Regulamento Da Inspecção Geral Do Trabalho

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CONSELHO DE MINISTROS

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Decreto nº 9/95 de 21 de Abril

O Estatuto Orgânico do Ministro da Administração Pública, Emprego e segurança Social, aprovado

pelo Decreto nº 8/92. de 31 de Janeiro, estabeleceu o quadro orgânico deste Departamento

Governamental, incumbindo à Inspecção Geral do Trabalho de executar a política do Ministério para

assegurar a aplicação a observância da legislação laboral.

O papel de relevo que é reconhecido à Inspecção de Trabalho, nomeadamente nos domínios social e

económico, terá de ser sustentado por um enquadramento legal que propicie o desenvolvimento

harmonioso de um sistema de inspecção capaz de responder as necessidades do meio em que está

inserida.

Acresce que as profundas alterações sociais e económicas em curso na República de Angola,

suscitam ao Governo um atento esforço de produção normativa ajustado ao equilibrado

desenvolvimento económico e social.

A necessidade da existência de um organismo de controlo, capaz de responder de forma eficaz às

várias questões que se suscitam no mundo do trabalho é uma exigência a que urge dar resposta

imediata.

O presente Regulamento da Inspecção-geral do trabalho, traduz de forma efectiva o reconhecimento

do interesse em que o trabalho seja efectuado dentro dos parâmetros estabelecidos, de modo a

salvaguardar de forma equilibrada os interesses dos trabalhadores e dos empregadores.

 Neste contexto ficam as condições para que a acompanhamento e de interacção no

desenvolvimento económico e social.

 O sistema de inspecção agora proposto foi elaborado tendo em consideração os seguintes aspectos:

satisfação das exigências decorrentes de compromissos internacionalmente assumidos

nomeadamente do âmbito do trabalho; reforço ao nível das competências e atribuições, da

componente de segurança, higiene e saúde do trabalho; criação de uma carreira especial para o

pessoal da carreira inspectiva, atentas a especificidade das funções a exercer pelos inspectores do

trabalho; criação no órgão central da Inspecção Geral do Trabalho de uma estrutura de apoio à

Direcção; reforço e exigência de qualificação técnica do quadro inspectivo traduzido, nomeadamente

na precedência de concurso público e aprovação da autoridade do corpo inspectivo e melhoria do

estatuto profissional dos inspectores do trabalho.

O Regulamento da Inspecção Geral do Trabalho traduz, assim um grande esforço de inovação e

renovação da instituição, factores considerados indispensáveis ao protagonismo que terá que

desenvolver de forma ajustada às exigências de um país em desenvolvimento. 


O presente diploma consagra a orgânica e regulamentação da Inspecção do Trabalho, do Ministério

da Administração pública, emprego e segurança Social (MAPESS), conforme estabelece o artigo 33º

do Estatuto orgânico aprovado pelo Decreto nº 8/92, de 31 de Janeiro.

Com este normativo passa a Inspecção Geral do Trabalho a dispor das estruturas e dos meios

adequados à prossecução das atribuições que estão descritas no artigo 19º do referido Estatuto.

Assim, nos termos das disposições combinadas da alínea h) do artigo 110º e do artigo 113º ambos

da Lei Constitucional, o Governo decreta o seguinte:

Artigo 1º - É aprovado o Diploma Orgânico e Regulamento Interno da Inspecção Geral do trabalho

que vem anexo a este decreto e que dele faz parte integrante.

 Art.2º - Este decreto entra imediatamente em vigor.

Art. 3º - As dúvidas que resultarem da interpretação e aplicação do presente Regulamento, serão

resolvidas por despacho do Ministro da Administração Pública, Emprego e Segurança Social.

Visto e aprovado em Conselho de Ministros.

Publique-se Luanda, aos 21 de Abril de 1995.

 O Primeiro Ministro, Marcolino José Carlos Moco.

O Presidente da República, José Eduardo dos Santos.

REGULAMENTO DA INSPECÇÃO GERAL DO TRABALHO

CAPÍTULO I

Natureza, âmbito e atribuições

ARTIGO 1.º

(Natureza)

1. A Inspecção Geral do Trabalho, designada abreviadamente por I.G.T., é um organismo integrado na

estrutura do Ministério da Administração Pública, Emprego Segurança Social, dependendo

directamente do respectivo Ministro.

2. A Inspecção Geral do Trabalho, tem por objectivo fundamental informar e orientar os sujeitos da

relação jurídico-laboral na aplicação das disposições normativa relativas às condições e relações de

trabalho, ao sistema da protecção do emprego dos trabalhadores ao pagamento das contribuições

para a Segurança Social assegurar o seu cumprimento efectivo e propor as medidas necessárias à

superação das deficiências ou insuficiências do ordenamento jurídico-laboral que lhe incumbe

assegurar.
3. A Inspecção Geral do Trabalho, no exercício da sua acção é dotada de autonomia técnico-funcional e

da independência, dispondo o seu pessoal dos adequado poderes de autoridade pública. 

ARTIGO 2.º

(Âmbito)

1. A Inspecção Geral do trabalho desenvolve a sua acção em todo o território nacional e em todos os

ramos de actividade, junto das empresas e dos trabalhadores.

2. Para os efeitos do número anterior, considera-se empresa toda a entidade individual ou colectiva,

estatal, mista, privada ou cooperativa, que exerça uma actividade de produção, comércio ou serviços,

ou ainda qualquer outra que implique a celebração de contratos de trabalho.

3. Ficam excluídas do âmbito de actuação da Inspecção Geral do Trabalho as relações jurídico-laborais

específicas da função pública.

ARTIGO 3.º

(Atribuições gerais)

São atribuições da inspecção Geral do trabalho:

a. Assegurar a aplicação e o cumprimento das disposições normativas constantes dos diplomas

legais, convenções colectivas de trabalho e demais instrumentos de regulamentação colectiva

de trabalho e contratos individuais de trabalho relativas às condições de trabalho e à protecção

dos trabalhadores no exercício da sua profissão;

b. Fazer cumprir as normas relativas à higiene, segurança e saúde no trabalho;

c. Velar pelo cumprimento das normas sobre o emprego e a protecção no desemprego;

d. Assegurar o cumprimento das disposições legais relativas à inscrição na segurança social e

pagamento das respectivas contribuições;

e. Fornecer informações e conselhos técnicos de natureza jurídico-laboral aos trabalhadores,

empregadores e respectivas associações representativas legalmente constituídas;

f. Contribuir para o aperfeiçoamento e efectividade da ordem jurídica que lhe incumbe assegurar,

propondo as medidas necessárias à superação das suas deficiências ou insuficiências e

participando na elaboração ou reformulação da respectiva legislação;

g. Organizar e interpretar as informações e dados recolhidos na acção inspectiva, tendo em vista a

programação adequada da sua actividade e a cooperação a promoção da melhoria das

condições de trabalho;

h. Cooperar com outros organismos oficiais na prossecução de objectivos comuns e garantir a sua

colaboração activa para a eficácia da acção inspectiva, em particular nos domínios da

segurança e saúde no trabalho, emprego, desemprego e contribuições para a segurança social;


i. Prestar toda a colaboração que seja solicitada ou que se afigure necessária aos órgãos judiciais

competentes na área laboral.

