Teoria de Literatura

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O SISTEMA SEMIOTICO LITARÁRIO

Linguagem literária vs. Linguagem não - literária

De Acordo Com Teoria Pitagorista tardia, existem duas modalidades de expressão: uma não
artística, isto é não – literária, e outra, em contra partida, artística, isto é, literária.

Aristóteles considerava o processo de estranhamento como conatural ao discurso poético, onde


preceitua que a elocução, sem deixar de ser clara, não deve ser pedestre, devendo antes ser nobre
e afastada do uso vulgar, que não deve ser cultivada até ao extremo do «enigma» e do
«barbarismo», é conseguido mediante o uso de vocábulos raros, de metáforas e de tudo que se
afasta do usual.

Desde a idade Média até ao Romantismo, tal concepção manifestou-se com frequência e, por
vezes, com muito vigor na retórica, na poética e na prática literária europeias.

A linguagem literária como função da linguagem verbal

No seio do formalismo russo, constituiu-se uma teoria explicativa da literariedade que estava
destinada a conhecer uma fortuna excepcional nos estudos literários contemporâneos: a
linguagem literária seria o resultado, o produto de uma função específica da linguagem verbal.

Esta teoria parece ser proposta por Lev Jakubinskij, ao estabelecer os caracteres diferenciais
existentes entre dois sistemas de linguagem, o sistema de linguagem prática e o sistema de
linguagem poética. No primeiro sistema os recursos linguísticos (sons, segmentos morfológicos,
etc ) não possuem valor autónomo e são apenas um meio de comunicação. No segundo, os
recursos linguísticos adquirem valor autónomo.

Num estudo publicado em 1921, Jackbson escreve que “ a poesia é a linguagem na sua função
estética” aparecendo como marca distintiva desta função “ o valor autónomo” concedido à
palavra. Num outro estudo mais tardio, jakobson, ao delucidar o conceito de poeticidade, refere-
se a função estética, uma função poética da linguagem, que se manifesta no facto de “ as palavras
e a sua sintaxe, a sua significação, a sua forma externa e interna não serem indícios indiferentes
da realidade, mas possuírem o seu próprio peso e o seu valor próprio. Ainda analisa a natureza
da poesia com fundamento na “função estética” da linguagem, apresentando esta como a
dominante, isto é, como o elemento focado da obra poética e da linguagem poética em geral.
Esta função estética não anula a existência, na obra poética, de outras funções linguísticas,
menciona mais duas, a função referencial e expressiva, mas subordina-as hierarquicamente, de
modo que elas encontrem, não apenas submetidos à função da dominante, mas também
transformadas por esta. A função estética pode ocorrer em textos não-literários, mas com
carácter adjuvante ou subsidiário, isto é, sem o estatuto de dominante.

Das diversas análises que Jakobson consagrou à função estética da linguagem verbal concluiu-se
que, nos textos em que aquela função actua como dominante as estruturas verbais adquirem valor
autónomo. O que significa indissociáveis a função estética ou poética da linguagem e a natureza
autotélica do texto poético.

A teoria Jakobsoniana da função poética da linguagem

segundo Jakobson, a comunicação verbal pressupõe necessariamente a interacção de seis “


factores inalienáveis” que podem ser representados, esquematicamente, assim:

contexto

emissor -------------------------------- mensagem-----------------------------destinatário

contacto

código

Cada um destes factores origina uma função linguística específica. Verifica-se em cada
mensagem a presença de mais do que função, impondo uma delas o seu predomínio sobre as
outras. A estrutura verbal de uma mensagem depende principalmente da função que nela é
predominante.

