1) A reforma política de Clístenes em Atenas no século VI a.C. foi importante para a instituição da democracia, definindo as instâncias de participação política como a Eclésia.
2) Em Atenas, apenas homens adultos e livres eram considerados cidadãos e podiam participar da política, excluindo escravos, estrangeiros e mulheres.
3) Embora Roma não tenha desenvolvido a democracia como Atenas, o processo de cidadania romano foi mais desenvolvido, sendo eventualmente estendido a
1) A reforma política de Clístenes em Atenas no século VI a.C. foi importante para a instituição da democracia, definindo as instâncias de participação política como a Eclésia.
2) Em Atenas, apenas homens adultos e livres eram considerados cidadãos e podiam participar da política, excluindo escravos, estrangeiros e mulheres.
3) Embora Roma não tenha desenvolvido a democracia como Atenas, o processo de cidadania romano foi mais desenvolvido, sendo eventualmente estendido a
1) A reforma política de Clístenes em Atenas no século VI a.C. foi importante para a instituição da democracia, definindo as instâncias de participação política como a Eclésia.
2) Em Atenas, apenas homens adultos e livres eram considerados cidadãos e podiam participar da política, excluindo escravos, estrangeiros e mulheres.
3) Embora Roma não tenha desenvolvido a democracia como Atenas, o processo de cidadania romano foi mais desenvolvido, sendo eventualmente estendido a
1) A reforma política de Clístenes em Atenas no século VI a.C. foi importante para a instituição da democracia, definindo as instâncias de participação política como a Eclésia.
2) Em Atenas, apenas homens adultos e livres eram considerados cidadãos e podiam participar da política, excluindo escravos, estrangeiros e mulheres.
3) Embora Roma não tenha desenvolvido a democracia como Atenas, o processo de cidadania romano foi mais desenvolvido, sendo eventualmente estendido a
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Democracia e cidadania da civilização greco-romana
É notório que as civilizações grega e romana contribuíram imensamente para o pensamento e
cultura ocidental. Dentre muitos fatores relevantes, podemos destacar a origem da democracia e a construção da cidadania. Embora, naquela época, ambas as ideias fossem compreendidas de maneira diversa da nossa concepção atual. No que diz respeito ao pensamento democrático na Grécia Antiga, considera-se o século VI a.C. como sendo marco na instituição desses valores, quando o aristocrata Clístenes assumiu o poder em Atenas. Atuando contra os interesses do seu próprio grupo político, aboliu a divisão da sociedade conforme a origem familiar e a fortuna pessoal, buscando garantir a igualdade de todos perante a lei. A reforma política de Clístenes foi de grande importância para a instituição da democracia em Atenas. Ele também definiu as instâncias de participação e decisão política, em que a Eclésia surgia como autoridade suprema do Estado. Embora, juridicamente, todos os cidadãos fossem iguais e pudessem participar ativamente da Assembleia, os cargos mais elevados eram ocupados por uma elite intelectual e política cujo poder vinha da riqueza fundiária. Além disso, na democracia moderna, que se costuma chamar de democracia “representativa”, os cidadãos escolhem, por meio do voto, os seus representantes. Cabe aos cidadãos, teoricamente, monitorar a atuação dos seus representantes. Em Atenas, ao contrário, havia uma democracia direta, ou seja, os cidadãos participavam diretamente do governo, cada um expressando suas posições. No entanto, havia uma representação por regiões que considerava critérios geográficos: planície, litoral e montanha. Vale ressaltar que eram considerados cidadãos em Atenas os homens adultos e livres, independentemente das riquezas possuídas, todos nessa condição podiam participar das atividades políticas. Entretanto, os estrangeiros, os escravos e as mulheres não eram considerados cidadãos, portanto, sendo excluídos do processo de participação na vida política. Nesse sentido, Aristóteles, na obra Política, afirmava que o cidadão é aquele que, no local onde reside, é admitido na jurisdição e na deliberação. Evidenciava, também, que os escravos e os estrangeiros não eram considerados cidadãos, mas apenas “habitantes” da pólis. No contexto atual, pode-se verificar a existência de milhões de pessoas que não vivem em seus países de origem: há brasileiros vivendo nos Estados Unidos, chineses no Brasil, sírios na Alemanha e entre outros casos. Como muitos estrangeiros não são naturalizados, seus direitos são mais restritos que os da população nascida nesses países. Tanto na Grécia quanto em Roma, o acesso à cidadania também não era garantido a todos. No caso romano é pertinente ressaltar que esta república não desenvolveu a democracia como a Grécia, entretanto, o processo de cidadania foi mais desenvolvido em Roma do que com os atenienses. Os romanos no período republicano (508 a.C. – 27 a.C.) eram cidadãos governados por assembleias populares, por magistrados eleitos anualmente e por um conselho vitalício, o Senado. O termo “res publica” significa literalmente “a coisa pública”, abrange uma noção tanto jurídica quanto política. Envolve uma organização institucional determinada por regras de direito, pela solidariedade e união dos cidadãos em uma comunidade; é a expressão política do povo em seu conjunto. A “res publica” compreende, ainda, os bens comuns e os interesses comuns do conjunto de cidadãos, o governo e a forma de Constituição. Segundo Finley, no livro Política no Mundo Antigo, a cidadania romana era um privilégio muito cobiçado, pois garantia os direitos políticos e sociais fundamentais, como o direito à propriedade, ao casamento, à herança, a fazer contratos e defender-se de acusações em tribunais. Apesar da dificuldade em adquiri-la, houve a concessão para aliados nas províncias e os escravos poderiam adquirir caso fossem alforriados por seus donos. Na República, participar da vida cívica significava tomar parte nas atividades de guerra e dos deveres militares, contribuir para a fiscalidade, receber eventuais distribuições públicas, ter parte nas decisões tomadas em comum nas assembleias; implicava uma série de ações que conferiam sentido ao conceito de cidadão. Ser cidadão era muito mais do que ter um simples “status” jurídico, era uma espécie de ofício e até um modo de vida. No decorrer dos dois primeiros séculos do Império, o direito à cidadania foi sendo progressivamente expandido aos habitantes das regiões sob dominação romana. Pode-se considerar como passo final a promulgação do Édito de Caracala, no ano de 212, que estendeu o direito de cidadania a todos os habitantes. É pertinente mencionar que na Grécia Antiga o critério de cidadania foi mais rígido do que em Roma. No caso grego, Atenas, por exemplo, era notoriamente avessa à concessão de cidadania a estrangeiros, salvo em casos excepcionais. Já os romanos, conforme sua expansão territorial e sua constituição de alianças foram mais generosos ao concederem cidadania para todos os livres e libertos das províncias. Desse modo, embora houvesse notórias diferenças, a civilização greco-romana constituiu a concepção de cidadania e democracia. Foram essas ideias que suscitaram os debates atuais em torno de ações para garantia de direitos aos cidadãos - tendo sido ampliados para o direito de ir e vir, o acesso à saúde, moradia, alimentação e educação-, bem como os instrumentos de participação popular no processo democrático.