 82

GRÁFICO 5.9 ANS: COMPARATIVO DE INSCRIÇÕES NO CADIN DE OPERADORAS POR SITUAÇÃO – 2019-2020 83

GRÁFICO 5.10 - ANS: COMPARATIVO DA ARRECADAÇÃO DA TPS POR ANO (EM MILHÕES DE R$) 84

GRÁFICO 5.11 - ANS 2020: DISTRIBUIÇÃO (%) DE CONTRATOS POR ÁREA DEMANDANTE 85

GRÁFICO 5.12 - ANS 2020: GASTO COM CONTRATOS POR TIPO 86

GRÁFICO 5.13 - ANS 2020: GASTO COM TERCEIRIZAÇÃO DE MÃO-DE-OBRA POR TIPO 86

GRÁFICO 5.14 - ANS 2020: CONTRATAÇÕES RELEVANTES (ACIMA DE 1 MILHÃO) 87

GRÁFICO 5.15 – ANS 2020: NOVAS CONTRATAÇÕES DE TI 87

GRÁFICO 5.16- ANS: QUANTIDADE DE PROCESSOS MAPEADOS - % ACUMULADO 99

GRÁFICO 5.17- ANS: COMPARATIVO DA QUANTIDADE DE PROCESSOS MAPEADOS POR ANO 100

GRÁFICO 5.18- ANS: COMPARATIVO DE EXECUÇÃO DO ORÇAMENTO DE CUSTEIO E INVESTIMENTO EM TI – 2019-2020 100

GRÁFICO 5.19- ANS 2020: DEMANDAS DE TI POR TIPO DE ATENDIMENTO 100

LISTA DE QUADROS
QUADRO 1.1 - PPA NO ÂMBITO DA ANS 22

QUADRO 2.1 - INDICADORES DE QUALIFICAÇÃO INSTITUCIONAL 27

QUADRO 4.1- RESULTADOS DOS INDICADORES DO PROGRAMA DE QUALIFICAÇÃO INSTITUCIONAL 2020 37

QUADRO 4.2- AÇÕES E PROJETOS CONCLUÍDOS EM 2020 39


QUADRO 4.3- ÁREAS DE ATENÇÃO DOS PROGRAMAS OFERTADOS PELAS OPERADORAS 41

QUADRO 4.4- EVOLUÇÃO DO NÚMERO DE BENEFICIÁRIOS EM PROGRAMAS DE PROMOPREV 42

QUADRO 4.5- PROCEDIMENTOS REALIZADOS EM 2019 PELOS PLANOS DE SAÚDE, POR TIPO 43

QUADRO 4.6- MEDIDAS ADMINISTRATIVAS ADOTADAS EM 2020 43

QUADRO 4.7- HISTÓRICO DO MONITORAMENTO DA GARANTIA DE ATENDIMENTO POR CICLO 47

QUADRO 4.8- ADIANTAMENTOS EM REAIS POR ANO – 2010 A 2020 52

QUADRO 4.9- TEMPO MÉDIO DE CANCELAMENTO A PEDIDO - 2012 A 2020 53

QUADRO 4.10-RESULTADOS DO IDSS 2017-2018 59

QUADRO 4.11- MULTAS – EXERCÍCIO 2020 74

QUADRO 4.12 -ARRECADAÇÃO LÍQUIDA – DÍVIDA ATIVA 74

QUADRO 4.13 - VALOR DE MULTAS APLICADAS E ARRECADADAS DE 2013 A 2020 75

QUADRO 4.14- AÇÕES E PROJETOS PGA 2021 75

QUADRO 5.1 - ANS 2020: EXECUÇÃO ORÇAMENTÁRIA - PRINCIPAIS AÇÕES 80

QUADRO 5.2 - ANS 2020: ESTIMATIVA DO MONTANTE A SER DEVOLVIDO DE TPS POR TIPO 82

QUADRO 5.3 - ANS 2020: OBJETO DAS CONTRATAÇÕES VIGENTES 84

QUADRO 5.4 - ANS: COMPARATIVO DE CONTRATAÇÕES DIRETAS 88

QUADRO 5.5 - ANS: SALDO DE BENS CONSUMO E BENS PATRIMONIAIS – 2019-2020 88

QUADRO 5.6 - ANS 2020: CONTRATO DE LOCAÇÃO DE BENS IMÓVEIS NO RIO DE JANEIRO (SEDE) 90

QUADRO 5.7 - ANS 2020: CONTRATOS DE LOCAÇÃO DE BENS IMÓVEIS DOS NÚCLEOS DA ANS 90

QUADRO 5.8 - ANS: COMPARATIVO DE GASTOS COM TRANSPORTE TERRESTRE POR TIPO – 2019-2020 91

QUADRO 5.9 - ANS: COMPARATIVO DE GASTOS COM TRANSPORTE ÁEREO POR TIPO – 2019-2020 91

QUADRO 5.10- ANS: COMPARATIVO DE QUANTIDADE DE BILHETES ÁEREOS UTILIZADOS – ANOS 2019-2020 91

QUADRO 5.11- ANS: COMPARATIVO DE DEMANDAS EXTERNAS DE RECURSOS HUMANOS 92

QUADRO 5.12- ANS 2020: % DE DESPESAS COM FORÇA DE TRABALHO POR TIPO 95

QUADRO- 5.13 ANS 2020: PROGRESSÃO E PROMOÇÃO DE SERVIDORES 95

QUADRO 5.14- ANS 2020: QUANTIDADE DE SERVIDORES POR CARGO COMISSIONADO E REMUNERAÇÃO 96

QUADRO 5.15- ANS 2020: QUANTITATIVO DE SERVIDORES EFETIVOS POR PADRÃO 97

QUADRO 5.16- ANS 2020: % DE DISTRIBUIÇÃO DE CARGOS COMISSIONADOS POR CARGO/FUNÇÃO 98

QUADRO 5.17- ANS: PROJETOS ESTRATÉGICOS DE TI CONCLUÍDOS – 2020 101

QUADRO 6.1- ANS: BALANÇO PATRIMONIAL 2020-2019 104

QUADRO 6.2 - ANS: DEMONSTRAÇÕES DE VARIAÇÕES PATRIMONIAIS- DVP RESUMIDA - 2020-2019 105

QUADRO 6.3 - ANS: RESUMO DA RECEITA REALIZADA X DESPESA EMPENHADA – 2020-2019 106

QUADRO 6.4 - EXCUÇÃO DE RESTOS A PAGAR NO EXERCÍCIO-2020-2019 107

QUADRO 6.5 - ANS: INSCRIÇÃO DE RESTOS A PAGAR NO EXERCÍCIO- 2020-2019 107

QUADRO 6.6 - ANS: RESULTADO FINANCEIRO A APARTIR DO BALANÇO PATRIMONIAL-2020-2019 108

QUADRO 6.7 - ANS:COMPOSIÇÃO DO RESULTADO FINANCEIRO 2020-2019 108

QUADRO 6.8 -ANS: RESUMO DA GERAÇÃO DE CAIXA POR ATIVIDADE – 2020-2019 109

QUADRO 7.1 - TRATAMENTO DE DETERMINAÇÕES E RECOMENDAÇÕES DO TCU 111


SUMÁRIO
MENSAGEM DO DIRETOR PRESIDENTE 13

VISÃO GERAL ORGANIZACIONAL E AMBIENTE EXTERNO 17


1.1 IDENTIFICAÇÃO DA UNIDADE PRESTADORA DE CONTAS________________________________________________17
1.2 ESTRUTURA ORGANIZACIONAL________________________________________________________________17
1.3 CADEIA DE VALOR _________________________________________________________________________22
1.4 PLANEJAMENTO PLURIANUAL (PPA) – PROGRAMA GESTÃO E ORGANIZAÇÃO DO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE (SUS)______22
1.5 AMBIENTE EXTERNO________________________________________________________________________23

GOVERNANÇA E ESTRATÉGIA 25
2.1 GESTÃO ESTRATÉGICA NA ANS________________________________________________________________25
2.2 MODELO DE GOVERNANÇA E ESTRUTURAS DE GOVERNANÇA___________________________________________30
2.3 PRINCIPAIS AÇÕES DE SUPERVISÃO, CONTROLE E CORREIÇÃO___________________________________________32

RISCOS, OPORTUNIDADES E PERSPECTIVAS 33


3.1 MODELO DE GESTÃO DE RISCOS NA ANS_________________________________________________________33
3.2 PRINCIPAIS RISCOS E SUA VINCULAÇÃO AOS OBJETIVOS ESTRATÉGICOS___________________________________34
3.3 DESAFIOS E PERSPECTIVAS___________________________________________________________________36

DESEMPENHO INSTITUCIONAL 37
4.1. RESULTADOS MENSURADOS PELOS INSTRUMENTOS DE GESTÃO ________________________________________37
4.2 RESULTADOS E ENTREGAS DAS AÇÕES PLANEJADAS SETORIALMENTE_____________________________________41
4.3 GESTÃO DE MULTAS E PRECATÓRIOS____________________________________________________________73
4.4 DESAFIOS E AÇÕES FUTURAS_________________________________________________________________75

ALOCAÇÃO DE RECURSOS E ÁREAS ESPECIAIS DE GESTÃO 78


5.1 - GESTÃO ORÇAMENTÁRIA E FINANCEIRA_________________________________________________________78
5.2 - GESTÃO DE LICITAÇÕES E CONTRATOS__________________________________________________________84
5.3 - GESTÃO PATRIMONIAL E DE INFRAESTRUTURA____________________________________________________88
5.4 - GESTÃO DE PESSOAS, TERCEIRIZAÇÃO E CUSTOS RELACIONADOS_______________________________________92
5.5 - GESTÃO DE PROCESSOS___________________________________________________________________99
5.8 - SUSTENTABILIDADE AMBIENTAL______________________________________________________________101
5.9 - GESTÃO DE CUSTOS_____________________________________________________________________102

INFORMAÇÕES ORÇAMENTÁRIAS, FINANCEIRAS E CONTÁBEIS 104


6.1 - CONTABILIDADE E CERTIFICAÇÃO DOS DEMONSTRATIVOS____________________________________________104
6.2 - DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS______________________________________________________________104

OUTRAS INFORMAÇÕES RELEVANTES 110


7.1. DETERMINAÇÃO DE MATERIALIDADE DAS INFORMAÇÕES_____________________________________________110
7.2 TRATAMENTO DE DETERMINAÇÕES E RECOMENDAÇÕES DO TCU________________________________________111
MENSAGEM DO DIRETOR PRESIDENTE
No alvorecer de 2020, poucos poderiam imaginar que o vírus Sars-CoV-2, causador da Covid-19, tomaria dimensões globais, a
impor a todos os países, indistintamente, desafios em todas as esferas: sanitária, econômica, política, social, etc.

Os sistemas de saúde de todo o mundo foram severamente impactados, tendo sido necessário rever modos de ação para o
enfrentamento da pandemia. Foi preciso aprender e aceitar que atitudes como o distanciamento social, o uso de máscaras
e a higienização constante de mãos com água e sabão e álcool em gel são imprescindíveis para evitar a propagação e a
contaminação pelo vírus.

Nesse novo contexto mundial, no mesmo ano em que completou 20 anos, a Agência Nacional de Saúde Suplementar viu-se
também obrigada a enfrentar os desafios trazidos pela pandemia para o setor de saúde suplementar brasileiro, o que exigiu
diferentes formas de atuação e adoção de respostas céleres.

Pautada na transparência e no diálogo amplo com toda a sociedade e alinhada com as demais ações de saúde adotadas no país,
a ANS adotou diversas medidas regulatórias, tanto do ponto de vista assistencial, quanto sob o enfoque econômico-financeiro.

Uma das primeiras medidas, em março de 2020, foi a inclusão do exame de detecção do Coronavírus no rol de procedimentos e
eventos em saúde, obrigatório para os beneficiários de planos de saúde. Posteriormente foram incluídos exames auxiliares para
diagnóstico e tratamento, bem como exames sorológicos, como a pesquisa de Anticorpos IgG ou Anticorpos Totais. Ressalte-se
ainda que a cobertura do tratamento aos pacientes diagnosticados com o Covid-19 já era assegurada aos beneficiários de planos
de saúde, de acordo com a segmentação do plano contratado (ambulatorial, hospitalar).

Face à crise causada pela pandemia e diante da necessidade de reduzir a sobrecarga das unidades de saúde e de evitar a
exposição desnecessária de beneficiários ao risco de contaminação, a ANS decidiu, ainda em março, prorrogar, em caráter
excepcional, os prazos máximos de atendimento para a realização de consultas, exames, terapias e cirurgias que não fossem
urgentes, definidos na Resolução Normativa nº 259/2011. Destaque-se que os prazos foram mantidos para as seguintes
hipóteses: atendimentos relacionados ao pré-natal, parto e puerpério; doenças crônicas; tratamentos continuados; revisões
pós-operatórias; diagnóstico e terapias em oncologia; psiquiatria, bem como tratamentos cuja não realização ou interrupção
colocassem em risco o paciente.

Ademais, a ANS reforçou a orientação para a realização de atendimento à distância pelas operadoras e prestadores de serviços
de saúde, bem como viabilizou a implementação da telessaúde na saúde suplementar, respeitando-se as regras estabelecidas
pelos respectivos conselhos profissionais de saúde e pelo Ministério da Saúde.

Com o intuito de possibilitar às operadoras concentrar seus esforços no enfrentamento da doença, a ANS determinou ainda a
prorrogação de prazos para envio de informações obrigatórias e de respostas a processos.

Considerando também os impactos econômico-financeiros provocados pela pandemias, a ANS flexibilizou normas
prudenciais, a partir da antecipação dos efeitos do congelamento da margem de solvência para as operadoras que
manifestassem a opção pela adoção antecipada do capital baseado em riscos (CBR) e do adiamento para 2021 do início da
exigência das provisões de passivo para Insuficiência de Contraprestação/Prêmio (PIC) e para Eventos/Sinistros Ocorridos
e Não Avisados ocorridos no SUS (PEONA SUS). Tais medidas conferiram às operadoras maiores volumes de recursos
para o enfrentamento da pandemia. Complementarmente, houve ainda a concessão de outros incentivos regulatórios
a operadoras em situação regular junto a ANS, mediante contrapartidas a serem cumpridas pelas empresas, como a
assinatura de termos de compromisso para proteção dos beneficiários de planos de saúde e da rede de prestadores de
serviços de saúde.

Diante de um cenário de dificuldades para o consumidor em função da retração econômica acarretada pela pandemia e da
redução de utilização dos serviços de saúde no período, em uma iniciativa inédita, em agosto de 2020, a ANS decidiu pela
suspensão do pagamento das parcelas relativas ao reajuste por faixa etária e ao reajuste financeiro nos meses de setembro a
dezembro de 2020. Essa medida buscou conferir alívio financeiro ao consumidor, sem desestabilizar as regras e os contratos
estabelecidos.

Deve ser destacada ainda a criação de instrumento que monitora diariamente a entrada de demandas relacionadas à COVID-19
e de procedimento especial no âmbito da NIP para acompanhamento e análise dessas demandas. Ressalte-se que a NIP é um
instrumento completamente eletrônico, de natureza pré-processual, utilizado para intermediar os conflitos existentes entre
beneficiários e operadoras. Objetiva evitar o aumento de processos administrativos sancionadores ou mesmo a judicialização

AGÊNCIA NACIONAL DE SAÚDE SUPLEMENTAR RELATÓRIO ANUAL DE GESTÃO - EXERCÍCIO 2020 13


das questões. Por meio da NIP, em 2020, a ANS alcançou um índice de 92% de resolutividade de conflitos entre beneficiários e
operadoras, mesmo com a pandemia.

Em um setor em que a assimetria de informação é uma das principais falhas a ser superada, a informação representa um insumo
indispensável para uma regulação efetiva, notadamente no contexto da crise causada pela Covid-19.

Nesse sentido, a ANS ainda orientou os entes regulados a disponibilizarem canais de atendimento específicos para esclarecimentos
e informações sobre a doença. A própria agência criou um espaço próprio em seu portal na internet, no qual constam todas as
informações sobre o enfrentamento da pandemia.

Desde março, a ANS passou também a publicar o Painel Covid-19, um relatório diário sobre o tema a partir das reclamações
feitas pelos beneficiários perante a Agência. Esse painel permite o acompanhamento da atuação das operadoras de planos
privados de saúde na pandemia, possibilitanto à agência uma fiscalização mais incisiva sobre os entes regulados no que tange
ao descumprimento das normas estabelecidas pela agência e à dessassistência dos beneficiários. É atualizado diariamente e
pode ser acessado por qualquer cidadão.

Com o objetivo de garantir informação para a tomada de decisões de todos os atores do setor suplementar de saúde, a ANS
também lançou, em maio de 2020, o Boletim Covid-19 da Saúde Suplementar, com o panorama do setor. O Boletim conta com
informações assistenciais, econômico-financeiras e de reclamações dos consumidores.

Trata-se de uma ação regulatória que foi, inclusive, premiada pela Fundação Getúlio Vargas, em razão de ser uma iniciativa
inovadora, ao trazer informação estratégica em um momento de tantas incertezas, permitindo que as decisões sejam pautadas
a partir de um conjunto de dados que fornecem um panorama setorial.

Essa estratégia regulatória, é importante frisar, surgiu da compreensão do corpo técnico e diretivo da ANS de que, em momentos
marcados por tantas incertezas, a informação é um fator fundamental para a melhor tomada de decisão.

Portanto, é possível perceber que, entre os pontos centrais da regulação de saúde suplementar nesse momento de pandemia,
a informação foi um ponto central na tomada de decisão, assim como a transparência e a participação social, enquanto eixos
norteadores dos processos decisórios.

Cabe salientar que a resposta regulatória se deu em uma celeridade sem precedentes, como resultado da dedicação do órgão
em trazer respostas eficientes, efetivas e no tempo oportuno para todos os atores da saúde suplementar.

No âmbito interno, foi necessária a readequação da estrutura de trabalho da Agência para permitir o trabalho remoto por todos
os servidores e colaboradores, como contratação e aumento do uso de serviços em nuvem, redução do número de aquisição de
computadores desktop, troca de computadores físicos por máquinas virtuais e adaptações na gestão de contratos dos serviços
terceirizados. Em paralelo, foram realizadas migrações e atualizações da rede de comunicação interna e de infraestrutura de
servidores e de banco de dados. Essa readequação foi fundamental para garantir o pleno funcionamento da ANS e o retorno às
atividades presenciais, quando ocorrer, com uma infraestrutura balanceada para absorver o máximo do quantitativo de pessoas,
seja em ambientes presenciais ou virtuais, considerando-se que o trabalho remoto se configura como uma tendência.

O distanciamento social trazido pela pandemia do Coronavírus mostrou ainda a necessidade de fortalecimento da jornada de
transformação em direção a uma ANS verdadeiramente digital. Especialmente no caso de órgãos públicos, transformação digital
significa aproveitar o máximo potencial das tecnologias digitais para melhorar a jornada do cidadão na interação com o Estado.

Se antes o SEI era apenas para uso interno, em 2020, todos que se relacionam com a ANS já podem utilizar o protocolo eletrônico
para iniciar um novo processo ou inserir documentos em um processo já existente. O projeto ANS Digital objetiva mudar a
experiência dos cidadãos com a ANS, proporcionando agilidade e reduzindo custos administrativos com ganhos de eficiência e
efetividade.

Ressalte-se ainda que, paralelamente às ações relativas ao enfrentamento da pandemia, a ANS realizou, ainda em 2020, outras
atividades visando garantir a sustentabilidade e qualidade assistencial das operadoras; promover a supervisão constante do
mercado; prover informações qualificadas para sociedade, com o fortalecimento da conscientização dos beneficiários acerca
de seus direitos e deveres em saúde; incentivar o aprimoramento da qualidade das operadoras e dos prestadores de serviços;
aperfeiçoar o relacionamento entre operadoras e prestadores de serviços de saúde para melhoria da saúde, bem como a
promover a integração das políticas de saúde pública e privada.

Uma das principais ações foi a atualização do Rol de Procedimentos e Eventos em Saúde, que constitui a referência básica
para a cobertura assistencial obrigatória pelas operadoras privadas de assistência à saúde, para os planos contratados a partir
de 1º de janeiro de 1999 ou adaptados à lei, de acordo com a segmentação contratada. Foi concluída a análise do conjunto de

AGÊNCIA NACIONAL DE SAÚDE SUPLEMENTAR RELATÓRIO ANUAL DE GESTÃO - EXERCÍCIO 2020 14


tecnologias em saúde (procedimentos, medicamentos e termos descritivos), que incluiu 214 propostas encaminhadas que foram
consideradas elegíveis, 22 tecnologias recomendadas positivamente pela Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias
no Sistema Único de Saúde (CONITEC), bem como 23 demandas internas identificadas pelo órgão técnico como relevantes para
serem alteradas no Rol.

A análise do conjunto de documentos produzidos e das discussões realizadas resultou em um conjunto de recomendações
preliminares e na minuta de resolução normativa que, após aprovação pela Diretoria Colegiada da ANS, foram submetidas a
Consulta Pública nº 81/2020, que recebeu 30.658 (trinta mil, seiscentas e cinquenta e oito) contribuições, sendo considerada a
maior já realizada pela ANS.

A busca pela solvência dos entes regulados, de forma a assegurar a assistência aos beneficiários, dá-se pelo constante
monitoramento do mercado. Em 2020, foram elaboradas 464 análises econômico-financeiras, abrangendo 315 operadoras, que
totalizavam cerca de 56 milhões de beneficiários vinculados, correspondendo a 76% do mercado regulado. Além disso, foram
acompanhadas 50 operadoras em Procedimentos de Adequação Econômico-Financeira (PAEF), que é um conjunto de medidas e
ações que visam, em espaço de tempo determinado, corrigir, de forma gradual, anormalidades econômico-financeiras.

O processo de ressarcimento ao Sistema Único de Saúde (SUS), realizado pela ANS, é um importante mecanismo regulatório que
busca devolver aos cofres públicos os valores dispendidos no tratamento de beneficiários de operadoras no SUS e impedindo
o subsídio, ainda que indireto, de atividades lucrativas com recursos públicos. Apesar das intercorrências decorrentes da
pandemia, a ANS encerrou 2020 alcançando duas metas históricas: a redução do intervalo de notificação das operadoras desde
a ocorrência no SUS e a estabilização do passivo de análises de impugnações e recursos. Se em janeiro de 2020, o processo
de ressarcimento contava com um passivo de cerca de 337,3 mil impugnações e recursos, ao final do ano, esse número havia
sido reduzido para 87,8 mil. Por outro lado, a redução do intervalo de notificação das operadoras possibilitará acompanhar a
utilização do SUS pelos beneficiários atingidos pela nova doença a partir de março de 2021. Em 2020, foram repassados ao
Fundo Nacional de Saúde R$ 816,23 milhões a título de ressarcimento.

Em 2020, foram ainda arrecadados R$ 88,67 milhões em multas, um valor expressivo, considerando-se as dificuldades presentes
no processo de cobrança pelo setor público, de forma geral.

Com o intuito de desburocratizar e simplificar o arcabouço normativo, contribuindo para a eficiência do setor e a competividade
do país, a ANS iniciou em 2020 a gestão do estoque regulatório. Ao todo, foram revogadas 307 normas, que já se encontravam
tacitamente revogadas, perderam a eficácia ou foram substituídas por normas mais recentes e atualizadas. Essa medida atende
ao que está estabelecido nos Decreto nº 9.191, de 2017, e nº 10.139, de 2019, e está contemplada na Agenda Regulatória 2019-
2021 da ANS, que determina a revisão e consolidação dos atos normativos.

Por fim, a entrada em vigor da Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais, em setembro de 2020, implicou a necessidade
de uma jornada de modificação de cultura organizacional da ANS, exigindo o envolvimento de todos os setores da Agência,
visto que o tratamento de dados pessoais consiste em atividade comum e cotidiana da grande parte dos agentes públicos,
os quais devem estar adequadamente treinados e preparados para esse novo marco legal. Ressalte-se que, das onze
agências reguladoras federais, a ANS foi a primeira a designar um servidor para desempenhar a função como encarregado
pelo tratamento de dados pessoais. Outras iniciativas para a implementação efetiva da LGPD passaram pela criação de uma
estrutura específica na Agência para essa finalidade, pela elaboração de materiais de comunicação orientativos sobre o tema
e pela realização de encontros virtuais para disseminar o conhecimento da Lei e sua aplicação, enfatizando o compromisso
permanente da ANS com o tema.

Nesse Relatório Anual de Gestão, no formato de relato integrado, procurou-se seguir as melhores práticas adotadas pelas
organizações, públicas e privadas, bem como as recomendações e determinações do Tribunal de Contas da União. O presente
relatório contou com a participação de todas as áreas da Agência em sua elaboração, traduzindo a busca pela sinergia de ações
que marca a trajetória da ANS.

Ao entregar o presente Relatório, como integrante do Comitê de Governança, Riscos e Controles, reafirmo o nosso comprometimento
de promover práticas e princípios de conduta e padrões de comportamentos, nossa responsabilidade em assegurar a integridade
deste relatório, tendo envolvido os níveis hierárquicos decisórios e suas equipes técnicas para a obtenção e consolidação das
informações, e aprovado o produto final ora apresentado.

Os resultados de 2020 mostram que somos capazes de superar desafios. As ações demandaram muita dedicação por parte
da ANS e ainda estão em processo de avaliação, dado que a pandemia persiste e os efeitos ainda serão sentidos por algum
tempo. Embora a regulação tenha o difícil papel de conjugar interesses por natureza conflitantes, a crise causada pela Covid-19
reafirmou a importância de uma atuação coesa e uníssona entre todos os atores do setor de saúde suplementar para que seja
possível enfrentar os desafios que ainda estão por vir.

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Acompanhamento econômico-financeiro das operadoras: Realização da Consulta Pública nº 81/2020
analisadas 315 que possuem cerca de 56 milhões (atualização do Rol de Procedimentos e Eventos

de beneficiários, representando 76% do mercado


em Saúde), que recebeu 30.658 contribuições,
sendo considerada a maior já feita pela ANS.
de saúde suplementar.

Índice de Resolutividade de Conflitos por meio da

Revogação de 307 normas. NIP:92% - esse índice representa a medida do


total de reclamações dos consumidores finalizadas
sem a necessidade de abertura de processo
administrativo sancionador.
Ressarcimento ao SUS: R$ 816,23 milhões
arrecadados pela ANS e repassados ao SUS, por
atendimentos prestados a beneficiários de planos Arrecadação de multas: R$ 88,7 milhões
privados de saúde no SUS arrecadados.

ROGÉRIO SCARABEL BARBOSA


Diretor de Normas e Habilitação dos Produtos
Diretor-Presidente Substituto

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CAPÍTULO 01

VISÃO GERAL ORGANIZACIONAL


E AMBIENTE EXTERNO
1.1 IDENTIFICAÇÃO DA UNIDADE PRESTADORA DE CONTAS
A Agência Nacional de Saúde Suplementar é a agência reguladora dos planos privados de saúde no Brasil e atua na regulação,
normatização, controle e fiscalização deste setor.

A missão ou finalidade institucional da ANS é promover a defesa do interesse público na assistência suplementar à saúde, regular
as operadoras setoriais, inclusive quanto às suas relações com prestadores e consumidores e contribuir para o desenvolvimento
das ações de saúde no País, conforme descrito no artigo 3º da Lei nº 9.961/2000.

A visão da ANS é ser referência pela excelência técnica e qualidade da produção de saúde.

Seu marco legal encontra-se na Lei nº 9.656/1998, que dispõe sobre os planos e seguros privados de assistência à saúde e na
Lei nº 9.961/2000, de criação da ANS.

As principais competências da ANS são propor políticas e diretrizes gerais para a regulação do setor e fixar as normas para
constituição, organização, funcionamento e fiscalização das operadoras, incluindo:
a) conteúdos e modelos assistenciais;
b) adequação e utilização de tecnologias em saúde;
c) direção fiscal ou técnica;
d) liquidação extrajudicial;
e) procedimentos de recuperação financeira das operadoras;
f) normas de aplicação de penalidades;
g) garantias assistenciais, para cobertura dos planos ou produtos comercializados ou disponibilizados;
h) adotar medidas que estimulem a competição no setor;
i) estabelecer as características gerais dos instrumentos contratuais utilizados na atividade das operadoras;
j) estabelecer normas para o Ressarcimento ao SUS; e
k) administrar e arrecadar as taxas instituídas.

1.2 ESTRUTURA ORGANIZACIONAL


A ANS é dirigida por uma Diretoria Colegiada (DICOL) formada por cinco diretores, sendo um deles o diretor-presidente. As
diretorias são assim denominadas:
• Diretoria de Desenvolvimento Setorial (DIDES)
• Diretoria de Fiscalização (DIFIS)
• Diretoria de Gestão (DIGES)
• Diretoria de Normas e Habilitação das Operadoras (DIOPE)
• Diretoria de Normas e Habilitação dos Produtos (DIPRO)

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A seguir, são apresentados os diretores da ANS:

ROGÉRIO SCARABEL BARBOSA


Diretor-Presidente Substituto
Diretor de Normas e Habilitação dos Produtos

Graduado em Direito pelo Centro Universitário Eurípedes Soares da Rocha de Marília (SP), Rogério
Scarabel Barbosa tem especialização em Gestão Hospitalar e Organização da Saúde pela
Universidade Federal do Ceará; e em Direito do Consumidor pela Universidade de Fortaleza.
Scarabel atua no setor de saúde desde 2004 e tem ampla experiência nos segmentos de saúde
suplementar e saúde pública. Durante os últimos 14 anos, atuou como advogado na área de
Direito da Saúde.

PAULO ROBERTO VANDERLEI REBELLO FILHO


Diretor de Normas e Habilitação das Operadoras

Graduado em Direito pelo Centro Universitário de João Pessoa – Unipê – PB, com curso de
Capacitação em Gestão e Direito da Saúde, Paulo Rebello tem ampla experiência na vida pública.
Em 2016, ingressou no Ministério da Saúde como Chefe de Gabinete do Ministro.
Em sua trajetória profissional exerceu os cargos de:
- Chefe de Gabinete do Ministro no Ministério da Saúde – 2016/2018;
- Assessor Especial do Ministro e Substituto da Chefia de Gabinete do Ministério da Integração
Nacional – 2015/2016;
- Gerente de Projetos, Assessor Especial do Ministro e Substituto da Chefia de Gabinete do
Ministro no Ministério das Cidades – 2012/2015;
- Assessor Jurídico na Diretoria Comercial da Companhia de Águas da Paraíba – Cagepa
2009/2011;
- Procurador Geral do Município de Esperança – PB – 2009/2010.

BRUNO MARTINS RODRIGUES


Diretor de Gestão Substituto | 1º mandato: 17/03/2020 a 12/09/2020 - 2º mandato: 14/09/2020
Bruno Martins Rodrigues ingressou na ANS em 2005 após ser aprovado no concurso de
especialista em regulação de saúde suplementar. É graduado em Economia pela Universidade
Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), com MBA em Finanças Corporativas pela Pontifícia Universidade
Católica do Rio de Janeiro (PUC Rio) e mestrado em Economia Empresarial pela Universidade
Cândido Mendes (UCAM).
Em sua trajetória profissional na ANS, exerceu os cargos de:
- Gerente-Geral de Acompanhamento Econômico-Financeiro das Operadoras e Mercado – 2017 a
2020;
- Gerente de Acompanhamento Econômico-Financeiro das Operadoras – 2010 a 2017;
- Coordenador de Normas, Estudos de Mercado e Garantias Financeiras - 2009 a 2010.

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SIMONE SANCHES FREIRE
Diretora de Fiscalização | até 25/05/2020

Funcionária da ANS desde 2002 e servidora de carreira desde 2005, Simone Freire é graduada em
Ciências Jurídicas pela Universidade São Francisco (São Paulo) e possui especialização em Direito
Público pela mesma instituição (2000). Em 2004, fez pós-graduação em Direito Administrativo,
Tributário e Constitucional, pela Universidade Estácio de Sá (Rio de Janeiro). Em 2008, concluiu
especialização em Regulação de Saúde Suplementar, pela Fundação Getúlio Vargas, em parceria
com o Hospital Sírio Libanês e a ANS. Em 2015, concluiu o MBA Executivo realizado pelo Instituto
COPPEAD de Administração da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

Em sua carreira, exerceu cargos de:


- Diretora de Normas e Habilitação dos Produtos (Substituta) – de Junho /2018 a Agosto/2018;
- Diretora de Normas e Habilitação dos Operadoras (Interina) – de Maio/2016 a Dezembro/2016;
- Diretora de Gestão (Interina) – de Junho/2015 a Julho/2015 e de Julho/2017 a Dezembro/2017;
- Diretora Adjunta da Diretoria de Gestão da ANS – 2013/2014;
- Gerente da Gerência de Apoio à Diretoria Colegiada (GEADC) na ANS – 2013.
- Coordenadora da Coordenadoria de Inquéritos da ANS – 2012/2013;
- Fiscal do Núcleo Regional de Atendimento e Fiscalização de São Paulo – 2007/2009, entre
outras atividades;
- Coordenadora na Corregedoria da ANS (dez 2005 a Nov 2007) e Corregedora
Substituta (dez 2006 a Jun 2007).

MAURÍCIO NUNES DA SILVA


Diretor de Fiscalização Substituto | 1º mandato: 26/05/2020 a 13/09/2020 - 2º mandato: 14/09/2020

Maurício Nunes da Silva é servidor da ANS desde 2005, atualmente no cargo efetivo de analista
administrativo. É graduado em Administração pela Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
(UFRRJ), com especialização em Finanças Públicas pela Universidade Cândido Mendes e mestrado
em Administração Pública pela Fundação Getúlio Vargas (FGV/RJ).

Em sua trajetória profissional na ANS, exerceu os cargos de:


- Diretor-Adjunto de Normas e Habilitação dos Produtos – 2018 a 2020;
- Gerente-Geral de Administração e Finanças – 2015 a 2016;
- Coordenador de Avaliação e Riscos Institucionais – 2014 a 2015;
- Coordenador de Monitoramento da Contratualização – 2011 a 2013;
- Gerente de Relações com Prestadores de Serviços Substituto – 2010 a 2013.

RODRIGO RODRIGUES DE AGUIAR


Diretor de Desenvolvimento Setorial | até 07/09/2020

Servidor público de carreira da ANS desde 2007, Rodrigo Aguiar é graduado em Direito pelo
Centro Universitário da Cidade (RJ), possui pós-graduação em Direito Público pela Universidade
Cândido Mendes (RJ) e MBA Executivo em Gestão de Negócios pelo IBMEC (RJ).

Concluiu o curso Fronteiras em Gestão Pública pela Fundação Dom Cabral (2014), o Curso de
Governança Corporativa em Saúde pelo Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (2015), o
curso de Liderança Inovadora em Saúde – Alumni COPPEAD – 2018 e o curso de Conselheiro de
Administração pelo IBGC (2019). Na ANS, atuou nas Diretorias de Desenvolvimento Setorial
(DIDES), de Fiscalização (DIFIS), de Gestão (DIGES) e de Normas e Habilitação das Operadoras
(DIOPE).

Em sua trajetória profissional exerceu os cargos de:


- Diretor-adjunto de Fiscalização – 2016/2017;
- Gerente geral de Assessoramento e Ajustamento de Conduta – 2015/2016;
- Gerente de Assessoramento da Diretoria de Fiscalização – 2014/2015;
- Assessor Especial da Diretoria de Fiscalização – 2014/2014;
- Assessor da Diretoria Adjunta de Gestão – 2013/2014;
- Coordenador substituto da Coordenadoria de Inquérito – 2013

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CÉSAR BRENHA ROCHA SERRA
Diretor de Desenvolvimento Setorial Substituto | 1º mandato: 09/09/2020

César Serra ingressou na ANS em 2000, data de criação da autarquia. É graduado em Ciências
Econômicas pela Universidade Federal do Rio de Janeiro/UFRJ e em Ciências Atuariais na
Universidade Estácio de Sá/UNESA, com MBA em Gestão de Negócios e Tecnologia da Informa-
ção, na Escola de Administração Pública na Fundação Getúlio Vargas/FGV-RJ e Especialização em
Economia na George Washington University (EUA). É representante da ANS na International
Association of Insurance Supervisors – IAIS.

Em sua trajetória profissional na ANS, destacam-se as seguintes funções:


- Diretor-Adjunto de Normas e Habilitação das Operadoras – 2014-2020;
- Gerente Geral de Acompanhamento das Operadoras e Mercado – 2013-2014;
- Secretário-Geral – 2012-2013;
- Assessor da Presidência – 2011;
- Gerente de Habilitação, Atuária e Estudos de Mercado – 2008-2010;
- Coordenador de Equipes de Monitoramento Econômico-financeiro de Planos de Saúde –
2006-2007.

FIGURA 1.1 ORGANOGRAMA DA ANS

DICOL ÁREAS
VINCULADAS
DIRETORIA DE DIRETORIA DE
DIRETORIA DE PRESIDÊNCIA
DIRETORIA DE NORMAS E NORMAS E OUVIDORIA
DESENVOLVIMENTO Diretor-Presidente - CD I
FISCALIZAÇÃO HABILITAÇÃO HABILITAÇÃO
SETORIAL
Diretor - CD II DOS PRODUTOS DAS OPERADORAS
Diretor - CD II
DIRETORIA Diretor - CD II Diretor - CD II PROCURADORIA
DE GESTÃO DIGES FEDERAL

COMISSÃO
DE ÉTICA

SECRETARIA GERAL GABINETE DA PRESIDÊNCIA AUDITORIA


Secretário-Geral - CGE I Chefe de Gabinete - CGE I

CORREGEDORIA

DIRETORIA-ADJUNTA DIRETORIA-ADJUNTA DIRETORIA-ADJUNTA DIRETORIA-ADJUNTA DIRETORIA-ADJUNTA


DA DIDES DA DIFIS DA DIGES DA DIPRO DA DIOPE CAMARA DE SAÚDE
(Diretor-Adjunto - CGE II) (Diretor-Adjunto - CGE II) (Diretor-Adjunto - CGE II) (Diretor-Adjunto - CGE II) (Diretor-Adjunto - CGE II) SUPLEMENTAR

Fonte: Gabinete da Presidência (2020)

A Lei nº 9.961, de 28 de janeiro de 2000, o Decreto nº 3.327, de 05 de janeiro de 2000, e a Resolução Regimental n.º 1, de 17
de março de 2017 definem a estrutura organizacional básica da ANS, a forma como deve ser a direção da Agência, bem como
o seu Regimento Interno.

A Lei nº 9.961, de 28 de janeiro de 2000, alterada pela Lei nº 13.848, de 25 de junho de 2019, cria a ANS e, no capítulo II, trata
da estrutura organizacional da Agência. Em seus artigos 5º e 6º, essa lei estabelece que a diretoria da ANS deve ser colegiada

AGÊNCIA NACIONAL DE SAÚDE SUPLEMENTAR RELATÓRIO ANUAL DE GESTÃO - EXERCÍCIO 2020 20


e composta por até cinco diretores, sendo um deles o seu Diretor-Presidente. A partir da vigência da Lei nº 13.848/2019, os
mandatos dos diretores passaram a ser de 5 anos, sendo vedada a recondução.

O Decreto nº 3.327, de 05 de janeiro de 2000, que aprovou o primeiro Regulamento Interno da ANS, definiu no artigo 4º que
a estrutura básica para a ANS seria a seguinte: Diretoria Colegiada (DICOL), Câmara de Saúde Suplementar, Procuradoria,
Ouvidoria e Corregedoria.

A administração da ANS, conforme determinado pela Lei nº 9.961/2000, foi regida por um contrato de gestão assinado
pelo Ministro de Estado de Saúde e pelo diretor-presidente da ANS, até setembro de 2019, quando entrou em vigor a Lei nº
13.848/2019, a qual revogou os artigos referentes ao Contrato de Gestão.

O novo marco legal das Agências Reguladoras, consubstanciado na Lei n.º 13.848/2019, traz uma série de inovações e avanços
com vistas à melhoria da qualidade regulatória no Brasil, o que exige das Agências a elaboração de um conjunto de mecanismos,
instrumentos de gestão, projetos e ações específicas que farão parte de um novo modelo de governança a ser seguido.

Entre as novas diretrizes legais destacam-se: i) a formulação de Plano Estratégico Quadrienal, ii) a elaboração de Plano de Gestão
Anual - instrumento anual do planejamento consolidado da agência reguladora e contemplará ações, resultados e metas relacionados
aos processos finalísticos e de gestão, iii) a implementação de agenda regulatória; e iv) elaboração de Relatório Anual de Atividades.

Todas as deliberações da Diretoria Colegiada - DICOL são tomadas em reuniões ou por intermédio de circuitos deliberativos.
Nessas reuniões são discutidos assuntos do setor de saúde suplementar e sobre o funcionamento da ANS.

A Diretoria Colegiada reúne-se com a presença de pelo menos 3 diretores, entre eles o diretor-presidente ou seu substituto
legal, e delibera com, no mínimo, 3 votos coincidentes. Dos atos praticados pelos diretores, sempre cabe recurso à DICOL como
última instância administrativa. Cada ato a ser submetido à decisão da DICOL, pelo diretor-presidente ou por diretor, deve ser
acompanhado do respectivo voto ou proposta de decisão, contendo resumo de seu conteúdo, da nota de cada Diretoria e, quando
necessário ou solicitado, de parecer da Procuradoria Federal junto à ANS (PROGE).

O processo de nomeação dos diretores é feito de acordo com o seguinte fluxo:

• O Presidente da República encaminha mensagem de indicação ao Senado Federal;


• No Senado, a Comissão de Assuntos Sociais (CAS) sabatina o candidato e vota, decidindo por sua aprovação ou não;
• Se aprovar, a CAS encaminha o nome do candidato para votação no plenário do Senado;
• Se aprovado, o Senado encaminha o nome ao Presidente da República;
• O Presidente da República publica a nomeação;
• O diretor nomeado toma posse e assume uma das diretorias da ANS, definida em reunião de Diretoria Colegiada subsequente.

A ANS conta com a Câmara de Saúde Suplementar (CAMSS), órgão de participação institucionalizada da sociedade na ANS, de
caráter permanente e consultivo, que tem por finalidade auxiliar a Diretoria Colegiada nas suas discussões.

A ANS também conta com Órgãos Vinculados, ou seja, não subordinados à sua estrutura. São eles: Ouvidoria, Procuradoria
Federal junto à ANS, Corregedoria, Auditoria Interna e Comissão de Ética.

