Abordagem Contingencial.
Abordagem Contingencial.
Abordagem Contingencial.
ÊA palavra contingência significa algo incerto ou eventual, que pode suceder ou não, dependendo das circunstâncias.
A abordagem contingencial salienta que não se alcança a eficácia organizacional seguindo um único e exclusivo
modelo organizacional. A estrutura da organização e o seu funcionamento são dependentes da sua interface com o
ambiente externo. Torna-se necessário um modelo apropriado para cada situação. Por outro lado, diferentes tecnologias
conduzem a diferentes desenhos organizacionais. Variações no ambiente e na tecnologia conduzem a variações na
estrutura organizacional.
TEORIA DA CONTINGÊNCIA
A Teoria da Contingência enfatiza que não há nada de absoluto nas organizações ou na teoria administrativa. Tudo é
relativo. Tudo depende. As variáveis ambientais são variáveis independentes, enquanto as técnicas administrativas são
variáveis dependentes dentro de uma relação funcional.
TEORIA DA CONTINGÊNCIA
A relação funcional entre as variáveis independentes e dependentes não implica que haja uma relação de
“causa-e-efeito”, pois a Administração é ativa e não passivamente dependente, procurando aquelas relações funcionais
entre o ambiente e as técnicas administrativas que melhorem a eficácia da prática da administração contingencial. Há
um aspecto proativo e não meramente reativo na Abordagem Contingencial.
TEORIA DA CONTINGÊNCIA
A Teoria da Contingência é também denominada Escola Ambiental e surgiu a partir dos resultados de várias pesquisas
que procuraram verificar os modelos de estruturas organizacionais mais eficazes em determinados tipos de empresas.
1) Pesquisa de Chandler sobre Estratégia e Estrutura Chandler realizou uma investigação histórica sobre as
mudanças estruturais de grandes organizações relacionando-as com a estratégia de negócios. A estrutura
organizacional das grandes empresas americanas foi sendo gradativamente determinada pela sua estratégia
mercadológica.
TEORIA DA CONTINGÊNCIA
2) Pesquisa de Emery e Trist sobre os Contextos Ambientais Para se compreender o comportamento da organização é
importante considerar também seu relacionamento com o ambiente.
Os quatro tipos de contexto ambiental são:
Ambiente tipo 1: Meio plácido e randômico – Corresponde ao “mercado clássico” dos economistas, no qual
organizações puramente competitivas vendem produtos homogêneos e que têm objetivos relativamente estáveis
distribuídos ao acaso (randomicamente) como, por exemplo: bares, mercearias, oficinas artesanais.
TEORIA DA CONTINGÊNCIA
Ambiente Tipo 2: Meio plácido e segmentado - É um meio ambiente também estático, mas os objetivos não são
distribuídos randomicamente, porque estão concentrados de alguma forma. Corresponde ao modelo da “competição
imperfeita” dos economistas, no qual os produtos ou serviços oferecidos pelas organizações concorrentes são
diferenciados. Toda organização pode ter algum controle sobre o mercado, mas não pode afetar as outras organizações.
São as empresas que se dedicam a um tipo de produto em uma região na qual não há um mercado competitivo. Esse
tipo de organização requer concentração de recursos, subordinação a um plano central principal e o desenvolvimento
de “especialização distinta” em sua tecnologia como, por exemplo: know-how de siderurgia, cimento, etc.
TEORIA DA CONTINGÊNCIA
Ambiente tipo 3: Meio perturbado e reativo – Neste ambiente mais dinâmico do que estático, desenvolvem-se
organizações do mesmo tamanho, tipo, objetivos, dispondo das mesmas informações e pretendendo o mesmo mercado.
Corresponde ao “mercado oligopólico” dos economistas, cuja característica primária é o fato de que, como são poucas
as organizações, as atividades de uma organização causam repercussões adversas sobre as demais. Exemplo:
organizações que se dedicam a negócios diversificados ou alguns tipos de organização que atuam em um mercado
estritamente disputado, como companhias de petróleo e de cimento.