ARTIGO 4.º

(Atribuições específicas)

1. São atribuições da Inspecções Geral do trabalho no mínimo da Relação Jurídico-Laboral:

a. Exercer o controlo das disposições normativas relativas aos pressupostos objectivos e

subjectivos e outros elementos acidentais do contrato de trabalho;

b. Assegurar o cumprimento efectivo das disposições relativas à retribuição;

c. Garantir efectividade dos direitos, deveres e garantias das partes;

d. Controlar a aplicação das disposições sobre o tempo, o local e o modo de prestação do

trabalho;

e. Assegurar o controlo das disposições relativas aos regulamentos internos das empresas;

f. Garantir a aplicação do regime de protecção à maternidade;

g. Velar pelo cumprimento das normas que proíbem todas as formas de discriminação no trabalho.

2. São atribuições da Inspecção Geral do Trabalho na área da Administração do Trabalho: 

a. Exercer o controlo das comunicações que as empresas hajam, por força legal de fazer à

Administração do trabalho;

b. Fazer registos e apreciar requerimentos, conceder autorizações e pôr vistos que por lei lhe

estejam atribuídos .

3. São atribuições da Inspecção Geral do trabalho no domínio das Relações Colectivas de trabalho:  

a. Garantir a aplicação das disposições legais relativas à informação, consulta e participação dos

trabalhadores e seus organismos representativos legalmente constituídos;

b. Assegurar o cumprimento das disposições relativas ao exercício dos direitos sindicais no interior

da empresa.

4. São atribuições da Inspecção Geral do Trabalho na área da Segurança e Saúde no trabalho; 

a. Colaborar com o departamento competente no fornecimento da informação às empresas sobre

metodologias e normas técnicas em matéria de higiene, segurança e saúde no trabalho;

b. Assegurar a aplicação efectiva das disposições legais sobre, organização de sistemas de

prevenção e de saúde no trabalho;

c. Fiscalizar as condições de higiene, segurança e saúde dos estabelecimentos, equipamentos,

produtos e processos de fabrico;


d. Verificar, por sua iniciativa ou mediante requerimento, isoladamente ou em coordenação com

outras entidades competentes, a aplicação das disposições que regem a higiene e a segurança

do trabalho, na sequência da execução dos planos de construção, instalação, transformação e

modernização dos estabelecimentos e ainda quando se verifique a introdução de novas técnicas

e tecnologias;

e. Receber e analisar as comunicações em matéria de acidentes de trabalho e doenças

profissionais e impor a adopção de medidas adequadas com vista à correcção e a prevenção

dos riscos;

f. Elaborar obrigatoriamente, inquéritos sobre acidentes de trabalho mortais ou particularmente

graves que sejam do seu conhecimento, determinando as causas e circunstâncias da sua

ocorrência e remetê-lo ao tribunal competente, sem prejuízo de uma actuação inspectiva

imediata;

g. Verificar a observância das normas sobre seguros de acidentes de trabalho.

5. São atribuições da Inspecção Geral do Trabalho no domínio do Emprego e Desemprego:

a.

a. Assegurar o cumprimento das disposições relativas à comunicação das ofertas de trabalho e

preenchimento dos postos de trabalho disponíveis por parte das empresas;

b. Velar pela observância do regime de despedimento, nomeadamente dos resultantes da adopção de

medidas técnicas reorganizativas empresas;

c. Verificar o cumprimento das disposições relativas ao certificado de trabalho e demais formalidades

exigidas no processo de desemprego;

d. Assegurar o cumprimento das demais formalidades que venham a ser estabelecidas no âmbito da

política de emprego, bem como da formação profissional que venha a ser inserida nas competências

do Ministério da Administração Pública, Emprego e Segurança Social.

6. São da atribuição da Inspecção Geral do trabalho na área da Segurança Social. 

a. Assegurar o cumprimentos das disposições sobre inscrição na segurança social nos diversos

regime;

b. Verificar a regularidades do processamento dos descontos para a segurança social e do

pagamento das respectivas contribuições.

7. Compete ainda à Inspecção Geral do Trabalho assegurar as demais competências que por lei lhe

sejam atribuídas. 
 CAPÍTULO II

Organização

ARTIGO 5.º

(Órgãos e serviços)

1. A estrutura orgânica da Inspecção Geral do Trabalho compreende órgãos centrais e serviços

provinciais.

2. São órgãos centrais da Inspecção Geral do trabalho:

a. Direcção;

b. Departamento de Estudos e Programação;

c. Departamento de Inspecção;

d. Secção Técnica;

e. Secção de Expediente.

3. A estrutura orgânica dos serviços provinciais da Inspecção Geral de Trabalho, será determinada por

decreto executivo do Ministério da Administração Pública, Emprego e segurança Social. 

 ARTIGO 6.º

(Direcção)

1. A Inspecção Geral do Trabalho é dirigida por um Inspector-Geral a quem compete:

a. Representar a Inspecção-Geral do Trabalho;

b. Superintender em todos os órgãos e serviços da Inspecção-geral do Trabalho;

c. Coordenar a actuação de todos os serviços de modo a obter uma uniformidade de critérios

prossecução das suas atribuições;

d. Determinar acções de inspecção;

e. Submeter à aprovação do Ministro do Trabalho, Administração Pública Emprego e

Segurança Social os planos anuais de actividades da Inspecção Geral do Trabalho;

f. Submeter à apreciação do Ministro do Trabalho, Administração Pública Emprego e

segurança Social até do fim do mês de Janeiro do ano seguinte àquele a que respeita o

relatório anual da actividade Geral da Inspecção do Trabalho;

g. Proceder à confirmação, desconfirmar e revisão dos autos e registados em livro próprio;

h. Apreciar e decidir sobre os recursos de não confirmação e da desconfirmação dos autos de

notícias;

i. Impor, sempre que necessário, a comparência nos serviços da Inspecção Geral do

Trabalho de qualquer trabalhador ou entidade empregadora, singular ou colectiva, bem

como de representantes das respectivas associações;


j. Determinar auditorias e inspecções internas aos órgãos e serviços da Inspecção Geral do

trabalho;

k. Decidir sobre o mérito profissional dos funcionários ao serviço da Inspecção Geral do

Trabalho;

l. Aprovar metodologias, regulamentos e instruções inteiras;

m. Definir o perfil do pessoal inspectivo e estabelecer os respectivos critérios de recrutamento,

selecção e formação, de acordo com o preceituado neste diploma;

n. Colocar, distribuir e transferir os funcionários do quadro da Inspecção Geral do trabalho;

o. Exercer os poderes de administração que lhe sejam conferidos;

p. Desempenhar as demais funções que por lei ou determinação ministerial lhe sejam

cometidas.

2. Na sua ausência ou impedimento, o Inspector-Geral é substituído pelo Inspector-Geral Adjunto por

ele designado. 

3. O Inspector-Geral pode delegar nos Inspectores-Gerais Adjuntos, nos Chefes de Secção e nos

dirigentes provinciais alguns dos poderes que integram a sua competência própria.

 ARTIGO 7.º

 (Departamento de estudo e programação).

1. O Departamento de Estudos e Programação é dirigido por um Inspecto r-Geral Adjunto com a

categoria equivalente a Chefe de Departamento Nacional.

2. O departamento de Estudo e Programação tem as seguintes atribuições:

a. Elaborar estudos, formular pareceres e preparar informações sobre matérias de

natureza técnica e técnico-jurídico;

b. Colaborar na elaboração de estudos preparatórios relativos à formulação e

reformulação da legislação laboral;

c. Colaborar com o Departamento de Inspecção na elaboração do plano anual de

actividade a submeter à aprovação do Inspector-Geral;

d. Elaborar e manter actualizados ficheiros de legislação, regulamentação colectiva de

trabalho, jurisprudência e doutrina;

e. Prestar apoio ao Inspector-geral na área da formação a desenvolver no âmbito da

Inspecção Geral do Trabalho através da elaboração de documentação de apoio e

monitoragem.

f. Elaborar relatórios trimestrais da actividades desenvolvida, a submeter à apreciação

do Inspector-Geral;

g. Desempenhar as demais funções que superiormente lhe sejam determinadas.