A seguir, estão destacadas algumas das principais competências das diretorias da ANS:

• Diretoria de Normas e Habilitação das Operadoras (DIOPE) - planeja, coordena, organiza e controla as atividades de
autorização de funcionamento, de transferência de controle societário, de acompanhamento econômico financeiro e dos
regimes especiais de direção fiscal e de liquidação extrajudicial das operadoras de planos privados de saúde.
• Diretoria de Gestão (DIGES) - planeja, coordena, organiza e implementa políticas, ações e projetos de gestão e aprimoramento
internos, visando ampliar a capacidade de governança da ANS, por meio do fomento aos projetos de estudos e pesquisas, do
gerenciamento de pessoas, da tecnologia da informação e da execução das atividades administrativo-financeiras.
• Diretoria de Desenvolvimento Setorial (DIDES) - planeja, coordena e organiza ações e projetos de estímulo e indução
melhoria à qualidade da atenção à saúde; aperfeiçoamento do relacionamento entre operadoras e prestadores de serviços
de saúde; disseminação e integração de informações setoriais, e integração e ressarcimento ao SUS.
• Diretoria de Normas e Habilitação dos Produtos (DIPRO) - planeja, coordena, organiza e controla as atividades de
regulamentação, habilitação e acompanhamento dos planos privados de saúde; as atividades relacionadas à regulação
assistencial, incluindo a revisão periódica do Rol de Procedimentos, o incentivo a programas de promoção da saúde, o
monitoramento do risco assistencial, a instauração do regime de direção técnica, o monitoramento da garantia de atendimento,

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a definição e o monitoramento das políticas de preço na Saúde Suplementar, as regras de portabilidade de carências e o
acompanhamento e controle das transferências de carteira de beneficiários.
• Diretoria de Fiscalização (DIFIS) - fiscaliza as atividades das operadoras e zela pelo cumprimento das normas do setor.
Instaura, instrui e decide em primeira instância processos administrativos, oportuniza e estimula a resolução de conflitos e
coordena o atendimento aos consumidores por meio de canais de relacionamento, inclusive pessoalmente nos Núcleos da
ANS. Realiza articulações com órgãos e entidades de defesa do consumidor.

1.3 CADEIA DE VALOR


A Cadeia de Valor apresenta os principais valores entregues pela Agência, organizando o conjunto de processos fundamentais para
o cumprimento da sua missão em três perspectivas: Macroprocessos de Suporte, Macroprocessos Finalísticos e Macroprocessos
de Governança.

FIGURA 1.2 CADEIA DE VALOR

Cadeia de Valor
Sustentabilidade
das operadoras
Gestão da Gestão orçamentária,
Suporte

Qualidade assistencial das


Gestão de Gestão da Gestão
logística financeira, de custos e operadoras
pessoas Informação de TIC
pública contábil Garantia assistencial dos planos de
saúde
Assegurar o mercado
Regulação Regulação da Integração com o Informações em supervisionado para garantir o
tratamento adequado aos
Finalísticos

assistencial estrutura de produtos SUS Saúde


beneficiários e operadoras
Regulação do Habilitação, Informações qualificadas para
relacionamento monitoramento Qualidade na sociedade, visando o
Fiscalização fortalecimento do usuário
entre operadoras e societário e Saúde Suplementar
consciente de seus direitos e
prestadores econômico financeiro deveres em saúde
Aprimoramento da qualidade das
Planejamento e gestão Modernização operadoras e dos prestadores de
Controles
Governança

estratégica organizacional serviços


Participação e Integração das políticas de saúde
controle social público e privada
Comunicação e Assessoramento Qualidade
Aperfeiçoamento do
Relações Institucionais jurídico Regulatória relacionamento entre operadoras
e prestadores de serviços de saúde
para melhoria da saúde

Fonte: Gerência de Planejamento e Acompanhamento (2020)

1.4 PLANEJAMENTO PLURIANUAL (PPA) – PROGRAMA GESTÃO E


ORGANIZAÇÃO DO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE (SUS)
A ANS possui duas ações orçamentárias relacionadas ao Programa Gestão e Organização do Sistema Único de Saúde (SUS),
conforme tabela abaixo:

QUADRO 1.1 PPA NO ÂMBITO DA ANS

PPA NO ÂMBITO DA ANS


PROGRAMA: GESTÃO E ORGANIZAÇAO DO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE (SUS)
AÇÃO ORÇAMENTÁRIA PRODUTO DA AÇÃO META FÍSICA 2020
4339 - QUALIFICAÇÃO DA REGULAÇÃO E FISCALIZAÇÃO DA SAÚDE
CONFLITO RESOLVIDO* 4.000
SUPLEMENTAR
8727 - APERFEIÇOAMENTO DO SISTEMA DE INFORMAÇÃO PARA SAÚDE
INFORMAÇÃO PROCESSADA** 750
SUPLEMENTAR
* Média mensal de demandas NIP resolvidas
** Número de operadoras com trânsito correto no envio de dados referentes ao padrão TISS
Fonte: Gerência de Planejamento e Acompanhamento (fevereiro, 2021)

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1.5 AMBIENTE EXTERNO
Para análise situacional do ambiente externo da saúde suplementar no Brasil, foram observados os ambientes: econômico,
político, demográfico, tecnológico e regulatório, de acordo com as descrições abaixo:

AMBIENTE ECONÔMICO:
• recuperação gradual da economia diante do enfretamento da pandemia;
• continuidade do ajuste fiscal e das reformas estruturais, com controle dos gastos públicos no longo prazo;
• arrefecimento da inflação convergindo para o centro da meta;
• política monetária efetiva visando estimular o crescimento econômico e reduzir o custo de financiamento.

AMBIENTE POLÍTICO:
• surgimento de novas lideranças políticas;
• uso de redes sociais como lócus de contato com a sociedade;
• manutenção da pressão social por melhoria dos serviços de saúde, pública e privada;
• ampliação do debate sobre acesso e reajuste de mensalidades de plano de saúde.

AMBIENTE DEMOGRÁFICO:
• envelhecimento da população brasileira duas vezes mais rápido que a média mundial, se mantida a taxa atual, tornando cada
vez mais crítico e fundamental, o pacto intergeracional.

AMBIENTE TECNOLÓGICO:
• constante surgimento de novos meios de comunicação, geração e difusão de informações;
• aumento da importância da gestão da informação para a identificação de problemas e soluções;
• crescente pressão, por parte dos atores setoriais e sociedade em geral, por transparência e acesso à informação em tempo
real, com garantia da proteção de dados pessoais e institucionais;
• constante desenvolvimento de novas tecnologias em saúde;
• maior demanda pela transformação digital dos serviços públicos;
• a inteligência artificial é um novo paradigma nos processos decisórios;
• consolidação do trabalho remoto;
• consolidação do uso da telemedicina;
• pressão por aumento da competitividade da indústria da saúde, reduzindo a dependência externa, com o desenvolvimento e
a produção de vacinas, medicamentos, insumos e equipamentos médicos.

AMBIENTE DO MERCADO REGULADO:


• necessidade de promover o equilíbrio regulatório entre planos individuais e coletivos;
• existência de áreas sem a adequada cobertura assistencial, pública e/ou privada, os chamados “vazios assistenciais”;
• judicialização provocada, em parte, pela assimetria de informação;
• crescente preocupação com a sustentabilidade econômica do setor;
• necessidade de adequar os serviços de saúde para atendimento às novas demandas decorrentes do envelhecimento
populacional;
• estímulo a programas de promoção da saúde e de prevenção de doenças.

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FIGURA 1.3 ANS, MODELO DE NEGÓCIOS E DADOS DO SETOR

CAPITAL MISSÃO
Promover a defesa do interesse público na assistência suplementar à
Corpo Diretivo Sede Própria saúde, regular as operadoras setoriais, inclusive quanto às suas relações
5 Diretores Rio de janeiro com prestadores e consumidores e contribuir para o desenvolvimento das
ações de saúde no País

750 Servidores 315,3 milhões VALORES


512 Terceirizados de orçamento
• Transparência e previsibilidade regulatória
• Compromisso com resultado
12 Núcleos da ANS • Conhecimento como fundamento regulatório
BA, CE, DF, MG, MT, PA, • Sustentabilidade setorial
PE, PR, RJ, RS, SP • Ética
e Ribeirão Preto • Inovação

CENÁRIO ATORES PARTES


47,4 milhões
INTERESSADAS
Planos deAssistência 139.795
Médica estabelecimentos de • Sociedade organizada
26 milhões saúde atendem a planos • Órgãos de defesa do consumidor
Planos Exclusivamente • Ministério Público
Odontológicos 1 bilhão beneficiários operadoras prestadores • Poder Judiciário
procedimentos • Poder Executivo
1.168
• Poder Legislativo
operadoras

DADOS DO SETOR
Dados extraídos da Sala de Situação em 13/01/2021

47,4 milhões
Beneficiários* de planos de assistência médica

80,8% coletivos 19,2% individuais 1/4 habitantes


possui plano de assistência
26,6 milhões médica e/ou odontológica
1.168 Beneficiários* de planos exclusivamente odontológicos no país.
Operadoras 24,4% taxa de cobertura
Ativas 83,3% coletivos 16,7% individuais de assistência médica
13,7% taxa de cobertura
*quantidade de vínculos de beneficiários em planos privados de assistência à saúde odontológica

R$ 163,4 bilhões R$ 119,3 bilhões 73%**


Receita de contraprestações Despesa assistencial Sinistralidade
das operadoras médico-hospitalares
**3 o trimestre/2020

Fonte: Gerência de Planejamento e Acompanhamento (2021)

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CAPÍTULO 02

GOVERNANÇA E ESTRATÉGIA
2.1 GESTÃO ESTRATÉGICA NA ANS
A Lei nº 13.848/2019 trouxe uma série de diretrizes com vistas à melhoria da qualidade regulatória no Brasil, o que exige das
Agências a elaboração de um conjunto de mecanismos que articule os instrumentos de gestão, quais sejam o Plano Estratégico,
o Plano de Gestão Anual e a Agenda Regulatória, que contemplam projetos e ações a serem desenvolvidas pelas instituições.

Em consonância com essas diretrizes, o Plano Estratégico da ANS contém o Mapa Estratégico e seus instrumentos de
desdobramento, chamados de Plano de Gestão Anual (PGA) e a Cesta de Indicadores institucionais. Para consecução dos objetivos
estratégicos do Mapa, representantes das diretorias e unidades vinculadas, elaboraram as propostas de ações e projetos para
o exercício seguinte. Em outras palavras, o Mapa relata “o que” queremos e o Plano de Gestão Anual (PGA) aponta, por meio de
projetos e ações, “como” faremos para alcançar aqueles objetivos do Mapa Estratégico. Além do PGA, a Lei exige que outros
instrumentos de gestão, como a Agenda Regulatória e os Projetos Estratégicos, estejam alinhados ao Plano Estratégico da ANS.

A FIGURA 2.1 MODELO DE GESTÃO ESTRATÉGICA DA ANS demonstra como deve ser concebida a estratégia da ANS, por meio
do alinhamento de diversos instrumentos de gestão, tais como: Mapa Estratégico, PPA, Mapa de Riscos, Plano de Gestão Anual,
Agenda Regulatória e o Programa de Qualificação Institucional.

FIGURA 2.1 MODELO DE GESTÃO ESTRATÉGICA DA ANS – 2020

MAPA ESTRATÉGICO 2020


Missão: Promover a defesa do interesse público na assistência suplementar à saúde, regular as operadoras setoriais - inclusive Visão: Ser reconhecida como indutora de
quanto às suas relações com prestadores e consumidores - e contribuir para o desenvolvimento das ações de saúde no país. eficiência e qualidade na produção de saúde.

1.1) Contribuir, por meio do 1.2) Assegurar que a 1.3) Garantir o acesso 1.4) Promover o 1.5) Zelar pela
exercício da sua função de regulação oferta de planos privados do consumidor aos equilíbrio qualidade
e de fiscalização, para a construção de assistência à saúde serviços da saúde no relacionamento dos serviços prestados
de um setor de saúde suplementar seja feita por operadoras suplementar. entre beneficiários, na saúde suplementar.
cujo principal interesse seja a sustentáveis. operadoras e
geração de saúde. prestadores.

2.1) Consolidar ações 2.2) Propor ações que 2.3) Intensificar 2.4) Promover um 2.5) Promover 2.6) Aprimorar
regulatórias de garantia contribuam para a ações de redução ambiente regulatório que a previsibilidade a efetividade
da prestação dos redução da assimetria favoreça a concorrência e regulatória e a da participação
serviços dos desperdícios na de informações. o desenvolvimento do qualificação do pública no
em saúde suplementar, cadeia setor de saúde processo de processo
por meio da fiscalização, de valor das operações suplementar com elaboração do regulatório.
monitoramentos e em saúde suplementar. eficiência e ato regulatório.
regimes especiais. sustentabilidade.

3.1) Fortalecer a imagem institucional por 3.2) Assumir o protagonismo no debate 3.3) Integrar 3.4) Fortalecer a
meio de estratégia de informação, educação, regulatório por meio da intensificação a informação e as articulação com o Sistema
comunicação e da produção de do relacionamento institucional com ações entre os setores Nacional de Defesa do
conhecimento em articulação com órgãos e entidades governamentais do público e privado. Consumidor, Ministério
instituições de ensino e pesquisa. legislativo e executivo e entidades Público, Defensoria Pública
representativasdo setor. e Poder Judiciário.

4.1) Buscar a 4.2) Alinhar 4.3) Alinhar 4.4) Implementar 4.5) Assegurar 4.6) Modernizar 4.7) Aprimorar 4.8) Otimizar
racionalização os processos o modelo de mecanismos a infraestrutura e consolidar a a gestão da
dos recursos de trabalho e planejamento, governança em de governança e soluções de implementação estrutura física
institucionais e a estrutura a gestão e a gestão de pessoas e que favoreçam a Tecnologia da do Plano Diretor das unidades e
a eficiência do organizacional execução promover políticas de integração, Informação de Tecnologia o uso de
gasto público, à estratégia orçamentária comprometimento e inovação alinhado às boas da Informação recursos
com o foco na da instituição. ao desenvolvimento dos dos processos e práticas de e Comunicações materiais e
transparência e planejamento servidores com foco gestão de riscos. governança. patrimoniais.
na prestação de estratégico. em resultados.
contas.

MAPA DE PLANO DE AGENDA REGULATÓRIA PLANO DE GESTÃO ANUAL


RISCO COMUNICAÇÃO
- Projetos e Ações da Agenda
Regulatória
- Metas de desempenho
administrativo, operacional e de
fiscalização
-Previsão de estimativa de
recursos orçamentários,
relacionando as ações e projetos
às ações do PPA

Fonte: Gerência de Planejamento e Acompanhamento (2020)

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2.1.1. MAPA ESTRATÉGICO
O Mapa Estratégico é uma representação gráfica da estratégia da ANS que evidencia os desafios que a Agência terá que superar
para concretizar sua missão institucional e visão de futuro. O Mapa Estratégico 2020-2023 possui 4 eixos estratégicos e 23
objetivos estratégicos.

FIGURA 2.2 DESCRIÇÃO DOS EIXOS DO MAPA ESTRATÉGICO 2020-2023

ESS - Equilíbrio da Saúde Suplementar


Refere-se ao impacto regulatório e aos resultados das iniciativas implementadas. São os resultados do exercício da atribuição legal da
instituição e que justificam a sua existência. Traduzem mais diretamente a missão e a visão conectando-se à contribuição “para o
desenvolvimento das ações de saúde no Brasil (Missão) e com o reconhecimento “como indutora de eficiência e qualidade na produção de
saúde (Visão). Neste eixo encontram-se os objetivos relacionados às entregas fundamentais à sociedade e que estruturam os demais objetivos.

AAR - Aperfeiçoamento do Ambiente Regulatório


Identifica resultados que permitem modular a atividade regulatória de acordo com o comportamento dos entes regulados. São os resultados
dos produtos e serviços específicos da instituição, base para o relacionamento com beneficiários, operadoras e prestadores. Os clientes são a
razão de ser da instituição e, em função disso, suas necessidades devem ser identificadas, ponderadas e consideradas. Neste eixo
encontram-se os objetivos relacionados à promoção da sustentabilidade econômico-financeira, o estímulo às boas práticas de
DESCRIÇÃO

comercialização, as ações de fiscalização e o fortalecimento das boas práticas regulatórias.

AI - Articulação Institucional
Identifica os processos internos que norteiam a interação com os atores do setor. Representa oportunidade para a consolidação da instituição
no protagonismo do debate regulatório e do fortalecimento da imagem institucional. Neste eixo encontram-se os objetivos relacionados a
estratégia de informação, comunicação e educação; interação com o setor regulado, com sistema nacional de defesa do consumidor, poder
judiciário e demais órgãos e entidades governamentais.

FGI - Fortalecimento da Governança Institucional


Refere-se aos mecanismos de liderança, estratégia e controle postos em prática para avaliar, direcionar e monitorar a atuação da gestão,
com vistas à condução de políticas públicas e à prestação de serviços de interesse da sociedade.

Fonte: Gerência de Planejamento e Acompanhamento (2020)

FIGURA 2.3 MAPA ESTRATÉGICO DA ANS 2020-2023


Missão: Promover a defesa do interesse público na assistência suplementar à saúde, regular as operadoras setoriais - inclusive Visão: Ser reconhecida como indutora de
quanto às suas relações com prestadores e consumidores - e contribuir para o desenvolvimento das ações de saúde no país. eficiência e qualidade na produção de saúde.

1.1) Contribuir, por meio do 1.2) Assegurar que a 1.3) Garantir o acesso 1.4) Promover o 1.5) Zelar pela
exercício da sua função de regulação oferta de planos privados do consumidor aos equilíbrio qualidade
e de fiscalização, para a construção de assistência à saúde serviços da saúde no relacionamento dos serviços prestados
de um setor de saúde suplementar seja feita por operadoras suplementar. entre beneficiários, na saúde suplementar.
cujo principal interesse seja a sustentáveis. operadoras e
geração de saúde. prestadores.

2.1) Consolidar ações 2.2) Propor ações que 2.3) Intensificar 2.4) Promover um 2.5) Promover 2.6) Aprimorar
regulatórias de garantia contribuam para a ações de redução ambiente regulatório que a previsibilidade a efetividade
da prestação dos redução da assimetria favoreça a concorrência e regulatória e a da participação
serviços dos desperdícios na de informações. o desenvolvimento do qualificação do pública no
em saúde suplementar, cadeia setor de saúde processo de processo
por meio da fiscalização, de valor das operações suplementar com elaboração do regulatório.
monitoramentos e em saúde suplementar. eficiência e ato regulatório.
regimes especiais. sustentabilidade.

3.1) Fortalecer a imagem institucional por 3.2) Assumir o protagonismo no debate 3.3) Integrar 3.4) Fortalecer a
meio de estratégia de informação, educação, regulatório por meio da intensificação a informação e as articulação com o Sistema
comunicação e da produção de do relacionamento institucional com ações entre os setores Nacional de Defesa do
conhecimento em articulação com órgãos e entidades governamentais do público e privado. Consumidor, Ministério
instituições de ensino e pesquisa. legislativo e executivo e entidades Público, Defensoria Pública
representativasdo setor. e Poder Judiciário.

4.1) Buscar a 4.2) Alinhar 4.3) Alinhar 4.4) Implementar 4.5) Assegurar 4.6) Modernizar 4.7) Aprimorar 4.8) Otimizar
racionalização os processos o modelo de mecanismos a infraestrutura e consolidar a a gestão da
dos recursos de trabalho e planejamento, governança em de governança e soluções de implementação estrutura física
institucionais e a estrutura a gestão e a gestão de pessoas e que favoreçam a Tecnologia da do Plano Diretor das unidades e
a eficiência do organizacional execução promover políticas de integração, Informação de Tecnologia o uso de
gasto público, à estratégia orçamentária comprometimento e inovação alinhado às boas da Informação recursos
com o foco na da instituição. ao desenvolvimento dos dos processos e práticas de e Comunicações materiais e
transparência e planejamento servidores com foco gestão de riscos. governança. patrimoniais.
na prestação de estratégico. em resultados.
contas.

Fonte: Gerência de Planejamento e Acompanhamento (2020)

Considerando as novas diretrizes governamentais, em especial a IN nº 24/2020, e a oportunidade de amadurecimento da gestão


estratégica, de modo a contribuir para o alinhamento entre os diferentes níveis da estratégia, o nivelamento de metodologias e
a implementação de procedimentos sistemáticos de avaliação, a Agência revisitou, em 2020, o seu Planejamento Estratégico.

AGÊNCIA NACIONAL DE SAÚDE SUPLEMENTAR RELATÓRIO ANUAL DE GESTÃO - EXERCÍCIO 2020 26


A partir desse reposicionamento, foi elaborado novo Mapa Estratégico para o ciclo 2021-2024 contendo 15 objetivos estratégicos
que ajudam a compreender a especificidade e o alcance dos desafios propostos para o novo ciclo.

Saiba mais em https://www.gov.br/ans/pt-br/acesso-a-informacao/transparencia-e-prestacao-de-contas/planejamento-


estrategico-ans-2021-2024

2.1.2 PROGRAMA DE QUALIFICAÇÃO INSTITUCIONAL


O Programa de Qualificação Institucional consiste em um conjunto de ações de avaliação e melhoria contínua do desempenho
institucional, inclusive no que tange seus reflexos no setor de saúde suplementar.

Com a promulgação da Lei nº 13.848/2019 o Programa de Qualificação Institucional passou a avaliar o alcance dos objetivos
definidos no Mapa Estratégico da ANS.

QUADRO 2.1 INDICADORES DE QUALIFICAÇÃO INSTITUCIONAL

Objetivo Estratégico Indicador Meta


ASSEGURAR QUE A OFERTA DE PLANOS PRIVADOS DE ASSISTÊNCIA À 1.2.1 - ÍNDICE DE ABRANGÊNCIA ≥ 91%
SAÚDE SEJA FEITA POR OPERADORAS SUSTENTÁVEIS. DO ACOMPANHAMENTO REGULAR
ECONÔMICO-FINANCEIRO

ZELAR PELA QUALIDADE DOS SERVIÇOS PRESTADOS NA SAÚDE 1.5.1 - PERCENTUAL DE ≥ 76%
SUPLEMENTAR. BENEFICIÁRIOS EM OPERADORAS
COM IDSS NAS DUAS PRIMEIRAS
FAIXAS
ZELAR PELA QUALIDADE DOS SERVIÇOS PRESTADOS NA SAÚDE 1.5.2 - PERCENTUAL DE SEM
SUPLEMENTAR. BENEFICIÁRIOS EM OPERADORAS META
ACREDITADAS
CONSOLIDAR AÇÕES REGULATÓRIAS DE GARANTIA DA PRESTAÇÃO 2.1.1 - ÍNDICE DE SEM
DOS SERVIÇOS EM SAÚDE SUPLEMENTAR, POR MEIO DA RECUPERABILIDADE DE OPS NO META
FISCALIZAÇÃO, MONITORAMENTOS E REGIMES ESPECIAIS. ACOMPANHAMENTO ESPECIAL
ECONÔMICO-FINANCEIRO
CONSOLIDAR AÇÕES REGULATÓRIAS DE GARANTIA DA PRESTAÇÃO 2.1.2 - TEMPO MÉDIO DE ≤ 720
DOS SERVIÇOS EM SAÚDE SUPLEMENTAR, POR MEIO DA TRAMITAÇÃO DO PROCESSO DIAS
FISCALIZAÇÃO, MONITORAMENTOS E REGIMES ESPECIAIS. SANCIONADOR

PROPOR AÇÕES QUE CONTRIBUAM PARA A REDUÇÃO DOS 2.2.1 - PERCENTUAL DE SEM
DESPERDÍCIOS NA CADEIA DE VALOR DAS OPERAÇÕES EM SAÚDE BENEFICIÁRIOS EM OPERADORAS META
SUPLEMENTAR. CERTIFICADAS
PROMOVER A PREVISIBILIDADE REGULATÓRIA E A QUALIFICAÇÃO DO 2.5.1 - ÍNDICE DE ≥ 71%
PROCESSO DE ELABORAÇÃO DO ATO REGULATÓRIO. PREVISIBILIDADE REGULATÓRIA

APRIMORAR A EFETIVIDADE DA PARTICIPAÇÃO PÚBLICA NO PROCESSO 2.6.1 - PERCENTUAL DE SEM


REGULATÓRIO. CONTRIBUIÇÕES ACEITAS EM META
CONSULTA PUBLICA

FORTALECER A IMAGEM INSTITUCIONAL POR MEIO DE ESTRATÉGIA 3.1.1 - ÍNDICE DE ≥ 83%


DE INFORMAÇÃO, EDUCAÇÃO, COMUNICAÇÃO E DA PRODUÇÃO DE FAVORABILIDADE DA IMAGEM DA
CONHECIMENTO EM ARTICULAÇÃO COM INSTITUIÇÕES DE ENSINO E ANS JUNTO À IMPRENSA
PESQUISA.
ASSUMIR O PROTAGONISMO NO DEBATE REGULATÓRIO POR MEIO DA 3.2.1 - ÍNDICE DE SATISFAÇÃO ≥ 8,50
INTENSIFICAÇÃO DO RELACIONAMENTO INSTITUCIONAL COM ÓRGÃOS COM O CONTEÚDO DE EVENTOS
E ENTIDADES GOVERNAMENTAIS DO LEGISLATIVO E EXECUTIVO E REALIZADOS PELA ANS
ENTIDADES REPRESENTATIVAS DO SETOR.

INTEGRAR A INFORMAÇÃO E AS AÇÕES ENTRE OS SETORES PÚBLICO 3.3.1 - PERCENTUAL SEM


E PRIVADO. DE ARRECADAÇÃO DO META
RESSARCIMENTO AO SUS

AGÊNCIA NACIONAL DE SAÚDE SUPLEMENTAR RELATÓRIO ANUAL DE GESTÃO - EXERCÍCIO 2020 27


ASSUMIR O PROTAGONISMO NO DEBATE REGULATÓRIO POR MEIO DA 3.3.2 - TEMPO MÉDIO ENTRE O ≤ 1,04
INTENSIFICAÇÃO DO RELACIONAMENTO INSTITUCIONAL COM ÓRGÃOS EVENTO NO SUS E A NOTIFICAÇÃO ANOS
E ENTIDADES GOVERNAMENTAIS DO LEGISLATIVO E EXECUTIVO E DO ABI/TD>
ENTIDADES REPRESENTATIVAS DO SETOR.

FORTALECER A ARTICULAÇÃO COM O SISTEMA NACIONAL DE DEFESA 3.4.1 - ÍNDICE DE ADERÊNCIA SEM
DO CONSUMIDOR, MINISTÉRIO PÚBLICO, DEFENSORIA PÚBLICA E AO PROGRAMA PARCEIROS DA META
PODER JUDICIÁRIO. CIDADANIA

BUSCAR A RACIONALIZAÇÃO DOS RECURSOS INSTITUCIONAIS E A 4.1.1 - TEMPO MÉDIO DE ≤ 180


EFICIÊNCIA DO GASTO PÚBLICO, COM O FOCO NA TRANSPARÊNCIA E CONTRATAÇÃO DIAS
NA PRESTAÇÃO DE CONTAS.

ALINHAR OS PROCESSOS DE TRABALHO E A ESTRUTURA 4.2.1 - PERCENTUAL DE ≥ 38%


ORGANIZACIONAL À ESTRATÉGIA DA INSTITUIÇÃO. PROCESSOS DE TRABALHO
MAPEADOS/TD>

ALINHAR O PLANEJAMENTO, A GESTÃO E A EXECUÇÃO 4.3.1 - PERCENTUAL DE ≥ 90,4%


ORÇAMENTÁRIA AO PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO E ORÇAMENTÁRIO. EXECUÇÃO ORÇAMENTÁRIA

Implementar modelo de governança em gestão de pessoas e promover 4.4.1 - Percentual de Execução do a ser
políticas de comprometimento e desenvolvimento dos servidores com foco PDP definida
em resultados.

Implementar modelo de governança em gestão de pessoas e promover 4.4.2 - Percentual de Servidores ≥ 60%
políticas de comprometimento e desenvolvimento dos servidores com foco Capacitados Anualmente
em resultados.

Assegurar mecanismos de governança que favoreçam a integração, inovação 4.5.1 - Percentual de Comunicação ≥ 96%
dos processos e gestão de riscos. Eletrônica entre ANS e Sociedade

Assegurar mecanismos de governança que favoreçam a integração, inovação 4.5.2 - Percentual de Processos com ≥ 12%
dos processos e gestão de riscos. Gestão de Riscos

Modernizar a infraestrutura e soluções de Tecnologia da Informação alinhado 4.6.1 - Percentual de Implementa- ≥ 98%
às boas práticas de governança. ções nos Projetos de Desenvolvimen-
to de TI no Prazo

Aprimorar e consolidar a implementação do Plano Diretor de Tecnologia da 4.7.1 - Percentual de Execução do ≥ 10%
Informação e Comunicações. PDTIC

Otimizar a gestão da estrutura física das unidades e o uso de recursos mate- 4.8.1 - Percentual de m2 Alugado ≥ 36%
riais e patrimoniais.

Fonte: Gerência de Qualificação Institucional (2020)

Saiba mais em https://www.gov.br/ans/pt-br/acesso-a-informacao/transparencia-e-prestacao-de-contas/programa-de-


qualificacao-institucional

2.1.3 AGENDA REGULATÓRIA


A Agenda Regulatória é um instrumento de planejamento que orienta a atuação da ANS e estabelece os assuntos prioritários
relacionados aos problemas encontrados na regulação da saúde suplementar, de forma a garantir maior transparência e
previsibilidade, possibilitando o acompanhamento pela sociedade dos compromissos preestabelecidos pela Agência.

A Agenda Regulatória 2019-2021 estabelece 16 temas regulatórios que se desdobram em ações a serem desenvolvidas no
período, agrupados em 4 eixos e são vinculados aos objetivos do Mapa Estratégico da ANS: Equilíbrio da Saúde Suplementar,
Aperfeiçoamento do Ambiente Regulatório, Articulação Institucional e Fortalecimento da Governança Institucional.

Saiba mais em: https://www.gov.br/ans/pt-br/acesso-a-informacao/participacao-da-sociedade/agenda-regulatoria-2019-2021

AGÊNCIA NACIONAL DE SAÚDE SUPLEMENTAR RELATÓRIO ANUAL DE GESTÃO - EXERCÍCIO 2020 28


FIGURA 2.4 EIXOS E TEMAS DA AGENDA REGULATÓRIA 2019-2021

Eixos da Agenda Regulatória 2019-2021

TEMA 15 -
TEMA 8 - TRANSPARÊNCIA DAS
TEMA 1 - INDUÇÃO À MELHORIA DA INTEGRAÇÃO DAS TEMA 16 - ANS DIGITAL
INFORMAÇÕES DO SETOR À
ATENÇÃO A SAÚDE DOS BENEFICIÁRIOS INFORMAÇÕES DE (E-ANS)
SOCIEDADE
SAÚDE
TEMA 2 - PROVISÕES TÉCNICAS E
TEMA 9 - ASSIMETRIA DE
CAPITAL REGULATÓRIO - MARGEM DE
INFORMAÇÃO NO ATENDIMENTO
SOLVÊNCIA E REGRA DE TRANSIÇÃO
PRESTADO AO BENEFICIÁRIO
PARA EXIGÊNCIA DE CAPITAL
TEMA 10 - APERFEIÇOAMENTO DO
TEMA 3 - ACESSO A PLANOS PRIVADOS
MONITORAMENTO ASSISTENCIAL E
DE ASSISTÊNCIA À SAÚDE
GARANTIAS DE ACESSO

TEMA 4 - RELACIONAMENTO ENTRE TEMA 11 - MODELOS EFICIENTES


PRESTADORES E OPERADORAS DE DE REMUNERAÇÃO E ATENÇÃO À
PLANOS DE SAÚDE SAÚDE
TEMA 12 - APERFEIÇOAMENTO
TEMA 5 - AVALIAÇÃO DA QUALIDADE
DE MEDIDAS REGULATÓRIAS
DOS SERVIÇOS DE ASSISTÊNCIA À
REFERENTES ÀS CARACTERÍSTICAS
SAÚDE
DOS CONTRATOS E PRODUTOS
TEMA 6 - ORGANIZAÇÃO E
FUNCIONAMENTO DOS MODELOS TEMA 13 - GESTÃO DO ESTOQUE
ASSISTENCIAIS E COBERTURA DE REGULATÓRIO
PROCEDIMENTOS
TEMA 7 - APERFEIÇOAMENTO DAS TEMA 14 - MECANISMOS DE
REGRAS SOBRE TRANSFERÊNCIA DE INTERAÇÃO ENTRE OPERADORAS E
CARTEIRAS CONTRATANTES

Fonte:Gerência de Planejamento e Acompanhamento (2019)

2.1.4 PLANO DE GESTÃO ANUAL


O Plano de Gestão Anual (PGA) constitui-se num instrumento anual de planejamento, que consolida as ações e projetos
estratégicos previstos para próximo exercício. Contempla ações, resultados e metas configurando-se numa ferramenta de
transparência de gestão e de acompanhamento do desempenho institucional.

Alinhado às diretrizes estabelecidas no Planejamento Estratégico da Agência e, tendo a Agenda Regulatória 2019-2021 e os
Projetos Estratégicos como parte integrante, o PGA 2020 foi elaborado com a participação das unidades finalísticas, de gestão e
vinculadas da ANS e, de acordo com a Lei nº 13.848/2020, teve sua aprovação pela Diretoria Colegiada.

O Plano de Gestão Anual ANS 2020 consolidou 98 ações e projetos e detalha as metas de desempenho administrativo,
operacional e de fiscalização a serem atingidas durante sua vigência, relacionando-as aos respectivos cronogramas e recursos
orçamentários.

No final de 2020, foi elaborado o Plano de Gestão Anual referente ao ano de 2021 que contempla 35 ações alinhadas ao novo
Planejamento Estratégico da ANS.

Saiba mais em https://www.gov.br/ans/pt-br/acesso-a-informacao/transparencia-institucional/plano-de-gestao-anual

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2.1.5 PLANO DE GESTÃO ESTRATÉGICA E TRANSFORMAÇÃO INSTITUCIONAL – PGT
Em dezembro de 2020, foi firmado o Plano de Gestão Estratégica e Transformação Institucional (PGT) entre a ANS e o Ministério
da Economia. O PGT tem por objetivo implementar as propostas de transformação organizacional na Agência Nacional de
Saúde Suplementar – ANS, englobando 32 ações: 10 no eixo Governança, Gestão Estratégica e Inovação, 11 no de Gestão de
Documentos, 7 no de Patrimônio e Custeio e 4 no de Pessoas, no âmbito do Programa de Gestão Estratégica e Transformação do
Estado – TransformaGov, instituído pelo Decreto nº 10.382/2020.

2.2 MODELO DE GOVERNANÇA E ESTRUTURAS DE GOVERNANÇA


Conforme art. 2°, I do Decreto n.º 9.203/2017, que dispõe sobre a política de governança da administração pública federal direta,
autárquica e fundacional, governança pública é o conjunto de mecanismos de liderança, estratégia e controle postos em prática
para avaliar, direcionar e monitorar a gestão, com vistas à condução de políticas públicas e à prestação de serviços de interesse
da sociedade.

No âmbito da ANS, a estrutura de governança pode ser representada pela figura a seguir:

FIGURA 2.5 ESTRUTURA DE GOVERNANÇA DA ANS

GOVERNANÇA

Sociedade

Presidência da República CGU

CASA CIVIL
Outros Ministério da Saúde
Ôrgãos e ME Poder
Entidades Legislativo

Comitês CGRC TCU


Alta vinculados CGD

Administração Poder
(Diretores) GGATP, Auditoria Judiciário
Interna, CEANS,
Ouvidoria, GPLAN,
Corregedoria e PROGE
Ministério
Público

Gestão Tática CAMSS


(Diretores-Ajuntos, Chefe de
Gabinete e Secretário Geral)

Gestão Operacional
(Gerentes e Coordenadores) Instância Interna de Governança
Instância Interna de Apoio à Governança
Instância Externa de Governança Vinculada
ao Poder Executivo Federal
Instância Externa de Governança Independente
GESTÃO

Fonte: Gabinete da Presidência (2020)

O Núcleo da alta administração, formado pelos diretores que compõe a Diretoria Colegiada (DICOL), dirige a instituição e conta
com estruturas vinculadas que contribuem com o aprimoramento do controle interno para o alcance dos objetivos organizacionais.

Entre os órgãos desta estrutura temos a Auditoria Interna (AUDIT), a Comissão de Ética (CEANS), a Ouvidoria (OUVID), a
Corregedoria (PPCOR), bem como o Comitê de Governança, Riscos e Controles (CGRC), criado após o advento da IN Conjunta MP/
CGU n.º 1/2016, e a Câmara de Saúde Suplementar (CAMSS), sendo este último mecanismo de participação institucionalizada
da sociedade, atuando como órgão consultivo na regulação do setor de saúde suplementar.

As atribuições do diretor-presidente estão definidas no art. 11, da Lei nº 9.961/2000, quais sejam:
• representar legalmente a ANS;
• presidir as reuniões da Diretoria Colegiada;
• cumprir e fazer cumprir as decisões da Diretoria Colegiada;
• decidir nas questões de urgência ad referendum da Diretoria Colegiada;
• decidir, em caso de empate, nas deliberações da Diretoria Colegiada;
• nomear ou exonerar servidores, provendo os cargos efetivos, em comissão e funções de confiança, e exercer o poder
disciplinar, nos termos da legislação em vigor;
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• encaminhar ao Ministério da Saúde e ao Conselho de Saúde Suplementar (CONSU) os relatórios periódicos elaborados pela
Diretoria Colegiada;
• assinar contratos e convênios, ordenar despesas e praticar os atos de gestão necessários ao alcance dos objetivos da ANS.

Como órgão de participação institucionalizada da sociedade na ANS, a Câmara de Saúde Suplementar, que tem caráter
permanente e consultivo, tem por finalidade auxiliar a Diretoria Colegiada em suas discussões. Possui as seguintes competências:
i) acompanhar a elaboração de políticas no âmbito da saúde suplementar; ii) discutir, analisar e sugerir medidas que possam
melhorar as relações entre os diversos segmentos que compõem o setor; iii) colaborar para as discussões e para os resultados
das câmaras técnicas; iv) auxiliar a Diretoria Colegiada a aperfeiçoar o mercado de saúde suplementar, proporcionando à ANS
condições de exercer com maior eficiência sua função de regular as atividades que garantam a assistência suplementar à saúde
no país; e v) indicar representantes para compor grupos técnicos temáticos, sugeridos pela Diretoria Colegiada.

Além da estrutura da DICOL e da CAMSS, destacamos abaixo as principais atribuições dos órgãos vinculados e comitês da ANS:

Ouvidoria (OUVID) – A Ouvidoria da Agência Nacional de Saúde Suplementar é o espaço para registrar sugestões, consultas, elogios,
reclamações e denúncias sobre a atuação e os serviços prestados pela ANS. Tem a missão de representar o cidadão na ANS, garantindo
que as suas manifestações sobre os serviços prestados pela instituição sejam apreciadas de forma independente e imparcial. Outras
informações estão disponíveis na página da Agência em: https://www.gov.br/ans/pt-br/canais_atendimento/ouvidoria-1.
Procuradoria Federal junto à ANS (PROGE) – A Procuradoria Federal exerce a representação judicial e extrajudicial da Agência,
realiza consultoria e assessoria jurídica, bem como desenvolve atividades relativas à cobrança judicial e extrajudicial da dívida
ativa da Agência, aferindo a legalidade dos atos, conferindo segurança jurídica e objetivando a defesa do interesse público na
implementação das ações regulatórias. A PROGE é órgão integrante da Procuradoria-Geral Federal da Advocacia-Geral da União.
Corregedoria (PPCOR) – A Corregedoria é responsável por zelar pela probidade administrativa e por fiscalizar as atividades
funcionais e a conduta dos servidores da ANS, recebendo denúncias e apurando as irregularidades. A PPCOR orienta, apoia,
supervisiona e normatiza o exercício das funções disciplinares na Agência, atuando de forma preventiva e repressiva.
Também possui uma existência externa à ANS, integrando o Sistema de Correição do Poder Executivo Federal, na qualidade
de Unidade Correcional Seccional, ligada tecnicamente à Controladoria-Geral da União (CGU). Outras informações estão
disponíveis na página da Agência em: https://www.gov.br/ans/pt-br/acesso-a-informacao/institucional/corregedoria.
Auditoria Interna (AUDIT) – Com o objetivo de aumentar e proteger o valor organizacional, a Auditoria fornece avaliação, assessoria
e percepção baseadas em risco dos controles internos da gestão. Além de identificar fragilidades e propor melhorias para os controles
internos, a AUDIT também realiza o acompanhamento do cumprimento das deliberações do TCU e das recomendações da CGU. A
análise da gestão, fundamentada nos exames conduzidos no exercício de 2020, encontra-se detalhada na página da Agência em
:https://www.gov.br/ans/pt-br/acesso-a-informacao/transparencia-institucional/prestacao-de-contas/relatorios-de-gestao.
Comissão de Ética (CEANS) – A Comissão de Ética tem como objetivos zelar pelo cumprimento do Código de Ética da
ANS e orientar servidores e colaboradores para que se conduzam de acordo com as normas, os valores e princípios éticos,
contribuindo para a melhoria do serviço público. Outras informações estão disponíveis na página da Agência em: https://
www.gov.br/ans/pt-br/acesso-a-informacao/institucional/comissao-de-etica.
Comitê de Governança, Riscos e Controles (CGRC) – O Comitê de Governança, Riscos e Controles é responsável por aprovar a
política, as diretrizes, as metodologias e os mecanismos para comunicação e institucionalização da gestão de riscos e dos controles
internos, entre outras atribuições. O CGRC conta ainda com o apoio do Auditor-Chefe da ANS e a assistência da Gerência-Geral de
Análise Técnica da Presidência para o monitoramento das recomendações por ele emanadas. Os demais Órgãos Vinculados (Ouvidoria,
Corregedoria, Procuradoria Federal e Comissão de Ética) são convidados a incluírem temas referentes às suas atividades e relacionados
à governança, riscos e controles internos nas pautas das reuniões bimestrais do Comitê. Outras informações estão disponíveis na
página da Agência em: https://www.gov.br/ans/pt-br/acesso-a-informacao/transparencia-e-prestacao-de-contas/gestao-de-riscos.
Comitê de Governança Digital (CGD) – O Comitê de Governança Digital, de caráter deliberativo, foi criado pela RA nº 70/ 2020
com a finalidade de deliberar sobre assuntos relativos à implementação das ações de governo digital e ao uso de recursos
de Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC). Trata-se de um comitê com uma composição representativa transversal,
para discussão e deliberação sobre questões envolvendo a temática das transformações informacionais estratégicas para o
alcance dos objetivos institucionais da agência. Substituiu os comitês criados pela Portaria nº 10.268 (criação do CPTC) e as
RA’s 43 (C2I) e 61 (CT) incorporando as suas responsabilidades e competências.

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2.2.1 INDICADORES DE GOVERNANÇA E GESTÃO
Nos anos recentes, a ANS tem se debruçado em indicadores de governança e gestão públicas, tomando como base, por exemplo,
os Levantamentos de Governança e Gestão Públicas empreendidos pelo Tribunal de Contas da União (TCU).

A partir da análise do Relatório Individual de Autoavaliação referente ao Levantamento de Governança e Gestão Públicas 2017
– Acórdão TCU nº 588/2018 – TCU/Plenário, com objetivo de contribuir para o aperfeiçoamento das rotinas operacionais da ANS
e controles internos (Art. 3°, XII do Anexo II da RR n.º 1/2017), foi possível identificar a posição da ANS no mapa comparativo do
perfil de governança comparando às médias obtidas pelas organizações do mesmo tipo (Autarquias), segmento (entes do Poder
Executivo, vinculados ao Sistema de Pessoal Civil da Administração Federal – Exe.Sipec) e com todas as organizações participantes.

Naquele momento, a ANS se esforçou em estabelecer medidas de ação junto a cada unidade afetada pelos indicadores calculados
para que pudesse melhorar a classificação e desempenho da agência reguladora tanto em comparação a outras autarquias
quanto às organizações do mesmo segmento, bem como ao conjunto das organizações participantes do levantamento.

