Manual Do ACM e ACS - CD - 1.10 V - 03.22

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MANUAL DO

ACM E ACS

CD-1.10
Ministério da Economia
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE

Censo Demográfico 2022

MANUAL DO ACM E ACS

CD-1.10

Rio de Janeiro
2022
MANUAL DO ACM E ACS
CD-1.10

Sumário
1. APRESENTAÇÃO .................................................................................................................... 5
2. INTRODUÇÃO .......................................................................................................................... 6
3. ESTRUTURA ORGANIZACIONAL CENSITÁRIA ................................................................... 7
4. POSTO DE COLETA ................................................................................................................ 8
5. O COORDENADOR CENSITÁRIO DE SUBÁREA (CCS) ...................................................... 9
6. O AGENTE CENSITÁRIO MUNICIPAL (ACM) ....................................................................... 9
6.1. Coordenação dos trabalhos de supervisores e recenseadores ............................... 10
6.2. Supervisão da Pesquisa Urbanística do Entorno dos Domicílios ............................ 10
6.3. Distribuição da Coleta em Mutirão ............................................................................... 11
6.4. Encerramento do Posto de Coleta ............................................................................... 11
6.5. Auxílio à coordenação da Pesquisa de Pós-Enumeração (PPE) .............................. 11
6.6. Atribuições ..................................................................................................................... 11
7. O AGENTE CENSITÁRIO SUPERVISOR (ACS) .................................................................. 14
8. ÉTICA E INTEGRIDADE ........................................................................................................ 18
8.1. Ética profissional: .......................................................................................................... 19
8.2. Integridade ...................................................................................................................... 20
9. GESTÃO DE EQUIPE ............................................................................................................ 26
9.2. Papéis do líder................................................................................................................ 27
9.3. Comunicação .................................................................................................................. 28
9.4. Comunicação assertiva ................................................................................................. 29
9.5. Escuta ativa .................................................................................................................... 30
9.6. Empatia ........................................................................................................................... 31
9.7. Feedback ......................................................................................................................... 32
9.8. Assédio Moral e Sexual ................................................................................................. 33
9.9. Comprometimento com o trabalho .............................................................................. 34
9.10. Planejamento e Organização do Trabalho ................................................................ 35
10. GESTÃO DE MATERIAIS E EQUIPAMENTOS .................................................................. 37
10.1. Gestão de bens móveis ............................................................................................... 37
10.3. Gestão de veículos ...................................................................................................... 39
11. O TRABALHO DO ACS NA ETAPA DE COLETA DAS INFORMAÇÕES ......................... 41
12. RECONHECIMENTO DE SETORES ................................................................................... 42
12.1. Atualização de faces do setor .................................................................................... 42
12.2. Pesquisa Urbanística do Entorno dos Domicílios .................................................... 48
12.2.1.4 Elementos Localizados Em Esquinas .................................................................. 54
13. TREINAMENTO DO RECENSEADOR ................................................................................ 82
13.1. Etapa autoinstrucional ................................................................................................ 83
13.2. Etapa presencial........................................................................................................... 83
13.3. Organização do treinamento ...................................................................................... 85
13.4. O encerramento do treinamento ................................................................................ 88
13.5. Treinamento específico para recenseadores que atuarão em áreas de PCTs ...... 88
14. CONTRATAÇÃO DOS RECENSEADORES ....................................................................... 89
15. PLANEJAMENTO E GESTÃO DO TRABALHO DOS RECENSEADORES ...................... 89
15.1. Distribuição do trabalho e dos setores ..................................................................... 90
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15.2. Fluxo do Trabalho de Coleta ..................................................................................... 108
15.3. Acompanhamento inicial do trabalho do Recenseador ........................................ 110
16. APLICAÇÃO DO PLANO DE SUPERVISÃO .................................................................... 111
16.1. Tipos de falhas que podem ocorrer no Censo Demográfico 2022 ....................... 111
16.2. Relatórios Gerenciais para Acompanhamento da Coleta ..................................... 114
16.3. Indicadores Gerenciais para Acompanhamento da Coleta ................................... 126
17. REALIZAÇÃO DOS PEDIDOS DE SUPERVISÃO ............................................................ 153
17.1. Pedidos de Supervisão em setores rurais .............................................................. 153
17.2. Pedidos de Supervisão em setores urbanos .......................................................... 155
17.3. Trabalho de campo após terceiro pedido de Supervisão ...................................... 156
17.4. Conferência de Percurso/Cobertura ........................................................................ 158
17.5. Reentrevista ................................................................................................................ 161
18. COLETA PELA INTERNET E ENTREGA DE E-TICKET .................................................. 163
19. COMPARAÇÃO ENTRE OS DADOS DO RECENSEADOR E OS DO SUPERVISOR ... 165
20. RECURSOS ALTERNATIVOS DE AVALIAÇÃO .............................................................. 167
21. PONTO ELETRÔNICO – “FUNÇÃO ENCONTRO COM O RECENSEADOR” ............... 168
22. CARGA DO SETOR NO DISPOSITIVO MÓVEL DE COLETA (DMC) ............................. 168
23. ENCERRAMENTO DA SUPERVISÃO .............................................................................. 169
23.1. Restrições para os Pedidos de Supervisão ............................................................ 171
24. SUPERVISÃO COMPLEMENTAR ..................................................................................... 173
24.1. Funcionalidades complementares de Supervisão nos sistemas do Censo
Demográfico 2022 ............................................................................................................... 178
25. CRITÉRIOS PARA O FECHAMENTO DO SETOR NO CENSO 2022 .............................. 182
26. MANUSEIO DO SISTEMA DE SUPERVISÃO................................................................... 184
26.1. Início da operação com tablet .................................................................................. 186
26.2. Confirmar percurso ................................................................................................... 188
26.3. Confirmar Unidades ................................................................................................... 202
26.4. Entrega de E-tickets .................................................................................................. 203
26.5. Confirmar Todos ........................................................................................................ 204
26.6. Fechamento do pedido .............................................................................................. 205
26.4. Procedimentos específicos ...................................................................................... 206
27. FUNÇÕES E PERMISSÕES DO SUPERVISOR NO SIGC ............................................... 209
27.1. SIGC – opção “Administração” ................................................................................ 210
27.2. SIGC – opção “Coleta” .............................................................................................. 212
27.3. SIGC – opção “Supervisão” ...................................................................................... 212
27.4. SIGC – opção “Pagamento” ...................................................................................... 214
28. FUNÇÕES DE SUPERVISÃO NO DMC DO RECENSEADOR. Erro! Indicador não definido.
28.1. Reabrir setor com coleta encerrada pelo Recenseador Erro! Indicador não definido.
28.2. Paralisar setor em andamento .......................................... Erro! Indicador não definido.
29. FECHAMENTO DE SETOR COM QUESTIONÁRIOS PENDENTES ............................... 217
30. FLUXO SIMPLIFICADO DE PROCEDIMENTOS DO ACM ...... Erro! Indicador não definido.
31. FLUXO SIMPLIFICADO DE PROCEDIMENTOS DO ACS ............................................... 218
32. RETORNO AOS DPPO (SUPERVISOR) ........................................................................... 221
33. CONSIDERAÇÕES FINAIS................................................................................................ 224
34. GLOSSÁRIO ....................................................................................................................... 225

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1. APRESENTAÇÃO
2. INTRODUÇÃO ESENTAÇÃO
Prezado Agente Censitário Municipal,

Prezado Agente Censitário Supervisor,

Este manual foi elaborado com o objetivo de orientá-lo à prática de Supervisão das atividades
de campo. Ele será o principal instrumento para o desenvolvimento de seu trabalho. Nele, estão
reunidas as instruções, os conceitos e os procedimentos que lhe serão úteis no
acompanhamento da coleta de dados.

Juntamente com o Manual do Recenseador, este Manual será uma fonte permanente de
consulta durante o seu dia a dia. Além deles, você também contará com o auxílio de um tablet,
que será sua ferramenta de trabalho por excelência.

O tablet lhe dará acesso aos aplicativos do Censo Demográfico 2022 e ao Sistema Integrado de
Gerenciamento e Controle (SIGC), em que poderá registrar os dados referentes aos setores
censitários e recenseadores sob sua responsabilidade.

Tenha um bom trabalho!


O Brasil conta com você e o IBGE lhe agradece antecipadamente.

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2. INTRODUÇÃO

2.
A partir do dia 1º. de junho de 2022, o IBGE realizará o XIII Censo Demográfico, que se
constituirá no grande retrato da população brasileira e das suas características
socioeconômicas. Esse retrato oferecerá, portanto, os dados necessários para todo o
planejamento público e privado da próxima década.
Esta é o único levantamento de dados do IBGE que produz informações para todos os
municípios brasileiros.
O Censo Demográfico, realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), é a
principal e mais completa investigação estatística e territorial do Brasil.

Os agentes censitários supervisor e municipal têm uma participação muito importante na


operação censitária. São eles os responsáveis por supervisionar o trabalho da equipe de
recenseadores que está atuando em uma área e por gerenciar o seu respectivo Posto de
Coleta. Note que o ACM é superior hierárquico do ACS. Ambos trabalham juntos, assegurando
a qualidade dos trabalhos que estão sendo feitos e permitindo que o Censo Demográfico se
transforme em um sucesso.

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3. ESTRUTURA DA ORGANIZAÇÃO
CENSITÁRIA
I
. STRUTURA ORGANIZACIONAL CENSITÁRIA
O Censo Demográfico 2022 constitui uma grande operação estatística, mobilizando milhares de
pessoas desde a fase de planejamento até a divulgação dos resultados.

Para atingir os objetivos da operação, a estrutura organizacional do Censo Demográfico 2022


inspira-se na estrutura que o IBGE já mantém em cada estado: a estrutura da "Unidade
Estadual". A Unidade Estadual representa o Instituto em seu respectivo território.
O esquema a seguir apresenta, para cada estado, os tipos de agentes que atuam na operação,
bem como os locais a que se vinculam:

Estrutura censitária simplificada – Censo Demográfico 2022

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4. POSTO DE COLETA

O Posto de Coleta é o local físico de suporte para a operação censitária. Sendo assim, podemos
definir que o Posto de Coleta é o local estruturalmente preparado para que o Supervisor de um
Recenseador possa acompanhar e avaliar o seu trabalho.

O Posto de Coleta encontra-se sob a gestão do Agente Censitário Municipal (ACM) e serve de
base para a equipe da coleta de dados e da Supervisão. Ou seja, ele é ponto de encontro dos
supervisores e recenseadores durante as operações do Censo 2022.

Embora o gerenciamento do Posto de Coleta seja uma tarefa do ACM, é fundamental que,
desde o início dos trabalhos, todos zelem pela sua organização e conservação, o que inclui o
controle dos equipamentos de informática, do material de escritório, da higiene e limpeza, bem
como do abastecimento de água. Todos devem ser responsáveis pelo ambiente de trabalho,
gerando coletivamente um local adequado ao bom desenvolvimento do trabalho, em seus
processos e relações típicas.
Todos os postos de coleta contarão com equipamentos de informática como laptop, roteador,
filtro de linha, equipamentos de coleta e acessórios.
O Sistema Integrado de Gerenciamento e Controle (SIGC) é o principal instrumento utilizado
pelo ACM para gerenciar o Posto de Coleta. Em formato digital, o Manual do SIGC poderá ser
encontrado no laptop do Posto de Coleta e nos tablets utilizados pelos Supervisores.
O Posto de Coleta deve ser organizado seguindo as orientações de um dos coordenadores da
operação, que estão acima do ACM e do ACS: o Coordenador Censitário de Subárea (CCS).

Cartaz de Posto de Coleta durante o Censo Agro 2017, promovido pelo IBGE.

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5. O COORDENADOR CENSITÁRIO DE SUBÁREA


(CCS)

O Coordenador Censitário de Subárea (CCS) coordena a operação censitária em uma grande


área, denominada de Subárea. Ele gerencia o trabalho das equipes de coleta que atuam em
seu território, formadas por ACMs, ACSs e recenseadores (conforme se pode ver na estrutura
organizacional do Censo 2022).

A Subárea corresponde a um grupo de municípios, a um único município de grandes


proporções ou a parte de um município ainda maior subdividido em subáreas. Além disso, ela
costuma estar dentro da área de atuação de uma Agência de Coleta do IBGE. A Agência de
Coleta é uma estrutura fixa, utilizada também fora de censos e operações temporárias.

O recorte territorial da Subárea é definido por critérios operacionais, tais como: quantidade de
domicílios, população, condições de acesso e características específicas (regiões de
comunidades, unidades de conservação, Povos e Comunidades Tradicionais, aglomerados
subnormais, assentamentos rurais etc).

Durante o Censo, algumas estruturas temporárias são instaladas dentro da Subárea, para
gerenciar a operação: os Postos de Coleta. O CCS fica, então, responsável por todos os
Postos de Coleta de sua Subárea.

6. O AGENTE CENSITÁRIO MUNICIPAL (ACM)

O ACM é o gestor do Posto de Coleta. Durante todo o trabalho do Censo Demográfico 2022,
fará a gestão dos recursos humanos e materiais do Posto para se obter êxito na coleta de
dados.

Isto é, além de instalar o Posto e zelar por seus equipamentos, o ACM administra uma equipe
de supervisores e recenseadores, acompanhando e orientando a coleta de dados dos
municípios de sua abrangência.

Ele utiliza como ferramenta de apoio o Sistema Integrado de Gerenciamento e Controle (SIGC).
O ACM é o responsável direto pela qualidade dos trabalhos de sua equipe.

As suas tarefas envolvem os seguintes eixos:

1. Instalação e gestão do Posto de Coleta

2. Coordenação dos trabalhos de Supervisores e Recenseadores;

3. Supervisão da Pesquisa Urbanística do Entorno dos Domicílios.;

4. Auxílio à coordenação da Pesquisa de Pós-Enumeração (PPE); e

5. Executar, se necessário, o trabalho dos Supervisores e Recenseadores.

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6.1. Coordenação dos trabalhos de supervisores e recenseadores


Para acompanhar e orientar a sua equipe de supervisores e recenseadores, enquanto realizam
a coleta de dados, o ACM deverá conhecer bem a região de abrangência de seu Posto de
Coleta. Isto é, as áreas de trabalho, municípios e setores censitários que fazem parte do Posto.

O ACM deve consultar os mapas disponíveis no Posto de Coleta e os relatórios, no SIGC,


guiando-se pelas seguintes orientações:

▪ observar bem cada mapa a fim de conhecer os limites de cada setor;


▪ conhecer os setores que pertencem às áreas urbanas e rurais;
▪ identificar e analisar as informações contidas em cada mapa;
▪ localizar-se espacialmente neste conjunto de setores; e
▪ identificar se sua área de trabalho possui setores indígenas e quilombolas.

É importante que o ACM converse com o Coordenador Censitário de Subárea (CCS) para
dirimir as suas dúvidas e estudar com ele as características de cada setor que o seu Posto de
Coleta abrange. O ACM distribuirá esses setores entre os Supervisores que ele acompanha.
Há muitas vantagens em designar setores próximos a um Supervisor:

▪ facilita a correção de possíveis inconsistências;


▪ otimiza o tempo de locomoção, já que evita grandes deslocamentos entre um
setor e outro;
▪ diminui eventuais despesas de locomoção;
▪ facilita a identificação de possíveis invasões ou omissões de trechos de setores
vizinhos;
▪ permite aos Supervisores a comparação do trabalho de seus recenseadores
durante a coleta; e
▪ agiliza a identificação de problemas típicos de uma determinada região.
Note que há alguns setores que são designados a um trabalho complementar, o da Pesquisa
Urbanística do Entorno dos Domicílios. Neles, os Supervisores (ACS) do Posto, além de seu
trabalho regular de supervisionar os Recenseadores, farão, eles mesmos, a pesquisa do
Entorno. O ACM deve levar isso em consideração ao distribuir os setores entre os Supervisores
(ACS).

6.2. Supervisão da Pesquisa Urbanística do Entorno dos Domicílios


A Pesquisa Urbanística do Entorno dos Domicílios (“Pesquisa do Entorno” ou “Entorno”) é um
levantamento de informações realizado por observação durante o Censo Demográfico e tem
como objetivo fornecer um panorama da infraestrutura urbana do País, considerando temas
como acessibilidade, circulação, equipamentos públicos e meio ambiente.
A Pesquisa Urbanística do Entorno dos Domicílios será realizada pelos ACS logo após o
período de treinamento. A coleta dos dados desta pesquisa durará duas semanas. Ao ACM,
cabe a Supervisão desse trabalho (e, por vezes, a execução).

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Nos setores de PCT (Povos e Comunidades Tradicionais), a Pesquisa Urbanística do Entorno


dos Domicílios será realizada após a coleta dos dados pelos recenseadores, em virtude de a
metodologia de abordagem e coleta ser diferenciada para esses setores.

6.3. Distribuição da Coleta em Mutirão


A coleta em mutirão é um procedimento utilizado em situações específicas, que exigem que um
setor seja recenseado simultaneamente por mais de um Recenseador. Este procedimento pode
ser indicado pelo CCS antes ou durante o período de coleta, caso haja necessidade. O ACM
(ou um ACS), designado por ele, será o responsável pelo setor de mutirão. A Coleta em
Mutirão dispõe de um material específico de orientação, que deve ser estudado previamente à
preparação da coleta de um setor censitário nesta modalidade: uma apostila, uma
apresentação de slides e dois vídeos.

6.4. Encerramento do Posto de Coleta


Ao finalizar o trabalho no Posto de Coleta, o ACM não deve ter sob sua guarda nenhum
equipamento, seja do Recenseador, seja do Supervisor.
Há uma listagem de distribuição e devolução de equipamentos de coleta, que deve ser
preenchida, com as respectivas datas, no início e no final. Ela deve ser assinada pelo ACM e
pelo Coordenador Censitário de Subárea (CCS).
Além dessa listagem, toda a documentação relativa aos recenseadores deverá ser entregue ao
Coordenador Censitário de Subárea (CCS), devidamente organizada.

6.5. Auxílio à coordenação da Pesquisa de Pós-Enumeração (PPE)


Durante a coleta do Censo, alguns recenseadores poderão ser requisitados para o trabalho na
coleta da Pesquisa de Pós-Enumeração (PPE). Essa pesquisa é uma espécie de controle de
qualidade do Censo. É importante saber que a quantidade de domicílios selecionados pela
PPE é pequena e, portanto, esse deslocamento dos recenseadores não deve gerar impacto na
coleta do Censo.

É função do ACM cooperar com a coordenação da Pesquisa de Pós-Enumeração em alocar o


Recenseador do Censo nessa nova empreitada, de acordo com os procedimentos estipulados
no Manual da PPE.

6.6. Atribuições
Para fins de detalhamento, listaremos as atribuições do ACM abaixo. Não se assuste! Em
breve, você irá se sentir à vontade quanto à operação – sobretudo quando começar o seu
trabalho no dia a dia.

▪ instalar, organizar e zelar pelo Posto de Coleta, adotando providências para


garantir o seu adequado funcionamento;

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▪ comprometer-se com a distribuição dos equipamentos eletrônicos (DMC -


Dispositivos Móveis de Coleta, tablets, baterias, carregadores, memórias etc.)
de uso próprio e de sua equipe, sob correto controle e após correta guarda;
▪ assumir e repassar, quando necessário, a responsabilidade pela segurança e
uso adequado dos equipamentos;
▪ manter contato com autoridades, instituições públicas ou privadas e associações
comunitárias, quando solicitado pelos superiores hierárquicos, visando obter
apoio para a realização dos trabalhos;
▪ distribuir, junto ao CCS, as áreas de atuação de cada Supervisor e seus
respectivos setores censitários, de acordo com as instruções estabelecidas;
▪ supervisionar a coleta da Pesquisa Urbanística do Entorno dos Domicílios,
usando as ferramentas disponíveis no SIGC para verificar casos de possíveis
divergências ou falhas de cobertura;
▪ organizar e executar, com os agentes censitários Supervisores, o treinamento
dos Recenseadores, atuando inclusive como instrutor, caso necessário;
▪ garantir que todos os Supervisores em cuja área de trabalho houve registro de
ocorrência de povos e comunidades tradicionais participem do dia específico de
treinamento de Povos e Comunidades Tradicionais - PCTs;
▪ providenciar para que os mapas das áreas pesquisadas sejam afixados em local
visível no Posto de Coleta;
▪ garantir que os mapas de setores de Terras Indígenas (MTIs) e de Territórios
Quilombolas (MTQs) estejam disponíveis para os Supervisores no Posto de
Coleta em cujas áreas de trabalho houve registro de ocorrência de povos e
comunidades tradicionais;

▪ garantir que os folders “Brasil Indígena” estejam disponíveis para os


▪ Supervisores no Posto de Coleta em cujas áreas de trabalho houve registro de
ocorrência de povos e comunidades tradicionais;
▪ realizar a contratação dos recenseadores e adotar as providências necessárias
para prorrogação de contratos, junto aos Agentes Censitários Supervisores
(ACS);
▪ conhecer a área geográfica e os Setores Censitários de seu município ou área
de trabalho;
▪ orientar os trabalhos das equipes de campo sob sua Supervisão;

▪ realizar carga e descarga dos equipamentos dos Recenseadores, quando


necessário;
▪ exercer a função de Supervisor nos municípios onde a estrutura censitária
contar com apenas um Supervisor (nesse caso, o ACM deve acumular a
função);
▪ designar Supervisores a coletas especiais, quando existirem no município;
▪ efetuar o retorno aos domicílios permanentes particulares ocupados sem
entrevista e a sua respectiva coleta de dados, quando determinado por seus
superiores;

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▪ coordenar todas as atividades censitárias em seu município ou área de atuação,


obedecendo às instruções técnicas, operacionais, administrativas e de
informática estabelecidas nos manuais e normas vigentes;
▪ supervisionar o desenvolvimento dos trabalhos dos supervisores e
recenseadores em seu município ou área de atuação, mantendo a equipe
atualizada quanto aos procedimentos e normas vigentes;
▪ relatar ao Coordenador Censitário de Subárea (CCS) ocorrências que possam
prejudicar o andamento dos trabalhos ou a qualidade dos dados coletados, a fim
de que sejam adotadas medidas corretivas;
▪ operar os sistemas informatizados quando determinado por seus superiores
hierárquicos;
▪ acompanhar e controlar a execução da coleta de dados em seu município ou
área de atuação, de cada Agente Censitário Supervisor, fazendo uso dos
relatórios do SIGC e de outros instrumentos de controle disponíveis, a fim de
verificar se o andamento dos trabalhos atende aos prazos estabelecidos e ao
padrão de qualidade determinado. Se necessário, adotar providências
corretivas;
▪ divulgar o Censo Demográfico 2022 em toda a sua área de atuação, de acordo
com as instruções recebidas de seus superiores hierárquicos;
▪ participar de reuniões de planejamento e acompanhamento do Censo
Demográfico (REPAC), a convite do Coordenador Censitário de Subárea (CCS),
auxiliando-o inclusive na formulação dos convites;
▪ auxiliar os recenseadores e Supervisores na solução dos casos de recusa ou
resistência de informantes em atendê-los;
▪ transcrever e transmitir dados em laptop, Dispositivo Móvel de Coleta e tablet,
emitir relatórios e executar os procedimentos de segurança (backups diários e
recuperação do sistema);
▪ zelar para que o sigilo das informações não seja quebrado, alertando a sua
equipe que o infrator sofrera as penalidades legais;
▪ executar as tarefas definidas nos manuais técnicos e operacionais e outras que
lhe forem determinadas por seus superiores hierárquicos;
▪ manter organizada toda a documentação administrativa que envolver a
operação do Censo no Posto de Coleta;
▪ cobrar o retorno dos recenseadores aos domicílios em que não realizaram
entrevistas (por algum impedimento);
▪ encerrar o Posto de Coleta; e
▪ auxiliar a coordenação da Pesquisa de Pós-Enumeração (PPE).

Atenção
A data de referência do Censo Demográfico é à meia-noite de 31 de
julho para 1º de agosto de 2022. Sendo assim, várias perguntas que
constam no questionário devem ser respondidas considerando esse corte
no tempo.