3. Nas suas ausências e impedimentos o Inspector-geral junto do Departamento de Estudos e

Programação é substituído pelo inspector para efeito designado. 

 ARTIGO 8.º

(Departamento de Inspecção)

1. O Departamento de Inspecção é dirigido por um Inspector-Geral Adjunto com a categoria equivalente

a Chefe Departamento Nacional.

2. São atribuições do Departamento de Inspecção:

a. Assegurar a coordenação técnica dos serviços provinciais;

b. Prestar apoio aos serviços provinciais na execução do plano de actividade,

elaborando e difundindo as orientações técnicas adequadas;

c. Determinar a realização de acções inspectivas;

d. Colaborar com o Departamento de Estudos e Programação na elaboração do plano e

relatório anual das actividades desenvolvidas pela Inspecção Geral do Trabalho a

submeter à aprovação do Inspector-Geral;

e. Informar e dar parecer ao Inspector-Geral sobre actuações de ordem inspectiva que

lhe sejam solicitadas;

f. Analisar e informar sobre os relatórios da actividade inspectiva elaborados pelos

serviços provinciais;

g. Elaborar estatísticas da actividade inspectiva desenvolvida pelos serviços provinciais;

h. Elaborar e submeter à apreciação do Inspector-Geral relatórios trimestrais da

actividade desenvolvida;

i. Desempenhar as demais funções que superiormente lhe sejam determinadas.

3. Nas suas ausências e impedimento o Inspector-Geral Adjunto do Departamento de Inspecção será

substituído pelo designado para o efeito. 

ARTIGO 9.º

 (Secção técnica)

1. 1. A Secção Técnica é um órgão de apoio técnico directo do Inspector-Geral do Trabalho, devendo

prestar-lhe acessória nas seguintes áreas:

a. Administração e Gestão;

b. Direcção Técnica;

c. Formação;

d. Documentação.

2. A Secção Técnica é coordenada por um inspector do trabalho e será constituída pelos inspectores do

trabalho e demais funcionários que forem designados pelo Inspector-geral. 


ARTIGO 10.º

 (Secção de expediente)

1. A Secção de Expediente é serviço de apoio administração da Inspecção Geral do Trabalho.

2. Compete, designadamente a Secção de Expediente:

a. Apoiar administrativamente os órgãos da Inspecção Geral do Trabalho;

b. Assegurar o registo, o expediente e o arquivo dos documentos da Inspecção Geral do

Trabalho;

c. Organizar e manter actualizados os elementos necessários à gestão corrente do

pessoal;

d. Assegurar, em colaboração com os serviços competentes da Secretaria-Geral, os

procedimentos administrativos necessários ao recrutamento, provimento, promoção,

progressão na carreira cessação de funções, assiduidade e classificação de serviço;

e. Assegurar, no âmbito da Inspecção Geral do Trabalho e em articulação com a

Secretaria-Geral, os procedimentos administrativos necessários em matéria de

orçamento, contabilidade e património;

f. Colaborar com o Centro de Documentação e de Informação, na selecção,

classificação e difusão de informação necessária ao bom funcionamento dos serviços

da Inspecção Geral do Trabalho;

g. Organizar a recepção e encaminhamento do público nas instalações da Inspecção

Geral do Trabalho.

3. A Secção de Expediente é dirigida por um Chefe de Secção. 

CAPÍTULO III

Acção Inspectiva

SECÇÃO I

Princípios de actuação

ARTIGO 11.º

(Acção inspectiva)

A Inspecção Geral do Trabalho exerce uma acção fundamente de natureza preventiva, pele que lhe

compete actuar de forma pedagógica nos primeiros contactos e de forma coerciva nos subsequentes.

ARTIGO 12.º

(Acção pedagógica)
1. A Inspecção Geral do Trabalho exerce a acção pedagógica, prestando aos trabalhadores e

empregadores informações e conselhos técnicos e agindo no sentido de sensibilizar os interessados

sobre o processo mais adequado e eficaz de observarem as disposições legais.

2. Dentro desse espírito de acção, sempre que se constatem infracções em relação às quais se

entenda preferível estabelecer prazo para a sua reparação, deverá o mesmo ser fixado, formalizado

no termo de notificação e levado ao conhecimento do superior hierárquico que exerce a respectiva

coordenação técnico-inspectiva.

3. A concessão do prazo referido no número anterior deverá ser estabelecida em conformidade com as

orientações técnicas emanadas pela direcção central da Inspecção Geral do Trabalho.

4. A Inspecção Geral do Trabalho garante um serviço informativo, destinado a prestar esclarecimentos,

informações e a receber pedidos de intervenção inspectiva.

ARTIGO 13.º

(Acção coerciva)

1. Os inspectores do trabalho levantarão o respectivo auto de notícia quando, no exercício das suas

funções, verificarem e comprovarem pessoal e directamente ainda que por forma não imediata,

qualquer infracção às normas sobre matéria sujeita à fiscalização da Inspecção Geral do Trabalho,

sem prejuízo do disposto nos nºs 2 e 3 do artigo anterior.

2. Os inspectores do trabalho ordenarão que lhes sejam feitas no local visitado, dentro de um prazo

determinado, as modificações necessárias para assegurar a aplicação estrita das disposições legais

respeitantes a saúde e segurança dos trabalhadores sempre que haja uma razão plausível que os

leve a considerar que as instalações, determinados equipamentos, produtos ou processos de fabrico

são prejudicais à saúde ou segurança dos trabalhadores, com respeito pelos formalismos indicados

no nº2 do artigo 12º. 10

3. Se as instalações, determinados equipamentos, produtos, processos de fabrico ou quaisquer outras

circunstâncias do âmbito de trabalho terão a faculdade de impor medidas imediatamente executória

que poderão ir até a suspensão total da laboração, informando o superior hierárquico, no prazo de 24

horas das medidas tomadas.

4. Sempre que se verifique a adopção de algumas das medidas previstas no número anterior, o reinício

da laboração terá de ser requerido previamente à Inspecção Geral do Trabalho salvo se o tribunal se

tiver pronunciado favoravelmente à empresa em apreciação de recurso por ir apresentado sobre

adopção por parte de Inspecção Geral do Trabalho de algumas medidas previstas do número

anterior.

ARTIGO 14.º

(Forma de actuação)
1. O pessoal de inspecção executará as acções de inspecção pela forma e na medida que lhe for

cometida pelos respectivos responsáveis e dentro do conteúdo funcional das categorias funcionais.

2. Quando em acção inspectiva, deve o pessoal de inspecção informar da sua presença a entidade

empregadora ou seja seu representante, salvo se tal aviso puder, em seu entender, prejudicar

eficácia de própria intervenção.

3. Antes de abandonar o local visitado, deve o pessoal de inspecção, sempre que lhe seja possível,

comunicar o resultado da visita à entidade empregadora ou seu representante.

4. O pessoal de inspecção fará ainda os necessários e adequados contactos com os representantes

dos trabalhadores, sempre que daí possam resultar vantagens para a eficácia da acção inspectiva.

ARTIGO 15.º

(Tipo de inspecção)

1. As acções de inspecção poderão ser de iniciativa do pessoal inspectivo, dos órgãos de serviço da

Inspecção Geral do trabalho ou a pedido de trabalhadores, empregadores, organismos

representativos de uns ou outros e ainda, de autoridades jurdiciais ou outras entidades oficiais que

tenham a seu cargo de contribuir, de alguma forma, para melhoria das condições de trabalho e para

o controlo da legalidade.