Estiveram no foco os indicadores/sub indicadores que se enquadraram como “Inexpressivo” (0 a 14,9%) e “Inicial” (15 a 39,9%).
No ciclo seguinte, o Levantamento de Governança e Gestão Públicas 2018 – Acórdão TCU nº 2699/2018 – TCU/Plenário evidenciou
que a ANS teve melhoria na maioria de seus indicadores, como se pode observar na TABELA 2.2:

TABELA 2.1 INDICADORES DE GOVERNANÇA E GESTÃO

Indicador Ciclo 2017 Ciclo 2018


ICG (ÍNDICE DE GOVERNANÇA E GESTÃO PÚBLICAS) 47% 54%
IGOVPUB (ÍNDICE DE GOVERNANÇA PÚBLICA) 75% 68%
IGOVPESSOAS (ÍNDICE DE GOVERNANÇA E GESTÃO DE PESSOAS) 51% 47%
GESTÂOPESSOAS (ÍNDICE DE CAPACIDADE EM GESTÃO DE PESSOAS) 31% 31%
IGOVTI (ÍNDICE DE GOVERNANÇA E GESTÃO DE TI) 46% 62%
GESTÃOTI (ÍNDICE DE CAPACIDADE EM GESTÃO DE TI) 40% 57%
IGOVCONTRAT (ÍNDICE DE GOVERNANÇA E GESTÃO DE CONTRATAÇÕES) 40% 53%
IGOVCONTRAT (ÍNDICE DE CAPACIDADE EM GESTÃO DE CONTRATAÇÕES) 40% 58%

Fonte: Gabinete da Presidência (fevereiro, 2019).

Não foram realizados levantamentos pelo TCU para os ciclos de 2019 e 2020. No entanto, a ANS segue empreendendo esforços
para a melhoria contínua dos indicadores, buscando superar a cada levantamento o seu desempenho, com vistas ao aprimoramento
de sua governança e sua gestão. Ações foram adotadas para atender aos itens apresentados no questionário de 2018, entre elas o
estabelecimento de um Plano de Integridade, restando apenas finalizar a implementação das medidas de monitoramento contínuo,
a atualização do Plano Diretor de Tecnologia da Informação e Comunicações (PDTIC), o tratamento de riscos de tecnologia da
informação dos processos críticos de negócios, a adoção de medidas de contingência que servirão de base para um futuro Plano
de Continuidade de Negócios, a instituição do Comitê de Governança Digital, o estabelecimento de modelo de gestão estratégica, a
implantação do projeto ANS Digital, e o monitoramento do absenteísmo relacionados à saúde do servidor.

2.3 PRINCIPAIS AÇÕES DE SUPERVISÃO, CONTROLE E CORREIÇÃO


No âmbito da ANS, a execução das atividades de correição está a cargo da Corregedoria – PPCOR, unidade seccional do Sistema
de Correição do Poder Executivo Federal.

Entre seus principais objetivos destacam-se os de orientar, apoiar, supervisionar e normatizar o exercício das funções disciplinares
nesta Agência Reguladora. Trata-se, em resumo, do órgão encarregado de zelar pela probidade e de fiscalizar as atividades
funcionais e a conduta dos servidores da ANS.

Como integrante do Sistema de Correição do Poder Executivo Federal, a Corregedoria da ANS é responsável pelo registro tanto
das informações relacionadas a procedimentos administrativos disciplinares no Sistema de Gestão de Processos Disciplinares,
conforme os ditames da Portaria CGU nº 1.043/2007, quanto daquelas relativas a Processos Administrativos de Responsabilização
(PAR), a Investigações Preliminares (IP), a juízo de admissibilidade que decidir sobre a instauração de PAR ou IP, bem como a
penalidades aplicadas a pessoas físicas ou jurídicas que impliquem restrição ao direito de contratar ou licitar com a Administração
— consoante Portaria CGU nº 1.196/2017 —, quer no Cadastro de Empresas Inidôneas e Suspensas, quer no Cadastro Nacional de
Empresas Punidas, ou ainda no Sistema de Gestão de Procedimentos de Responsabilização de Entes Privados.

Em 2020, foram instaurados vinte procedimentos disciplinares.

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CAPÍTULO 03

RISCOS, OPORTUNIDADES E PERSPECTIVAS


3.1 MODELO DE GESTÃO DE RISCOS NA ANS
A Política de Gestão de Riscos no âmbito da ANS foi estabelecida pela Resolução Administrativa nº 60/2014. A Política visa à
implantação da gestão de riscos na Agência, com o fim de apoiar a melhoria contínua de processos de trabalho, projetos e a
alocação eficaz dos recursos disponíveis, contribuindo para o cumprimento dos objetivos estratégicos.

Um dos componentes da gestão de riscos é o seu processo de avaliação de riscos que visa a sistematizar e estruturar a Política,
os procedimentos e as suas práticas.

O processo de avaliação de riscos adotado na ANS segue os princípios definidos na RA n°60/2014 e está fortemente baseada na
norma ISO 31000:2018 – Gestão de Riscos – Princípios e Diretrizes.

FIGURA 3.1 – FLUXOGRAMA DO PROCESSO DE AVALIAÇÃO DE RISCOS


AVALIAÇÃO DE RISCO

PLANEJAMENTO EXECUÇÃO

MAPAS DE RISCOS
RELATÓRIO
E PLANOS DE
PRELIMINAR
TRATAMENTO

ACOMPANHAMENTO

Fonte: Gabinete da Presidência (2019)

Uma das principais ações para a condução da implantação da gestão de riscos é o modelo de capacitação adotado desde 2017.
Neste sentido, utilizando-se o próprio corpo técnico da ANS, com servidores certificados internacionalmente na norma ISO
31000:2018, são preparadas e ministradas aulas sobre os principais conceitos e as diretrizes da Gestão de Riscos, de acordo
com a Política em vigência, e, principalmente, no processo de avaliação de riscos adotado na Agência. Em função das avaliações
positivas das turmas e resultados alcançados, a ANS publicou o seu Manual de Gestão de Riscos.

Informações adicionais podem ser acessadas em: https://www.gov.br/ans/pt-br/arquivos/acesso-a-informacao/transparencia-


institucional/gestao-de-riscos/manual-de-gestao-de-riscos-da-ans.pdf

Em 2020, em função da pandemia, não houve realização de turmas de capacitação. Ainda assim, com o quadro de servidores
já capacitado e como resultado da estratégia adotada, em dezembro de 2020, 80 processos de avaliação de riscos haviam sido
iniciados e encontravam-se com o seguinte status:

FIGURA 3.2 STATUS DO PROCESSO DE AVALIAÇÃO DE RISCOS

PLANEJAMENTO EXECUÇÃO RELATÓRIO ACOMPANHAMENTO


PRELIMINAR
6 10 2 62

Fonte: Gabinete da Presidência (janeiro, 2021)

O acompanhamento da evolução da gestão de riscos na ANS e discussão dos riscos identificados e analisados como mais
críticos é feita também pelo Comitê de Governança, Riscos e Controles (CGRC), instância máxima de governança da Agência,
criado em 2017 e composto pelos cinco Diretores.

Em 2020, foram realizadas cinco reuniões do CGRC, que contou ainda com a participação da Auditoria Interna, Tecnologia da Informação,
Gerência de Planejamento, Ouvidoria, Corregedoria e Comissão de Ética, e seus respectivos temas correlacionados à governança.
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Entre outras, destacam-se as seguintes ações:

FIGURA 3.3 – EVOLUÇÃO DA GESTÃO DE RISCOS NA ANS

Funcionamento de canais Funcionamento de controles Procedimento de Gestão de riscos para a


de denúncias com a internos e cumprimento de responsabilização com integridade, seguindo a
centralização recomendações de auditoria adoção dos sistemas metodologia do
no sistema e-OUV com a adoção do sistema CGU-PAD e CGU-PJ processo de avaliação
Monitor-Web de riscos da ANS
Fonte: Gabinete da Presidência (2019)

Saiba mais: https://www.gov.br/ans/pt-br/acesso-a-informacao/transparencia-e-prestacao-de-contas/gestao-de-riscos

3.2 PRINCIPAIS RISCOS E SUA VINCULAÇÃO AOS OBJETIVOS ESTRATÉGICOS


De acordo com a metodologia adotada na Agência, e operacionalizada através do Processo de Avaliação de Riscos, os riscos
foram divididos em dois grupos:

RISCOS OPERACIONAIS:
Entende-se por Riscos Operacionais, a estimativa de perdas diretas ou indiretas resultantes da probabilidade de ocorrência de
vulnerabilidades (falhas, deficiências ou inadequações) associadas a fatores de riscos (processos internos, pessoas, sistemas,
infraestrutura física, estrutura organizacional, e eventos externos, entre outros), combinado com o impacto percebido em
cinco áreas (“Desempenho: Interrupção e Retomada”, “Legal e Compliance”, “Ambiente de Trabalho e Segurança”, “Ativos e
Financeiro”, e “Mídia e Reputação”) e que podem afetar o atingimento dos objetivos

A Gestão de Riscos na ANS, concretizada através dos resultados apurados pelo processo de avaliação de riscos, tem como
objeto os processos de trabalhos e projetos executados para que os objetivos estratégicos apresentados no “Mapa Estratégico”,
contido no “Plano Estratégico da ANS”, sejam efetivamente atingidos. Desta forma, todos os riscos identificados e analisados
nos 62 (sessenta e dois) processos de trabalho que já estão em monitoramento estão relacionados aos objetivos estratégicos.

FIGURA 3.4 MEDIDAS DE GERENCIAMENTO DOS RISCOS OPERACIONAIS SIGNIFICATIVOS

RISCOS OPERACIONAIS
Os riscos operacionais identificados, e já analisados, são acompanhados pelo respectivo gestor do risco,
responsável pelo plano de tratamento, sempre quando o nível de risco residual se encontra acima de risco
tolerável, definido em cada processo de trabalho.
Em relação aos planos de tratamento propostos e em implementação pelos gestores para modificar os níveis
de riscos a patamares aceitáveis, temos, entre outros:

• treinamento e capacitação das equipes envolvidas nos processos de trabalho;


• treinamento sobre ética, classificação de informações, e deveres dos servidores públicos;
• levantamento da necessidade de redimensionamento de força de trabalho;
• revisão dos níveis de aprovação necessários para o fluxo da informação entre os processos e as áreas;
• realização de backups das informações recebidas e geradas;
• revisão dos dados referentes aos processos de trabalho analisados e disponibilizados publicamente pela ANS;
• implantar rotinas de monitoramento e análise gerencial dos resultados alcançados;
• priorizar a contratação de outros órgãos públicos que prestem os serviços pretendidos.

Fonte: Gabinete da Presidência (2020)

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RISCOS DE INTEGRIDADE:
Entende-se por riscos de integridade, ações ou omissões que possam favorecer a ocorrência de fraudes ou atos de corrupção,
podendo inclusive serem causas, eventos ou efeitos dos riscos operacionais.

FIGURA 3.5 MEDIDAS DE GERENCIAMENTO DOS RISCOS DE INTEGRIDADE SIGNIFICATIVOS

RISCOS DE INTEGRIDADE
Os riscos de integridade apontados no Plano de Integridade da ANS são oriundos de entrevistas e reuniões
feitas com os gestores responsáveis pelas áreas envolvidas no monitoramento e na apuração dos casos
identificados.
Entre as principais medidas de tratamento em execução na Agência, constam:

• ações de sensibilização voltadas à prevenção de condutas antiéticas para colaboradores;


• revisão do Código de Ética;
• procedimentos de apuração para identificação de casos de nepotismo;
• ações permanentes de monitoramento de acesso a sistemas e pastas de rede;
• análises feitas pela Comissão de Conflito de Interesse;
• exigência de declaração de parentes no momento da posse para cargos em comissão, funções de confiança,
terceirizados ou estagiários;
• divulgação obrigatória de agenda pública para ocupantes de cargos até o DAS-5;

Fonte: Gabinete da Presidência (2019)

Em 2020, a ANS iniciou o processo de atualização do seu Plano de Integridade lançado em novembro de 2018. Foram listados os
principais riscos de Integridade com a participação das áreas de controles (OUVID, AUDIT, PPCOR e CEANS) e das cinco Diretorias.

FIGURA 3.6 RISCOS DE INTEGRIDADE IDENTIFICADOS

RISCOS DE INTEGRIDADE JÁ IDENTIFICADOS

Conduta Vazamento, Conflito Nepotismo


profissional manipulação e de interesses
inadequada dos alteração de
servidores dados e
informações

Fraudes Utilização Ausência de Desvio de função


na licitação indevida de bens segregação de
ou fiscalização e materiais funções
de contratos públicos

Fonte: Gabinete da Presidência (janeiro, 2021)

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3.3 DESAFIOS E PERSPECTIVAS
Considerando o ambiente externo enfrentado em 2020, decorrente da pandemia de COVID-19, foram identificadas as necessidades
de mudanças nas ações planejadas para o ano, a fim de permitir a adequação da Agência nesse novo contexto.

Nesse sentido, foram revistas ações de TI para permitir o trabalho remoto por todos os servidores e colaboradores, como contratação
e aumento do uso de serviços em Nuvem, redução do número de aquisição de computadores desktop, troca dos computadores
físicos por máquinas virtuais, saindo inclusive da dependência da máquina física via Virtual Private Network (VPN) e adaptações na
gestão de contratos dos serviços terceirizados (controles eletrônico de frequência e agendamento para atendimento dos serviços
presenciais). Em paralelo, foram realizadas modernizações (migrações e atualizações) da rede de comunicação interna e de
infraestrutura de servidores e de banco de dados, sem causar maiores impactos nas atividades da ANS.

O objetivo principal é garantir o pleno funcionamento de todas as áreas da Agência e o retorno às atividades presenciais, quando
ocorrer, com uma infraestrutura balanceada para absorver o máximo do quantitativo de pessoas, seja em ambientes virtuais ou
presenciais.

Outros desafios enfrentados referem-se à ausência de concurso público para os cargos de nível superior desde 2013, além
da necessidade de reposição de mão-de-obra (aposentadoria, movimentação, vacância, entre outros), o que leva o número de
servidores públicos que compõem o quadro de pessoal da ANS incompatível com o cumprimento das ações regulatórias e de
fiscalização da Agência. A fim de reduzir os impactos dessa situação, a flexibilização no remanejamento de servidores trazida
pela Portaria nº 193/2018, e Portaria nº 282/2020, que disciplinou o instituto da movimentação para composição da força de
trabalho, previsto no § 7º do art. 93, da Lei nº 8.112/1990, permitiu a movimentação de servidores e empregados públicos de
outros órgãos para a ANS ampliando o seu quadro de pessoal e contribuindo para o alcance dos objetivos estratégicos.

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CAPÍTULO 04

DESEMPENHO INSTITUCIONAL
4.1. RESULTADOS MENSURADOS PELOS INSTRUMENTOS DE GESTÃO

4.1.1 PROGRAMA DE QUALIFICAÇÃO INSTITUCIONAL


O Programa de Qualificação Institucional, instituído em 2006, foi reformulado em 2020 com a publicação da Resolução
Administrativa (RA) nº 69. Esta RA teve o objetivo de adequar a avaliação institucional à Lei nº 13.848/2019.

A principal transformação da nova metodologia foi a definição e o monitoramento de Indicadores para avaliar o alcance dos
objetivos do Mapa Estratégico 2020 a 2023 da ANS.

No que se refere à coleta de dados, o compartilhamento de informações tornou-se mais dinâmico com a implantação de um site
interno do Programa no SharePoint, o que favoreceu a troca de dados e a rapidez na coleta das informações dos indicadores.
Qualquer cidadão ou ator da saúde suplementar pode acessar o Painel de Indicadores do Programa de Qualificação Institucional
por meio do link https://www.gov.br/ans/pt-br/acesso-a-informacao/transparencia-e-prestacao-de-contas/programa-de-
qualificacao-institucional e conferir os resultados do Programa em tempo real.

FIGURA 4.1- PAINEL DO PROGRAMA DE QUALIFICAÇÃO INSTITUCIONAL NO POWER BI

Fonte: Gerência de Qualificação Institucional (fevereiro, 2021)

Os resultados dos 23 indicadores para o ciclo avaliativo 2020, podem ser observados no QUADRO 4.1:

QUADRO 4.1- RESULTADOS DOS INDICADORES DO PROGRAMA DE QUALIFICAÇÃO INSTITUCIONAL 2020

Indicador Meta Resultado até jan./2021


1.2.1 - ÍNDICE DE ABRANGÊNCIA DO ACOMPANHAMENTO REGULAR ECONÔMICO-
≥ 91% 90,46%
FINANCEIRO
RESULTADO SÓ NO
1.5.1 - PERCENTUAL DE BENEFICIÁRIOS EM OPERADORAS COM IDSS NAS DUAS PRIMEIRAS
≥ 76% PRIMEIRO TRIMESTRE DE
FAIXAS
2021
1.5.2 - PERCENTUAL DE BENEFICIÁRIOS EM OPERADORAS ACREDITADAS SEM META 31,17
2.1.1 - ÍNDICE DE RECUPERABILIDADE DE OPS NO ACOMPANHAMENTO ESPECIAL
SEM META 77,27
ECONÔMICO-FINANCEIRO

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Indicador Meta Resultado até jan./2021
2.1.2 - TEMPO MÉDIO DE TRAMITAÇÃO DO PROCESSO SANCIONADOR ≤ 720 DIAS 524,49
2.2.1 - PERCENTUAL DE BENEFICIÁRIOS EM OPERADORAS CERTIFICADAS SEM META 0%
2.5.1 - ÍNDICE DE PREVISIBILIDADE REGULATÓRIA ≥ 71%  100%
2.6.1 - PERCENTUAL DE CONTRIBUIÇÕES ACEITAS EM CONSULTA PUBLICA SEM META 44,14
3.1.1 - ÍNDICE DE FAVORABILIDADE DA IMAGEM DA ANS JUNTO À IMPRENSA ≥ 83%  93,59%
3.2.1 - ÍNDICE DE SATISFAÇÃO COM O CONTEÚDO DE EVENTOS REALIZADOS PELA ANS ≥ 8,50  8,49
3.3.1 - PERCENTUAL DE ARRECADAÇÃO DO RESSARCIMENTO AO SUS SEM META  78,20%
≤ 1,04
3.3.2 - TEMPO MÉDIO ENTRE O EVENTO NO SUS E A NOTIFICAÇÃO DO ABI  1,11
ANOS
3.4.1 - ÍNDICE DE ADERÊNCIA AO PROGRAMA PARCEIROS DA CIDADANIA SEM META  33
4.1.1 - TEMPO MÉDIO DE CONTRATAÇÃO ≤ 180 DIAS  EM APURAÇÃO
4.2.1 - PERCENTUAL DE PROCESSOS DE TRABALHO MAPEADOS/TD> ≥ 38% 40,26%
4.3.1 - PERCENTUAL DE EXECUÇÃO ORÇAMENTÁRIA ≥ 90,4% 92,24%
4.4.1 - PERCENTUAL DE EXECUÇÃO DO PDP 48,83% 15,63%
4.4.2 - PERCENTUAL DE SERVIDORES CAPACITADOS ANUALMENTE ≥ 60% 27,71%
4.5.1 - PERCENTUAL DE COMUNICAÇÃO ELETRÔNICA ENTRE ANS E SOCIEDADE ≥ 96%  97,58%
4.5.2 - PERCENTUAL DE PROCESSOS COM GESTÃO DE RISCOS ≥ 12% 15,09%
4.6.1 - PERCENTUAL DE IMPLEMENTAÇÕES NOS PROJETOS DE DESENVOLVIMENTO DE TI
≥ 98%  99,30%
NO PRAZO
4.7.1 - PERCENTUAL DE EXECUÇÃO DO PDTIC ≥ 10%  100%
4.8.1 - PERCENTUAL DE M2 ALUGADO ≥ 36% 23,16%
Fonte: Gerência de Qualificação Institucional (janeiro, 2021)

4.1.2 AGENDA REGULATÓRIA


Conforme estabelecido na Lei nº 13.848/2019, o planejamento da atividade normativa da ANS é realizado por meio de Agenda
Regulatória. Durante o ano de 2020, foram realizados 3 ciclos de monitoramentos das ações da Agenda Regulatória 2019-2021,
com vistas a acompanhar e avaliar a execução das fases previstas para o ano em exercício.

O último monitoramento foi realizado em janeiro de 2021 e tem seu resultado apresentado no site da Agência.

GRÁFICO 4.1- MONITORAMENTO AGENDA REGULATÓRIA – JANEIRO 2021

36% Concluída
43%
Em execução
Excluída
Incluída
Não iniciado
Reprogramada
3%
4% 8%
6%
Fonte: Gerência de Planejamento e Acompanhamento (fevereiro, 2021)

Das 125 fases contidas nos 16 temas da Agenda, até dezembro de 2020, 45 foram concluídas. Para 2021, estão previstas para
serem concluídas 69 fases.

O painel da Agenda Regulatória está disponível para consulta em https://www.gov.br/ans/pt-br/acesso-a-informacao/


participacao-da-sociedade/agenda-regulatoria-2019-2021.

AGÊNCIA NACIONAL DE SAÚDE SUPLEMENTAR RELATÓRIO ANUAL DE GESTÃO - EXERCÍCIO 2020 38


4.1.3 PLANO DE GESTÃO ANUAL
Durante o exercício de 2020, o Plano de Gestão Anual (PGA) passou por 2 ciclos de monitoramento com vistas a acompanhar a
execução das ações e projetos previstos e propor eventuais ajustes. Com o objetivo de dar maior transparência foi desenvolvido
um painel dinâmico facilitando o acesso às informações.

GRÁFICO 4.2- STATUS – PROJETOS/AÇÕES PGA 2020


9%

Concluída
Em execução
51%
Não iniciada
40%

Fonte: Gerência de Planejamento e Acompanhamento (março, 2021)

Das 86 ações planejadas para o período, observa-se que 51,16% das ações foram concluídas no período e 39,53% encontram-
se, ainda, em execução. As ações e projetos previstos no PGA 2020 e concluídos em 2020 são apresentadas no quadro 4.1:

QUADRO 4.2- AÇÕES E PROJETOS CONCLUÍDOS EM 2020

UNIDADE
PROJETOS/AÇÕES
RESPONSÁVEL

REALIZAR TODOS OS TRABALHOS DE AUDITORIA PREVISTOS NO PLANO ANUAL DE AUDITORIA INTERNA (PAINT) AUDIT

ELABORAR O RELATÓRIO ANUAL DE ATIVIDADES DE AUDITORIA INTERNA (RAINT) REFERENTE AO EXERCÍCIO


AUDIT
ANTERIOR

ELABORAR RELATÓRIO ANUAL DE ATIVIDADES - RAA SEGER

ELABORAR PROPOSTA TELETRABALHO GPLAN SEGER

ELABORAR CADEIA DE VALOR DA ANS SEGER

ELABORAR NOVA METODOLOGIA DO PLANO DE GESTÃO ANUAL SEGER

REVISAR A CARTA DE SERVIÇOS SEGER

REVISAR MAPA ESTRATÉGICO ANS SEGER

ELABORAR NOVA METODOLOGIA DO PLANO ESTRATÉGICO SEGER

PRODUZIR ESTUDO DO IMPACTO DA LEI GERAL DE PROTEÇÃO DE DADOS PESSOAIS NO PADRÃO TISS. DIDES

REALIZAR EXAME DO IMPACTO SOBRE A QUALIDADE DO CADASTRO DE DEMANDAS PELOS CANAIS DE


ATENDIMENTO, APÓS ALTERAÇÃO DO SCRIPT REALIZADA EM DEZEMBRO DE 2018, POR MEIO DO NÚMERO DE DIFIS
ALTERAÇÕES DE TEMA/SUBTEMAS DA NIP REALIZADAS POSTERIORMENTE PELOS ANALISTAS

EXECUTAR AÇÕES DE PROSPECÇÃO DE PARCEIROS JUNTO AO SNDC VISANDO A AMPLIAÇÃO DO PROGRAMA


DIFIS
PARCEIROS DA CIDADANIA EM 2020

MONITORAR O TEMPO DE ANÁLISE DA NIP ASSISTENCIAL EM 2020 DIFIS

MONITORAR O TEMPO DE ANÁLISE DA NIP NÃO-ASSISTENCIAL EM 2020 DIFIS

MONITORAR O TEMPO MÉDIO DE CONDUÇÃO/ANÁLISE DO PROCESSO SANCIONADOR EM 2020 DIFIS

EXTERNALIZAR PROCESSO ADMINISTRATIVO ELETRÔNICO E IMPLANTAR BARRAMENTO DE SERVIÇOS (ANS DIGITAL) DIGES

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ADOTAR MEDIDAS DE ESTÍMULO À REDUÇÃO DO GASTO COM UTILIZAÇÃO DO TRANSPORTE INSTITUCIONAL DIGES

ELABORAR PLANO DE OTIMIZAÇÃO DE GASTOS DIGES

ELABORAÇÃO DO PLANO DE DESENVOLVIMENTO DE PESSOAS 2021 DIGES

ELABORAR ESTUDO DE CÁLCULO DO CAPITAL PARA O RISCO DE CRÉDITO DIOPE

ELABORAR PROPOSTA DE REVISÃO DAS REGRAS APLICÁVEIS ÀS AUTOGESTÕES COM MANTENEDOR DIOPE

DISPONIBILIZAR O ANUÁRIO 2019 DIOPE

DISPONIBILIZAR O ATLAS 2019 DIOPE

DISPONIBILIZAR O PRISMA 2019 DIOPE

AUTOMATIZAR SERVIÇO DE REGISTRO DE OPERADORA NO PORTAL DE SERVIÇOS DO GOVERNO FEDERAL DIOPE

DISPONIBILIZAR ATUALIZAÇÃO DE IPCA PARA CAPITAL BASE - 2020 DIOPE

APROVAR MEDIDA REGULATÓRIA PARA REGRA DE CAPITAL - FATOR DE RISCO DE CRÉDITO DIOPE

REALIZAR ANÁLISE DE OPS EM PAEF EM MÉDIA INFERIOR A 120 DIAS DIOPE

PROMOVER O CANCELAMENTO A PEDIDO DE REGISTRO ANS, A PARTIR DO CUMPRIMENTO DOS PRESSUPOSTOS


DIOPE
LEGAIS PELAS OPS, EM MÉDIA INFERIOR A 75 DIAS

REALIZAR ANÁLISE DE OPS EM DIREÇÃO FISCAL EM MÉDIA INFERIOR A 150 DIAS DIOPE

IMPLEMENTAR A INDISPONIBILIDADE DE BENS DOS ADMINISTRADORES DE OPS EM DIREÇÃO FISCAL OU


DIOPE
LIQUIDADAS EXTRAJUDICIALMENTE EM NO MÁXIMO 15 DIAS

ELABORAR 500 ANÁLISES TÉCNICAS INDIVIDUAIS, CONTEMPLANDO NO MÍNIMO 300 DIFERENTES OPERADORAS DIOPE

ELABORAR 100 ANÁLISES ATUARIAIS DE PEONA OU DE METODOLOGIAS DE INADIMPLÊNCIAS DIOPE

VERIFICAR A REGULARIDADE NO ENVIO DOS DOCUMENTOS CONTÁBEIS PERIÓDICOS DAS OPERADORAS,


EXCLUÍDAS AS ODONTOLÓGICAS DE PEQUENO PORTE, ADMINISTRADORAS DE BENEFÍCIOS E AUTOGESTÕES COM DIOPE
MANTENEDOR
ELABORAR ARR E PROPOSTA DE REVISÃO DAS REGRAS APLICÁVEIS À AUTORIZAÇÃO PRÉVIA ANUAL (IN DIOPE Nº
DIOPE
54)
ANALISAR CONTRIBUIÇÕES RECEBIDAS E ELABORAR NOTA TÉCNICA SOBRE ACESSO A PLANOS PRIVADOS DE
DIPRO
ASSISTÊNCIA À SAÚDE
ANALISAR CONTRIBUIÇÕES RECEBIDAS E ELABORAR NOTA TÉCNICA SOBRE APERFEIÇOAMENTO DAS REGRAS
DIPRO
SOBRE TRANSFERÊNCIA DE CARTEIRAS
ANALISAR CONTRIBUIÇÕES RECEBIDAS E ELABORAR NOTA TÉCNICA SOBRE APERFEIÇOAMENTO DOS CRITÉRIOS
DIPRO
PARA ALTERAÇÃO DE REDE HOSPITALAR
ELABORAR ANÁLISE DE IMPACTO REGULATÓRIO E DE MINUTA DE RESOLUÇÃO NORMATIVA - RN SOBRE
DIPRO
APRIMORAMENTO DAS REGRAS DE NOTIFICAÇÃO DE INADIMPLÊNCIA E REGULAMENTAÇÃO DE SUSPENSÃO

CONSTRUIR PELO MENOS UM INDICADOR DE REDES SOCIAIS SEGER

MAPEAR 3 PROCESSOS DE TRABALHO GCOMS SEGER

IMPLEMENTAR PELO MENOS UM INDICADOR PARA COMUNICAÇÃO INTERNA SEGER

IMPLEMENTAR PELO MENOS UM INDICADOR PARA ASSESSORIA DE IMPRENSA SEGER

CONSOLIDAR AS INFORMAÇÕES DE CAUSAS E DE EFEITOS EM RELATÓRIOS GERENCIAIS PARA TRATAMENTO


PRESI
PREVENTIVO PELAS ÁREAS MEIO (PESSOAL, TECNOLOGIA, INFRAESTRUTURA E FINANCEIRO)
Fonte: Gerência de Planejamento e Acompanhamento (março, 2021)

O resultado obtido no PGA 2020 pode ser considerado positivo levando -se em conta o período atípico vivenciado nesse
ano. Cumpre observar que a pandemia teve grande influência sobre as ações e projetos, especialmente àquelas que previam
atividades presenciais. Da mesma forma, causou significativo impacto sobre as atividades da Agência e das operadoras e
prestadores, o que determinou o redirecionamento de esforços nesse sentido.

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4.2 RESULTADOS E ENTREGAS DAS AÇÕES PLANEJADAS SETORIALMENTE

4.2.1 REGULAÇÃO ASSISTENCIAL E DE ESTRUTURA DE PRODUTOS

REALIZAÇÃO DE VISITAS TÉCNICO-ASSISTENCIAIS ÀS OPERADORAS


A visita técnico-assistencial consiste em medida administrativa, programada a partir do Monitoramento do Risco Assistencial,
com vistas a determinar, dentre as operadoras elegíveis, os critérios de prioridade para cada ciclo de avaliação, conforme
previsto na IN nº 53/2017/DIPRO.

É realizada nas instalações da operadora, com o objetivo de traçar diagnóstico em relação aos produtos e qualidade dos serviços
prestados, direta ou indiretamente, pelas operadoras.

Em decorrência da situação extraordinária de crise ocasionada pela pandemia pelo novo coronavírus, em 2020, em cumprimento
às recomendações das autoridades sanitárias de distanciamento social, não foram realizadas visitas técnico-assistenciais pela
Diretoria de Normas e Habilitação dos Produtos.

RESULTADOS OBTIDOS COM AS POLÍTICAS DE PROMOPREV


Os Programas de Promoção de Saúde e Prevenção de Doenças - PROMOPREV são programas que possibilitam aos beneficiários
a coordenação do cuidado em saúde da forma mais adequada possível, prevenindo a exposição aos fatores de risco e
favorecendo o diagnóstico precoce no estabelecimento das doenças, a partir de um conjunto de abordagens estruturadas que as
operadoras oferecem, uma vez que o objetivo da assistência deve ser o de promover a saúde e não somente tratar as doenças.
O desenvolvimento destes programas visa otimizar a gestão em saúde a partir da perspectiva do envelhecimento saudável e da
melhoria da qualidade de vida dos beneficiários.

Os programas cadastrados pelas operadoras envolvem as seguintes áreas de atenção:

QUADRO 4.3- ÁREAS DE ATENÇÃO DOS PROGRAMAS OFERTADOS PELAS OPERADORAS

1. SAÚDE DA CRIANÇA 2. SAÚDE DO ADOLESCENTE 3. SAÚDE DO ADULTO

4. SAÚDE DA PESSOA COM DEFICIÊNCIA


5. SAÚDE DO IDOSO 6. SAÚDE DA MULHER
FÍSICA

7. SAÚDE DO HOMEM 8. SAÚDE MENTAL 9. SAÚDE BUCAL


Fonte: Gerência de Monitoramento Assistencial (fevereiro, 2021)

O GRÁFICOS 4.3 e o QUADRO 4.4 demonstram o aumento considerável de operadoras que inscreveram ou cadastraram
Programas de Promoção e Prevenção - PROMOPREV no ano de 2020, o que resultou em aumento do número de beneficiários
que participam das iniciativas de promoção e prevenção.

GRÁFICO 4.3- EVOLUÇÃO DOS PROGRAMAS DE PROMOPREV


2.000 1.960

1.500
1.363

1.000

597
500

0
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020

EVOLUÇÃO PROGRAMAS APROVADOS EVOLUÇÃO PROGRAMAS INSCRITOS EVOLUÇÃO PROGRAMAS


Fonte: Gerência de Monitoramento Assistencial (fevereiro, 2021)

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QUADRO 4.4- EVOLUÇÃO DO NÚMERO DE BENEFICIÁRIOS EM PROGRAMAS DE PROMOPREV

EVOLUÇÃO DE EVOLUÇÃO DE
BENEFICIÁRIOS BENEFICIÁRIOS EVOLUÇÃO DE
BENEFICIÁRIOS BENEFICIÁRIOS
ANO EM PROGRAMAS EM PROGRAMAS BENEFICIÁRIOS
EM PROGRAMAS EM PROGRAMAS
APROVADOS INSCRITOS EM PROGRAMAS
APROVADOS INSCRITOS
2009 68.285 0 68.285 0 68.285
2010 36.247 0 104.532 0 104.532
2011 35.803 538.708 140.335 538.708 679.043
2012 113.860 336.918 254.195 875.626 1.129.821
2013 26.520 157.846 280.715 1.033.472 1.314.187
2014 20.640 51.009 301.355 1.084.481 1.385.836
2015 48.975 88.658 350.330 1.173.139 1.523.469
2016 109.239 22.670 459.569 1.195.809 1.655.378
2017 214.775 12.591 674.344 1.208.400 1.882.744
2018 71.435 38.399 745.779 1.246.799 1.992.578
2019 199.316 206.004 945.095 1.452.803 2.397.898
2020 90.431 116.998 1.035.526 1.569.801 2.605.327
Fonte: Gerência de Monitoramento Assistencial (dezembro, 2020)

PUBLICAÇÃO DO MAPA ASSISTENCIAL 2019


A edição anual do Mapa Assistencial da Saúde Suplementar, publicada pela ANS desde 2012, tem como objeto a apresentação dos
dados de produção assistencial encaminhados pelas operadoras de planos privados de assistência à saúde, por meio do Sistema
de Informação de Produtos (SIP)1.

Apresentado em novo formato, disponível no portal da ANS2 conferindo maior transparência e acesso às informações de produção
assistencial do setor, contém, além dos indicadores da produção assistencial médico-hospitalares, os indicadores da produção
odontológica do setor. Dentre os indicadores, há o número de procedimentos realizados por beneficiário segundo modalidade de
operadora - autogestão, cooperativa médica, medicina de grupo, filantropia e seguradora; e segundo tipo de contratação do plano,
possibilitando análise comparativa do setor, considerando sua heterogeneidade.

FIGURA 4.2- MAPA ASSISTENCIAL DA SAÚDE SUPLEMENTAR 2019

Fonte: Mapa Assistencial 2019

1 O SIP é um sistema pelo qual as operadoras enviam dados agregados de eventos em saúde – consultas, atendimentos ambulatoriais, exames, terapias, internações e
procedimentos odontológicos. Instituído pela Resolução da Diretoria Colegiada – RDC nº 85/ 2001, foram introduzidas várias mudanças no sistema a partir da publicação da RN nº 205/2009,
e da IN DIPRO nº 212009, , que definem os quesitos a serem informados à ANS.
2 https://app.powerbi.com/view?r=eyJrIjoiZDFkODkxNzMtODgwNC00ZTFiLTg2MzUtZmEwNDViNmU1ZWI4IiwidCI6IjlkYmE0ODBjLTRmYTctNDJmNC1iYmEzLTBmYjEzNzVmYmU1ZiJ9

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QUADRO 4.5- PROCEDIMENTOS REALIZADOS EM 2019 PELOS PLANOS DE SAÚDE, POR TIPO

Procedimentos Número de ocorrências


CONSULTAS 277.547.948
OUTROS ATENDIMENTOS 158.837.908
EXAMES COMPLEMENTARES 916.537.839
TERAPIAS 72.051.896
INTERNAÇÕES 8.639.578
PROCEDIMENTOS ODONTOLÓGICOS 182.781.826
TOTAL 1.616.396.995
Fonte: Mapa Assistencial 2019

PLANOS DE RECUPERAÇÃO ASSISTENCIAL E REGIMES DE DIREÇÃO TÉCNICA


A ANS monitora as operadoras que apresentam anormalidades administrativas graves de natureza assistencial, que coloquem
em risco a continuidade ou a qualidade do atendimento à saúde dos beneficiários.

As operadoras nesta condição podem elaborar um Plano de Recuperação Assistencial – PRASS com prazos, métricas e objetivos
previamente definidos no prazo máximo de 12 meses. Caso já tenham providenciado os ajustes, podem apresentar resposta comprobatória
em substituição ao PRASS. Ambas as medidas, Plano de Recuperação Assistencial e resposta comprobatória, são simples, de baixo
custo para a União e de relevante interesse público. Ademais, vale pontuar, que a celeridade na análise das anormalidades por parte da
ANS e a rápida notificação à operadora são fundamentais para que as correções sejam providenciadas em tempo hábil à reversão do
quadro grave, garantindo a continuidade e a qualidade da assistência prestada aos beneficiários contratantes.

O gráfico abaixo apresenta o tempo médio de análise de anormalidades administrativas graves de natureza assistencial
verificadas ao longo de 2020.

GRÁFICO 4.4- TEMPO MÉDIO DE ANÁLISE DE ANORMALIDADES ADMINISTRATIVAS GRAVES DE NATUREZA ASSISTENCIAL
EM 2020
35
30
25
23
20 18
15
10 9,5
5
0 0
1º TRI 2º TRI 3º TRI 4º TRI

Meta Resultado (dias)

Fonte: Gerência de Direção Técnica (fevereiro,2021)

Para as operadoras que não conseguem reverter o quadro de anormalidades administrativas graves de natureza assistencial há
a indicação de instauração de regime especial de Direção Técnica, na qual um agente é designado pela ANS para atuação como
Diretor Técnico na operadora, com os honorários pagos pela última. A Direção Técnica poderá ser instaurada, de pronto, quando
a situação requerer um acompanhamento mais próximo da ANS, de forma urgente.

QUADRO 4.6- MEDIDAS ADMINISTRATIVAS ADOTADAS EM 2020

Quantidade de Total de Beneficiários Média de Beneficiários


Medida
Operadoras Tutelados Tutelados por Operadora

RESPOSTA COMPROBATÓRIA 6 105.259 17.543


PRASS 6 234.744 39.124
DIREÇÃO TÉCNICA 6 1.093.784 182.297
TOTAL 18 1.433.787 79.654
Fonte: Gerência de Direção Técnica (fevereiro,2021)

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ROL DE PROCEDIMENTOS E EVENTOS EM SAÚDE
A elaboração do Rol de Procedimentos e Eventos em Saúde - Rol constitui a referência básica para a cobertura assistencial
obrigatória pelas operadoras privadas de assistência à saúde, para os planos contratados a partir de 1º de janeiro de 1999,
de acordo com a segmentação contratada. É relevante que o Rol seja periodicamente atualizado, tendo em vista que novas
tecnologias em saúde são continuamente incorporadas à prática assistencial.

Para incluir ou excluir itens do Rol ou para alterar os critérios para indicação (Diretrizes de Utilização) dos procedimentos
listados, a ANS leva em consideração estudos técnicos, com evidências científicas atualizadas quanto à segurança, eficácia,
efetividade, acurácia e custo-efetividade das intervenções. Deste modo, os procedimentos incorporados são aqueles nos quais
os ganhos e os resultados clínicos são mais relevantes para os pacientes, segundo a melhor literatura disponível e os conceitos
de Avaliação de Tecnologias em Saúde.

O processo de atualização do Rol tem sido objeto de contínuo aprimoramento, buscando, a cada ciclo de atualização, maior
padronização, transparência, previsibilidade e efetiva participação social. Como consequência, a cada ciclo, o grau de complexidade
técnica e administrativa do processo evidenciou a premência em se estabelecer a normatização do rito administrativo da
atualização do Rol. Nesse contexto, foi publicada a RN n.º 439/2018, que norteia os trabalhos relativos ao Ciclo de Atualização
do Rol 2019-2020.

Em 2020, a equipe técnica da ANS atuou no sentido da conclusão da análise do conjunto de tecnologias em saúde (procedimentos,
medicamentos e termos descritivos). Note-se que esse conjunto incluiu não apenas as 214 propostas encaminhadas por meio
de formulário eletrônico que foram consideradas elegíveis, como também as 22 tecnologias recomendadas positivamente pela
Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde – CONITEC, e 23 demandas internas identificadas
pelo órgão técnico como relevantes para serem alteradas no Rol.

Dados o volume e a complexidade do trabalho, foi primordial o estabelecimento de parcerias institucionais para a adaptação
e aprimoramento do processo. As parcerias foram realizadas nos modelos de contratação de pareceres técnico-científicos,
convênios e acordos institucionais e forneceram apoio à ANS na análise das propostas de atualização do Rol, e como produto,
foram elaborados Relatórios de Análise Crítica - RAC. As seguintes instituições participaram na elaboração de RAC: Hospital Sírio
Libanês; Instituto Nacional de Cardiologia; Instituto Nacional de Câncer; Hospital Alemão Oswaldo Cruz; Universidade Federal do
Rio de Janeiro; Hospital das Clínicas de Porto Alegre; e Ministério da Saúde. Em paralelo às análises técnicas, foram realizadas
27 reuniões para discussão das propostas de atualização elegíveis, no período de 04/11/2019 a 14/05/2020. As reuniões
ocorreram de modo presencial e virtual (em virtude da pandemia relacionada à COVID 19).

Os participantes das reuniões técnicas foram indicados pelos membros da Câmara de Saúde Suplementar - CAMSS. Esse grupo,
de caráter consultivo, é composto por representantes de operadoras, prestadores, profissionais de saúde e representantes de
beneficiários, com o objetivo de estabelecer um diálogo permanente com os agentes da saúde suplementar e a sociedade sobre
as questões atinentes ao processo de atualização do Rol.

Todas as reuniões e os materiais discutidos podem ser acessados a partir do sítio eletrônico https://www.gov.br/ans/pt-br/
acesso-a-informacao/participacao-da-sociedade/atualizacao-do-rol-de-procedimentos.

A análise do conjunto de documentos produzidos e das discussões realizadas durante o processo de análise técnica resultou em
um conjunto de recomendações preliminares e na minuta de resolução normativa que, após aprovação pela Diretoria Colegiada
da ANS, foram submetidas a Consulta Pública nº 81/2020 (http://www.ans.gov.br/participacao-da-sociedade/consultas-
e-participacoes-publicas/consultas-publicas-encerradas/consulta-publica-n-81-atualizacao-do-rol-de-procedimentos-e-
eventos-em-saude-ciclo-2019-2020).