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7. O AGENTE CENSITÁRIO SUPERVISOR (ACS)

O Agente Censitário Supervisor (ACS) é um elo entre aqueles que coletam as informações e o
ACM. O seu trabalho é essencial ao processo de coleta do Censo.

A principal função do Supervisor é acompanhar, avaliar e, sobretudo, orientar os


recenseadores durante a execução dos trabalhos de campo. Assim, eles evitarão erros no
preenchimento dos questionários e falhas na cobertura do setor, como inclusão indevida e
omissão de pessoas e domicílios.

O ACS exerce as tarefas de Supervisão da operação censitária, executando também tarefas


de informática e tarefas administrativas, como renovação de contratos, avaliação de
recenseadores etc. Está subordinado ao Agente Censitário Municipal (ACM).

O ACM é quem irá orientar o ACS para a correta execução de seu trabalho. O ACS deve se
reportar a ele sempre que houver qualquer dúvida ou problema que comprometa a realização
de suas tarefas.

Para que tudo isso ocorra da melhor forma possível, é importante que o ACS saiba quais são
as suas atribuições. Observe abaixo atribuições do Supervisor, em detalhes. Mas não se
assuste! Você irá se familiarizar aos poucos com os conceitos da operação.

▪ Executar a coleta da Pesquisa do Entorno em período anterior à coleta


presencial que será realizada pelo Recenseador, nos setores sob seus
cuidados. Essa etapa é importante, também, para reconhecimento dos
aspectos de mobilidade e logística desses setores.

▪ Para os setores em Aglomerados Subnormais (AGSN), verificar no sistema


disponível as condições de adensamento, segurança/contato, mobilidade e
logística;
▪ Executar a coleta da Pesquisa do Entorno em período posterior à coleta
presencial que será realizada pelo Recenseador, nos setores PCT sob sua
responsabilidade;
▪ Acompanhar a coleta de dados através de contatos com os recenseadores e
fazendo uso do Sistema Integrado de Gerenciamento e Controle (SIGC),
garantindo a perfeita cobertura da área territorial, o cumprimento dos prazos de
coleta e a qualidade das informações coletadas;

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MANUAL DO ACM E ACS
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▪ Acompanhar os recenseadores no início do trabalho de campo, esclarecendo as


dúvidas quanto à identificação dos limites dos Setores Censitários e percursos,
visando à cobertura correta de suas áreas de trabalho;
▪ Prestar suporte ao uso do equipamento de coleta em campo;
▪ Auxiliar os recenseadores na solução dos casos de recusa/resistência de
informantes em atendê-los, inclusive se responsabilizando por novas
abordagens aos domicílios nos quais haja recusa/resistência, a fim de que se
possa efetivar a reversão da recusa e a coleta do questionário;
▪ Fazer uso diário dos relatórios disponíveis no SIGC e adotar as providências
necessárias para corrigir as falhas observadas;
▪ Cobrar o retorno dos recenseadores nos domicílios onde não tiver havido a
possibilidade de realizar as entrevistas;
▪ Executar as tarefas de Supervisão do percurso e cobertura, além de
reentrevistas, seguindo as rotinas definidas neste manual;
▪ Fornecer justificativas aos pontos de crítica, levantados pelo relatório “Resumo
do Setor”.
▪ Realizar as devidas análises para o encerramento do trabalho nos Setores
Censitários concluídos no equipamento do Recenseador, conforme estabelecido
neste manual;
▪ Avaliar as indicações de possíveis alterações registradas pelo ACM nos mapas
municipais e tomar as devidas providências em conjunto com seu coordenador
de subárea (CCS);
▪ Efetuar o retorno aos Domicílios Permanentes Particulares Ocupados sem
entrevista, efetuando a coleta de dados, quando determinado por seus
superiores
▪ Fazer a entrega dos e-tickets nos Domicílios Particulares Permanentes
Ocupados sem entrevista realizada para preenchimento pela internet.
▪ Analisar o plano de coleta em aglomerados subnormais, atentando para as
especificidades de acesso onde há restrição de segurança, áreas com ocupação
adensada e logística especial interna de coleta.

Além das atribuições vistas anteriormente, existem algumas adicionais quando o Supervisor for
trabalhar em áreas de Povos e Comunidades Tradicionais (PCTs):

Fase de preparação para áreas de PCT

▪ Realizar coleta de entorno em período posterior à coleta de dados efetuada


pelo Recenseador. Em setores de PCTs esta pesquisa só pode ser realizada
após a realização dos procedimentos de abordagem descritos no Manual do
Recenseador PCT, capítulo 4, e contando com a presença do(s)
Recenseador(es) que vão trabalhar nesses territórios. Esses territórios podem
ser:
▪ Terras Indígenas;
▪ Territórios Quilombolas Oficialmente Delimitados;
▪ Agrupamentos Indígenas;

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▪ Agrupamentos Quilombolas, independentemente de sua localização em


áreas rurais ou urbanas; ou
▪ Agrupamentos indígenas e quilombolas localizados nas Áreas de
Interesse Operacional (AIOs) (estes eventualmente).

▪ Analisar o plano de coleta em áreas de Povos e Comunidades Tradicionais


▪ (PCTs), prestando especial atenção às áreas de trabalho com períodos rituais
de interdição de circulação ou períodos que acarretem ausências de parte da
comunidade de seus territórios.
▪ Verificar, antes de autorizar o início da coleta, se todos os quesitos de abertura
restrita e diferenciada em setores de PCTs estão funcionando nos DMCs dos
Recenseadores.
▪ Analisar os mapas de setores de TI (MTIs) e os mapas de setores de TQ
(MTQs) em sua área de atuação e se apropriar dos relatórios produzidos pelo
coordenador de base territorial, pelo coordenador de CNEFE e pelos
coordenadores estaduais de apoio à coleta para orientar o planejamento de
coleta. Organizar as informações para passar aos Recenseadores.
▪ Estimar, com base no plano de coleta, a necessidade de pagamento de guias e
monitorar o uso e prestação de contas.
▪ Apropriar-se da Ordem de Serviço (OS) de indenização dos guias de PCTs e
estrangeiros.
▪ Usar a listagem de estabelecimentos de educação e saúde em áreas PCT para
apoio ao planejamento da coleta dos Recenseadores.

Atenção
Em nenhum momento, o Supervisor pode acessar territórios de povos
indígenas ou comunidades quilombolas antes de realizar os procedimentos de
abordagem descritos no capítulo 4 do Manual do Recenseador PCT. Esses
procedimentos precisam ser feitos com a presença do(s) Recenseador(es) que
vai (vão) trabalhar nesses territórios.

Fase de coleta e Supervisão em áreas de PCT:

▪ Garantir que o percurso e a cobertura da coleta em áreas de PCTs sejam


realizadas observando-se os critérios de abordagem, percurso e coleta definidos
na metodologia específica, disposta nos manuais de treinamento,
principalmente, no Manual do Recenseador PCT.
▪ Realizar reuniões periódicas com o Coordenador Censitário de Subárea (CCS)
para avaliar cobertura e previsão de término das áreas de PCTs.
▪ Solicitar e manter controle rigoroso das solicitações de indenização de guias
comunitários indígenas e quilombolas, de guias-intérpretes e ajuda de
locomoção.

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MANUAL DO ACM E ACS
CD-1.10

▪ Monitorar a cobertura e qualidade da coleta via relatórios de PCTs no SIGC e se


a produtividade está adequada com o plano de coleta.
▪ Reportar ao coordenador de subárea (CCS) os problemas que impeçam a coleta
em alguma área de PCTs e alimentar a base de dados de apoio operacional de
PCTs com essas informações.
▪ Realizar as devidas análises para o encerramento do trabalho nos Setores
Censitários concluídos no equipamento do Recenseador, conforme estabelecido
neste manual, incluindo a reunião de encerramento de coleta em áreas de
PCTs.

Todas as atribuições acima listadas devem ser cumpridas com organização, vigor e ética
profissional.

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MANUAL DO ACM E ACS
CD-1.10

8. ÉTICA E INTEGRIDADE
Não começamos éticos, a ética não é ponto de
partida, mas ponto de chegada. Por não
começarmos éticos, vivemos crises, dificuldades e
impasses. É preciso que, enquanto coletividade,
lutemos para minimizá-los, pondo nossos ideais
em prática1.

É lugar-comum ouvirmos frases como: a ética é muito importante ou precisamos ser mais
éticos.

Mas o que é exatamente “ética”?

Todos os dias somos envolvidos em situações que nos exigem tomar decisões: devolver o
troco extra ou não; denunciar uma infração ou fazer “vista grossa”; usar canudos plásticos ou
não; namorar esta ou aquela pessoa. Elas surgem quando estamos a caminho do trabalho, no
mercado, no transporte público, na convivência familiar, nas redes sociais...

As ações que praticamos em nossas vidas têm consequências: boas ou más.

Não é verdade? Dependendo da forma com que lidamos com cada situação, obtemos, no final
das contas, resultados positivos ou negativos.

Segundo o filósofo Paul Ricoeur, a ética tem como busca original:

“A vida boa, com o outro e para o outro, dentro de instituições justas” 2

Pensar sobre nossas ações é uma tarefa cotidiana. Ela envolve refletir sobre o que pode ser
melhor para o outro e para o coletivo, por vezes acima de interesses individuais. Pensar dessa
maneira constitui uma regra de pensamento e um agir ético, em busca de uma sociedade mais
justa.

A reflexão ética propõe que bons princípios podem nos ajudar a prever melhor as nossas
ações. Eles nos deixariam sempre preparados para lidar com situações adversas que
extrapolam “receitas de bolo” ou orientações de um manual.

Por exemplo, no seu dia a dia de trabalho, você, como Supervisor, poderá se deparar com
situações difíceis no trato com as pessoas que estão sob a sua responsabilidade, ou dentro da
tomada de decisões que caracteriza a sua função como gestor. Você deverá estar preparado, e
procurar resolvê-las.

1
Adaptação de excerto de MARCONDES, Danilo. Crise da Ética e Sociedade Brasileira.
Estadao.com.br. São Paulo, 03 de maio de 2017. Disponível em: < https://politica.estadao.com.br/blogs/fausto-
macedo/crise-da-etica-esociedade-brasileira/ >. Acesso em: 30/07/2019.
2
RICOEUR, Paul. Soi-même comme un autre. Paris: Seuil, 1990 apud. PEREIRA, Luís. Paul Ricoeur, o
Caminho da Sabedoria Prática. Diacrítica, Braga, v. 26, n. 2, p. 470-489, 2012. Disponível em
<http://www.scielo.mec.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S080789672012000200027&lng=pt&nrm=iso>. Acesso em:
30 de julho de 2019.

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MANUAL DO ACM E ACS
CD-1.10

Por isso, por meio da ética, cada ser humano que vive em grupo carrega uma responsabilidade
compartilhada pelo bem-estar de todos.

No IBGE, cada agente que o compõe tem a oportunidade de contribuir para um serviço de
grandes proporções em favor do interesse social. Para desempenhar uma boa contribuição por
meio de seu agir, os agentes públicos têm à disposição um outro princípio essencial além da
ética: a integridade. Esse princípio rege relações e procedimentos dentro de um órgão público
para preservá-lo especificamente da corrupção.

8.1. Ética profissional:


O IBGE oferece a seus agentes públicos um código de ética profissional, para orientá-los a agir
eticamente em seu dia a dia. O agente ibgeano deve:

▪ Zelar pela qualidade dos processos de produção das informações oficiais,


adotando critérios de boas práticas tanto nas atividades finalísticas quanto nas
atividades de apoio.
▪ Agir com dignidade, decoro, zelo, eficácia, eficiência e consciência dos
princípios morais, seja no exercício do cargo ou função, seja fora de seu âmbito.
Por exemplo, constitui falta de zelo com a Instituição causar dano a qualquer bem pertencente
ao patrimônio público, deteriorando-o, por descuido ou má vontade.

Entende-se por agente público:

“Todo aquele que por força de lei, contrato ou qualquer ato jurídico preste serviços de
natureza permanente, temporária, excepcional ou eventual, ainda que sem retribuição
financeira, a órgão ou entidade da Administração Pública Federal direta e indireta” (art.
19, parágrafo único, da Resolução R.PR nº 06/2013, que institui e aprova o Regimento
Interno da Comissão de Ética do IBGE).

O agente público deve trabalhar em harmonia com a estrutura organizacional, respeitando seus
colegas e cada concidadão, colaborando para o cumprimento das atividades da Instituição. A
cortesia, a boa vontade, o cuidado e o tempo dedicados contribuem para a boa prática
profissional. Tratar mal uma pessoa significa causar-lhe dano moral.

Atenção
Ter ética profissional é ponderar sobre as ações realizadas no exercício de
uma profissão. Esta reflexão deve anteceder a prática profissional, ou seja, ela
deve orientar o que devemos fazer e como devemos fazer.

O Censo, como qualquer operação, para ser bem executado, não depende apenas das boas
orientações que o Instituto fornece a seus colaboradores; mas também do empenho e da
conduta que estes demonstram e “transferem” para o seu trabalho.

Como Supervisor de uma equipe, o agente do IBGE deverá procurar ser o exemplo para
aqueles que lidera. A forma como se relaciona com os recenseadores e com os diversos
agentes na estrutura da operação de Censo exercerá grande influência na qualidade das

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MANUAL DO ACM E ACS
CD-1.10

relações estabelecidas no ambiente de trabalho e na própria qualidade dos resultados obtidos.


Um tratamento profissional, seguro, respeitoso – enfim, ético – com sua equipe é muito
importante. E terá reflexos, inclusive, na forma como você e os recenseadores estabelecerão
contato com os informantes.

O Código de Ética Profissional do IBGE funciona como um documento de referência para todos
os agentes públicos a serviço da instituição. A partir de sua leitura e análise, será possível uma
melhor reflexão sobre a conduta a ser adotada em cada situação.

8.2. Integridade
A busca pela promoção de uma cultura ética e íntegra nas organizações públicas e privadas
tem sido uma preocupação, não só no Brasil, como no mundo... Mas o que é integridade?

A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) esclarece que a


integridade pública tem por objetivo “proteger o interesse público sobre interesses privados e
dar-lhe prioridade sobre estes no âmbito do setor público”, por meio da “conformidade e adesão
coerente a valores éticos, princípios e normas comuns”3.

De maneira complementar, o Ministério da Economia caracteriza a integridade como o princípio


da governança pública que previne e remedia práticas de corrupção nas instituições públicas.
Isto é, fraudes, irregularidades e desvios éticos e de conduta – das quais são exemplos a
manipulação de dados/informações e o extravio de recursos materiais 4. As quebras de
integridade afetam o governo, as empresas, e as pessoas5. De que maneira?

Os governos:

▪ minando a democracia e o estado de direito;


▪ prejudicando o desenvolvimento em geral;
▪ provocando a desmoralização e a perda de confiança no governo e nas
instituições públicas; e
▪ aumentando os custos e reduzindo a qualidade dos serviços públicos.

As empresas:

▪ distorcendo o mercado e desestimulando os investimentos;


▪ aumentando os custos das empresas;
▪ reduzindo a produtividade; e
▪ empurrando empresas para a informalidade.

As pessoas:

3
OCDE – Organisation de coopération et de développement économiques. Recommandation Integrité Publique.
Disponível em: http://www.oecd.org/gov/ethics/Recommandation-integrite-publique.pdf . Acesso em: 27 de janeiro de
2020. Tradução livre.
4
Cf. Portaria Nº 239, de 23 de maio de 2019.
5
Cf. Fundamentos da Integridade Pública – Prevenindo a Corrupção – Escola Superior do Tribunal de Contas da
União.

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MANUAL DO ACM E ACS
CD-1.10

▪ piorando a qualidade de vida e perpetuando a pobreza;


▪ arruinando carreiras e reputações;

▪ negando acesso a serviços básicos; e

▪ gerando sentimento de desilusão.

Como agentes públicos, é fundamental que saibamos como as ações gerenciais de controle
norteiam as nossas atividades. Ações que primam pela ética, integridade pública e
transparência.

O IBGE, conhecedor do papel relevante que exerce para a sociedade, vem elaborando uma
série de medidas para o fortalecimento da integridade institucional visando ao alcance de seus
objetivos e de sua missão: "Retratar o Brasil com informações necessárias ao conhecimento de
sua realidade e ao exercício da cidadania."

Uma quebra de integridade muito delicada para o IBGE é o uso indevido ou manipulação de
dados/informações na operação censitária.

São exemplos de uso indevido ou manipulação de dados/informações:

▪ Acesso ou concessão de acesso indevido aos dados e informações, inclusive


com uso de persuasão e eventual ingenuidade dos usuários;
▪ Acesso ou concessão de acesso a dados ou informações restritas para uso ou
divulgação indevida; e
▪ Manipulação e alteração de dados e informações em benefício próprio ou de
terceiros.

Atenção
A lei federal nº 5.534/1968, modificada pela Lei federal nº 5.878/1973 e
regulamentada pelo Decreto nº 73.177/1973, assegura aos informantes das
pesquisas realizadas pelo IBGE o SIGILO das informações prestadas

8.2.1. Atos Ilícitos e Desvios de Conduta – Quebra de Integridade


Na perspectiva do indivíduo podemos conceituar integridade como "a qualidade daquele que se
comporta da maneira correta, honesta e contrária à corrupção" 6. Quando algum ilícito é

6 SEBRAE. Integridade para pequenos negócios: construa o país que desejamos a partir da sua
empresa, 2017. Disponível em <https://m.sebrae.com.br/Sebrae/Portal%20Sebrae/Anexos/
Integridade%20para%20pequenos%20neg%C3%B3cios.pdf>. Acesso em: jul./2020.

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MANUAL DO ACM E ACS
CD-1.10

cometido, há uma quebra de integridade. É dever de todo agente público, ao presenciar alguma
irregularidade, denunciar.

Vejamos a seguir alguns conceitos.

8.2.1.1. Corrupção
Segundo a organização Transparência Internacional, a corrupção é definida como o abuso do poder
confiado para ganhos privados7 . Este abuso de poder envolve a prática de atos ilícitos ou
ilegítimos de forma deliberada ou intencional, e é caracterizado pela quebra de confiança por
parte do agente que comete o ato. Pode envolver agentes públicos ou privados.

O ganho privado, ainda que seja, geralmente, de ordem econômica, pode ser de qualquer
natureza, inclusive a fuga de uma obrigação; e pode ser destinada ao agente que comete o
abuso de poder ou a um terceiro8 . A corrupção é um grave problema no país e no mundo, pois
dificulta a boa aplicação dos recursos financeiros e o progresso, sendo necessários todos os
esforços para combatê-la. A Integridade pública é uma resposta estratégica neste combate.

8.2.1.2. Fraude
Pela norma ISA 240 da International Auditing and Assurance Standards Board (IAASB) 9, fraude
é um “ato intencional praticado por um ou mais indivíduos, entre gestores, responsáveis pela
governança, empregados ou terceiros, envolvendo o uso de falsidade para obter uma
vantagem injusta ou ilegal”.

A fraude pressupõe a intenção de praticar o ato ilícito. A fraude é diferente do erro, que é um
ato não intencional resultante de: omissão, desatenção, má interpretação, descuido ou engano.

Comete fraude até o agente que não se beneficia dela.

A intenção é um elemento importante para diferenciar a


fraude do erro.

O Agente Censitário Supervisor tem a missão de buscar, constantemente, prevenir e remediar


erros e denunciar as fraudes. Os seus parâmetros para a identificação de eventuais erros
sempre serão as orientações técnicas recebidas nos manuais e no treinamento formal. Ao

7Transparência Internacional. Perguntas frequentes, 2019. Disponível em:


<https://transparenciainternacional.org.br/quem-somos/perguntas-frequentes/>. Acesso em: jul./2020.
8 Cf. Brasil. Tribunal de Contas da União. Referencial de combate à fraude e corrupção: aplicável a órgãos
e entidades da Administração Pública / Tribunal de Contas da União. – Brasília : TCU, 2a Edição,
2018. Disponível em https://portal.tcu.gov.br/biblioteca-digital/referencial-de-combate-a-fraude-ecorrupcao.htm. Acesso
em: jul./ 2020.
9
International Auditing and Assurance Standards Board é um órgão normalizador independente,
definindo padrões internacionais para auditoria, controle da qualidade, avaliação e serviços
relacionados, facilitando a convergência das normas nacionais e internacionais.

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MANUAL DO ACM E ACS
CD-1.10

identificar possíveis ocorrências de fraude, a primeira medida a tomar é comunicar o fato


rapidamente ao Agente Censitário Municipal (ACM) e ao Coordenador Censitário de Subárea
(CCS). Após receber as suas orientações, toda ação complementar adotada deve ter o aval
prévio do CCS.

8.2.1.3. Detecção
Ainda que o IBGE adote práticas de prevenção em seus processos de trabalho, alguns agentes
podem decidir cometer fraude e corrupção, ora porque julgam os riscos baixos, ora porque
obteriam benefícios altos.

A fim de combater a fraude ou corrupção ocasionais, o IBGE vem aprimorando vários


mecanismos de detecção, por meio de atividades e técnicas, capazes de apontá-las.

8.2.1.4. Pressão ilegal para influenciar agente público


Caso ocorram, no decorrer do trabalho, pressões explícitas ou implícitas que influenciem
indevidamente a atuação do agente público, fique atento e denuncie.

Essas pressões podem provir de superiores hierárquicos (ordem interna), de colegas de


trabalho (ordem organizacional), ou de agentes políticos e sociais (ordem externa). Exemplos
de pressões são: pretender convencer funcionários subordinados a violar a sua conduta
devida; utilizar indevidamente ou manipular dados/informações, quebrar o sigilo da
informação.10

Atenção
Ocasionais irregularidades serão apuradas com rigor, de acordo com as
legislações vigentes

Outros exemplos de violações de integridade11:

I) Desvio Ético ou de Conduta

▪ Atraso no andamento dos trabalhos, por conduta profissional dissonante dos


interesses institucionais;
▪ Execução de atividades alheias ao serviço, durante o expediente;

10
Escola Superior do Tribunal de Contas da União. Fundamentos da Integridade Pública: Prevenindo a corrupção, 2020.
Disponível em: https://contas.tcu.gov.br/ead/course/search.php?search=2020%2FPIAPUW01. Acesso em: jul./2020.
11
Resolução CRTI 01 de 29/05/2019 – Ministério da Economia.

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MANUAL DO ACM E ACS
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▪ Uso do cargo ou função para favorecimento pessoal ou de terceiros;


▪ Não realização das atribuições com zelo, dedicação, presteza, responsabilidade
e qualidade;
▪ Não cumprimento da carga horária, ou ausência do trabalho, sem prévio aviso
ou autorização da chefia;
▪ Omissão do servidor em denunciar ou representar ocorrência de irregularidade;
e
▪ Assédio moral ou sexual, preconceito (raça, gênero, religião, origem, orientação
sexual).

II) Uso Indevido ou Manipulação de Dados e Informações

▪ Acesso ou concessão de acesso indevido aos dados e informações, inclusive


com uso de persuasão e eventual ingenuidade dos usuários;
▪ Acesso ou concessão de acesso a dados ou informações restritas para uso ou
divulgação indevida; e
▪ Manipulação e alteração de dados e informações em benefício próprio ou de
terceiros.

III) Desvio de Pessoal ou de Recursos Materiais

▪ Desvio de função de contratados.


▪ Utilização de recursos logísticos e materiais em finalidade estranha às
necessidades do serviço.

Os exemplos de quebra de integridade não se esgotam nesta lista. Cabe ao agente público
atentar que os atos ilícitos e desvios de condutas estão passíveis de penalidades e sanções
previstas em leis ou normativos internos.

8.2.1.5. Ações disciplinares


A Administração Pública tem o dever legal de apurar todas as irregularidades de que tiver
conhecimento. No caso dos servidores temporários, as apurações disciplinares devem ser
feitas em sindicâncias administrativas que estão reguladas pela Lei 8.745/93 e,
subsidiariamente, pela Lei 8.112/90. As penalidades podem chegar à extinção do contrato ou
mesmo a proibição de fazer concurso público por até cinco anos.
Devem-se observar, também, situações de acumulações ilegais, conforme previsto no Art. 6°
da Lei nº 8.745/93.

