Análise Da Responsabilidade Civil Das Sociedades Irregulares No Ordenamento Jurídico Moçambicano

Fazer download em docx, pdf ou txt
Fazer download em docx, pdf ou txt
Você está na página 1de 17

ANÁLISE DA RESPONSABILIDADE CIVIL DAS SOCIEDADES

IRREGULARES NO ORDENAMENTO JURÍDICO


MOÇAMBICANO.

Elementos do Grupo, Estudantes UCM-FADIR.1


Resumo
No presente trabalho desenvolver-se-á sobre “Responsabilidade Civil das Sociedades Irregulares no
Ordenamento Jurídico Moçambicano”, Circunscreve-se no âmbito do Direito Comercial, e tem
abrangência no âmbito do Direitos das Obrigações. As sociedades comerciais pela sua importância no
âmbito dos contractos comerciais, o Código Comercial estabelece regras específicas para constituição,
modificação, bem como extinção das mesmas. Por outro lado, quando estas sociedades são constituídas
tem seus efeitos, tais como a atribuição de direitos e obrigações dos sócios e as formas de determinação
de responsabilidade civil em casos de prejudicar terceiros. Mas apesar do Código comercial apresentar
regras e formalidades para constituição destas sociedades, é possível estas terem algumas vicissitudes
sobre o acto constitutivo ou serem constituídas e não estarem registadas nas entidades legais, concluindo-
se que são as ditas sociedades irregulares. No presente trabalho ter-se-á como objectivo geral: analisar a
responsabilidade civil das sociedades irregulares no contexto moçambicano. Na elaboração do presente
trabalho usou-se a pesquisa bibliográfica, para tal recorreu-se a vasta bibliografia existente sobre a
matéria, e os documentos considerados pertinentes para o tema. Quanto ao método de pesquisa, a
monografia utilizou-se o método dedutivo, partindo de um estudo da responsabilidade civil, sociedades
comerciais, contrato de sociedade, analisando os seus princípios gerais, de modo a compreender a
temática em alusão.
Palavras-chave: responsabilidade civil. Sociedades Irregulares. ordenamento jurídico moçambicano.

Abstract
In the present work will be developed on “Civil Liability of Irregular Companies in the Mozambican
Legal System”, It is circumscribed in the scope of Commercial Law, and has scope in the scope of the
Rights of Obligations. Commercial companies, due to their importance in the scope of commercial
contracts, the Commercial Code establishes specific rules for their constitution, modification, as well as
their extinction. On the other hand, when these companies are constituted, it has its effects, such as the
attribution of rights and obligations of the partners and the forms of determination of civil liability in
cases of harming third parties. But despite the Commercial Code presenting rules and formalities for the
constitution of these companies, it is possible that they have some vicissitudes on the constitutive act or
they are constituted and are not registered in the legal entities, concluding that they are the so-called
irregular companies. In the present work, the general objective will be: to analyze the civil liability of
irregular companies in the Mozambican context. In the elaboration of the present work, the bibliographic
research was used, for this purpose, the vast existing bibliography on the subject was used, and the
documents considered relevant to the theme. As for the research method, the monograph used the
deductive method, starting from a study of civil liability, commercial companies, articles of association,
analyzing its general principles, in order to understand the theme in question.

Keywords: civil responsibility. irregular companies.Mozambican legal order.

1
1.Dulce Alfredo Crisanto António, 2. Jéssica Domingos Tique, 3.Hadiya Muhamade, 4.Maria Rosa
Agostinho Nipavela.
Introdução
No presente artigo abordar-se-á sobre “Responsabilidade Civil das
Sociedades Irregulares no Ordenamento Jurídico Moçambicano”, circunscreve-se no
âmbito do Direito Comercial, e tem abrangência no âmbito do Direitos das Obrigações.
As sociedades comerciais pela sua importância no âmbito dos contractos comerciais, o
Código Comercial estabelece regras específicas para constituição, modificação, bem
como extinção das mesmas2. Por outro lado, quando estas sociedades são constituídas
tem seus efeitos, tais como a atribuição de direitos e obrigações dos sócios e as formas
de determinação de responsabilidade civil em casos de prejudicar terceiros. Segundo
Manuel Guilherme Júnior, as sociedades comerciais são constituídas por meio de um
contrato de sociedade, que é o contrato em que duas ou mais pessoas se obrigam a
constituir em bens ou serviços para o exercício em comum de uma certa actividade
económica, que não seja de mera fruição, a fim de repartirem os lucros resultantes dessa
actividade, conforme dispõe o artigo 980º do CC.
Neste contexto, pode se dar o caso de estas causarem prejuízos a terceiros
ou violarem direitos de terceiros, dando lugar a responsabilidade civil que pode ser
contratual ou extracontratual. Perante estas situações, coloca-se como questão de
partida: Quais são as formas para imputação da responsabilidade civil nas
sociedades irregulares no ordenamento jurídico moçambicano moçambicano?
No presente artigo ter-se-á como objectivo geral: analisar a
responsabilidade civil das sociedades irregulares no contexto moçambicano. E tem-se
como objectivos específicos: demonstrar a situação jurídica dos sócios das sociedades
irregulares; perceber o funcionamento das sociedades irregulares; perceber as
implicações jurídicas das sociedades irregulares a luz do direito comercial
Moçambicano; demonstrar as formas de determinação da responsabilidade civil pelas
dívidas das sociedades irregulares. E por último, verificar a validade dos actos de
comércio das sociedades irregulares a luz do regime jurídico moçambicano.