Jakobson distingue seis funções na linguagem verbal:

a) A função expressiva ou emotiva – centrada sobre o sujeito emissor e aspirado a uma


expressão directa da atitude do sujeito em relação àquilo de que fala. Tende a dar a
impressão de uma certa emoção, verdadeira ou fingida.
b) A função conativa – Jakobson designa assim a função denominada apelativa – orientada
para o destinatário e encontrado a sua manifestação gramatical mais pura no vocativo e
imperativo.
c) A função referencial – Chamada também denotativa ou cognitiva), orientada para o
referente, para o contexto.
d) A função fáctica – que ocorre como predominante nas mensagens que têm como
finalidade “ estabelecer” prolongar ou interromper a comunicação, verificar se o circuito
funciona, fixar a atenção do interlocutor ou assegurar que esta não afrouxa.
e) A função metalinguística – que ocorre quando o emissor e/ou receptor julgam necessário
averiguar se ambos utilizam na verdade o mesmo código.
f) A função poética – centrada sobre a própria mensagem.

O tratamento concedido por Jakobson ao problema geral das funções de linguagem

A classificação e a descrição das funções da linguagem propostas por Jakobson fundam-se em


factores natureza comunicativas, pois cada uma de tais funções corresponde a uma relação
estabelecida entre a mensagem e cada uma das instâncias determinadas pela teoria matemática da
comunicação em qualquer processo comunicativo.

Jakobson não só é obrigado a considerar como um dos ” factores inalienáveis da comunicação” o


contexto, instancia que não figura no chamado modelo canónico da comunicação, nem em
modelos do processo comunicativo derivados daquele modelo, mas que se tornava indispensável
para permitir fundamentar a função referencial da linguagem, como também compelido a
conceituar a mensagem como um factor sistemático e funcionalmente equivalente aos restantes
factores do processo comunicativo, porque só assim poderia fundamentar e caracterizar a função
poética. Ora, num modelo do processo comunicativo, a mensagem não pode ser considerada sob
o ponto de vista ontológico e funcional, como factor equivalente em relação a factores como
emissor, o receptor, o código, etc. pois que ela é produto, o resultado exactamente da interacção
desses outros factores.

O modo como Jakobson explica a origem e caracteriza a natureza das diversas funções que
distinguem na linguagem não prima pelo rigor analítico, nem pela clareza conceitual e
terminologia. Em relação à função poética, esta asserção representa um absurdo lógico, pois
equivale a dizer que a mensagem poética é originada pelo factor mensagem, como se este factor
preexistisse, num acto comunicativo, à mensagem produzida nesse mesmo acto.

Jakobson propõe como critério linguístico adequado para reconhecer empiricamente a função
poética o facto de que “ a função poética projecta o princípio da equivalência do eixo da selecção
sobre o eixo da combinação ”. Ainda considera que a repetição, a simetria, a recorrência de
figuras gramaticais e figuras fónicas representam o princípio constitutivo do texto poético. Este
princípio suscita demasiadas dúvidas e objecções para poder ser considerado como o critério que
permite distinguir e delimitar rigorosamente os textos literários. Analisemos essas objecções:

a) Aquele principio não possibilita distinguir com precisão entre um texto poético e um não
poético.
b) Para Jakobson, o verso implica sempre a função poético, alem de poderem nmnao possuir
intrínseco valor literário, é possível estabelecer numa medíocre composição pratica
medelos de paralelismo fónico-gramatical tão ou mais complexos, podem ocorrewer
copiosamente em qualquer texto não literário e não versificado.
c) A teoria Jakobsoniana da função poética podia possuir capacidade explicativa em relação
a qualquer texto literário. Por outro lado, o próprio Jakobson repudia qualquer tentativa
de reduzir a esfera da funçao poéticoa à poesia .

A verdade é que todos os argumentos e todos os exemplos adquiridos por jakobson se reportam à
poesia, a literatura escrita em verso, tornando-se evidente que a sua teoria da funçao poética
carece de capacidade explicativa em relação a um domínio muito importante da “arte verbal”: o
domínio da prosa literária, desde os textos literários narrativos até aos poemas em prosa.

Por ultimo, Jakobson identifica e caracteriza erroneamente a mensagem poética ao considera-la


como produzida e como analisada em termos de comunicaçao linguística, ao conceber a função
poética como uma funçao da linguagem verbal e, consequentemente, ao atribuir à poética o
estatuto cientifico – disciplinar de sob domínio da linguística. Aguiar e Silva pensam pelo
contrário, que a mensagem literaria não é produzida nem é analisável em termos de comunicação
linguística, que não existe uma funçao poética da linguagem e a que a poética não é um
subdomínio da linguística.
O conceito de sistema semiótico literário e de código literário.