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MANUAL DO ACM E ACS
CD-1.10

Atenção
O canal apropriado para apresentar denúncia, sugestão, elogio, reclamação ou
solicitação de providência ou de simplificação de serviços é o site Fala.BR
(plataforma integrada de Ouvidoria e Acesso à Informação do Governo Federal).

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MANUAL DO ACM E ACS
CD-1.10

9. GESTÃO DE EQUIPE

9.1. A importância do papel da liderança na realização da


operação censitária
Realizado a cada 10 anos, o Censo Demográfico é fundamental para embasar as mais
diversas políticas públicas do país, ao revelar com previsão em nível municipal quantos são,
onde moram e em que condições vivem os brasileiros.

Além disso, o Censo também fornece subsídios para definição do repasse de verbas dentre as
esferas governamentais, através dos fundos de participação dos Estados e municípios e dos
fundos que destinam recursos à educação e à saúde.

O Censo é a maior operação realizada no Brasil em tempo de paz. Sendo assim, vale destacar
alguns números dessa grande operação:

• Serão visitados aproximadamente 71 milhões de endereços;

• Serão contratadas temporariamente mais de 210 mil pessoas;

• Serão montados 6.100 postos de coletas, além das 560 Agências do IBGE; e

• Serão confeccionados mais de 420 mil mapas de setores censitários para orientar os
recenseadores em sua área de trabalho.

Apesar de toda tecnologia envolvida na realização do Censo, com a coleta dos dados feitas
através dos Dispositivos Móveis de Coleta – DMCs (smartphones) e da transmissão
instantânea dos dados, através do uso da internet, são as pessoas que realizam a coleta dos
dados censitários. Ou seja, não importa quanta tecnologia se aporte numa organização, ainda
assim são as pessoas que vão operar e fazer uso dessas tecnologias para que o trabalho seja
realizado com qualidade e dentro do prazo estabelecido.

Simon Sinek, um dos grandes pensadores da atualidade sobre o tema liderança, tem a
seguinte frase: “100% dos clientes são pessoas. 100% dos funcionários são pessoas. Se você
não entende de pessoas, não entende de negócios.”

Daí a importância da liderança no alcance dos objetivos organizacionais.

Durante a operação censitária, cabe ao Agente Censitário Municipal – ACM exercer o papel de
liderança, gerenciando o posto de coleta e supervisionando o trabalho do Agente Censitário
Supervisor – ACS. O Agente Censitário Supervisor – ACS também exerce o papel de liderança
na medida em que gerencia e supervisiona o trabalho dos recenseadores. Sendo assim, essas
duas funções são de grande importância para o sucesso de operação censitária, uma vez que
acompanham a evolução das atividades censitárias para que sejam executadas nos prazos
estabelecidos.

Mas, enfim, o que é liderança?

Liderança é a capacidade de influenciar pessoas para alcançar um resultado (objetivo). A


palavra “influenciar” abre a oportunidade para o líder buscar técnicas e ferramentas para
melhorar a sua relação com as pessoas com o objetivo de alcançar os objetivos de sua
gerência e da organização. Gerar resultados é alcançar, no momento correto, os objetivos
propostos. Praticar uma liderança de resultados significa conduzir a equipe para alcançar os
objetivos desejados.

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MANUAL DO ACM E ACS
CD-1.10

9.2. Papéis do líder


O ACM e o ACS são líderes de equipes e desempenham os seguintes papéis:

1. Distribui atribuições e tarefas. O ACM e o ACS precisam conhecer cada membro de


sua equipe, seu perfil, suas competências, sua personalidade, seus valores, suas
motivações, seus interesses e anseios, etc.

2. Orienta, define metas e dá feedback. O ACM e ACS comunicam, orientam e apoiam


a equipe sobre como o trabalho deve ser feito, estabelecem metas e dão retorno a
cada membro da equipe com o objetivo de reforçar o bom desempenho e corrigir o
desempenho abaixo do esperado.

3. Promove a conexão entre as etapas do trabalho. O ACM e o ACS difundem o


propósito do trabalho da equipe (por que os recenseadores fazem o que fazem?) e o
propósito da organização (por que o IBGE existe?), com o objetivo de inspirar e motivar
as pessoas para o alcance dos resultados desejados.

4. Faz a gestão de conflitos. O ACM e o ACS cuidam dos relacionamentos. O conflito


faz parte do cotidiano da gestão, pois as pessoas pensam de maneira diferente. O
conflito, quando é respeitoso, é saudável e positivo para a geração de ideias e
descoberta de formas mais eficientes de realizar o trabalho. Entretanto, quando o
conflito vira confronto, ou seja, quando uma pessoa tenta anular a outra para que as
suas ideias percam a validade, isso acaba sendo nocivo, destrutivo para os envolvidos
e para a equipe, exigindo interferência do líder a fim de que o ambiente de trabalho não
seja contaminado negativamente pelo confronto.

5. Toma decisões. Geralmente é importante que o ACM e o ACS tomem decisões de


maneira participativa, ou seja, escutando a equipe sobre a melhor forma de resolver
um problema. Contudo, em algumas situações, eles tomarão a decisão e apenas a
comunicarão à equipe. Quando eles tomam todas as decisões sozinhos, geralmente se
sentem sobrecarregados. Por outro lado, quando empoderam a equipe e definem as
fronteiras de decisões tomadas pela equipe, por eles e em conjunto, não se sentem
sobrecarregados. Sendo assim, o ACM e o ACS não devem apenas delegar, mas sim

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MANUAL DO ACM E ACS
CD-1.10

dar direcionamento e flexibilidade para sua equipe trabalhar, fazendo com que ela se
sinta dona da atividade e responsável pelos resultados. Fazendo isso, com certeza a
sua equipe vai trabalhar com mais qualidade e o processo de confiança entre vocês
será muito maior.

6. Transmite a cultura e normas de convívio social da organização. O ACM e o ACS


transmitem os valores, as políticas e as diretrizes da organização, bem como os
comportamentos não aceitáveis dentro da organização.

Dessa forma, podemos dizer que cabe ao ACM e ACS, em resumo, a gestão do
relacionamento e do desempenho da equipe. E, para que eles desempenhem bem os papéis
de líderes, é importante considerar a relevância de uma boa comunicação, o que inclui adotar o
estilo de comunicação assertiva, a escuta ativa, a empatia e o feedback no relacionamento com
sua equipe de trabalho, como veremos a seguir.

9.3. Comunicação
Comunicação é a ação de transmitir uma mensagem (canal de comunicação) de uma pessoa
(emissor) para outra (receptor) e, eventualmente, receber outra mensagem como resposta
(feedback). Emissor é aquele que emite a mensagem. Receptor é aquele que interpreta a
mensagem transmitida pelo emissor.

Comunicar é diferente de informar. Informar é um ato unilateral e envolve a pessoa que tem
uma informação a dar. Já comunicar é um ato bilateral e envolve fazer-se entender e entender
a mensagem que lhe é passada (provocar reações no receptor). Dessa forma, comunicar
pressupõe a interação e o saber ouvir.

A comunicação é a base para qualquer tipo de interação humana. Uma boa comunicação
considera não só a mensagem, mas também com quem falamos (quem é o receptor), como
falamos (adequação da mensagem ao receptor), a situação em que estamos inseridos
(contexto social, emocional e físico) e nossa capacidade de escutar o outro lado (saber ouvir).

Existem três estilos de comunicação:

1. Agressivo;

2. Passivo; e

3. Assertivo.

Esses estilos são definidos de acordo com a forma como as pessoas falam, gesticulam e
expressões que usam.

O estilo agressivo costuma se caracterizar pelo olhar fixo durante a fala. O emissor fala alto,
apresenta uma postura desafiadora e faz uso de gestos intimidadores. O conteúdo de suas
falas transmite hostilidade e intimidação. Justamente por ser agressivo, quase sempre
consegue o que quer. Mas as suas interações são cheias de conflitos, prejudicando suas
relações e favorecendo o sentimento de culpa, solidão e frustração nas pessoas que lidam com
quem tem esse estilo de comunicação.

Frases geralmente utilizadas pelo estilo agressivo:

• Faça isso!

• Eu sou pago para pensar, e você, para executar.

• Você não sabe com quem está falando!

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MANUAL DO ACM E ACS
CD-1.10

O estilo passivo geralmente apresenta olhares baixos e vacilantes. O emissor fala baixo e de
forma trêmula e os sorrisos são falsos e envergonhados. O conteúdo de suas falas costuma
demonstrar sua insegurança. Suas relações são mantidas, ainda que isso custe seus direitos e
vontades. O passivo renuncia a qualquer coisa para manter suas relações. Ou seja, ele tem
dificuldade de dizer não ao outro, mas diz não a si mesmo o tempo todo. E, apesar de acreditar
que está cuidando de suas relações, acaba deixando que seus objetivos sejam decididos pelos
outros. Esse estilo de comunicação, assim como o estilo agressivo, acaba gerando conflito,
pois a pessoa que adota esse estilo coloca suas expectativas e responsabilidades no
desempenho dos outros. Sendo assim, tem dificuldade em conseguir aquilo que realmente
quer.

Frases geralmente utilizadas pelo estilo passivo:

• Você se incomodaria se...

• Eu acho que...

• ... Mas se você quiser

• Não tem problema...

Tanto o estilo agressivo quanto o passivo geram prejuízos aos relacionamentos e sofrimento
para as pessoas. A solução para esses problemas está na adoção do estilo de comunicação
assertiva.

O assertivo fala em tom agradável, mantém o contato visual sem ser ameaçador, apresenta
postura tranquila e é direto, claro e honesto em suas colocações. O estilo assertivo se
fundamenta no equilíbrio entre a defesa dos seus próprios direitos e vontades e o cuidado de
não violar os direitos e vontades do outro. O assertivo se expressa, mas não ofende. Cuida das
relações, mas é honesto com os próprios sentimentos e opiniões. O conteúdo de suas falas
está repleto de opiniões em primeira pessoa, mas também de falas que demonstram abertura e
colaboração. O assertivo busca acordos, oferecendo uma alternativa para a resolução dos
problemas ou dos conflitos.

Frases geralmente utilizadas pelo estilo assertivo:

• Penso que essa seja a melhor forma de resolver isso. O que você acha? Podemos
fazer assim?

• Sinto que eu e você enxergamos o problema de maneiras diferentes. Gostaria de


compartilhar o modo como eu enxergo as coisas e compreender mais sobre o modo
como você as vê.

• Agora que nós realmente compreendemos um ao outro, qual a melhor forma de


resolver o problema?

9.4. Comunicação assertiva


Comunicação assertiva é a habilidade de uma pessoa de expressar ideias, pensamentos e
opiniões de forma clara, objetiva e precisa, respeitando os pensamentos, os sentimentos e o
modo de ser do outro.

A assertividade é demostrada também em situações que envolvem algum risco de desagradar,


como falar de algo de que não gostou ou discordar de uma opinião. Nesse sentido, nem
sempre as pessoas saem satisfeitas depois de conversarem com uma pessoa assertiva. Quem

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MANUAL DO ACM E ACS
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se comunica de maneira assertiva sabe demonstrar que não gostou de algo, mas sem ofender,
pois age com cautela com “o que vai dizer” e “como vai dizer” algo para alguém.

Muita gente pensa que o estilo de comunicação de uma pessoa é imutável, mas isso não é
verdade. A comunicação assertiva pode ser aprendida e desenvolvida através da prática e da
observação. Podemos desenvolver a assertividade por meio da convivência com pessoas
assertivas ou através do desenvolvimento de habilidades sociais.

E como o ACM e o ACS podem desenvolver a comunicação assertiva?

1. Observe e avalie você mesmo. Observe quais gestos e atitudes na sua comunicação
transmitem agressividade ou passividade.

2. Seja conciso e preciso. Não faça rodeios, com tranquilidade e leveza, aborde o
assunto que deseja tratar.

3. Organize as ideias e pense antes de falar. Avalie a situação e se coloque no lugar do


outro antes de se expor.

4. Esteja atento à coerência entre a sua comunicação verbal e a não-verbal. Às


vezes isso pode estar truncado. Você pode estar tentando falar com gentileza, mas sua
postura e o seu olhar estão invasivos. Preste atenção a seu tom de voz, seu olhar, sua
postura, seu gesto e veja se existe coerência entre eles.

5. Esteja aberto a críticas e feedback. A partir do momento em que você expressa seus
pensamentos, necessidades e opiniões, você abre espaço para que os outros também
demonstrem seus pensamentos, necessidades e opiniões. Lembre-se: a comunicação
é um ato bilateral, uma via de mão dupla.

6. Seja tolerante. As pessoas não pensam como você, não agem como você, não
passaram pelo que você passou, nem acreditam nas mesmas coisas que você. Somos
diferentes. Você não precisa renunciar às suas convicções, mas é preciso respeitar as
convicções dos outros.

7. Ofereça uma alternativa. Negocie com a pessoa de que forma o desempenho ou o


comportamento dela pode melhorar ou mudar, ofereça ajuda e acompanhe, caso
necessário.

8. Exercite a empatia. Coloque-se no lugar do outro.

9. Exercite a escuta ativa. Demostre interesse genuíno na fala do outro.

9.5. Escuta ativa


Escuta ativa é a habilidade de entender, com plena consciência, o que nos é dito, mantendo
uma atitude positiva com nosso interlocutor. Esse tipo de escuta requer compreender o ponto
de vista da pessoa com quem falamos, suas motivações, necessidades e sentimentos, que
nem sempre são os mesmos que os nossos. Sem aceitar a existência do outro, a comunicação
não existe. Escutar é receber o outro com atenção, é ouvir sem interromper, é checar o que
escutou e observar se o que você tem a falar sobre o assunto faz sentido.

É bem comum que, antes mesmo de terminarmos de ouvir uma informação até o final, já
comecemos mentalmente a preparar nossa resposta baseada, por vezes, em preconceitos ou
dados incompletos. A consequência disso é que, a partir desse ponto, tendemos a nos

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MANUAL DO ACM E ACS
CD-1.10

“desconectar” dessa interação, pois julgamos já ter entendido tudo o que precisávamos – ainda
que, boa parte das vezes, isso não seja verdade.

A boa notícia é que, assim como a comunicação assertiva, a escuta ativa também pode ser
desenvolvida por qualquer pessoa através da prática, observação e da vontade genuína de
entender o outro.

E como o ACM e o ACS podem desenvolver essa habilidade?

1. Perguntar para aprender ou descobrir mais sobre o outro. Toda vez que fazemos
uma pergunta para outra pessoa descobrimos e aprendemos mais sobre ela. Sendo
assim, devemos cuidar de alguns pontos:

a) Não fazer afirmações disfarçadas de perguntas. Fazer isso cria confusão e


ressentimento. Por exemplo, devemos evitar dizer: “Você vai deixar o relatório
incompleto assim?” e perguntar: “Ocorreu algum problema com a elaboração
do relatório?”

b) Não utilize perguntas para persuadir o outro do seu erro. Por exemplo,
devemos evitar dizer: “Se é verdade que você analisou todos os dados, como é
que João conseguiu novas informações e análises?” e perguntar: “Compreendo
que você acredita que fez tudo o que podia para captar e analisar os dados.
Para mim, isso parece incompatível com o fato de João ter conseguido novas
informações e análises. O que pensa sobre isso?”

c) Faça perguntas abertas. As perguntas abertas ampliam a capacidade de


resposta do outro e direcionamento de suas respostas para o que é importante
para ele. Por exemplo, podemos dizer: “Fale mais sobre como isso é
importante para você?” ou “Você estava reagindo em relação a alguma coisa
que eu fiz?”.

2. Parafrasear para esclarecer. Expresse para a outra pessoa, em suas próprias


palavras, o que você compreende sobre o que ela está dizendo. Há dois benefícios
significativos nisso: 1) amplia a compreensão; e 2) confirma ao outro que ele está
sendo ouvido.

3. Ter empatia. Reconheça os sentimentos dos outros.

9.6. Empatia
Empatia é a capacidade de identificar as emoções do outro, se colocar no lugar do outro,
reconhecer o sentimento do outro.

A palavra empatia vem de “pathos”. E o que é “pathos”? Pathos significa sentimento. Quando
sou empática, estou tentando criar uma conexão com o sentimento do outro. Quando sou
simpática, estou simplesmente tentando fazer com que o estado de humor da pessoa melhore,
sem me preocupar em estabelecer uma conexão com o sentimento dela. Quando sou
antipático, estou ignorando ou não dando importância ao sentimento da pessoa.

A empatia possui quatro características:

1. Entendimento de perspectiva, que é a habilidade de ter a perspectiva da outra


pessoa, reconhecer a perspectiva dela como verdade;

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MANUAL DO ACM E ACS
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2. Não julgar nem interromper;


3. Reconhecer a emoção da outra pessoa; e

4. Comunicar isso (parafrasear para esclarecer).

Exercer a empatia nos coloca em vulnerabilidade porque, ao se conectar com alguém, é


necessário conectarmos com uma parte de nós que reconhece aquele sentimento.

9.7. Feedback
Feedback é um retorno específico que o supervisor (ACM ou ACS) dá a respeito do
desempenho ou do comportamento do Recenseador.

O feedback deve fazer parte dos hábitos de gestão do ACM e do ACS não apenas no período
de avaliação de desempenho. A intenção é que ele seja tão natural que a pessoa mal perceba
que está sendo avaliada.

O ACM e o ACS contarão com o Sistema Integrado de Gerenciamento e Controle (SIGC) para
distribuir, acompanhar e gerenciar a coleta dos dados no seu Posto de Coleta e o trabalho dos
recenseadores e supervisores. Os relatórios gerenciais extraídos do SIGC fornecerão ao ACM
e ao ACS informações sobre produtividade, ritmo da coleta, mapas de acompanhamento, além
de indícios de problemas e erros no trabalho de campo. Todo esse conteúdo facilitará as
reuniões entre os agentes. Será durante essas reuniões que o ACM fornecerá feedback ao
ACS sobre o trabalho desenvolvido e, o ACS, ao Recenseador.

É responsabilidade do ACM e do ACS fornecer feedback de maneira correta. Sendo assim,


destacamos abaixo algumas orientações para o momento do feedback:

1. Feedback deve ser constante. E não apenas no momento da avaliação de


desempenho. Dê feedback positivo, pois tendemos a valorizar o que não vai bem e nos
esquecemos de observar o que está bom. Especifique o momento (quando aconteceu
a ação?), para que a pessoa consiga ter memória exata do que aconteceu.

2. As pessoas demandam quantidades diferentes de feedback. Uma pessoa nova na


equipe vai demandar que o líder seja mais diretivo, oriente-a sobre o trabalho. Uma
pessoa mais experiente vai demandar menos feedback, exigindo mais apoio emocional
do ACM e do ACS em alguns momentos.

3. A cordialidade é fundamental. Todo mundo gosta de ser bem tratado,


independentemente do que tenha acontecido. Se você perceber que não está bem
emocionalmente – está aborrecido, irritado, agitado, etc. –, não dê feedback ao
Recenseador nesse dia. Da mesma forma, se você percebe que o Recenseador não
está bem emocionalmente, dê o feedback um ou dois dias depois.

4. Aponte os fatos e não sua interpretação sobre eles. Seja descritivo em relação à
ação ou ao comportamento do Recenseador e não a sua interpretação sobre ele. O
que exatamente ele fez? Por exemplo, quando dizemos: “Você foi rude” – isto é uma
interpretação. Agora, quando dizemos: “Quando João manifestou sua ideia, você riu e
disse que ela era absurda e nunca funcionaria” – isso é um fato.

5. Explique a reação (impacto) e consequências (benefícios e prejuízos). Muitas


vezes o Recenseador continua mantendo um comportamento ou desempenho
ineficiente porque não percebe o impacto que causa na equipe ou no andamento do
trabalho. Novamente, é importante ser específico e não interpretativo. Aponte fatos

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MANUAL DO ACM E ACS
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observados. Como os outros reagem? Qual o comportamento “não-verbal” deles


(cruzam os braços, levantam-se da mesa, etc.)? Quais comentários eles fazem ou não
fazem (se calam)? Quando falar em sua pessoa, você pode citar sentimentos e
pensamentos, explicitar quais são os prejuízos e os benefícios para você, a equipe ou
a organização.

6. Elabore um plano de ação. Ofereça uma alternativa. No caso de um feedback de


melhoria, este passo é o alvo final, o mais importante. O feedback todo existe para que
se chegue a este momento, em que possíveis alternativas são geradas para que o
Recenseador teste novas ações, procurando ter resultados mais efetivos. Quando se
fala sobre o resultado negativo, chega-se aos seguintes questionamentos: o que o
Recenseador pretende fazer de diferente? Que outra ação, abordagem,
comportamento ele poderia ter em vez do que já tentou? O que pessoas que já têm a
competência desejada fazem em situações parecidas com as citadas no feedback?

Também é necessário, após o feedback, ter novas reuniões com o Recenseador para dar
suporte e apoiá-lo na execução do plano de ação. Mostre que você, ACM e ACS, se importa
com ele e que está disponível para ajudá-lo sempre que necessário. Isso aumenta a confiança
na relação líder-liderado. Faça elogios quando observar que o Recenseador está se esforçando
para mudar, mesmo que ainda não esteja no nível necessário de desempenho.

Outra coisa a que precisamos estar atentos no feedback é nosso nível de exigência em relação
ao Recenseador. Às vezes o ACM e o ACS têm um nível de exigência em relação a si e
transferem isso para o Recenseador. Entretanto, as pessoas são diferentes, têm
personalidades, competências, níveis de formação, valores, necessidades e anseios diferentes.
E essa realidade exige que os supervisores conheçam os membros da sua equipe para
alocálos nas tarefas em que melhor se sobressaiam, valorizando suas competências e
respeitando suas limitações.

Atenção
Estimule a troca de feedback entre os membros da equipe.
Não apenas na sua relação com os recenseadores, mas também com os
supervisores com os quais você compartilha a responsabilidade pelo Posto
de Coleta.

9.8. Assédio Moral e Sexual


Como vimos, um dos papéis do ACM e do ACS é transmitir a cultura e as normas de convívio
social da organização. Sendo assim, o ACM e o ACS devem estar atentos e vigilantes para
comportamentos e atitudes que caracterizem assédio moral e sexual no ambiente de trabalho e
agir no sentido de combatê-los, fornecendo feedback ao ACS ou ao Recenseador sempre que
observarem posturas inadequadas.

O assédio moral consiste na conduta abusiva e antiética (através de gestos, palavras orais ou
escritas e/ou comportamentos de natureza psicológica), que, por sua repetição e
intencionalidade, expõe o assediado a situações humilhantes e constrangedoras durante o
exercício da sua função, interferindo negativamente na sua vida profissional, social e pessoal.

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Assédio sexual no ambiente de trabalho é a conduta de natureza sexual, proposta ou imposta a


pessoas contra sua vontade, causando-lhes constrangimento e violando a sua liberdade
sexual. Essa atitude pode ser evidente ou sutil; pode ser falada ou apenas insinuada; pode ser
escrita ou explicitada em gestos; pode vir em forma de coação; ou, ainda, em forma de
chantagem.

A prática do assédio viola a dignidade da pessoa humana e os direitos fundamentais da vítima,


tais como a liberdade, a intimidade, a vida privada, a honra, a igualdade de tratamento, o valor
social do trabalho e o direito ao meio ambiente de trabalho sadio e seguro.

O assédio sexual enquanto crime é definido por lei como o ato de “constranger alguém, com o
intuito de obter vantagem ou favorecimento sexual, prevalecendo-se o agente da sua condição
de superior hierárquico ou ascendência inerentes ao exercício de emprego, cargo ou função”
(Código Penal, art. 216-A).