2
JÚNIOR, Manuel Guilherme, Manual de Direito Comercial Moçambicano, Vol.1, Escolar Editora,
Maputo, 2013, pág. 179.
1.CONTEXTUALIZACAO TEÓRICA
1.1análise da responsabilidade civil das sociedades irregulares no
ordenamento jurídico moçambicano.
1.2Etimologia do termo responsabilidade
O termo responsabilidade está relacionado com a palavra em latim
“respondere”, que significa "responder, prometer em troca". Desta forma, uma pessoa
que seja considerada responsável por uma situação ou por alguma coisa, terá que
responder se alguma coisa corre de forma desastrosa.
2.Conceitualização de Responsabilidade Civil
Entende-se por responsabilidade a consciência de responder pelos actos
que vierem a ser praticados por virtude da inclusão da consequência na livre decisão de
agir do agente. Para que possa haver uma responsabilidade jurídica é necessária a
verificação de certos factos danosos onde os prejuízos não são suportados por quem os
sofreu, mas sim são imputados a quem os causou, ou seja, ao agente determinados
critérios legais, iguais para todos.
A responsabilidade pressupõe a existência de um dano e o dever de
indemnizar este dano na medida em que vai para além do risco geral de vida de cada um
deve assumir individualmente ao tomar, sempre que possível, conta das suas coisas e
cuidar dos seus interesses. Deve indemnizar aquele a quem o facto danoso é imputado
por lei.3 Dai, nasce a responsabilidade civil.4A responsabilidade civil é uma das fontes
das obrigações porque cria vínculos obrigacionais.5
2.1Tipos de responsabilidade civil
A expressão responsabilidade civil tem m duplo significado porque
dentro dela há que distinguir dois grandes sectores. 6 Ou seja, o termo responsabilidade
civil abrange não só a obrigação de reparação de danos causados a outrem por falta de
cumprimento de obrigações contratuais ou por incumprimento de direitos subjectivos de
crédito e de obrigações em sentido técnico-jurídico, é caso do devedor que é obrigado a
indemnizar o credor por não cumpriu a prestação dentro do prazo (Responsabilidade

3
HOSTER, Henrich Ewald, A parte geral do Código civil – Teoria Geral do Direito Civil, Livraria
Almedina, Coimbra, 1992. Pág.70-71
4
Ibidem, pág. 71
5
COSTA, Mário Júlio de Almeida, direito das obrigações, 5ª edição, remodelada e actualizada, Livraria
Almedina, Coimbra, 1991. Pág. 129-130
6
FRANCISCO, Aeroplano, direito das obrigações I – fontes e modalidades das obrigações, 1ª edição,
ISM, Maputo, 2011, pág.18
Contratual), mas também a responsabilidade civil resulta da violação dos direitos
absolutos7 ou da prática certos actos, que embora lícitos causam prejuízos a outrem
(Responsabilidade Extracontratual).8
2.1.1Responsabilidade Civil Extracontratual
A responsabilidade civil extracontratual é a que resulta da violação de
direitos absolutos ou da prática de certos actos que embora lícitos causam prejuízo a
outrem.
A responsabilidade civil extracontratual abrange três sub-modalidades:

 Por Factos Ilícitos ou Subjectiva – quando ela dependa da existência de culpa


do agente, ou da culpa do autor da lesão, ou seja, a que emerge sempre que em
determinadas circunstâncias sejam provocados danos com dolo ou mera culpa
conforme reza o artigo 483 n.1 do Código civil.9
 Por Risco ou Objectiva – quando o agente se constitui na obrigação de
indemnizar independentemente da culpa, conforme dispõe artigo 499 do Código
civil.
 Por Factos Lícitos - ocorre sempre que da prática de uma actividade humana
permitida surjam danos que o direito mande reparar10
Por exemplo: Nos casos em que, fica objectivamente responsável o
agente ou o beneficiário de um acto lícito que sacrifica um bem de outrem em vista de
um interesse superior11, dispõe 339 n.2 do CC.
2.1.1.1Pressupostos da Responsabilidade civil por factos ilícitos
2.1.1.1.1Facto Voluntário