A obra literária constitui o resultado de um fazer, de um produzir que, sendo embora também um
processo de expressão, é necessária e primordial um processo de significação e de comunicação.
A obra literária resultante neste processo constitui um texto, em sentido lato, como uma
sequencia de elementos materiais e discretos seleccionados dentre as possibilidades oferecidas
por um determinado sistema semiótico e ordenados de um determinado conjunto de regras que
designamos por código.

Um sistema semiótico é uma serie finita de signos interdependentes entre os quais se podem
estabelecer relações e operações combinatórias, de modo a produzir semiose. Ao passo que o
código é o conjunto finito de regras que permite ordenar e combinar unidades discretas, no
quadro de um determinado sistema semiótico, a fim de gerar processos de significação e de
comunicação que consubstanciam em textos. O código não se identifica com totalidade do
sistema mas representa o instrumento operativo que possibilita o funcionamento do sistema, que
fundamenta e regula a produção de textos e dai a sua relevância nuclear nos processos
semióticos.

Um código é sempre transcendente, tanto no plano antológico como no plano cronológico, em


relação aos textos que ele possibilita produzir e receber. Para utilizarmos outra terminologia, que
ele possibilita codificar e decodificar caracteriza-se também sempre pela recursividade das suas
regras. Deste modo, afiguram-se como intrinsecamente contraditórias.

Heterogeneidade da semiose estética

Qualquer mensagem, mesmo especialisada ou formalizava, resulta sempre da interacção de


modelos semióticos heterogéneos, podendo ser decomposta e analisada segundo vários níveis,
cada um dos quais dependente de códigos diversos.

Toda linguagem artística é típica e explicitamente heterogenia, já que resulta da combinação, da


interacção sistemática de múltiplos códigos.

O SISTEMA SEMIÓTICO COMO UMA SEMIÓTICA CONOTATIVA


O primeiro contributo relevante para a construção de uma teoria dotada de capacidade de
escrever e explicar o sistema semiótico da literatura encontra-se nos prolegómenos a uma teoria
da linguagem de Hjelmslev.

No pensamento do grande linguista dinamarquês, os conceitos de sistema, de processo e da sua


interacção possuem um carácter universal e por isso, ao analisar a linguagem “natural”
Hjelmslev foi conduzido a incluir no âmbito da sua teoria linguística aspectos fundamentais da
ciência literária, da filosofia das ciências e da lógica formal, através de um enfocamento
interdisciplinar que possibilita que ciência como historia, a ciência literária, linguística, a
matemática e outras.

Sob o ponto de vista do seu potencial aproveitamento e desenvolvimento no domínio da estética,


em geral, e da teoria de literatura, em particular, assume a maior importância a distinção
estabelecida por Hjelmslev.

Na reformulação mais simples que é possível distinguir dois “planos” - o da expressão do


conteúdo por sua vez constituidor por quatro “estratos” – a substancia da expressão, a forma da
expressão, a forma do conteúdo e a substancia do conteúdo.

Existem semióticas, como as línguas naturais, por exemplo cujos planos não constituem, em se
mesmo, uma semióticas denotativas. Existem planos de expressão é já uma semiótica. São
semióticas denotativas: existem ainda outras semióticas cujo plano de conteúdo constitui em se
mesmo uma semiótica. São as metassemioticas.