Cabe ressaltar que as 30.658 contribuições, conforme gráfico abaixo, tornam a Consulta Pública nº 81/2020 a maior já realizada
pela ANS até o presente momento, caracterizando a relevância do tema referente à cobertura assistencial no âmbito da saúde
suplementar para a sociedade.

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GRÁFICO 4.5- EVOLUÇÃO DA QUANTIDADE DE CONTRIBUIÇÕES NAS TRÊS ÚLTIMAS CONSULTAS PÚBLICAS DO ROL
30.658

6.338 5.259

CP 50 / 2015 CP 61 / 2017 CP 81 / 2020


Fonte: Gerência-Geral de Regulação Assistencial (dezembro, 2020)

ALTERAÇÃO DA REDE HOSPITALAR


Em 2020, em debate com o setor regulado por meio dos Diálogos sobre a Agenda Regulatória, foram realizadas três reuniões
para apresentação de proposta sobre os critérios de substituição e redimensionamento por redução de prestadores hospitalares.
Abaixo, tem-se a linha do tempo do projeto de Aperfeiçoamento dos Critérios de Alteração de Rede Hospitalar em 2020, bem
como das reuniões realizadas no âmbito desse projeto.

FIGURA 4.3 LINHA DO TEMPO EM 2020 DO PROJETO APERFEIÇOAMENTO DOS CRITÉRIOS DE ALTERAÇÃO DE REDE
HOSPITALAR
491ª Reunião DICOL, de 27/08/2018,
a par�r do parecer da PROGE,
confirmou-se a competência
regimental da DIPRO
Sistema de Alteração de Rede
Hospitalar, em fevereiro de
2018 e fim do passivo de rede

1º semestre
2017 2018 2019

Inclusão na Agenda
Regulatória 2019-2021
472ª Reunião DICOL,
de 11/09/2017, para apreciação da RN. Ex�nção dos Comitês,
Conflito de atribuições entre Decreto nº 9759, de
a DIPRO e a DIDES 11/04/2019

20 Reuniões sobre Recepção de


Agenda Regulatória 16 contribuições
Formulário (formsus)
recepcionamos 13
contribuições

2º semestre 14/02/2020 a
2019
13/02/2020
19/04/2020
1/07/2020

2ª Reunião Técnica Diálogos


1ª Reunião Técnica sobre Agenda Regulatória
Diálogos sobre Agenda Apresentação das contribuições
Regulatória para recebidas após 13 fevereiro de 2020 e
apresentação das proposta para abertura de Consulta
contribuições recebidas Pública

Fonte: Gerência-Geral Regulatória da Estrutura dos Produtos (janeiro, 2021)

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530 ª Reunião DICOL Reunião com as Diretorias da ANS
3ª Reunião Técnica
Reunião DIPRO e DIDES – 05/11/2020 Diálogos sobre
Foi acordada a realização
de reuniões, entre a Reunião DIPRO e DIFIS - 09/09/2020 Agenda Regulatória
DIPRO e as demais Apresentação da consolidação
Reunião DIPRO e DIGES - 12/08/2020
Diretorias, para que das contribuições recebidas e
fossem sanadas dúvidas Reunião DIPRO e DIOPE - 10/08/2020 proposta de abertura de
em relação à proposta. consulta pública

16 de julho de 2020 Agosto a Novembro 10 de dezembro 21 de dezembro


Julho de 2020 de 2020
de 2020 de 2020

Reuniões com Órgãos Externos


Reunião Administra�va
• MPRJ (21/07/2020) DICOL
• NUDECON (21/07/2020)
• ANAHP (29/07/2020)
• FENASAÚDE (31/07/2020)

Todo o material produzido a partir das reuniões está disponível no site da ANS em https://www.gov.br/ans/pt-br/acesso-a-infor-
macao/participacao-da-sociedade/reunioes-tecnicas-1

SOLICITAÇÕES DE ALTERAÇÃO DE REDE HOSPITALAR


O desenvolvimento do Sistema de Alteração de Rede Hospitalar a partir da publicação da IN DIPRO nº 54/2018, permitiu ter um
retrato mais fiel da rede assistencial hospitalar oferecida pela operadora. O aprimoramento do processo pode ser percebido no
gráfico comparativo 2018-2019-2020.

GRÁFICO 4.6- DISTRIBUIÇÃO DAS SOLICITAÇÕES DE ALTERAÇÃO DE REDE HOSPITALAR


2018 2019 2020

20.010 19.803

12.406
10.700
9.641
7.597

3.129
1.635 1.065 1.451
430 400 95 449 90

Interesse da Interesse do Encerramento de Recisão de Contrato Substituição de rede


Operadora Prestador atividades com a Operadora hospitalar
Intermediária

15.894

Redimensionamento: 50.519
21.854

Fonte: Gerência-Geral Regulatória da Estrutura dos Produtos (fevereiro, 2021)

MONITORAMENTO DA GARANTIA DE ATENDIMENTO


O Monitoramento da Garantia de Atendimento avalia as operadoras a partir das reclamações registradas pelos beneficiários nos
canais da ANS. O objetivo do programa é estimular as empresas a qualificarem o atendimento prestado aos consumidores, razão
pela qual os planos suspensos só podem voltar a ser comercializados quando forem comprovadas melhorias. A cada trimestre,
a listagem de planos é reavaliada, e as operadoras que deixarem de apresentar risco à assistência à saúde são liberadas, pelo
monitoramento, para oferecer os planos para novas comercializações.

A adoção da medida administrativa de suspensão da comercialização de produtos pela ANS para fins do Acompanhamento e
Avaliação da Garantia de Atendimento tem o objetivo de impedir a entrada de novos beneficiários em um plano que apresenta
risco à oferta ou à continuidade do atendimento, além de inadequações na formação de sua rede assistencial.

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QUADRO 4.7- HISTÓRICO DO MONITORAMENTO DA GARANTIA DE ATENDIMENTO POR CICLO

Operadoras com planos


Total de Planos suspensos
Ciclo Período suspensos no período
Reclamações no período (*)
(*)

4º TRIM 2017 01/10/2017 A 31/12/2017 13.898 17 44


1º TRIM 2018 01/01/2018 A 31/03/2018 13.999 12 31
2º TRIM 2018 01/04/2018 A 30/06/2018 14.803 11 26
3º TRIM 2018 01/07/2018 A 30/09/2018 14.741 3 17
4º TRIM 2018 01/10/2018 A 31/12/2018 15.024 13 46
1º TRIM 2019 01/01/2019 A 31/03/2019 17.835 11 51
2º TRIM 2019 01/04/2019 A 30/06/2019 18.633 10 51
3º TRIM 2019 01/07/2019 A 30/09/2019 22.309 12 39
4º TRIM 2019 01/10/2019 A 31/12/2019 20.664 5 14
1º TRIM 2020 01/01/2020 A 31/03/2020 21.404 1 7
2º TRIM 2020 01/04/2020 A 30/06/2020 14.964 2 11
3º TRIM 2020 01/07/2020 A 30/09/2020 25.405 3 12
4º TRIM 2020 01/10/2020 A 31/12/2020 DADOS AINDA NÃO DISPONÍVEIS
Fonte: Gerência de Acompanhamento das Redes Assistenciais (fevereiro, 2021)
Nota: (*) O quantitativo se refere a operadoras e planos de saúde suspensos APENAS pelo Monitoramento da Garantia de Atendimento

REAJUSTE POR VARIAÇÃO DE CUSTOS NOS PLANOS COLETIVOS


No que tange aos reajustes anuais por variação de custos, nos termos da atual regulamentação, nos contratos de planos
coletivos de assistência suplementar à saúde, não se exige a autorização da ANS para aplicar-lhes os índices de reajuste da
contraprestação pecuniária.

A Agência, para os planos coletivos, definiu as regras de reajuste para as operadoras nos seguintes normativos: RDC nº 29/00;
RDC nº 66/01; RN nº 08/02; RN nº 36/03; RN nº 74/04; RN nº 99/05; RN nº 118/05; RN nº 128/06; RN nº 129/06; RN nº 156/07;
RN nº 157/07; RN nº 171/08; e RN nº 172/08.

Os parâmetros para o reajuste, nos planos coletivos, são estipulados nas cláusulas contratuais, decorrentes da livre negociação
entre as partes celebrantes.

O critério de cálculo, bem como o percentual apurado pela operadora, podem ser negociados entre esta e a pessoa jurídica
contratante. A justificativa do percentual de reajuste proposto deve ser fundamentada pela operadora e seus cálculos
disponibilizados para conferência pela pessoa jurídica contratante, sejam os aumentos decorrentes de sinistralidade ou qualquer
outra metodologia de apuração acordada entre as partes e firmada em contrato.

Desta forma, a participação da pessoa jurídica contratante é fundamental no ato da negociação do reajuste, uma vez que estas
podem solicitar e ter acesso às informações sobre receitas e despesas exclusivamente de seus beneficiários e, por conseguinte,
podem avaliar a fidedignidade dos dados apresentados pela operadora sobre a sua massa específica de beneficiários, viabilizando
melhores condições de negociar os preços e reajustes.

As regras para o cálculo de reajustes nos planos coletivos com menos de 30 beneficiários são definidas na Resolução Normativa
nº 309/2012. De acordo com esse normativo, as operadoras de planos de saúde devem reunir em um grupo único os seus
contratos coletivos com menos de 30 beneficiários para aplicação do mesmo percentual anual de reajuste. Essa medida tem
como objetivo diluir o risco desses contratos, para aplicação do reajuste ao consumidor. Na prática, a medida ofereceu maior
equilíbrio no cálculo do reajuste aplicado pelas operadoras de planos de saúde, tendo em vista o maior número de beneficiários
no agrupamento de contratos.

Ressalta-se que a ANS realiza sua função regulatória, nos planos coletivos, por meio do monitoramento da evolução de seus
preços (inciso XXI, do art. 4º, da Lei 9961/2000). Neste contexto, as operadoras devem comunicar os reajustes aplicados nos
contratos coletivos, tanto os positivos e os negativos, quanto a ausência de reajuste, por meio do aplicativo RPC, com prazos de
envio variando de acordo com o aniversário dos contratos.

Os dados dos comunicados de reajustes aplicados nos contratos coletivos desde janeiro de 2015 podem ser acessados no Portal
de Dados Abertos.
AGÊNCIA NACIONAL DE SAÚDE SUPLEMENTAR RELATÓRIO ANUAL DE GESTÃO - EXERCÍCIO 2020 47
A seguir algumas estatísticas dos comunicados de reajuste dos contratos coletivos, informações que poderão ser obtidas no
Painel supracitado e também desenvolvidas por meio dos dados dispostos no PDA.

FIGURA 4.4 - PAINEL REAJUSTE MÉDIO E BENEFICIÁRIOS POR MÊS

Fonte: Gerência Econômico-Financeira e Atuarial dos Produtos (abril, 2021)

FIGURA 4.5 - PAINEL BENEFICIÁRIOS E REAJUSTES POR CICLO DE REAJUSTE

Fonte: Gerência Econômico-Financeira e Atuarial dos Produtos (abril, 2021)

SUSPENSÃO DOS REAJUSTES 


A ANS, em 21/08/2020, decidiu pela suspensão do pagamento das parcelas relativas ao reajuste por faixa etária e ao reajuste
financeiro nos quatro meses de setembro a dezembro de 2020 para todos os contratantes que receberam esses dois tipos de
reajuste referentes ao ciclo de reajustes do ano de 2020.

A decisão da Diretoria Colegiada da ANS foi tomada diante de um cenário de dificuldades para o consumidor em função da
retração econômica acarretada pela pandemia, e de um cenário de redução de utilização dos serviços de saúde no período. A

AGÊNCIA NACIONAL DE SAÚDE SUPLEMENTAR RELATÓRIO ANUAL DE GESTÃO - EXERCÍCIO 2020 48


medida da ANS buscou conferir alívio financeiro ao consumidor, sem desestabilizar as regras e os contratos estabelecidos (ver
https://www.gov.br/ans/pt-br/assuntos/noticias/beneficiario/ans-define-que-recomposicao-do-reajuste-suspenso-em-2020-
sera-parcelada-em-12-meses.

Todos os materiais técnicos que serviram de fundamento para a suspensão da aplicação de reajustes constam no site da ANS,
na página de Transparência Institucional/Reuniões da Diretoria Colegiada/ “16ª Reunião Extraordinária de Diretoria Colegiada
de 2020” (https://www.gov.br/ans/pt-br/acesso-a-informacao/transparencia-institucional/reunioes-da-diretoria-da-ans-1),
disponíveis para download.  

Os desdobramentos da medida de suspensão para cada tipo de contrato foram detalhados na forma de esclarecimentos ao
consumidor por meio do sítio da ANS (https://www.gov.br/ans/pt-br/assuntos/noticias/operadoras/avisos-para-operadoras/
recomposicao-do-reajuste-dos-planos-de-saude-2020-perguntas-e-respostas). 

DA FORMA DE RECOMPOSIÇÃO DOS REAJUSTES SUSPENSOS


Em 19/11/2020, a ANS deliberou pela forma de recompor os efeitos da suspensão dos reajustes, decidindo que os beneficiários
de planos de saúde que tiveram suspensas as cobranças de reajuste anual e por faixa etária entre setembro e dezembro deste
ano terão diluído o pagamento desses valores em 12 meses, a partir de janeiro de 2021. Com isso, a ANS buscou minimizar o
impacto da recomposição dos reajustes suspensos para os beneficiários de planos de saúde.

Na ocasião, foram definidos os reajustes máximos para os planos individuais regulamentados pela Lei nº 9.656/98 e para
aqueles regulamentados por Termo de Compromisso.

O percentual máximo de reajuste dos planos individuais ou familiares contratados a partir de janeiro de 1999 ou adaptados à Lei
nº 9.656/98 ficou estabelecido em 8,14%. (vide: https://www.gov.br/ans/pt-br/assuntos/noticias/beneficiario/ans-define-que-
recomposicao-do-reajuste-suspenso-em-2020-sera-parcelada-em-12-meses).

Já os percentuais máximos de reajuste dos planos individuais ou familiares contratados antes de janeiro de 1999 e regulados
por Termo de Compromisso variaram entre 8,56% e 9,26%. Também, espera-se para esses produtos que apresentem uma
redução nos índices de reajuste em 2021, dada a desaceleração das despesas assistenciais ocorridas em 2020. A decisão da
Diretoria Colegiada teve como fundamentos:
• o cumprimento do disposto no último parágrafo do Comunicado nº 85 de 31 de agosto de 2020 (recomposição dos efeitos
da suspensão dos reajustes ao longo de 2021); 
• estabilidade das regras regulatórias, previsibilidade e segurança jurídica;
• respeito aos contratos celebrados e às suas regras para manutenção do equilíbrio econômico-financeiro;
• Lei nº 13.848/2019, notadamente seu artigo 4º; e
• crescimento no número de beneficiários do setor, aliado à baixas taxas de inadimplência e à retomada da atividade econômica
medida pelo IBC-Br do Banco Central do Brasil.

Os materiais técnicos que fundamentaram esta decisão constam no processo SEI nº 33910.020902/2020-19 e no processo SEI
nº 33910.025029/2020-42.

MEDIDAS PARA MITIGAR O IMPACTO ECONÔMICO DA RECOMPOSIÇÃO DOS REAJUSTES


A partir de janeiro de 2021, as operadoras serão permitidas a voltar a aplicar tanto os reajustes anuais por variação de custos,
quanto os reajustes por faixa-etária. Adicionalmente, os valores referentes aos reajustes suspensos em 2020 devem ser diluídos
em 12 parcelas iguais e sucessivas, sem cobrança de juros. Com isso, a ANS buscou minimizar o impacto a recomposição dos
reajustes suspensos para os beneficiários de planos de saúde.

Cabe destacar que a recomposição dos reajustes suspensos poderá ocorrer em número superior a 12 parcelas, desde que haja
concordância entre as partes. Para tanto, a ANS orienta que os consumidores busquem sua operadora, ou administradora de
benefícios a fim de estabelecer esta negociação. A pedido do beneficiário ou da pessoa jurídica contratante, também é possível
realizar a recomposição da suspensão dos reajustes em número inferior de parcelas.

ACESSO A PLANOS DE SAÚDE


Com base em reuniões e em discussões sobre a regulamentação do tema “Acesso a Planos Privados de Assistência à Saúde”
por meio dos Diálogos sobre a Agenda Regulatória da DIPRO realizados em 2019, foram realizados diversos estudos ao longo
do ano de 2020 com o intuito de entender melhor a questão do acesso e elaborar uma proposta preliminar para a ampliação do
acesso dos brasileiros aos planos privados de assistência à saúde.

AGÊNCIA NACIONAL DE SAÚDE SUPLEMENTAR RELATÓRIO ANUAL DE GESTÃO - EXERCÍCIO 2020 49


Está prevista para o 1º trimestre de 2021 a realização de uma oficina pelo Laboratório de Inovação da ANS como desdobramento
das discussões sobre o tema “Acesso a Planos Privados de Assistência à Saúde”, tendo como objetivo reunir os atores do
mercado e órgãos de defesa do consumidor envolvidos no assunto para a conclusão do projeto.

TRANSFERÊNCIA DE CARTEIRAS
O tema tem o objetivo de aprimorar um conjunto de procedimentos associados às regras de transferência de carteira com o
intuito de simplificar o processo da operação de alienação. Em 2019, foram iniciadas as discussões sobre “Aperfeiçoamento das
regras sobre transferência de carteiras” por meio dos Diálogos sobre a Agenda Regulatória.

Com base nessas reuniões, ao longo do ano de 2020, foram feitas análises das normas e procedimentos envolvendo a
transferência de carteira com a finalidade de propor um processo de transferência mais dinâmico e menos oneroso, maior
segurança jurídica e transparência das informações aos beneficiários no processo de transferência, e redução das infrações à
ordem econômica e aos normativos da ANS.

4.2.2 – HABILITAÇÃO, MONITORAMENTO SOCIETÁRIO E ECONÔMICO-FINANCEIRO

ACOMPANHAMENTO ECONÔMICO-FINANCEIRO
O processo de acompanhamento econômico-financeiro – rotina regulamentada pela Resolução Normativa – RN nº 400/2016 –
visa assegurar que a oferta de planos privados de assistência à saúde seja feita por operadoras solventes.

No ano de 2020, deu-se continuidade às ações organizadas em ciclos de acompanhamento, permitindo a adoção de fluxos
de trabalho com dinâmicas mais compatíveis com a gravidade de cada situação e o risco de descontinuidade do atendimento
aos beneficiários.

Nesse sentido, a partir das informações econômico-financeiras de fechamento do exercício anterior, é feita a seleção de operadoras
para o ciclo regular de acompanhamento anual, observando-se os critérios de risco e relevância e buscando garantir que todas as
operadoras de assistência médico-hospitalar de médio e grande porte sejam submetidas à análise, no mínimo, a cada 24 meses. As
operadoras selecionadas para esse ciclo regular são submetidas à análise técnica individual, processo em que são utilizadas todas
as ferramentas e documentos disponíveis para uma avaliação completa de sua situação econômico-financeira.

A cada informação econômico-financeira trimestral enviada pelas operadoras, é implantado um ciclo direcionado de acompanhamento,
que contempla as operadoras não selecionadas para análise técnica individual que apresentem indício de desconformidade grave,
enquadrada no inciso III do artigo 11 da RN nº 400/2016. Nesses ciclos direcionados adota-se, inicialmente, um processo de
trabalho simplificado com o objetivo de promover a regularização imediata de irregularidades mais graves.

Para as operadoras que apresentam indícios de desconformidades menos graves e que não estão na programação de análises
técnicas individuais, são enviadas notificações para alerta de desconformidade na constituição de garantias financeiras,
possibilitando à essas operadoras que verifiquem seus controles e adotem medidas corretivas.

Adicionalmente, com base nas informações econômico-financeiras do 2º trimestre, após a seleção de operadoras que irão
compor o novo ciclo direcionado, é implantado também um ciclo complementar, composto pelas operadoras que têm sido
sucessivamente notificadas por desconformidades menos graves, mas que não apresentaram melhorias.

Esse conjunto de ações consolida a estratégia de expansão da abrangência do acompanhamento econômico-financeiro com
foco na promoção da regularidade das operadoras, principalmente quanto aos indicadores de liquidez e solvência.

Na execução das ações acima descritas, em 2020, foram elaboradas 464 análises econômico-financeiras, contemplando 315
operadoras, que totalizavam cerca de 56 milhões de beneficiários vinculados, correspondente a 76% do mercado regulado.

Cabe ressaltar que, das 993 operadoras em acompanhamento regular em 2020, 284 foram analisadas, o que representa 29%
das operadoras e 81% dos beneficiários.

AGÊNCIA NACIONAL DE SAÚDE SUPLEMENTAR RELATÓRIO ANUAL DE GESTÃO - EXERCÍCIO 2020 50


GRÁFICO 4.7- EVOLUÇÃO DAS ANÁLISES ECONÔMICO-FINANCEIRAS EM 2019-2020
500
475
450
425
72 73 400
375
350
58 59 325
300
47 275
42 44 42 42 250
39 41 40 40 225
38 38 37 37
34 34 34 35 36 36 34 200
31 32 30 30 31
29 27 28 28 29 175
23 22 22 23 150
20 21 19 19 20 19 20 21 125
17 17 16 18
13 12 12 13 13 13 14 14 14 100
11 11 11 11 11 75
7 8 7
4 5 50
1 0 1 25
0

Análise Inicial Reanálises Total Acumulado no Ano

Fonte: Gerência-Geral de Acompanhamento das Operadoras e do Mercado (janeiro, 2021)

No âmbito do acompanhamento econômico-financeiro regular das operadoras, visitas técnicas são realizadas rotineiramente
em um pequeno número de operadoras, visando especialmente verificar in loco a fidedignidade das informações econômico-
financeiras enviadas periodicamente para a ANS, que são a base dos procedimentos de seleção de operadoras para análises
acima citadas.

A realização de visitas técnicas a um pequeno número de operadoras se justifica pelo elevado custo, não só em relação
aos gastos específicos com viagens de servidores, mas, principalmente, em relação à produção de análises e ao impacto na
abrangência do acompanhamento regular.

Uma visita técnica implica em uma análise preliminar a partir das informações disponíveis, a visita propriamente dita com
duração de três a quatro dias (incluindo o tempo com os deslocamentos) envolvendo dois ou três servidores e a posterior
elaboração da nota técnica descrevendo os procedimentos realizados, as constatações e a real situação econômico-financeira
da operadora. O esforço dispendido com uma visita técnica equivale, aproximadamente, a análise de seis a dez operadoras
exclusivamente com base nas informações recebidas remotamente.

Excepcionalmente no ano de 2020, em decorrência das medidas de restrição social para contenção da pandemia de COVID-19,
não houve a realização de visitas técnicas.

ACOMPANHAMENTO ESPECIAL E DE REGIMES DE RESOLUÇÃO


Considerando a data-base de 31 de dezembro de 2020, havia 50 operadoras em Procedimentos de Adequação Econômico-
Financeira – PAEF (procedimento regulamentado pela RN nº 307/2012) - conjunto de medidas e ações que, em espaço de
tempo determinado, visam corrigir, de forma gradual, anormalidades econômico-financeiras detectadas no funcionamento de
operadoras de planos privados de assistência à saúde, totalizando 2.499.621 (dois milhões quatrocentos e noventa e nove mil
seiscentos e vinte e um) beneficiários.

Em 2020, manteve-se o foco na redução continuada dos intervalos de análise das operadoras em PAEF de forma a possibilitar
uma atuação mais preventiva na garantia da higidez do mercado regulado.

O amadurecimento do monitoramento econômico-financeiro e a experiência acumulada no acompanhamento de operadoras em


direção fiscal, nos últimos anos, contribuiu para a melhora continuada do enquadramento das operadoras em uma das medidas
de que trata o art. 24 da Lei nº 9.656/1998: direção fiscal, alienação compulsória da carteira de beneficiários e liquidação
extrajudicial.

Em regra, a direção fiscal (procedimento regulamentado pela RN nº 316/2012) deve ser aplicada em operadoras nas quais a ANS
avalie capacidade de recuperação econômica, em uma análise preliminar, apesar das graves anormalidades administrativas e
econômico-financeiras detectadas que levaram à instauração desse regime. Em dezembro de 2020, havia 35 operadoras em
direção fiscal, que possuíam 1.530.733 (um milhão quinhentos e trinta mil setecentos e trinta e três) beneficiários.

Destaque positivo deve ser dado ao índice de recuperabilidade de operadoras em direção fiscal. Entre 2000 e 2010, apenas 21%
das operadoras cujas direções fiscais foram encerradas foram capazes de comprovar sua recuperação econômico-financeira,
ao passo que 79% foram retiradas ordenadamente do mercado regulado, seja pelo cancelamento compulsório de registro, seja
pela decretação da liquidação extrajudicial. Por outro lado, por exemplo, entre 2016 e 2020, o percentual de operadoras em

AGÊNCIA NACIONAL DE SAÚDE SUPLEMENTAR RELATÓRIO ANUAL DE GESTÃO - EXERCÍCIO 2020 51


direção fiscal que se recuperou foi de 54% (cinquenta e quatro por cento), enquanto 22% tiveram seus registros perante a ANS
cancelados compulsoriamente e 24% foram liquidadas extrajudicialmente.

TABELA 4.1 - TIPOS DE DESFECHOS DAS DIREÇÕES FISCAIS POR ANO

Desfechos 2000 - 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 Total

LEVANTAMENTO 53 21% 24 48% 15 27% 14 24% 2 6% 4 14% 4 40% 10 56% 7 64% 3 30% 13 68% 149 28%

CANCELAMENTO
81 33% 13 26% 20 36% 24 41% 23 70% 7 25% 1 10% 6 33% 4 36% 3 30% 1 5% 183 34%
DE REGISTRO

LIQUIDAÇÃO 114 46% 13 26% 20 36% 21 36% 8 24% 17 61% 5 50% 2 11% 0 0% 4 40% 5 26% 209 38%

Total 248 50 55 59 33 28 10 18 11 10  19 541


Fonte: Gerência-Geral de Acompanhamento Especial e de Regimes de Resolução (dezembro, 2020)

Ademais, a maior precisão na implementação de direções fiscais contribuiu para a substancial redução dos adiantamentos de
recursos públicos pela ANS para o pagamento dos honorários de diretores fiscais de operadoras que não possuíam capacidade
de suportar tais ônus.

Em 2010 e 2011, atingiu-se uma média anual de cerca de R$ 3,7 milhões em adiantamentos de recursos para tal finalidade,
enquanto entre 2012 e 2020 o montante total adiantado pela ANS para o pagamento de honorários de diretores fiscais foi de
cerca de R$ 2,3 milhões, ou seja, uma média anual em torno de R$ 260 mil; resultando em uma redução estimada, sem correção,
da ordem de R$ 30 milhões nos últimos 9 anos, se comparados aos quantitativos médios despendidos entre 2010 e 2011.

QUADRO 4.8- ADIANTAMENTOS EM REAIS POR ANO – 2010 A 2020

Ano Direção Fiscal Liquidação Total


2010 3.730.096,21 10.411.966,42 14.142.062,63
2011 3.585.011,60 10.385.309,32 13.970.320,92
2012 800.678,17 7.159.079,09 7.959.757,26
2013 349.010,52 5.882.765,05 6.231.775,57
2014 313.853,07 7.135.857,85 7.449.710,92
2015 338.341,34 5.738.257,42 6.076.598,76
2016 92.112,23 4.685.724,80 4.777.837,03
2017 120.303,23 3.743.359,71 3.863.662,94
2018 48.507,64 2.586.059,74 2.634.567,38
2019 65.387,80 2.199.910,51 2.265.298,31
2020 215.026,95 2.153.493,48 2.368.520,43
Fonte: Gerência-Geral de Administração e Finanças (dezembro, 2020)

No que se refere ao processo de liquidação extrajudicial, manteve-se o foco no acompanhamento periódico perante o Poder Judiciário
das tramitações dos pedidos de falência e de insolvência civil objetivando o encerramento dos processos liquidatários. Como
resultado, entre 2002 e 2011 foram encerradas 78 liquidações extrajudiciais (média anual de cerca de 8 processos liquidatários
encerrados) e entre 2012 e 2020 foram encerrados 157 processos liquidatários (média anual de cerca de 18 processos).

Essa maior eficiência na conclusão de liquidações extrajudiciais, aliada à redução das despesas dos processos liquidatários em
curso, contribuiu para a redução substancial dos adiantamentos de recursos públicos realizados para suportar os processamentos
das liquidações extrajudiciais. Em 2010 e 2011, atingiu-se uma média anual de cerca de R$ 10,4 milhões em adiantamentos de
recursos destinados às liquidações extrajudiciais (ver tabela acima de adiantamentos) enquanto, entre 2012 e 2020, essa média
anual foi de cerca de R$ 4,5 milhões, o que resultou em uma redução estimada, sem correção, da ordem de R$ 53 milhões nos
últimos 9 anos, se comparados aos quantitativos médios despendidos entre 2010 e 2011.

Portanto, se comparados aos quantitativos anuais médios despendidos entre 2010 e 2011 com adiantamentos de recursos
públicos para o pagamento de honorários de diretores fiscais e de despesas imprescindíveis e inadiáveis ao processamento de
liquidações extrajudiciais estima-se uma redução, sem correção, entre 2012 e 2020 de cerca de R$ 83 milhões.

Quanto ao tempo médio dos cancelamentos a pedido de registro perante a ANS, manteve-se o foco na sua redução, que passou
de 287 dias, em 2012, para 39 dias, em 2020, a partir do cumprimento dos pressupostos legais pelas operadoras. Como uma das
medidas adotadas para conferir maior eficiência e celeridade aos processos de cancelamento a pedido, foi publicada a Portaria
nº 4, em 21/08/2020, na qual o Diretor da Diretoria de Normas e Habilitação das Operadoras delegou competência ao Diretor-

AGÊNCIA NACIONAL DE SAÚDE SUPLEMENTAR RELATÓRIO ANUAL DE GESTÃO - EXERCÍCIO 2020 52


Adjunto desta diretoria para cancelar o registro e a autorização de funcionamento por solicitação da operadora, contribuindo para
que o tempo médio atingisse, em 2020, o menor índice dos últimos 9 anos.

Além disso, buscou-se reduzir os intervalos de análise das operadoras em processo de cancelamento compulsório de registro,
simultaneamente às tentativas de se conceder prazos adicionais para que tais operadoras pudessem quitar integralmente seus
débitos com os respectivos prestadores de serviços assistenciais.

QUADRO 4.9 - TEMPO MÉDIO DE CANCELAMENTO A PEDIDO - 2012 A 2020

Média entre as datas de cumprimento dos pressupostos legais e do


Ano
cancelamento (em dias)
2012 286,8
2013 1.653,80
2014 141,1
2015 81,7
2016 90,4
2017 114,4
2018 70,4
2019 69,4
2020 38,9
Fonte: Gerência-Geral de Acompanhamento Especial e de Regimes de Resolução (janeiro, 2021)

INTEGRAÇÃO DOS SERVIÇOS À PLATAFORMA DE CIDADANIA DIGITAL DO GOVERNO FEDERAL


Em 2020, a ANS editou a RN nº.454, que possibilitou o estabelecimento das novas regras para formular o requerimento de
autorização de funcionamento por pessoas jurídicas interessadas em ingressar no setor de saúde suplementar, por meio do
Portal de Serviços do Governo Federal.

A nova ferramenta otimizou a concessão de ato público de liberação da atividade econômica, trazendo mais celeridade e
economia para os administrados e mais eficiência na prestação do serviço público.

APRIMORAMENTO DA REGULAÇÃO ECONÔMICO-FINANCEIRA


Nos últimos anos, foi estabelecido como prioridade avançar no aperfeiçoamento da regulação econômico-financeira. Propunha-
se revisar o conjunto de normas vigentes a fim de estabelecer parâmetros e diretrizes condizentes com a estrutura do setor, os
riscos que as operadoras correm, a literatura especializada e as melhores práticas.

Considerando-se as publicações acadêmicas mais recentes da área e os processos em cursos em diversas jurisdições e,
no Brasil, no setor bancário e de seguros gerais, além dos princípios de supervisão da International Association of Insurance
Supervisors (IAIS), da qual a ANS é membro, vem sendo trabalhada a implantação de capital baseado nos riscos e peculiaridades
do setor de saúde suplementar para 2023.

Em março de 2020, foi publicada a RN nº 451, que estabeleceu a nova metodologia de capital baseado em riscos, definindo
a primeira parcela do modelo referente ao risco de subscrição com a previsão de uma regra de transição do modelo anterior.
Recorda-se que o modelo de capital regulatório em transição era baseado em uma regra de patrimônio mínimo ajustado
(atualmente denominado patrimônio líquido ajustado) e uma regra para margem de solvência, conforme a antiga RN nº 209/2009.

A fim de permitir que as operadoras possam aderir ao novo modelo de capital regulatório baseado nos riscos de subscrição,
crédito, mercado, legal e operacional até 2022, destaca-se que estrategicamente a regulação permite às operadoras que migrem
para o modelo de capital baseado em riscos à medida que os riscos forem sendo calculados, contanto que não diminuam seu
patrimônio para níveis inferiores ao da margem de solvência exigido. Para as que optarem pela adesão ao novo modelo, à medida
que for calculado o capital baseado em cada risco, estes deverão ser incorporados no montante de capital exigido da operadora.

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Trata-se de um projeto amplo e de implementação gradual. As definições iniciais foram estabelecidas na RN nº 451, onde se
regulamentou o modelo padrão de capital referente ao risco de subscrição. Na RN nº 461, foi definido o modelo padrão de
mensuração do risco de crédito.

Atualmente se objetiva regular o capital padrão para o risco operacional (incluindo o risco legal) até junho de 2021, conforme
estabelece o cronograma definido na RN nº 451. Após os estudos do corpo técnico, a proposta foi apresentada na reunião da
Comissão Permanente de Solvência, em dezembro de 2020, com entidades do setor. Em breve, se iniciará a consulta pública da
proposta normativa, visando um processo de participação social e consolidação com as regras vigentes.

Em 2022, o cronograma definido na RN nº 451 estabelece o prazo de regulação do modelo referente ao risco de mercado, último
risco a ser modelado. Dessa forma, visa-se permitir que o modelo de capital baseado em riscos no setor de saúde suplementar
seja implementado com sucesso a partir de 2023 quando a fase de transição se encerrará.

A FIGURA 4.4 demonstra o planejamento normativo para o aprimoramento da Regulação Econômico-Financeira, considerando a
perspectiva de migração para o novo regime de solvência:

FIGURA 4.6- PLANEJAMENTO NORMATIVO PARA O APRIMORAMENTO DA REGULAÇÃO ECONÔMICO-FINANCEIRA 2018-2023


2015/2017 2018 2019 2020 2021 2022 2023
RN de governança,
RN de ativos controles internos
garantidores e e gestão de riscos
provisões
Verificação obrigatória
técnicas (e Verificação voluntária da
da implementação de
revisões implementação de
governança, controles
governança, controles
posteriores) internos e gestão de
internos e gestão de
riscos
Cálculo do riscos
(Abordagem do
RN de
Capital com Pratique ou Explique)
mecanismos de
base no Risco
compartilha-
de

Período de Transição
mento de riscos
Subscrição
Programa de RN de nova regra de capital Capital Cálculo do Capital com base Capital

Concluído
Escala baseado em riscos (Período de referente nos Riscos de Mercado, Baseado em
RN de ajustes Transição) ao Risco Legal e Operacional Riscos
Adequada
de provisão de Crédito
(saída de
mercado ou
(escalonado)
transferência de
controle
societário)

Questionário RN de plano de
contas A depender dos
ao mercado:
(deficiências Estudo: incorporação de deficiências apuradas no resultados do estudo:
riscos
apuradas no TAP TAP aos resultados TAP completo na saúde
incorridos
em notas suplementar
pelas OPS
explicativas)

Fonte: Gerência-Geral de Acompanhamento de Operadoras e Mercado (janeiro, 2021)

4.2.3 DESENVOLVIMENTO SETORIAL

RELACIONAMENTO ENTRE OPERADORAS DE PLANOS DE SAÚDE E PRESTADORES DE SERVIÇO DE SAÚDE


SUPLEMENTAR
Como desdobramento dos trabalhos da Câmara Técnica de Contratualização entre Operadoras e Prestadores de Serviço - CATEC,
ocorridos entre os anos de 2018 a 2019, dois produtos foram finalizados: o Painel de Indicadores de Glosas (disponível em http://
www.ans.gov.br/perfil-do-setor/dados-e-indicadores-do-setor/painel-de-indicadores-de-glosa) e o Canal de Atendimento aos
Prestadores.

O Painel de Indicadores de Glosas foi produzido com o objetivo de proporcionar maior transparência das informações relativas
às relações entre prestadores e operadoras no setor suplementar de saúde, com dados de 2019. Os dados de 2020 serão
atualizados em 2021.

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FIGURA 4.7- PAINEL DE GLOSAS

Fonte: Painel de Glosas 2019 (janeiro, 2021)

O Canal de Atendimento aos Prestadores estará disponível no primeiro trimestre de 2021 e tem por objetivo facilitar a
interlocução entre prestadores e ANS, além de futuramente se desenvolver em um autêntico ambiente de auto resolução de
demandas, no qual operadoras e prestadores poderão solucionar problemas sem a necessidade de abertura de processos
administrativos pela ANS.

RESSARCIMENTO AO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE


O Ressarcimento ao Sistema Único de Saúde -SUS é um importante mecanismo regulatório que promove a mediação entre
a saúde pública e a saúde suplementar, buscando a devolução aos cofres públicos dos valores dispendidos no tratamento de
beneficiários de operadoras no SUS e impedindo o subsídio, ainda que indireto, de atividades lucrativas com recursos públicos.

GRÁFICO 4.8- VALOR ANUAL REPASSADO AO FUNDO NACIONAL DE SAÚDE (EM MILHÕES DE REAIS)

R$ 1.151,21

R$ 783,38 R$ 816,23

R$ 585,41

R$ 398,57
R$ 315,54

2015 2016 2017 2018 2019 2020


Fonte: Gerência de Integração e Ressarcimento ao SUS (janeiro,2021)

Em continuidade ao aperfeiçoamento do ressarcimento pela melhoria dos sistemas tecnológicos utilizados, no ano de 2020,
foram disponibilizadas novas ferramentas do Sistema de Gestão do Ressarcimento - SGR WEB, como os mecanismos de busca
e filtros. Além disso, houve a migração dos bancos de dados para servidores, o que permitiu um processamento mais célere e
estável das informações, bem como foram promovidas correções de erros e alterações nas limitações de arquivos e integração
com o SEI. Tais modificações, contribuíram para tornar o processo de ressarcimento mais eficiente.

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Apesar das intercorrências decorrentes da pandemia e da necessidade de alteração do calendário de publicação dos Avisos de
Beneficiários Identificados - ABI, a ANS encerrou o ano de 2020 alcançando duas metas históricas relativas ao ressarcimento ao
SUS: a redução do intervalo de notificação das operadoras desde a ocorrência no SUS e a estabilização do passivo de análises
de impugnações e recursos.

Para tanto, a agência reguladora publicou ao longo do período 5 ABIs, notificando as operadoras dos atendimentos ocorridos no
SUS entre outubro de 2018 e dezembro de 2019. Com o menor intervalo entre evento e notificação, tanto a defesa de operadoras
é facilitada, como análises epidemiológicas tornam-se mais oportunas. Especialmente no cenário da pandemia pela Covid-19,
cujos casos inaugurais no país se deram ainda no primeiro trimestre de 2020, será possível acompanhar a utilização do SUS
pelos beneficiários atingidos pela nova doença a partir de março de 2021.

Quanto à estabilização do passivo, cabe pontuar que a capacitação e a consolidação do trabalho dos servidores dos núcleos da
agência foram essenciais para que este feito fosse alcançado. Ao longo do ano, a produtividade média mensal foi de 76.960
(setenta e seis mil novecentas e sessenta) análises, ao passo que, no fechamento do período de janeiro a dezembro, somou-se
o total de 923.519 (novecentas e vinte e três mil quinhentas e dezenove) impugnações ou recursos julgados.

Com isso, enquanto em janeiro de 2020 o ressarcimento ao SUS contava com um passivo de 337.307 (trezentas e trinta sete
mil trezentas e sete) peças pendentes de análise, chegando, em fevereiro, ao passivo máximo do ano, com 363.055 (trezentos e
sessenta e três mil e cinquenta e cinco) atendimentos, em dezembro de 2020, havia apenas 87.875 (oitenta e sete mil oitocentas
e setenta e cinco) impugnações ou recursos a serem julgados.

GRÁFICO 4.9- PRODUTIVIDADE ANUAL DE ANÁLISE


1.019.053
959.767 923.519
902.844

576.059

381.036 341.184 344.820


299.940

129.422 122.544
2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020
Fonte: Gerência de Integração e Ressarcimento ao SUS (janeiro,2021)

GRÁFICO 4.10- EVOLUÇÃO DO PASSIVO


363.055
337.307
336.521

299.381 287.287

244.103
211.519 215.639

184.302
152.930 144.460
151.685
132.410
97.945
79.367 87.875
59.834 68.178 73.740 70.720 57.340
51.735 41.675 40.248 45.607
37.926 43.184 42.268
26.534 31.337 29.767
20.520 27.632 23.326 16.922
15.665

jan/20 fev/20 mar/20 abr/20 mai/20 jun/20 jul/20 ago/20 set/20 out/20 nov/20 dez/20
Passivo 1ª Instância Passivo 2ª Instância Passivo Total

Fonte: Gerência de Integração e Ressarcimento ao SUS (janeiro,2021)

PARTO ADEQUADO
Desenvolvido pela ANS, o Hospital Israelita Albert Einstein e o Institute for Healthcare Improvement (IHI), com o apoio do Ministério
da Saúde, o projeto Parto Adequado visa apoiar e instrumentalizar a adoção de medidas baseadas em evidências científicas que
ampliem a qualidade e a segurança da atenção ao parto e nascimento, reduzindo a proporção de cesarianas, sem indicação
clínica, e os riscos delas decorrentes. De 2017 a 2020, ocorreu a Fase 2 do Parto Adequado, envolvendo 108 hospitais e 60
operadoras de planos de saúde voluntários. Entre os participantes, foram observados o incremento proporcional de 6% de partos
vaginais e redução proporcional de 16% nas admissões em UTI Neonatal. Nessa fase, o projeto alcançou o marco de mais de 20

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mil cesarianas desnecessárias evitadas no conjunto de hospitais participantes. Em julho de 2020, a ANS deu início aos trabalhos
do ciclo intensivo da Fase 2 do Parto Adequado, uma agenda de trabalho mais intensiva, abarcando em dezembro de 2020, 28
hospitais e 27 operadoras de todo o Brasil, em parcerias voluntárias e autofinanciadas para alcançar metas mais desafiadoras.

Paralelamente, desde outubro de 2019, vem ocorrendo a Fase 3 do Parto Adequado, sob o lema “Construindo um Movimento
para a Saúde, Segurança e Equidade na Gestação e no Parto”. Trate-se de uma Campanha Nacional que contempla medidas
para disseminar estratégias de melhoria da qualidade da atenção a parto e nascimento em grande escala, com possibilidade de
inclusão de todas as maternidades e operadoras de planos de saúde do País. Dentre as estratégias da Fase 3 do Parto Adequado,
a ANS passou a divulgar o “Painel de Indicadores da Atenção Materna e Neonatal”, composto por um conjunto de indicadores
que contribuem para a realização de pesquisas e para a diminuição da assimetria de informações no setor (disponível em http://
www.ans.gov.br/perfil-do-setor/dados-e-indicadores-do-setor/painel-de-indicadores-da-atencao-materna-e-neonatal).

