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UNIVERSIDADE SAVE

  

Relatório 3 de Laboratório I

 Licenciatura em Ensino de Biologia

Estudantes:

Elton Baptista José

Gonçalves Orlando Cuambe

Massinga

2021
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UNIVERSIDADE SAVE

DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS NATURAIS E MATEMATICA

Licenciatura em Ensino de Biologia

Relatório 3 de Laboratório I

 
Trabalho de pesquisa apresentado ao
Departamento de Ciências Naturais e
Exactas, para fins avaliativos da cadeira de
Laboratório I.

Docente MSc. Gonçalves Marenjo

Estudantes:

Elton Baptista José

Gonçalves Orlando Cuambe

Massinga

2021
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Índice
1. Introdução....................................................................................................................................4

1.1. Objectivos.................................................................................................................................4

1.1.1.Geral.......................................................................................................................................4

1.1.2. Específicos.............................................................................................................................4

2 Metodologia..................................................................................................................................5

2.1 Fundamentação teórica..............................................................................................................5

3. Métodos de separação de misturas (Extração).............................................................................8

3.1 Extracção de indicadores naturais a quente...............................................................................8

3.1.1 Procedimentos.........................................................................................................................8

3.1.2 Aparelhagem...........................................................................................................................9

3.1.3 Resultados.............................................................................................................................11

3.1.4 Interpretação de resultados...................................................................................................11

4. Conclusão..................................................................................................................................13

5. Bibliografia................................................................................................................................14
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1. Introdução

O presente relatório surge no contexto das experiências realizadas na cadeira de Laboratório- I

com o tema: Extração de indicadores naturais a quente e a frio. Portanto, os indicadores naturais
são substâncias que possuem extratos ricos em antocianinas, apresentando coloração diferente
dependendo do meio reacional que sejam inseridas. Os indicadores são pigmentos extraídos de
plantas em geral e que, dissolvidos em água, apresentam determinada cor. Tal modificação em
suas cores deve-se a factores diversos, como pH, potencial elétrico, complexação com iões
metálicos e adsorção em sólidos. São comumente classificados em função dos mecanismos de
modificação de suas cores ou então pelo tipo de titulação que podem ser aplicados como
indicadores.

Os indicadores naturais (extratos naturais) são importantes para oferecer maior facilidade de
compreensão dos conceitos químicos, por envolver o uso de poucos reagentes e materiais.

1.1. Objectivos

1.1.1.Geral

 Extrair indicadores naturais a partir das flores das plantas.

1.1.2. Específicos

 Identificar os procedimentos de extracção de indicadores a partir de flores

 Mencionar as transformações ocorridas depois de adicionar um ácido e uma base numa
solução extraída.

 Escrever os eventos envolvidos na extracção de indicadores a partir de flores

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2 Metodologia

O presente relatório prático configura-se em uma observação directa no laboratório de Quimica,

debates, leitura e interpretação de obras relacionadas com os conteúdos das experiências e estão
referenciadas no final do relatório ao local apropriado.

2.1 Fundamentação teórica

Segundo FELTRE (2003), mistura é uma constituição de duas ou mais substâncias, sejam elas
simples ou compostas.

Para FELTRE (2003), a extracção aplica-se quando, numa mistura de substâncias, uma delas é
particularmente solúvel num dado solvente.

Trituração consiste em reduzir substâncias em pó num almofariz ou por uma fricção continua
(www.ebay. com.br.).

De acordo com TERCI & ROSSI (2002), indicadores ácido-base são substâncias usadas
comumente em um laboratório, que, apresentam a capacidade de mudar de cor na presença de
um ácido (grupo H+), ou de uma base (grupo OH-).

Os extratos dos pigmentos sofrem modificações em sua cor na presença de soluções ácidas ou
básicas, dessa forma os corantes podem funcionam como indicadores ácido-base naturais
(TERCI & ROSSI, 2002).