2. Sem prejuízo de livre e iniciativa do pessoal inspectivo, todas as acções inspectivas devem ser

enquadradas em programas de actividades estabelecidos pelos órgãos e serviços da Inspecção

Geral do Trabalho.

ARTIGO 16.º

(periodicidade das inspecções)

1. No âmbito da programação referida no artigo anterior, os locais de trabalho onde se exerçam

actividades insalubres, perigosas ou tóxicas, devem ser visitados a sua vez em cada ano ou com

maior frequência, se for julgado conveniente.

2. Os restantes locais de trabalho devem ser visitados com a frequência necessária para assegurar o

cumprimento efectivo das normas em vigor.

3. Os locais de trabalho em que hajam sido detectadas irregularidades graves ou sempre que se

tenham feito advertências, concedido prazos ou estabelecido instruções concretas para a

regularização de situações, devem ser objecto de reinspecção, a fim de se verificar se as mesmas

subsistem ou se as indicações foram integralmente observadas.

ARTIGO 17.º

(Articulação com outras entidades)

1. Na sua actuação, a Inspecção Geral do Trabalho estabelecerá uma cooperação privilegiada com

outras entidades oficiais, sempre que isso se conveniente à prossecução de objectivos comuns.
2. A Inspecção Geral do Trabalho pode requisitar, quando o entender necessário para o exercício

cabal da acção inspectiva, a colaboração das entidades referidas no nº 1 e ainda das autoridades

administrativas e policiais.

3. A Inspecção dos órgãos de justiça, a realização das diligência indispensáveis à averiguação das

circunstâncias em que ocorrem os acidentes de trabalho ou foram contraídas as doenças

profissionais, à determinação das normas infringidos e dos responsáveis.

4. Os factos apurados em qualquer acção inspectiva que constituam matéria criminal e as demais

infracções cuja fiscalização não seja da competência da Inspecção geral do Trabalho, devem ser

participados, respectivamente, tribunais e às autoridades competentes.

5. Quando as infracções às normas cujo cumprimento compete `Inspecção Geral do Trabalho

assegurar forem detectadas por outros organismos ou agentes da autoridade, deverão aqueles fazer

a devida comunicação à Inspecção Geral do trabalho.

SECÇÃO II

(Auto de notícia)

ARTIGO 18.º

(Direito subsidiário)

 Em tudo o que não se encontre especificamente regulado neste regulamento sobre o conteúdo,

valor, elaboração e tramitação do auto de noticia levantado pela Inspecção Geral do Trabalho, será

aplicável como direito subsidiário, o Código de Processo Penal. 

ARTIGO 19.º

(Conteúdo do auto de notícia)

1. O auto de notícia deve conter os seguintes elementos:

a) a indicação do dia, da hora e do local em que a infracção ocorreu e foi detectada;

b) A identificação completa do infractor, seja singular, com a indicação do nome ou designação

social, actividade prosseguida e domicílio dos respectivos gerentes, administradores, directores ou

membros do órgão gesto;

c) A notícia rigorosa dos factos que constituem infracção;

d) A descriminação das circunstâncias em que a infracção foi cometida;

e) A indicação da forma como foi apurada os factos;

f) Tudo mais que puder ser averiguado acerca da identificação dos gentes da infracção e dos

directamente ofendidos, bem como dos meios de prova conhecidos nomeadamente dos documentos

disponíveis e as testemunhas que poderem depor sobre os factos;


g) a indicação da legislação infringida e da multa aplicável;

h) a indicação do nome, categoria profissional, serviço ou órgão da Inspecção Geral do trabalho a

que se encontra adstrito o inspector autuante;

i) a assinatura do inspector autuante.

2. É dispensável no auto de notícia a assinatura do frator.

3. É ainda dispensável no auto de notícia a indicação de testemunhas e a identificação a que se

refere a alínea c), sempre que não tenha sido possível obter tais elementos.

4. Quando a actuação coerciva implique receitas para a segurança Social ou para os trabalhadores,

serão sempre apurados e descriminados os respectivos montantes em próprio, os quais farão parte

integrante do auto de polícia.

ARTIGO 20.º

(Graduação das multas)

1. As multas de montante fixo serão indicadas pelo Inspector actuante no auto de notícia.

2. Quando se trate de multas de quantidade variável, a expectiva graduação será feita pelo

funcionário competente para confirmar o auto de notícias, de acordo com a gravidade infracção e o

grau de culpa do infractor, sem prejuízo do imposto na alínea i) do nº 1 artigo 6º.

ARTIGO 21.º

(Eficácia e valor do auto de notícia)

1.A eficácia do auto de notícia depende da confirmação pelos funcionários competentes para o efeito,

nos termos do presente Regulamento.

3. A não confirmação do auto-de notícia, bem como os casos de desconfirmação e revisão, previsto

no presente Regulamento, constituem autos sujeitos a fundamentação e registo adequado em livro

próprio.

4. O acto de confirmação de um auto de notícia torna-se definitivo com a decisão preferida sobre a

reclamação apresentada nos termos do artigo 23º ou, não havendo reclamação, pelo decurso do

prazo estabelecido para o efeito, após o que não pode ser anulado, custado ou declarado sem efeito,

prosseguindo os seus trâmites até a remessa a juízo.

ARTIGO 22.º

(Comunicação ao infractor do auto de notícia)

1. Uma vez elaborado, deve o auto de notícia ser numerada e registado em livro próprio.

2. Ao auto de notícia e seus anexos, referidos no nº 4º do artigo 19º, será apensa a folha de

liquidação, contendo a multa aplicada e todas as importâncias em dívidas.

 
3. Uma vez confirmado o auto de notícia, deve a Inspecção Geral do Trabalho remeter, de imediato,

ao infractor todo o processo referido no número anterior, acompanhado de termo de notificação de

onde constem.

a) A identificação do auto notícia;

b) O valor da multa aplicada;

c) A soma das contribuições devidas à Segurança Social;

d) O momento global das quantias em dívida aos trabalhadores;

e) A soma total a depositar;

f) A ordem de pagamento da totalidade indicada, num prazo de 20 dias, a contar da remessa desta

notificação;

g) A identificação da instituição bancária onde aquele depósito deve ser efectuado à ordem da

Inspecção Geral do Trabalho;

h) A indicação de que este pagamento só se considerará efectuado mediante a devolução, por parte

do arguido, da respectiva folha de liquidação, devidamente autenticada pelo estabelecimento

bancário, até 5 dias após o termo do prazo constante da alínea f);

i) A referência de que os gerentes, administradores, directores ou membros do órgão gestor são

solidariamente responsáveis pelo pagamento das importâncias indicadas.

4. A notificação é efectuada por via postal com registo, por funcionários da Inspecção Geral do

Trabalho, designada para o efeito ou por qualquer agente de autoridade, ficando estes investidos dos

poderes que a lei confere para a realização deste acto.

5. A notificação considera-se feita na pessoa do infractor, quando efectuada junto de qualquer outra

que na altura o represente, ainda que não possua título bastante para o efeito.

6. Não sendo encontrado qualquer dos representantes referidos no número anterior, considerar-se-á

igualmente, efectuada a notificação na pessoa do infractor, desde que o funcionário da Inspecção

Geral do Trabalho ou agente da autoridade faça a sua entrega a qualquer pessoa afecta à empresa

infractora ou ao domicílio dos seus gestores e desse acto lavre certidão.