Por conseguinte, uma semiotica conotativa é uma semiotica cujo plano da expressão é
constituído pelos planos do conteúdo e da expressão de uma semiotica denotativa. A relação
existente entre uma semiotica denotativa e uma semiotica conotativa pode ser representada por
um esquema como o seguinte:

Plano conotativo da expressão – plano conotativo do conteúdo

A entre a semiotica denotativa e a semiotica conotativa e entre o signo denotativo e o signo


conotativo existe, como os esquemas anteriores patenteiam, uma relação de solidariedade, não
existe, porem, uma relação de isomorfismo (a própria relação entre os planos de expressão e do
conteúdo numa semiotica semiotica denotativa é anisomoifica, como Hjelmslev reconhece).
Daqui resulta que não são forçosamente coincidentes as unidades morfemáticas e sintagmáticas
constituentes da semiotica denotativa e as unidades discerníveis na semiotica conotativa,
podensdo verificar-se, como propõe Michel Arrive, as três possibilidades seguintes:

a) Menos dimensão das unidaes da semiotica conotativa;


b) Igual a dimensão das unidades nas duas semióticas;
c) Maior dimensão das unidades da semiotica conotativa;
Svend Johansen foi o ploneiro na tentativa de aplicar o conceito glossemático de signo ao
domínio da estética. Posteriormente, sobre tudo após a publicação dos elementos de semiológica
de Roland Barthes, diversos autores, invocando Hjelmslev, começaram a definir e a caracterizar
a “linguagem literária” como uma semiotica conotativa, visto que o seu plano de expressão é
constituído por semiótica denotativa (uma língua natural).

Pensamos que a distinção de Hjelmslev entre semióticos denotativos e semiótica conotativa


encerra potencialidade teóricas muito ricas, mas que não oferece, tal como formulado nos
prolegómenos a uma teoria da linguagem, um modelo satisfatório para conceituação, e a análise
do sistema semiótico e do texto literário.

Com efeito, o conceito hjelmslexiano de conotadores apresentam-se fluido, tanto intencional


como extensionalmente, abrangendo fenómes extremamente heterogéneos desde que designa
“formas estilísticas” (verso e prosa) “diversos estilos” (cólera, alegria) até as línguas nacionais às
“diversas línguas regionais” e às diversas fisionomias (no concernente à expressão, diferentes
“vozes” ou órgãos”).

Estes conotadores, como Hjelmslev explicitamente declara, estão também presente nos textos
das chamadas semióticas denotativas, só por recurso à idealização epistemológica se pode
postular a homogeneidade estrutural de qualquer texto – e não podem, por consequente, ser
considerado como específicos da linguagem “literária”, devendo antes o seu estudo ser descrito à
retórica, à estilística da língua, tal como a concebe Charles Bally, à sociolinguística, interessadas
em analisar 0os registos da língua com aplicações diafásicas e diastráticas ou a dialectologia,
orientada para o estudo das variações diatópicas dos sistemas linguísticos.

Hjelmslev concebe os conotadores como derivados (na acepção glossemàticado termo) que,
dependendo de diversos sistemas, ocorrem avulsamente num texto, que contraem uma função
semiótica com certas classes de signos que funcionam como expressão do conteúdo dos mesmos
conotadores, mas não os concebe nunca como um sistema semiótico. E por esta razão, ao definir
o conceito da semiótica conotativa, Hjelmslev introduz na definição uma restrição muito
importante, a qual tem passado quase despercebida aos exegetas e divulgadores do seu
pensamento.

Pelo exposto, se depreende que definir e caracterizar a linguagem literária ou a literatura como
uma semiótica conotativa, invocando o magistério de Hjelmslev, representa pelo menos uma
abusiva extrapolação

Não é exacto, afirmar que os conotadores são contribuídos “ par de signes (signifiants et signifies
reunis) du systeme dénoté”.

Hjelmslev afirma explícita e reiteradamente que os conotativos constituem o plano do conteúdo


da semiótica conotativa, são derivados que dependem de vários sistemas e que contraem uma
relação de solidariedade com os furtivos da semiótica conotativa (e por isso os conotadores se
encontram, sob certas condições, ou ambos os planos da semiótica).

É erróneo, na análise sistema, na analise do sistema semiotico literário, considerar a semiotica


conotativa como “o simples significante” ou apenas como o significante, na acepção
Saussuriana do termo, do plano do conteúdo da semiotica conotativa, pois que a língua (o
francês, por exemplo) não funciona tão só como a sequencia fonética e ou gráfica que fornece
suporte física e uma forma ao plano de conteúdo da semiotica conotativa.