7
São direitos que impõem a todos os sujeitos um dever geral de respeito, pelo que estes se devem abster
da prática de actos que com ele colidam. Por exemplo: qualquer pessoa tem o direito ao bom nome, pelo
que todas as outras pessoas devem abster-se de tomar atitudes que possam de algum modo, sem qualquer
fundamento pôr em questão o bom da pessoa
8
ROCHA, Isabel; et al; Introdução ao estudo do direito, 12º Ano, Porto Editora, Lisboa, 2017, pág. 285
9
FRANCISCO, Aeroplano, Direito das obrigações I – fontes e modalidades das obrigações, 1ª edição,
ISM, Maputo, 2011, pág.18
10
CORDEIRO, António Menezes, direito das obrigações, Volume II, 1ª edição, Reimpressão, Associação
académica da faculdade de direito de Lisboa, Lisboa, 1980, pág. 271-273
11
Este artigo 339 n.2 do CC não constitui princípio geral da responsabilidade da extracontratual por
factos lícitos, mas sim, é apenas um exemplo usado pelo grupo para clarificar esta modalidade da
responsabilidade. No âmbito do código civil podemos encontrar outros exemplos tais como: arts. (339.º/2,
1348/2,1349/3, 1367,1172, 1229 CC).
É um facto dominável ou controlável pelo vontade, um comportamento o
uma forma de conduta humana.12 Com efeito, por facto voluntário deve entender-se todo
facto objectivamente controlável ou dominável pela vontade.
2.1.1.1.2Ilicitude
Ilicitude é a violação direito de outrem, ou de qualquer disposição legal
destinada a salvaguardar ou proteger interesses alheios, ou seja, é a conduta que viola
qualquer proibição legal.13 Não basta, porem, que alguém pratique um facto prejudicial
aos interesses dos outros, para que seja obrigado a compensar o lesado. 14 O código cívil
procurou fixar em termos mais preciso o termo de ilicitude, descrevendo duas variantes,
através das quais se pode revelar o carácter antijurídico ou ilícito. Podendo se destacar
as seguintes variantes, os direitos subjectivos aqui abrangidos são, principalmente, os
direitos absolutos, nomeadamente os direitos sobre as coisas ou direitos reais, direitos
de personalidades, os direitos familiares e a propriedade intelectual.15
2.1.1.1.3 Dano
A perspectiva da responsabilidade civil, cabe dizer-se, liminarmente, que
dano ou prejuízo é toda ofensa de bens ou interesses alheios protegidos pela ordem
jurídica16. Por outras palavras, entende-se dano como condição essencial para haver
obrigação de indemnizar, isto é para que o facto ilícito culposo tenha causado um
prejuízo a outrem, ou por outra, é necessário que haja um prejuízo que uma pessoa
jurídica sofra na sua pessoa ou nos seus bens, simultaneamente17.
3.Contrato de sociedade
Nos termos do art. 980° do CC, o contrato de sociedade é aquele que
duas ou mais pessoas se obrigam a contribuir com bens ou serviços para o exercício em
comum de certa actividade económica, que não seja de mera fruição, a fim de
repartirem os lucros resultantes dessa actividade.18
3.1Partes do contrato de sociedade
12
FRANCISCO, Aeroplano, Direito das obrigações I – fontes e modalidades das obrigações, 1ª edição,
ISM, Maputo, 2011, pág. 19.
13
HOSTER, Henrich Ewald, A parte geral do Código civil – Teoria Geral do Direito Civil, Livraria
Almedina, Coimbra, 1992
14
VARELA, João de Matos Antunes, Direito das obrigações em geral, Volume I, 10ª edição,
reimpressão, Almedina, Coimbra, 2003, pág.530
15
FRANCISCO, Aeroplano, Direito das obrigações I – fontes e modalidades das obrigações, 1ª edição,
ISM, Maputo, 2011, pág.19
16
COSTA, Mário Júlio de Almeida, Ob, Cit, Pág. 514.
17
FRANCISCO, Aeroplano, Ob. cit, Pág. 22.
18
REPÚBLICA DE MOCAMBIQUE, decreto-lei no 47344 de 25 de Novembro de 1966, Código Civil,
(actualizado).
Partes são intervenientes directas, sujeitos activos da relação. É a pessoa
física que por si própria ou devidamente representada, vem ao processo, ao tribunal
formulando a sua pretensão ou contrariando a pretensão de outrem, na defesa dos seus
direitos e interesses protegidos pela lei.19
Assim, podem ser partes em contrato de sociedade por quotas todas as
pessoas: singulares ou colectivas. Dada sua responsabilidade limitada, desaparecem
aqui as prevenções relativas às sociedades em nome colectivo, que apresentam
especificidades no tocante à participação dos cônjuges (art.11⁰do C.Com), ou à
aquisição de posições em sociedades de responsabilidade ilimitada, a autorizar pelo
contrato. A acessibilidade das sociedades por quotas é uma vantagem.20
O Código Comercial é claro, o seu art. 288, fixa um número máximo de
trinta sócios. Nenhum acto que tenha por efeito fazer com que uma sociedade por
quotas tenha mais de trinta sócios produz quaisquer efeitos em relação a sociedade
enquanto não tiver sido transformada, por deliberação dos sócios, em sociedade
anónima. Se o facto determinante de número de sócios passar o limite fixado for mortis
causa, os sucessores poderão requerer ao tribunal que fixe um prazo razoável, sob pena
de dissolução, para ser deliberada a transformação em sociedade anónima. Com base no
n 1 do art. 91 do C.Com, o limite mínimo é de dois sócios, salvo quando a lei exija
número superior ou permita que a sociedade seja constituída por um só socio. Contam
como um só sócio as pessoas singulares ou colectivas, cuja participação for adquirida
em regime de contitularidade. A lei admite sociedade unipessoal por quotas.21
3.2Sociedades como pessoas colectivas
Os seres humanos não se confinam exclusivamente para os fins primários
da sua defesa e da procura do seu sustento. Nas relações entre si existem interesses e
fins humanos exclusivamente individuais e, assim, exequíveis pela singela actuação de
cada um seguindo o direito; pois, este existe para realizar os interesses humanos. A estes
acrescem interesses comuns ou colectivos que são os que dizem respeito a um maior
número de indivíduos, uma massa de homens alargada e “determinada com precisão ou