TEORIA DA CONTINGÊNCIA
Ambiente tipo 4: Meio de campos turbulentos – Caracteriza-se pela complexidade, turbulência e dinamicidade. As
organizações não podem adaptar-se com sucesso apenas por meio da competição nas suas interações, mas por meio da
colaboração para reduzir a incerteza tecnológica, permitindo um mecanismo de controle obedecido por todas as
organizações do complexo. Não há modelo correspondente na teoria econômica em face da complexidade e incerteza.
TEORIA DA CONTINGÊNCIA
Tom Burns e G.M. Stalker pesquisaram vinte indústrias inglesas para verificar a relação entre as práticas
administrativas e o ambiente externo dessas indústrias. Classificaram as empresas pesquisadas em dois tipos:
organizações “mecanísticas” e “orgânicas
TEORIA DA CONTINGÊNCIA
Características Sistemas Mecânicos Sistemas Orgânicos
Estrutura Organizacional
Burocrática, permanente, rígida e definitiva.
Flexível, mutável, adaptativa e transitória Processo Decisorial Decisões centralizadas na
cúpula da organização.
Decisões descentralizadas: ad hoc (aqui e agora) Comunicações Quase sempre verticais Quase sempre horizontais
Princípios Predominantes
Princípios gerais da Teoria Clássica
Aspectos democráticos da Teoria das Relações Humanas.
Desenho de Cargos e Tarefas
Cargos estáveis e definidos. Ocupantes especialistas e univalentes
Provisório. Cargos mutáveis, redefinidos constantemente. Ocupantes polivalentes.
TEORIA DA CONTINGÊNCIA
Lawrence e Lorsh fizeram uma pesquisa sobre o defrontamento entre organização e ambiente que marca o
aparecimento da Teoria da Contingência. Os autores concluíram que os problemas organizacionais básicos são a
diferenciação e a integração.
b) Conceito de Integração - A integração refere-se ao processo oposto, gerado por pressões vindas do ambiente da
organização no sentido de obter unidade de esforços e coordenação entre os vários departamentos (ou subsistemas).
Cada um desses segmentos se relaciona com um segmento do universo exterior à empresa. Essa divisão do trabalho
entre departamentos marca um estado de diferenciação. Mas esses departamentos precisam fazer um esforço
convergente e unificado para atingir os objetivos globais da organização. Em conseqüência, ocorre também um
processo de integração.
TEORIA DA CONTINGÊNCIA
c) Teoria da Contingência - Em função dos resultados da pesquisa, os autores formularam a Teoria da Contingência:
não existe uma única maneira melhor de organizar. Ao contrário. As organizações precisam ser sistematicamente
ajustadas às condições ambientais. A Teoria da Contingência apresenta os seguintes aspectos:
✓ A organização é um sistema aberto ✓ Existe uma íntima relação entre as variáveis externas e as
características organizacionais ✓ As características ambientais funcionam como variáveis independentes, enquanto as
características organizacionais são variáveis dependentes daquelas.
TEORIA DA CONTINGÊNCIA
5) Pesquisa de Woodward sobre a Tecnologia Joan Woodward fez uma pesquisa para saber se os princípios de
administração propostos pelas teorias administrativas se correlacionavam com o êxito do negócio. As firmas foram
classificadas em três grupos de tecnologia de produção.
a) Produção unitária ou oficina – O processo produtivo é menos padronizado e menos automatizado. É o caso da
produção de navios, aviões, locomotivas, geradores e motores de grande porte e confecções sob medida.
TEORIA DA CONTINGÊNCIA
b) Produção em massa ou mecanizada – A produção é feita em grande quantidade. É o caso da produção que requer
máquinas operadas pelo homem e linha de produção ou montagens padronizadas, como empresas montadoras de
automóveis, brinquedos, etc.