O “Painel de Indicadores da Atenção Materna e Neonatal” promove a transparência das informações relativas ao parto e
nascimento no setor suplementar de saúde, segmentado por sexo do nascimento da criança, faixa etária da mãe, raça-cor da
mãe, escolaridade e localidade.

FIGURA 4.8- PAINEL DE INDICADORES DA ATENÇÃO MATERNA E NEONATAL

Fonte: Painel de Indicadores da Atenção Materna e Neonatal (janeiro, 2021)

Com a pandemia de Covid-19, o Movimento Parto Adequado também realizou, no âmbito da Fase 3, cinco reuniões virtuais
em 2020 sobre Gravidez e COVID para alcançar rapidamente o maior número possível de gestores e profissionais de saúde
e esclarecer grávidas e familiares. Participaram cerca de 1.200 pessoas, que receberam orientações práticas baseadas nas
melhores evidências científicas internacionais e nas recomendações da Organização Mundial da Saúde - OMS, além de
recomendações relacionadas à saúde mental. Profissionais e gestores tiveram acesso a uma ferramenta de gestão de crise
e a protocolos para atendimento a gestantes e bebês no contexto da pandemia. As informações foram divulgadas nos perfis
da @ansreguladora nas Redes Sociais, no site da ANS e para mailing-list de 5.600 endereços.

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FIGURA 4.9- CUIDADOS COM GESTANTES E BEBÊS DURANTE A PANDEMIA

Fonte: Site ANS (fevereiro, 2021)

Por fim, foi realizada a Consulta Pública nº 79 da proposta de Certificação de Boas Práticas em Parto Adequado, que conecta
a maior abrangência do Movimento Parto Adequado prevista na Fase 3 à proposta mais ampla do Programa de Certificação de
Boas Práticas em Atenção à Saúde, instituído pela Resolução Normativa nº 440/2018. A Nota Técnica, a minuta de Resolução
Normativa, o Manual e o Glossário da Certificação em Parto Adequado foram disponibilizados no portal da ANS, tendo sido
recepcionadas mais de 530 contribuições dos diversos segmentos da sociedade civil, as quais estão em análise.

PROGRAMA DE CERTIFICAÇÃO DE BOAS PRÁTICAS EM ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE


O Programa de Certificação de Boas Práticas em Atenção Primária à Saúde propõe um modelo inovador para a reorganização
da porta de entrada na saúde suplementar com base em cuidados primários em saúde. O objetivo é estimular a qualificação, o
fortalecimento e a reorganização da atenção primária, por onde os pacientes devem ingressar, preferencialmente, no sistema
de saúde. O programa prevê a concessão de um certificado às operadoras de planos de saúde que cumprirem requisitos pré
estabelecidos nessa estratégia. Existem atualmente quatro entidades acreditadoras em saúde, reconhecidas pela ANS, que
estão aptas a realizar a certificação em APS. O Manual de Certificação em Boas Práticas em Atenção Primária à Saúde (APS)
está disponível no Portal da ANS em http://www.ans.gov.br/images/ANEXO/RN/RN_440/Anexo_IV_APS_13_12_2018_sem_
marca%C3%A7%C3%B5es.pdf

Em 2020, foi iniciado o projeto-piloto em APS, que tem como objetivo a adoção da atenção primária na saúde suplementar,
possibilitando que operadoras ganhem expertise para uma futura certificação em APS. Foram selecionadas 20 operadoras, dentre
47 inscritas, a partir das notas obtidas na avaliação quantitativa e qualitativa previstas no lançamento do Edital para participação
nos projetos-piloto em APS. As operadoras selecionadas representam todas as modalidades (Autogestão, Cooperativa Médica,
Filantropia e Medicina Grupo), portes (pequeno, médio e grande) e as diversas regiões do Brasil, bem como a demonstração do
esforço no desenvolvimento do projeto e a capacidade de ampliação de cobertura da APS, voltado para a melhoria do cuidado
aos beneficiários de planos de saúde.

Em razão da necessidade de fomentar um movimento das operadoras para a melhoria do cuidado na saúde suplementar e na
estruturação da Atenção Primária, também foram realizados quatro eventos virtuais em 2020 (de maio a dezembro).

PROJETO MODELOS DE REMUNERAÇÃO


Este projeto identifica, seleciona e acompanha as operadoras de planos de saúde, em conjunto com seus prestadores de
serviços de saúde, que já trabalhem ou que estejam implementando modelos de remuneração inovadores e baseados em valor.

Ao longo do ano de 2020, foram acompanhadas virtualmente 12 operadoras e 13 projetos. Os indicadores acompanhados
demonstraram que a pandemia da COVID-19 prejudicou o monitoramento dos resultados esperados da assistência prestada
pelas operadoras nas linhas de cuidado atreladas aos modelos de remuneração baseados em valor.

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PROGRAMA DE QUALIFICAÇÃO DE PRESTADORES DE SERVIÇO DE SAÚDE - QUALISS
O QUALISS consiste no estabelecimento e divulgação de atributos de qualificação, relevantes para o aprimoramento da
qualidade assistencial oferecida pelos prestadores de serviços, além da avaliação e monitoramento do desempenho por meio
de indicadores de qualidade.

Este programa amplia o poder de avaliação e de escolha por parte dos beneficiários de planos de saúde. As informações sobre
os atributos de qualificação dosprestadores de serviços de saúde podem ser acessadas através do buscador Qualiss, na página
da ANS http://www.ans.gov.br/
gestao-em-saude/qualiss-programa-de-qualificacao-dos-prestadores-de-servicos-de-saude-2

Em 2020, foi finalizado o triênio de desenvolvimento do Projeto PROADI/SUS, denominado Consórcio de Indicadores de Qualidade
Hospitalar, concebido para o desenvolvimento e implementação do Programa de Monitoramento de Indicadores da Qualidade de
Prestadores de Serviços de Saúde – PM-QUALISS.

O projeto construiu um conjunto de indicadores de qualidade em saúde a serem inseridos no Sistema de Informação Hospitalar-
SIHOSP, desenvolvido para este fim, e permitirá à ANS monitorar e avaliar a qualidade da assistência hospitalar ofertada no setor
de saúde suplementar. A coleta e análise das informações foram testadas e o início do monitoramento dos indicadores hospitalares
terá início a partir segundo semestre de 2021.

PROGRAMA DE ACREDITAÇÃO DE OPERADORAS


O Programa de Acreditação de Operadoras certifica a qualidade assistencial das operadoras de planos de saúde e estimula a
adoção de boas práticas em gestão organizacional e gestão em saúde pelas operadoras, visando uma melhor experiência para
o beneficiário. A avaliação é feita por entidades de acreditação homologadas pela ANS e habilitadas pelo Instituto Nacional de
Metrologia, Qualidade e Tecnologia - INMETRO.

Em 2020, o programa foi reformulado com a publicação da Resolução Normativa nº 452 que trouxe um manual com interpretação
dos itens de auditoria, formas de obtenção de evidências, a possibilidade de operadoras odontológicas aderirem ao Programa,
além de incentivos regulatórios para redução de garantias financeiras para operadoras acreditadas. Apesar das restrições que
impediram a realização de auditorias presenciais durante a pandemia, o total de operadoras médico-hospitalar acreditadas
saltou de 61 para 78 em 2020, abarcando 31,17% dos beneficiários com assistência médica.

ÍNDICE DE DESEMPENHO DA SAÚDE SUPLEMENTAR – IDSS


Anualmente, o desempenho das operadoras é avaliado por meio do Índice de Desempenho da Saúde Suplementar - IDSS. O
IDSS consiste em um conjunto de indicadores agrupados em quatro Dimensões: 1. Qualidade de Atenção à Saúde; 2. Garantia
de Acesso; 3. Sustentabilidade no Mercado e 4. Gestão de Processos e Regulação.

A partir do ano-base 2017 foi utilizada a nova metodologia IDSS-TISS, iniciando-se uma nova série histórica, com parte dos
indicadores calculados sobre uma nova fonte de dados (TISS). Com essa modificação foi necessário reformular o cálculo dos
indicadores, com reflexos no calendário de divulgação dos resultados.

Em 2020, foram divulgados no portal da ANS os resultados de 2018, e os resultados preliminares de 2019, exclusivamente para
as operadoras apresentarem seus questionamentos à ANS, antes da divulgação do resultado para sociedade.

Os resultados do IDSS ano-base 2018, divulgados em 2020, revelam uma recuperação do setor em relação ao ano anterior, quando
havia sido constatada uma queda em bloco das operadoras para faixas inferiores a partir da implementação da nova metodologia
IDSS-TIS. As notas do setor são apresentadas no QUADRO 4.10 (intervalo de zero a um, sendo um o melhor desempenho):

QUADRO 4.10-RESULTADOS DO IDSS 2017-2018

Ano-base IDSS do setor Nº de operadoras Nºde beneficiários


2018 0,7691 1.001 70.468.373
2017 0,7295 1.008 69.154.201
Fonte: Gerência de Qualificação Institucional (janeiro,2021)

Um dos indicadores do IDSS pontua operadoras que realizarem, voluntariamente, pesquisa de satisfação com seus beneficiários.
Em 2020, houve um aumento expressivo de operadoras que aderiram à pesquisa: foram recepcionadas 232 pesquisas relativas
ao ano-base 2019. Em 2018 e 2017, a adesão foi de 190 e 101 operadoras, respectivamente. Os resultados das pesquisas
aprovadas pela ANS têm apontado um alto percentual, acima de 78%, de beneficiários que avaliam seu plano de saúde como
“Bom” e “Muito bom” e que recomendariam o plano de saúde para amigos ou familiares.

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APRIMORAMENTO DA QUALIDADE CADASTRAL DO SISTEMA DE INFORMAÇÕES DE BENEFICIÁRIOS (SIB)
O SIB é o sistema que as operadoras de planos privados de saúde utilizam para enviar mensalmente os dados de atualização
cadastral de seus beneficiários.

Conforme relatado no Relatório Anual de Gestão, exercício 2019 - RAG, a ANS tem atuado com medidas de estímulos a qualidade
dos dados do cadastro de beneficiários informados à ANS pelas operadoras de planos de saúde. Os resultados alcançados
podem ser verificados por meio dos dados apresentados na FIGURA 4.8.

FIGURA 4.10- QUALIDADE DO SIB CADASTRAL

QUALIDADE SIB CADASTRAL

2020 Resultados da evolução da qualidade


cadastral do SIB
Percentual de
redução
2018 2019 2020 acumulado

CPF 6.552.541 4.651.676 3.470.192 47%


campo CPF

862.131 737.221 702.878 18%


data de nascimento

326.291 226.442 168.842 48%


nome da mãe

151.628 109.861 84.791 44%


campo plano

4.990.879 3.980.949 3.389.949 32%


campo CNS

APRIMORAMENTO DO PADRÃO DE TROCA DE INFORMAÇÕES DE SAÚDE SUPLEMENTAR (TISS) E DA


TERMINOLOGIA UNIFICADA DA SAÚDE SUPLEMENTAR (TUSS)
O Padrão TISS é o padrão obrigatório para troca de informações na saúde suplementar, dos dados de atenção à saúde dos
beneficiários de planos privado de assistência à saúde, entre os agentes definidos na RN nº 305/2012.

Em setembro de 2020, entrou em vigor a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) - Lei nº 13.709/2018 -, que estabelece os
requisitos e regras para o tratamento dos dados pessoais e dados pessoais sensíveis – como são os dados trocados entre as
Operadoras, Prestadores de Serviço de Atenção à Saúde, por intermédio do Padrão TISS.

Assim, em 2020 cuidou-se de identificar, através de ampla discussão com as principais entidades de representação do setor,
quais as alterações necessárias no padrão para adequá-lo ao estabelecido na LGPD.

A TUSS padroniza os termos utilizados nas trocas de informações entre os diferentes atores do setor de saúde suplementar e
está em permanente alteração, seja por inclusões ou exclusões de termos.

Em 2020 foi dada continuidade aos esforços de atualização da TUSS, com a publicação de novas versões em março, abril, maio,
junho, agosto, outubro e dezembro de 2020.

Parte dessas atualizações estiveram diretamente relacionadas aos esforços de combate à pandemia da COVID-19, tais como
inclusão do procedimento ‘Coronavírus Covid-19, pesquisa por método molecular’ e dos testes para pesquisa de anticorpos IgG
e anticorpos totais para infecção pelo Coronavírus SARS-CoV-2 (COVID-19), incorporados ao Rol de Procedimentos e Eventos em

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Saúde da ANS, individualização no envio para a ANS de procedimentos que auxiliam na detecção do novo Coronavírus e inclusão
de termo para identificação de atendimentos à distância - Telessaúde.

Essas atualizações tiveram início de vigência e prazo de implantação imediatos, face à urgência das medidas de enfrentamento
à pandemia.

Ainda nas ações referentes à pandemia, dados do Padrão TISS enviados pelas operadoras para a ANS foram usados para
monitoramento da utilização dos testes para detecção da COVID-19 e de exames complementares, tais como Raio-X e Tomografia
Computadorizada de tórax.

Foram desenvolvidos diversos painéis para atender ao objetivo do Mapa Estratégico - 2020 definido como “Modernizar a
infraestrutura e soluções de Tecnologia da Informação alinhado às boas práticas de governança”, que visa estabelecer uma estrutura
de governança de dados e informações e disponibilizá-las à sociedade. Além do desenvolvimento do “Painel de Indicadores de
Glosa” e “Painel de Indicadores da Atenção Materna e Neonatal”, citados anteriormente, destacam-se as seguintes iniciativas:

ATUALIZAÇÃO DO PAINEL DTISS - O painel foi atualizado com os dados de 2019, permitindo à sociedade uma melhor
visualização dos procedimentos de saúde, segmentados por faixa etária, sexo e período do atendimento.

FIGURA 4.11 - PAINEL DTISS

Fonte: Painel DTISS (janeiro, 2021)

METABASE - A ANS disponibilizou para servidores e colaboradores o Metabase, ferramenta de business inteligence (BI) que
permite aos usuários não apenas consultar painéis e relatórios pré-definidos, mas também criar suas próprias consultas,
visualizações e alertas, de modo a subsidiar com mais agilidade as tomadas de decisão pelos gestores. Além de se tratar de
ferramenta open source, ela também não possui limitação da quantidade de usuários, o que facilita o acesso dos usuários aos
conjuntos de dados de seu interesse.

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FIGURA 4. 12- METABASE

Fonte: Metabase (janeiro, 2021)

DADOS ABERTOS
Dando prosseguimento à execução do Plano de Dados Abertos do biênio 2019-2021, a ANS publicou um novo e aprimorou outros
3 conjuntos de dados.

4.2.4 FISCALIZAÇÃO E ARTICULAÇÃO COM A SOCIEDADE


A ANS é responsável por fiscalizar as operadoras no que concerne à apuração de indícios de infração à saúde suplementar,
aplicando penalidades, quando as provas dos autos assim indicarem; fomentar, em fase pré-processual, a resolução de conflitos
junto aos beneficiários; bem como induzir as operadoras à mudança de comportamento mais abrangente junto aos beneficiários.
A Central de Relacionamento da ANS é o ambiente em que o beneficiário, ou seu interlocutor, apresenta demandas de reclamação
ou de informação perante o órgão regulador. A ANS também se articula com o Sistema Nacional de Defesa do Consumidor -
SNDC e com a sociedade civil, inclusive por meio de ações de cooperação técnica, visando a eficácia da proteção e defesa do
consumidor de serviços de assistência suplementar à saúde.

O planejamento da fiscalização tem sido pautado no contínuo incremento da eficiência e da celeridade na resposta estatal, com
as ações produzidas para obtenção de resultados cada vez mais satisfatórios. Ademais, a ANS estimula boas práticas por parte
das operadoras por meio de uma atividade fiscalizatória indutora.

Como expressão objetiva dessa visão moderna de atuação de um órgão regulador, aponta-se a Notificação de Intermediação
Preliminar – NIP, instrumento completamente eletrônico, de natureza pré-processual, utilizado para intermediar os conflitos
existentes entre beneficiários e operadoras de planos de saúde, e que apresenta índice de resolutividade superior a 92%
(noventa e dois por cento), mesmo em um ano como o de 2020, ocasião em inúmeros desafios se apresentaram no âmbito da
saúde suplementar em razão da pandemia do Novo Coronavírus (SARS-COV-2). É importante destacar que resolvido o conflito,
não há que se falar em abertura de processo administrativo sancionador.

A NIP é considerada um dos instrumentos mais importantes na relação com os beneficiários de planos de saúde e para celebrar
os 10 anos de sua criação, foi realizado neste ano um webinar sobre o tema - https://www.gov.br/ans/pt-br/assuntos/noticias/
sobre-ans/webinar-discute-intermediacao-de-conflitos-na-saude-suplementar, com transmissão ao vivo para toda a sociedade,
com a participação dos diretores da ANS, de autoridades representantes do Superior Tribunal de Justiça - STJ , da Secretaria
Nacional do Consumidor - SENACON, da Agência Nacional de Aviação Civil - ANAC e da equipe de servidores da ANS.

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FIGURA 4.13- NOTIFICAÇÃO DE INTERMEDIAÇÃO PRELIMINAR-NIP

Fonte: SIF – Consulta (janeiro, 2021)

GRÁFICO 4.11 – RESOLUTIVIDADE DE DEMANDA - 2013 A OUTUBRO DE 2020


100,0%
88,2% 89,1% 90,1% 90,2% 92,2% 93,3%
90,0% 85,5% 83,9%
81,2% 91,7%
80,0% 88,4% 88,6% 89,7% 90,6%
85,5% 87,1% 91,3%
85,1% 86,8%
70,0% 76,7% 76,6%
60,0%
61,7% 64,5%
Taxa de Resolutividade

50,0%
40,0%
30,0%
20,0%
10,0%
0,0%
2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020…
Assistencial Não Assistencial Total
Fonte: SIF Consulta - Data da extração: jan/2021
Nota: A Resolutividade de 2020 foi calculada para o período de janeiro a outubro, pois na data de extração, considerando o fluxo regular de análise ainda estava andamento número
significativo de demandas registradas nos meses de novembro e dezembro. Registra-se que até outubro apenas 3,1% das demandas registradas na ANS ainda estavam pendentes
de classificação na data da extração, estando, portanto, preenchidos os requisitos de confiabilidade. Por conta das questões apresentadas, o indicador de Resolutividade poderá sofrer
alterações em cálculos futuros.

FIGURA 4.14- TAXA DE RESOLUTIVIDADE COVID-19 - NIP

Fonte: SIF Consulta (janeiro, 2021)

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TABELA 4.2- TEMPO MÉDIO DE ANÁLISE FISCALIZATÓRIA DA NIP ASSISTENCIAL E NÃO ASSISTENCIAL, EM 2020, POR
TRIMESTRE

NATUREZA DA
1º TRIM 2º TRIM 3º TRIM 4º TRIM MÉDIA
NIP
Assistencial 19,6 24,4 11,6 13,4 17,8
Não Assistencial 15,3 25,7 33,1 12,3 21,7

Fonte: SIF- Consulta/Indicador de Qualificação Institucional (janeiro, 2021)

Contribuíram para a oscilação dos números os seguintes fatores no contexto da pandemia: a priorização de análise das
demandas assistenciais frente às não assistenciais; o aumento de reclamações registradas no ano de 2020; a necessidade de
cotejo entre o passivo e a análise corrente; e o ajuste de meta de produtividade dos servidores definida pela Diretoria Colegiada
aplicável a todos os servidores da ANS, evitando-se a fixação de metas distintas diante do novo cenário de home office no
contexto da pandemia.

Antes de apresentar informações sobre processos administrativos sancionadores, cabe apresentar outra iniciativa aderente à
estratégia de indução às boas práticas, denominada, “Programa de Intervenção Fiscalizatória”.

FIGURA 4.15-PROGRAMA DE INTERVENÇÃO FISCALIZATÓRIA

Fonte: Gerência de Processos Sancionadores, Julgamento e Intervenção (fevereiro, 2021)

O Programa sofreu impactos em 2020, principalmente em razão das medidas de isolamento social e contenção da disseminação
do coronavírus. A Intervenção Fiscalizatória pressupõe diligência in loco nas operadoras e deslocamentos aéreos e terrestres.
Ainda dentro desse cenário, houve a decisão da Diretoria Colegiada de suspender a obrigatoriedade do atendimento presencial
aos beneficiários de planos de saúde por parte das operadoras, fator que também afetou a condução regular dos ciclos de
Intervenção. A adoção de regimes alternativos de trabalho com redução de pessoal nas dependências das operadoras se mostrou
como mais um obstáculo no período.

Cita-se ainda a alteração do perfil das demandas de reclamação registradas na Central de Atendimento de ANS e as demais
medidas adotadas no período, como, por exemplo, a que determinou a suspensão de cirurgias eletivas em um determinado
momento, visando atender a priorização da COVID-19 e viabilizar uma maior disponibilização de leitos aos pacientes que
necessitavam de internação. Como o Programa de Intervenção Fiscalizatória se baseia nos resultados obtidos em ciclos
semestrais, o contexto atual prejudicou o prosseguimento dos trabalhos.

Mesmo com as limitações citadas, foi possível dar seguimento ao período corretivo de 7 operadoras referentes ao 8º ciclo de
Intervenção Fiscalizatória. O período corretivo se iniciou em janeiro de 2020 e foi interrompido em abril de 2020, retomando
ao final de novembro de 2020. As diligências in loco já haviam sido realizadas em 2019. Espera-se uma regularização do
funcionamento do Programa de Intervenção Fiscalizatória a partir do ciclo que se inicia em agosto de 2021, ocasião em que
muitos avanços são esperados no cenário da pandemia ante o Plano Nacional de Operacionalização da vacinação contra a
COVID-19 em curso.

Com efeito, em atenção à transparência e segurança jurídica, todas as modulações normativas referentes ao Programa foram
objeto de pauta e deliberação pela Diretoria Colegiada.

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São apresentadas abaixo as informações atinentes aos processos administrativos sancionadores, iniciando-se pela síntese do
fluxo da fiscalização.

FIGURA 4.16- FLUXO DE FISCALIZAÇÃO

Fonte: Gerência-Geral de Operações Fiscalizatórias (fevereiro, 2021)

FIGURA 4. 17- PROCESSO ADMINISTRATIVO SANCIONADOR

Fonte: SIF Consulta (janeiro, 2021)

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TABELA 4.3- TEMPO MÉDIO DAS FASES POCESSADAS DA 1ª INSTÂNCIA (EM DIAS), ANOS 2019 E 2020

ANO
FASE VARIAÇÃO (%)
2019 2020
Tempo Médio de Apuração 6,6 6,3 -4,3%
Tempo Médio de Decisão 75,8 111,5 47,1%
Tempo Médio de Juízo de Reconsideração 37,5 103,9 177,1%
TEMPO MÉDIO TOTAL 119,9 221,7 84,9%
Fonte: SIF Consulta (janeiro,2021)
Nota: Tempo Médio de Apuração: É o Tempo, em dias, entre a entrada do processo no Núcleo e a emissão do auto de infração. É calculado como a razão entre a soma da diferença entre a
“data da emissão do auto” e a “data do status aguardando análise de denúncia” e o total de demandas analisadas no período. Mensura o tempo gasto para a lavratura do auto de infração.

Tempo Médio de Decisão: É o Tempo, em dias, entre a “data de emissão do auto” e a “data de decisão em 1º instância”. É obtido como a razão entre a soma da diferença entre a “data de
emissão do auto” e a “data de decisão em 1º instância” e o total de demandas analisadas no período. Mede o tempo médio gasto para a emissão da decisão pelos Núcleos.

Tempo Médio de Juízo de Reconsideração: É o Tempo, em dias, entre a “data de análise de recurso” e a “data de aguardando Diretoria Colegiada”. É obtido como a razão entre a soma da
diferença entre a “data de análise de recurso” e a “data de aguardando diretoria colegiada” e o total de demandas analisadas no período. Avalia o tempo médio em que as demandas ficaram
no Juízo de Reconsideração.

GRÁFICO 4.12- PASSIVO DE PROCESSO-2014-2020

50.263

37.571

9.123 8.379
6.068 6.534 6.323
4.519
2.578
457 34 23

abr/14 abr/15 dez/16 dez/17 dez/18 dez/19 dez/20

Passivo anterior a RN 388 Circulante posterior a RN 388


Fonte: SIF Consulta (janeiro,2021)
Nota: Observa-se que desde 2019 a consolidação da eliminação de expressivo passivo processual. Por fim, considera-se passivo circulante os processos da norma vigente que estão seguindo
seu regular fluxo.

Identifica-se uma curva crescente no passivo processual que, por sua vez, repercute no decréscimo do tempo médio de análise
(TABELAS 4.3 e 4.4). Não se trata apenas do ano atípico de pandemia, mas decorre também do aumento do número de reclamações
registradas junto à ANS de forma geral. Embora a tabela comparativa do número de reclamações e demais desmembramentos
seja apresentada mais à frente no tópico “Canais de comunicação com a sociedade e as partes interessadas” considerando um
cenário mais ampliado temos um crescimento significativo de registros, o que pode ser observado a tabela abaixo.

TABELA 4.4- DEMANDAS DE RECLAMAÇÕES CADASTRADAS ORIUNDAS DE USUÁRIOS DE PLANOS DE SAÚDE, ANOS 2016
A 2020

DEMANDA 2016 2017 2018 2019 2020


Reclamação 90.406 90.507 98.361 132.775 152.197
Variação - 0,01% 8,7% 35,0% 14,6%

Fonte: SIF Consulta (janeiro,2021)

Verifica-se um cenário de estabilidade entre 2016 e 2018, aumentando consideravelmente, a partir de 2019, o número de
reclamações.

Nesse contexto, diversas medidas de gestão foram adotadas no ano de 2020 visando prevenir a escalada maior de passivo para
os próximos anos e ao mesmo tempo reduzir o atual.

Primeiramente, a determinação foi expedida aos servidores que atuam nos processos administrativos sancionadores com a
definição do quantitativo mínimo de documentos a serem produzidos semanalmente e mensalmente.

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Retomando o histórico, dentro de um contexto de estabilidade no número de reclamações e passivo controlado, em 2018, a
Diretoria de Fiscalização emprestou 34 servidores para exercício de atividades nas demais Diretorias, em especial para Diretoria
de Desenvolvimento Setorial, responsável pela condução do ressarcimento ao SUS, na forma do art. 32 da Lei nº 9.656/1998.

Tal medida de cooperação, positiva, sem dúvida, teve que ser revalidada no médio prazo, tendo em vista o monitoramento
do número de reclamações de beneficiários nos anos posteriores, culminando no retorno de 14 servidores para a prática da
atividade fiscalizatória. Não obstante as medidas adotadas, a carência de pessoal permanece.

Foram ainda apresentados no ano de 2020 amplos subsídios para fins de abertura de edital para seleção de movimentação de
servidores para compor força de trabalho, de acordo coma Portaria nº 193/2018.

Todos os elementos que cabiam à fiscalização também foram apresentados dentro de um contexto de possibilidade, em tese, de
elaboração de processo seletivo simplificado, com a finalidade de contratação temporária de servidores para atuarem nos macro
processos operacionais da fiscalização, nos termos da IN nº 1/2019 do Ministério da Economia. Estão sendo dados os devidos
encaminhamentos pela área competente, os quais trazem elementos robustos de necessidade de pessoal.

Seguem outras informações relacionadas aos processos administrativos sancionadores, sempre observada a análise comparativa:

TABELA 4.5- PROCESSOS INSTAURADOS, ANOS 2019 E 2020

Ano Processo 2019 2020 Variação


QUANTIDADE DE PROCESSOS 11.501 12.782 11,1%
Fonte: SIF Consulta (janeiro,2021)

O aumento verificado na instauração dos processos administrativos sancionadores está intimamente relacionado ao crescimento
do número de reclamações na comparação com o período anterior. Ressalva-se que a variação descrita na tabela poderia ainda
ser maior considerando que determinadas operadoras em saída ordenada de mercado passaram a dar sinais de desmobilização
perante o órgão regulador (ex: resolutividade no âmbito da NIP muito inferior à média do mercado, ausência habitual de respostas
e apresentação de defesa). Nesse sentido, medida diferenciada de agrupamento de demandas foi adotada.

TABELA 4.6- AUTOS FINALIZADOS E ANULADOS, ANOS 2019 E 2020

ANO DE EMISSÃO DO AUTO 2019 2020 VARIAÇÃO


Finalizado 9.147 11.030 20,6%
Anulado 2.338 1.554 -33,5%
Total de Emissão 11.485 12.584 9,6%
Fonte: SIF Consulta (janeiro,2021)

Na tabela acima o destaque fica para a redução dos autos de infração anulados. Tal efeito guarda sintonia com o aperfeiçoamento
e prática do instrumento da classificação residual introduzido por meio da RN nº 444/2019. Dois pontos foram fundamentais
para essa diminuição de autos anulados: maior intercâmbio entre a equipe que cuida da análise da NIP e a equipe de fiscais que
tratam dos processos sancionadores; e maior intercâmbio com a área técnica responsável pela propositura da grande maioria
das normas objeto de fiscalização (DIPRO), saneando divergência detectadas.

TABELA 4.7 - DECISÕES ARQUIVADAS, ANULADAS E PENALIZADAS, ANOS 2019 E 2020

ANO DE DECISÃO 2019 2020 VARIAÇÃO


Penalizando 6.353 7.709 21,3%
Arquivando ou Anulando 3.103 2.702 -12,9%
Total de Decisão 9.456 10.411 10,1%
Fonte: SIF Consulta (janeiro,2021)

Essa tabela, além da consequência do incremento do registro de reclamações e do maior intercâmbio mencionado, revela
também que a análise dos processos não é um trabalho meramente formal, sendo dada razão à tese defensiva da operadora
em diversas oportunidades.

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TABELA 4.8- DOCUMENTOS COM DESCONTO DE 40% E 80%, ANOS 2019 E 2020

TIPO DE DESCONTO 2019 2020 VARIAÇÃO


RN 388 - Decisão Homologação Pagamento Antecipado 40% 1.698 1.663 -2,1%
RN 388 - Decisão Homologação Reparação Posterior 80% 48 78 62,5%
Total de Decisão 1.746 1.741 -0,3%
Fonte: SIF Consulta (janeiro,2021)

Nas demandas decorrentes do procedimento da NIP, caso o interessado adote as providências necessárias após a data do
encerramento dos prazos de Reparação Voluntária e Eficaz – RVE, e as comprove inequivocamente, fará jus a um desconto
percentual de 80% sobre o valor da multa correspondente à infração apurada. Em 2020, foram 78 ocorrências desta natureza,
variação positiva em comparação ao ano anterior, na ordem de 62,5%. Compreende-se que o crescimento decorre da publicação
do Entendimento DIFIS nº 11/2019, que explicou mais detalhadamente o alcance do instituto.

Após a notificação de um possível infrator, em substituição à apresentação de defesa, pode-se requerer o pagamento antecipado
e à vista do valor da multa à infração administrativa apurada, no prazo de 10 dias, a contar da intimação. Neste caso, o
interessado fará jus a um desconto percentual de 40% sobre o valor da multa. O cenário é de estabilidade comparado ao período
anterior: 1.663 ocorrências desta natureza.

Por fim, não se pode deixar de dar destaque à condução das celebrações de Termos de Compromisso de Ajustamento de Conduta
– TCAC e Termos de Compromisso – TC.

O TCAC é um instrumento regulatório por meio do qual a ANS firma compromissos junto às operadoras de planos privados de
assistência à saúde violadoras, efetiva ou potencialmente, das normas legais e infra legais do mercado de saúde suplementar
com vistas a cessar as práticas das condutas irregulares que estão sendo apuradas e reparar coletivamente os danos por elas
causados, inclusive indenizando os prejuízos decorrentes.

O TC é um instrumento regulatório pelo qual as agências reguladoras firmam compromissos com os entes regulados, tendo por
base o interesse na implementação de práticas que consistam em vantagens para os consumidores, com vistas a assegurar
a manutenção da qualidade dos serviços de assistência à saúde. No âmbito da fiscalização, o TC tem sido majoritariamente
utilizado com o objetivo de obter informações sobre o número de vidas administradas e/ou o número de vidas expostas, com o
escopo de que as ações fiscalizatórias sejam intentadas de acordo com seu porte econômico, em consagração às disposições
da Lei n° 9.656/1998. Tal ação deriva da previsão do art. 30 da RN nº 295/2012 que dispensa as operadoras registradas na ANS
como administradoras de benefícios do envio das informações de número de beneficiários.

Considerando o benefício recíproco para a ANS e para o agente regulado, cujo resultado foi exitoso, destaca-se em 2020 a
propositura de ofício às administradoras de benefícios para celebração desse tipo de TC.

FIGURA 4.18 – TERMO DE COMPROMISSO DE AJUSTAMENTO DE CONDUTA - TCAC E TERMO DE COMPROMISSO - TC

Fonte: Diretoria Adjunta de Fiscalização (janeiro, 2021)

CANAIS DE COMUNICAÇÃO COM A SOCIEDADE E AS PARTES INTERESSADAS


No ano de 2020, foram recebidas 799.009 ligações no DISQUE ANS. Esses são os canais de comunicação da sociedade com a ANS:
• Telefone: Ligação gratuita pelo Disque ANS 0800 701 9656, de qualquer cidade do Brasil, de segunda à sexta, das 8 às 20
horas (exceto feriados);
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• Telefone: Ligação gratuita para atendimento de pessoas portadoras de deficiência auditiva, por meio do número 0800 021
2105, de qualquer cidade do Brasil, de segunda à sexta, das 8 às 20 horas (exceto feriados);
• Portal da ANS (formulário eletrônico): No portal da ANS www.gov.br/ans/pt-br, em seu menu principal, há uma área específica,
intitulada “Central de Atendimento”, disponível 24 horas por dia, com formulários para envio de reclamações, dúvidas ou
sugestões, de acordo com cada perfil – consumidor, operadora ou prestador;
• Núcleos da ANS: Atendimento presencial de segunda a sexta-feira, das 8h30 às 16h30 (exceto feriados), em 12 cidades
localizadas nas 5 regiões do Brasil. Por deliberação da Diretoria Colegiada, durante o período de distanciamento social o
atendimento presencial nos Núcleos se encontra suspenso.

TABELA 4.9 - DEMANDAS DE RECLAMAÇÃO E INFORMAÇÃO CADASTRADAS ORIUNDAS DE USUÁRIOS DE PLANOS DE


SAÚDE, ANOS 2019 E 2020

DEMANDA 2019 2020 VARIAÇÃO


Reclamações 132.775 152.197 14,6%
Informações 293.936 270.577 -7,9%
Fonte: SIF Consulta (janeiro, 2021)

Cabe lembrar que análise comparativa estendida para o ano de 2018 demonstrada na tabela 4.9 revela um cenário de crescimento
contínuo e relevante.

GRÁFICO 4.13 -DISTRIBUIÇÃO DAS RECLAMAÇÕES PELA SUA NATUREZA, ANOS 2019 E 2020

69,44% 68,49%

30,54% 31,51%

0,02% 0,00%

2019 2020

Assistencial Não Assistencial Natureza Não Definida


Fonte: SIF Consulta (janeiro,2021)

Embora o perfil das demandas em 2020 tenha sido alterado em razão da pandemia e das demais decisões da Diretoria Colegiada
no período, a proporção entre demandas de cunho assistencial e não assistencial permaneceu estável.

GRÁFICO 4.14 -DISTRIBUIÇÃO DO MEIO DE ATENDIMENTO DAS RECLAMAÇÕES E INFORMAÇÕES, ANOS 2019 E 2020
91,8% 88,7%

10,7%
6,6%
1,3% 0,3% 0,3% 0,3%

2019 2020

Telefone Site Atendimento Presencial Outros


Fonte: SIF Consulta (janeiro, 2021)

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Não obstante a ligação para o DISQUE ANS seja o meio preferido para o registro de reclamações, houve um aumento exponencial
nos registros recebidos pelo site da ANS. Imputa-se tal fato a maior familiaridade do beneficiário ou seu interlocutor no uso da
internet em tempos de isolamento social. O atendimento presencial nos Núcleos da ANS não foi realizado devido as medidas de
contenção de disseminação do coronavírus.

FIGURA 4.19- PARCEIROS DA CIDADANIA

Fonte: Assessoria Normativa da Diretoria de Fiscalização (fevereiro, 2021)

A ANS realiza a articulação com órgãos/entidades que compõem o Sistema Nacional de Defesa do Consumidor (art.4º, inciso
da Lei nº 9.656/1998) por meio do Programa Parceiros da Cidadania, que visa a aproximação e, principalmente, a troca de
informações a respeito da saúde suplementar.

No âmbito desse programa, no final de 2020, a ANS possuía 33 acordos de cooperação técnica vigentes, com Tribunais de
Justiça, Ministérios Públicos e Defensorias Públicas. Aconteceram diversas renovações no período e também novas celebrações,
sem prejuízo das negociações em sede de tratativas que ainda não terminaram com a oficialização do acordo.

Ampla prospecção foi realizada, com atenção à lacuna verificada em alguns estados da federação, em especial, na região norte.
Para tanto, destacam-se 4 acordos novos (com efetivação de assinatura) no ano em referência e outros 3 com aprovação na
Diretoria Colegiada no mesmo ano, mas com pendência de assinatura. Nessa lista estão a Defensoria Pública do Estado de
Rondônia e do Estado do Amazonas (assinados), bem como o Ministério Público do Estado do Amapá (em processo de assinatura).

MEDIDAS ADOTADAS PELA FISCALIZAÇÃO NO ÂMBITO DO ENFRENTAMENTO DA PANDEMIA

PAINEL COVID-19
Saindo do fluxo habitual, desde o começo de março de 2020, a ANS passou a fazer relatórios diários sobre a pandemia do Novo
Coronavírus, tendo-se por base dados coletados dos registros de reclamações perante a ANS.

Para tanto, mostrou-se necessária a utilização de marcadores específicos relativos ao COVID-19, cujo acompanhamento pode ser
acessado pelo link https://app.powerbi.com/view?r=eyJrIjoiNTMzYjNmZDQtODczOC00ZTFmLWJhNzUtNjdlM2FkMjZjMGJmIiwi-
dCI6IjlkYmE0ODBjLTRmYTctNDJmNC1iYmEzLTBmYjEzNzVmYmU1ZiJ9

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FIGURA 4.20- PAINEL COVID-19

Fonte: Painel COVID (fevereiro,2021)

De acordo com o que se verifica quando acessado o painel, as reclamações referentes à pandemia do Coronavírus são
classificadas em 8 tipos, conforme destacado abaixo, que podem ser classificadas em três grandes grupos, de acordo com o
impacto direto ou indireto causado pela pandemia:

”GRUPO 1 - IMPACTO DIRETO:


1. negativa de cobertura para o exame;
2. sem requisitos para realização do exame, conforme normatização da ANS (RN nº 453/2020 e normativos
posteriores); e
3. ausência de rede para realização do exame: reclamações diretamente relacionadas à pandemia do coronavírus,
quando o beneficiário encontrou dificuldades na realização do teste de detecção da COVID-19, incluído como
cobertura obrigatório no rol de procedimentos a partir da edição da RN nº 453/2020;
4. negativa de cobertura para tratamento ou internação;
5. ausência de rede para tratamento ou internação: reclamações diretamente relacionadas à pandemia do
coronavírus, quando o beneficiário encontrou dificuldades para internação ou tratamento em casos de suspeita/
confirmação de infecção pelo novo coronavírus

GRUPO 2 - IMPACTO INDIRETO:


6. dificuldades de acessos não relacionados ao coronavírus: reclamações indiretamente relacionadas à pandemia
do coronavírus, nos casos em que o beneficiário teve dificuldade de acesso à consulta/tratamento em razão da
situação imposta pelo problema ora enfrentado;
OUTROS:
7. outras questões: classificação residual de demandas assistenciais;
8. demandas não assistenciais: reclamações que tiveram como referência outros temas que não a garantia de
cobertura assistencial, mas em que o beneficiário foi diretamente afetado pela conduta e a situação seja passível
de intermediação.”

Tal painel permite o acompanhamento mais próximo da atuação das operadoras de planos privados de assistência à saúde em tempos
de pandemia. É atualizado diariamente e pode ser acessado por qualquer cidadão. Os relatos das demandas que contêm informações
pessoais de beneficiários ficam registrados em outro local, para atendimento às regras de sigilo impostas pela legislação.

O painel de monitoramento do registro de reclamações, além de sinalizar uma visão geral para a atividade fiscalizatória da ANS,
permite um olhar diferenciado às demandas ali classificadas, inclusive foi destacada equipe específica para tratar das demandas
assistenciais de reclamação relacionadas diretamente com a COVID.
AGÊNCIA NACIONAL DE SAÚDE SUPLEMENTAR RELATÓRIO ANUAL DE GESTÃO - EXERCÍCIO 2020 71
PROCEDIMENTO ESPECIAL NO ÂMBITO DA NIP PARA ACOMPANHAMENTO DAS DEMANDAS INATIVAS
DA COVID-19

Outra medida importante durante a pandemia foi a criação de um procedimento especial no âmbito da NIP para acompanhamento
das demandas inativas da COVID-19. Excepcionalmente, foi adotado o seguinte fluxo nas demandas NIP relacionadas à cobertura
para exames e procedimentos inerentes à COVID-19.

FIGURA 4.21- CONFIRMAÇÃO DE RESOLUÇÃO DE CONFLITO JUNTO AO BENEFICIÁRIO-COVID-19

Fonte: Gerência de Atendimento, Mediação e Análise Fiscalizatória (janeiro, 2021)

Dessa forma, essas demandas somente são mantidas como inativadas na hipótese de nenhum dos três eventos abaixo não ter ocorrido:
1. Caso os contatos ativos do Disque ANS não tenham sido bem sucedidos; e
2. O beneficiário não respondeu o formulário eletrônico enviado via e-mail; e
3. O beneficiário não entrou em contato com o Disque ANS para informar a solução do conflito.

OUTRAS AÇÕES FISCALIZATÓRIAS RELACIONADAS À PANDEMIA


A partir de demandas do Ministério Público ou Defensoria Pública, decisões do Poder Judiciário e acompanhamento constante
de notícias da imprensa, diversas ações fiscalizatórias pontuais foram adotadas por meio do envio de ofícios, agendamento de
reunião, dentre outras medidas.

Em resumo, a fiscalização se mostrou atenta para a adoção de medida extraordinária quando recebeu relato de desassistência
significativa por parte de uma determinada operadora sob o pretexto de atenção total aos casos de COVID-19 ou relato de
comportamentos abusivos recorrentes perante os beneficiários em tempos de pandemia.

Merecem ainda destaque relatos recebidos de descumprimento das obrigações regulatórias em razão de ato normativo local,
municipal ou estadual, que trazia regras distintas das definidas pela ANS. Mediante pronta consulta a Procuradoria Federal junto
à Agência, esclareceu-se o caminho a ser adotado no âmbito da fiscalização nesses casos.