7. Do processo referido no nº 2 deste artigo e dos actos regulados no artigo 23º, serão extraídas

cópias autenticadas que sejam necessárias à notificação do infractor, ao copiador dos autos de

notícia, ao processo individual do transgressor, à remessa a juízo e à Segurança Social.

8. O Tribunal deverá informar a Inspecção Geral do Trabalho, do teor da sentença que tenha sido

proferida no julgamento do auto de notícia.

ARTIGO 23.º

(Reclamação)
1. Recebida a notificação e dentro do prazo fixo na alínea f) do nº 3, do artigo 22º, pode o infractor

reclamar do auto de notícia para o Delegado Provincial do Trabalho, desde que a multa aplicada

ultrapasse o montante máximo estabelecido no nº2, do artigo 29º alegando e provando os

fundamentos da reclamação e pondo concluir pelo pedido de anulação ou revisão.

2. Da decisão referida no ponto; cabe recurso para a Inspecção Geral do Trabalho.

3. A reclamação tem efeito suspensivo, devendo ser decidido no prazo de 15 dias após o

recebimento e presumindo-se o seu indeferimento no caso de sobre ela não ter recaído despacho

desse prazo.

4. O provimento da reclamação implica a desconfirmação plena do auto ou apenas a sua revisão no

tocante ao montante da multa nele fixado, sendo o auto de notícia, consoante os casos, arquivado ou

alterado quanto à fixação da multa aplicada.

5. A decisão sobre reclamação, quando houver, deve ser notificada ao infractor e comunicada ao

serviço autuante.

6. No caso de indeferimento ou revisão do montante da multa, observar-se-á o prazo de pagamento

referido na alínea do nº 3 do artigo 22º, reiniciando-se a contagem na data da remessa da notificação

do despacho que recaiu sobre a reclamação ou, na sua falta, no termo do prazo referido no nº 2 do

presente artigo.

ARTIGO 24.º

(Gestão das recitas)

1. o produto das multas constitui receita do Orçamento Geral do Estado (OGE) do Instituto de

Segurança Social e da Inspecção Geral do Trabalho, na proporção de 50%, 40% e 10%,

respectivamente.

2. As contribuições devidas à Segurança Social constituem receita do Instituto de segurança Social.

3. As quantias destinadas ao Orçamento Geral do Estado e ao Instituto de Segurança Social que

sejam arrecadadas, serão trimestralmente transferidas da conta da Inspecção geral do Trabalho para

as respectivas instituições.

4. No prazo de 15 dias a contar do conhecimento do depósito das quantias devidas aos

trabalhadores, a Inspecção Geral do Trabalho avisará aos interessados para efeito de recebimento

do que lhe for devido.

5. A entrega das quantias aos trabalhadores será feita, sempre que possível, mediante cheque

bancário.

6. A entrega daquelas quantias será feita contra recibo e ficará isenta do imposto de selo.

7. As quantias que constituem créditos dos trabalhadores que não sejam levantadas no prazo de 5

anos a contar do aviso referido no nº 4, passam a constituir receita do Instituto de segurança Social.
CAPÍTULO IV

Estatuto dos Inspectores do Trabalho

ARTIGO 25.º

(Poderes dos Inspectores)

1. O pessoal da inspecção encontra-se permanentemente investido nessa qualidade, sendo detentor

dos poderes de autoridade pública dela decorrentes.

 2. No exercício da sua acção, o pessoal referido no número anterior pode:

a) Visitar e inspeccionar, sem aviso prévio, em qualquer dia da semana e a qualquer hora do dia ou

da noite, os locais de trabalho sujeito à sua fiscalização;

b) Proceder a exames, inspecções, averiguações, inquéritos e outras diligências julgadas

necessárias para se certificar que as disposições normativas laborais são efectivamente observadas;

c) Interrogar a entidade patronal ou seus representantes e os trabalhadores acerca de tudo quanto se

relacione com a aplicação das disposições legais na empresa e ordenar a sua comparência nos

serviços da Inspecção Geral do Trabalho;

d) Exigir da entidade patronal ou seus representantes a apresentação de livros, registos, folhas ou

recibos de salários e outros documentos de escrituração obrigatória para consulta imediata ou nos

serviços da Inspecção Geral do Trabalho, pondo deles extrair cópias ou lançar averbamentos;

e) Levantar autos de notícia pelas infracções presenciadas;

f) Dar indicações, conceder prazos e formular advertências, nos termos do nº 2 do artigo 12º e nº2 do

artigo 13º;

g) Adoptar as medidas imediatamente executórias previstas nº 3 artigo 13º;

h) Recolher e promover a análise de amostras de matérias e substâncias utilizadas ou manipuladas

nos processos de laboração que possam ser fonte de risco para a segurança e saúde dos

trabalhadores, bem como avaliar qualitativamente e quantitativamente os agentes agressivos do

ambiente de trabalho;

i) Requisitar o apoio das autoridades administrativas e policiais de que necessitem para o cabal

exercício das suas funções.

3. Assistir aos inspectores do trabalho o direito de acorrer hierarquicamente dos actos de não

confirmação dos autos de notícia por si levantados.

4. As despesas relacionadas com as peritagens e exames referidos na alínea h) do nº 2, serão

suportadas pela empresa, sempre que se venham a confirmar quanto àqueles agentes o seu carácter

gravemente nocivo para a saúde dos trabalhadores.


5. O pessoal de inspecção pode ainda no desempenho pelas suas funções, fazer-se acompanhar por

técnicos do Ministério da Administração Pública, Emprego e Segurança Social ou serviço públicos

todos eles habilitados por credencial emitida pela hierarquia da Inspecção Geral do trabalho, da qual

conste, concretamente, a entidade a visitar o objectivo da visita.

6. As entidades indicadas no número anterior estão sujeitas ao dever de sigilo que impede sobre o

pessoal inspectivo.

7. Os estagiários para ingresso na carreira do pessoal de Inspecção não gozam dos poderes e

prerrogativas conferidas por este artigo, pelo que lhes será aplicado o regime constante do nº 5.

ARTIGO 26.º

(Sigilo profissional)

1. Os inspectores do trabalho são obrigados, sob pena de incorrerem em responsabilidade disciplinar

e sem prejuízo da aplicação das sanções previstas na Lei Geral, a guardar rigoroso sigilo

profissional, não podendo em caso algum revelar segredo de fabricação, cultivo ou comércio, nem de

um modo geral, quaisquer processos de exploração económica de que porventura tenham obtido

conhecimento no exercício das suas funções.

2. Todas as reclamações, denúncias ou pedidos de intervenção, seja qual for a sua origem, dirigidos

à Inspecção Geral Do Trabalho ou a qualquer dos seus funcionários, devem ser recebidas e

consideradas estritamente confidencial devendo os inspectores que venham a efectuar as

respectivas acções inspectivas, garantir de forma escrupulosa o seu sigilo.

ARTIGO 27.º

(Incompatibilidade)

 Os inspectores do trabalho, em serviço efectivo, não podem exercer cargos de gerência,

administrativa ou quaisquer outras funções, sejam ou não remuneradas, nas empresas submetidas à

sua fiscalização. 17

ARTIGO 28.º

(Infracção disciplinares graves)

Constituem infracções disciplinares graves, cometidas pelos inspectores de trabalho e pelas quais

responderão disciplinarmente, sem prejuízo da responsabilidade criminal a que haja lugar:

a) A indicação nos autos de notícia de factos que não correspondam à realidade por si presenciada;

b) O exercício das suas funções de forma arbitrária ou com abuso da autoridade;

c) A utilização abusiva de documentos que os credenciem como inspectores de trabalhos que os

credenciem como inspectores de trabalho;

d) A invocação abusiva da sua condição de autoridade pública;


e) O exercício de cargos nas empresas sujeitas à sua fiscalização, em infracção ao regime do artigo

27º;

f) A inobservância do dever de sigilo profissional.