Ambiente
É o contexto que envolve externamente a organização. É a situação dentro da qual a organização está inserida. A
análise das organizações dentro de uma abordagem múltipla envolvendo a interação entre organizações e o meio
ambiente foi iniciada pelos estruturalistas. À medida que essa análise organizacional começou a ser influenciada pelas
abordagens de sistemas abertos, aumentou a ênfase no estudo do meio ambiente como base para a compreensão da
eficácia na organização.
TEORIA DA CONTINGÊNCIA
Mapeamento ambiental
Como o ambiente é extremamente vasto e complexo, as organizações não podem absorvê-lo, conhecê-lo em sua
totalidade e complexidade. As organizações precisam tatear, explorar e discernir o ambiente para reduzir a incerteza a
seu respeito. O mapeamento ambiental não é feito pela organização em si, mas por pessoas – sujeitas ao subjetivismo e
a diferenças individuais - que são seus dirigentes.
TEORIA DA CONTINGÊNCIA
Seleção Ambiental
As organizações não são capazes de compreender todas as condições variáveis do ambiente de uma só vez. Para lidar
com a complexidade ambiental, as organizações selecionam seus ambientes e passam a visualizar o seu mundo exterior
apenas nas partes escolhidas e selecionadas desse enorme conjunto.
TEORIA DA CONTINGÊNCIA
Percepção Ambiental
Consonância e Dissonância
A consonância significa que as presunções da organização a respeito de seu ambiente são confirmadas na prática e no
cotidiano. Se a comparação revela algum desvio, temos uma incoerência ou dissonância, e a organização tende a
restabelecer o equilíbrio desfeito.
TEORIA DA CONTINGÊNCIA
Ambiente Geral É o ambiente genérico e comum a todas as organizações. Tudo que acontece no ambiente geral afeta
direta ou indiretamente todas as organizações. O ambiente geral é constituído de condições comuns para todas as
organizações:
1. Condições tecnológicas: As organizações precisam adaptar-se e incorporar tecnologia que provém do ambiente
geral para não perderem a sua competitividade.
TEORIA DA CONTINGÊNCIA
2. Condições legais: Constituem a legislação vigente e que afeta direta ou indiretamente as organizações,
auxiliando-as ou impondo-lhes restrições às suas operações.
3. Condições políticas: São as decisões e definições políticas tomadas em nível federal, estadual e municipal que
influenciam as organizações e que orientam as próprias condições econômicas.
4. Condições econômicas: Constituem a conjuntura que determina o desenvolvimento ou a retração econômica, que
condicionam fortemente as organizações.
TEORIA DA CONTINGÊNCIA
5. Condições demográficas: Aspectos demográficos (distribuição geográfica, taxa de crescimento, raça, religião, sexo,
idade) que determinam as características do mercado atual e futuro das organizações.
6. Condições ecológicas: O ecossistema refere-se ao sistema de intercâmbio entre os seres vivos e seu meio ambiente.
No caso das organizações, existe a chamada ecologia social: as organizações influenciam e são influenciadas por
aspectos como poluição, clima, transportes, comunicações, etc.
Ambiente de Tarefa
É o segmento do ambiente geral do qual uma determinada organização extrai as suas entradas e deposita as suas saídas.
O ambiente de tarefa é constituído por:
1. Fornecedores de entradas: fornecedores de todos os tipos de recursos de que uma organização necessita para
trabalhar: recursos materiais, recursos financeiros, recursos humanos.
TEORIA DA CONTINGÊNCIA
4. Entidades Reguladoras: regulam ou fiscalizam as atividades das organizações: sindicatos, associação de classes,
órgãos reguladores do governo, órgão protetores do consumidor.
TEORIA DA CONTINGÊNCIA
É no ambiente de tarefa que uma organização estabelece o seu domínio ou, pelo menos, procura estabelecê-lo. O
domínio depende das relações de poder ou dependência de uma organização face ao ambiente quanto às suas entradas
ou saídas. As organizações procuram aumentar o seu poder e reduzir sua dependência quanto ao seu ambiente de tarefa
e estabelecer seu domínio. Esse é o papel da estratégia organizacional.
TEORIA DA CONTINGÊNCIA
Domínio é a área de influência e de poder, como também a área de dependência da organização em relação ao seu
ambiente.