Também cabe enfatizar a necessária modulação feita na contagem dos prazos processuais, suspensos a favor do administrado,
em virtude da Medida Provisória nº 928/2020 que introduziu o art.6º-C na Lei nº 13.979/2020 e, logo após ter caducada sua
vigência, a avaliação técnica de proposição à DICOL de prorrogação administrativa por mais um período (os prazos retornaram
em setembro). Com efeito, a ênfase dada pela ANS à NIP foi fundamental no período, uma vez que a referida MP não alcançava
procedimentos pré-processuais. As atividades de marcha processual no âmbito do sancionador, vedada apenas a contagem de
prazo para o administrado, também foram preservadas, propiciando assim a mitigação de impactos. Consulta à Procuradoria
também foi realizada sobre o assunto visando garantir a segurança jurídica para a tomada de decisão.

Dados da fiscalização no ano de 2020 com enfoque na pandemia também passaram a fazer parte integrante do Boletim COVID, em
conjunto com dados de outras Diretorias. O boletim é publicado mensalmente e além de informações de reclamação dos beneficiários
conta com algumas de ordem econômico-financeira e assistenciais. A evolução de beneficiários no setor também é acompanhada.

Ainda como medida concreta para o enfrentamento da pandemia do COVID-19, rememora-se a ampliação da articulação
institucional com órgãos e entidades integrantes do SNDC, especialmente localizados na região norte do país.
AGÊNCIA NACIONAL DE SAÚDE SUPLEMENTAR RELATÓRIO ANUAL DE GESTÃO - EXERCÍCIO 2020 72
ESTUDO FINALIZADO EM PARCERIA COM A ORGANIZAÇÃO PAN-AMERICANA DE SAÚDE (OPAS)
Por meio de parceria firmada junto à Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), iniciou-se estudo detalhado para identificação
de impactos nas operadoras de planos privados de saúde decorrentes das atividades consequentes da implementação da RN nº
388/2015, em âmbito pré-processual e processual.

Cumpridas as entregas parciais pactuadas, os pesquisadores externos apresentaram relatório conclusivo em 1º de dezembro de
2020. O normativo da ANS foi avaliado a partir do impacto visualizado sob as seguintes óticas: monetário, matemático, ambiente
corporativo, mediação de conflitos e, ainda, sob a ótica do consumidor.

Embora não seja tecnicamente uma Avaliação de Resultado Regulatório – ARR, seu conteúdo é compatível com o instrumento e
será objeto de aprofundamento pela equipe técnica a partir do ano de 2021.

APRIMORAMENTO DO SISTEMA INTEGRADO DE FISCALIZAÇÃO -SIF


O primeiro módulo do SIF 3.0 foi entregue para homologação, mas necessitou do aperfeiçoamento de algumas funcionalidades, cujo
tratamento se encontra em andamento. Novos requisitos decorrentes da Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais - LGPD, Lei nº
13.709/2018, e considerações de segurança também estão sendo introduzidos. Parte das novas funcionalidades estão em fase final de
homologação e aqueles referentes à LGPD e questões de segurança devem ser especificadas e desenvolvidas em 2021. A inclusão do
mecanismo de captcha para coibir ações de registro de demandas por meio automatizado (robô) foi realizada em dezembro de 2020.

Foram desenvolvidas ações visando a melhoria da qualidade dos dados do sistema atual, SIF 2, em vias de ser substituído para
que possa ser realizada a migração para o SIF 3.0.

Após a entrada em produção do primeiro módulo, novos projetos complementarão o tratamento de situações pré-processuais (ex: Demandas
de Operadoras), o Módulo de Cálculo de Indicadores de Fiscalização e melhorias no Módulo de Relacionamento (SIF Relacionamento).
Estando completa a parte pré-processual, iniciaremos novo projeto para o desenvolvimento do fluxo do processo administrativo sancionador
em 1ª Instância, iniciando com a lavratura do auto de infração para processos relativos a demandas de consumidor e institucionais.

ESTUDO DAS NORMAS DA FISCALIZAÇÃO


Em atendimento às diretrizes trazidas pelo Decreto nº 10.139/2019 que trata da consolidação e revisão dos atos normativos
inferiores a decreto, no ano de 2020, 28 normas da fiscalização foram objeto de revogação expressa, por terem sido revogadas
tacitamente por normativos posteriores ou em razão da perda de eficácia no tempo. Outras etapas seguirão no ano de 2021.

4.3 GESTÃO DE MULTAS E PRECATÓRIOS

4.3.1 GESTÃO DE MULTAS


A apresentação de informações referentes ao tema arrecadação de multas no Relatório Anual de Gestão visa atender à
determinação do Acórdão 1.970/2017-TCU-Plenário, subitem 9.1, além do Acórdão 679/2020, conforme trabalho iniciado com
o Acórdão 482/2012-TCU-Plenário.

Com a finalidade de ampliar a transparência, propiciar credibilidade e a utilidade das informações referentes ao tema arrecadação
de multas são apresentados quatro quadros distintos: o QUADRO 4.11 segue o formato indicado no subitem 9.1 do Acórdão
1.970/2017-TCU-Plenário, o QUADRO 4.12 apresenta os valores encaminhados e processados pela Procuradoria Federal junto
à ANS e o QUADRO 4.13 e a TABELA 4.10 apresentam a série histórica de arrecadação nos últimos anos.

Em relação aos riscos de prescrição da pretensão executória da Administração, importante destacar a inexistência de créditos
constituídos nos processos sancionadores com risco de prescrição executória relativo ao período dos últimos três anos em
função de metodologia de trabalho adotada no âmbito da ANS desde o ano de 2018.

Destaque-se os resultados crescentes nos percentuais de multas arrecadadas apresentadas na série histórica (QUADRO 4.12)
desde a edição do Acórdão 482/2012-TCU-Plenário, que passou de 4,6% em 2013 para 24,0% em 2019, havendo sofrido uma
redução para 16,0% em 2020.

O subitem 9.1.1 do Acórdão 1.970/2017 refere-se ao número absoluto e percentual de pessoas físicas ou jurídicas pendentes de
inscrição no Cadin - a inscrição, retirada ou suspensão dos CNPJs ou CPFs dos inadimplentes naquele cadastro é feita através
de relatórios gerados via sistema e que consideram regras de negócio estipuladas pelas áreas de cobrança da ANS.

O subitem 9.1.2 do Acórdão 1.970/2017 refere-se ao número absoluto e percentual de processos de cobrança de multas que,
em virtude dos prazos legais, sofram maiores riscos de prescrição, no último exercício, bem como as providências adotadas
para reduzir esse risco.
AGÊNCIA NACIONAL DE SAÚDE SUPLEMENTAR RELATÓRIO ANUAL DE GESTÃO - EXERCÍCIO 2020 73
Em relação aos riscos de prescrição da pretensão executória da Administração destaca-se que estão sendo inscritos em
dívida ativa os créditos constituídos nos processos sancionadores cujas decisões administrativas finais foram proferidas nos
anos de 2018 e 2019, sendo certo que, quanto às multas impostas por meio desses processos, a prescrição só ocorreria,
respectivamente, em 2023 e 2024, o que revela o fato de a inscrição das multas em dívida ativa ocorrer com considerável
margem de tempo em termos de risco de prescrição.

A Procuradoria Federal junto à ANS não tem em acervo processos sancionadores com risco atual de prescrição da ação executória.

Cabe esclarecer que os créditos inscritos em dívida ativa são encaminhados eletronicamente para a Equipe Nacional de Cobrança,
órgão da Procuradoria-Geral Federal - PGF, encarregado pelo ajuizamento das execuções fiscais.

Os processos administrativos de constituição de créditos de multa são encaminhados eletronicamente à Procuradoria e são
submetidos a uma criteriosa triagem.

Ademais, o sistema eletrônico SEI permite a criação e visualização do agrupamento de processos por ano de prescrição.

Os processos sancionadores com decisão administrativa final proferida antes de 2017, quando eventualmente existentes, são
separados e imediatamente submetidos à análise para fins de inscrição em dívida ativa, de modo a não se ter em acervo durante
o ano de processos sancionadores cujo risco de prescrição seja anterior a 2022.

Com a implantação do sistema de Dívida Ativa das Autarquias e Fundações Públicas Federais, que integra o sistema SAPIENS
— Sistema AGU de Inteligência Jurídica, a plataforma eletrônica permite, em um único ambiente de produção, a realização
de todas as atividades relacionadas com a gestão dos créditos da ANS, uniformizando os procedimentos adotados, reduzindo
a possibilidade da ocorrência de erros, permitindo o efetivo controle dos ativos existentes e garantindo maior eficiência na
recuperação de créditos da ANS.

As atividades de inscrição em dívida ativa, parcelamento de crédito, protesto extrajudicial e de ajuizamento da execução fiscal
são realizadas eletronicamente, diferenciando-se sobremaneira dos procedimentos que exigem o trabalho manual.

A ANS passou a remeter os créditos de multa eletronicamente para cobrança pela Procuradoria. As informações do crédito de
multa necessárias para cadastro e inscrição em dívida ativa são remetidas eletronicamente do sistema de fiscalização e de
arrecadação da ANS, atendendo ao disposto no artigo 8º, parágrafo 3º, do Decreto nº 9194/2017, que dispõe sobre a remessa de
créditos constituídos pelas autarquias e fundações públicas federais para a Procuradoria-Geral Federal.

Essas providências adotadas pela ANS têm resultado no incremento significativo da arrecadação de créditos de multa inscritos
em dívida ativa nos últimos anos.

Já no que tange aos possíveis riscos de prescrição de cobrança de multas aplicadas em processos sancionadores, a ANS
também implementou diversas melhorias, tais como:
• edição de normativos que imprimiu celeridade à tramitação do processo administrativo sancionador;
• adoção de diversas medidas de gestão, tais como a fixação de metas de produtividade e respectivo controle, bem como a
racionalização dos processos, digitalizando processos físicos e gerando novos apenas em meio eletrônico, com consequente
celeridade na distribuição e análise, além da economicidade no fluxo de trabalho.

QUADRO 4.11- MULTAS – EXERCÍCIO 2020

Exigibilidade Suspensas Descontos


Aplicadas Arrecadadas Canceladas Demais Situações
Suspensa Administrativa concedidos
Qte Valor (R$) Qte Valor (R$) Qte Valor (R$) Qte Valor (R$) Qte Valor (R$) Qte Valor (R$) Qte Valor (R$)
2019 8.417 618.629.226 2.426 114.565.799 281 23.693.701 9 558.800 1 30.000 5.700 479.780.924 2.543 62.059.877
2020 7.532 555.865.189 1.857 88.666.817 129 10.407.789 19 1.615.515 - - 5.527 455.175.068 2.117 54.049.444
Variação -11% -10% -23% -23% -54% -56% 111% 189% -3% -5% -17% -13%
Fonte: DataMart de Multas (extração 19/02/2021)

QUADRO 4.12 -ARRECADAÇÃO LÍQUIDA – DÍVIDA ATIVA

Exercicio Multa por Multa por


Quitação de
Infração Infração
Crédito da Dívida 20.970.908 18.429.683 92.276.312
2020 Administrativa Administrativa
Ativa
Não Ajuizada Ajuizada
Total do Exercício (R$) 135.676.904
Fonte: DataMart de Multas (extração 19/02/2021)

AGÊNCIA NACIONAL DE SAÚDE SUPLEMENTAR RELATÓRIO ANUAL DE GESTÃO - EXERCÍCIO 2020 74


QUADRO 4.13 - VALOR DE MULTAS APLICADAS E ARRECADADAS DE 2013 A 2020

Ano Valor Arrecadado por ano de arrecadação


Publicação Valor Aplicado 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 Total Arrecadado

Anterior 1.557.990.777,94 93.878.234,63 134.810.104,43 88.602.739,04 56.534.175,91 53.673.215,39 56.878.084,88 34.568.140,78 28.983.640,01 547.928.335,08

2013 181.181.976,32 8.292.609,58 10.139.405,01 23.677.173,97 13.708.670,85 3.404.234,13 2.961.630,62 2.043.666,07 1.502.646,24 65.730.036,46

2014 394.352.843,42 - 16.773.626,21 29.859.593,67 63.605.894,04 25.166.807,64 7.253.062,38 3.661.902,56 3.073.146,22 149.394.032,71

2015 537.160.187,25 - - 19.057.821,66 67.232.505,51 87.844.314,14 22.622.738,36 10.897.123,50 8.887.828,83 216.542.332,00

2016 1.109.804.022,97 - - - 97.060.925,19 53.491.810,43 18.465.170,66 448.491.990,01


172.338.507,12 107.135.576,61

2017 1.192.430.402,43 - - - - 96.361.564,37 96.374.082,13 15.637.012,79 348.423.294,83


140.050.635,54

2018 599.418.799,78 - - - - 40.424,70 94.799.021,37 22.760.729,86 231.694.156,96


114.093.981,04

2019 451.225.018,74 - - - - - - 50.406.863,23 158.834.248,54


108.427.385,31

2020 555.865.189,26 - - - - - - - 88.666.816,67 88.666.816,67

Total Geral 6.579.429.218,11 102.170.844,21 161.723.135,65 161.197.328,34 373.419.753,41 417.315.208,16 397.231.986,85 404.263.132,13 238.383.854,51 2.255.705.243,26
Fonte: DataMart de Multas (extração 19/02/2021)

TABELA 4.10 - PERCENTUAL DE ARRECADAÇÃO DE MULTAS POR EXERCÍCIO – 2013 A 2020

Ano de Ano de Arrecadação


Total
Publicação 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020
Anterior 6,0% 8,7% 5,7% 3,6% 3,4% 3,7% 2,2% 1,9% 35,2%
2013 4,6% 5,6% 13,1% 7,6% 1,9% 1,6% 1,1% 0,8% 36,3%
2014 4,3% 7,6% 16,1% 6,4% 1,8% 0,9% 0,8% 37,9%
2015 3,5% 12,5% 16,4% 4,2% 2,0% 1,7% 40,3%
2016 15,5% 9,7% 8,7% 4,8% 1,7% 40,4%
2017 11,7% 8,1% 8,1% 1,3% 29,2%
2018 19,0% 15,8% 3,8% 38,7%
2019 24,0% 11,2% 35,2%
2020 16,0% 16,0%
Total 34,3%
Fonte: DataMart de Multas (extração 19/02/2021)

4.4 DESAFIOS E AÇÕES FUTURAS


Em atendimento aos artigos 18 e 19 da Lei nº 13.848/2019, foi elaborado o Plano de Gestão Anual da Agência Nacional de Saúde
Suplementar - PGA 2021.

Os principais projetos e ações a serem desenvolvidos pela ANS em 2021 podem ser vistos no quadro abaixo.

QUADRO 4.14- AÇÕES E PROJETOS PGA 2021

PROJETOS/AÇÕES OBJETIVO ESTRATÉGICO PRAZO

AVALIAÇÃO DO RESULTADO REGULATÓRIO (ARR) DA REVISÃO DA RN REDUZIR A ASSIMETRIA DE INFORMAÇÕES NA


JANEIRO-21
389/15 SAÚDE SUPLEMENTAR

PUBLICAÇÃO DE MEDIDA REGULATÓRIA - PROJETO FORTALECER MEDIDAS DE MEDIAÇÃO E


MARÇO-21
RELACIONAMENTO ENTRE PRESTADORES E OPERADORAS RESOLUÇÃO DE CONFLITOS DO SETOR

INDUZIR A MELHORIA DA QUALIDADE DOS


IMPLEMENTAÇÃO DO PROJETO PARTO ADEQUADO (FASE A) SERVIÇOS PRESTADOS PELO SETOR DE MARÇO-21
SAÚDE SUPLEMENTAR
INTEGRAR A INFORMAÇÃO ENTRE SETOR PÚBLICO E PRIVADO DE
SAÚDE (ADEQUAÇÃO E PUBLICAÇÃO DO PADRÃO TISS VISANDO FORTALECER A INTEGRAÇÃO DO SETOR DE
JUNHO-21
MELHOR ATENDER AO MODELO DE DADOS DO CMD ADEQUADO À SAÚDE SUPLEMENTAR
RNDS)
AGÊNCIA NACIONAL DE SAÚDE SUPLEMENTAR RELATÓRIO ANUAL DE GESTÃO - EXERCÍCIO 2020 75
PROJETOS/AÇÕES OBJETIVO ESTRATÉGICO PRAZO
INDUZIR A MELHORIA DA QUALIDADE DOS
ANÁLISE DO RESULTADO REGULATÓRIO (ARR) DO PROJETO
SERVIÇOS PRESTADOS PELO SETOR DE JUNHO-21
MODELOS DE REMUNERAÇÃO BASEADOS EM VALOR
SAÚDE SUPLEMENTAR
MONITORAMENTO DA QUALIDADE DA ASSISTÊNCIA HOSPITALAR NA INDUZIR A MELHORIA DA QUALIDADE DOS
SAÚDE SUPLEMENTAR (DIVULGAÇÃO DA PRIMEIRA RODADA COM 6 SERVIÇOS PRESTADOS PELO SETOR DE AGOSTO-21
MESES DE DADOS) SAÚDE SUPLEMENTAR
INDUZIR A MELHORIA DA QUALIDADE DOS
PUBLICAÇÃO DE MEDIDA REGULATÓRIA - CERTIFICAÇÃO DE BOAS
SERVIÇOS PRESTADOS PELO SETOR DE SETEMBRO-21
PRÁTICAS EM ATENÇÃO ONCOLÓGICA - ONCOREDE (FASE A)
SAÚDE SUPLEMENTAR
CONCLUSÃO DO RELATÓRIO DE AIR - REMODELAÇÃO DA
FORTALECER A INTEGRAÇÃO DO SETOR DE
INTEGRAÇÃO ENTRE RESSARCIMENTO AO SUS E MINISTÉRIO DA NOVEMBRO-21
SAÚDE SUPLEMENTAR
SAÚDE, NO BOJO DO PROJETO CMDS
ESTABELECER MECANISMOS DE INTERAÇÃO ENTRE AS OPS E REDUZIR A ASSIMETRIA DE INFORMAÇÕES NA
DEZEMBRO-21
CONTRATANTES, PARA REDUZIR ASSIMETRIA DE INFORMAÇÕES SAÚDE SUPLEMENTAR
INDUZIR A MELHORIA DA QUALIDADE DOS
IMPLEMENTAÇÃO DO PROJETO ONCOREDE (FASE A) SERVIÇOS PRESTADOS PELO SETOR DE DEZEMBRO-21
SAÚDE SUPLEMENTAR
ESTABELECER PADRÕES DE INFORMAÇÕES PARA OPERADORAS
REDUZIR A ASSIMETRIA DE INFORMAÇÕES NA
DISPONIBILIZAREM A BENEFICIÁRIOS E CONTRATANTES (ENTREGA DEZEMBRO-21
SAÚDE SUPLEMENTAR
DO PROJETO)
ELABORAÇÃO DO MANUAL DE DESJUDICIALIZAÇÃO EM SAÚDE REDUZIR A ASSIMETRIA DE INFORMAÇÕES NA
JUNHO-21
SUPLEMENTAR SAÚDE SUPLEMENTAR
PROMOVER AÇÃO ESTRUTURADA DE EDUCAÇÃO EM CONSUMO NO
ÂMBITO DO SETOR DE SAÚDE SUPLEMENTAR COM DIVULGAÇÃO
DO INSTRUMENTO DE MEDIAÇÃO EXTRAJUDICIAL DE CONFLITOS REDUZIR A ASSIMETRIA DE INFORMAÇÕES NA
SETEMBRO-21
GERIDO PELA ANS, DENOMINADO NOTIFICAÇÃO DE INTERMEDIAÇÃO SAÚDE SUPLEMENTAR
PRELIMINAR – NIP, VOLTADA PARA OS BENEFICIÁRIOS E CIDADÃOS
QUE PRETENDEM CONTRATAR UM PLANO DE SAÚDE.

PROMOVER MAIOR ARTICULAÇÃO JUNTO A ÓRGÃOS DO SNDC


DOS ESTADOS DA FEDERAÇÃO QUE NÃO POSSUEM ACORDOS DE REDUZIR A ASSIMETRIA DE INFORMAÇÕES NA
SETEMBRO-21
COOPERAÇÃO TÉCNICA COM A ANS NO ÂMBITO DO PROGRAMA SAÚDE SUPLEMENTAR
PARCEIROS DA CIDADANIA.

REVISITAR O SCRIPT DE ATENDIMENTO DAS DEMANDAS DE REDUZIR A ASSIMETRIA DE INFORMAÇÕES NA


INFORMAÇÃO DA ANS DE FORMA A IDENTIFICAR O QUE PODE SER SAÚDE SETEMBRO-21
APRIMORADO SOB O VIÉS DA FUNÇÃO EDUCATIVA/INFORMATIVA. SUPLEMENTAR
PROMOVER EVENTOS/ENCONTROS DE DIVULGAÇÃO DAS REGRAS
CONTRATUAIS, DO ARCABOUÇO REGULATÓRIO E DO INSTRUMENTO
DE MEDIAÇÃO EXTRAJUDICIAL DE CONFLITOS GERIDOS PELA ANS, REDUZIR A ASSIMETRIA DE INFORMAÇÕES NA
DEZEMBRO-21
DENOMINADO NOTIFICAÇÃO DE INTERMEDIAÇÃO PRELIMINAR – SAÚDE SUPLEMENTAR
NIP, VOLTADOS PARA O PODER JUDICIÁRIO E DEMAIS ÓRGÃOS
INTEGRANTES DO SNDC.

ANS DIGITAL (PLANO DE DESENVOLVIMENTO DA CAPACIDADE MODERNIZAR E AMPLIAR OS RECURSOS DE


DEZEMBRO-21
INSTITUCIONAL PARA A TRANSFORMAÇÃO DIGITAL) TIC COM FOCO NA TRANSFORMAÇÃO DIGITAL

DESENVOLVER TRILHAS DE APRENDIZAGEM (IDENTIFICAÇÃO DOS DESENVOLVER PESSOAS COM FOCO EM


DEZEMBRO-21
ESPECIALISTAS) RESULTADOS

READEQUAÇÃO AO MODELO DE TRABALHO HÍBRIDO FÍSICO E


MODERNIZAR E ADEQUAR A INFRAESTRUTURA
REMOTO (MODERNIZAÇÃO DO 7º E 8º PAVIMENTOS DO EDIFÍCIO DEZEMBRO-21
FÍSICA
BARÃO DE MAUÁ)

APP ANS (FASE 1: MIGRAÇÃO DO APP PARA O PORTAL CENTRAL DO MODERNIZAR E AMPLIAR OS RECURSOS DE
DEZEMBRO-21
GOVERNO) TIC COM FOCO NA TRANSFORMAÇÃO DIGITAL
PUBLICAÇÃO DE MEDIDA REGULATÓRIA-ALTERAÇÃO DA RN
ZELAR PELA SUSTENTABILIDADE E EQUILÍBRIO
451 PARA INTRODUÇÃO DO CÁLCULO DO CAPITAL PARA RISCO JUNHO-21
DO SETOR DE SAÚDE SUPLEMENTAR
OPERACIONAL E LEGAL

AGÊNCIA NACIONAL DE SAÚDE SUPLEMENTAR RELATÓRIO ANUAL DE GESTÃO - EXERCÍCIO 2020 76


PROJETOS/AÇÕES OBJETIVO ESTRATÉGICO PRAZO
PROMOVER AMBIENTE REGULATÓRIO
APRIMORAR A REGULAÇÃO PRUDENCIAL SOB A ÓTICA DA
QUE FAVOREÇA A CONCORRÊNCIA E O
PROPORCIONALIDADE A PARTIR DA IMPLEMENTAÇÃO DE NOVAS SETEMBRO-21
DESENVOLVIMENTO DO SETOR DE SAÚDE
CLASSIFICAÇÕES DE OPERADORAS
SUPLEMENTAR
PROMOVER AMBIENTE REGULATÓRIO
ELABORAR PROPOSTA DE REVISÃO DAS REGRAS APLICÁVEIS À
QUE FAVOREÇA A CONCORRÊNCIA E O
REGISTRO E HABILITAÇÃO DE OPERADORAS E ADMINISTRADORES DEZEMBRO-21
DESENVOLVIMENTO DO SETOR DE SAÚDE
NO SETOR
SUPLEMENTAR
APERFEIÇOAMENTO DOS CRITÉRIOS PARA ALTERAÇÕES NA REDE GARANTIR O ACESSO DO BENEFICIÁRIO AOS
JANEIRO-21
HOSPITALAR (DELIBERAÇÃO NA DICOL PARA CONSULTA PÚBLICA) SERVIÇOS DE SAÚDE SUPLEMENTAR
ZELAR PELA SUSTENTABILIDADE E EQUILÍBRIO
AVALIAÇÃO DO RESULTADO REGULATÓRIO (ARR) - RN 417 (FASE A) ABRIL-21
DO SETOR DE SAÚDE SUPLEMENTAR
ELABORAR PROPOSTA DE METODOLOGIA DE AVALIAÇÃO DE INDUZIR A MELHORIA DA QUALIDADE DOS
RESULTADO DOS PROGRAMAS PROMOPREV, COM FOCO NA SERVIÇOS PRESTADOS PELO SETOR DE MAIO-21
GERAÇÃO DE VALOR EM SAÚDE SAÚDE SUPLEMENTAR
PUBLICAÇÃO DE MEDIDA REGULATÓRIA ALTERAÇÃO DO PROCESSO
GARANTIR O ACESSO DO BENEFICIÁRIO AOS
DE ATUALIZAÇÃO DO ROL DE PROCEDIMENTOS E EVENTOS EM AGOSTO-21
SERVIÇOS DE SAÚDE SUPLEMENTAR
SAÚDE
INDUZIR A MELHORIA DA QUALIDADE DOS
PUBLICAÇÃO DE MEDIDA REGULATÓRIA- MONITORAMENTO
SERVIÇOS PRESTADOS PELO SETOR DE JULHO-21
ASSISTENCIAL
SAÚDE SUPLEMENTAR
AVALIAÇÃO DO RESULTADO REGULATÓRIO (ARR) DO PROCESSO DO GARANTIR O ACESSO DO BENEFICIÁRIO AOS
JUNHO-21
ROL DE PROCEDIMENTOS E EVENTOS DE SAÚDE RN 439/2018 SERVIÇOS DE SAÚDE SUPLEMENTAR
PUBLICAÇÃO DE MEDIDA REGULATÓRIA- REVISÃO DE METODOLOGIA INDUZIR A MELHORIA DA QUALIDADE DOS
DE AVALIAÇÃO DOS MODELOS ASSISTENCIAIS E COBERTURA DE SERVIÇOS PRESTADOS PELO SETOR DE OUTUBRO-21
PROCEDIMENTOS SAÚDE SUPLEMENTAR

PROMOVER AMBIENTE REGULATÓRIO


ELABORAR NOTA TÉCNICA SOBRE O APRIMORAMENTO DA NOTA QUE FAVOREÇA A CONCORRÊNCIA E O
DEZEMBRO-21
TÉCNICA DE REGISTRO DE PRODUTOS DESENVOLVIMENTO DO SETOR DE SAÚDE
SUPLEMENTAR

IMPLEMENTAR O PROJETO DE APERFEIÇOAMENTO DAS REGRAS ZELAR PELA SUSTENTABILIDADE E EQUILÍBRIO


DEZEMBRO-21
SOBRE TRANSFERÊNCIA DE CARTEIRAS DO SETOR DE SAÚDE SUPLEMENTAR

FINALIZAÇÃO DO PROJETO DE REVISÃO DO ESTOQUE REGULATÓRIO QUALIFICAR O PROCESSO REGULATÓRIO AGOSTO-21

APRIMORAR O MODELO DE GOVERNANÇA E


REVISAR MAPA ESTRATÉGICO ANS DEZEMBRO-21
GESTÃO

ELABORAR AGENDA REGULATÓRIA 2022-2024 QUALIFICAR O PROCESSO REGULATÓRIO DEZEMBRO-21

Fonte: Gerente de Planejamento e Acompanhamento (2020)


Nota: Como se trata de um plano previsto para o ano de 2021, os projetos/ações estão alinhados ao novo Mapa Estratégico 2021-2024 (https://www.gov.br/ans/pt-br/arquivos/acesso-a-
informacao/transparencia-institucional/mapa-estrategico-2021.pptx).

AGÊNCIA NACIONAL DE SAÚDE SUPLEMENTAR RELATÓRIO ANUAL DE GESTÃO - EXERCÍCIO 2020 77


CAPÍTULO 5

ALOCAÇÃO DE RECURSOS E ÁREAS


ESPECIAIS DE GESTÃO
5.1 - GESTÃO ORÇAMENTÁRIA E FINANCEIRA

5.1.1 - PERFIL DO GASTO DA ANS


Na elaboração da pré-proposta orçamentária da ANS para o exercício de 2020, foram solicitados R$ 371.004.421,00 (trezentos
e setenta e um milhões, quatro mil quatrocentos e vinte e um reais), tendo sido aprovados R$ 316.697.392,00 (trezentos e
dezesseis milhões, seiscentos e noventa e sete mil trezentos e noventa e dois reais) na Lei Orçamentária Anual (desconsiderando
as ações de sentenças judiciais e reserva de contingência, não executadas pela ANS).

No decorrer do ano, após sofrer alterações por meio de créditos suplementares, o orçamento da ANS foi atualizado para R$
329.542.992,00 (trezentos e vinte e nove milhões, quinhentos e quarenta e dois mil novecentos e noventa e dois reais).

Em termos gerais, a execução orçamentária da ANS em 2020 foi de 84,39% superior a 79,61% realizada em 2019.

Na execução orçamentária relativa a pessoal, benefícios e encargos, identifica-se que, em 2020, a execução foi de 92,51%
enquanto, no ano anterior, foi de 87,44%.

Em relação a execução orçamentária relativa a custeio, investimentos e inversões financeiras, verifica-se que a execução
orçamentária em 2020 foi de 72,34% enquanto, em 2019, foi de 68,17%.

GRÁFICO 5.1- ANS: COMPARATIVO DA EVOLUÇÃO DO ORÇAMENTO E DA DESPESA – GERAL – 2017-2020

2020 329,54 303,96 289,26 278,13

2019 341,43 306,12 283,48 271,80

2018 347,21 310,55 288,55 277,01

2017 343,09 309,87 288,13 288,12 Milhões

0,00 200,00 400,00 600,00 800,00 1.000,00 1.200,00 1.400,00

Dotação Atualizada Despesas Empenhadas Despesas Liquidadas Despesas Pagas


Fonte: Gerência-Geral de Administração e Infraestrutura (janeiro, 2021)

GRÁFICO 5.2- ANS: COMPARATIVO DA EVOLUÇÃO DO ORÇAMENTO E DA DESPESA - PESSOAL, BENEFÍCIOS E ENCARGOS

2020 196,91 193,31 193,24 182,18

2019 202,64 189,21 188,80 177,19

2018 198,95 194,92 192,97 181,51

2017 192,64 190,68 190,43 190,43 Milhões

0,00 100,00 200,00 300,00 400,00 500,00 600,00 700,00 800,00 900,00

Dotação Atualizada Despesas Empenhadas Despesas Liquidadas Despesas Pagas

Fonte: Gerência-Geral de Administração e Infraestrutura (janeiro, 2021)

AGÊNCIA NACIONAL DE SAÚDE SUPLEMENTAR RELATÓRIO ANUAL DE GESTÃO - EXERCÍCIO 2020 78


GRÁFICO 5.3 -ANS: COMPARATIVO DA EVOLUÇÃO DO ORÇAMENTO E DA DESPESA - CUSTEIO, INVESTIMENTOS E
INVERSÕES FINANCEIRAS

2020 132,63 110,65 96,02 95,95

2019 138,79 116,91 94,68 94,61

2018 148,25 115,64 95,58 95,50

2017 150,45 119,19 97,69 97,68


Milhões

0,00 50,00 100,00 150,00 200,00 250,00 300,00 350,00 400,00 450,00 500,00

Dotação Atualizada Despesas Empenhadas Despesas Liquidadas Despesas Pagas


Fonte: Gerência-Geral de Administração e Infraestrutura (janeiro, 2021)

5.1.2 - DETALHAMENTO DAS DESPESAS POR GRUPO E ELEMENTO DE DESPESA


Com relação ao que foi gasto, a maior parte dos recursos foi alocada em gastos com pessoal. As demais despesas foram
principalmente com custeio, havendo somente uma pequena porção do orçamento destinada a investimentos e inversões
financeiras, conforme pode ser verificado no GRÁFICO 5.4. Os GRÁFICOS 5.5 e 5.6 fornecem descrição mais minuciosa das
despesas da ANS com pessoal e custeio.

GRÁFICO 5.4 - ANS 2020: DESPESA GERAL POR TIPO (R$)


193.239.285,56

91.893.349,67

1.753.284,59 2.375.801,13

PESSOAL, ENCARGOS SOCIAIS E CUSTEIO, EXCETO BENEFÍCIOS INVESTIMENTOS INVERSOES FINANCEIRAS


BENEFÍCIOS

Fonte: Gerência-Geral de Administração e Infraestrutura (janeiro, 2021)

GRÁFICO 5.5 - ANS 2020: DESPESA COM PESSOAL POR TIPO (R$)
R$142.518.654,47

R$33.420.040,40

R$6.863.399,03 R$4.796.106,41 R$5.462.974,66


R$178.110,59

APOSENTADOS E CONTRATACAO VENCIMENTOS E OBRIGACOES OUTRAS DESPESAS BENEFÍCIOS, AUXÍLIOS E


PENSIONISTAS TEMPORÁRIA VANTAGENS FIXAS PATRONAIS (PSS, INSS, OUTROS
FUNPRESP)

Fonte: Gerência-Geral de Administração e Infraestrutura (janeiro, 2021)

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GRÁFICO 5.6 - ANS 2020: DESPESA DE CUSTEIO POR TIPO (R$)
32.760.036,19
30.941.994,66

24.464.464,81

2.944.400,97
535.277,33 247.175,71

DIARIAS, PASSAGENS SERVICOS DE LOCACAO DE OUTROS SERVIÇOS SERVICOS DE OUTRAS DESPESAS


E LOCAÇÃO DE CONSULTORIA MÃO-DE-OBRA DE TERCEIROS TECNOLOGIA DA
VEÍCULOS INFORMACAO

Fonte: Gerência-Geral de Administração e Infraestrutura (janeiro, 2021)

5.1.3 - EXECUÇÃO ORÇAMENTÁRIA DOS PRINCIPAIS PROGRAMAS/PROJETOS/AÇÕES:


Quatro ações orçamentárias foram selecionadas para se obter uma perspectiva mais aprofundada da execução orçamentária da
ANS, conforme o QUADRO 5.1.

QUADRO 5.1 - ANS 2020: EXECUÇÃO ORÇAMENTÁRIA - PRINCIPAIS AÇÕES

Concessão de Aperfeiçoamento
Qualificação
Empréstimos para do Sistema de
Administração da Regulação e
Ações orçamentárias Liquidação de Operadoras Informação
da Unidade Fiscalização da
de Planos Privados de para Saúde
Saúde Suplementar
Assistência à Saúde Suplementar
DOTAÇÃO ATUALIZADA 50.499.578,00 25.237.424,00 5.000.000,00 45.095.717,00
DESPESAS EMPENHADAS 44.683.662,82 13.802.019,33 2.903.628,87 44.651.674,22
DESPESAS LIQUIDADAS 39.581.540,06 11.135.844,00 2.375.801,13 38.993.509,69
DESPESAS PAGAS 39.555.715,49 11.135.844,00 2.375.801,13 38.993.509,69
DESPESAS INSCRITAS EM
RESTOS A PAGAR NÃO 5.102.122,76 2.666.175,33 527.827,74 5.658.164,53
PROCESSADOS
Fonte: Gerência-Geral de Administração e Infraestrutura (janeiro, 2021)
Nota: Dentro da ação Aperfeiçoamento do Sistema Informação para Saúde Suplementar, existem outras despesas classificadas como consultoria, material de consumo ou permanente, outros
serviços de pessoas jurídicas.

AGÊNCIA NACIONAL DE SAÚDE SUPLEMENTAR RELATÓRIO ANUAL DE GESTÃO - EXERCÍCIO 2020 80


GRÁFICO 5.7 - ANS 2020: EXECUÇÃO ORÇAMENTÁRIA DAS PRINCIPAIS AÇÕES ORÇAMENTÁRIAS (EXCETO PESSOAL)

86,47%
78,33%

45,31% 47,52%
44,12% 41,93%

11,52% 12,55%
10,10% 10,56% 10,56%

0,05% 0,00% 0,00% 0,00% 0,98%

Administração da Unidade Qualificação da Regulação e Fiscalização Concessão de Empréstimos para Aperfeiçoamento do Sistema de
da Saúde Suplementar Liquidação de Operadoras de Saúde Informação para Saúde Suplementar

DESPESAS PAGAS DESPESAS LIQUIDADAS E NÃO PAGAS DESPESAS EMPENHADAS E NÃO LIQUIDADAS DOTACAO ATUALIZADA
Fonte: Gerência-Geral de Administração e Infraestrutura (janeiro, 2021)

5.1.4 - ANÁLISE DO DESEMPENHO ATUAL EM COMPARAÇÃO COM O DESEMPENHO ESPERADO/


ORÇADO
A execução orçamentária da ANS, em 2020, foi superior à de 2019, tanto para pessoal, quanto para outros grupos de despesa,
demonstrando um aumento da eficiência em utilizar os recursos.

Não houve contingenciamentos orçamentários-financeiros durante o ano de 2020.

Uma importante ação orçamentária relacionada à tecnologia da informação foi praticamente toda executada enquanto outras ações
apresentaram execução inferior à aprovada na Lei Orçamentária Anual - LOA 2020, em decorrência da pandemia. A COVID-19
impediu a realização de viagens, cursos e eventos institucionais, o que acarretou uma execução menor do que a esperada.

Ademais, a preparação da ANS para um cenário de expressiva redução de orçamento em 2021 também impulsionou o
redimensionamento de vários contratos, o que já se verificou em 2020.

Além disso, alguns processos licitatórios se prolongaram além do tempo previsto e alguns contratos de baixa execução estão
sendo revisados para minimizar as distorções. As despesas discricionárias de custeio tiveram 72,34% de execução dentro de
2020, provavelmente superando 80%, se for considerada a execução dos restos a pagar.

5.1.5 - GESTÃO DE PRECATÓRIOS


A extrema judicialização da Taxa de Saúde Suplementar por Plano de Assistência à Saúde – TPS (art. 20, I, da Lei nº 9.961/2000)
traz preocupações há bastante tempo, uma vez que existe um movimento de formação jurisprudencial no sentido de considerar
inadequada a fixação de sua base de cálculo em norma infralegal contrariando os princípios de direito tributário. A drástica
queda na arrecadação evidencia a rapidez da generalização deste entendimento.

A Agência Nacional de Saúde Suplementar segue em suas tratativas junto aos Ministérios da Saúde e da Economia para alteração
da Lei nº 9.961/2000, conforme se pode observar em processo administrativo nº 33910.018780/2017-97.

Soma-se a publicação da lei de conversão da MP nº 685/2015, a Lei nº 13.202/2015, prevendo em seu texto o índice oficial como
critério de atualização apurado no período desde a última correção, em periodicidade não inferior a um ano; e estabelecendo que
a primeira atualização monetária relativa às taxas ficaria limitada ao montante de 50% do valor total de recomposição referente
à aplicação do índice oficial desde a instituição da taxa e o direito ao contribuinte da restituição do valor pago em excesso.

Desde então, a ANS vinha empreendendo esforços para aplicação do determinado nesta Lei. Finalmente, em junho de 2020, o
Parecer SEI nº 5681/2020/ME da Procuradoria Geral da Fazenda Nacional trouxe nova interpretação para operacionalização da
determinação legal. Através de Parecer nº 00001/2020/GEDAT/PFANS/PGF/AGU, a Procuradoria Federal junto à ANS – PROGE/
ANS ratificou as orientações do Parecer SEI nº 5681/2020/ME e passamos a aplicar o redutor previsto na Lei nº 13.202/2015
desde 09/09/2015.

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Os valores recolhidos a maior, para pagamento das Taxas de Saúde Suplementar, desde 09/12/2015 a 30/11/2020 poderão ser
restituídos às operadoras, a pedido.

Segue a estimativa do montante a ser devolvido, sem atualização monetária, segundo levantamento em dezembro de 2020:

QUADRO 5.2 - ANS 2020: ESTIMATIVA DO MONTANTE A SER DEVOLVIDO DE TPS POR TIPO

TAXA DE SAÚDE SUPLEMENTAR ESTIMATIVA DO VALOR A SER DEVOLVIDO (R$)


POR PLANO DE ASSISTÊNCIA À SAÚDE - TPS 105.628.751,92
POR REGISTRO DE OPERADORA - TRO 246.832,89
POR REGISTRO DE PRODUTO - TRP 10.093.639,09
POR ALTERAÇÃO DE DADOS DE PRODUTO - TAP 24.960.009,89
POR PEDIDO DE REAJUSTE DE CONTRAPRESTAÇÃO
20.931.626,13
PECUNIÁRIA - TRC
POR ALTERAÇÃO DE DADOS DE OPERADORA - TAO 3.588.983,26
TOTAL 165.449.843,18
Fonte: Sistema Integrado de Arrecadação (janeiro, 2021)

Por fim, informamos que os precatórios da ANS são estimados na Lei Orçamentária Anual – LOA, dentro do Programa “0901
- Operações Especiais: cumprimento de sentenças judiciais”, pela Secretaria de Orçamento Federal – SOF, com informações
do andamento das ações judiciais pela Advocacia-Geral da União – AGU, visando o cumprimento de sentenças judiciais. No
GRÁFICO 5.8, a seguir, podem ser visualizados os valores fixados nos exercícios de 2017 a 2020.

GRÁFICO 5.8 - ANS: COMPARATIVO DE PRECATÓRIOS ANS 2017 - 2020 (EM R$)
34.938.519

22.098.292

4.577.384
2.608.783

Ano 2017 Ano 2018 Ano 2019 Ano 2020

Fonte: Leis Orçamentárias Anuais (2017 – 2020)

5.1.6 - INSCRIÇÃO NO CADIN - INADIMPLÊNCIA DAS OPERADORAS


A ANS promove ações de inscrição, suspensão ou retirada de CNPJ de pessoas jurídicas inadimplentes no Cadastro Informativo
de Créditos Não-Quitados do Setor Público Federal -CADIN, mediante os controles internos periodicamente atualizados.

A operadora é inscrita no CADIN, independentemente de ter um ou cem débitos com a ANS, inscritos ou não em dívida ativa. A
única obrigação é que a soma das dívidas da operadora seja superior a R$ 1.000,00 para que possa ser realizada a inscrição
no CADIN.

Conforme dado extraído do SISBACEN Web, atualmente, a ANS possui 2.092 (dois mil e noventa e dois) registros ativos no CADIN
e 203 registros suspensos.

Abaixo segue o quantitativo de inscrições realizadas por situação nos anos de 2019 e 2020.