ARTIGO 29.º

(Infracções penais e convencionais)

 1.Cometem o crime previsto e punido no artigo 186º do Código penal, sem prejuízo da aplicação da

multa igual ao montante de dez a cinquenta vezes a remuneração mínima mensal estabelecida para

a função pública, todos aqueles que, uma vez feita a identificação dos inspectores e das pessoas que

nos termos do nº 5 do artigo 25º os acompanhem, tentem impedir ou de qualquer forma se oponham

à sua entrada, permanência e livre exercício das suas funções nos locais onde vão prestar o serviço.

2.Cometem o crime previsto e punido no artigo 188º do Código Penal, sem prejuízo da aplicação da

multa igual ao montante de uma a cinco vezes à remuneração mínima mensal estabelecida para a

Função Pública todos aqueles que sem motivo legítimo se recusem a prestar aos inspectores do

trabalho no exercício das suas funções, declarações, informações, depoimentos e outros elementos

necessários às averiguações ou que prestem informações ou declarações falsas.

 3. Comete o crime previsto e punido no artigo 188º do Código Penal, sem prejuízo da aplicação da

multa igual ao montante de uma a cinco vezes à remuneração mínima mensal estabelecida para o

função Pública, todo o trabalhador, empregador individual, gestor ou administrador de sociedade,

organização representativa de trabalhadores e empregadores que devidamente notificado ou avisado

não compareça no dia, hora e serviço da Inspecção Geral do Trabalho indicados e não justificar a

sua falta no prazo de 5 dias.

4. A não apresentação ou envio de documentos que a título devolutivo, a Inspecção Geral do

trabalho, ou qualquer dos seus inspectores tenham requerido às entidades empregadoras, para

consulta ou conferência, constitui contravenção punível com multa igual ao montante de uma a cinco

vezes à remuneração mínima mensal estabelecida para a Função Pública, por cada documento

requerido e não apresentado.

 5. O não acatamento por parte dos empregadores de qualquer das medidas implícitas no nº3 do

artigo 13º constitui crime, previsto e punido no artigo 188º do Código Penal, sem prejuízo da

aplicação da multa igual ao montante de cinco a dez vezes à remuneração mínima mensal

estabelecida para a Função Pública, por cada trabalhador em situação de perigo.

6. o reinício da laboração não precedido da necessária autorização, prevista no nº 4 do artigo 13º,

constitui contravenção punível com multa igual ao montante dez a cinquenta vezes à remuneração

mínima mensal estabelecida para a função Pública, por cada trabalhador envolvido.

ARTIGO 30.º
(Prisão em flagrante delito)

 Os inspectores do trabalho podem prender em flagrante delito as pessoas que, sem motivo legítimo,

desenvolvam actos impeditivos do exercício da sua acção, ou que os injuriem, ameacem ou agridam

no exercício ou por motivo das suas funções, entregando-as à autoridade policial mais próxima com

o respectivo auto de notícia.

ARTIGO 31.º

(Cartão de identificação)

 Os inspectores do trabalho serão portadores de um cartão de identificação, de modelo constante do

anexo I ao presente diploma.

ARTIGO 32.º

(Cartão de identificação)

 Aos inspectores do trabalho deverá ser atribuído subsídio diário e gratificação mensal pela inerência

das suas funções, a fixar por Decreto executivo conjunto dos ministros da Administração Pública,

Emprego e segurança Social das Finanças.

ARTIGO 33.º

(Detenção, uso e porte de arma)

Aos inspectores do trabalho é permitida a detenção, uso e porte de arma de defesa, nos termos da

lei em vigor e sem dependência das formalidades nelas estabelecidas.

ARTIGO 34.º

(Utilização de transportes públicos)

 Quando em serviço e mediante a exibição do cartão de identificação, os inspectores do trabalho têm

direito na área geográfica aí indicada, a utilizar gratuitamente os meios de transporte público

terrestre, marítimos, fluviais e ferroviários.

ARTIGO 35.º

(Duração do trabalho)

É aplicável aos inspectores do trabalho o regime da duração do trabalho da função pública podendo

no entanto, as respectivas funções ser exercidas em qualquer dia da semana e a qualquer hora do

dia e da noite.

ARTIGO 36.º

(Estatuto profissional do pessoal inspectivo)

1. o conjunto dos poderes, deveres consignados no presente capítulo, aplica-se a todo o pessoal

inspectivo.
2. O pessoal inspectivo será composto por inspectores do trabalho, vinculados à Administração do

Estado por relação jurídica de emprego na função pública, na forma de nomeação por tempo

indeterminado.

3. A Administração do Estado garante ao pessoal inspectivo um estatuto profissional e condições de

trabalho e de estabilidade de emprego que o torne independente de modificações de Governo ou de

quaisquer outras influências externas.

CAPITULO V

Pessoal

ARTIGO 37.º

(quadro de pessoal de Inspecção Geral do Trabalho)

 1.O quadro de pessoal da Inspecção Geral do Trabalho, consta do anexo II ao presente diploma e

dele faz parte integrante.

2. O provimento de lugares do quadro da Inspecção Geral do Trabalho é regulado pelas normas

gerais aplicáveis à Administração Pública, pelo presente diploma e demais legislação aplicável na

matéria.

 3. A distribuição dos contingentes do quadro de pessoal pelos serviços da Inspecção Geral do

trabalho é feito por despacho do Inspector Geral do trabalho é feito por despacho do Inspector Geral

do Trabalho, segundo dotações fixadas de acordo com as necessidades de serviço.

ARTIGO 38.º

(Estrutura do quadro de pessoal da Inspecção Geral do Trabalho)

 O quadro do pessoal da Inspecção Geral do trabalho integra os seguintes grupos de pessoal; 

1. Pessoal de direcção e chefia;

2. Pessoal Técnico Superior da Inspecção;

3. Pessoal Técnico da Inspecção;

4. Pessoal Técnico Médio de Inspecção;

5. Pessoal Administrativo;

6. Pessoal Auxiliar.

ARTIGO 39.º

(Pessoal de direcção e chefia)

 1.O pessoal da direcção e chefia inclui as categorias de Inspector-Geral e Inspector Geral Adjunto.
2. Para os efeitos decorrentes da aplicação do presente diploma e demais legislação aplicável, as

categorias do nº 1 são equiparadas, respectivamente a Director Nacional e Chefia de Departamento

ou outras de idêntico nível que venham a ser criadas em sua substituição.

3. O provimento de cargos dirigentes será feito por nomeação em comissão de serviço, nos termos

da Lei Geral.

 4. Os cargos dirigentes provinciais serão regulares no diploma que venha a regulamentar os

respectivos serviços.

ARTIGO 40.º

(Natureza da carreira inspectiva)

 O pessoal de inspecção integra-se numa carreira própria de regime especial nos termos dos nºs 1 e

2 do artigo 6º do Decreto nº 24/91 de Junho.

ARTIGO 41.º

(Estrutura da carreira inspectiva)

1.A carreira inspectiva compreende os seguintes grupos técnicos superior, técnico e técnico médio.

2. O grupo técnico superior desenvolve-se de forma descendente pelas seguintes categorias;

Inspector Chefe principal, Inspector Chefe de 1ª classe Inspector Chefe de 2ª classe, inspector

Superior de 1ª classe, Inspector Superior de 2ª classe, Inspector Superior Adjunto.