Dá-se o nome de interface para descrever a área de contato entre uma organização e seu ambiente. É no ponto da
interface que as entradas e saídas passam através dos limites ou fronteiras entre uma organização e o seu ambiente.
TEORIA DA CONTINGÊNCIA
Tipologia de Ambiente
Para facilitar o estudo e a análise ambiental existem tipologias de ambiente, relacionadas com o ambiente de tarefa:
Tecnologia
Ao lado do ambiente, a tecnologia constitui outra variável independente que influencia as características
organizacionais (variáveis dependentes). Além do impacto ambiental (imperativo ambiental), existe o impacto
tecnológico (imperativo tecnológico) sobre as organizações.
A tecnologia adotada pode ser tosca e rudimentar (como a faxina e limpeza através da vassoura ou do escovão) como
poderá ser sofisticada (como o processamento de dados pelo computador).
TEORIA DA CONTINGÊNCIA
A tecnologia pode estar contida em bens de capital, matérias-primas intermediárias ou componentes, etc. Nesse
sentido, a tecnologia corresponde ao conceito de hardware.
A tecnologia não incorporada encontra-se nas pessoas, sob a forma de conhecimentos intelectuais ou operacionais,
facilidade mental ou manual para executar operações. Nesse sentido, a tecnologia corresponde ao conceito de software.
Em resumo, a tecnologia é o tipo de conhecimento utilizado no sentido de transformar elementos materiais em bens ou
serviços, modificando sua natureza e características.
TEORIA DA CONTINGÊNCIA
Tipologias de Tecnologias
Devido à complexidade da tecnologia, vários autores propõem classificações ou tipologias de tecnologias para facilitar
o estudo e sua administração.
1) Tipologia de Thompson
Thompson propõe uma tipologia de tecnologias, conforme o seu arranjo dentro da organização, a saber:
TEORIA DA CONTINGÊNCIA
a) Tecnologia de elos em seqüência – Baseada na interdependência serial das tarefas para completar um produto. É o
caso da produção em massa. Cada tarefa depende da anterior.
b) Tecnologia mediadora – Tem por função interligar clientes que são ou desejam ser interdependentes. O banco
comercial liga os depositantes com aqueles que tomam dinheiro emprestado.
TEORIA DA CONTINGÊNCIA
c) Tecnologia intensiva – Representa a convergência de várias habilidades e especializações sobre um único cliente e a
seleção, a combinação e a ordem de aplicação são determinadas pela retroação proporcionada pelo cliente. O hospital
geral ilustra a aplicação da tecnologia intensiva: uma internação de emergência exige a combinação de serviços
dietéticos, radiológicos, de laboratório, etc.
TEORIA DA CONTINGÊNCIA
2) Matriz de Tecnologia/Produto Em outra obra, Thompson e Bates, classificam a tecnologia em dois tipos básicos:
a) Tecnologia flexível: a flexibilidade da tecnologia refere-se à extensão em que as máquinas, o conhecimento técnico
e as matérias-primas podem ser usados para outros produtos ou serviços diferentes.
a) Produto concreto: é o produto que pode ser descrito com precisão, identificado com especificidade, medido e
avaliado. É o produto palpável e tangível.
b) Produto abstrato: não permite descrição precisa nem identificação e especificação notáveis. É o produto não
palpável ou intangível.
TEORIA DA CONTINGÊNCIA
Ambas as classificações podem ser reunidas em uma tipologia binária de tecnologias e produtos: I. Tecnologia
Fixa/Produto Concreto: Empresas do ramo
automobilístico. II. Tecnologia Fixa/Produto Abstrato: Instituições educacionais baseadas
em conhecimentos especializados e que oferecem cursos variados. III. Tecnologia Flexível/Produto Concreto:
Empresas do ramo de plásticos, equipamentos eletrônicos, sujeitos a inovações e mudanças tecnológicas. IV.
Tecnologia flexível/Produto abstrato: Empresas de propaganda e relações públicas, de consultoria administrativa,
consultoria legal, auditoria, etc.