AGÊNCIA NACIONAL DE SAÚDE SUPLEMENTAR RELATÓRIO ANUAL DE GESTÃO - EXERCÍCIO 2020 82


GRÁFICO 5.9 - ANS: COMPARATIVO DE INSCRIÇÕES NO CADIN DE OPERADORAS POR SITUAÇÃO – 2019-2020
291
275

102
88
53 59

INSCRITAS RETIRADAS SUSPENSAS

Ano 2019 Ano 2020

Fonte: Sistema Integrado de Arrecadação (janeiro, 2021)

5.1.7 - ARRECADAÇÃO DE TAXA DE SAÚDE SUPLEMENTAR POR PLANO DE ASSISTÊNCIA À SAÚDE


– TPS

A Taxa de Saúde Suplementar por Plano de Assistência à Saúde – TPS é uma das formas de arrecadação da ANS e todas as
operadoras devem fazer o seu recolhimento trimestral, cujo valor baseia-se no quantitativo de beneficiários de acordo com a
abrangência geográfica e cobertura de seus planos de saúde.

A operadora pode fazer jus a descontos, de acordo com a legislação vigente, desde que respeite os prazos estipulados. Porém, se
a operadora não efetuar o recolhimento no prazo previsto perderá os descontos (de abrangência, cobertura e de segmentação)
e será acrescida multa de mora (art. 37-A da Lei nº 10.522/2002 - alterada pela Lei nº 11.941/2009 - c/c o art. 61 da Lei nº
9.430/1996) e juros moratórios (os juros são taxa SELIC e no mês de pagamento juros 1% a.m.), conforme art. 37-A da Lei nº
10.522/2002 - alterada pela Lei nº 11.941/2009 - c/c § 3º do art. 5º da Lei nº 9.430/1996.

O valor da TPS por beneficiário:


• De 2000 a setembro de 2015 - o valor anual da TPS era R$ 2,00 por beneficiário menor de 60 anos; e
• Desde dezembro de 2015 até setembro de 2020 - o valor anual da TPS foi recolhido no valor R$ 5,39 por beneficiário menor
de 60 anos, conforme Portaria Interministerial MS/MF nº 700/2015.

Cabe pontuar que, em virtude da conversão da Medida Provisória n º 685/2015 na Lei nº 13.202/2015, que em seu art. 8º, § 1º,
concedeu uma redução de 50% à atualização no primeiro período de atualização e, de acordo com o disposto em entendimento
exarado no parecer SEI nº 5681/2020/ME, ratificado por Parecer nº 00001/2020/GEDAT/PFANS/PGF/AGU, o valor da TPS retroagiu
a dezembro de 2015, passando a vigorar desde então no valor de R$ 3,70 por beneficiário menor de 60 anos. Para beneficiários
maiores de 60 anos, não é cobrada TPS.

Desta forma, temos que a TPS foi efetivamente recolhida de dezembro de 2015 a setembro de 2020 no valor de R$ 5,39 por
beneficiário menor de 60 anos, mas que o valor devido, desde dezembro de 2015, seria de R$ 3,70 por beneficiário menor de
60 anos.

Os valores recolhidos a maior fazem jus à devolução ou compensação conforme prevê o mesmo art. 8º da Lei nº 13.202/2015
em seu § 2º.

Conforme podemos observar, o gráfico a seguir demonstra que houve queda de arrecadação de Taxa de Saúde Suplementar por
Plano de Assistência à Saúde - TPS devido a extrema judicialização das operadoras contra o recolhimento da TPS.

AGÊNCIA NACIONAL DE SAÚDE SUPLEMENTAR RELATÓRIO ANUAL DE GESTÃO - EXERCÍCIO 2020 83


GRÁFICO 5.10 - ANS: COMPARATIVO DA ARRECADAÇÃO DA TPS POR ANO (EM MILHÕES DE R$)

134,1

97,8

79 79,5
74,9 77,3 72,5
66,4 67
56,6 59,3
51,2 54,1
40,5 41 41,6
35,9 39,5 39,5 32,4
23,3

2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020

Fonte: Sistema Integrado de Arrecadação (janeiro, 2021)

5.1.8 - PRINCIPAIS DESAFIOS E AÇÕES FUTURAS


Para o ano de 2021, pretende-se otimizar os espaços ocupados pelas instalações da ANS, especialmente, com a substituição de
contratos de locação por imóveis públicos cedidos.

5.2 - GESTÃO DE LICITAÇÕES E CONTRATOS

5.2.1 - CONFORMIDADE LEGAL


A ANS acompanha as mudanças advindas da legislação vigente das atividades de licitações e contratos de forma a se manter
em conformidade legal. Atende os pressupostos estabelecidos na legislação vigente, tais como:
• Lei nº 8.666/93 - Lei de Licitações;
• Lei nº 10.520/02 - Lei do Pregão;
• Decreto nº 10.024/2019 – Decreto do Pregão eletrônico;
• Decreto nº 9.507/18 – Decreto sobre Terceirização;
• IN/SEGES/MPDG nº 05 de 2017 - Contratação de serviços; e
• IN/SGD/ME nº 01 de 2019 - Contratação de soluções de TIC

5.2.2 - DETALHAMENTO DOS GASTOS DAS CONTRATAÇÕES POR FINALIDADE E ESPECIFICAÇÃO


DOS TIPOS DE SERVIÇOS CONTRATADOS PARA O FUNCIONAMENTO ADMINISTRATIVO

QUADRO 5.3 - ANS 2020: OBJETO DAS CONTRATAÇÕES VIGENTES

Objetos das Contratações Vigentes em 2020 Gasto (r$) Nº de contratos %


AGENCIAMENTO DE VIAGENS R$1.021.471,14 1 0,88%
AQUISIÇÃO - EQUIPAMENTOS (TI) R$5.240.043,74 2 4,51%
AQUISIÇÃO - LICENÇAS/SOFTWARES R$53.494,03 2 0,05%
CURSOS IN COMPANY R$271.750,00 2 0,23%
ELABORAÇÃO E EXECUÇÃO DE PROJETOS R$16.422,11 1 0,01%
ENERGIA ELÉTRICA R$3.579.745,02 10 3,08%
GUARDA DOCUMENTAL R$1.246.831,92 1 1,07%

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Objetos das Contratações Vigentes em 2020 Gasto (r$) Nº de contratos %
IMPRESSÃO & REPROGRAFIA R$987.491,04 3 0,85%
LOCAÇÃO DE IMÓVEL R$5.461.491,16 11 4,70%
LOCAÇÃO DE VEÍCULOS & TÁXI R$1.439.494,53 5 1,24%
NUVEM PRIVADA R$4.586.999,96 1 3,95%
ORGANIZAÇÃO / PROMOÇÃO DE EVENTOS R$940.456,32 1 0,81%
PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS / FORNECIMENTO DE
R$530.688,03 9 0,46%
DADOS
PUBLICIDADE R$5.355.315,90 3 4,61%
SERVIÇOS DE CONSULTORIA - TI R$1.195.400,00 2 1,03%
SERVIÇOS DE INTERNET / REDE DE COMUNICAÇÃO R$724.207,04 3 0,62%
SERVIÇOS DE MANUTENÇÃO R$1.504.850,24 17 1,30%
SERVIÇOS POSTAIS & TRANSPORTES DE CARGAS R$544.178,59 3 0,47%
SUBSCRIÇÃO, ATUALIZAÇÃO E SUPORTE DE
R$4.166.036,62 6 3,59%
SOFTWARE
TELEFONIA R$956.997,53 21 0,82%
TERCEIRIZAÇÃO/MÃO DE OBRA R$75.884.432,36 33 65,34%
OUTROS R$432.474,91 7 0,37%
TOTAL R$116.140.272,19 144 100%
Fonte: Gerência de Contratos e Licitações (janeiro, 2021)

GRÁFICO 5.11 - ANS 2020: DISTRIBUIÇÃO (%) DE CONTRATOS POR ÁREA DEMANDANTE
75,44%

11,82%
7,42%
4,46%
0% 0,05% 0,81%

PROGE DIOPE PRESI DIDES DIFIS SEGER DIGES


Fonte: Gerência de Contratos e Licitações (janeiro, 2021

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GRÁFICO 5.12 - ANS 2020: GASTO COM CONTRATOS POR TIPO (EM MILHÕES DE REAIS)
TERCEIRIZAÇÃO/MÃO DE OBRA R$ 75,88
LOCAÇÃO DE IMÓVEL R$ 5,46
PUBLICIDADE R$ 5,36
AQUISIÇÃO - EQUIPAMENTOS (TI) R$ 5,24
NUVEM PRIVADA R$ 4,59
SUBSCRIÇÃO, ATUALIZAÇÃO E SUPORTE DE… R$ 4,17
ENERGIA ELÉTRICA R$ 3,58
SERVIÇOS DE MANUTENÇÃO R$ 1,50
LOCAÇÃO DE VEÍCULOS & TÁXI R$ 1,44
GUARDA DOCUMENTAL R$ 1,25
SERVIÇOS DE CONSULTORIA - TI R$ 1,20
AGENCIAMENTO DE VIAGENS R$ 1,02
IMPRESSÃO & REPROGRAFIA R$ 0,99
TELEFONIA R$ 0,96
ORGANIZAÇÃO / PROMOÇÃO DE EVENTOS R$ 0,94
SERVIÇOS DE INTERNET / REDE DE COMUNICAÇÃO R$ 0,72
SERVIÇOS POSTAIS & TRANSPORTES DE CARGAS R$ 0,54
PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS / FORNECIMENTO DE… R$ 0,53
OUTROS R$ 0,43
CURSOS IN COMPANY R$ 0,27
AQUISIÇÃO - LICENÇAS/SOFTWARES R$ 0,05
ELABORAÇÃO E EXECUÇÃO DE PROJETOS R$ 0,02
Milhões

Fonte: Gerência de Contratos e Licitações (janeiro, 2021)

GRÁFICO 5.13 - ANS 2020: GASTO COM TERCEIRIZAÇÃO DE MÃO-DE-OBRA POR TIPO (EM MILHARES)

Transporte de pequenas cargas

R$25.438,83
Arquiteto urbanista e engenheiro elétrico

Vigilância

R$18.720,43 Saúde ocupacional

Copeiragem, garçonaria, limpeza e conservação

R$8.613,78 Agência de Comunicação

Suporte especializado às Contratações Públicas


R$2.992,33 R$7.962,99

R$2.795,93 Central de relacionamento


R$5.067,68
R$2.602,96
Fábrica de Softwares
R$930,01
Apoio Administrativo
R$489,10

270,39 Sustentação operacional e serviços especializados de TI

Fonte: Gerência de Contratos e Licitações (janeiro, 2021)

5.2.3 - CONTRATAÇÕES MAIS RELEVANTES


As contratações abaixo justificam-se pela necessidade da ANS de manter e zelar pela qualidade e presteza dos serviços públicos
prestados, bem como pelo dever de garantir aos servidores e colaboradores boas condições de trabalho, proporcionando ambiente

AGÊNCIA NACIONAL DE SAÚDE SUPLEMENTAR RELATÓRIO ANUAL DE GESTÃO - EXERCÍCIO 2020 86


organizacional saudável, tanto no aspecto social quanto físico, garantindo, inclusive, meios para o aumento de produtividade e
eficiência dos serviços. Deu-se um especial destaque às contratações de tecnologia da informação - TI.

GRÁFICO 5.14 - ANS 2020: CONTRATAÇÕES RELEVANTES (ACIMA DE UM MILHÃO DE REAIS)


10.469,83

2.480,04 2.602,96
Em milhares (R$)

1.138,16

Serviços postais (60 meses) Aquisição de switches, Saúde ocupacional Central de relacionamento
incluindo suporte, garantia, (30 meses)
instalação, software de
gerenciamento e acessórios

Fonte: Gerência de Contratos e Licitações (janeiro, 2021)

GRÁFICO 5.15 – ANS 2020: NOVAS CONTRATAÇÕES DE TI (EM MILHARES DE REAIS)

Aquisição de switches, incluindo suporte, garantia,


R$2.480,04
instalação, software de gerenciamento e acessórios

Pesquisa e aconselhamento imparcial em tecnologia da


R$632,90
informação

Aquisição de baterias para o banco de baterias de


R$30,80
nobreaks

Milhares

Fonte: Gerência de Contratos e Licitações (janeiro, 2021)

5.2.4 - CONTRATAÇÕES DIRETAS


As justificativas para dispensa de licitação estão elencadas no art. 24 da Lei nº 8.666/93. Por sua vez, a licitação é inexigível
quando houver inviabilidade de competição, conforme art. 25 da Lei nº 8.666/93.

AGÊNCIA NACIONAL DE SAÚDE SUPLEMENTAR RELATÓRIO ANUAL DE GESTÃO - EXERCÍCIO 2020 87


FIGURA 5.1- ANS 2020: PREGÃO ELETRÔNICO E PARTICIPAÇÃO PERCENTUAL POR MODALIDADE DE CONTRATAÇÃO

Pregão Eletrônico
representa 88,04% das
contratações da ANS

0,63%
3,82%
83,60% Ata de registro
Sistema de
Modalidade de Preços –
Registro de
Transacional ARP de outros
Preços - SRP
órgãos

Fonte: Gerência de Contratos e Licitações (janeiro, 2021)

QUADRO 5.4 - ANS: COMPARATIVO DE CONTRATAÇÕES DIRETAS

Gasto 2019 Gasto 2020


Modalidade % 2020 % de Redução em relação a 2019 Quantidade em 2020
(R$) (R$)
COTAÇÃO
151.390,38 57.720,97 0,25% REDUÇÃO DE 61,87% 6
ELETRÔNICA
DISPENSA 1.188.210,45 674.156,25 2,88% REDUÇÃO DE 43,26% 14
INEXIGIBILIDADE 5.326.324,06 2.067.866,14 8,83% REDUÇÃO DE 61,18% 34
Total 6.665.924,89 2.799.743,36 11,96% Redução de 57,99% 54
Fonte: Gerência de Contratos e Licitações (janeiro, 2021)

5.2.5 - PRINCIPAIS DESAFIOS E AÇÕES FUTURAS


Dentre as ações futuras destacamos a execução do planejamento anual da contratação para 2021 - PAC, advindo da IN nº
1/2019, a gradativa redução do tempo de contratação, a publicação de manuais e a capacitação de gestores e fiscais de contrato.

5.3 - GESTÃO PATRIMONIAL E DE INFRAESTRUTURA

5.3.1 - GESTÃO PATRIMONIAL

5.3.1.1 – GESTÃO DE BENS PATRIMONIAIS E BENS DE CONSUMO


O controle de bens de consumo e patrimoniais da ANS atualmente é realizado por meio dos Sistema de Materiais Permanentes -
SIPER e Sistema Integrado de Administração de Serviços - SIADS. A seguir, a tabela com o saldo das contas de bens no Sistema
de Administração Financeira do Governo Federal - SIAFI.

QUADRO 5.5 - ANS: SALDO DE BENS CONSUMO E BENS PATRIMONIAIS – 2019-2020

Saldo em R$ Saldo em R$
Sistema Status da implementação do
Tipo de bem cadastrado no SIAFI cadastrado no SIAFI
utilizado SIADS
em 31/12/2019 em 31/12/2020
SIADS –
BENS DE
R$ 355.705,98 R$ 315.643,92 MÓDULO FINALIZADA EM ABRIL/2019
CONSUMO
ALMOXARIFADO
CONCLUSÃO DE IMPLEMENTAÇÃO
BENS
R$ 40.953.210,42 R$ 45.761.999,91 SIPER SIADS – MÓDULO PATRIMÔNIO –
PATRIMONIAIS
PREVISTA PARA 2021
Fonte: Gerência de Administração e Serviços de Infraestrutura (dezembro, 2020)
Nota: O sistema SIPER não processa depreciações, porém elas são inseridas em planilha Excel e procedido batimento com os saldos existentes no SIAFI.

AGÊNCIA NACIONAL DE SAÚDE SUPLEMENTAR RELATÓRIO ANUAL DE GESTÃO - EXERCÍCIO 2020 88


5.3.1.2 - DESFAZIMENTO DE BENS
No exercício de 2020, a ANS concluiu um processo de desfazimento de bens, totalizando a doação de 677 bens, em valor total de
R$ 2.359.982,93 (dois milhões, trezentos e cinquenta e nove mil, novecentos e oitenta e dois reais e noventa e três centavos), que
contemplou instituição credenciada, vinculada ao Programa de Inclusão Digital do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e
Comunicações – MCTIC, nos termos do Decreto nº 9.373/2018.

Existem em andamento dois processos de desfazimento de 143 bens no valor total de R$ 44.571,01 (quarenta e quatro mil
quinhentos e setenta e um reais e um centavo) previstos para 2021 que contemplará órgãos estaduais e federais, nos termos
do Decreto nº 9.373/2018.

5.3.1.3 - MOVIMENTAÇÃO DE BENS PATRIMONIAIS DURANTE A PANDEMIA


Com o advento da pandemia de COVID-19, após orientação e liberação pelo Ministério da Economia, a ANS viabilizou o empréstimo
de bens para os profissionais de toda a agência, tendo sido criado no SEI, processo específico para registro da saída, de modo
a manter o controle patrimonial sem prejudicar o bom andamento dos trabalhos.

Foram mais de 40 profissionais que puderam usufruir de um segundo monitor ou de uma cadeira ergonômica, proporcionando
um melhor ambiente de trabalho remoto.

5.3.1.4 - IMPLANTAÇÃO DO SISTEMA SIADS - MÓDULO PATRIMÔNIO


Durante o ano de 2020, a ANS deu início às ações para implantação do SIADS - Módulo Patrimônio, quando promoveu, em
parceria com prestadores de serviço, um completo levantamento patrimonial, além de avaliação e novo etiquetamento de todo
o imobilizado da Agência. Apesar das muitas adversidades encontradas em 2020, a implantação do SIADS - Módulo Patrimônio
será efetivada em 2021.

5.3.2 - GESTÃO DE INFRAESTRUTURA


A ANS possui diversos contratos de infraestrutura, conforme temas a seguir.

FIGURA 5.2 - ANS 2020: TIPOS DE CONTRATOS DE INFRAESTRUTURA

TRANSPORTE
APOIO LOCAÇÃO
LIMPEZA COPEIRAGEM DE PEQUENAS
ESPECIALIZADO IMÓVEIS
CARGAS

Fonte: Gerência de Administração e Serviços de Infraestrutura (janeiro, 2021)

Em 2020, a prestação de serviços de limpeza teve redução de total de três postos de trabalho, além de ajustes na planilha de
estimativa de materiais.

Com a assunção dos demais pavimentos por força de cessão gratuita oriunda da Secretaria de Patrimônio da União - SPU e a
transição gradual dos serviços executados no âmbito do condomínio do Edifício Barão de Mauá no que diz respeito às áreas
comuns do prédio, verificou-se a necessidade de realizar nova contratação de serviços de limpeza e conservação visando
adequá-los ao acréscimo de espaço obtido, aproveitando também para readequar requisitos de sustentabilidade e economicidade
necessários e para inserir, dentro do possível, cláusulas que compreendam melhores práticas de gestão e fiscalização contratual
dos processos de trabalho, estando o processo de contratação em andamento.

Considerando a finalização do processo de cessão supramencionado em dezembro de 2019 e valendo-se da suspensão das
atividades presenciais em razão da decretação de estado de pandemia pelo COVID-19, em 2020, a ANS iniciou a implementação
das seguintes melhorias:

O 5º andar foi modernizado visando sua utilização como área de manobra, a qual foi inicialmente ocupada pela equipe de
tecnologia da informação e atendeu satisfatoriamente suas necessidades;

Foi iniciada a instalação do piso vinílico, que contemplará os 7º, 8º, 10º, 11º e 12º pavimentos, sendo esta, uma demanda antiga
dos servidores que quando concluída proporcionará maior qualidade de vida no ambiente de trabalho, uma vez que o torna mais
moderno, higiênico e saudável;

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No final de 2020, foi concluída a instalação e impermeabilização do piso vinílico no 10º pavimento e iniciada a instalação no 7º
pavimento, que será finalizada em 2021.

5.3.2.1 - COPEIRAGEM
A partir de outubro de 2020, a prestação de serviços de copeiragem teve a redução de um posto de trabalho. Foram iniciados
estudos para a nova contratação dos serviços, atendendo ao Plano de Logística Sustentável da ANS 2021/2022.

Desta forma, teremos:


• Extinção de mais quatro postos de trabalho.
• Encerramento do uso de galões de plástico: será reduzido dos atuais 20 para zero o uso de galões de plástico, gerando a
extinção do descarte de resina PET não biodegradável.
• Encerramento do fornecimento interno de copos plásticos: serão fornecidos copos plásticos apenas para os visitantes da
ANS. Estímulo a utilização de copos e xícaras de uso permanente, estando prevista a aquisição destes materiais para
distribuição entre a força de trabalho da ANS no retorno ao trabalho presencial.

5.3.2.2 - LOCAÇÃO DE IMÓVEIS - SEDE DA ANS


A ANS durante o exercício de 2020, possuía os seguintes contratos de locação de imóveis na sede:

QUADRO 5.6 - ANS 2020: CONTRATO DE LOCAÇÃO DE BENS IMÓVEIS NO RIO DE JANEIRO (SEDE)

Contrato Endereço Unidades Situação


RUA TEIXEIRA DE CGDOC, AUDIT, PREVISÃO DE ENCERRAMENTO PARA 2021. AGUARDANDO ADAPTAÇÕES
28/2012 FREITAS, 31, 3 E CEANS, PPCOR, DOS PAVIMENTOS ANDARES CEDIDOS PELA SPU PARA TRANSFERÊNCIA DAS
5º PAVIMENTOS COGED E COEAD UNIDADES PARA O EDIFÍCIO BARÃO DE MAUÁ (SEDE ANS/RJ)
Fonte: Gerência de Administração e Serviços de Infraestrutura (janeiro, 2021)

5.3.2.3 - LOCAÇÃO DE IMÓVEIS - NÚCLEOS DA ANS


No exercício de 2020, a ANS atuou junto aos seus núcleos, com o objetivo de reorganizar espaços físicos para readequação de
sua infraestrutura, a fim de reduzir áreas ocupadas e gerar economia de custos com locações.

Durante o ano, foram concluídas as transferências dos núcleos do Pará e do Rio Grande do Sul para imóveis cedidos,
respectivamente, pelo Banco Central- BACEN e pela Superintendência de Seguros Privados- SUSEP, o que representa uma
economia de R$ 326.034,27 (trezentos e vinte e seis mil, trinta e quatro reais e vinte e sete centavos) anuais.

A ANS vem buscando a parceria com outros órgãos da administração, com a finalidade de compartilhar espaços existentes,
reduzindo custos com a operação dessas unidades.

A Agência ainda possui imóveis locados que abrigam os núcleos listados abaixo.

QUADRO 5.7 - ANS 2020: CONTRATOS DE LOCAÇÃO DE BENS IMÓVEIS DOS NÚCLEOS DA ANS

Unidade Situação
APÓS A NEGOCIAÇÃO QUE LEVOU A REDUÇÃO DO PERCENTUAL DE USO DE IMÓVEL LOCADO, A ANS VEM
NÚCLEO ANS – PE
PRIORIZANDO A BUSCA POR IMÓVEL QUE POSSA SER OBJETO DE CESSÃO.
EM NEGOCIAÇÃO COM A SUSEP E O MINISTÉRIO DA SAÚDE VISANDO A CESSÃO DE ESPAÇO DE UM DESSES
NÚCLEO ANS – PR
ÓRGÃOS E, POSTERIOR REDUÇÃO DE 100% COM LOCAÇÃO DO IMÓVEL ATUAL. PREVISTO PARA 2021.
EM NEGOCIAÇÃO AVANÇADA COM O BACEN-CE PARA ASSINATURA DE TERMO DE CESSÃO DE ESPAÇO E,
NÚCLEO ANS – CE POSTERIOR REDUÇÃO DE 100% COM VALOR DA LOCAÇÃO DO IMÓVEL ATUAL E METRAGEM ATUALMENTE
UTILIZADA. PREVISTO PARA 2021.
EM NEGOCIAÇÃO PARA REDUÇÃO DA METRAGEM OCUPADA, COM ENCERRAMENTO DO CONTRATO DE
NÚCLEO ANS - DF/
LOCAÇÃO QUE ABRIGA O NÚCLEO-DF NO PAVIMENTO TÉRREO DA EDIFICAÇÃO, UNIFICANDO AS OPERAÇÕES
CAD-DF
NO 7º PAVIMENTO. PREVISTO PARA 2021.
EM NEGOCIAÇÃO AVANÇADA COM O BACEN-MG PARA ASSINATURA DE TERMO DE CESSÃO DE ESPAÇO E,
NÚCLEO ANS - MG POSTERIOR REDUÇÃO DE 100% COM VALOR DA LOCAÇÃO DO IMÓVEL ATUAL E METRAGEM ATUALMENTE
UTILIZADA. PREVISTO PARA 2021.
NÚCLEO ANS - MT NÃO FOI LOCALIZADO IMÓVEL QUE POSSA SER COMPARTILHADO COM O NÚCLEO-MT NO MOMENTO.

AGÊNCIA NACIONAL DE SAÚDE SUPLEMENTAR RELATÓRIO ANUAL DE GESTÃO - EXERCÍCIO 2020 90


Unidade Situação
EM NEGOCIAÇÃO AVANÇADA COM O BACEN-BA PARA ASSINATURA DE TERMO DE CESSÃO DE ESPAÇO E,
NÚCLEO ANS – BA POSTERIOR REDUÇÃO DE 100% COM VALOR DA LOCAÇÃO DO IMÓVEL ATUAL E METRAGEM ATUALMENTE
UTILIZADA. PREVISTO PARA 2021.
APÓS A REDUÇÃO EFETIVADA EM MARÇO DE 2020, A ANS VEM CONDUZINDO AS TRATATIVAS DE
NEGOCIAÇÃO COM A SPU-SP E COM A ANCINE VISANDO A OCUPAÇÃO DE ESPAÇO O QUE POSSIBILITARÁ A
NÚCLEO ANS – SP
ENTREGA TOTAL DO IMÓVEL ATUALMENTE LOCADO, RESULTANDO EM ECONOMIA DE 100% DO VALOR DA
LOCAÇÃO. PREVISTO PARA 2021.
NÚCLEO ANS - RP NÃO FOI LOCALIZADO IMÓVEL QUE POSSA SER COMPARTILHADO COM O NÚCLEO-RP NO MOMENTO.
Fonte: Gerência de Administração e Serviços de Infraestrutura (janeiro, 2021)

5.3.3 - GESTÃO DE TRANSPORTE

5.3.3.1 - TRANSPORTE TERRESTRE


Em 2020, por força da pandemia de COVID-19, assim como em outros órgãos da administração pública, as atividades de
transporte foram reduzidas, desta forma, a ANS conseguiu diminuir significativamente os gastos com transporte terrestre,
passando de R$ 368.472,90 (trezentos e sessenta e oito mil quatrocentos e setenta e dois reais e noventa centavos) para R$
230.270,89 (duzentos e trinta mil duzentos e setenta reais e oitenta e nove centavos)

A Central de Compras, unidade vinculada à Secretaria de Gestão, do Ministério da Economia - ME, assinou as Atas de Registro de
Preços - ARP nº 002 e 003/2020, nas cidades de Belo Horizonte/MG e Cuiabá/MT, para utilização dos serviços de agenciamento
por táxi.

Após análise da viabilidade de adesão às referidas atas, o contrato administrativo nº 01/2019, firmado com a empresa Inovadora
2A Serviços SA, com abrangência em todas as capitais do país e respectivas regiões metropolitanas, verificou-se mais vantajoso
para a ANS, neste momento, tendo em vista os custos administrativos da realização da adesão, bem como os custos de gestão
de fiscalização advindos do acréscimo de dois contratos.

A seguir, apresentamos a comparação e os percentuais de redução e aumento dos gastos em 2020, em relação a 2019.

QUADRO 5.8 - ANS: COMPARATIVO DE GASTOS COM TRANSPORTE TERRESTRE POR TIPO – 2019-2020

Tipo Ano 2019 Ano 2020 Situação


AGENCIAMENTO DE TÁXI R$ 27.710,07 R$ 5.687,30 REDUÇÃO DE 79,48%

LOCAÇÃO DE VEÍCULOS RJ R$ 173.735,71 R$ 201.087,09 AUMENTO DE 15,74%


LOCAÇÃO DE VEÍCULOS NÚCLEOS – ACIMA DE
R$ 167.027,12 R$ 23.496,50 REDUÇÃO DE 85,93%
100KM
Gasto total com Transporte Terrestre R$ 368.472,90 R$ 230.270,89 Redução 37,51%
Fonte: Gerência de Administração e Serviços de Infraestrutura (janeiro, 2021)

5.3.3.2 TRANSPORTE AÉREO


No exercício de 2020, foram realizadas 182 viagens ao custo total de R$ 270.755,59 (duzentos e setenta mil setecentos e
cinquenta e cinco reais e cinquenta e nove centavos).

QUADRO 5.9- ANS:COMPARATIVO DE GASTOS COM TRANSPORTE AÉREO POR TIPO – 2019-2020

Tipo Ano 2019 Ano 2020 Situação


GASTOS COM PASSAGEM R$ 2.059.254,69 R$ 203.288,77 REDUÇÃO DE 90,12%
GASTOS COM DIÁRIAS R$ 966.319,65 R$ 67.466,82 REDUÇÃO DE 93,02%
Gasto total com Transporte Aéreo R$ 3.025.574,34 R$ 270.755,59 Redução de 91,05%
Fonte: Painel de Viagens do Governo Federal (janeiro, 2021)

QUADRO 5.10- ANS: COMPARATIVO DE QUANTIDADE DE BILHETES ÁEREOS UTILIZADOS – ANOS 2019-2020
Tipo Ano 2019 Ano 2020 Situação
QUANTIDADE DE BILHETES AÉREOS 1495 182 REDUÇÃO DE 87,83%
Fonte: Painel de Viagens do Governo Federal (janeiro, 2021)

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Em virtude da disseminação do COVID-19, as viagens a serviço foram limitadas às de caráter imprescindível. Entende-se que
este cenário de restrições persistirá mesmo quando ocorrer o retorno das atividades presenciais. Dessa forma, foi reduzido em
50% o quantitativo de passagens, impactando diretamente o valor total estimado no contrato administrativo nº 08/2018, que
tem por objeto o agenciamento de viagens nacionais e internacionais, que engloba a aquisição, a alteração e o cancelamento de
bilhetes aéreos, firmado com a empresa VOETUR TURISMO E REPRESENTAÇÕES LTDA.

Ademais, a Central de Compras divulgou em seu sítio na internet que está em andamento um novo projeto para compra direta
de passagens aéreas, ao qual a ANS irá aderir assim que for permitido.

5.3.4 - PRINCIPAIS DESAFIOS PARA A ÁREA DE INFRAESTRUTURA


• Realizar, até junho/2021, a entrega do imóvel locado, referente ao Contrato Administrativo n.º 28/2012;
• Integrar todas as unidades da ANS/RJ em uma única instalação física – Ed. Barão de Mauá (sede da ANS/RJ); e
• Adequar as instalações de atendimento ao público pelo NÚCLEO-RJ, prevista para 2021.

5.4 - GESTÃO DE PESSOAS, TERCEIRIZAÇÃO E CUSTOS RELACIONADOS

5.4.1 – CONFORMIDADE LEGAL

5.4.1.1 – LEGISLAÇÃO APLICADA


De modo a realizar a correta aplicação da Lei nº 8.112/90, bem como das orientações do órgão Central de Gestão de Pessoas,
são realizadas consultas diárias ao Diário Oficial da União com o objetivo de monitoramento da publicação de novos atos, além
de consultas ao repositório SIGEPE-LEGIS (https://legis.sigepe.planejamento.gov.br/legis/pesquisa). Em conjunto, são seguidas
as disposições emanadas pelos órgãos de controle interno e externo.

5.4.1.2 - APONTAMENTOS DOS ÓRGÃOS DE CONTROLE


São realizadas diligências no ambiente Sistema Integrado de Administração de Recursos Humanos - SIAPE, bem como, dos
órgãos de controle (CGU e TCU), porém, no ano de 2020 não houve diligências.

5.4.1.3 - INDICADORES DE CONFORMIDADE


A avaliação da conformidade nos processos de gestão de pessoas tem como base:
• O controle e acompanhamento da entrega das declarações de bens e renda;
• O controle e acompanhamento dos registros no e-pessoal do TCU; e
• Os atendimentos das determinações e recomendações dos órgãos de controle e o acompanhamento de concessões, licenças
e benefícios.

Em 2020, todos os servidores entregaram a declaração de bens e rendas ou autorizaram seu acesso, conforme dispõe a Lei nº
8.730, de 10/11/1993. 

Os atos de admissão, concessão de pensão civil e aposentadoria foram registrados no Sistema de Apreciação e Registro dos Atos
de Admissão e Concessões (SISAC), conforme instrução Normativa TCU nº 55/2007. 

Verificou-se, em 2020, uma tendência de manutenção no número de solicitações realizadas pela ouvidoria e no Fala.BR (antigo
e-SIC), em comparação ao exercício de 2019, nos termos da Lei nº 12.527/11, atendidas pela área de recursos humanos,
conforme QUADRO 5.11:

QUADRO 5.11- ANS: COMPARATIVO DE DEMANDAS EXTERNAS DE RECURSOS HUMANOS

Tipo de demandas Qtd. recebida em 2019 Qtd. Recebida em 2020


SOLICITAÇÕES DE OUVIDORIA 04 8
FALA BR 48 45
Fonte: Gerência de Recursos Humanos (janeiro,2021)

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5.4.2 - AVALIAÇÃO DA FORÇA DE TRABALHO
O quadro de pessoal da Agência Nacional de Saúde Suplementar – ANS, devido a especificidade do seu papel institucional, é
composto por quatro carreiras, sendo: 2 de nível intermediário e 2 de nível superior, dispostas na Lei nº 10.871/2004, o que
totaliza 634 servidores efetivos, sendo que onze estão cedidos.

A ANS acompanha a solicitação para a criação de mais 214 vagas de nível superior através do Projeto de Lei nº 6.244, sendo
127 para Especialista em Regulação de Saúde Suplementar e 87 para Analista Administrativo.

Além das carreiras da Agência, compõem a força de trabalho da entidade servidores cedidos, requisitados, ocupantes de cargos
comissionados sem vínculo, contratados por tempo determinado regidos pela Lei nº 8.745, 9/12/1993, servidores com exercício
descentralizado da carreira e exercício provisório.

FIGURA 5.3- AVALIAÇÃO DA FORÇA DE TRABALHO

O quadro de pessoal da Agência Nacional de Saúde Suplementar – ANS, é composto por 4 carreiras, sendo: 2 de nível intermediário e 2 de
nível superior, dispostas na Lei nº 10.871/2004. A ANS acompanha, ainda, a solicitação para a criação de mais 214 vagas de nível superior
através do Projeto de Lei nº 6.244, sendo 127 para Especialista em Regulação de Saúde Suplementar e 87 para Analista Administrativo.

DISTRIBUIÇÃO DE CARGOS POR UNIDADES


Cedidos 11
Secretaria Geral 226*
CARREIRAS NA ANS Procuradoria Geral 35
Presidência 22
65% Nível Superior 35% Nível Médio Corregedoria 5
Ouvidoria 4

Quadro DIPRO 81
específico 9%
DIOPE 64
Técnico 81%
em regulação DIGES 126
Técnico DIFIS 63
administrativo 137%
Especialista DIDES 139
em regulação 312%
DICOL 2
Analista
administrativo 95% Auditoria 3

* Na Secretaria Geral estão incluidos os colaboradores dos núcleos da ANS

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Além das carreiras da Agência, compõem a força de trabalho da entidade O quadro de pessoal da Agência, no ano de 2019, obteve um decrésci-
servidores cedidos, requisitados, ocupantes de cargos comissionados mo em torno de 9,5% devido ao término dos contratos temporários
sem vínculo, contratados por tempo determinado (regidos pela Lei nº oriundos do processo seletivo simplificado realizado em 2013.
8.745/93), servidores com exercício descentralizado da carreira e Ademais, o quadro de servidores efetivos vem sendo reduzido a cada
exercício provisório. ano, principalmente pelo alto índice de evasão nos cargos de nível
médio e pela escassez de novos concursos públicos.

COMPOSIÇÃO DA FORÇA DE TRABALHO EVOLUÇÃO PESSOAL


POR SITUAÇÃO FUNCIONAL 2017 873
623 2018 790

2019 766

2020 753

65 28 FAIXA SALARIAL
11 23 11 3 17
Acima de
206
R$ 20.000
ativo
permanente

cedido

contrato
temporário

exercício
descentralizado
de carreira

Específico

nomeado cargo
comissionado

requisitado
outros orgãos

requisitado
Quadro

R$ 17.000 a
189
R$ 19.999

R$ 13.000 a
18
R$ 16.999
R$ 10.001 a
87
R$ 12.999

R$ 7.551 a
141
R$ 10.000

53% 47% 2,6% R$ 3.801 a


R$ 7.550
48

R$ 0,00 a
92
R$ 3.800

ETNIA SERVIDORES POR FAIXA ETÁRIA

8% 38% 36% 15% 3%


2% 3% 4% 17% 74%
até 30 31 a 40 41 a 50 51 a 60 mais de
anos anos anos anos 60 anos

AMARELA PRETA NÃO PARDA BRANCA


INFORMADO

Fonte: SISRH e SIAPE (dezembro, 2020)

5.4.3 - ESTRATÉGIA DE RECRUTAMENTO E ALOCAÇÃO DE PESSOAS 


O recrutamento de servidores dos cargos efetivos é realizado por meio de divulgação de edital de concurso público, com base na
legislação de pessoal vigente. A realização do concurso público ou convocação de aprovados é precedida de edital interno para
movimentação de pessoal, por meio de remanejamento ou remoção a pedido, a critério da Administração.

Não houve realização de concurso no ano de 2020, tendo em vista que o Ministério da Economia estabeleceu requisitos prévios
para novas solicitações de concurso, tais como: realização de dimensionamento da força de trabalho e movimentação de pessoal
com base na Portaria nº 282, de 24/07/2020.

Além das movimentações de pessoal realizadas antes de concursos públicos, a ANS mantém um sistema informatizado para
registro de pedidos de Remoção e Remanejamento, a qualquer tempo, através do acesso a rede da ANS pela VPN.

A área de recursos humanos atua na gestão das solicitações de alteração de lotação, promovendo a mobilidade dos servidores
entre as diversas áreas da ANS.

Em relação aos cargos comissionados, a ANS não possui estratégia estruturada de recrutamento e alocação de pessoas, contudo,
eventualmente promove concurso para provimento de cargos comissionados, de forma externa e interna.

No ano de 2020, foram realizados 8 processos seletivos para movimentação de pessoal, e foram concretizadas 3 movimentações
para a ANS (1 servidor da FUNARTE e 2 empregadas públicas da CEAGESP).

5.4.4 - DETALHAMENTO DA DESPESA DE PESSOAL


A redução da despesa com pessoal ativo no exercício de 2020 se justifica pela rescisão de contratos temporários e pelas
exonerações a pedido de servidores efetivos.

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FIGURA 5.4 – COMPARATIVO DA EVOLUÇÃO DA DESPESA COM FORÇA DE TRABALHO

PENSIONISTAS INATIVOS ATIVOS

2020 810.724,31 2020 6.162.634,32 2020 153.725.450,83


2019 700.136,44 2019 5.439.731,33 2019 155.544.387,95
2018 691.925,00 2018 4.759.687,20 2018 156.043.771,35
2017 715.752,36 2017 4.082.330,01 2017 154.064.955,31

Fonte: SISRH e SIAPE (dezembro, 2020)

QUADRO 5.12- ANS 2020: % DE DESPESAS COM FORÇA DE TRABALHO POR TIPO

Vantagens Vantagens Gratificação Contratos


Despesas 2020 Judicial Requisitados Patronal
fixas variáveis Natalina Temporários
PESSOAL ATIVO  73,01%   0,38%  0,02%  5,88%  2,67%  0,09%  17,95% 
PESSOAL INATIVO  91,67%    0,57%  7,76%       
PENSIONISTAS  90,02%    2,23%  7,75%       
Fonte:  SIAPE (janeiro a dezembro, 2020)

5.4.5 - AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO, REMUNERAÇÃO E MERITOCRACIA 

5.4.5.1 - PROGRESSÃO E PROMOÇÃO


A progressão e a promoção funcional na ANS são realizadas em conformidade com as determinações da Lei nº 10.871/2004, do
Decreto nº 6.530/2008 e da Resolução Administrativa nº 40/2011.

Desde que haja disponibilidade orçamentária, todos os servidores que alcancem os requisitos legais são progredidos e/ou
promovidos na carreira.

Em 2020, de um total de 625 servidores, foram avaliados 564 e desses, foram progredidos 252 e promovidos outros 90, de
acordo com o QUADRO 5.13 a seguir.

QUADRO- 5.13 ANS 2020: PROGRESSÃO E PROMOÇÃO DE SERVIDORES

Total de Servidores Servidores Servidores Total de Servidores


Cargo
Servidores Avaliados Progredidos Promovidos Progredidos ou Promovidos
ANALISTA ADMINISTRATIVO 95 95 40 22 62
ESPECIALISTA EM REGULAÇÃO 312 285 60 76 136
TÉCNICO ADMINISTRATIVO 137 112 96 3 99
TÉCNICO EM REGULAÇÃO 81 79 65 6 71
Total 625 571 261 107 368
Fonte: SISRH (fevereiro, 2021) e Processo SEI nº 33910.001919/2020-69.

Nota: Há um número significativo de servidores ocupantes dos cargos de nível superior (especialista em regulação e analista administrativo) estacionados na classe B padrão V, por ainda não
terem atendido aos requisitos vigentes para promoção.

5.4.5.2 - GRATIFICAÇÃO DE DESEMPENHO


Na ANS, a avaliação de desempenho para fins de pagamento de gratificação, prevista na Lei nº 10.871/2004, segue o exposto
no Decreto nº 7.133/2010 e na Resolução Administrativa nº 36/2010.

A avaliação é feita via Sistema de Avaliação de Desempenho Individual - SIADI e, desde 1º de janeiro de 2017, aplicada apenas
ao quadro específico, formado por servidores redistribuídos.

Em 2020, o quadro de servidores específico contava com 9 servidores ativos, avaliados em observância aos normativos que
tratam da questão.

A tendência é que, com o passar dos anos, e consequentemente, com a vacância dos cargos ocupados pelos servidores do
quadro específico, a avaliação para fins de gratificação deixe de existir na Agência.

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5.4.5.3 - ESTÁGIO PROBATÓRIO
A avaliação para fins de estágio probatório, segue as disposições do artigo 41, § 4º, da Constituição Federal de 1988, da Lei nº
8.112/1990, e da Resolução Administrativa nº 38/2010; e é realizada manualmente, com o preenchimento de formulário.

A ANS atualmente possui 3 servidores em estágio probatório, que ingressaram entre maio e junho de 2018, e outros 91 servidores
que ingressaram na ANS entre junho e dezembro de 2017 e se tornaram estáveis em 2020.

Os 94 servidores ingressaram na Agência em decorrência de aprovação no concurso público sucedido em 2015 para provimento
de vagas nos cargos de Técnico Administrativo e de Técnico em Regulação de Saúde Suplementar.

5.4.5.4 - REMUNERAÇÃO
Para melhor entendimento da remuneração dos cargos comissionados e dos cargos efetivos da ANS e da distribuição de cargos
comissionados pelos cargos efetivos apresentamos 3 tabelas baseadas na Lei nº 11.526/2007 e Lei nº 13.326/2016, conforme
a seguir:
• Remuneração dos cargos comissionados por tipo de cargo e quantitativo de servidores nestes cargos;
• Remuneração dos servidores de acordo com classe e padrão da carreira e quantitativo de servidores nestes cargos; e
• Distribuição dos cargos comissionados pelos servidores ativos permanentes.