A semiotica denotativa, enquanto plano de expressão da semiotica conotativa, alem de funcionar


como significante, funciona também necessariamente como mecanismo portador e gerador de
significados, o conteúdo literário não pode ser identificado apenas com o plano do conteúdo da
semiotica conotativa.

Por outro lado é também inexacto identificar a chamada “forma literária” com a semiotica
denotativa, ignorando as especificas informações que impõe a semiotica denotativa, ignorando as
especificas conformações que impõe a semiotica denotativa a semiotica conotativa e
desconhecendo, de modo particular, a função das macroestruturas formais e a sua projecção nas
frases constitutivos de um texto.

2.8. O sistema semiotico literário como sistema modelizante secundário

No simpósio sobre os sistemas semióticos organizado, em 1962, pela academia das ciências de
Moscovo, é proposto e difundido um conceito fulcral no desenvolvimento da semiótica soviética:
o conceito de sistema modelizante do mundo. Na sua “introdução” às teses apresentados neste
simpósio, estabelece como objecto de estudo da semiótica os modelos do mundo que o homem
constrói, entendendo-se por modelo a representação, constituído por um número finito de
elementos é de relações entre estes elementos dos objectos modelizados.

A modelização do mundo realiza-se, em qualquer sociedade humana, através de um determinado


numero de sistema semióticos coexistentes e complementares. O tal sistema encontra-se em
relação de analogia com o conjunto dos objectos no plano do conhecimento, da tomada da
consciência e da actividade normativa. Por isso, um sistema modelizante pode ser considerado
como uma língua.

Quer dizer, os sistemas modelizante em conformidade com a concepção saussuriana de langue,


permitem lógicas, comunicativas e pragmáticas, do mundo circundante.

O modelo do mundo foi assim constituído a ser considerado, numa perspectiva cibernética, como
“o programa de comportamento do indivíduo ou da colectividade” (este programa actua, não
raro, inconscientemente).

A organização estrutural do mundo constituía a tarefa fundamental da cultura. LOTMAN define


a cultura como a memoria não hereditária de uma comunidade, como o conjunto da informação
não genética e dos meios necessários para a sua organização, a sua percepção e a sua
transmissão:

A cultura não é apenas um acervo de informação, mas também um complexo mecanismo de


elaboração e comunicação, por outras palavras, um complexo mecanismo de codificação,
decodificação e transcodificação desse depósito informativo.

A cultura é um gerador de estruturalidade que, por meio de determinados sistemas de prescrições


e regras que cria uma sociosfera, isto é, um conjunto de fenómenos e de valores que, tal como a
biosfera proporciona condições para a aparição e o desenvolvimento da vida orgânica, torna
possível a vida de relação do homem, conferindo-lhe sentido em todos os planos.

De acordo com uma terminologia diversa, mas equivalente da anterior, pode-se “considerar a
cultura como uma língua e como um conjunto de textos redigidos nessa língua”, entendendo-se
por língua “qualquer sistema de comunicação que utiliza sinais ordenados de um particular” e
por texto “qualquer comunicação registada num determinado sistema de signos”.

Whorf, segundo a qual a representação do mundo e a cultura de uma comunidade, em termos


Humbold-tianos, dir-se-á que a língua não é uma weltbill, mas uma Weltansicht, isto é, não é
uma imagem do mundo, mas sim uma visão do mundo.

É decerto sob a influencia poderosa de Pensamos que a distinção de Hjelmslev, para quem a
linguagem verbal usufrui de capacidade omnipotente o omniformativa em relação a todos, os
outros sistemas semióticos, os semioticistas soviéticos reconhecem ao “sistema semiótico
universal que é a língua natural”. Uma função primordial como mecanismo fundamental de
todos os sistemas semióticos, visto que só as línguas naturais podem envolver-se em
metalinguagem e visto que os sistemas semióticos integrados de uma cultura se constituem a
partir e segundo o modelo das línguas naturais.

Deste modo, concebem As línguas naturais como sistema modelizantes primários e os sistemas
semióticos culturais (arte, religião, mito, e outros), que se instituem, se organizam e desenvolvem
sobre os sistemas modalizantes secundários

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