TEORIA DA CONTINGÊNCIA
3) Tipologia de Perrow
As máquinas, equipamentos e suprimentos, naturalmente podem ser considerados como componentes da tecnologia.
Porém, o mais importante componente é o processo pelo qual as matérias-primas são transformadas em resultados
desejados. Para Perrow, a tecnologia é a técnica que habilita essa transformação.
TEORIA DA CONTINGÊNCIA
Impacto da Tecnologia A influência da tecnologia sobre a organização e seus participantes é enorme, pelas seguintes
razões:
✓ A tecnologia (alguns autores falam de imperativo tecnológico) determina a natureza da estrutura organizacional e
do comportamento organizacional das empresas. Apesar do exagero da afirmação, não há dúvida de que existe um
forte impacto da tecnologia sobre a vida, natureza e funcionamento das organizações.
TEORIA DA CONTINGÊNCIA
✓ A tecnologia, isto é, a racionalidade técnica, tornou-se um sinônimo de eficiência. E a eficiência tornou-se o critério
normativo pelo qual as organizações são avaliadas pelo mercado.
✓ A tecnologia leva os administradores a melhorar cada vez mais a eficácia, mas sempre dentro dos limites do critério
normativo de produzir eficiência.
TEORIA DA CONTINGÊNCIA
Existe hoje uma distinção entre tecnologias de sustentação – que proporcionam melhor desempenho aos produtos já
existentes – e tecnologias demolidoras – que apresentam características inovadoras e que substituem rapidamente as
tecnologias existentes por serem mais baratas e fáceis de usar.
A tecnologia não é simplesmente a aplicação da ciência a produtos ou processos. Ela se tornou pesquisa, ou seja, uma
disciplina separada, com méritos específicos próprios.
TEORIA DA CONTINGÊNCIA
A incerteza que se produz na organização acerca do seu ambiente é a incerteza de saber quais as oportunidades e
ameaças desse ambiente e como utilizá-las ou evitá-las. Thompson identifica dois componentes que interferem na
produção da incerteza: um componente objetivo, que é o ambiente (caracterizado pela pertinência, clareza e suficiência
das informações oferecidas), e um componente subjetivo, que é a organização (caracterizado pela capacidade de captar
e processar as informações, produzindo um entendimento acerca do fenômeno estudado).
TEORIA DA CONTINGÊNCIA
O mesmo ambiente pode ser percebido e compreendido de maneira diferente por duas organizações. A incerteza não
está no ambiente, mas sim na organização.
Todo esse fluxo está aberto à produção de incerteza. Isso explica a substituição do conceito de racionalidade absoluta
pelo da racionalidade organizacional. A racionalidade organizacional se desloca para a racionalidade absoluta à
medida que produz menos incerteza e se afasta dela quando produz mais incerteza.
TEORIA DA CONTINGÊNCIA
Desenho Organizacional
A Teoria da Contingência focaliza o desenho das organizações dentro da abordagem de sistema aberto. O desenho
organizacional (organizational design) retrata a configuração estrutural da organização e implica no arranjo dos órgãos
dentro da estrutura no sentido de aumentar a eficiência e a eficácia organizacional.
TEORIA DA CONTINGÊNCIA
1) Estrutura Matricial
O desenho matricial é usado em duas dimensões: gerentes funcionais e gerentes de produtos ou de projetos. As pessoas
atendem a uma dupla subordinação: a orientação dos gerentes funcionais e a dos gerentes de produto/projeto
simultaneamente.
TEORIA DA CONTINGÊNCIA
Projetos
Ponte
Estádio RH
Shopping Marketing
Funções
Compras
TEORIA DA CONTINGÊNCIA
✓ A estrutura funcional enfatiza a especialização, mas não enfatiza o negócio, enquanto a estrutura de
produto/projeto enfatiza o negócio, mas não enfatiza a especialização. ✓ O desenho matricial permite
satisfazer simultaneamente as duas necessidades básicas da organização: especialização e coordenação
Torna as organizações mais flexíveis e ágeis ao meio ambiente global e competitivo, principalmente
quando se adota o seu fortalecimento (empowerment).