Listamos abaixo alguns canais de comunicação em caso de assédio moral e sexual:

1. Comunicar ao chefe da unidade organizacional;

2. E-mail da Coordenação de Recursos Humanos ([email protected]);

3. E-mail da Presidência (presidê[email protected]);

4. E-mail da Comissão de Ética do IBGE ([email protected]).


A cartilha sobre Assédio Moral e Sexual no Trabalho, elaborada pela Comissão de ética do
IBGE e que serviu de base para a elaboração desse texto sobre assédio moral e sexual, está
disponível na intranet (intranet.ibge.gov.br). Para acessá-la, clique na aba “Institucional”,
selecione “Comissão de Ética > Cartilha sobre Assédio”. Nela você encontra com maiores
detalhes a diferença entre assédio moral e sexual, os exemplos mais comuns de cada tipo de
assédio, como prevenir o assédio, o que a vítima deve fazer em cada um dos casos, etc.

9.9. Comprometimento com o trabalho


Vimos acima que um dos papéis do ACM e do ACS é promover a conexão entre as etapas do
trabalho. Nesse sentido, cabe a eles explicar o propósito da realização do trabalho (por que os
recenseadores fazem o que fazem?), bem como o propósito da organização (por que o IBGE
existe?), com o objetivo de inspirar e motivar as pessoas para o alcance dos resultados
desejados.

A missão do IBGE – “retratar o Brasil com informações necessárias ao conhecimento de sua


realidade e ao exercício da cidadania” – reflete bem por que a instituição existe.

No Censo Demográfico, o propósito é fornecer à sociedade informações fidedignas e de


qualidade para que saibamos, em nível municipal, quantos somos, onde moramos e em que
condições vivemos.

Sendo assim, o propósito do Recenseador é coletar informações, respeitando os conceitos


técnicos da pesquisa e os preceitos éticos, de maneira a assegurar a melhor cobertura possível
dos domicílios brasileiros, para que possamos retratar o Brasil, ou seja, cumprir nossa missão.

Para que o Recenseador cumpra seu papel durante a operação censitária, é indispensável que
esteja comprometido com os propósitos do seu trabalho e do IBGE.

Como o ACM e o ACS podem estimular o comprometimento do Recenseador?

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MANUAL DO ACM E ACS
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1. Mostre o objetivo do trabalho;

2. Defina metas individuais e de equipe;

3. Reconheça o trabalho individual e da equipe;

4. Apoie e oriente a equipe, estimulando o seu desenvolvimento;

5. Ouça os recenseadores; e

6. Promova um ambiente de trabalho participativo e cooperativo.

Atenção
O sucesso da operação não é mérito de uma pessoa, mas de todos.
Demonstre que o objetivo de cada um é o objetivo de toda a equipe.

9.10. Planejamento e Organização do Trabalho


Planejar, organizar, executar, acompanhar e promover ações corretivas, quando necessário,
também são alguns dos papéis do ACM e do ACS.

Sendo assim, devido a sua grande dimensão, a tarefa de planejamento e organização torna-se
imprescindível na medida em que prevemos riscos e evitamos surpresas e sustos antes e
durante a operação censitária.

É chave que se comece o trabalho com sua dinâmica bem mapeada, de modo que cada
pessoa saiba seu papel dentro da equipe.

Por isso, o planejamento e a organização do trabalho são fundamentais! Sendo assim, para
auxiliar os ACM e ACS nessa tarefa, o SIGC será um grande aliado para o acompanhamento
da coleta e da supervisão nos setores do Posto de Coleta. A avaliação diária das informações
dos relatórios, indicadores e mapas é essencial para a boa qualidade do Censo Demográfico.

Além disso, reuniões periódicas com as equipes são muito importantes, pois são nelas que as
tarefas serão distribuídas. Cada membro da equipe saberá o que precisa fazer e o que seus
colegas estão fazendo, o que permitirá trocas sobre as dificuldades e os problemas
enfrentados por cada um no desenvolvimento das tarefas, assim como estratégias corretivas e
planos de ação podem ser estabelecidos a partir desses diálogos.

Veremos a seguir como realizar reuniões periódicas, de acordo com a necessidade da equipe,
pode facilitar o planejamento e a organização do trabalho.

Orientações para a realização de reunião:

Antes da reunião:

1. Estabeleça a pauta, os participantes, a data e a duração (seja objetivo);

2. Peça para a equipe inserir assuntos na pauta, caso necessário;

3. Escolha o responsável pelo registro das decisões na ata da reunião; e

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MANUAL DO ACM E ACS
CD-1.10

4. Em caso de reunião remota, estabeleça a ferramenta a ser utilizada, evite mudá-la e


peça para a equipe testá-la antes da reunião.

Durante a reunião:

1. Busque saber como as pessoas estão antes de entrar na pauta;

2. Controle o tempo focando nos assuntos da pauta;

3. Defina os responsáveis por cada ação/decisão (delegar); e

4. Ao final, peça que a equipe faça sugestões para melhoria da reunião.

Após a reunião:

1. Insira a ata em local combinado com a equipe;

2. Acompanhe as ações delegadas; e

3. Faça melhorias até você e sua equipe encontrarem o melhor formato.

O Censo é uma operação muito rápida, que requer um esforço constante de planejamento,
execução e acompanhamento do trabalho dos recenseadores por parte do ACM e do ACS para
que as atividades sejam executadas nos prazos estabelecidos.

Para que isso ocorra, conhecer os processos de trabalho e planejar e dividir as tarefas entre os
membros da sua equipe, sincronizando-as para que sejam realizadas de forma programada, é
fundamental.

É importante lembrar que cabe ao ACM e ACS coibir atitudes que caracterizam assédio moral e
sexual no ambiente de trabalho.

Por fim, ao adotar a comunicação assertiva e estimular o feedback entre os membros da


equipe, o ACM e o ACS promovem um ambiente de trabalho participativo e cooperativo, em
que a tomada de decisão e a solução dos problemas são facilitadas.

Referências Bibliográficas:
Página do Censo 2021 – internet

ENAP – curso de Liderança e Gestão de equipes

Vídeo sobre estilos de comunicação do Youtube do canal Minutos Psíquicos.

ENAP – curso de relacionamento interpessoal e feedback

Cartilha de assédio moral e sexual no trabalho - IBGE

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MANUAL DO ACM E ACS
CD-1.10

10. GESTÃO DE MATERIAIS E EQUIPAMENTOS

10.1. Gestão de bens móveis

Normativo Interno para Gestão dos Bens Móveis


O normativo interno do IBGE sobre a gestão de bens móveis cumpre papel importante nas
operações do Censo 2022 uma vez que estabelece os procedimentos a serem observados
para atribuição de responsabilidade pela guarda (consignação), uso e controle de bens móveis
do Instituto utilizados nas atividades censitárias. É a Resolução do Diretor-Executivo no. 12/20
(R.DE nº 12/2011) que define os procedimentos para consignação, movimentação e
redistribuição, assim como para os casos de perda, roubo ou extravio dos bens móveis. Antes,
porém, de conhecer as regras e procedimentos que deverão ser observados, é necessário ter
conhecimento prévio de alguns conceitos importantes.

Seguem as principais definições envolvidas na gestão dos bens móveis:

Definição de Bem Móvel – Material Permanente


Aquele que, em razão de seu uso corrente, tem durabilidade e utilização superior a dois anos.
Sua aquisição é feita em despesa de capital, possui controle individualizado (ex.: mobiliário,
equipamentos, veículos etc.) e pertencem ao acervo patrimonial do IBGE, com registro de
tombamento por meio da correspondente identificação patrimonial (número de patrimônio).

Consignatário do Bem Móvel


Todos os bens móveis possuem um Consignatário ao qual é transmitida a responsabilidade
pela guarda e controle do seu uso. Via de regra, essa responsabilidade é individualizada.
Porém, existem casos de bens que há possibilidade de corresponsabilidade por meio de
Responsabilidade Solidária.

Responsabilidade Solidária pelo Bem Móvel


Considera-se Responsabilidade Solidária quando a consignação do bem é atribuída,
solidariamente, a mais de um servidor, ou quando no interesse da Administração, o bem é
disponibilizado a Terceiros (prestador de serviço terceirizado, contratado temporário,
professores, consultores etc.), mediante a lavratura do Termo de Responsabilidade Solidária –
TRS, segundo o qual passará a ser o usuário principal.

Nesse caso, o bem permanece consignado a um servidor, que será o Gestor do BEM, devendo
os demais usuários responderem de forma solidária, assegurando a guarda, zelo e
conservação do bem móvel.

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MANUAL DO ACM E ACS
CD-1.10

10.2. Regras para gestão de bens móveis sob responsabilidade de


terceiros no Censo 2022
No caso de uso de bens móveis por Terceiros, seja qual for o bem, deverão ser observados os
seguintes procedimentos:

1. Todos os bens móveis utilizados nos Postos de Coleta deverão estar sob a
consignação do servidor do IBGE responsável - Gestor do Bem - Coordenador de
Área.
2. A entrega do bem móvel a Terceiros será condicionada à assinatura do Termo de
Responsabilidade Solidária – TRS pelo qual o Terceiro assumirá plena
responsabilidade, na condição de Usuário Principal, sobre os bens listados,
comprometendo-se com sua guarda, zelo e conservação, bem como com a devolução
em perfeitas condições de uso e funcionamento.
3. Poderá ser emitido mais de um Termo de Responsabilidade Solidária – TRS para o
mesmo Usuário Principal, conforme os bens móveis forem entregues.
4. O Gestor dos Materiais (Bens Móveis) deverá efetuar o controle sobre todas as
movimentações e redistribuições de bens móveis utilizados nos Postos de Coleta sob
sua responsabilidade.
5. Na devolução do Bem Móvel deverá ser dada a quitação no mesmo TRS utilizado na
sua entrega, devendo ser preenchidos todos os campos.

Procedimentos para o caso de perda, roubo, furto ou extravio de bens móveis


No caso de perda, roubo, furto ou extravio dos bens móveis, seja qual for o bem, em uso por
Terceiros deverão ser observados os seguintes procedimentos:

1. Caberá ao usuário providenciar e apresentar ao Gestor do Bem o necessário Boletim


de Ocorrência – BO pela perda, roubo, furto ou extravio, registrado na Delegacia
Policial da Jurisdição, visando à apuração de responsabilidade.
2. Ao tomar conhecimento de perda, roubo, furto ou extravio de bem móvel, o Gestor do
Bem deverá fazer contato com a Área de Recursos Materiais da Unidade Estadual para
encaminhar relato dos fatos e documentos referentes ao caso, fazendo a devida
identificação do usuário responsável pelo Bem Móvel no momento da ocorrência. É
importante também comunicar a área de informática.
3. Recebida a comunicação do Gestor do Bem, caberá à Área de Recursos Materiais da
Unidade Estadual a instauração de apuração de responsabilidade, que poderá ser feita
por meio de Termo Circunstanciado Administrativo – TCA.
4. O Bem Móvel permanecerá consignado ao Gestor do Bem enquanto persistir a
situação de apuração de responsabilidade, até a sua conclusão, efetuando-se o
registro contábil do Bem Móvel na conta 123119907 (Bens Móveis Não Localizados) e
na conta de Controle 79731.00.00 (Diversos responsáveis em Apuração).
5. Verificado o DOLO ou CULPA na perda, roubo, furto ou extravio de Bem Móvel, caberá
ao Usuário responsável adotar uma das seguintes opções: (a) ressarcir a quantia
correspondente ao Valor Contábil Líquido do bem móvel; ou (b) restituir, em
substituição, Bem Móvel de mesmas características e modelo; sob pena de
ajuizamento de ação por danos.

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MANUAL DO ACM E ACS
CD-1.10

10.3. Gestão de veículos


Os veículos próprios ou locados, somente poderão ser conduzidos por servidores do quadro
permanente ou por agentes públicos contratados temporariamente, devidamente autorizados
pelo titular da Unidade Estadual, conforme procedimentos definidos na Resolução do
Presidente R. PR nº 03/2011 e na Ordem de Serviço da Coordenação de Recursos Materiais –
OS/CRM nº 04/2011.

Procedimentos para autorização para dirigir veículo


Para obter autorização para dirigir veículo oficial ou a serviço do IBGE, os responsáveis pela
operação censitária na Unidade deverão acessar o processo automatizado “Autorização para
Dirigir” e proceder à solicitação.

Após o preenchimento das informações funcionais e cadastrais iniciais, o solicitante deverá


anexar ao processo automatizado, por meio de arquivo de imagem formato PDF, os seguintes
documentos:

a) cópia da Carteira Nacional de Habilitação válida;

b) cópia do comprovante de residência atual;

c) documento emitido pelo DETRAN, com validade no prazo de 5 (cinco) dias, que
comprove a pontuação do servidor no momento da solicitação;

d) 1 fotografia 3 x 4. Para efetuar a solicitação, a pontuação máxima registrada no

prontuário do DETRAN será de 16 (dezesseis) pontos.

▪ Pedido aprovado pelo titular da Unidade Estadual no processo automatizado


“Autorização para Dirigir”.
▪ Assinatura do termo de responsabilidade e porte do Termo dentro do veículo.

Procedimentos operacionais para apuração de responsabilidade por multa de infração


de trânsito.

Ordem de Serviço - OS/CRM nº 01/2013

▪ Em caso de multa, providenciar o reconhecimento de real infrator e recorrer,


quando for o caso. As multas serão pagas pelo IBGE e ressarcidas pelo
servidor com o devido desconto em seu contracheque.

Procedimentos operacionais para apurar responsabilidade por acidente de trânsito.


Ordem de Serviço - OS/CRM nº 02/2013

▪ Estabelece procedimentos operacionais para apurar responsabilidade por


acidente de trânsito, visando à reparação do veículo e ao ressarcimento de
danos.

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MANUAL DO ACM E ACS
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▪ Em caso de acidente, preencher a ficha de acidente, providenciar o Boletim de


Ocorrência e informar imediatamente o chefe imediato.

Procedimentos para o registro diário de deslocamentos e custos

Ordem de Serviço OS/CRM nº 03/2018:

▪ Estabelece procedimentos para o registro diário de deslocamentos e custos com


a utilização e manutenção de veículos oficiais, próprios ou alugados, no Sistema
de Veículos - SDA/Veículos, em todas as Unidades do IBGE.
▪ Os deslocamentos registrados no formulário em papel denominado SEV –
Serviço de Veículo – devem ser diariamente inseridos no Sistema de Veículos,
especificamente no módulo “SEV”, pelo responsável pelos controles dos
veículos.
▪ É obrigatória a exigência de comprovantes de gastos com o veículo
(abastecimento, manutenção etc.).

O uso deve ser exclusivo a serviço do IBGE nos dias e horários autorizados. O uso de
veículos a serviço do IBGE fora dos dias e horários autorizados implicará na instalação de
processo administrativo que, após concluído, será encaminhado para apuração por parte da
Polícia Federal.

Atenção
O condutor deve sempre conferir o estado de conservação do
veículo nas saídas e nos retornos ao local de guarda.

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MANUAL DO ACM E ACS
CD-1.10

11. O TRABALHO DO ACS NA ETAPA DE COLETA


DAS INFORMAÇÕES
Para facilitar a sua compreensão sobre o trabalho que o Agente Censitário Supervisor

desenvolverá, preste atenção ao esquema a seguir. Ele apresenta uma visão geral de seu
trabalho na etapa da coleta das informações.

[MAMdF1]

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MANUAL DO ACM E ACS
CD-1.10

12. RECONHECIMENTO DE SETORES


O reconhecimento de setores envolve a Atualização de faces e a Pesquisa Urbanística do
Entorno dos Domicílios.

Chegando em uma face de seu setor, o Agente irá executar dois trabalhos, um seguido do
outro: a atualização dessa face e o preenchimento seu questionário respectivo do Entorno (da
Pesquisa Urbanística do Entorno). A atualização de uma face consiste em verificar se uma
face, que está registrada no aplicativo de coleta do Censo, continua a corresponder com a
realidade (ou vice-versa).

Já a Pesquisa Urbanística do Entorno dos Domicílios (“Pesquisa do Entorno” ou “Entorno”) tem


como objetivo fornecer um panorama da infraestrutura urbana do País, considerando temas
como acessibilidade, circulação, equipamentos públicos e meio ambiente

12.1. Atualização de faces do setor

Antes de prosseguir ao Questionário do Entorno e ir a campo, é necessário verificar, no Posto


de Coleta, 3 elementos importantes que se repetirão em vários endereços do setor:
Logradouros, Localidades e CEPs da região.
A Atualização do Entorno é efetuada sobretudo por meio de procedimentos de confirmação ou,
eventualmente, de associação e inclusão de faces no setor. E também pode ser efetuada pelo
recurso de tracking.

Vejamos estes procedimentos em maiores detalhes no subcapítulo abaixo.

12.1.1. Confirmação, associação e inclusão de faces que já


possuem representação no mapa

Os procedimentos de Confirmação e Associação de faces são idênticos aos que podem ser
feitos pelo Recenseador em campo. Igualmente, o recurso de Inclusão.

Uma face deve ser confirmada quando cumpre com 3 condições:

• Consta na lista de faces do tablet, de maneira correta;

• Encontra-se representada no mapa (sob a forma de linha), de maneira correta; e

• Encontra-se associada: uma ligação entre o seu registro na lista e o seu registro no
mapa foi feita.

Para confirmar uma face, selecione a face pela lista ou pelo mapa, e verifique se os 3 itens de
endereço estão corretos: Logradouro, Localidade e CEP. Se não estiverem, realize os ajustes
necessários. Em seguida, o tablet lhe encaminhará para o Questionário do Entorno. Confira as
figuras, a seguir:

Acabamos de ver a Confirmação. Agora veremos a Associação. Diferentemente da


Confirmação, a Associação ocorre quando não há associação entre face e linha. Isto é, a face

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MANUAL DO ACM E ACS
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registrada na lista não está “amarrada”, dentro do sistema, à sua linha correspondente no
mapa.

Quando uma linha no mapa não está vinculada à nenhuma face da lista, apresenta-se em azul
claro. Selecionando-a, clique em “ASSOCIAR” e assinale, na lista “Faces sem associação”, a
face que deve sofrer a operação. Em seguida, o tablet lhe pedirá que execute a confirmação da
face (indicando, para o IBGE, que foram cumpridas as 3 condições de confirmação).

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MANUAL DO ACM E ACS
CD-1.10

E se você, em campo, se deparar com o seguinte problema: a face está associada ao mapa,
mas de maneira incorreta? Quando isto acontece, você deve desassociar a face para, em
seguida, fazer a ligação correta entre face da lista e face do mapa (linha).

Uma outra situação que você pode encontrar é a que descreveremos nas frases a seguir: você
tem uma face representada em linha de cor azul-claro no mapa. Qual seria o procedimento a
se fazer? Associá-la, não é mesmo? Quer dizer, encontrar a face correta na lista de “Faces
sem associação” e efetuar a ligação entre elas. Mas o problema é que não há face na lista para
você executar a associação. Neste caso, você deve fazer a inclusão da face. Na inclusão, você
associa diretamente uma nova face à linha do mapa que a representa.

Como fazer? Selecione a linha no mapa e aperte em “incluir face”. Em seguida, o tablet
pedirá que você preencha os dados dessa nova face: o código da quadra desejado,
Logradouro, Localidade e CEP. E, por fim, pedirá que preencha o Questionário do Entorno
desta face.

As figuras, a seguir, ilustram esse procedimento:

Há, entretanto, na Pesquisa Urbanística do Entorno[PT2], funções de trabalho com as faces que são
específicas do Supervisor e não estarão disponíveis para os Recenseadores.

Vejamos a seguir.

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12.1.2. Face apenas na lista

Durante a verificação das faces para a Pesquisa do Entorno, você pode identificar uma face
peculiar, com 3 características:

1. existe em campo;

2. consta na lista de faces do tablet; e

3. não possui linha que a represente no mapa.

Nesse caso, examine, primeiro, se não há algum erro de associação a ser corrigido em outra
face existente. Caso não identifique esse tipo de erro, e o seu tablet não lhe ofereça nenhuma
linha, dentro das disponíveis, que corresponda corretamente à face em questão, você deve
realizar o procedimento de tracking.

O tracking é um recurso que permite criar uma representação gráfica em campo. Para realizá-
lo, você deve selecionar, na lista, a face desassociada e iniciar o processo de confirmação
(confirmar CEP, Logradouro, etc). Em seguida, você chegará na própria tela de tracking.
Busque, primeiramente, se há sinal de GPS.

Pronto para iniciar o tracking, caminhe normalmente com o tablet e seu ombro direito junto à
face, realizando o seu percurso do início ao fim. Enquanto você caminha, o tablet coletará
pontos de coordenadas geográficas. Em seguida, o tablet fará a ligação entre esses pontos e
formará uma linha. Eis a sua face representada no mapa!

Há um mínimo de 5 pontos a serem coletados. Trata-se de uma restrição para garantir que o
tracking consiga representar a face da maneira o mais fiel possível. Em caso de faces de
extensão muito pequena, você não deve finalizar o tracking antes da coleta dos 5 pontos –
mesmo que já tenha chegado ao término. Basta aguardar o tablet terminar a coleta dos pontos.

45
MANUAL DO ACM E ACS
CD-1.10

Ao final do tracking, você enxergará, no mapa, a representação criada através dos pontos
capturados em sua caminhada. Considerando o nível de precisão do GPS, você pode não
obter um traço tão retilíneo quanto o das linhas que já vieram carregadas -- mas deve avaliar
se a linha tem precisão o suficiente (para indicar onde está a face que pretende representar).
Em caso negativo, você deve refazer o tracking.

12.1.3. Face não existe na lista, nem no mapa

Caso você identifique uma face em campo que não está nem na lista de faces do DMC nem no
mapa, você deve incluir a representação de ambas. Assim, ao final do procedimento, você terá
uma face incluída na lista de faces com um tracking realizado. Para tal, basta incluir a face
utilizando o botão amarelo com o símbolo de “+” na tela de faces. A partir daí, você preencherá
o código da quadra desejado, Logradouro, Localidade e CEP e em seguida realizará o tracking,
seguindo as mesmas orientações do tópico anterior.

46
MANUAL DO ACM E ACS
CD-1.10

Observe, a seguir, um quadro-resumo das possibilidades de trabalho com as faces durante a


Pesquisa Urbanística de Entorno dos Domicílios:

Observado O que fazer?

Associado? Associar
Linha no Lista de Realizar
Mapa Faces Incluir Face Tracking

O trabalho realizado com as faces durante esta pesquisa é fundamental também para a etapa
de coleta feita pelos recenseadores no Censo 2022. Com ele, você se familiarizará com os

47
MANUAL DO ACM E ACS
CD-1.10

setores censitários urbanos que estão sob a sua responsabilidade. Além disso, corrigirá
eventuais problemas de associação, logradouro, localidade ou CEP; incluirá as faces que não
existiam na lista prévia (= lista que recebeu previamente); e confirmará as que já estavam
corretas. O seu trabalho nesta etapa será integralmente aproveitado pelo Recenseador.

Assim, os recenseadores deverão conferir as informações e corrigir eventuais erros ou


situações que possam ter mudado entre a coleta do Entorno e o início do Recenseamento. Por
isso, esta operação prévia minimiza os erros de coleta e reduz as dificuldades na Supervisão
que você conduzirá com os recenseadores posteriormente.

Fique atento, pois as faces podem conter endereços, ainda que eles não sejam trabalhados por
você na fase de Reconhecimento. Quaisquer alterações realizadas na operação do Entorno
refletirão nos endereços que os recenseadores receberão como Lista Prévia na coleta. Assim,
a alteração do nome de um Logradouro, por exemplo, não afeta apenas a face, mas todos os
seus endereços, que passarão a possuir o logradouro alterado. As faces que não possuírem
endereços devem ser assinaladas como Nada a Registrar (NAR), da mesma forma como é
orientado ao Recenseador na coleta.

Caso uma face que possua endereços seja marcada como NAR na operação do Entorno, você
será alertado de que ela possui endereços associados e que esses endereços serão excluídos
automaticamente. Utilize esta função com muito cuidado, verifique o total de endereços nas
faces que estiver trabalhando. Confira também os relatórios do setor em que estiver, nos quais
você poderá visualizar os endereços. A mesma ressalva vale para os casos onde uma face
precisar ser excluída, quando esta operação deve ser ainda mais cuidadosa. Nestas situações,
o recenseador terá, posteriormente, a possibilidade de realocar os endereços eventualmente
excluídos na operação do Entorno para as faces corretas, caso existam em campo,
prosseguindo com a sua coleta normalmente.