19
TIMBANE, Tomas, lições de processo civil, Escolar editora, Maputo, 2010, pág.287.
20
CORDEIRO, António Menezes, Manual de Direito das Sociedades II – das Sociedades em especial,
2a Edição, Almedina, Coimbra, 2007, pág. 249.
21
CORDEIRO, António Menezes, Manual de Direito das Sociedades II – das Sociedades em especial, 2a
Edição, Almedina, Coimbra, 2007, pág. 249
dum modo mais ou menos vago, conforme as circunstâncias”22 e interesses permanentes
que são os que se arremessam para além dos limites normais da vida humana.
Como ensina Manuel A. Domingues de Andrade, para a prossecução dos
interesses individuais basta a actividade jurídica, do próprio titular, exercida através da
personalidade singular, mas em relação aos interesses comuns ou permanentes impor-
se-á que a ordem jurídica atribua a personalidade colectiva à uma organização que
integre e coordene os recursos patrimoniais e as actividades pessoais de muitos
indivíduos coexistentes ou sucedâneos no tempo, organização que embora funcionando
através da actividade de determinadas pessoas singulares que lhe servem de órgãos ou
representantes se apresenta “ela própria, na sua unidade ideal, o sujeito das relações
jurídicas correspondentes ao seu escopo - ao interesse visado”.
3.3Sociedade comercial
As sociedades comerciais não serão senão uma derivação das associações
de fim interessado ou egoístico. Aliás, como diz Miguel J. A. Pupo Correia, oriundo do
latim societas, o termo sociedade veio desde o Código Civil Francês, o chamado Código
Napoleónico, a ganhar conotação específica, dado passar a ser considerado como
referência de espécie do género associação. Pois, “tem sido concebida a associação, em
sentido lato, como todos qualquer agrupamento de pessoas reunidas para a realização de
fim comum”23, comportando duas espécies: associações, agrupamento de pessoas de fim
não lucrativo e sociedades agrupamento de pessoas de fim lucrativo.
Já no final do século XIX, as características das tradicionais toarda
comerciais (sociedades em nome colectivo, sociedades em comandita e sociedades
anónimas), não se adequavam, completamente. A transformação que se operavam no
campo comercial, Para muitos homens do dinheiro e os homens de negócios da Europa
impunha-se a formação do outro tipo das sociedades comerciais, embora mantendo-se o
que de cada uma daquelas despertava interesse ao capital24.
Assim, aos já referidos tipos societários acresce a forma que se designou
por sociedades por quotas de responsabilidades limitada, inicialmente, regulada pela Lai
de Abril de 1901, decalcada sobre a lei alemã, de 1892.

MANUEL A. Domingues De Andrade, Teoria Geral da Relação Jurídica, Vol. I, Coimbra, 1974, pág.
22

46.
23

24
ABREU, Jorge Manuel Coutinho De, Curso de Direito Comercial, VOL II, Almedina, Coimbra, 2014,
p. 301
Na sua maleabilidade reside a sua utilidade, bem como a origem da sua
generalização. Porém, não faltam críticas no sentido de que as sociedades por quotas
são um meio através do qual alguns dos seus constituintes evitam as suas
responsabilidades emergentes do exercício da empresa; pois, a coberto da limitação da
Süa responsabilidade, defraudam os interesses com as entidades com que eles contratam
ou financiavam as suas actividades25.
Tal conduz a que nas operações de crédito que lhe são concedidas se
exija a responsabilidade individual dos respectivos administradores ou dos sócios. É o
que acontece quando uma sociedade por quotas beneficia de um empréstimo bancário,
mediante aval ou fiança de um ou de todos aqueles.
Certamente, nestes casos, a responsabilidade não emana do regime da
sociedade, como ocorre nas sociedades em nome colectivo, resulta "da vontade dos
próprios sócios ou administradores da sociedade: do acto jurídico da garantia prestada.
Entre nós, grande parte das sociedades comerciais que se tem constituído
seguem a forma de soledades por quotas, o que continua a demonstrar de que até a sua
revogação pelo actual Código Comercial, a Lai de 11 de Abril estava ao encontro das
nossas solicitações e do desenvolvimento da actividade comercial26.
3.4Noção de sociedade no Código Comercial
De acordo com o artigo 2 do Código Comercial, são empresários
comerciais: a) as pessoas singulares e pessoas colectivas que exercem uma actividade
comercial; b) as sociedades comerciais. Destas espécies de empresários, as sociedades
comerciais são na verdade as que ocupam um lugar de maior relevo, em face da
quantidade de negócios e montantes de capitais que movimentam, bem como da
complexidade do respectivo regime.
O actual Código Comercial não define a sociedade, o que leva a supor a
primeira vista, ter optado pela adopção do conceito de sociedade do artigo 980 do
Código Civil27.
Em todo o caso, indica como condições essenciais para que uma
sociedade se constitua comercial: a) ter por objecto a prática de um ou mais actos de
comércio; b) constituir-se em harmonia com o Código Comercial (Vê-se, pois, que do