3.O grupo técnico desenvolve-se de forma descendente pelas seguintes categorias: Inspector

Principal Coordenador, Inspector Principal de 1ª classe, Inspector Principal de 2ª classe, Inspector

Coordenador, Inspector de 1ª classe Inspector de 2ª classe.

4. O grupo técnico médio desenvolve-se de forma descendente pelas seguintes categorias: Sub-

inspector Principal Coordenador, Sub-inspector Principal de 1ª classe, Sub-inspector Principal de 2ª

classe, Sub-inspector coordenador, Sub-inspector de 1ª classe, Sub-inspector de 2ª classe.

 ARTIGO 42.º

(Conteúdo funcional do grupo de carreira inspectiva)

 1. Ao pessoal de inspecção do grupo técnico médio incumbe geralmente:

a) Executar as acções de inspecção, visitando os locais de trabalho, tendo em vista assegurar o

esclarecimento dos sujeitos de relação jurídico-laboral e o cumprimento efectivo das disposições

legais relativas às condições e relações de trabalho, ao sistema de protecção do emprego e no

desemprego e ao regime de inscrição e pagamento de contribuições à segurança social;

b) Actuar na área territorial que lhe for destinada, junto de todos os ramos de actividades e empresas

que se encontrem sujeitas à acção da Inspecção Geral do Trabalho;

c) Desempenhar outras tarefas que por lei, regulamentado ou determinação superior lhe sejam

cometidas;
2. Ao pessoal de inspecção do grupo técnico incumbe desempenhar o núcleo funcional descrito no nº

1 e ainda assegurar a coordenação de grupo de trabalho, bem com realizar outras especializadas,

relacionadas com a área da sua formação académica e suscitado pela acção inspectiva.

3.Ao pessoal de instituição do grupo técnico-superior incumbe desempenho as funções descritas nos

nºs 1 e 2 e ainda realizar acções de investigação, estudo, concepção e adaptação de métodos e

processos técnico-inspectivos que exigem um elevado grau de qualificação, de responsabilidade,

iniciativa e autonomia, assim como um domínio total da área de especialização e uma visão global

dos sistemas de inspecção do trabalho e de relação sócio-laboral, tendo em vista a formação de

quadros e a preparação da tomada de decisão.

ARTIGO 43.º

(Normas gerais de ingresso na carreira inspectiva)

 1.O recrutamento para os grupos de carreira inspectiva far-se-á pela categoria mais baixa

correspondente e obedecerá à forma de concurso público.

2. Constituem requisitos gerais para o ingresso nos grupos da carreira inspectiva:

 a) Possuir o nível habilitacional adequado;

b) Ter sido aprovado em concurso de pré-seclecção;

c) Obter aprovação em estágio específico.

3.Para os efeitos do presente regime, considera-se nível habilitacional adequado:

a) Para o grupo técnico médio, a 12ª classe ou habilitação equivalente;

b) Para o grupo técnico, o bacharelato ou habilitação equivalente;

 c) Para o grupo técnico superior, a licenciatura.

 4. Os concursos de pré-selecções serão constituídos por:

a) Prova escrita de conhecimentos;

 b) Entrevista profissional de selecção;

c) Avaliação curricular.

5.Os estágios serão objecto de regulamentação específica. 6. Poderão ser estabelecidos nos avisos

de abertura dos concursos para ingresso, particulares condições de idade área académica das

habilitações literárias ou outros requisitos especiais, relacionadas com as necessidades do serviço e

as exigências e especificidade da função inspectiva.

ARTIGO 44.º

(Regime geral de acesso na inspectiva)

 1.O recrutamento para as categorias de acesso da carreira inspectiva obedecerá à forma de

concurso público documental, o qual integrará a valorização dos seguintes elementos:

a) Classificação de serviço;
 b) Tempo do serviço na categoria;

 c) Formação geral específica;

 d) Avaliação curricular;

e) Entrevista profissional de selecção.

2. O recrutamento para as categorias de acesso da carreira inspectiva obedecerá às seguintes

regras:

 a) Sub-inspector Principal Coordenador – De entre os sub-inspectores principais de 1ª classe, com

pelo menos 3 anos de efectivo serviço na categoria e a classificação de Muito bom ou 5 anos de

efectivo serviço na categoria e a classificação de Bom;

 b) Sub-inspector Principal de 1ª classe – De entre os sub-inspector principais de 2ª classe, com pelo

menos 3 anos de efectivo serviço na categoria e a classificação de Muito bom ou 5 anos de efectivo

serviço na categoria com classificação de bom.

c) Sub-inspector Principal de 2ª classe – De entre os sub-inspector Principal de 2ª classe – De entre

os sub-inspector Principal de 2ª classe pelo menos 3 anos de efectivo serviço na categoria e a

classificação de Muito Bom ou 5 anos de efectivo serviço na categoria e a classificação de Bom;

 d) Sub-inspector Coordenador – De entre os sub-inspectores de 1ª classe com pelo menos 3 anos

de efectivo serviço na categoria e a classificação de Muito Bom ou 5 anos de serviço na categoria e a

classificação de Bom;

f) Inspector Principal Coordenador – de entre os inspectores principais de 1ª classe, com pelo menos

3 anos de efectivo serviço na categoria e a classificação de Muito Bom ou 5 anos de efectivo serviço

na categoria com a classificação de Bom;

g) Inspector Principal de 1ª classe – de entre os inspectores principais de 2ª classificação de Bom;

h) Inspector Principal de 2ª classe – entre os inspector coordenadores, com pelo menos de efectivo

serviço na categoria e a classificação de Muito Bom, ou 5 anos de efectivo serviço na categoria e a

classificação de Bom;

i) Inspector Coordenador – De entre os inspectores de 1ª classe, com pelo menos 3 anos de efectivo

serviço na categoria e a classificação de Muito Bom, ou 5 anos de efectivo serviço na categoria e

classificação de bom;

j) Inspector Chefe Principal – de entre os inspectores chefe de 1º classe, com pelo menos 3 anos de

efectivo serviço na categoria e a classificação de Muito Bom, mediante a apresentação e a defesa

pública de um trabalho escrito que verse a temática da inserção da acção inspectiva no meio sócio-

laboral e onde serão apreciados nomeadamente aspectos relacionados com a originalidade,

especificidade e complexidade do tema e o nível técnico da sua abordagem;


k) Inspector chefe de 1ª classe – De entre os inspectores chefes de 2ª classe, com pelo menos 3

anos efectivo serviço na categoria e a classificação de Muito Bom, ou 5 anos de efectivo serviço na

categoria e a classificação de Bom;

l) Inspector chefe de 2ª classe – De entre os inspectores superior de 1ª classe, com pelo menos 3

anos de efectivo serviço na categoria e a classificação de Muito Bom, ou 5 anos de efectivo serviço

na categoria com a classificação de Bom;

m) Inspector Superior de 1º classe – De entre os inspectores de 2º classe, com pelo menos 3 anos

de efectivo serviço na categoria e a classificação de Muito Bom, ou 5 anos de efectivo serviço na

categoria com a classificação de Bom;

n) Inspector Superior de 1ª classe – De entre os inspectores superiores de 2ª classe, com pelo

menos 3 anos de efectivo serviços na categoria e a classificação de Muito Bom, ou 5 anos de

efectivo serviço na categoria com a classificação de Bom;

o) Inspector Superior de 2ª classe – de entre os Inspectores Superior Adjunto, com pelo menos 3

anos de efectivo serviço na categoria e a classificação de Muito Bom, ou 5 anos de efectivo serviço

na categoria com a classificação de Bom.