12.2. Pesquisa Urbanística do Entorno dos Domicílios

A Pesquisa Urbanística do Entorno dos Domicílios (“Pesquisa do Entorno” ou “Entorno”) é um


levantamento de informações realizado por observação durante o Censo Demográfico e tem
como objetivo fornecer um panorama da infraestrutura urbana do País, considerando temas
como acessibilidade, circulação, equipamentos públicos e meio ambiente.

Essa pesquisa gera informações para inúmeros usuários ao subsidiar políticas públicas e
iniciativas do setor privado, tendo como foco o ambiente urbanizado. Um exemplo de aplicação
é a produção de indicadores para monitorar os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável
(ODS), uma iniciativa da ONU desenvolvida sob a forma de plano de ação para as pessoas, o
planeta e a prosperidade geral. A pesquisa do Entorno contribui em especial para o Objetivo
11: Tornar as cidades e os assentamentos humanos inclusivos, seguros, resilientes e
sustentáveis.

Os objetivos da Pesquisa do Entorno 2022 são:

▪ Coletar dados de infraestrutura urbanística relativa à acessibilidade universal,


como circulação de pessoas e veículos, drenagem pluvial e equipamentos no
espaço urbano.
▪ Fornecer informações para melhorar a qualidade da cobertura da coleta do
Censo 2022.

48
MANUAL DO ACM E ACS
CD-1.10

▪ Os dados levantados por esta pesquisa são importantes para a formulação de


políticas públicas, em áreas urbanas e para melhoria da qualidade de vida
da população.

A pesquisa será realizada em momento anterior ao da coleta do Censo Demográfico 2022, ou


seja, antes da aplicação do questionário aos informantes. As informações serão obtidas a partir
da observação direta de características urbanísticas do entorno dos domicílios em todas as
faces de quadras urbanas. As quadras urbanas são as unidades de coleta do levantamento.

Desta forma, essa pesquisa dispensa a realização de entrevistas, cabendo exclusivamente ao


Supervisor do Censo Demográfico a condução do preenchimento do questionário. Para as
áreas de Aglomerados Subnormais classificadas “com adensamento”, que possuem poucas ou
nenhuma face, haverá uma operação diferenciada para a aplicação da pesquisa de modo a
garantir a cobertura nacional. No caso de áreas de Povos e Comunidades Tradicionais
Indígenas e Quilombolas, a pesquisa será aplicada após a realização do procedimento de
abordagem, apenas nas faces que sejam logradouros públicos.

Durante o percurso realizado pela face do setor deverá ser registrada a situação encontrada
para cada elemento. Para isso, é necessário ter conhecimento prévio dos conceitos envolvidos
na pesquisa. Por este motivo, em cada questão haverá a exposição do objetivo e do critério a
ser adotado. Das 10 perguntas do questionário, 3 quesitos são respondidos observando
somente a face em análise, enquanto os demais necessitam da observação também da face
confrontante à face analisada e do canteiro central (vide Figura 1 e Figura 2).

Atenção
O que está sendo investigado é a existência de elementos no entorno dos
domicílios e as suas características, independentemente do seu estado de
conservação, funcionamento ou eficácia.

49
MANUAL DO ACM E ACS
CD-1.10

12.2.1. Áreas de Análise

Face em Face
análise confrontante

Figura 1- Face e face


confrontante.

Face
confrontante

Face em
análise Face
confrontante

Face
confrontante

Figura 2- Face com mais de uma


confrontante.

Na análise de elementos presentes na face e em sua confrontante, somente um trecho da


confrontante é analisado: o trecho diretamente frontal à face em análise (Figura 3). Elementos
na face confrontante que não estejam na área frontal à face analisada não deverão ser
registrados nesse momento.

50
MANUAL DO ACM E ACS
CD-1.10

Trecho da face
confrontante
excluída da análise

Face em
análise
Trecho da face
confrontante
considerada na
análise

Trechode
logradouro
considerado na
análise
Trecho da face
confrontante
excluída da análise

Figura 3- Face com face confrontante projetada.

Algumas vezes em meio a uma face e sua confrontante, haverá um canteiro central. Logo, os
elementos Bueiro / Boca de lobo; Iluminação pública; Ponto de ônibus / Van e Via
sinalizada para bicicletas, caso existentes no canteiro central, deverão ser também
contabilizados.

Figura 4

51
MANUAL DO ACM E ACS
CD-1.10

Figura 5 - Área de análise.

12.2.1.1. Áreas Públicas X Áreas Privadas

Por meio dos elementos observados, a pesquisa objetiva revelar as características do entorno
dos domicílios, ou seja, as áreas públicas onde esses domicílios estão inseridos.

Por isso, a observação considera apenas os elementos de infraestrutura presentes em área


pública, área de domínio público, bens de uso comum, como ruas, praças, estradas, parques,
rios, mares etc. Essas áreas são abertas à utilização, livre, de todos. A observação ignora os
elementos que se encontram em áreas privadas, como lotes particulares ou condomínios
privados. Deve haver especial atenção ao distinguir áreas públicas e privadas ao observar
certos quesitos, tais como: arborização e iluminação.

Área Privada

Área Pública

Figura 6 - Elementos em área pública e privada.

52
MANUAL DO ACM E ACS
CD-1.10

12.2.1.2. Limites da Face observada

Quando a face ou a face confrontante representar os limites de um espaço não edificado,


como, por exemplo: parques, praças, praias e outras áreas públicas, deverão ser considerados
os quesitos avistados pelo Supervisor, enquanto este percorre o caminho adjacente ao espaço
observado.

Sendo assim a área de observação será a soma da área da calçada/passeio (se ela existir),
com a área alcançada pela visão do Supervisor quando ele observa o interior deste espaço.

O Supervisor deve continuar seu trajeto paralelo ao espaço não edificado, sem se deslocar
para o interior deste espaço enquanto faz a observação.

Elementos
considerados

Elementos
considerados

Figura7 - O entorno em faces não edificadas.

53
MANUAL DOACME ACS
CD-1.10

12.2.1.3. Faces com mais de uma calçada / passeio


Para as faces com mais de uma calçada ou passeio (Figura 8), deverá ser considerada a
existência dos elementos do bloco Face + Face Confrontante, e Face + Canteiro Central
(arborização) em qualquer uma delas. Para os elementos da face, considerar a faixa de
calçada ou passeio em melhor condição de infraestrutura.

Elementos
observados

Figura 8 - O entorno em faces com mais de uma calçada / passeio.

12.2.1.4 Elementos Localizados Em Esquinas

Alguns elementos pontuais (como bueiro/boca de lobo, iluminação pública, rampa para
cadeirantes) podem ocorrer na esquina entre duas faces. Neste caso, o elemento deverá ser
considerado em ambas as faces que formam a esquina e, caso a área de análise para o
elemento em questão seja Face + Face Confrontante, será considerado também para suas
confrontantes, como mostra a figura abaixo.

A seguir são apresentados alguns elementos que devem ser observados (Figuras 9 e 10):
MANUAL DO ACM E ACS
CD-1.10

Ciclovia
Via

Iluminação pública

53

Calçada/
Arborização

[MAMdF3]

Figura 9 - Alguns elementos de trecho de logradouro.

Fonte: Ministério das Cidades

55
MANUAL DO ACM E ACS
CD-1.10

Figura 10 – Alguns elementos de trecho de logradouro.


Fonte: Ministério das Cidades.

Atenção
Ao percorrer o setor, fique atento às condições de segurança para
evitar acidentes no momento de preenchimento do questionário.

12.2.2. Critérios

As questões da Pesquisa Urbanística do Entorno dos Domicílios estão organizadas de acordo


com três critérios, descritos a seguir:

a) Mínimo – Baseia-se apenas na observação da existência do quesito em um patamar


mínimo. Quando se denota a existência do elemento, este é motivo suficiente para
registrá-lo. Não há a preocupação de qualificar o elemento (funcionamento,
manutenção e periodicidade). Sete dos dez quesitos estão dentro desta classificação:
Bueiro / Boca de lobo, Iluminação pública, Ponto de ônibus / Van, Via sinalizada para
bicicleta, Calçada /Passeio, Obstáculo na calçada e Rampa para cadeirante.

b) Contagem – Ocorre quando há a necessidade de contar a quantidade de elementos


citados na pergunta. O único quesito nessa situação é: “Arborização”. Caberá ao
Supervisor realizar a contagem de elementos e assinalar a resposta referente à soma
total das árvores na Face + Canteiro central, quando houver.

c) Predominância – É característico das situações em que há predominância visual de


um determinado fenômeno. Considerar a tipologia com maior representação, isto é,
mais da metade (>50%). Esse critério aparece somente nos quesitos “Capacidade de
Circulação da Via” e “Pavimentação da Via”.

56
MANUAL DO ACM E ACS
CD-1.10

12.2.3. Preenchimento do Questionário do Entorno

A Pesquisa Urbanística do Entorno dos Domicílios está estruturada em 3 blocos de acordo com
a área de análise do quesito: Elementos da Face + Face confrontante, Elementos da Face, e
Elementos da Face + Canteiro central.

O Supervisor deverá marcar com a opção “sim” no caso de ocorrência do quesito, respeitando
o critério específico de cada um, e no caso de o elemento não ocorrer ou não atender ao
respectivo critério, o Supervisor marcará o quesito com a opção “não”.

Os quesitos “Capacidade de Circulação da Via” e “Arborização” são exceções a essa regra. Em


ambos os quesitos, o Supervisor deverá selecionar uma categoria de resposta.

O quesito “Existência de calçada / passeio” apresenta uma questão em cascata: caso o


Supervisor marque o quesito, outros 2 quesitos aparecerão: “Obstáculos na calçada” e “Rampa
para cadeirantes”.

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MANUAL DO ACM E ACS
CD-1.10

12.2.3.1. Capacidade de circulação da via

Figura 11 – Caminhão, ônibus, veículos de Figura 13 – Pedestres, bicicletas ou transporte


de carga. motocicletas.

Figura 12 – Carros de passeio ou van Figura 14 – Aquavia.

Objetivo do quesito: Qualificar a capacidade da via. A capacidade indica o maior porte de


veículo que a via pode comportar, independentemente do seu uso efetivo.

Critério: Predominância.

Local de investigação: Face e face confrontante.

Condição de resposta:

Caminhão, ônibus, veículos de


transporte de carga Via com capacidade para a circulação de caminhões,
ônibus e veículos de transporte de carga, além de
veículos de passeio, vans, motocicletas e pedestres.

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MANUAL DO ACM E ACS
CD-1.10

Carros de passeio ou van


Via com capacidade de circulação de veículos
automotores de passeio ou van, além de
motocicletas, bicicletas e pedestres.

Pedestres, bicicletas e Via com capacidade somente para a circulação de


motocicletas pedestres, bicicletas e motocicletas.

Aquavia
Via líquida usada para o transporte: mar, rios, lagos,
canais, etc. Considerar aquavia apenas quando o rio
ou canal constitui a face e é uma forma de acesso
direto às edificações, sem a presença de uma rua
entre o rio/canal e as edificações.

12.2.3.2. Via pavimentada

Figura 15 - Via pavimentada. Figura 16 - Via pavimentada. Figura 17 - Via não


pavimentada.

Objetivo do quesito: Observar a predominância de pavimentação no trecho de logradouro,


mesmo que se encontre incompleto ou em mau estado de conservação. Considerar, também,
pavimentações rudimentares (ex.: tipo pé-de-moleque). Estas costumam ocorrer nos centros
históricos. Em faces que se encontrarem sobre palafitas ou pontes, considerar as vias
revestidas com tábuas de madeira como pavimentadas.

Critério: Predominância.

Local de investigação: Face e face confrontante.

Condição de resposta:

Quando, na pista de rolamento, houver pavimentação em pelo menos 50% do


trecho correspondente à face analisada e face confrontante, ou seja, cobertura
de via pública como asfalto, cimento, paralelepípedos etc.

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MANUAL DO ACM E ACS
CD-1.10

12.2.3.3. Bueiro/boca de lobo

Figura 18 - Boca de lobo na sarjeta. Figura 19 - Boca de lobo na guia/meio-fio.

Objetivo do quesito: Observar a existência de equipamentos de escoamento subsuperficial


urbano na face ou na face confrontante.

Critério: Mínimo.
Local de investigação: Face e face confrontante (e canteiro central, se houver).

Condição de resposta:

Quando, na face percorrida ou na sua confrontante, existir bueiro ou boca de


lobo, ou seja, abertura que dá acesso a caixas subterrâneas, por onde escoam a
água proveniente de chuvas, regas etc. Bueiro/boca de lobo não se confunde
com tampões para acesso a galerias subterrâneas. Atenção à correta
identificação de bueiro / boca de lobo mesmo que esteja obstruído ou difícil de
reconhecer.
Quando o elemento estiver na interseção de duas faces deverá ser considerado
em ambas as faces e confrontantes.

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MANUAL DO ACM E ACS
CD-1.10

12.2.3.4. Iluminação pública

Figura 20 - Face com iluminação pública. Figura 21- Face com iluminação pública.

Objetivo do quesito: Identificar pelo menos um ponto fixo que promova a iluminação pública
de logradouro (não precisa ser todo o logradouro). Para tanto, o ponto de iluminação deve
estar, obrigatoriamente, em área pública. Se o ponto de iluminação estiver quebrado, mesmo
assim deve-se marcá-lo como existente.

Critério: Mínimo.
Local de investigação: Face e face confrontante (e canteiro central, se houver).

Condição de resposta:

Quando, na face percorrida ou na sua confrontante, existir pelo menos um ponto


fixo (poste) de iluminação pública.

61
MANUAL DO ACM E ACS
CD-1.10

12.2.3.5. Ponto de ônibus / van

Figura 22 - Abrigo de passageiros. Figura 23 - Placa de sinalização.

Objetivo do quesito: Identificar pontos com sinalização visível de parada de ônibus/van para
embarque e desembarque de passageiros.

Critério: Mínimo.
Local de investigação: Face e face confrontante (e canteiro central, se houver).

Condição de resposta:

Quando, na face percorrida ou na sua confrontante, existir qualquer tipo de


sinalização de ponto de parada de ônibus/van ou abrigo para a espera e
embarque/desembarque dos usuários.
Atenção para os diversos tipos de sinalizações de pontos de parada de
ônibus/van em alguns locais do país. Há sinalizações como faixas pintadas na
via, marcações em meio-fio ou outros materiais alternativos que devem ser
considerados uma vez que representam a forma de sinalização vigente em sua
cidade. Se você não reside na cidade de coleta, procure saber com seus
colegas qual é o modelo de sinalização utilizado antes de ir a campo.
Importante: Não perguntar para o transeunte sobre a existência da parada de
ônibus/van ou abrigo, quando esta não estiver sinalizada.

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MANUAL DO ACM E ACS
CD-1.10

12.2.3.6. Via sinalizada para bicicletas

Figura 24 – Ciclovia. Figura 25 - Pista compartilhada (ciclorrota).

Objetivo do quesito: Identificar vias qualificadas demarcadas para a circulação cicloviária.


Considerar ciclofaixa (inclusive temporárias para lazer, desde que haja sinalização fixa),
ciclovia ou sinalização de pista compartilhada com bicicletas (ciclorrota).

Critério: Mínimo.
Local de investigação: Face e face confrontante (e canteiro central, se houver).

Condição de resposta:

Quando, na face percorrida ou na sua confrontante, existir via sinalizada para


trânsito de bicicletas.

63
MANUAL DO ACM E ACS
CD-1.10

12.2.3.7. Calçada / passeio

Figura 26 - Face com calçada/passeio. Figura 27 - Face com calçada/passeio.

Figura 28 - Face sem calçada/passeio. Figura 29 - Face sem calçada/passeio.


Objetivo do quesito: Identificar se existe o espaço disponível para circulação de pelo menos
um pedestre (cerca de 80 cm) separada daquela destinada à circulação de veículos.

Critério: Mínimo.
Local de investigação: Somente face.
Condição de resposta:

Quando, na face percorrida, existir calçada/passeio na face, com ou sem


revestimento, em que haja conexão entre a frente de, pelo menos, dois lotes, para
garantir a circulação mínima de pedestres pela face.
Observar a existência de meio fio como indicador de presença de calçada.

64
MANUAL DO ACM E ACS
CD-1.10

Atenção
Neste quesito, será considerado como calçada/passeio o espaço que, segregado
da via de veículos, é destinado à locomoção do pedestre.

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MANUAL DO ACM E ACS
CD-1.10

12.2.3.8. Obstáculo na calçada

Figura 30 - Calçada livre Figura 31 - Obstáculos Figura 32 – Obstáculo na


de obstáculo calçada.

Objetivo do quesito: Identificar a existência de obstáculos e desníveis fixos que


comprometam a circulação, sobretudo para pessoas deficientes, idosos ou com algum grau de
comprometimento na locomoção a pé.
Quando a face possuir mais de uma calçada ou passeio, será considerada aquela em melhor
estado de conservação.

Critério: Mínimo.
Local de investigação: Somente face.
Condição de resposta:

Quando houver qualquer tipo de obstáculo que impeça ou crie dificuldade para a
locomoção pela calçada.

Anotações

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MANUAL DO ACM E ACS
CD-1.10

Atenção Atenção
Considerar obstáculos: Não considerar:

a) desníveis na calçada entre a a) pequenas falhas de


frente de um lote e seu manutenção;
adjacente (como rampa
irregular de entrada de b) obras temporárias com
veículos), sinalização na calçada.

b) elementos não planejados c) Inclinação da calçada devido


(como postes, árvores que à inclinação da via.
ocupem a distância mínima
(0,80 m) e impeçam ou
prejudiquem a circulação de
pessoas, cadeirantes, idosos e
trânsito com carrinhos de bebê;
c) largura da calçada inferior a
0,80 metros;
d) problemas graves de
manutenção de pavimentação
que comprometam a locomoção
de cadeirantes e pessoas com
mobilidade reduzida.

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MANUAL DO ACM E ACS
CD-1.10

12.2.3.9. Rampa para cadeirante

Figura 33 - Rampa para cadeirante. Figura 34 - Rampa de automóvel.

Objetivo do quesito: Identificar a existência de rampa de cadeirante na face. Geralmente, a


rampa está situada nas imediações das esquinas. Cuidado para não confundir rampa para
cadeirante com rampa de automóvel que leva ao acesso de garagens e estacionamentos.
Deve-se considerar também a presença de passagem elevada de pedestres.

Figura 35 - Passagem elevada.

Critério: Mínimo.
Local de investigação: Somente face.

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MANUAL DO ACM E ACS
CD-1.10

Condição de resposta:

Quando, somente na calçada da face, existir rampa: ou seja, rebaixamento de


calçada ou meio-fio/guia, geralmente nas proximidades das esquinas,
destinado especificamente a dar acesso a pessoas que utilizam cadeira de
rodas e/ou quando existir passagem elevada de pedestres, permitindo a
passagem de uma calçada à outra sem desníveis.
A rampa deve ter sido construída com a finalidade de acessibilidade a
cadeirantes. Rebaixos de meio fio para acesso de veículos e rampa de acesso
a edificações (que não dão acesso à calçada) não devem ser considerados.
Quando a rampa estiver na interseção das faces, deve ser considerada em
ambas.

12.2.3.10. Arborização

Figura 36 - Face arborizada. Figura 37 - Porte não arbóreo.

Objetivo do quesito: Identificar a existência de árvore(s), arbusto(s) e outra(s) planta(s) na


face percorrida ou no canteiro central. Este quesito consiste na contagem do número de
árvores dentro de patamares estabelecidos (acima da altura média de uma pessoa:
aproximadamente 1,70m). Considera-se árvore espécime vegetal de porte arbóreo na calçada
ou passeio e/ou em canteiro que divida pistas de um mesmo logradouro

Critério: Contagem.

Local de investigação: Face + canteiro central (se houver)


Categorias de resposta:

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MANUAL DO ACM E ACS
CD-1.10

Sem árvores

De 1 a 2 árvores

De 3 a 4 árvores

5 ou mais árvores

Atenção: Casos de dúvidas comuns sobre a contagem de árvores.


Considerar árvore:

Árvores podadas Arvores com altura suficiente apesar de finas

70
MANUAL DO ACM E ACS
CD-1.10

Árvores em canteiro de muro voltadas para a calçada

Atenção: Não considerar árvore ou arborização porque não está em área


pública.

Árvores em terreno ou área privada.

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MANUAL DO ACM E ACS
CD-1.10

12.2.4. Operação da Pesquisa do Entorno nos Aglomerados


Subnormais

A cobertura de mapeamento de setores de Aglomerados Subnormais, para fins de coleta da


Pesquisa do Entorno, é classificada em dois tipos:

1. aglomerados não adensados, com faces bem definidas e possível circulação interna
por carros e caminhões e espaçamento entre as casas (Figura 38).

2. aglomerados com adensamento, sem ou com poucas faces bem definidas, vias do
tipo becos, trilhas ou escadarias, pouco ou nenhum espaçamento entre as casas,
acessibilidade restrita, e poucas ou nenhuma face reconhecíveis ou mapeadas (Figura
39).

Figura 38 - Aglomerado subnormal não adensado. Figura 39 - Aglomerado subnormal


com adensamento.

Para o primeiro tipo, a coleta será realizada


associando um questionário por face como nos
setores urbanos não especiais. Para o segundo
tipo, um questionário será coletado a cada 15
acessos de edificações visíveis (Figura 40)
contadas ao longo do percurso em áreas onde
não houver faces mapeadas e, ainda assim,
não for possível a realização de tracking devido
ao alto grau de adensamento ou não captura do
sinal de GPS pelo tablet.

Figura 40 – Exemplos de edificações visíveis.

Vale lembrar que, neste questionário, para aglomerados subnormais com adensamento, todos
os quesitos deverão ser considerados para a face e para a face confrontante.

72
MANUAL DO ACM E ACS
CD-1.10

Edificações visíveis são aquelas que possuem características domiciliares e/ou comerciais e
podem ser identificadas pela porta de entrada ou escadaria voltada para a via de acesso
percorrida. Para essa estimativa, serão contabilizadas em ambos os lados.

Tipo de Setor Modo de Coleta do Entorno

Setores não especiais Um questionário do Entorno por face

Um questionário do Entorno por face


Setores aglomerados subnormais não
adensados

Setores aglomerados subnormais com


adensamento Um questionário do Entorno por face, onde
houver. Para áreas adensadas sem face,
realizar contagem de edificações
visíveis, aplicar um questionário do
Entorno a cada 15 edificações. Os
questionários, com captura de um ponto de
coordenadas, devem ser coletados de
forma dispersa ao longo da parte
adensada. É exigido pelo menos 1
questionário por ponto em setores deste
tipo.

Cada questionário, ao ser finalizado resultará, também, em um par de coordenadas relativo ao


local onde o Supervisor preencheu o Questionário do Entorno, no interior do setor trabalhado.

A classificação do setor de Aglomerado Subnormal “com adensamento” ou “não adensado”


estará disponível no tablet.

73
MANUAL DO ACM E ACS
CD-1.10

Questionário por pontos

Questionário por tracking

Figura 41 - Questionário por pontos e tracking

12.2.5. Gerenciamento e Supervisão

O produto da coleta do Entorno, realizada pelo ACS, ao ser transmitido, aparecerá sob a forma
de dados, relatórios e críticas no SIGC. Por sua vez, o Agente Censitário Municipal (ACM) terá
a responsabilidade de analisar as informações e proceder à Supervisão e encerramento dos
setores transmitidos.

O ACM terá a sua disposição, por meio do SIGC, um conjunto de dados espaciais como:

▪ relatório do andamento de faces atualizadas em campo;


▪ questionários do entorno aplicados georreferenciados;
▪ trackings capturados pelo tablet durante o percurso do ACS em campo, a fim de garantir a
cobertura da coleta;
▪ alerta sobre possibilidade de inconsistências de respostas coletadas;
▪ mapas com as respostas por face ou ponto para serem analisadas com o auxílio de
imagens de satélite recentes.