25
MARTINS, Alexandre Soveral, Da personalidade e capacidade jurídicas das sociedades comerceia,
Ob, cit., p. 111
26
ABREU, Jorge Manuel Coutinho De, Curso de Direito Comercial, VOL II, Almedina, Coimbra, 2014,
p. 314
27
ABUDO, José Ibraimo, Direito Comercial, UMBB, Maputo, 2009. Pág. 184-187
confronto da noção do referido artigo 980 do Código Civil e do actual Código
Comercial, identificam-se aspectos que revelam § alguma contradição. Porquanto, o
actual Código Comercial:
Abarca tipos distintamente comerciais que transcendem do conceito de I
sociedade que nos é dada pelo artigo 980 do Código Cívil;
Ao estabelecer que são sociedades comerciais as que têm por objecto I a
prática de um ou mais actos de comércio visa acentuar tanto a ligação I existente entre o
conceito de sociedade comercial e a figura dos actos de I comércio, bem como o
afastamento do seio das sociedades comerciais I as sociedades ocasionais cuja
constituição podia ser sustentada por I força do disposto no Código Comercial de 1888
(artigo 104, no 1);
Permite a constituição de sociedade por fusão e por cisão mediante I
constituição (contrato) (artigos 187, no 3, alínea b) e 209), bem como por I
transformação mediante deliberação social que é um negócio unilateral I (artigo 224, no
1, alínea b).
3.5Personalidade Jurídica das Sociedades Comerciais
Como é sobejamente sabido, as pessoas singulares, as chamadas pessoas
físicas (do sexo feminino e do sexo masculino) consideram-se como pessoas em sentido
jurídico, ou seja, adquirem a personalidade jurídica, que consiste na susceptibilidade de
ser sujeito de direitos e obrigações, pura e simplesmente pelo nascimento completo e
com vida (artigo 66.°, n.° 1 do Código Cívil)28.
Por todo o exposto, e considerando que o direito comercial é especial em
relação ao direito privado comum e geral, devendo-se, portanto, na ausência de regras
especiais daquele aplicarem-se as disposições gerais do direito civil, é de concluir que
são sujeitos da relação jurídica comercial, as pessoas singulares (homens e mulheres), as
sociedades comerciais, as sociedades civis sob forma comercial, as pessoas colectivas a
que o direito civil concede personalidade jurídica e as sociedades estrangeiras que
instituam uma representação permanente em Moçambique e cumpram a lei
moçambicana sobre o registo comercial, para não incorrerem na sanções previstas nos
no s 2 e 3 do artigo 8529.

28
MARTINS, Alexandre Soveral, Da personalidade e capacidade jurídicas das sociedades comerceia,
Ob, cit., p. 112.
29
ABUDO, José Ibraimo, Direito Comercial, UMBB, Maputo, 2009. Pág. 103.
3.5.1Capacidade comercial de gozo
As pessoas singulares e colectivas consideradas sujeitos de direitos e
obrigações comerciais, isto é, relativamente às quais o direito atribui personalidade, em
princípio, têm plena capacidade de gozo - medida em que uma pessoa singular ou
colectiva (quer se trate de sociedade comercial ou não) pode ser titular dos direitos
inseridos no quadro de certo sistema jurídico (artigos 67 e 160 do Código Civil)30.
Sendo assim, as pessoas singulares podem ser titulares da totalidade dos
direitos previstos num determinado ordenamento jurídico e as pessoas colectivas dos
necessários para a prossecução dos seus fins, conforme o preceituado pelos artigos 67.°
e 160.°, ambos do Código Civil, todavia, considerando as ressalvas que os mesmos
fazem em relação as restrições estabelecidas por lei.
3.5.2Restrições à capacidade de gozo
As restrições à capacidade de gozo impostas pelo direito comercial,
respeitam essencialmente às pessoas colectivas e aos estrangeiros.
Quanto às pessoas colectivas, importa reter a obrigatoriedade destes
observarem o princípio da especialidade expressamente consagrado no artigo 160 no 1
do Código Civil, segundo o qual “a capacidade das pessoas colectivas abrange todos os
direitos e obrigações necessários ou convenientes à prossecução dos seus fins”. No
sentido deste dispositivo, identificam-se:
O artigo 14 do Código Comercial que impede o exercício da actividade
empresarial as pessoas colectivas que não tenham por objecto interesses materiais e os
impedidos por lei especial;
4. Metodologia
Quanto a metodologia em relação ao método de pesquisa utilizar-se-á o
método documental, cujos fundamentos assentam na discussão do posicionamento do
legislador e modos práticos do aplicador da Lei em relação a matéria em análise.
A legislação e a doutrina permitirão também, tomar conhecimento sobre
a realidade objectiva em matéria da figura do ministério público e o princípio da
igualdade nos processos cíveis. Sendo também uma pesquisa de índole qualitativa, os
seus métodos são múltiplos, interactivos humanísticos que se move entre dedução e
indução. Porém, o assento tónico baseou-se no uso do método indutivo, tendo sido
analisados os aspectos particulares sobre a prisão preventiva
REPÚBLICA DE MOÇAMBIQUE, Decreto – Lei n.o 471344, de 25 de Novembro de 1966 (Aprova o
30