Os indicadores ácido-base são substâncias orgânicas fracamente ácidas (indicadores ácidos) ou

fracamente básicas (indicadores básicos) que apresentam cores diferentes para suas formas
protonadas e desprotonadas (TERCI & ROSSI, 2002).

Indicadores básicos: possuem o grupo ionizável OH- (hidroxila); portanto, em meio

alcalino, as moléculas do indicador mantêm-se não-ionizadas, e em meio ácido os grupos
hidroxila são retirados das moléculas do indicador para a formação de água. Neste
processo são liberados os catiões (de coloração diferente da coloração da molécula).
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Esta mudança de cor dos extratos obtidos de plantas pode estar relacionada, dentre outras, à
presença de antocianinas que apresentam coloração4 diferente dependendo do meio em que
sejam inseridas, sugerindo que esses extratos obtidos podem ser utilizados como indicadores
naturais de ácido-base (TERCI & ROSSI, 2002).

Os indicadores naturais são soluções fracas; isto é, apresentam um valor de pH próximo ao

pH neutro, adicionados a uma determinada solução, eles ligam-se a iões H+ ou OH-. A ligação
que ocorre com estes iões provoca uma mudança na configuração eletrônica destes extratos, tal
alteração deve ser um dos principais motivos responsáveis pela variação de coloração presente
no meio (LIMA, 2015).

Funcionamento de indicadores diante ácidos e bases

LIMA (2015) afirma que, os indicadores são ácidos fracos nos quais as moléculas neutras (HIn)
e os aniões (In-) apresentam cores diferentes.

HIn H+ + In-

É o deslocamento desse equilíbrio que provoca a mudança de cor. No exemplo abaixo, em meio
ácido e com grande quantidade de H+, o equilíbrio se desloca para a esquerda.

HIn H+ + In

Em meio básico, a quantidade de H+ diminui. Assim, o equilíbrio se desloca para a direita.

HIn H+ + In-

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Na(s)+ H2O(l) NaOH + H2(g)
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Nerium oleander

Nerium oleander é uma planta ornamental da família Apocynaceae, popularmente conhecida

como espirradeira, sendo cultivada por apresentar cores nas flores (brancas, vermelhas e rosa).
No experimento usamos as flores de cor de rosa.

Cultivares são o resultado de um trabalho de seleção de uma característica de uma planta que é
sujeita a técnicas de cultivo até que se obtenha uma planta nova com a característica pretendida,
diferente da original. Por exemplo, o Nerium oleander. A oleandrina é um importante
componente, pois esta em todas as partes da planta, a qual é um cardenolideo ou glicosideo
cardiotoxico, estas substancias levam ao acumulo de Cálcio na planta.

Fonte: autores, 2021

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3. Métodos de separação de misturas (Extração)

3.1 Extracção de indicadores naturais a quente

Materiais: Reagentes:

 Placa de aquecimento Flores de Nerium oleander

 Bloco de aquecimento Água (H2O)
 Acopulador 20/20 e acopulador 10/20 Ácido Acetico (CH3COOH)
 Pisseta Hidróxido de Sódio (NaOH) ou Sinza
 Conta-gotas
 Tubuladora
 Tubo de ensaio
 Tubo de refluxo 10/10
 Suporte de filtro
 Papel de filtro

3.1.1 Procedimentos

1. Montou-se o aparelho de extração

2. Mediu-se água de 20ml na proveta e introduziu-se no tubo de ensaio

3. Colocou-se suporte de filtro e o próprio papel de filtro e depois fechou-se com

acopladores;
4. De seguida montou-se a tubuladora simples e a seguir, colocou-se flores de Nerium
oleander com dimensões reduzidas (trituradas) e depois colocou-se a tubo de reflexo
5. Colocou-se no bloco de aquecimento e depois levou-se a placa de aquecimento num
tempo de 10 minutos a uma temperatura de 250º C;
6. Fez-se anotações durante o processo de extracção.
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3.1.2 Aparelhagem

Extrator: Materiais:
Placa de aquecimento:

Bloco de aquecimento:

Acopulador 20/20 e acopulador 10/20:

Pisseta:

Conta-gotas:

Tubuladora:
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Tubo de ensaio:

Tubo de refluxo 10/10:

Suporte de filtro:

Papel de filtro:

Fonte: Autores, 2021

3.1.3 Resultados

Quando a água atingiu 100ᵒC começou a ferver a água atingiu o ponto de ebulição, libertava gás
para o tubo de refluxo que humedeciam as flores onde por sua vez era impedido pela baixa
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temperatura que continha no tubo de refluxo e o gás voltava a gotejar na água que se encontrava
no tubo de ensaio contento água (solvente) formando assim solução da cor verde escura.

Ao adicionarmos uma base, hidróxido de sódio (NaOH) na solução original obtida num outro
tubo de ensaio, mudou a coloração para a cor verde clara e quando adicionamos uma acido, ácido
acético (CH3COOH) na solução original num outro tubo de ensaio mudou para a cor-de-rosa.

Visto que quando adicionamos uma base na solução não houve uma mudança brusca e intensiva
da cor, apenas mudou de verde-escuro para verde-claro, logo aconteceu uma reacção de
neutralização, e ao adicionarmos um acido mudou bruscamente e intensivamente de verde-escuro
para cor-de-rosa.

Solução original: verde- Adição de uma base (NaOH) Adição de um acido

escuro na solução: Verde-claro (CH3COOH ) na solução:
cor-de-rosa

Fonte: autores, 2021

3.1.4 Interpretação de resultados

De acordo com PAVIA et.al. (2009), o aumento da temperatura provoca um aumento da

solubilidade de qualquer substância, por isso extrações a quente são sempre mais rápidas que
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aquelas realizadas à temperatura ambiente. O calor nem sempre pode ser empregado, já que
muitas substâncias são instáveis em altas temperaturas.

A extracção à quente que requer o aumento da temperatura para que haja um aumento da
solubilidade de qualquer substância (PAVIA et.al., 2009).

O processo de extracao aconteceu na tubuladora.

Indicadores ácidos: são os que apresentam hidrogénios ionizáveis em sua estrutura; quando o
meio está ácido, a molécula de indicador mantém seus hidrogénios, devido ao efeito do ião
comum (TERCI & ROSSI, 2002).

Quando o meio está básico, os hidrogénios do indicador são fortemente atraídos pelos grupos
OH- (hidroxila) para formarem água, e neste processo são liberados os aniões do indicador (que
possuem coloração diferente da coloração da molécula).

4. Conclusão
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O extracto natural de diversas plantas pode ser utilizado como indicador. A variação da cor
acontece quando o ião hidrogénio (ácido) é adicionado ou removido da molécula assim como o
ião hidróxido (base).

A adição de um ácido em uma solução de ácido orgânico com uma base, resulta na protonação
da base (a base forma ligações através de seus H +) e se o ácido orgânico for forte o suficiente sua
ionização será reprimida, por isso a necessidade da diferença de propriedades.

Quando a adição for de uma base numa mistura de ácido orgânico com uma base, ocorre à
desprotonação da base (quebra de ligações H+) e o ácido orgânico forma seu respectivo sal com o
auxilio da base adicionada, conservando assim a primeira base.

5. Bibliografia
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FELTRE, Ricardo: Fundamentos da Química. 3ed., Editora Modera, São Paulo, 2003.

LIMA, R. Escala de PH e indicadores ácido-base naturais, 2015.

PAVIA, D. L.; LAMPMAN, G. M.; KRIZ J.R., G. S.; ENGEL, R. G. Química Orgânica
Experimental: Técnicas de escala pequena, editora Bookman, 2009.

TERCI, Daniela Brotto Lopes, ROSSI, Adriana Vitorino. Indicadores naturais de pH Química
Nova, 2002.

www.ebay. com.br.: Processo de Trituração. Consultado no dia 23/10/2021/ às 09h e 24min.