Com esse conjunto de instrumentos, o ACM deverá analisar as respostas do Supervisor,


corrigir ou justificar os alertas e, por fim, responder um conjunto de perguntas para realizar

74
MANUAL DO ACM E ACS
CD-1.10

o encerramento da Supervisão da coleta do Entorno. Caso haja problemas ou inconsistências


com os dados coletados, deve-se solicitar esclarecimentos necessários ao ACS.

Em casos de dúvida ou de erros que não possam ser corrigidos em gabinete, o ACS deverá
retornar a campo a fim de solucionar o problema. Cada questionário, ao ser finalizado
resultará, também, em um par de coordenadas relativo ao local onde o Supervisor preencheu o
Questionário do Entorno, dentro do setor.

Especial atenção deve ser dada ao gerenciamento do ritmo da coleta pelo ACM, a fim de se
identificar prontamente a não produção ou baixa produção da parte dos ACS. Como a pesquisa é
feita em um espaço de tempo curto, isto deve ser logo sanado.

O ACM terá à sua disposição, por meio do SIGC:

▪ relatório do andamento e das respostas de faces atualizadas em campo


▪ questionários do entorno aplicados georreferenciados
▪ trackings capturados pelo DMC durante o percurso do ACS em campo, a fim de garantir a
cobertura da coleta
▪ alerta sobre possibilidade de inconsistências de respostas coletadas
▪ mapas com as respostas por face ou ponto para serem analisadas com
o auxílio de imagens de satélite recentes

Abrindo o SIGC na aba Entorno o ACM terá os seguintes relatórios para gerenciamento e
controle da coleta do Entorno:

Figura 42 - Relatórios da Coleta do Entorno

Este relatório mostra a situação da coleta e o status dos setores de forma agregada:

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MANUAL DO ACM E ACS
CD-1.10

Figura 43 - Relatório Agregado de Status dos Setores da Coleta do Entorno

Este relatório mostra o andamento da coleta e o status dos setores de forma individualizada com
o número de faces previstas, questionários coletados, faces incluídas, excluídas, NAR,
desassociadas, atualizadas e o Mapa da coleta do Entorno:

Figura 44 - Relatório de Andamento da coleta do Entorno por Setor Censitário

Relatório das Respostas dos Questionários do Setor por Face e o Mapa para supervisão fazer
o acompanhamento.

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MANUAL DO ACM E ACS
CD-1.10

Figura 45 - Relatório das Respostas dos Questionários por Face

Temos ainda no Sistema o Relatório de Respostas % dos Questionários do Entorno por Setor
e Relatório de Respostas do Questionário do Entorno por Município.

Relatório de Supervisão do setor

Figura 46 – Relatório de Supervisão do Entorno

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MANUAL DO ACM E ACS
CD-1.10

Figura 47 – Mapa de Supervisão do Entorno

12.2.6 Fechamento do setor


O fechamento do setor ocorrerá somente quando todas as perguntas da supervisão orientada
forem respondidas.

Caso alguma pergunta esteja marcada como “Sim”, o ACM deverá consultar o supervisor e caso
confirme a inconsistência, o ACS deverá retornar em campo e corrigir a atividade criticada.

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MANUAL DO ACM E ACS
CD-1.10

Figura 48 – Perguntas da Supervisão Orientada

No fim, o ACM deverá utilizar o mapa visualizador de faces


para verificar as respostas apresentadas pelo ACS.

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MANUAL DO ACM E ACS
CD-1.10

Figura 49 – Mapa visualizador das faces do Entorno.

▪ O status do setor recebido pelo ACM é Realizado.

▪ Ao perceber inconsistência de resposta o setor será reaberto e seu


status retornará para Em andamento.

Uma vez corrigido, ou sem necessidades de alteração o ACS finalizará


a supervisão e o status do setor mudará para supervisionado.

Figura 50 – Fluxograma do processo de Supervisão do Entorno – ACM

12.2.6 Entorno Pós Coleta

Na Pesquisa do Entorno poderão ocorrer casos em que a coleta do questionário pode ocorrer
após a coleta domiciliar. A pesquisa de “Entorno pós-coleta” ocorrerá:

• em setores que tenham tido faces inseridas pelos recenseadores durante a coleta
domiciliar.
• em setores especiais de Povos e Comunidades Tradicionais – PCT (em meio urbano)

Para as situações de entorno pós-coleta que ocorre por face inserida pelo recenseador o
procedimento ser seguido pelos ACS será o seguinte:

1. O ACS irá realizar a coleta do questionário do entorno após o


fechamento do setor modificado

2. O ACS vai até o local da face inserida, realiza a pesquisa e coleta coordenada.

O ACM receberá um alerta no SIGC após a coleta domiciliar ter sido realizada, para tomar
ciência de qual(is) setores e qual(is) faces se
encontram na situação de pendência da coleta do Entorno.

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MANUAL DO ACM E ACS
CD-1.10

Quando a face for criada de acordo com a conformidade do território, o supervisor deve realizar
a coleta da Pesquisa do Entorno.

Caso a face não tenha sido criada corretamente, ele deve justificar na aba de justificativa
que virá atrelada ao questionário do Entorno Pós-Coleta.

Figura 51 – Entorno Pós Coleta

12.2.7 Entorno Pós Coleta

▪ São setores que, por fatores de inviabilidade de transmissão, de falta de acesso por
logística complexa e outros motivos, são excluídos da pesquisa de entorno, ou seja, não
há alocação de supervisor.

▪ Estes setores serão indicados previamente pela análise das Coordenações Operacionais
Estaduais.

▪ Se no meio da operação forem detectados setores remotos, estes podem ser liberados da
coleta da pesquisa do Entorno somente pelo CCS ou superior.

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MANUAL DO ACM E ACS
CD-1.10

O procedimento no SIGC para setores identificados sem viabilidade de coleta pelo ACS e ACM
seguirá os seguintes passos:

▪ O botão “Setor sem viabilidade de coleta de pesquisa do entorno” deve ser


assinalado no SIGC.

▪ Um campo de justificativa aparecerá e deve ser preenchido.

▪ É importante ficar atento ao seguinte alerta: “Atenção, a liberação da necessidade de


realização da Pesquisa Urbanística do Entorno dos Domicílios deve ser direcionada pelo
ACM ao Coordenador de área responsável pelo setor.”

▪ Executando esta ação, o setor fica liberado da coleta do questionário do Entorno.

Figura 52 – Imagem no SIGC para indicar/confirmar setor sem viabilidade de coleta.

Durante a coleta, caso seja identificado o setor com viabilidade de coleta pelo ACS e/ou ACM:

▪ Se o ACS identificar como viável para realizar a pesquisa um setor indicado previamente
como “Setor sem viabilidade de coleta de pesquisa do entorno”, este deve comunicar ao
ACM que deverá entrar em contato com o CCS para solicitar a sua liberação para coleta
do Entorno.

▪ O CCS (ou superior) deve assinalar o botão que desativa a opção “Setor sem viabilidade
de coleta de pesquisa do entorno” no SIGC. Após esses procedimentos deve ser coletado
o entorno do setor normalmente.

13. TREINAMENTO DO RECENSEADOR


O ACM/ACS tem um papel fundamental em tarefas administrativas a serem realizadas no
Posto de Coleta, principalmente, aquelas relativas ao Treinamento e à Contratação dos
Recenseadores. Essas ações são muito importantes para o êxito desse projeto. É necessário
que tudo seja feito com muita atenção e organização.

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MANUAL DO ACM E ACS
CD-1.10

Os candidatos aprovados à função de Recenseador passarão por Treinamento, de caráter


eliminatório e classificatório, realizado pelo IBGE e que terá duas etapas: a autoinstrução e a
presencial.

13.1. Etapa autoinstrucional


Após a divulgação do resultado final da prova, o candidato deverá realizar a leitura prévia do
Manual do Recenseador, que será oferecido no endereço eletrônico:
www.censo2022.ibge.gov.br.

O candidato não precisará imprimir o Manual do Recenseador, uma vez que será entregue no
primeiro dia do treinamento presencial.

O curso online “Estudos dos Conhecimentos Técnicos”, oferecido no Processo Seletivo


Simplificado – PSS, também tem função autoinstrucional. Esse curso poderá ser refeito
quantas vezes os treinandos quiserem, uma vez que ficará disponível no site do IBGE até o
final da operação censitária.

13.2. Etapa presencial


Serão convocados para o Treinamento presencial, os candidatos aprovados dentro do número
de vagas, conforme a distribuição constante no Quadro de Vagas e o resultado final da Prova
Objetiva, divulgado no endereço eletrônico da banca organizadora do concurso seletivo.

Os locais e datas do treinamento presencial serão divulgados em momento oportuno no


endereço eletrônico: www.censo2022.ibge.gov.br .

Os candidatos convocados para o treinamento deverão comparecer, na medida do possível,


ainda antes do início do treinamento, ao seu respectivo local de lotação – Posto de Coleta –
para esclarecer dúvidas sobre o treinamento e sobre o trabalho de coleta. Nesse momento,
farão um primeiro cadastro, somente com a inclusão de dados pessoais básicos de cada um.
Não há necessidade de levarem a documentação solicitada no PSS para a contratação.

Esse cadastro inicial é importante para organizar os treinamentos – quantos serão os treinandos,
quantas turmas – e para esquematizar o pagamento da ajuda-treinamento.
Os demais candidatos aprovados serão mantidos em cadastro reserva. Isto significa que
poderão ser chamados no futuro para fazer o treinamento, mediante liberação futura de vagas,
durante o prazo de validade do processo seletivo em questão.
No caso de não preenchimento das vagas pelos primeiros convocados, as convocações
seguintes serão realizadas pela área de Recursos Humanos do IBGE. Novos candidatos
poderão ser convocados, obedecendo à classificação nas provas objetivas (e sem exceder o
número de vagas previsto).
Quanto aos candidatos com deficiência e aos candidatos pretos ou pardos, em caso de as
vagas que lhes são reservadas não forem preenchidas por motivo de reprovação no
treinamento e, em caso de ocorrer novo treinamento, deverão ser convocados para treinamento
os próximos candidatos (com deficiência, pretos ou pardos) não eliminados na prova objetiva.

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MANUAL DO ACM E ACS
CD-1.10

13.2.1. Primeiro dia do treinamento presencial


No primeiro dia do Treinamento Presencial, deve-se enfatizar aos candidatos a importância de
apresentar, corretamente, os documentos originais. O objetivo é efetuar a contratação dos
aprovados no treinamento logo após o seu término.

Atenção
Não será cobrada cópia da documentação porque ela, uma vez entregue,
sofrerá digitalização.

Um documento sobre o qual o candidato deve ser alertado, no primeiro dia, é o PIS/PASEP:

Atenção
▪ Ressalte ao candidato que caso já possua o PIS/PASEP é fundamental
que seja apresentado algum comprovante informando o número correto.
▪ Se ele apresentar 02 (dois) números de PIS/PASEP deverá ser
instruído a procurar o Banco do Brasil (BB) para proceder a correção e,
se não souber qual é o número, se dirigir à Caixa Econômica Federal
(CEF) ou Banco do Brasil (BB) para apresentar um comprovante no
momento da contratação no Censo.
▪ A omissão dessa informação ou o preenchimento errado do PIS/PASEP
trará uma série de consequências futuras, dentre elas: o erro na
informação dos recolhimentos para o INSS
(GFIP);
o problemas no reconhecimento de tempo de
contribuição e outros benefícios perante o INSS; e
o problemas para receber o Abono Salarial do Ministério do
Trabalho, entre outros.

Os candidatos que não compareceram ao Posto de Coleta antes do treinamento devem fazer o
seu primeiro cadastro no primeiro dia de treinamento. Esse cadastro conterá os dados
necessários para liberar os valores de ajuda de treinamento e, futuramente, em caso de
aprovação e contratação, o de ajuda de locomoção, junto ao pagamento por produção (à
medida que completar os setores a que for designado).

O cadastro é composto dos seguintes dados:

Dados Pessoais:
Matrícula, Nome, Data de Nascimento, Sexo, Estado Civil, Nome
da Mãe e do Pai, Nacionalidade etc.

Endereço, Bairro, Cidade, Telefones e E-mail.


Endereço
Residencial:

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MANUAL DO ACM E ACS
CD-1.10

Documentos: CPF, Identidade, PIS/PASEP e Título de Eleitor.

A etapa presencial do Treinamento terá a duração total de 05 (cinco) dias, com carga horária
de 08 (oito) horas diárias. Os recenseadores que vão atuar em áreas de PCTs terão um dia
diferenciado de treinamento. O Supervisor deverá organizar esse dia diferenciado de
treinamento em acordo com o plano de treinamento organizado pela unidade estadual,
garantindo as condições necessárias para seja realizado. Nenhum Recenseador deve se dirigir
a uma área de PCTs sem esse treinamento.

Os candidatos, ao receberem os Dispositivos Móveis de Coleta (DMC) para as atividades de


prática e simulação durante o treinamento, assinarão um Termo de Responsabilidade Solidária
(TRS), que se refere à responsabilidade contraída ao guardar e utilizá-los durante o período.
Consulte novamente o item 10 desse Manual, caso queira relembrar detalhes sobre a gestão
de materiais e equipamentos.

No momento do cadastro inicial, informe aos candidatos: aqueles que tiverem 100% de
frequência no Treinamento Presencial farão jus a uma ajuda-treinamento. É fundamental que
todos participem e façam um bom treinamento. Este é o primeiro passo para uma operação
censitária bem-sucedida.

13.2.2. Após a prova do treinamento presencial


Ao final da etapa presencial, o candidato realizará o Teste Final do Treinamento, cujo resultado
será representado em percentual de acertos. No Teste, aquele que não obtiver o mínimo de
50% de acertos será eliminado do processo seletivo. O percentual será computado
considerando-se a 1ª casa decimal e descartando-se as demais.

13.3. Organização do treinamento


A definição do local de treinamento e dos equipamentos necessários é de responsabilidade do
Coordenador Censitário de Subárea (CCS). Para o Censo Demográfico 2022, os locais de
treinamento deverão ter, se possível, acesso por meio de rede sem fio à Internet, TV (tipo
SmarTV) ou projetor, laptop e cabo HDMI para conectá-los. Caso opte pelo projetor, ele não
pode se esquecer de providenciar caixas de som, para o momento das videoaulas.

E cabe ao ACM, com a orientação do CCS e apoio dos ACS, tomar as seguintes ações em prol
do planejamento dos treinamentos, de acordo com a lista de verificação (“checklist”):

▪ Organização das turmas: o cadastro prévio ajudará a conhecer a quantidade


de treinandos e, consequentemente, das turmas. O ideal é que se não formem
turmas com mais de 20 pessoas, em prol de um melhor aproveitamento das
aulas, exercícios de prática e simulação no tablet. Se possível, reúna nas
mesmas turmas treinandos que você espera atuar em áreas de povos e
comunidades tradicionais. Como se sabe, estes terão um dia diferenciado de
treinamento: o sexto dia.

▪ Organização das salas de apoio com réguas e tomadas para carregamento da


bateria dos DMCs. Já que os candidatos poderão levá-los para casa, mediante

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MANUAL DO ACM E ACS
CD-1.10

assinatura do TRS, eles são orientados a recarregá-los todas as noites. Ainda


assim, é recomendável que haja tomadas onde possam recarregar, no
ambiente de treinamento. Eles não devem perder as práticas e, inclusive, o

teste final por falta de bateria! Conhecimento do local para orientar os


candidatos na localização das salas de aula, banheiros, entrada e saída.

▪ Arrumação das salas de aula com carteiras suficientes para cada turma, de
preferência em formato de U ou espinha de peixe (essas orientações estão
explicadas no Manual do Instrutor – Coleta).

▪ Verificação dos equipamentos e recursos nas salas de aula: TV (tipo SmarTv)


ou projetor e caixa de som, laptop e cabo HDMI; quadro ou flip-chart, folhas,
canetas ou giz.

▪ Levar o Mapa Municipal Estatístico, o Mapa Urbano Estatístico, o Mapa de


Terra Indígena (MTI) e o Mapa de Território Quilombola (MTQ), disponíveis no
posto de coleta, aos locais de treinamento. A disponibilização de setores para a
coleta será progressiva, ou seja, nem todos os setores serão ofertados aos
recenseadores no início do período de coleta. A lista dos setores que estarão
disponíveis para distribuição no início do período de coleta deverá ser fixada ao
lado dos mapas acima referidos.

▪ Cuidado com o transporte e armazenamento dos DMCs e demais


equipamentos.

Atenção
O Mapa Municipal Estatístico (MME), que apresenta os setores da zona
rural, o Mapa Urbano Estatístico (MUE), que contém os setores urbanos, o
Mapa de Terra Indígena (MTI) e o Mapa de Território Quilombola (MTQ)
devem ser fixados em local visível durante o período de treinamento, para
que os treinandos se familiarizem com eles e conheçam a localização dos
setores.
Isso facilitará a escolha do setor ao final do treinamento.

Além disso, verifique se o local possui todo o material de higiene pessoal e de apoio
necessários (papéis, canetas, listas de presença, réguas de tomadas etc). Caso o local
escolhido para o treinamento não ofereça qualquer desses itens, o CCS deverá providenciá-
los.

Cabe ao ACM, na semana anterior ao início do treinamento, verificar, junto com seus
Supervisores, se o local está devidamente preparado. Tomando esses cuidados com
antecedência, sempre haverá tempo hábil para corrigir qualquer problema!

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MANUAL DO ACM E ACS
CD-1.10

13.3.1. A capacitação dos candidatos a Recenseador


Os ACMs e ACSs serão responsáveis por repassar o treinamento aos candidatos a
Recenseador.

Caso você atue como instrutor nesse treinamento, faça a preparação de suas aulas seguindo o
Manual do Instrutor – Coleta. Assista aos vídeos, analise os slides e estruture o
desenvolvimento de cada atividade.

Atenção
A responsabilidade de ACM e ACS é dupla: não só como instrutor
preocupado em transmitir corretamente os conceitos, sempre levando em
consideração o Manual do Instrutor – Recenseador, mas também como
agente mobilizador, capaz de motivar os candidatos a Recenseador,
valorizando seu papel no Censo.

O ACM deverá distribuir, para os Supervisores, os manuais para serem entregues aos
candidatos a Recenseadores, bem como os DMCs que serão utilizados ao longo do
treinamento.

Em algumas situações, o ACM poderá ter de planejar treinamentos extras, formando novas
turmas e utilizando as orientações contidas no Manual do Instrutor – Coleta.

Veja as situações a seguir:

▪ quando constatada a aplicação incorreta dos conceitos do Censo pelo


Recenseador durante a Coleta, deve-se avaliar, junto com o Supervisor, a
necessidade de que ele participe de um novo treinamento;

▪ quando um Recenseador for direcionado para um setor de PCTs, caso ele não
tenha participado do dia de treinamento diferenciado, ele terá de participar dele
antes de iniciar o trabalho no formato original do treinamento diferenciado;

▪ quando houver necessidade de reposição de Recenseadores, ou seja, sempre


que algum novo candidato a Recenseador for convocado para trabalhar, você
deverá providenciar um local adequado para sua capacitação, utilizando sempre
todo material de treinamento e orientações de capacitação para treinálo.

13.3.2. Procedimentos para o término do teste final do treinamento:

▪ Como ele vai receber a senha para prova.

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MANUAL DO ACM E ACS
CD-1.10

▪ Chamar atenção para o preenchimento correto dos dados de identificação de


cada candidato.

▪ Envio da nota do candidato.

13.4. O encerramento do treinamento


Os candidatos a Recenseador aprovados e classificados no treinamento deverão ser
orientados a comparecer ao Posto de Coleta, em data estabelecida, munidos da documentação
(original), listada no Roteiro do Candidato. Nesse ato, efetivara a sua contratação e escolherá
setor em que irá trabalhar, seguindo a ordem de classificação no Teste Final.

Atenção
O candidato deverá estar munido de toda a documentação necessária, para
a sua contratação, imediatamente após a confirmação do resultado no
Teste Final do Treinamento. Os candidatos aprovados estarão aptos para a
contratação.
A ordem de classificação dos candidatos no treinamento será obedecida
para a escolha do setor censitário de trabalho, dentre aqueles oferecidos
pelo IBGE e considerados prioritários para o início da coleta.
Em caso de igualdade na nota final do treinamento, para fins de escolha do
setor censitário de trabalho, será considerada a classificação obtida pelo
candidato na primeira etapa (provas objetivas).

Posteriormente, veremos como fazer a escolha de setores censitários para oferta e distribuição
para os Recenseadores.

13.5. Treinamento específico para recenseadores que


atuarão em áreas de PCTs
O Supervisor precisa organizar o dia diferenciado de treinamento para os recenseadores que
vão atuar em áreas indígenas e quilombolas, prevendo um sexto dia de treinamento,
considerando o plano de treinamento do coordenador estadual de treinamento, que definiu os
critérios para a quantidade de recenseadores a serem treinados no sexto dia por polo de
treinamento.

Os critérios de priorização para seleção de recenseadores a atuarem nas áreas de PCTs são:

1. Candidatos indígenas;

2. Candidatos quilombolas;

3. Candidatos que têm experiência de atuação em áreas indígenas ou quilombolas, seja


na assessoria técnica a organizações sociais, na educação ou saúde, por exemplo;

4. Candidatos que atendam os requisitos de saúde exigidos pela FUNAI (tais como
vacinação em dia e ausência de doenças contagiosas); e

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MANUAL DO ACM E ACS
CD-1.10

5. Candidatos com perfil para atuar em áreas indígenas e quilombolas, considerando as


diferenças culturais e as condições de acesso e necessidade de permanência em
locais mais distantes das cidades médias, na maioria dessas áreas, e por vezes de
pernoitar em área.

Todos os recenseadores que vão para áreas de PCTs precisam passar pelo dia de treinamento
específico antes de iniciarem seu trabalho. Eles terão acesso ao Manual do Recenseador PCT,
ao Guia de Abordagem às Lideranças Indígenas e Quilombolas e serão treinados para
implementarem a metodologia diferenciada de abordagem e coleta nessas áreas.

14. CONTRATAÇÃO DOS RECENSEADORES


As informações relativas à contratação de recenseadores estão contidas no Manual de Recursos
Humanos do Censo 2022.

15. PLANEJAMENTO E GESTÃO DO TRABALHO


DOS RECENSEADORES
Anteriormente, você foi apresentado à etapa de Treinamento, que é encerrada pela avaliação
dos candidatos a Recenseador. Relembre os passos que se devem seguir, após concluída esta
etapa:

▪ informar, ao final do treinamento, o local e o horário onde será feita a


contratação e a distribuição dos setores;

▪ preparar a lista dos candidatos aprovados e classificados no Teste Final. A lista


deve estar na ordem crescente de classificação;

▪ separar os mapas e a descrição dos limites dos Setores que devem ser iniciados
prioritariamente;

▪ separar os mapas/croquis e a descrição dos limites dos Setores que devem ser
iniciados prioritariamente, inclusive os mapas de setores em TI e TQ dos setores
prioritários.
Na semana que antecede o início da coleta o ACS deverá, enfim, receber os recenseadores
convocados, auxiliando o ACM na contratação de pessoal, seguindo as orientações já
estudadas. Caberá ao ACS, em conjunto com o seu ACM, gerenciar a distribuição dos setores
entre os recenseadores já contratados.

Concluída a distribuição de setores, o ACS acompanhará, avaliará e, sobretudo, orientará os


recenseadores durante a execução dos trabalhos de campo. Todas as tarefas ocorrem
simultaneamente durante todo o trabalho de coleta. Vamos vê-las, com bastante calma?

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MANUAL DO ACM E ACS
CD-1.10

15.1. Distribuição do trabalho e dos setores


No início da operação, todos os setores do Posto estão no status “Não Iniciado”, ou seja,
disponíveis para serem trabalhados. Como o número de setores é superior ao número de
recenseadores, faz-se necessário selecionar os setores que serão colocados inicialmente para
escolha pelos recenseadores.