Código Civil).
5.Regime jurídico das sociedades irregulares e suas implicações a luz
do direito comercial Moçambicano
5.1Sociedades irregulares
Sociedades irregulares são sociedades que ainda não concluíram o
processo constitutivo, não estando ainda registadas. Assim sendo, coloca-se quanto a
elas o problema do início da actividade comercial antes do registo31.
Em termos de análise económica levantam a questão da transitoriedade e
período de tempo antes do registo - e falsa transitoriedade actua-se à sombra da lei e não
se regista a sociedade porque não se quer. Para além disto, sendo o processo de
constituição um processo que leva tempo, tornou-se frequente que as sociedades
arranquem com as respectivas actividades económicas antes mesmo de terem concluído
o processo de constituição, o que traz também problemas, sobretudo no campo da
responsabilidade.
Temos quatro modalidades de sociedade irregular:
 Sociedades aparentes
 Sociedades sem forma legal
 Sociedades sem registo
 Sociedades sem publicação
 Sociedades aparentes
Temos uma sociedade aparente quando há uma aparência externa de
acordo de vontades, não havendo nem contrato de sociedade, nem um simples projecto,
nem tão pouco qualquer intenção genuína das partes em se associar. Se apenas há a
aparência, então quer dizer que não há negócio jurídico institutivo. 32 Nestes casos,
quanto à responsabilidade perante terceiros, os sócios são responsáveis solidária e
ilimitadamente pelas dívidas sociais.
“Se dois ou mais indivíduos, quer pelo uso de uma firma comum, quer
por qualquer outro meio criarem a falsa aparência e que existe entre eles um contrato de
sociedade responderão solidária a ilimitadamente pelas obrigações contraídas nesses
termos por qualquer deles”.
31
NUNES, Pedro Caetano, Direito das Sociedades, Universidade Nova de Lisboa, 2018. Pág. 114.
32
COELHO, Fábio Ulhoa. Curso de direito comercial, São Paulo: Ed. Saraiva, vol. 1, 9.a ed., 2005, pág.
74
5.2Sociedades sem forma legal
São sociedades em que as partes celebraram ou se preparam para celebrar
um autentico contrato de sociedade, mas sem a forma legal exigida. Aqui temos negócio
jurídico institutivo, mas sem forma legal33.
Quanto à questão do início da actividade, nota-se que na hipótese de
haver uma sociedade, um acordo quanto à constituição da mesma, mas nem sequer é
celebrado contrato. Estabelece o artigo que “se for acordada constituição de uma
sociedade comercial, mas, antes da celebração do contrato de sociedade, os sócios
iniciarem a sua actividade, são aplicáveis às relações estabelecidas entre eles e com
terceiros as disposições sobre sociedades civis".
5.3Sociedades sem publicação
Uma sociedade comercial cujo contrato observa a forma exigida e foi
registado, mas não foi publicado, tem personalidade jurídica plena, pelo que o problema
que se coloca é apenas ao nível da oponibilidade perante terceiros. Assim, não havendo
publicação dos actos para os quais a mesma é necessária, estes não são oponíveis a
terceiros pela sociedade, salvo se:
 A sociedade provar o seu registo; e
 O conhecimento do mesmo pelo terceiro;
5.4Sociedades inválidas
Sociedades inválidas são sociedades com vícios no negócio constitutivo,
com excepção do vício de forma que se reporta às sociedades irregulares. Distinguem-se
duas situações: aquelas em que há registo, daquelas em que não há registo, sendo que
nas em que após o registo é mais difícil invocar os vícios34.
Face ao exposto, percebeu-se que no ordenamento jurídico moçambicano
não um regime jurídico ou uma lei específica que trata das sociedades comerciais, nesta
senda, aplica-se o regime supletivo do artigo 100º do C.Com. Aplicando-se desta forma
o regime das sociedades civis. Por outro lado, Uma sociedade sem registro na junta
comercial é chamada pela doutrina de sociedade irregular ou "de facto". Alguns autores
adoptam a proposta de Waldemar Ferreira. O qual distingue sociedade irregular de
sociedade "de facto", o referido autor, classifica como sendo sociedade irregular, aquela
que tenha ato constitutivo escrito, embora não o tenha registrado; já a sociedade "de