TEORIA DA CONTINGÊNCIA
Tipos de Equipes
2. Equipes permanentes: são constituídas como se fossem departamentos formais da organização. Os seus
participantes trabalham juntos e se reportam ao mesmo gerente para resolver problemas de interesse
comum.
TEORIA DA CONTINGÊNCIA
✓ Conflitos de dupla lealdade. Uma equipe funcional cruzada pode exigir diferentes solicitações aos seus
membros provocando conflitos que precisam ser resolvidos.
✓ Nem sempre os membros da equipe têm uma noção corporativa e tendem a tomar decisões que são
boas para a equipe e que podem ser más para a organização como um todo.
TEORIA DA CONTINGÊNCIA
3) Abordagens em Redes
Através da estrutura em rede (network organization) a organização desagrega as suas funções principais e
as transfere para empresas ou unidades separadas que são interligadas através de uma pequena
organização coordenadora, que detém o aspecto essencial do negócio (core business).
TEORIA DA CONTINGÊNCIA Cia Central
INTERNET
INTERNET
TV
TEL
SAC
TEORIA DA CONTINGÊNCIA
✓ Custos administrativos reduzidos, pois pode ter uma hierarquia de dois ou três níveis hierárquicos
contra dez ou mais das organizações tradicionais.
TEORIA DA CONTINGÊNCIA
Desvantagens da estrutura em redes:
✓ Maior incerteza e potencial de falhas, pois se uma empresa subcontratada deixa de cumprir o contrato,
o negócio pode ser prejudicado.
4) Adhocracia
Em seu livro “Choque do Futuro”, Toffler retoma as conclusões de Burns e Stalker sobre as organizações
mecanísticas e orgânicas ao salientar que a nova sociedade do futuro será extremamente dinâmica e
mutável. Para acompanhar o ambiente turbulento e mutável, as organizações precisarão ser orgânicas.
Uma nova forma de organização surgirá: a adhocracia - o inverso da burocracia. A adhocracia (do latim
ad hoc = para isso ou para esse fim) significa uma estrutura flexível capaz de amoldar-se contínua e
rapidamente às condições ambientais em mutação.
TEORIA DA CONTINGÊNCIA
Estratégia Organizacional
A abordagem contingencial trouxe novos ares para a estratégia organizacional. Ela passa a ser um
comportamento global e contingente em relação aos eventos ambientais. Ela deixa de ser uma ação
organizacional unilateral pura e simples para tentar compatibilizar as condições internas da organização às
condições externas e ambientais para definir alternativas de comportamento da organização no sentido de
tirar vantagens das circunstâncias e evitar possíveis ameaças ambientais.
TEORIA DA CONTINGÊNCIA
1. Escola Ambiental
Os autores da Teoria da Contingência visualizam o ambiente mais como um ator do que como um fator.
Como consequência, consideram a organização como o elemento passivo e que reage a um ambiente que
estabelece as condições do jogo.
TEORIA DA CONTINGÊNCIA
2. Escola do Design
A escola do desenho estratégico é, sem dúvida, a abordagem mais influente sobre o processo de formação
da estratégia organizacional. É também denominada Abordagem de Adequação, pois procura a
compatibilização entre os aspectos internos da organização e os aspectos externos do ambiente.
TEORIA DA CONTINGÊNCIA
As premissas básicas deste modelo são as seguintes:
3. Escola do Posicionamento: Modelo do Boston Consulting Group (BCG) O modelo BCG parte da
premissa de que a organização precisa ter um portfólio de produtos com diferentes taxas de participação
no mercado.