QUADRO 5.14- ANS 2020: QUANTIDADE DE SERVIDORES POR CARGO COMISSIONADO E REMUNERAÇÃO

Correlação com Cálculo


Remuneração Total de
das Portaria de 60% da
Tipo de Cargos Comissionados Cargo a partir de cargos por
nº 186, de Remuneração
1/01/2019 (R$) tipo em 2020
17/08/2000  (R$)
NATUREZA
PRESIDÊNCIA CD I 17.432,15  10.459,29  1
ESPECIAL 
NATUREZA
DIRETORIA CD II 16.560,54  9.936,32  4
ESPECIAL 
SECRETÁRIO-GERAL/ CHEFE DE
CGE I DAS - 6  15.688,92  9.413,35  2
GABINETE
DIRETOR-ADJUNTO/ GERENTE-
GERAL/ OUVIDOR/ PROCURADOR CGE II DAS - 5  13.945,71  8.367,43  14
GERAL

GERENTE/ AUDITOR/ CORREGEDOR CGE III DAS - 5  13.074,10  7.844,46  32

COORDENADOR CGE IV DAS - 4  8.716,06  5.229,64  11


ASSESSOR ESPECIAL CA I DAS - 5  13.945,71  8.367,43  0
ASSESSOR CA II DAS - 5  13.074,10  7.844,46  1
ASSESSORIA CA III DAS - 3  3.639,84  2.183,90  3

Total de cargos comissionados de livre nomeação 68

CARGO COMISSIONADO TÉCNICO CCT V DAS - 5  3.314,30  -  59

CARGO COMISSIONADO TÉCNICO CCT IV DAS - 4  2.421,96  -  77

CARGO COMISSIONADO TÉCNICO CCT III DAS - 3  1.228,94  -  22

CARGO COMISSIONADO TÉCNICO CCT II DAS - 2  1.083,38  -  10

CARGO COMISSIONADO TÉCNICO CCT I DAS - 1  959,29  -  1

Total de Cargos Comissionados técnicos 169

TOTAL DE CARGOS COMISSIONADOS 237


Fonte: Lei nº 11.526/2007, Lei nº 13.326/2016 e Portaria nº 158/2019 (Altera o Anexo I da Portaria nº 121/2019)

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QUADRO 5.15- ANS 2020: QUANTITATIVO DE SERVIDORES EFETIVOS POR PADRÃO

Efeitos financeiros a partir de Nº de servidores


Cargos Classe Padrão
1/01/2017 (atual) no padrão
III R$ 10.147,08 34
ESPECIAL II R$ 9.884,89 5
I R$ 9.628,19 3
V R$ 9.123,26 2
IV R$ 8.887,09 0
B III R$ 8.658,03 7
TÉCNICO ADMINISTRATIVO II R$ 8.433,85 18
I R$ 8.215,48 8
V R$ 7.787,08 0
IV R$ 7.588,07 55
A III R$ 7.392,33 5
II R$ 7.201,90 0
I R$ 7.016,67 0
III R$ 10.506,18 0
ESPECIAL II R$ 10.243,99 26
I R$ 9.990,44 11
V R$ 9.492,86 2
IV R$ 9.258,79 0
B III R$ 9.028,68 1
TÉCNICO EM REGULAÇÃO DE
II R$ 8.805,55 5
SAÚDE SUPLEMENTAR
I R$ 8.587,18 2
V R$ 8.203,93 0
IV R$ 7.961,87 34
A III R$ 7.766,13 0
II R$ 7.575,70 0
I R$ 7.388,37 0
III R$ 19.564,36 8
ESPECIAL II R$ 19.085,06 2
I R$ 18.604,72 22
V R$ 18.125,43 32
IV R$ 17.645,08 0
B  III R$ 17.166,83 21
ANALISTA ADMINISTRATIVO II R$ 16.685,44 8
I R$ 16.206,14 2
V R$ 15.726,85 0
IV R$ 15.247,56 0
A III R$ 14.767,21 0
II R$ 14.287,91 0
I R$ 13.807,57 0

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III R$ 21.036,46 22
ESPECIAL II R$ 20.538,26 17
I R$ 20.040,07 78
V R$ 19.541,88 165
IV R$ 19.044,73 2
B III R$ 18.545,48 16
ESPECIALISTA EM
REGULAÇÃO DE SAÚDE II R$ 18.048,34 8
SUPLEMENTAR 
I R$ 17.549,09 2
V R$ 17.051,95 0
IV R$ 16.553,76 0
A III R$ 16.054,51 1
II R$ 15.557,36 0
I R$ 15.058,12 0
FONTE: Lei nº 13.326/2016

QUADRO 5.16- ANS 2020: % DE DISTRIBUIÇÃO DE CARGOS COMISSIONADOS POR CARGO/FUNÇÃO

Nº de servidores com cargo


Tipo de Cargo/Função % por cargo/função %
comissionado
ANALISTA ADMINISTRATIVO 34 14,35%
ESPECIALISTA EM
98 41,35%
REGULAÇÃO
ATIVO PERMANENTE
TÉCNICO ADMINISTRATIVO 42 17,72% 81,44%
TÉCNICO EM REGULAÇÃO 15 6,33%
QUADRO ESPECÍFICO 4 1,69%
REQUISITADO 17 7,17%
SEM VÍNCULO 12 5,06% OUTROS
PROCURADOR 6 2,53% 18,56%

VAGOS 9 3,80%
Total Cargos
237 100% 100%
Comissionados
Fonte: Gerência de Recursos Humanos (dezembro, 2020)

5.4.6 - CAPACITAÇÃO: ESTRATÉGIAS E NÚMEROS


O ano de 2020 foi o primeiro da implementação do Plano de Desenvolvimento de Pessoas – PDP, de acordo com o previsto
no Decreto nº 9.991/2009 e IN nº 201/2019. Considerando as orientações da legislação à época, as contratações de ações de
capacitação somente poderiam ser realizadas após a manifestação técnica do órgão central do Sistema de Pessoal Civil da
Administração Federal - SIPEC sobre o PDP do órgão, que estava prevista para o dia 28/02/2020.

A pandemia do Coronavírus e as medidas relacionadas ao isolamento social iniciadas pouco depois da aprovação do PDP
pelo SIPEC impactaram significativamente a execução de ações de capacitação, tanto pela necessidade de adaptação das
instituições de ensino para oferta de cursos à distância, como também pela disponibilidade dos servidores para a realização de
capacitações, tendo em vista o acúmulo de atividades decorrentes do trabalho remoto obrigatório.

Foi incentivada a participação dos servidores nas capacitações promovidas pela Escola Nacional de Administração Pública -
ENAP e priorizada a realização de cursos e eventos internos relacionados a demandas específicas das áreas previstas no PDP,
ao projeto de Transformação Digital e a necessidades de desenvolvimento decorrentes do trabalho remoto.  

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FIGURA 5.5- ANS 2020: PRINCIPAIS AÇÕES DESENVOLVIDAS EM CAPACITAÇÃO

Média de:
8 ações 1 Edital: - 27,1 horas de
324 servidores - Ingresso em R$ 427.395,68
internas de capacitação por
participaram cursos de investidos em
capacitação, servidor (H/H/T) e
de ao menos pós-graduação capacitação e
sendo 2 na 61 horas de
1 ação de com início em desenvolvimento
modalidade capacitação por
capacitação 2021* de servidores.
à distância servidor
capacitado

Fonte: Gerência de Recursos Humanos (janeiro, 2021) e SIAFI

5.4.6.1 - PRINCIPAIS DESAFIOS E AÇÕES FUTURAS


A ANS possui os seguintes projetos voltados para a gestão de pessoas, em consonância às diretrizes do Ministério da Economia:
• Revisar o normativo de trabalho remoto na ANS – o processo de revisão foi concluído e atualmente se encontra em análise
na PROGE para posteriormente ser enviado para aprovação da DICOL;
• Implementar Trilhas de Aprendizagem para desenvolvimento de competências organizacionais em 2021;
• Aprovar a Nova Política de Capacitação da ANS, que visa aprimorar o desenvolvimento em 2021.

5.5 - GESTÃO DE PROCESSOS


O mapeamento de processos na ANS foi inicialmente implementado no formato de serviço em que as diversas unidades
organizacionais demandavam a construção dos fluxos de seus processos. A lista de processos é um instrumento dinâmico, uma
vez que não só os processos podem ser alterados ao longo do tempo, como a própria atividade de mapeamento vai indicando a
necessidade de aglomerar, desmembrar, incluir ou extinguir processos.

No fim de 2018, foi concluída a construção da lista com todos os processos de trabalho da ANS. Essa lista está disponível no
Portal de Processos, na intranet, para consulta de toda a Agência.

Em 2020, 40,3% dos processos foram mapeados e publicados.

GRÁFICO 5.16- ANS: QUANTIDADE DE PROCESSOS MAPEADOS - % ACUMULADO


40,30%
390 390 390 390

34,40%

24,40%

13,30% 157
134
95
52 52 43 39
23

Anos 2015 a 2017 Ano 2018 Ano 2019 Ano 2020

Total de processos a serem mapeados Total de processos mapeados

Qtd acumulada de processos mapeados % de mapeamento em relação ao total

Fonte: Gerência de Qualificação Institucional (janeiro, 2021)

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GRÁFICO 5.17- ANS: COMPARATIVO DA QUANTIDADE DE PROCESSOS MAPEADOS POR ANO
42
39

26
23

15
9

Ano 2015 Ano 2016 Ano 2017 Ano 2018 Ano 2019 Ano 2020
Fonte: Gerência de Qualificação Institucional (janeiro, 2021)

GRÁFICO 5.18- ANS: COMPARATIVO DE EXECUÇÃO DO ORÇAMENTO DE CUSTEIO E INVESTIMENTO EM TI – 2019-2020


R$ 43.380.717,00
R$ 37.000.000,00 R$ 40.335.989,79
R$ 34.191.244,64

R$ 4.000.000,00
R$ 1.715.000,00
R$ 3.007.990,00
R$ 1.711.082,64

2019 2020

Orçamento de custeio Execução de orçamento de custeio

Orçamento de invetimento Execução de orçamento de invetimento

Fonte: Sistema SGTI (janeiro, 2021)

5.7.7 - DEMANDAS E PROJETOS DE TI


Durante o ano de 2020, a área de TI desenvolveu 26 projetos e está com 21 projetos em andamento.

É necessário salientar o trabalho realizado pela ANS na Infraestrutura disponível para disponibilização de acesso VPN para que
todos os recursos da ANS pudessem exercer suas atividades de maneira remota em virtude da pandemia do Coronavírus.

GRÁFICO 5.19- ANS 2020: DEMANDAS DE TI POR TIPO DE ATENDIMENTO


31.640
31.560

4.234 5.628 5.553 5.027


4.013 1.025 4.995
683 157 322 40 1.018 120 2 16 20

Sustentação de Apoio à Gestão e Infraestrutura Desenvolvimento de Suporte Especializado Serviço de Consultoria


Sistemas Segurança da Sistemas Técnica
Informação

Backlog em 01/01/2021 Criadas em 2020 Concluídas em 2020


Fonte: Sistema SGTI (janeiro, 2021)
Nota: Backlog em 01/01/2021 – Quantidade de demandas abertas em 2020 e anos anteriores aguardando atendimento ou não concluídas até 31/12/2020.

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5.7.8 - PROJETOS ESTRATÉGICOS DA ÁREA DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO
Em 2020, a área de Tecnologia da Informação concluiu os seguintes projetos:

QUADRO 5.17- ANS: PROJETOS ESTRATÉGICOS DE TI CONCLUÍDOS – 2020

Prazo previsto Status de


Projetos estratégicos de TI Objetivo estratégico
de entrega implementação
IMPLANTAÇÃO DA MODERNIZAR A INFRAESTRUTURA DE TIC E
INFRAESTRUTURA DE SERVIDORES GARANTIR A CONTINUIDADE DO NEGÓCIO PARA A 19/05/2020 CONCLUÍDO
HIPERCONVERGENTE ANS
MODERNIZAR A INFRAESTRUTURA DE TIC E
INSTALAÇÃO DOS NOVOS
GARANTIR A CONTINUIDADE DO NEGÓCIO PARA A 16/09/2020 CONCLUÍDO
SWITCHES NOS ANDARES DA SEDE
ANS
MODERNIZAR A INFRAESTRUTURA DE TIC E
IMPLANTAÇÃO DE NUVEM PRIVADA
GARANTIR A CONTINUIDADE DO NEGÓCIO PARA A 21/07/2020 CONCLUÍDO
DE BANCO DE DADOS
ANS
Fonte: Controle de Projetos PDTIC e Sharepoint Projeto ANS Digital (2020)

5.8 - SUSTENTABILIDADE AMBIENTAL


No ano de 2020, a unidade da estrutura organizacional responsável na ANS pela divulgação, comunicação e implementação de
projetos e programas relacionados a sustentabilidade nos seus três pilares: social, econômico e ambiental, prosseguiu com o
acompanhamento do Plano de Logística Sustentável 2019/2020, conforme previsão legal.

5.8.1 - ACOMPANHAMENTO DA EXECUÇÃO DO PLANO DE LOGÍSTICA SUSTENTÁVEL – PLS


2019/2020 – ANO 2019 E 2020
Em 2020, foi publicado o Relatório de Acompanhamento da Implementação do PLS – Ano 2019, conforme link a seguir: https://
www.gov.br/ans/pt-br/acesso-a-informacao/transparencia-e-prestacao-de-contas/planos-de-gestao-de-logistica-sustentavel.

Foi desenvolvido, ainda, um protótipo de Relatório de Acompanhamento da Implementação do PLS – Ano 2019 no Power BI, que
será disponibilizado no site da ANS no primeiro semestre de 2021. A seguir apresentamos exemplo do painel do Relatório de
Acompanhamento da Implementação do PLS da ANS – Ano 2019.

FIGURA 5.6- PAINEL RELATÓRIO PLS 2019

Fonte: Relatório de Acompanhamento da Implementação do PLS da ANS – Ano 2019

AGÊNCIA NACIONAL DE SAÚDE SUPLEMENTAR RELATÓRIO ANUAL DE GESTÃO - EXERCÍCIO 2020 101
FIGURA 5.7- RELATÓRIO PLS 2019

Fonte: Relatório de Acompanhamento da Implementação do PLS da ANS – Ano 2019

5.8.2 - COMISSÃO DE SUSTENTABILIDADE NA ANS


Em 2019, existiam na ANS duas comissões relacionadas à sustentabilidade, a saber: a Comissão de Coleta Seletiva Solidária,
cuja finalidade era a de elaborar, avaliar e revisar o plano de gerenciamento de resíduos sólidos e seus desdobramentos; e a
Comissão Gestora do Plano de Gestão de Logística Sustentável, cujo objetivo repousava em elaborar, avaliar e revisar o Plano de
Gestão de Logística Sustentável e apoiar a sua implementação.

Em 2020, estas comissões foram unificadas em uma única comissão, denominada Comissão de Sustentabilidade, que abarca
representantes das diversas unidades da ANS e permite a criação de grupos de trabalho temáticos de forma a contar com
pessoal especializado nos diversos temas legais obrigatórios a serem implementados pela ANS.

5.8.3 - ADESÃO À REDE RECICLAPORTO


Em 2020, a ANS aderiu à Rede RECICLAPORTO. A Rede RECICLAPORTO é formada por instituições com representação no Estado do
Rio de Janeiro e seu objetivo é fomentar o intercâmbio de experiências e informações, por meio de ações conjuntas e de apoio mútuo
para implementação de programas, projetos e ações interinstitucionais de sustentabilidade e de responsabilidade socioambiental.

5.9 - GESTÃO DE CUSTOS

5.9.1 - CONFORMIDADE LEGAL


A ANS atende ao art. 50, §3º da Lei Complementar nº 101/2000 que estabeleceu procedimentos de escrituração e consolidação
de contas, a Portaria STN nº 157/2011 que criou o Sistema de Custos do Governo Federal e a Portaria STN nº 716/2011 que
instituíram o Sistema de Informações de Custos do Governo Federal.

Pelo sistema de custos da União, a ANS se vincula tecnicamente à setorial de custos do Ministério da Saúde, não obstante ter
sido atribuída à ANS a autonomia administrativa.

A informação de custos é um instrumento que possui finalidade de auxiliar o gestor no processo de tomada de decisão,
aperfeiçoando os métodos de condução das atividades de suas equipes, fazendo os ajustes necessários após uma análise
mais precisa e real da situação, obtendo, assim, resultados satisfatórios e de qualidade na prestação do serviço público com o
dispêndio de recursos financeiros de forma eficiente.

AGÊNCIA NACIONAL DE SAÚDE SUPLEMENTAR RELATÓRIO ANUAL DE GESTÃO - EXERCÍCIO 2020 102
5.9.2 - ESTIMATIVA DE CUSTOS POR ÁREA DE ATUAÇÃO
A apuração de custos na ANS avançou em relação ao ano de 2019. A tarefa de operacionalização é efetuada por servidores da área
financeira, que também são responsáveis por outros macroprocessos da gestão contábil, financeira e orçamentária através da alimentação
do Sistema Integrado de Administração Financeira do Governo Federal - SIAFI, mediante o preenchimento de dados sobre os gastos.

Em 2020, a ANS ganhou o Certificado de Boas Práticas, com o reconhecimento pelo desempenho na qualidade da informação
de custos no ano de 2019, sendo a segunda colocada na categoria “Agências Governamentais”, com a obtenção de nota 7,79.

5.9.3 - ESTIMATIVA DE CUSTOS POR PROGRAMA GOVERNAMENTAL


A gestão de custos surge como ferramenta de informação que permite evidenciar se os custos dos programas das unidades da
Administração Pública Federal se coadunam com os objetivos traçados de forma eficiente e eficaz.

A ANS tem por programa governamental finalístico o Fortalecimento do Sistema Único de Saúde (5021), com estimativa de
custos orçados em R$ 70,3 milhões e percentual de execução orçamentário-financeiro médio de 83,1%.

O programa governamental de suporte institucional é o Programa de Gestão e Manutenção do Ministério da Saúde (0032), com
estimativa de custos orçados em R$ 254 milhões e o percentual de execução orçamentário-financeiro médio de 95,4%.

AGÊNCIA NACIONAL DE SAÚDE SUPLEMENTAR RELATÓRIO ANUAL DE GESTÃO - EXERCÍCIO 2020 103
CAPÍTULO 6

INFORMAÇÕES ORÇAMENTÁRIAS,
FINANCEIRAS E CONTÁBEIS
A ANS, como órgão integrante do Orçamento Fiscal e da Seguridade Social do Governo Federal , executa sua contabilidade no
Sistema Integrado de Administração Financeira – SIAFI e elabora suas Demonstrações Contábeis conforme previsões da Lei
n.º 4.320/1964, Normas Brasileiras de Contabilidade Aplicadas ao Setor Público, Manual de Contabilidade Aplicada ao Setor
Público e Manuais do SIAFI, contemplando o Balanço Patrimonial; a Demonstração das Variações Patrimoniais (DVP); o Balanço
Orçamentário; o Balanço Financeiro; a Demonstração dos Fluxos de Caixa; a Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido
e as Notas Explicativas às Demonstrações Contábeis.

As Demonstrações são extraídas diretamente do SIAFI e contemplam as informações consolidadas de todas as unidades
integrantes do órgão 36213 - Agência Nacional de Saúde Suplementar, sendo elas as Unidades Gestoras 253003 – Agência
Nacional de Saúde Suplementar (Sede), 253032 – Gerência Geral de Ressarcimento ao SUS, 253033 – ANS - Coordenação de
Administração. Descentralizada/ DF e 253034 – ANS - Coordenação. de Administração Descentralizada/ SP. O conjunto completo
das Demonstrações Contábeis e Notas Explicativas pode ser acessado na página da ANS, em https://www.gov.br/ans/pt-br/
acesso-a-informacao/transparencia-e-prestacao-de-contas/prestacao-de-contas/contas-publicas.

6.1 - CONTABILIDADE E CERTIFICAÇÃO DOS DEMONSTRATIVOS


A ANS possui em sua estrutura organizacional uma Coordenadoria de Contabilidade, vinculada à Gerência-Geral de Administração
e Finanças, da Diretoria de Gestão. A unidade representa a Setorial Contábil da ANS (UG 253030) nos termos do Decreto n.º
6.976/09, sendo responsável pelo acompanhamento da execução contábil no órgão e pelo registro da respectiva conformidade
contábil (certificação).

Esse registro, vale dizer, tem por finalidade garantir a consistência, integridade, fidedignidade e confiabilidade dos demonstrativos
contábeis gerados pelo SIAFI.

Na Coordenadoria, ele é executado, mês a mês, por profissional com formação em Ciências Contábeis, registrado no Conselho
Regional de Contabilidade – CRC, em dia com suas obrigações profissionais e devidamente credenciado no SIAFI para esse fim.
O resultado dessa análise mensal é a Declaração Anual do Contador, documento que evidencia se as demonstrações contábeis
encerradas no exercício estão, em aspectos relevantes, de acordo com a Lei nº 4.320/64, o Manual de Contabilidade Aplicada
ao Setor Público e o Manual SIAFI.

A declaração, assim como o resumo dos meios utilizados pelos profissionais da área na aferição da conformidade contábil,
acompanha as Demonstrações Contábeis e Notas Explicativas.

6.2 - DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS


São apresentadas a seguir as demonstrações contábeis da ANS.

6.2.1 - BALANÇO PATRIMONIAL


QUADRO- 6.1- ANS: BALANÇO PATRIMONIAL 2020-2019

2020 2019
ATIVO
R$ mil R$ mil
ATIVO CIRCULANTE 300.296,29 292.003,12
CAIXA E EQUIVALENTES DE CAIXA 114.411,85 88.760,15
CRÉDITOS A CURTO PRAZO 0,00 17.726,94
DEMAIS CRÉDITOS E VALORES A CURTO PRAZO 184.213,53 184.075,21
ESTOQUES 353,22 394,17
VPDS PAGAS ANTECIPADAMENTE 1.317,69 1.046,65

AGÊNCIA NACIONAL DE SAÚDE SUPLEMENTAR RELATÓRIO ANUAL DE GESTÃO - EXERCÍCIO 2020 104
ATIVO NÃO CIRCULANTE 543.035,17 545.550,48
ATIVO REALIZÁVEL A LONGO PRAZO 490.740,33 495.467,23
IMOBILIZADO 39.243,85 36.841,28
INTANGÍVEL 13.050,99 13.241,97
TOTAL DO ATIVO 843.331,46 837.553,60

2020 2019
PASSIVO
R$ mil R$ mil
PASSIVO CIRCULANTE 149.418,92 113.804,13
OBRIGAÇÕES TRABALHISTAS, PREVIDENCIÁRIAS
18.802,80 18.057,89
E ASSIST. A PAGAR A CURTO PRAZO
FORNECEDORES E CONTAS A PAGAR A CURTO
28,07 196,03
PRAZO
DEMAIS OBRIGAÇÕES A CURTO PRAZO 130.588,04 95.550,22
PASSIVO NÃO CIRCULANTE 2.182,27 4.463,14
DEMAIS OBRIGAÇÕES A LONGO PRAZO 2.182,27 4.463,14
TOTAL DO PASSIVO 151.601,19 118.267,27

2020 2019
PATRIMÔNIO LÍQUIDO
R$ mil R$ mil
RESULTADOS ACUMULADOS 691.730,27 719.286,34
RESULTADO DO EXERCÍCIO -14.024,14 -19.548,72
RESULTADOS DE EXERCÍCIOS ANTERIORES 719.286,34 739.537,90
AJUSTES DE EXERCÍCIOS ANTERIORES -13.531,92 -702,84
TOTAL DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO 691.730,27 719.286,34
TOTAL DO PASSIVO + PATRIMÔNIO LÍQUIDO 843.331,46 837.553,60
Fonte: SIAFI (2020 e 2019)

6.2.2 - DEMONSTRAÇÃO DAS VARIAÇÕES PATRIMONIAIS


QUADRO 6.2- ANS: DEMONSTRAÇÃO DE VARIAÇÕES PATRIMONIAIS - DVP RESUMIDA – 2020-2019

VARIAÇÕES PATRIMONIAIS 2020 2019


% AH R$
AUMENTATIVAS R$ mil R$ mil
IMPOSTOS, TAXAS E CONTRIBUIÇÕES
48.394,58 65.506,61 -26,12% -17.112,03
DE MELHORIA
EXPLORAÇÃO E VENDA DE BENS,
752,52 594,28 26,63% 158,24
SERVIÇOS E DIREITOS
VARIAÇÕES PATRIMONIAIS
1.343,29 1.453,56 -7,59% -110,27
AUMENTATIVAS FINANCEIRAS
TRANSFERÊNCIAS E DELEGAÇÕES
318.406,40 331.039,53 -3,82% -12.633,13
RECEBIDAS
VALORIZAÇÃO E GANHOS C/ ATIVOS
35.492,75 22.615,91 56,94% 12.876,84
E DESINCORPORAÇÃO DE PASSIVOS
OUTRAS VARIAÇÕES PATRIMONIAIS
801.797,72 835.723,38 -4,06% -33.925,66
AUMENTATIVAS
TOTAL DAS VARIAÇÕES
1.206.187,27 1.256.933,27 -4,04% -50.746,00
PATRIMONIAIS AUMENTATIVAS (I)

AGÊNCIA NACIONAL DE SAÚDE SUPLEMENTAR RELATÓRIO ANUAL DE GESTÃO - EXERCÍCIO 2020 105
VARIAÇÕES PATRIMONIAIS 2020 2019
% AH R$
DIMINUTIVAS R$ mil R$ mil
PESSOAL E ENCARGOS 187.142,75 193.880,71 -3,48% -6.737,96
BENEFÍCIOS PREVIDENCIÁRIOS E
8.066,58 5.973,59 35,04% 2.092,99
ASSISTENCIAIS
USO DE BENS, SERVIÇOS E
136.842,56 143.395,49 -4,57% -6.552,93
CONSUMO DE CAPITAL FIXO
VARIAÇÕES PATRIMONIAIS
0,02 6,57 -99,70% -6,55
DIMINUTIVAS FINANCEIRAS
TRANSFERÊNCIAS E DELEGAÇÕES
452.428,85 605.939,92 -25,33% -153.511,07
CONCEDIDAS
DESVALORIZAÇÃO E PERDA DE
ATIVOS E INCORPORAÇÃO DE 435.497,30 327.054,37 33,16% 108.442,93
PASSIVOS
TRIBUTÁRIAS 142,85 120,95 18,11% 21,90
OUTRAS VARIAÇÕES PATRIMONIAIS
90,50 110,39 -18,02% -19,89
DIMINUTIVAS
TOTAL DAS VARIAÇÕES
1.220.211,41 1.276.481,98 -4,41% -56.270,57
PATRIMONIAIS DIMINUTIVAS (II)
RESULTADO PATRIMONIAL DO
-14.024,14 -19.548,72 -28,26% 5.524,58
PERÍODO (I - II)
Fonte: SIAFI (2020 e 2019)

No exercício de 2020, a ANS apresentou um Resultado Patrimonial negativo em R$ 14.024.143,57 (quatorze milhões, vinte e
quatro mil cento e quarenta e três reais e cinquenta e sete centavos), porém melhor aproximadamente R$ 5,52 milhões que o
exercício de 2019.

A explicação, como se pode observar, resta tanto no lado das variações aumentativas, onde a maioria dos grupos apresentou
consideráveis reduções (exceto Exploração e Venda de Bens, Serviços e Direitos e Valorização e Ganhos c/ Ativos e Desincorporação
de Passivos, o mais representativo), quanto no lado das variações diminutivas, que mesmo com a expressiva queda no item
Transferências e Delegações Concedidas - mais de R$ 153 milhões - 25,33%, acrescida das reduções em Pessoal e Encargos –
menos de R$ 6,74 milhões – menos 3,48% e Uso de Bens, Serviços e Consumo de Capital Fixo - menos R$ 6,55 milhões – menos
de 4,57%, não foram suficientes para deixar o total de variações diminutivas abaixo das aumentativas após as compensações
observadas com o aumento em Desvalorização e Perda de Ativos e Incorporação de Passivos - aumento de R$ 108,44 milhões)
- 33,16% e Benefícios Previdenciários e Assistenciais - mais de R$ 2,09 milhões - 35,04% maior que no exercício passado.

6.2.3 - BALANÇO ORÇAMENTÁRIO


QUADRO 6.3 ANS: RESUMO DA RECEITA REALIZADA X DESPESA EMPENHADA – 2020-2019

2020 2019
% AH R$
R$ mil R$ mil
RECEITA ARRECADADA (I) 403.216,35 553.983,82 -27,22% -150.767,47
RECEITAS TRIBUTÁRIAS 47.950,41 56.667,44 -15,38% -8.717,03
RECEITA PATRIMONIAL 1.979,51 1.831,18 8,10% 148,33
RECEITAS DE SERVIÇOS 50,09 118,65 -57,78% -68,56
OUTRAS RECEITAS
353.236,33 495.366,55 -28,69% -142.130,22
CORRENTES
DESPESA EMPENHADA (II) 303.960,80 306.121,47 -0,71% -2.160,67
PESSOAL E ENCARGOS
187.776,31 183.401,47 2,39% 4.374,84
SOCIAIS
OUTRAS DESPESAS
111.527,57 116.338,48 -4,14% -4.810,91
CORRENTES
INVESTIMENTOS 1.753,28 3.787,61 -53,71% -2.034,33
INVERSÕES FINANCEIRAS 2.903,63 2.593,91 11,94% 309,72
SUPERÁVIT (I - II) 99.255,55 247.862,35 -59,96% -148.606,80
Fonte: SIAFI (2020 e 2019)

AGÊNCIA NACIONAL DE SAÚDE SUPLEMENTAR RELATÓRIO ANUAL DE GESTÃO - EXERCÍCIO 2020 106
Em 2020, sob o ponto de vista orçamentário, a ANS tornou a apresentar superávit de R$ 99,26 milhões, porém 59,96%
menor do que no exercício passado. A piora, que em termos absolutos representou R$ 148,61 milhões, como se pode
observar, está calcada na queda de arrecadação em todas as naturezas de receita, o que totalizou os mais de 27,22%
observados, com destaque negativo em Outras Receitas Correntes, majoritariamente multas, onde a ANS deixou de
arrecadar mais de R$ 142 milhões.

No lado das despesas orçamentárias, até observamos redução em Outras Despesas Correntes e Investimentos, respectivamente
4,14% e 53,71%, os quais juntos representam um impacto positivo de R$ 6,84 milhões.

Entretanto, Pessoal e Encargos Sociais e Inversões Financeiras apresentaram aumento de 2,39% e 11,94% respectivamente, o
que acabou compensando a economia anterior com R$ 4,68 milhões, chegando aos R$ 2,16 milhões de impacto no superávit,
o que, se não foi suficiente para segurar os mais de R$ 150 milhões de queda na arrecadação, ao menos impediu que a queda
no superávit fosse ainda maior.

QUADRO 6.4- EXECUÇÃO DE RESTOS A PAGAR NO EXERCÍCIO – 2020-2019

INSCRITOS PAGOS CANCELADOS SALDO


% EXECUÇÃO
R$ mil R$ mil R$ mil R$ mil
EXERCÍCIO 2020 2019 2020 2019 2020 2019 2020 2019 2020 2019
RESTOS A
PAGAR NÃO 22.960,37 23.802,51 13.199,48 11.832,87 9.558,89 11.655,44 202,00 314,20 99,12% 98,68%
PROCESSADOS
RESTOS
A PAGAR 11.673,98 11.537,12 11.673,98 11.536,52 0,00 0,60 0,00 0,00 100,00% 100,00%
PROCESSADOS
TOTAL 34.634,35 35.339,63 24.873,46 23.369,39 9.558,89 11.656,04 202,00 314,20 99,42% 99,11%
Fonte: SIAFI (2020 e 2019)

Pelo QUADRO 6.5, a execução ficou em 99,42%, levemente superior à execução observada no exercício anterior, que foi de
99,11%.

QUADRO 6.5- ANS: INSCRIÇÃO DE RESTOS A PAGAR NO EXERCÍCIO - 2020-2019

PROCESSADOS NÃO PROCESSADOS TOTAIS


R$ mil R$ mil R$ mil
2020 2019 % AH 2020 2019 %AH 2020 2019 % AH
PESSOAL E
10.577,13 11.143,03 -5,08% 0,00 350,43 -100,00% 10.577,13 11.493,46 -7,97%
ENCARGOS SOCIAIS
OUTRAS DESPESAS
558,39 529,65 5,43% 14.171,25 18.552,95 -23,62% 14.729,64 19.082,60 -22,81%
CORRENTES
INVESTIMENTOS 0,00 1,30 -100,00% 0,00 3.295,49 -100,00% 0,00 3.296,79 -100,00%
INVERSÕES
0,00 0,00 N/A 527,83 447,30 18,00% 527,83 447,30 18,00%
FINANCEIRAS
TOTAL 11.135,52 11.673,98 -4,61% 14.699,08 22.646,17 -35,09% 25.834,59 34.320,15 -24,72%
Fonte: SIAFI (2020 e 2019)

A exemplo do exercício passado, a maioria das inscrições no exercício são referentes a Outras Despesas Correntes - R$ 14,17
milhões não processados e R$ 558 mil processados, mas consideravelmente menor que o ano anterior – menos de 22,81%
considerando ambos.

No geral, a Agência inscreveu menos 24,72% de créditos em restos a pagar do que no exercício anterior, com apenas as
despesas com Inversões Financeiras sofrendo aumento de 18%.

Em restos a pagar processados, desde 2018, os valores inscritos referentes a Pessoal e Encargos Sociais têm justificativa na
forma como é realizada a apropriação da folha de pagamento de pessoal (vide notas 01 - Caixa e Equivalentes a Caixa e 05 -
Obrigações Trabalhistas, Previdenciárias e Assistenciais a Curto Prazo, nas Notas Explicativas às Demonstrações Contábeis).

AGÊNCIA NACIONAL DE SAÚDE SUPLEMENTAR RELATÓRIO ANUAL DE GESTÃO - EXERCÍCIO 2020 107
6.2.4 - RESULTADO FINANCEIRO
No exercício de 2020, a ANS apresentou resultado financeiro positivo de aproximadamente R$ 25,65 milhões. O mesmo pode ser
evidenciado a partir do Balanço Patrimonial, de acordo com a variação do montante de Caixa e Equivalentes de 2019 para 2020:

QUADRO 6.6 - ANS: RESULTADO FINANCEIRO A PARTIR DO BALANÇO PATRIMONIAL – 2020-2019

31/12/2020 31/12/2019
SUBGRUPO VARIAÇÃO % AH
R$ mil R$ mil
CAIXA E
114.411,85 88.760,15 25.651,70 28,90%
EQUIVALENTES
Fonte: SIAFI (2020 e 2019)

O aumento no saldo financeiro, entretanto, foi menor 5,39% do que o observado de 2018 para 2019 - aumento de R$ 10,25
milhões para R$ 27,11 milhões, o que representa 164,61% (cento e sessenta e quatro vírgula sessenta e um por cento) de
aumento. Seu detalhamento é mais bem explicado no Balanço Financeiro (resumo abaixo).

6.2.5 – BALANÇO FINANCEIRO


QUADRO 6.7- ANS: COMPOSIÇÃO DO RESULTADO FINANCEIRO – 2020-2019

31/12/2020 31/12/2019
% AH
R$ mil R$ mil
Receita Orçamentária 403.216,35 553.983,82 -27,22%
DESPESA ORÇAMENTÁRIA -303.960,80 -306.121,47 -0,71%
Saldo 99.255,55 247.862,35 -59,96%

Transferências Financeiras Recebidas 318.266,57 330.908,04 -3,82%


TRANSFERÊNCIAS FINANCEIRAS
-452.088,32 -605.619,61 -25,35%
CONCEDIDAS
Saldo -133.821,75 -274.711,57 -51,29%

Recebimentos Extraorçamentários 906.944,26 1.236.910,26 -26,68%


PAGAMENTOS EXTRAORÇAMENTÁRIOS -846.726,35 -1.182.948,85 -28,42%
Saldo 60.217,91 53.961,41 11,59%

RESULTADO FINANCEIRO DO EXERCÍCIO 25.651,71 27.112,19 -5,39%


Fonte: SIAFI (2020 e 2019)

Considerando a relevância dos valores em Recebimentos Extraorçamentários, cabe esclarecer que dizem respeito a depósitos
restituíveis no âmbito da UG Ressarcimento ao SUS (253032) e contemplam recursos provenientes da arrecadação prevista no
art. 32 da Lei n.º 9.656/98.

Todo o saldo tem por destinatário final o Fundo Nacional de Saúde, sendo esperado a quase equivalência ante recebimentos x
pagamentos - 93,36%, em 2020, e 95,64%, em 2019.

A queda de ambos em mais de 26 e 28% respectivamente, nesse exercício, reflete apenas o observado nos demais resultados
tendo como fundo o contexto operacional em meio a pandemia e reverte a sequência no aumento do volume de ressarcimento
por parte das operadoras de planos de saúde a partir do esforço da Agência observado nos últimos exercícios.

A seguir, demonstramos o resultado financeiro sob a ótica da Demonstração dos Fluxos de Caixa, de forma resumida.

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6.2.6 - DEMONSTRAÇÃO DOS FLUXOS DE CAIXA
QUADRO 6.8 -ANS: RESUMO DA GERAÇÃO DE CAIXA POR ATIVIDADE – 2020-2019

31/12/2020 31/12/2019
AH (%)
R$ mil R$ mil
FLUXO DE CAIXA DAS OPERAÇÕES 33.241,99 29.936,32 11,04%
FLUXO DE CAIXA DE INVESTIMENTO -7.590,29 -2.824,12 168,77%
FLUXO DE CAIXA DE
0,00 0,00 0,00%
FINANCIAMENTO
GERAÇÃO LÍQUIDA DE CAIXA E
25.651,70 27.112,20 -5,39%
EQUIVALENTES
CAIXA E EQUIVALENTES INICIAL 88.760,15 61.647,95 43,98%
CAIXA E EQUIVALENTES FINAL 114.411,85 88.760,15 28,90%
Fonte: SIAFI (2020 e 2019)

AGÊNCIA NACIONAL DE SAÚDE SUPLEMENTAR RELATÓRIO ANUAL DE GESTÃO - EXERCÍCIO 2020 109
CAPÍTULO 07

OUTRAS INFORMAÇÕES RELEVANTES


7.1. DETERMINAÇÃO DE MATERIALIDADE DAS INFORMAÇÕES
A ANS elaborou seu Relatório de Gestão na forma de relatório integrado, seguindo a estrutura básica definida pelo Conselho
Internacional para o Relato Integrado (IIRC - International Integrated Reporting Council) e as orientações publicadas pelo Tribunal
de Contas da União.

Quanto ao conteúdo apresentado neste relatório, a Agência optou por considerar temas relevantes todos aqueles que criam
valores para a sociedade e contribuem com a defesa do interesse público na assistência da saúde suplementar.
Desta forma, foram considerados os resultados obtidos e as oportunidades de melhorias nos processos de trabalho e projetos
executados para cada um dos objetivos estratégicos da Agência.

Os temas identificados representam os objetivos pactuados para entregas de serviços de interesse à sociedade e que
movimentam toda a força de trabalho da ANS. A discussão e ponderação a respeito do impacto da informação e da relevância da
sua divulgação foi conduzida pelos gestores das áreas envolvidas e validado pela Alta Administração, sendo apresentado neste
relatório a consolidação final, de acordo com as melhores práticas.

A figura abaixo ilustra a resumidamente a vinculação da missão institucional aos eixos do Mapa Estratégico Institucional. O
conteúdo detalhado dos objetivos estratégicos encontra-se na seção “GOVERNANÇA E ESTRATÉGIA”.

FIGURA 7.1 VINCULAÇÃO DA MISSÃO INSTITUCIONAL AOS EIXOS DO MAPA ESTRATÉGICO INSTITUCIONAL

AGÊNCIA NACIONAL DE SAÚDE SUPLEMENTAR RELATÓRIO ANUAL DE GESTÃO - EXERCÍCIO 2020 110
7.2 TRATAMENTO DE DETERMINAÇÕES E RECOMENDAÇÕES DO TCU
A Agência Nacional de Saúde possui 8 processos em monitoramento de recomendações/determinações sob tratamento em
relação ao exercício de 2020. Destes, um processo está classificado como sigiloso, com fundamento no § 1º do art. 108 da Lei
8.443/1992 cominado com o art. 22 da Lei 12.527/2011.

Destaque-se, em relação ao Acórdão 729/2020 – TCU – Plenário, a ampliação das informações da coluna “Demais Informações”
nos quadros de acompanhamento de multas constantes no quadro 4.12 deste Relatório dos valores encaminhados e processados
pela Procuradoria Federal junto à ANS e o quadro 4.13 e a tabela 4.10 apresentam a série histórica de arrecadação dos últimos
sete anos.

QUADRO 7.1 - TRATAMENTO DE DETERMINAÇÕES E RECOMENDAÇÕES DO TCU

Acórdão Tipo de processo Assunto Processo


ACOMPANHAMENTO QUE TEVE POR OBJETIVO
CONSOLIDAR AS ANÁLISES SOBRE O TEMA
729/2020-TCU- “ARRECADAÇÃO DE MULTAS”, CONSTANTE DE
ACOMPANHAMENTO  TC 024.820/2018-0
PLENÁRIO RELATÓRIOS DE GESTÃO ANUAIS DAS ENTIDADES E
ÓRGÃOS FEDERAIS RESPONSÁVEIS POR APLICAÇÃO DE
MULTAS ADMINISTRATIVAS.
679/2018-TCU- REAJUSTE DE PLANOS DE SAÚDE INDIVIDUAIS E
AUDITORIA  TC 021.852/2014-6
PLENÁRIO COLETIVOS.
1188/2018-TCU- EMBARGOS DE REAJUSTE DE PLANOS DE SAÚDE INDIVIDUAIS E
TC 021.852/2014-6
PLENÁRIO DECLARAÇÃO COLETIVOS.
879/2017-TCU-
SIGILOSO SIGILOSO  TC 020.966/2016-4
PLENÁRIO
79/2017-TCU- AUDITORIA OPERACIONAL PARA AVALIAR A CAPACIDADE
AUDITORIA TC 023.176/2015-6
PLENÁRIO DE FISCALIZAÇÃO DA ANS.
ACOMPANHAMENTO DO PROCESSO ADMINISTRATIVO
8606/2013-TCU- 33902.861177/2011-31 E DA AÇÃO CIVIL PÚBLICA
ACOMPANHAMENTO  TC 022.068/2013-9
PRIMEIRA CÂMARA POR ATO DE IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA 0010242-
65.2010.403.6105
MONITORAMENTO DAS DETERMINAÇÕES/
2879/2012-TCU- RECOMENDAÇÕES EXARADAS POR MEIO DO ACÓRDÃO
ACOMPANHAMENTO  TC 009.174/2012-5
PLENÁRIO 502/2009-TCU-PLENÁRIO - DETERMINAÇÃO DO ITEM 9.7
DO ACÓRDÃO 1595/2011-TCU-PLENÁRIO.
502/2009-TCU-
AUDITORIA GESTÃO DA ANS RELATIVA AO RESSARCIMENTO AO SUS.  TC 023.181-2008-0
PLENÁRIO
Fonte: Auditoria Interna (março, 2021)

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