33
GONÇALVES NETO, Alfredo de Assis. Direito de empresa: Comentários aos arts. 966 a 1.195 do
Código Civil. Revista dos Tribunais. São Paulo. 2008, pág. 138
34
BORBA, José Edwaldo Tavares. Direito societário. 9a ed. Rio de Janeiro: Renovar, 2004, pág. 96-97.
facto" é descrita como sendo aquela que se quer possua ato constitutivo escrito. Diante
do exposto é cabível afirmar que o rigor a distinção nem sempre se aplica, pois ambas
as sociedades, tendo elas atam constitutivo escrito, ou não, estão sujeitas ao mesmo
regime jurídico decorrente da inexistência do registro.
Na verdade, tal distinção só tem peso, quando se fala sobre o cabimento
de acção entre sócios para declarar a existência da sociedade; isso ocorre, pois de
acordo com o art. 987 do Código Civil, o sócio que promover acção alegando a
qualidade de sócio só poderá fazê-lo mediante apresentação de contrato social ou outro
documento escrito, ainda que não registrado. Assim sendo, aquele que integra uma
sociedade irregular poderá pleitear através de acção o reconhecimento da sociedade,
porém aquele que integra uma sociedade "de facto" não o poderá.
5.5Validade dos actos de comércio das sociedades irregulares a luz do
Regime Jurídico Moçambicano
A expressão actos de comércio abrange, para além dos negócios
jurídicos, os simples actos jurídicos e os factos ilícitos, geradores de responsabilidade
extracontratual. Neste contexto, verifica-se que, da leitura do artigo 4o do Código
Comercial emerge a ideia de que certos actos jurídicos, ou seja, certos acontecimentos
juridicamente relevantes são considerados como comerciais. No entanto, a palavra
“acto” deve ser tomada num sentido mais amplo do que o compreendido no seu
significado básico corrente, o da conduta humana, pois aqui ela abrange35:
1. Qualquer facto jurídico em sentido amplo, verificada na esfera das actividades
mercantis e ao qual sejam atribuídas designadamente:
a) Factos jurídicos naturais ou involuntários;
b) Factos jurídicos voluntários, isto é, actos jurídicos, quer lícitos, quer
c) Ilícitos; e
d) Os actos jurídicos podem negócios jurídicos unilaterais, bilaterais ou contractos.
2. Os factos jurídicos isolados ou ocasionais, praticados por comerciantes ou não
de actos comerciais.

ZACARIAS, Augusto, Direito Comercial – Sociedades Comerciais, Volume II, 1ª edição, ISM,
35

Maputo, 2011. Pág.20


5.6A determinação dos actos de comércio no Código Comercial
Moçambicano
O Código Comercial não avança uma definição de acto de comércio, nem
parece possível um conceito unitário. A determinação dos actos de comércio acha-se
prevista nos artigos 4 e 5 do Código comercial. Extrai-se destes artigos, a ideia de que
determinados actos jurídicos, os acontecimentos jurídicos relevantes são classificados
como comerciais. E no art. 4° Código comercial, a expressão “actos de comércio”, é
usada em sentido amplo. Isto é, abarcando vários acontecimentos que consubstanciam
actividades comerciais e por isso assinaladamente efeitos jurídicos comerciais.
Nomeadamente, os factos jurídicos voluntários lícitos ou ilícitos ou ainda simples
negócio jurídico.36
Não há na lei, uma definição, material unitária de acto de comércio.
Portanto, são actos comerciais37:
a) Actos especialmente regulados na lei em atenção as necessidades da empresa
comercial, designadamente o previsto no Código Comercial e os actos 7

análogos;
b) Os actos praticados no exercício de uma empresa comercial.
c) Os actos praticados por um empresário comercial consideram-se tê-lo sido no
exercício da respectiva empresa, se deles e das circunstâncias que rodearam a
sua prática não resultar o contrário, nos termos do artigo 4o do Código
Comercial.
Conclusão
Feitas as analise no âmbito da temática da responsabilidade civil das
sociedades comerciais no contexto Moçambicano, foi pertinente ter em conta alguns
aspectos como considerações finais:
O código comercial Moçambicano previu, de forma expressa, as
sociedades comerciais que são instituídas pelas formalidades legais podendo ser por
quotas, unipessoais, em nome colectivo, em comandita, diferenciando-as em sociedades
por conta de participação e sociedades em comum, sendo que estas últimas são as
tradicionalmente conhecidas sociedades de facto ou irregulares.