A indicação dos setores prioritários deve ser realizada antes do início do treinamento dos
recenseadores, em conjunto com o ACM e sob a orientação do CCS. Na primeira distribuição,
os recenseadores terão à disposição um conjunto restrito de setores para escolher dentre
aqueles existentes do Posto de Coleta.

A seleção destes setores iniciais deve considerar:

▪ a inexperiência dos Recenseadores;


▪ o tamanho do setor, seja na sua extensão territorial, seja em termos populacionais;
▪ a logística de acesso;
▪ características territoriais (verificar a classificação em situação e tipo);
▪ local de residência do Recenseador (pode ajudar em termos de mobilidade e
conhecimento da área);
▪ a disposição e capacidade de realização dos procedimentos especiais a serem
realizados em setores indígenas e quilombolas.
Deste modo, propõe-se que os setores designados para a coleta inicial sejam setores de
acesso fácil, pois eventualmente será necessário retornar ao Posto. Setores mais próximos ao
Posto de Coleta facilitarão também o trabalho de acompanhamento pelo ACS na fase inicial da
coleta.

Recomenda-se também a escolha de setores com dimensões reduzidas, pois acabar em um


tempo mais curto se reflete em pagamento dos valores de produção do Recenseador logo no
início da coleta. Isto tende a incentivar o Recenseador a iniciar um novo setor e permanecer
até o final da operação, evitando assim a saída precoce deste trabalhador.

Devem ser evitados os setores conhecidos por alta periculosidade ou de tipos especiais que
demandam uma abordagem específica, como aqueles habitados por povos e comunidades
tradicionais, exceto aqueles definidos como prioritários no plano de coleta de PCTs. Estes
setores também serão trabalhados, obrigatoriamente, mas só serão distribuídos sob orientação
específica. Esses casos serão previamente indicados pelo CCS e pelo levantamento territorial
que poderá ser acessado.

Portanto, note que setores urbanos de dimensões pequenas ou médias próximos ao Posto são
os melhores candidatos à primeira distribuição.

Atenção
Reforce com os recenseadores que o planejamento e o estudo prévio do
setor censitário fazem parte do trabalho e economizam tempo e esforço.
Oriente para que tenham atenção especial aos limites de cada setor
censitário, garantindo a coleta completa apenas dentro de sua respectiva
área de trabalho.

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MANUAL DO ACM E ACS
CD-1.10

15.1.1 Como fazer a primeira distribuição de setores?


Até este momento, a distribuição de setores foi tratada de forma geral, para que você pudesse
compreender como essa etapa se conecta às demais. De forma mais detalhada agora, note
que a distribuição se desdobra em 5 etapas: Atribuição da Área de Supervisão ao ACS,
Escolha do setor pelo Recenseador, Entrega do DMC, Associação no SIGC e
Carregamento do setor no DMC. Vamos estudá-las a seguir:

1º) Atribuição da Área de Supervisão ao ACS: antes do início da coleta da Pesquisa do


Entorno, o CCS (Coordenador Censitário de Subárea) realizará o planejamento das
Áreas de Supervisão a serem disponibilizadas aos ACS, de acordo com critérios de
localização e logística dos setores, da seguinte forma:

▪ O CCS avaliará, antecipadamente, quais setores serão disponibilizados


conjuntamente para cada Área de Supervisão. O número de Áreas de
Supervisão será igual ao número de ACS no Posto de Coleta.

▪ Após o treinamento dos ACM e ACS, será marcado o dia para o comparecimento
no Posto de Coleta para que o ACS escolha o seu respectivo conjunto de setores a
serem trabalhados (Área de Supervisão).
▪ O ACM terá disponível as Áreas de Supervisão e os respectivos setores planejados
pelo CCS. Assim, manualmente no SIGC, o ACM fará as devidas associações dos
setores ao ACS.
As áreas de supervisão definidas pelo CCS são um planejamento inicial e, de
acordo com as necessidades da coleta podem ser rearranjadas. Em virtude do
andamento da coleta, de eventuais obstáculos que eram desconhecidos, da
localização do Posto de Coleta ou até mesmo do local de moradia dos ACS,
alterações na configuração das áreas de supervisão podem ser necessárias. Estas
atividades são sensíveis e demandam suporte para sua realização: caso seja
necessário, entre em contato com o CCS.

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MANUAL DO ACM E ACS
CD-1.10

Equipamento
No SIGC, o usuário (Supervisor - ACS) deve ser associado ao equipamento entregue, que já
deverá constar na lista de equipamentos do Posto.

Esta função é encontrada acessando os Módulos na seguinte ordem: Administração,


Distribuição de Trabalho, Usuário, Associar Equipamento de Coleta (ao lado do nome do
Recenseador).

Indicar o número de patrimônio do equipamento entregue ao Supervisor e gravar.

Setor
O ACM deve seguir a ordem dos módulos: Administração, Áreas de Supervisão

Em sua UF e o Posto de Coleta, associar cada uma das Áreas de Supervisão previamente
criadas ao seu respectivo ACS responsável. Selecione na lista a Área de supervisão que deseja
associar a um usuário e, na tela seguinte, selecione na lista o ACS que será responsável por ela.

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MANUAL DO ACM E ACS
CD-1.10

2º) Designação dos setores de Primeira Distribuição: A partir do momento em que cada
ACS está vinculado aos setores que estarão sob sua responsabilidade em uma Área
de Supervisão, é atribuição de cada um deles determinar e registrar no SIGC quais
serão os primeiros setores a serem distribuídos aos recenseadores. Esta é a
designação de setores de primeira distribuição, cujos critérios de seleção já foram
expostos. É importante destacar que o recenseador recém-contratado só pode
escolher um setor censitário que está selecionado para primeira distribuição. Veja
como fazer:

• O ACS deve acessar o menu de Áreas de Supervisão;


• Em sua área de supervisão, deve selecionar cada setor que deseja definir como
de primeira distribuição e selecionar o botão “Habilitar primeira escolha”

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MANUAL DO ACM E ACS
CD-1.10

• Esta atribuição deve repetida por cada ACS, para um quantitativo de setores
equivalente à quantidade de recenseadores pelos quais o ACS será responsável,
de forma equilibrada entre os ACS do Posto de Coleta

3º) Escolha do setor pelo Recenseador: neste momento, os recenseadores farão a


escolha pelo setor desejado dentre os disponibilizados para a primeira distribuição.
Para isso, o ACS deverá, em conjunto com o ACM:

▪ Reunir todos os candidatos aprovados, no local e horário marcado, e apresentar a


lista de classificação e o quadro de vagas, lembrando que o quadro de vagas foi
divulgado junto com o Edital do Processo Seletivo.
▪ Chamar, então, o primeiro colocado na lista de classificação e solicitar que vá até o
mapa municipal estatístico, que deverá estar fixado numa das paredes do Posto de
Coleta, e escolha o seu Setor Censitário dentre os habilitados para primeira
escolha, que devem estar sinalizados no mapa.
▪ Colar uma etiqueta sobre o Setor escolhido para evitar dupla escolha e anotar na
lista de classificação, na frente do nome do candidato, o número do seu Setor.
▪ Entregar ao candidato uma folha de papel onde deverá constar o número do Setor
escolhido pelo futuro Recenseador e orientá-lo a dirigir-se para o local onde será
realizada sua contratação.
▪ Entregar ao candidato o mapa e a descrição dos limites do Setor escolhido, após a
efetivação da contratação. Neste momento o Supervisor deve orientar o
Recenseador sobre o acesso, o percurso e a cobertura do setor, além de alertá-lo
sobre as possíveis dificuldades que podem aparecer durante a coleta.
▪ Quando for ingressar em algum bairro, é aconselhável tentar contato com o
presidente da associação de moradores. Se possível, perguntar se possuem um
grupo em alguma rede social para se comunicar aos seguidores sobre o trabalho
que será realizado.

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MANUAL DO ACM E ACS
CD-1.10

4º) Entrega do DMC: neste momento o ACM deve disponibilizar aos ACS a quantidade de
dispositivos necessária para o número de recenseadores contratados. Antes de
entregar os dispositivos é fundamental que eles já tenham sido verificados para uso,
com bateria carregada e que já estejam cadastrados no SIGC para aquele Posto de
Coleta.
Com os dispositivos já cadastrados no módulo de Gerenciamento de Equipamentos do
SIGC, é necessário que:

▪ seja verificado cuidadosamente o estado do material entregue;


▪ o Recenseador preencha e assine o Termo de Responsabilidade Solidária (TRS),
indicando a sua matrícula e o número de patrimônio do dispositivo que lhe foi
entregue;
▪ o ACM recolha e armazene os termos assinados.
5º) Associação no SIGC: esta atividade registra no sistema gerencial SIGC a distribuição
de setores e equipamentos já realizada. Os equipamentos entregues serão associados
ao usuário e o setor escolhido será associado ao respectivo equipamento de coleta.

Equipamento
No SIGC, o usuário (Recenseador) deve ser associado ao equipamento entregue, que já deverá
constar na lista de equipamentos do Posto.

Esta função é encontrada acessando os Módulos na seguinte ordem: Administração,


Distribuição de Trabalho, Usuário, Associar Equipamento de Coleta (ao lado do nome do ACS).

Indicar o número de patrimônio do equipamento entregue ao Supervisor e gravar.

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MANUAL DO ACM E ACS
CD-1.10

Setor

▪ Ainda no módulo Usuário, utilizar o botão de Associar Setor. Esta função é


encontrada acessando os Módulos na seguinte ordem: Administração,
Distribuição de Trabalho, Usuário, Associar Setor (ao lado do nome do
Recenseador).

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MANUAL DO ACM E ACS
CD-1.10

▪ Indicar o número do setor escolhido para associação e gravar.


▪ Também é possível associar o Setor escolhido pelo Recenseador utilizando o
mapa de setores, acessando a aba de Administração e selecionando o módulo de
"Associação/Desassociação de Setor". Observe que somente os setores com
status "Disponível para Associação", definido previamente, poderão ser associados
por este procedimento.

5º) Carga do setor no DMC: concluídas as etapas anteriores, será necessário habilitar o
DMC para coleta e carregar os insumos do Setor. O agente deve seguir estes passos:

▪ ligar o dispositivo e conectá-lo à rede de internet sem fio do Posto;


▪ abrir o aplicativo de coleta “Censo Demográfico” e selecionar a opção Habilitar
Usuário;
▪ inserir o número do Patrimônio, a Matrícula do Recenseador e Salvar;

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MANUAL DO ACM E ACS
CD-1.10

▪ aguardar a finalização do download e da instalação de insumos;


▪ inserir o número de matrícula e senha, pois o DMC já está pronto para ser utilizado
pelo Recenseador na coleta;
▪ destacar o cuidado com o equipamento, a importância dos Backups e a
necessidade de frequentes transmissões;
▪ baixar imagens do setor e descritivo digital em Menu > Configuração > Mapas >
Gerenciar.

Atenção
Os Setores baixados no DMC só deverão ser abertos para trabalho quando
iniciado o período de coleta.

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MANUAL DO ACM E ACS
CD-1.10

15.1.2. Como fazer a Distribuição dos demais setores?


Os setores não distribuídos ao final do treinamento deverão ficar à disposição do grupo de
recenseadores que iniciarão a coleta, ou seja, assim que qualquer um dos recenseadores
concluir a coleta do seu primeiro setor, caso tenha apresentado um bom desempenho, poderá
escolher um segundo setor de trabalho no grupo de setores ainda disponíveis. É fundamental
que a distribuição dos setores seja feita de forma organizada e com base em critérios claros
amplamente divulgados. O propósito disso é evitar que recenseadores venham a se sentir
prejudicados e aportem reclamações.

Existem algumas situações que o agente precisa conhecer para fazer a distribuição do trabalho
adequadamente entre os Recenseadores. Sendo assim, fique atento às questões a seguir:

SITUAÇÃO COMO PROCEDER

A quantidade de recenseadores é menor do


que o número de setores. Quando essa situação acontecer, você
deverá dar prioridade para o início da
coleta nos setores em que o trabalho puder
ser mais demorado, em razão: do número
de domicílios, da dificuldade de acesso e
circulação ou de qualquer outra dificuldade
que se apresente.
Analise o plano de coleta de PCTs e
observe se existe algum setor prioritário
indígena ou quilombola, considerando os
períodos de interdição de acesso e
circulação por questões rituais ou de
ausência dos moradores por períodos pré-
identificados. Caso não haja razão para
que se estabeleça prioridade a
determinados setores, todos deverão ter o
mesmo tratamento. Ou seja, deixe que os
recenseadores escolham seus primeiros
setores.
Deverá ser atribuído um setor de cada vez
ao Recenseador.
É preciso encerrar a coleta de um setor
antes de iniciar a coleta de outro. E
somente os recenseadores que
apresentaram um bom trabalho deverão ter
a chance de receber um segundo ou
terceiro setor.

Atenção
Não se esqueça, na medida do possível, de fazer com que os setores de
maior carga de trabalho sejam colocados em coleta o mais breve possível.
Ou seja, na segunda leva de distribuição, com os recenseadores mais
experientes, deve-se priorizar os setores mais complexos.

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MANUAL DO ACM E ACS
CD-1.10

15.1.3. Distribuição da Coleta em mutirão


As orientações de Supervisão e acompanhamento da coleta em geral refletem a situação mais
comum na operação censitária, que é aquela em que um único Recenseador é responsável
pela coleta de informações de um setor.

Com pouca frequência será necessário coletar um setor utilizando o modo de mutirão. A Coleta
em mutirão ocorre quando um mesmo setor é recenseado simultaneamente por mais de um
Recenseador.

A necessidade de coletar setores em mutirão é, normalmente, identificada previamente ao


início da coleta pelo Coordenador Censitário de Subárea (CCS). Ele indicará setores para essa
modalidade, se houver esta demanda. Entretanto, no decorrer da coleta pode ser identificada a
necessidade de realizar a coleta em mutirão em setores onde isto não estava previsto. Neste
caso, é fundamental entrar em contato imediatamente com o CCS para avaliar a situação.
O SIGC e o aplicativo de coleta do Censo Demográfico já são preparados para fazer este tipo
de coleta. Para que o trabalho transcorra sem problemas, o ACS ou ACM responsáveis pelo
setor de mutirão exercem um papel crucial no Planejamento e Execução deste tipo de coleta.
Cabe destacar que o CCS possui material de orientação mais completo sobre a coleta em
mutirão (apostila, slides e vídeos) e tem a responsabilidade de explicar e orientar os
procedimentos – especialmente na primeira vez em que for feito.

Como é feita a Coleta em mutirão?


Primeiramente, todos os envolvidos deverão estar cientes do seu papel na Coleta em mutirão,
executando o seu trabalho sempre com cuidado e atenção. Estarão envolvidos neste modo de
coleta o CCS, o ACM ou o ACS e os Recenseadores.

Serão utilizados 2 ou mais equipamentos sendo:

▪ 1 Dispositivo principal (tablet): é o dispositivo do ACM ou do ACS ao qual


estará associado o setor designado para mutirão. Este dispositivo servirá ao
planejamento, divisão, comunicação de dados com SIGC e fechamento do
setor. Caso seja necessário, este dispositivo pode assumir a coleta de parte(s)
do mutirão junto com o(s) Recenseador(es) designados para a coleta do setor.

▪ Pelo menos 1 dispositivo secundário: É o DMC de cada um dos


recenseadores participantes do Mutirão. Cada DMC será responsável por área
menor de coleta dentro do setor original, chamada de Parte. O mais comum é
que ao menos 2 recenseadores participem do mutirão utilizando dispositivos
secundários, entretanto, se for necessário que o ACS (ou ACM) também
assuma parte da coleta, pode haver no mínimo 1 Recenseador com seu
dispositivo secundário.

No SIGC
Identificação da Demanda: levantamento da necessidade de realização de um setor através da
coleta em mutirão. Razões mais comuns:

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MANUAL DO ACM E ACS
CD-1.10

grande número de unidades recenseáveis;

ganho de eficiência (tempo e deslocamento); e

problemas de segurança.

Indicação no SIGC: alocação feita via SIGC pelo CCS, habilitando o setor a ser coletado em
mutirão.
Mesmo um setor regular já colocado em andamento poderá ser realocado para a Coleta em
mutirão. A condição para isso é que os dados já trabalhados tenham sido transmitidos e que
ele, o setor, já esteja disponível para realocação. Ou seja, “Setor com Carga Liberada e
Desassociado ao Equipamento anterior”.
O ACM ou o ACS passam a ser o responsável pelo setor em mutirão, associando-se sua
matrícula e o patrimônio do seu tablet, que se torna o dispositivo principal deste processo. Os
DMCs participantes serão identificados como Secundários.
O Dispositivo principal do mutirão (tablet) poderá ou não realizar a coleta em si. Portanto, é
possível alocar uma das partes da divisão neste dispositivo para que o ACS realize parte da
coleta. Entretanto, o procedimento mais recomendável é que as partes de mutirão sejam
distribuídas para Recenseadores, de modo que o ACS fique responsável apenas pelo
acompanhamento e Supervisão da coleta, sem impactar na carga de trabalho de suas outras
atividades de Supervisão. Caso alguma questão em particular torne interessante que o ACS
também participe da coleta no setor, isto pode ser feito.
Setores regulares fora do mutirão poderão ser carregados simultaneamente no tablet ou nos
Dispositivos Secundários para coleta, embora seja recomendável que este abrigue apenas o
setor para Coleta em Mutirão enquanto ela estiver em andamento.

No Dispositivo principal (tablet)

▪ Carregamento de insumos: os insumos deverão ser carregados no tablet pelo ACS,


utilizando o aplicativo de coleta do Censo 2022. Assim como ocorre nos demais setores,
esses insumos consistirão em: contorno do setor, lista prévia (lista de endereços) e
inclusões previamente realizadas (no caso de um setor iniciado anteriormente pela coleta
regular).
Na tela de Início, o setor apresentará uma marcação que indica a alocação na Coleta em
mutirão.

▪ Imagem do setor: no aplicativo, conferir se a imagem do setor já se encontra carregada


ou se há a necessidade de efetuar o seu download (Menu > Configuração > Mapas).

▪ Planejamento da divisão: antes de proceder a divisão das partes propriamente dita, o


ACS deverá planejar a divisão consultando os mapas do setor em papel e no tablet, seu
descritivo e a listagem de endereços e espécies existentes.

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CD-1.10

O Supervisor poderá utilizar também outras fontes, devendo lembrar-se de que não encontrará
um descritivo para os limites internos a serem desenhados para as partes, como o existente
para o perímetro do setor.
Os seguintes critérios devem ser observados ao definir-se o número de partes de mutirão e
maneira de delimitá-las:

▪ distribuição equitativa do número de domicílios (listados previamente e


inclusões estimadas) por cada parte, de forma a equilibrar a carga de trabalho
a ser demandada pelos recenseadores participantes; e

▪ limites das partes devem ser desenhados sobre o mapa utilizando-se


elementos de fácil identificação em campo e no mapa do tablet,
preferencialmente aqueles materializados por:

o faces, no caso dos setores trabalhados por quadras e


faces; o vias de acesso, entroncamento de vias; o massas
d’água (rios, lagos, açudes etc.); o topografia (cumes de morro
etc.); e o outros elementos naturais ou construídos.
Existem 2 modelos de divisão de mutirão, utilizados conforme a situação do setor: por Face ou
por Endereço. Para o mutirão em setores de situação Área Rural (exclusive aglomerados),
o agente utilizará o modelo de divisão do mutirão por Endereço. Para os setores das demais
situações, utilizará o modelo de divisão do mutirão por Face.
Em ambos os modelos, ele deverá desenhar linhas para limitar as partes existentes dentro do
setor. Os segmentos são desenhados pela adição de pontos a partir do contorno do setor ou
de uma parte já delimitada que formarão os vértices da(s) linha(s) interna(s) ao setor que
divide(m) suas partes.

Atenção
Lembre-se de que o planejamento é parte do trabalho: um bom roteiro de
serviço economiza tempo.
ANTES de ir ao setor, verifique se o mapa e o setor foram devidamente
carregados.
EM CASO DE EMERGÊNCIA[GS4][MAMdF5], é possível rotear a internet de
seu próprio celular para o DMC (se for de sua vontade).

Dispositivos secundários (DMC)


Realizado o procedimento de alocação com todas as partes do mutirão, passa a ser possível
baixá-las do dispositivo principal para os DMCs. Este é o procedimento de transferência dos
insumos das partes que, até então, encontram-se apenas no tablet.
Cada um destes dispositivos receberá todos os insumos constantes no Principal, porém, na tela
de coleta e nos relatórios serão mostrados apenas o contorno e os endereços da parte alocada.

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MANUAL DO ACM E ACS
CD-1.10

▪ Baixar Imagem: no aplicativo instalado em cada um dos DMCs, conferir se a imagem já se


encontra pré-carregada ou se há a necessidade de efetuar o download, da mesma forma
que se faz em um setor com coleta regular (Menu > Configuração > Mapas).

▪ Enviar: durante a coleta, os dados das unidades e questionários trabalhados nos DMCs
deverão ser comunicados diretamente com o Principal (tablet).

Atenção
Antes de iniciar qualquer comunicação entre equipamentos Principal e
Secundário, é muito importante checar o status da bateria de ambos os
dispositivos, avaliando se a carga é suficiente para concluir o procedimento
sem falhas. É comum que este procedimento ocorra ao final do dia no Posto
de Coleta quando o nível de carregamento da bateria esteja baixo. De
preferência, os dispositivos deverão estar conectados a uma fonte de
alimentação de energia durante o procedimento.

No tablet e no SIGC

▪ SIGC: a comunicação com o ambiente central via SIGC é feita apenas no tablet, o
dispositivo Principal.
Os relatórios refletem a situação global de atualização do setor, não apresentando o setor por
partes. Da mesma forma, o mapa apresenta Contorno e Unidades do setor como um todo.

▪ Fechamento: o fechamento é feito pelo setor como um todo, uma vez concluído o
trabalhado de todas as partes, não havendo fechamento por parte do mutirão. Antes de
proceder ao fechamento do setor no tablet, o Supervisor deverá verificar e solucionar as
pendências que eventualmente ainda existam nas partes. Considerando que a transmissão
de dados entre partes e principal ocorre presencialmente, é recomendável verificar os
relatórios do setor no DMC. Os relatórios totalizam apenas os dados da parte, direcionando
corretamente as necessidades de correção de pendências e erros.

▪ Pagamento: cada Recenseador envolvido no mutirão será pago segundo o trabalho


realizado em sua parte.

▪ Outras funções: funções relativas a possíveis contingências dos dispositivos Assumir

mutirão: ocorre devido a problemas com o tablet.


Ao assumir o mutirão, nas opções do aplicativo, um DMC assume como Dispositivo Principal. É
importante que o DMC que assume o mutirão seja aquele que teve a comunicação mais
recente com o Principal e que todas as associações entre equipamento, usuário e setor
censitário sejam refeitas no SIGC, para evitar a perda de dados.

Comunicar SDCard: Comunicação entre equipamentos utilizando o cartão de memória


dos mesmos. Serve a situações de contingência, em que a comunicação por Wi-fi direct é
inviável. Nesta função, o equipamento de origem dos dados gera um pacote no seu cartão de
memória, que deve ser retirado e inserido no equipamento de destino dos mesmos, onde os

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dados serão carregados utilizando a mesma função no equipamento. Ao final do procedimento,


o cartão de memória deve ser devolvido ao equipamento de origem.

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15.1.4. Procedimentos especiais


Para a distribuição dos setores nos municípios ou áreas de municípios grandes com mais
de um Posto de Coleta
Nos municípios com mais de um Posto de Coleta, os ACMs deverão preparar uma lista com os
nomes de todos os treinandos para que eles indiquem, no início do segundo dia de
treinamento, a ordem de preferência dos Postos de Coleta. Isso permitirá dividir os
recenseadores pelos Postos para melhor organizar a distribuição de setores.