ARTIGO 45.º

(Regime especial de recrutamento para a carreira inspectiva)

1. O recrutamento para a categoria de Inspector Superior Adjunto poder-se-á também fazer de entre

os inspectores principais que reúnam os seguintes requisitos:

a) Tenham pelo menos 5 anos de efectivo serviço na categoria e a classificação de Muito Bom;

b) Possuam o bacharelato na área académica indicada no aviso de abertura do concurso;

c) Obtenham aprovação no concurso de pré-selecção.

2.O recrutamento para a categoria de inspector de 2ª classe poder-se-á também fazer de entre os

inspectores principais que reúnam os seguintes requisitos.

a) Tenham pelo menos 5 anos de efectivo serviço na categoria e a classificação de muito Bom;

b) Possuam a 12ª classe de escolaridade;

 c)Obtenham aprovação no concurso de pré-selecção.

3. Os candidatos referidos nos números anteriores ficarão dispensados da frequência do estágio.

4. Ficarão ainda dispensados da frequência do estágio os candidatos correntes às categorias de

ingresso nos diversos grupos que reúnam os seguintes requisitos:

 a) disponham das habilitações literárias exigidas no nº 3 do artigo 43º;

 b) possuam categoria na carreira inspectiva;

 c) tenham o mínimo de 3 anos em funções inspectivas com a classificação de Muito Bom.
CAPITULO VI

Disposições finais e transitórias

ARTIGO 46.º

(Tabela de equivalências)

O pessoal inspectivo do quadro do quadro da Direcção Nacional da Inspecção do Trabalho, agora

extinta, que não seja afectado a qualquer outro serviço do Ministério da Administração Pública,

Emprego e segurança Social transitará para o quadro da inspecção Geral do Trabalho, sem qualquer

formalidade, de harmonia com a seguinte tabela de equivalências:

ü  Inspector Chefe para Inspector Chefe;

ü  Inspector Chefe Adjunto para Inspector Superior;

ü  Inspector Principal para Inspector Principal;

ü  Inspector para Inspector de 1ª classe;

ü  Sub-inspector principal para Sub-inspector principal;

ü  Sub-inspector para Sub-inspector de 1ª classe.

ARTIGO 47.º

(Regime especial de transição)

 1.Os técnicos básicos principais e os técnicos básicos de inspecção do quadro da Direcção Nacional

de Inspecção do Trabalho, agora extinto, poderão ingressar no grupo do pessoa técnico médio,

respectivamente nas categorias de sub-inspector de 1ª classe e sub-inspector de 2ª classe, mediante

aprovação em exame especial de admissão, a regulamentar por despacho do Inspector Geral do

Trabalho.

2. O exame especial de admissão a que se refere o número anterior constará obrigatoriamente de

uma prova critica de conhecimentos e de uma e de uma entrevista profissional.

 3. A prova de conhecimento referida no número anterior será sobre um conjunto de matérias

relacionadas com as atribuições da Inspecção do trabalho.

ARTIGO 48.º

(Pessoal Administrativo e auxiliar)

 A transição do pessoal administrativo e auxiliar será sita para lugar de idêntica categoria.

ARTIGO 49.º

 (Transferência de Património)

A transita para a Inspecção Geral do Trabalho de harmonia com as necessidades que impliquem o

exercício das atribuições e competências, o património actualmente afecto os anteriores serviços da

Inspecção Geral do Trabalho.


ARTIGO 50.º

(Encargos orçamentais)

 Os encargos decorrentes da aplicação deste Regulamento continuam a ser processados por conta

das verbas atribuídas Ministério através da Secretaria-Geral.

ANEXO I

CARTÃO DA INSPECÇÃO DO TRABALHO

1.É o modelo de credencial a ser utilizado pelos inspectores de trabalho no exercício das suas

funções.

 2. O referido documento reveste a forma de um cartão de identificação, apresentado verticalmente

em toda a margem esquerda do inverso as cores da Bandeira Nacional e tendo aposta, no canto

superior direito a fotografia do titular autenticada com o selo branco dos serviços.

 3. As medidas do cartão serão de 105x15mm.

 4. Os cartões serão emitidos pela Inspecção Geral do trabalho que procederá à sua numeração e

registo em livro próprio, sendo assinados pelos Inspector Geral.

 5. O cartão destinado ao título do cargo de Inspector Geral do Trabalho será assinado pelo Ministro

respectivo.

6.Serão devolvidos à Inspecção Geral do Trabalho através da hierarquia os cartões cujos títulos

deixem de exercer a título definitivo as respectivas funções.

 7. O incumprimento do disposto no número anterior constitui infracção disciplinar punível nos termos

da lei.

 ANEXO II

Quadro de Pessoal

Carreira Carreiras áreas funcionais Categorias

Funções de direcção, coordenação e Chefia Inspector-Geral


-
Inspector-geral Adjunto

Técnico Função de Estudo, Concepção e consultoria Inspector-Geral Primeiro Acessor


superior elevada grau de qualificação, responsabilidade, Acessor Técnico Superior Principal
iniciativa e autonomia nas áreas de Técnico Superior de 1ª classe
planeamento, estatística e informática. Técnico Superior de 2ª classe

Técnico Função de Estudo, avaliação e aplicação de Especialista Principal


métodos a processos de natureza técnica Especialista de 1ª classe
enquadrada em orientações gerais, requerendo Especialista de 2ª classe
especialização e conhecimento proporcionais Técnico de 1ª classe
aprofundados em matéria de planeamento e Técnico de 2ª classe
estatística. Técnico de 3ª classe

Técnico Funções de apoio e aplicação de natureza Técnico Médio Principal de 1ª


Médio técnica enquadradas em directivas nas áreas classe Técnico Médio Principal de
de estudo, planeamento, estatística e 2ª classe Técnico Médio  Principal
informática. de 3ª classe
Técnico Médio de 1ª classe
Técnico Médio de 2ª classe
 Técnico Médio de 3ª classe

Técnico Funções de estudo, concepção e consultadoria Inspector Chefe Principal


superior de elevado grau de qualificação, Inspector Chefe de 1ª classe
(Equiparado) responsabilidade, iniciativa e autonomia nas  Inspector de 2ª classe
áreas da inspecção.  Inspector Superior de 1ª classe
Inspector de 2ª classe
 Inspector Superior adjunto

Técnico Função de Estudo avaliação e aplicação de Inspector Principal


(Equiparado) métodos e processos de natureza técnica Coordenador Inspector Principal de
inspectiva enquadrada nas orientações gerais, 1ª classe
requerem especialização e conhecimentos  Inspector Principal de 2ª classe
profissionais em matérias de Inspecção, Inspector Coordenador
Inspector de 1ª classe
 Inspector de 2ª classe

Técnico Funções de apoio a aplicação de natureza Sub-inspector Principal


Médio técnica enquadradas em directivas nas áreas  Coordenador
(Equiparado) de Inspecção. Sub-inspector Principal de 1ª
classe Sub-inspector Principal de
2ª classe Sub-inspector
Coordenador
Sub-inspector de 1ª classe
 Sub-inspector de 2ª classe

(a).A fixar por despacho do Ministro da Administração Pública, Emprego e Segurança Social,

conforme previsto no artigo 37º deste Regulamento.

O Primeiro Ministro, Marcolino José Carlos Moco.

O Presidente da República, José Eduardo dos Santos.

 
ORGANIGRAMA DA INSPECÇÃO GERAL DO TRABALHO

O Primeiro Ministro, Marcolino José Carlos Moco.

O Presidente da República, José Eduardo dos Santos.

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