Psicodiagnoìstico Psiìquico
Psicodiagnoìstico Psiìquico
Psicodiagnoìstico Psiìquico
Docente
Módulo
Tema
Pemba
Agosto de 2021
Resumo
ABSTRACT
This paper discusses the place of diagnosis in psychiatry and psychoanalysis, as
well as its effects on the conduct of treatment. In psychiatry, from the history of
diagnostic systematizations, it addresses the elements present in the constitution of
psychopathological conditions. In the field of psychoanalysis, it points out the
difference of this diagnostic approach in relation to psychiatry, through studies by
commentators who have focused on the theme from a Freud-Lacanian perspective.
The diagnosis carries with it the pretension of giving a verdict, stating a truth about
the subject. In the field of health, the diagnostic work is based on observable
variables, in which the regularity, or the repetition of occurrences, determine the type
of interventions, based on a cause/effect relationship. In the structural diagnosis in
Psychoanalysis, knowledge is built along an activity, the therapeutic relationship,
with the emphasis placed on the interaction between two subjects, in which the only
instrument available is the analyst's listening, in the dimension of the analysand's
discourse, to delimit the field of investigation - which is the structure of the subject,
which implies a subjective evaluation. By the way in which one is willing to make a
diagnosis, one can collaborate to deconstruct the psychopathological categories,
and enter the genesis of the formation of processes and the dynamics of clinical
mechanisms. To illustrate this discussion, a clinical case is presented that illustrates
the labeling coming from a diagnosis given in haste. In this sense, the technical-
theoretical reflection discusses the differential diagnosis from the clinical and
psychoanalytic diagnostic construction. It is concluded that the misrecognition of a
diagnosis can lead to clinical management that is not always the best for the patient,
if this cannot be tested and revise.
CAPÍTULO I: INTRODUÇÃO
O presente trabalho tem, como tema, as reflexões, no campo da psicologia,
relacionadas a Psicoterapia Breve na Psicanalítica. O trabalho consiste em uma
revisão bibliográfica, de carácter exploratório, acerca do tema apresentado. Tem-se
como objetivo, conceituar a diferença entre psicodiagnóstico interventivo e
psicoterapia, bem como, o que marca a semelhança entre eles. E isso somente se
tornará viável através da reflexão sobre a prática desses dois processos.
1.1 Objetivos
Objetivo Geral
Objetivos Específicos
3.1. Diagnóstico
1.1.2. . Diferenças
O psicodiagnóstico é um tipo de avaliação psicológica, mas nem todo o processo de
avaliação psicológica é um psicodiagnóstico. A avaliação caracterizada por
propósitos clínicos é chamada de psicodiagnóstico, função exclusiva do psicólogo
que utiliza técnicas e testes psicológicos. É um processo de avaliação psicológica
com uma abordagem clínica. Utiliza outros instrumentos, além de testes, para
abordar dados psicológicos de forma sistemática, científica, orientada para a
resolução de problemas (CUNHA,1993). Psicoterapia é um método de tratamento
de sofrimentos psíquicos, por meios essencialmente psicológicos. Conforme o
procedimento empregado, a psicoterapia procura, ou fazer desaparecer uma
inibição, ou um sintoma incômodo para a paciente, ou recompor o conjunto de seu
equilíbrio psíquico. Os critérios de cura, também, variam conforme o procedimento
psicoterápico e a teoria que lhe serve de base: melhor adaptação familiar e social,
maior liberdade interior e capacidade de ser feliz, conhecimento mais apurado de si,
de seus limites e de suas possibilidades (PAROT, 2007).
É possível definir o que é psicoterapia através de quatro elementos: seus meios,
seu objeto, sua função e suas metas. Portanto, a psicoterapia é um tratamento que
se opera por meio de processos psicológicos. Ela exerce sua ação no quadro da
relação estabelecida entre o paciente e uma pessoa, chamada psicoterapeuta, que
têm uma função psicoterapêutica. A psicoterapia tem como o objeto os conflitos que
se exprimem na vida interior do paciente ou em suas relações com seu meio
ambiente. Ela implica em sua ação um processo de mudança cujo termo final só é
parcialmente previsível (MORO E LACHAL, 2008).