Toda organização necessita de produtos nos quais investir e de produtos que gerem caixa. Todo produto
deve vir a ser um gerador de caixa, pois caso contrário, ele não tem valor. Somente a organização com um
portfólio integrado e equilibrado pode usar suas forças para aproveitar realmente as oportunidades de
crescimento. O portfólio equilibrado deve possuir:
TEORIA DA CONTINGÊNCIA
Porter não é um autor da teoria da contingência e sua inclusão neste capítulo foi baseada no seu foco no
mercado e na busca por relações entre condições externas e estratégias internas. Para ele a estratégia de
negócios deve ser baseada na estrutura do mercado na qual as organizações operam.
TEORIA DA CONTINGÊNCIA
TEORIA DA CONTINGÊNCIA
O Homem Complexo
Para a Teoria da Contingência as antigas concepções anteriores a respeito da natureza humana contam
apenas uma parte da história e não considera toda a complexidade do homem e os fatores que influenciam
sua motivação para alcançar os objetivos organizacionais. A concepção contingencial focaliza o “homem
complexo”: o homem como um sistema complexo de valores, percepções, características pessoais e
necessidades.
TEORIA DA CONTINGÊNCIA
TEORIA DA CONTINGÊNCIA
1) Modelo de Vroom O modelo contingencial proposto por Victor H. Vroom parte do princípio de que o
nível de produtividade depende de três forças básicas que atuam em cada indivíduo, a saber:
TEORIA DA CONTINGÊNCIA
2) Teoria da Expectância O modelo de Vroom foi desenvolvido por Lawler III que o relacionou com o
dinheiro. As conclusões de Lawler III são as seguintes.
As pessoas desejam o dinheiro porque o dinheiro permite a satisfação das necessidades fisiológicas e de
segurança, como também dá plenas condições para a satisfação das necessidades sociais e auto-realização.
1) Abordagem de Fiedler Fiedler desenvolveu um modelo contingencial de liderança segundo o qual não
existe um único e melhor (the one best way) estilo de liderança para toda e qualquer situação. Os estilos
de liderança são situacionais.
TEORIA DA CONTINGÊNCIA
A partir do modelo de Fiedler, Hersey e Blanchard desenvolveram uma Teoria do “Ciclo Vital de
Liderança”, na tentativa de integrar os conceitos de Fiedler, Argyris, Maslow, Herzberg, Likert, Schein,
Reddin em uma abordagem única e compreensiva. Os autores utilizam os quatro quadrantes de estilos
básicos do Modelo-D de Eficácia do Líder do modelo de Reddin, os componentes do continuum de
imaturidade- maturidade de Argyris e o perfil traçado por Fiedler, para descrever o “Ciclo Vital de
Liderança”.
TEORIA DA CONTINGÊNCIA
À medida que o nível de maturidade dos seguidores tende a aumentar, o comportamento adequado do
líder passa a exigir cada vez menos estrutura (tarefa) e ao mesmo tempo em que exige relações de apoio
socioemocional (relações).
A Teoria da Contingência representa a mais recente abordagem da teoria administrativa. Os conceitos das
teorias administrativas anteriores são redimensionados, atualizados e integrados dentro da abordagem
sistêmica para permitir uma visão conjunta, molar e abrangente. Segundo alguns autores a relação
existente entre a Abordagem Contingencial e a Teoria de Sistemas é paralela à relação existente entre a
Abordagem Neoclássica e a Abordagem Clássica. Os neoclássicos tentaram estender a Teoria Clássica
adicionando aspectos das teorias comportamentais mantendo, contudo, intactas as premissas básicas da
Teoria Clássica.
TEORIA DA CONTINGÊNCIA
A Abordagem Contingencial fez a mesma coisa com relação à Teoria de Sistemas: aceitou as premissas
básicas da Teoria dos Sistemas a respeito da interdependência e natureza orgânica da organização, bem
como o caráter aberto e adaptativo das organizações e a necessidade de preservar sua flexibilidade em
face das mudanças ambientais. Porém, como a Teoria de Sistemas é muito abstrata e de difícil aplicação a
situações gerenciais práticas, a Abordagem Contingencial permite proporcionar meios para mesclar a
teoria com a prática dentro de uma integração sistêmica.
TEORIA DA CONTINGÊNCIA