36
JÚNIOR, Manuel Guilherme, Manual de Direito Comercial Moçambicano, Vol.1, Escolar Editora,
Maputo, 2013, p.47.
37
Idem. Pág.20-21.
A nossa legislação comercial não diferenciou as sociedades de facto (sem
contrato social) das sociedades irregulares (com contrato não registrado), uma vez que o
divisor de águas, entre a existência fáctica e a jurídica, é o registro precedido de
autorização das entidades legais. Por outro lado, falta de personalidade jurídica não
implica na impossibilidade das sociedades de facto serem sujeitos de relação jurídica,
ou seja, de direitos e deveres na ordem civil. Não obstante, o rigor, a falta de
personalidade jurídica implica apenas na não aplicação do princípio do universitas
distat a singulis. Vale dizer: os sócios respondem de forma solidária, com seus
patrimónios próprios e sem a possibilidade de invocar benefício de ordem, por todos os
haveres das sociedades de facto, devendo o art. 990 ser assim interpretado e, de lege
ferenda, modificado para deixar esta ideia explicitada.
E por último, em relacao a validade dos actos comerciais das
sociedades irregulares, , constatou-se que estas sociedades estão desprovidas da
personalidade jurídica comercial. Logo, em relação actos praticados por estas
sociedades não são consideradas de actos comerciais, como prevê o artigo 4 do CCom
desta forma, se recorre-se o regime das sociedades civis do artigo 100 do Ccom Que
também nos remete aos artigos 980 e ss do CC.
Recomendações
 Criação de um regime específico que possa incluir o regime jurídico que possa
regular as sociedades irregulares, estabelecendo as formas de funcionamento,
situação jurídica, e aspectos de responsabilidade destas sociedades irregulares.
Porque o Código comercial, não traz de forma específica do que seja as
sociedades comerciais irregulares e muito menos, as implicações jurídicas
destas.
 Por outro lado, uma vez que a lei não estabelece de forma clara o tratamento
para as sociedades irregulares, uma das medidas que pode se aplicar é
transformação desta sociedade irregular para sociedade comercial propriamente
dita, que para tal implicaria o registo desta sociedade nas Entidades Legais, uma
vez que as sociedades comerciais existem juridicamente quando estas tiverem
sido registada.
 Estabelecer uma diferenciação pratica ao nível da legislação comercial das
sociedades comerciais por facto, irregulares e as sociedades.
Referencias Bibliografia
Legislação

 REPÚBLICA DE MOÇAMBIQUE, Decreto – Lei no 471344, de 25 de


Novembro de 1966, Aprova o Código Civil, I série – Número 471, de 25 de
Novembro de 1996.
 REPÚBLICA DE MOÇAMBIQUE, Decreto no 2/2005, de 27 de Agosto,
Aprova o Código Comercial, I série – Número 124, de 27 de Agosto de 2005.
Doutrina

 ABREU, Jorge Manuel Coutinho De, Curso de Direito Comercial, VOL II,
Almedina, Coimbra, 2014.
 ABUDO, José Ibraimo, Direito Comercial, UMBB, Maputo, 2009.
 ALMEIDA, António, Sociedades Comerciais, 7.ª ed., Vol. I, Coimbra Editora,
Coimbra, 2013.
 ASCENSÃO, Oliveira de, Direito Comercial, Vol. IV, Lisboa, 1993.
 CORDEIRO, António de Menezes, Da responsabilidade civil de gerentes e
administradores, 1997.
 CORDEIRO, António Menezes, direito das obrigações, Volume II, 1ª edição,
Reimpressão, Associação académica da faculdade de direito de Lisboa, Lisboa,
1980.
 CORDEIRO, António Menezes, Manual de Direito das Sociedades: Das
Sociedades em Especial, 2ª Edição, Revista e Actualizada, Almedina, Coimbra,
2007.
 COSTA, Mário Júlio de Almeida, direito das obrigações, 5ª edição, remodelada
e actualizada, Livraria Almedina, Coimbra, 1991.
 COSTA, Mário Júlio de Almeida, direito das obrigações, 7ª edição, Revista e
actualizada, Livraria Almedina, Coimbra, 1998.
 CUNHA, Paulo Olavo, Lições de Direito Comercial, Almedina, Lisboa, 2010.
 DE ANDRADE, José Carlos Viera, Lições do Direito Administrativo, 5ª edição,
Coimbra, 2017.
 GIL, António Carlos, Métodos e Técnicas de Pesquisa Social, 6ª edição, Editora
Atlas, São Paulo, 2004.
 GIL, Carlos António, Como Elaborar Projecto de Pesquisa, 4a Edição,
São Paulo, Atlas S.A. 2002 Pág. 78.
 HOSTER, Henrich Ewald, A parte geral do Código civil – Teoria Geral do
Direito Civil, Livraria Almedina, Coimbra, 1992.
 JÚNIOR, Manuel Guilherme, Manual de Direito Comercial Moçambicano,
Vol.1, Escolar Editora, Maputo, 2013.
 MARCONI, Marina de Andrade; LAKATOS, Eva Maria, Técnicas de Pesquisa,
7ª edição, Editora Atlas, São Paulo, 2010.
 MARTINS, Alexandre Soveral, Da personalidade e capacidade jurídicas das
sociedades comerciais», in: Estudos de Direito das Sociedades (coord. Jorge
Manuel Coutinho de Abreu), 10.ª ed., Almedina, Coimbra, 2010.

Você também pode gostar