É preciso rever antigas concepções que encaram o psicodiagnóstico apenas como
um referencial para o encaminhamento psicoterápico e consideram que seu valor é
apenas compreensivo, uma vez que a relação com o paciente, mesmo quando
enfocada sob o ângulo da transferência e contratransferência, não pode ser usada
como instrumento de trabalho. Do mesmo modo, é preciso abandonar a ideia de
que o psicodiagnóstico não tem objetivos terapêuticos e empenhar-se em fazer dele
uma prática cujos efeitos sejam terapêuticos ( LOPEZ, 1995).
carácter explicativo sobre os fenómenos psicológicos, cuja finalidade é subsidiar os
trabalhos nos diferentes campos de atuação do psicólogo, como nas áreas da
saúde, educação, trabalho e em outras em que ela se fizer necessária).
Ocorre dentro de um contexto de avaliação que objetiva encontrar respostas sobre
questões psicológicas, por meio de um processo que contempla coleta de dados,
avaliação e análises que respondam a questões propostas, visando à solução de
problemas (Cunha, 2000; Urbina, 2007).
2. DIAGNÓSTICO CLÍNICO
3. O Diagnóstico e a Psiquiatria
A esse respeito, Quinet (2001) aponta que naquele momento havia um sistema de
intercâmbio entre os campos da psicanálise e da psiquiatria, no qual a
psicopatologia pôde prosperar, e onde se podiam encontrar importações conceituais
entre os campos referidos; zonas de confluências metodológicas entre outros
fatores de intercessão. O DSM-I não refletia uma clara separação entre a
normalidade e a patologia; sua pretensão era um consenso terminológico em uma
prática clínica alastrada em várias direções (DUNKER; NETO, 2011a). A produção
do DSM-II (a partir de uma revisão do CID-8 em 1968) é vista como reflexo da
primeira versão, com uma relevante participação da psiquiatria psicodinâmica,
acompanhada da etiologia biológica e das raízes das classificações de Kraepelin. A
sintomatologia não era especificamente apresentada na proposição dos distúrbios.
Os sintomas tinham sua etiologia em conflitos ou reações inadequadas diante das
problemáticas da vida (DUNKER; NETO, 2011a). Houve uma rápida associação da
psiquiatria com outras áreas da medicina, e alguns campos, antes distantes,
tornavam-se fecundos terrenos para a produção de saber e de práticas vinculadas à
disciplina da psiquiatria (DUNKER; NETO 2011b). Já o DSM-III é uma torção de
discurso para o campo da psiquiatria, pois propunha uma visão a-teórica, a-histórica
e a-doutrinária na edificação de suas classificações. Numa anulação das influências
anteriores sobre o processo etiológico e patogênico das doenças mentais, fez-se
enquanto tentativa meramente descritiva, de troca de informação e permissível aos
conformes da ciência empírica (LEITE, 1999).
Assim, para Camargo e Santos (2012), a prática clínica parece se aproximar de uma
técnica habilitada a manusear manuais de classificação e emitir um diagnóstico
associado a uma metodologia terapêutica, hoje de forte tradição farmacológica.
4. DIAGNÓSTICO E A PSICANÁLISE
Nessa perspetiva, Dunker (2011) afirma que em nenhum caso o diagnóstico pode
ser dado como universalidade e particularidade. Trata-se de uma relação entre o
universal e o particular, e não deve, então, ser compreendido como:
[...] uma classificação ou inclusão do caso em sua cláusula genérica, mas
como reconstrução de uma forma de vida (DUNKER, 2011, p. 116).
Quanto a isso Miller (2003) aponta a universalidade como algo que não pode estar
completamente presente no indivíduo. O indivíduo real pode referir e exemplificar
uma classe, ainda que com uma lacuna. Para o autor, a instância da classe num
indivíduo contém um déficit, por isso ele nunca poderá ser um exemplar perfeito.
Referências bibliográficas