Antes de passar a lista com os nomes, o instrutor deverá:

▪ esclarecer qual o seu objetivo;

▪ orientar que todos consultem os mapas que os ACMs levarão aos locais de
treinamento, com a localização de cada Posto de Coleta;

▪ explicar que, caso o treinando faça uma só opção e não seja contemplado na
primeira distribuição de setores, ficará na lista de espera do Posto que escolheu.
Assim, poderá ser chamado se ocorrer alguma desistência ou demissão.

Veja um exemplo de lista:

Nome do Posto 1 Posto 2 Posto 3 Assinatura


Treinando (80 setores) (50 setores) (20 setores)
Esc. Estadual Escola Centro
D. Pedro I, Municipal Vila Comunitário
Centro Sonia Povoado
Aimorés

Lucas Santos 2ª opção 1ª opção 3ª opção

Mariana Alves 1ª opção 2ª opção 3ª opção

Bruno Lopes 1ª opção

Na hora de informar aos candidatos aprovados e classificados em qual Posto de Coleta cada
um será alocado, fique atento aos procedimentos a seguir. Eles facilitarão muito a organização
dos resultados e a divulgação das informações.

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MANUAL DO ACM E ACS
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▪ Registre, na lista de candidatos, na frente do nome do 1º classificado o Posto de


Coleta indicado por ele como 1ª opção. Repita isso para os demais classificados
aprovados, obedecendo a ordem das opções de cada um e a disponibilidade de
setores a serem distribuídos em cada posto. Caso o Posto da 1ª opção do
candidato já esteja completo, aloque-o no Posto da sua 2ª opção e assim
sucessivamente.

▪ Fixe essa lista em local visível, em todos os Postos de Coleta, para que todos
possam consultá-la antes da distribuição dos setores.

▪ Lembre aos treinandos, no final do treinamento, que eles serão alocados nos
Postos de Coleta pela ordem de suas classificações e segundo as opções
feitas. Informe também que as listas com essas alocações estarão disponíveis
em todos os Postos de Coleta, com a informação de dia e horário para a
distribuição dos setores.

Atenção
É importante que haja um tempo entre a divulgação das alocações dos
candidatos por Posto de Coleta e o início do evento de distribuição dos
setores. Com isso, todos aqueles que não foram contemplados nas suas
primeiras opções poderão se deslocar até o local correto.

15.1.4.1. Organização e distribuição do trabalho em setores


indígenas e quilombolas
No caso de sua área de trabalho incluir Terra Indígenas ou Territórios Quilombolas que
precisarão ser cobertos por mais de um Recenseador, é necessário que o agente organize a
distribuição de setores de forma a que os recenseadores realizem a coleta no mesmo período.
Eles devem cobrir todos os setores e estar presentes, todos, durante a reunião de abordagem,
conforme procedimento de abordagem apresentado no Manual de Recenseador PCT.

Nesses setores inseridos em Terras Indígenas e Territórios Quilombolas, o agente deverá


organizar as reuniões de abordagem junto com os recenseadores responsáveis pela coleta.
Veja abaixo algumas instruções direcionadas a ele:

▪ Comece por analisar as informações recolhidas pelo IBGE a respeito


desses territórios e desses setores, verificando se tem os contatos
necessários para agendar as reuniões de abordagem.

▪ Caso não tenha os contatos, peça ajuda ao coordenador de subárea


para que ele indique quais organizações podem ajudá-lo a obter esses
contatos.

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MANUAL DO ACM E ACS
CD-1.10

▪ Antes de marcar a reunião de abordagem, identifique os


recenseadores que serão responsáveis pela coleta e organize-se para
que todos estejam presentes na reunião de abordagem.

▪ Se não conseguir marcar uma reunião previamente, dirija-se à área de


trabalho e procure a liderança responsável pelo território para explicar
o trabalho que será realizado e agende a reunião de abordagem com
os recenseadores.

▪ Prepare o conjunto de material que você e os recenseadores precisam


levar para a reunião de abordagem e distribua a eles para que se
apropriem das informações contidas no material:

▪ Cópias do Acordo de Cooperação Técnica FUNAI-IBGE para acesso à


Terra Indígena.

▪ Nome e contato do coordenador estadual da CONAQ e das lideranças


quilombolas locais dos territórios quilombolas que serão acessados.

▪ Nome e contato das lideranças indígenas e quilombolas e


organizações com as quais já foi estabelecido algum contato prévio.
▪ Mapa de Terra Indígena e mapas dos setores que compõem a Terra
Indígena.

▪ Mapa de Território Quilombola e mapas dos setores que compõem o


Território Quilombola.

▪ Lista de localidades de Terra Indígena, Território Quilombola e


agrupamentos não setorizados.

▪ Relatório do banco de planejamento para áreas indígenas e áreas


quilombolas onde vai trabalhar.

▪ Folder Brasil Indígena: 3 por agrupamento indígena, 4 por setor de


área rural (exclusive aglomerados) em Terra Indígena e mais 1 para os
demais setores inseridos em TI.

▪ Recursos financeiros e recibos para contratação de guias comunitários


indígenas ou quilombolas e guias-intérpretes.

▪ Caneta, lápis e borracha.

▪ Use o roteiro de reunião de abordagem do manual de PCTs para


liderar essa reunião – ver Manual de Recenseador PCT e Guia de
Abordagem às Lideranças Indígenas e Quilombolas.

▪ Ao verificar que os recenseadores realizaram o fechamento de setores


em áreas indígenas ou quilombolas, certifique-se de que foi realizada a
reunião de encerramento e se existem possíveis omissões ou
duplicações. Solicite ainda os contatos das lideranças locais e dos

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MANUAL DO ACM E ACS
CD-1.10

guias utilizados para poder realizar a Supervisão desses setores com


conhecimento e apoio das lideranças locais (e, se necessário,
acompanhado de um guia comunitário ou guia-intérprete)

15.2. Fluxo do Trabalho de Coleta


Para guiar o planejamento e o entendimento das atividades do Posto de Coleta, é fundamental
que se compreenda, em detalhes, o fluxo pelo qual passa o Setor Censitário, que é a unidade
de trabalho da coleta, baseando-se nele toda a operação censitária.

Essas etapas também são conhecidas no SIGC e no DMC como “Status do Setor”. Lembre-se
do treinamento da coleta, quando o Recenseador inicia seu trabalho selecionando um Setor
Censitário – NÃO INICIADO. Essa é a qualidade do Setor Censitário no SIGC antes mesmo de
ser carregado no DMC.

O ideal é que o fluxo aconteça na seguinte ordem:

1º) Não iniciado: setor não trabalhado, que ainda não teve seus insumos, ou seja, seus
arquivos digitais carregados no DMC do Recenseador.
2º) Associado: setor não trabalhado, que foi associado manualmente ao Recenseador
pelo ACS no SIGC. Porém, os insumos ainda não se encontram carregados no DMC
do Recenseador.
3º) Carregado no DMC: setor não trabalhado, cujos insumos já se encontram no DMC,
prontos para iniciar a coleta.
4º) Em andamento: setor que já está em trabalho no DMC, com a coleta já iniciada de fato,
com pelo menos uma transmissão de dados realizada.
5º) Realizado: setor já trabalhado, com coleta finalizada pela função de fechamento no
DMC. Não pode mais ser reaberto pelo Recenseador no DMC.
6º) Supervisionado: setor já realizado, com pedidos de Supervisão e supervisões
complementares já concluídos, indicadores já vistos e justificados, quando existentes.
Nesta etapa, o ACS participa diretamente, pois é ele quem faz esta marcação,
assegurando que o setor foi realizado pelo Recenseador com cobertura completa e
com a devida qualidade.
7º) Liberado ACM: setor já supervisionado com sucesso e direcionado ao ACM, para que
analise, no SIGC, as informações da coleta e da Supervisão no setor. Ou seja, o ACM
irá avaliar se houve alguma inconsistência na coleta ou alguma falha no processo de
Supervisão do setor.
8º) Liberado para pagamento: setor já aprovado pelo ACM e que será direcionado para
pagamento da produção feita pelo Recenseador. Esta indicação é feita pelo
Coordenador de Subárea. Uma vez liberado para pagamento o Recenseador deve ser
avisado desta situação para aguardar o efetivo pagamento do setor trabalhado.
9º) Pago: setor efetivamente pago. Certifique-se com o Recenseador de que o pagamento
foi devidamente recebido, verificando se os valores pagos conferem com aqueles
acordados.

De forma pontual, um Setor também pode adquirir os seguintes status:

▪ Paralisado: Setor paralisado no DMC. Esta situação é indicada pelo Recenseador,


sinalizando que o trabalho no setor está temporariamente suspenso. Ou seja, esta situação

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MANUAL DO ACM E ACS
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deverá ser revertida posteriormente para o status “Em Andamento”. Isto pode ocorrer por
diversos motivos, que podem variar da própria indisponibilidade ou dificuldade de coleta,
ou ainda do desligamento de um Recenseador, por exemplo. O ideal é que o setor não
passe por este status, mas se for utilizado recomenda-se que esta situação dure apenas o
mínimo necessário. A paralisação do setor impacta na produtividade diária da coleta.
Quanto mais dias paralisado, menos dias de trabalho estarão disponíveis para a completa
realização do setor.

▪ Reaberto: Setor que já foi “Realizado” em algum momento, mas que precisa ser reaberto
para ajuste ou alterações. O setor só será reaberto por ordem do ACS, do ACM ou de
algum Coordenador, indicando-se a reabertura no SIGC. Uma vez solicitada a reabertura,
o Setor retornará ao DMC para a coleta, com a versão mais recente dos dados trabalhados
antes do seu fechamento. Veja o exemplo de alguns motivos para uma reabertura:

▪ Recenseador fechou o setor no DMC sem que a coleta estivesse concluída;


necessidade de correção, ajuste, alteração das informações coletadas, entre outros.

A Reabertura, assim como a Paralisação, é uma etapa temporária. Uma vez concluídos todos
os procedimentos demandados pela Reabertura, o setor deve ser fechado e retornará ao último
status antes da reabertura.

Atenção
O Supervisor terá a permissão de reabertura do setor apenas 1 (uma) vez.
Se houver a necessidade de reabrir o setor mais vezes, ele deverá solicitar
esta ação ao ACM, informando os devidos motivos.

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MANUAL DO ACM E ACS
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15.3. Acompanhamento inicial do trabalho do Recenseador


O Supervisor deverá acompanhar o trabalho de sua equipe de recenseadores desde o início da
coleta. Para isso, deverá montar uma agenda para acompanhamento dos recenseadores em
sua primeira visita ao setor, quando deverá relembrar as instruções dadas no momento da
escolha do setor quanto ao correto percurso e à cobertura do setor.

Depois, agende encontros periódicos com os recenseadores para que os oriente, dirima dúvidas
e corrija falhas durante todo o período de coleta.

Veja algumas orientações importantes para um bom acompanhamento:

▪ Na primeira semana de trabalho, dê as orientações adequadas a cada um dos


▪ Recenseadores sob sua responsabilidade, ainda antes da primeira visita deles aos
setores escolhidos. Informe-os sobre os meios de transporte e formas de acesso
mais convenientes. E lembre-os de preparar e conferir, antes de ir a campo, o
material que levarão.
▪ Nos primeiros dias, priorize o acompanhamento dos recenseadores que receberam
setores com mais dificuldades para identificação de limites ou do percurso. E
também o acompanhamento daqueles recenseadores que se demonstraram
menos adaptados à tecnologia e manuseio do equipamento de coleta.
▪ No início da coleta, acompanhe cada Recenseador de forma a avaliar se as
instruções para o percurso e a cobertura do setor estão sendo obedecidas, além de
acompanhar a realização de uma entrevista (pelo menos, em um domicílio
particular ocupado). Dessa forma, conseguirá sanar, no início dos trabalhos,
possíveis dúvidas de conceito, bem como de manuseio do DMC pelo Recenseador,
dando especial atenção à aplicação correta dos conceitos de domicílio e de
morador, e à listagem ordenada dos endereços.
▪ Para otimizar e agilizar o processo de acompanhamento inicial, leve um grupo de 3
(três) ou 4 (quatro) recenseadores para o setor de um deles, com o objetivo de
observarem os procedimentos de percurso, cobertura e preenchimento de
questionários. Refaça este processo até que todos os recenseadores sob sua
responsabilidade estejam seguros para iniciar os trabalhos em seus respectivos
setores.
Ao final da primeira semana de coleta, todos os recenseadores sob a responsabilidade do
agente já estarão coletando. Ou seja, o ACS já deverá ter acompanhado cada um deles numa
primeira visita ao setor.

Caso haja troca de Recenseador que esteja coletando em setor de PCTs, é necessário que o
novo Recenseador se apresente às lideranças quilombolas antes de reiniciar a coleta e se
informe sobre o trabalho que já foi realizado.

É sempre bom lembrar que o empenho do ACS é fundamental para garantir a qualidade das
informações censitárias. Uma das ações vitais para a garantia dessa qualidade será descrita a
seguir: a Aplicação do Plano de Supervisão.

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MANUAL DO ACM E ACS
CD-1.10

16. APLICAÇÃO DO PLANO DE SUPERVISÃO


O Plano de Supervisão tem o objetivo de guiar o agente do IBGE no gerenciamento do
trabalho dos seus Recenseadores. O Plano permite que ele detecte possíveis falhas de
cobertura ou de aplicação dos conceitos do Censo, e atue prontamente na correção destas
falhas.

Após o acompanhamento do Recenseador em sua primeira visita ao setor, há necessidade de


acompanhar a qualidade do trabalho de cada um deles. Para isso, é necessário que o
Supervisor tenha informações sobre a qualidade deste trabalho.

E como podemos ter essas informações?

Primeiramente, é importante ter como meta que nenhum domicílio e nenhum morador devem
ficar de fora desse levantamento. No entanto, uma operação de âmbito nacional, com tantos
agentes e processos envolvidos, está sujeita a falhas. Todas as equipes envolvidas devem
empenhar-se, desde a preparação do Censo até sua finalização, na prevenção e solução de
falhas.

E quais são essas falhas?

▪ Erro de percurso / cobertura.

▪ Erro na aplicação dos conceitos no Censo.

Supervisor: lembre-se sempre de manter controle sobre a atuação do Recenseador


simultaneamente ao trabalho que ele perfaz em campo. Perceber possíveis inconsistências
logo no início ajuda a garantir a correção dos erros em tempo hábil, além de evitar que os
problemas cresçam a ponto de requerer soluções mais complexas. Mantenha os canais de
comunicação com o Recenseador abertos e esteja disponível para atender as dúvidas que
cheguem até você – tão logo surjam.

16.1. Tipos de falhas que podem ocorrer no Censo


Demográfico 2022
ERRO DE PERCURSO
Ocorre quando o Recenseador deixa de realizar seu trabalho na ordem correta.
Quando estiver trabalhando em setores organizados por quadras e faces, o Recenseador
comete erro de percurso quando:

▪ trabalha faces de quadras diferentes em sequência, sem ter concluído o trabalho


com a quadra anterior;
▪ trabalha endereços de faces diferentes, sem ter concluído os endereços da face
anterior;
▪ trabalha os endereços de uma face de forma desordenada, sem percorrer a face
com o ombro direito junto às unidades e sem registrar os endereços na ordem
encontrada em campo; e

111
MANUAL DO ACM E ACS
CD-1.10

▪ trabalha endereços de um edifício de forma desordenada, sem registrar do andar


mais alto para o mais baixo, e sem iniciar pela menor identificação de unidade em
cada andar.
Quando o Recenseador está trabalhando em setores sem organização de quadra e face, ele
deve, ainda assim, registrar cada endereço na ordem encontrada no percurso
previamente planejado. Deve lembrar de recensear as unidades dos dois lados da via nos
setores rurais, bem como de interromper o percurso da via principal sempre que encontrar uma
transversal, retomando depois a via principal.

A ordem do percurso a ser realizado pelo Supervisor nos pedidos de Supervisão seguirá os
seguintes critérios:

▪ nos setores urbanos, o ordenamento do trajeto de Supervisão será definido


primeiramente com base no trabalho realizado pelo Recenseador nas quadras e
faces;
▪ nos setores rurais, o ordenamento do trajeto de Supervisão será definido com base
no trabalho realizado pelo Recenseador diretamente nos endereços;
▪ o sistema apresentará, no aplicativo de Supervisão, todos os endereços já
trabalhados pelo Recenseador no setor censitário.

Portanto, evitar o erro de percurso é um aspecto que deve ser bastante reforçado durante os
treinamentos e durante o acompanhamento inicial do trabalho do Recenseador. Caso contrário,
essas situações serão percebidas apenas durante a etapa de Supervisão no DMC, tornando a
sua correção mais complicada.

Avise ao Recenseador que o tempo de entrevista e percurso serão compilados no SIGC.

ERRO DE COBERTURA
Ocorre quando o Recenseador deixa de registrar uma unidade dentro de seu Setor. Ou
quando, de outra forma, invade o setor censitário de outro Recenseador e realiza o registro de
uma unidade que já foi recenseada.

Ambos são caracterizados como erro de cobertura, afetando negativamente as informações


sobre quantidades obtidas e posteriormente divulgadas no Censo.

É particularmente importante evitar os erros de cobertura decorrentes da invasão de um setor


censitário vizinho. Além de este erro prejudicar o trabalho do Recenseador responsável pelo
outro setor indevidamente invadido, faz com que unidades sejam registradas no setor
censitário errado. Isto prejudica os resultados do Censo e gera duplicação de registros.

Caso o ACS identifique uma situação de invasão de setor censitário, deve comunicá-la ao ACM
(que a informará ao CCS, por sua vez).

Os casos de invasão em limites municipais são especialmente preocupantes e requerem


atenção do Supervisor. Em setores com essa característica, oriente ao Recenseador observar
a sua posição de GPS e analisar também os limites definidos pelo descritivo do setor. Ele deve
verificar os acidentes geográficos e pontos de referência. Devido à imprecisão das
coordenadas de satélite e do mapa digital em alguns lugares (imprecisão de poucos metros, na
maioria dos casos), o Recenseador poderá ser levado a adentrar a área de outro município.

112
MANUAL DO ACM E ACS
CD-1.10

Caso o setor invadido seja um setor de PCTs, o ACM deverá solicitar que o coordenador de
subárea comunique ao GT de PCTs para uma solução conjunta.

Exemplo
Quando um Recenseador deixa de recensear um domicílio e seus
moradores dentro de seu setor, esse domicílio e esses moradores deixarão
de ser contados nos totais populacionais. Por outro lado, se um
Recenseador invade a área de trabalho de um colega e realiza o
recenseamento de um domicílio já recenseado, esse domicílio e seus
moradores serão contados duas vezes. A primeira situação relatada é o que
chamamos Omissão, que acarreta a subenumeração (perda) dos totais do
setor; a segunda denominamos Inclusão Indevida, que acarreta a
sobrenumeração (ganho) dos totais do setor. Ambos são caracterizados
como erros de cobertura, afetando negativamente a qualidade das
informações que serão divulgadas no Censo.

ERRO NA APLICAÇÃO DOS CONCEITOS DO CENSO


Esse erro tem a ver com a qualidade das informações a respeito de “quem somos e como
vivemos”. Mesmo garantindo a cobertura de todas as pessoas e domicílios na operação, o
agente deve estar atento à qualidade das informações que está coletando.

Exemplo
Um Recenseador está listando e recenseando todas as unidades de seu
setor, perfazendo um bom trabalho de cobertura. No entanto, ao investigar
as características de educação dos moradores, aplica erroneamente algum
conceito de escolaridade. O resultado direto desse erro é que as
informações obtidas não irão refletir a realidade da situação educacional
das pessoas residentes no setor. Em caso de ser reproduzido em larga
escala, o erro acarretará uma perda de proporções nacionais na qualidade
dos indicadores educacionais. Um exemplo desses indicadores é a taxa de
analfabetismo, que será um dos produtos do Censo promovido pelo IBGE.

Parte dos procedimentos do Plano de Supervisão é gerada por meio da utilização de dois
sistemas que gerenciam e processam as informações da coleta:

▪ Sistema de Supervisão (disponível no tablet do Supervisor);

▪ SIGC (ferramenta disponível no Posto de Coleta e que poderá ser acessada no


tablet do Supervisor).
O mais importante é que as informações produzidas por esses sistemas serão oferecidas a você
por meio de três ferramentas informatizadas. São elas:

▪ relatórios gerenciais e de Supervisão;

▪ mensagens dos indicadores gerenciais; [PT6]

113
MANUAL DO ACM E ACS
CD-1.10

▪ pedidos de Supervisão.

Essas três ferramentas serão atualizadas da seguinte forma:

▪ à medida que os recenseadores transmitirem os dados de seus setores, o SIGC irá


exibi-los sob a forma de relatórios e indicadores;
▪ a partir dessas informações, o Supervisor receberá em seu tablet um conjunto de
tarefas a realizar, visando avaliar o trabalho do Recenseador no setor;
▪ após realizá-las e avaliar as informações, o Supervisor deverá efetuar a
comunicação do seu tablet com o SIGC, para atualizar o aplicativo de Supervisão,
recebendo novos dados.

É imprescindível que o Supervisor e o Recenseador realizem transmissões diárias a partir de


seus equipamentos ao computador central do IBGE – uma vez por dia, no mínimo. Apenas
dessa maneira haverá sincronia entre o sistema e os equipamentos.

Tal transmissão pode ser realizada no Posto de Coleta, ou em qualquer local onde haja
conexão por meio de rede sem fio (chip 3G no tablet ou Wi-Fi). Deve-se sempre fazer backup
antes de iniciar essa operação (para evitar perdas de dados).

Além disso, o colaborador do Censo deve verificar rotineiramente o lançamento de novas


atualizações para o aplicativo.

Vamos agora conhecer melhor cada uma dessas três ferramentas do Plano de Supervisão:

▪ acompanhamento da coleta por meio de relatórios gerenciais.


▪ acompanhamento dos indicadores gerenciais.
▪ realização dos pedidos de Supervisão.

16.2. Relatórios Gerenciais para Acompanhamento da


Coleta
Durante a coleta, você deverá acompanhar, diariamente, os dados dos setores sob sua
responsabilidade por meio de Relatórios Gerenciais e Relatórios da Supervisão, que serão
exibidos e periodicamente atualizados no SIGC.

Esses relatórios têm por objetivo orientar o Supervisor para a elaboração de ações imediatas
junto a seus Recenseadores, permitindo o controle dos prazos e da qualidade dos resultados
durante a operação.

Para facilitar a análise dos relatórios do SIGC, os agentes poderão acessar as informações de
acordo com o seu nível de responsabilidade. Exemplificando, os ACS terão acesso apenas às
informações dos seus setores de trabalho; os ACM terão acesso apenas aos setores do seu
Posto de Coleta; e assim por diante.

114
MANUAL DO ACM E ACS
CD-1.10

16.2.1. No menu COLETA do SIGC

ACOMP06
[PAGT7][MAMdF8]

Relatório de Totais de Unidades Visitadas: esse relatório oferece a estimativa de unidades


visitadas, o total de unidades visitadas encontradas durante a coleta e o número de domicílios
particulares permanentes trabalhados pelo Recenseador.

ACOMP07

Relatório de Totais de Domicílios e Pessoas: esse relatório apresenta somente as


informações dos domicílios e pessoas nos setores. Ou seja, é possível analisar se há muitos
domicílios ocupados com recusa. Também é possível saber se a média de moradores por
domicílio ocupado está aparentemente alta; entre outros exemplos.

115
MANUAL DO ACM E ACS
CD-1.10

CNEFE01

Estrutura Censitária: esse relatório apresenta uma lista de setores censitários, de acordo com
os filtros selecionados. Ele deve ser utilizado para situar o setor em relação a cada nível da
hierarquia de coleta: UF, Área, Subárea, Município e Posto de Coleta. Este relatório também
apresenta o nome e o SIAPE de cada um dos responsáveis por cada um desses níveis.

É possível consultar, por exemplo, quem é o Recenseador responsável por um setor específico
e a qual ACS e ACM ele deve se reportar. Da mesma forma, é possível saber a qual CCS
estes mesmos ACS e ACM estão subordinados. O usuário pode se informar, também, sobre
quem é o Coordenador de Área responsável.

116
MANUAL DO ACM E ACS
CD-1.10

CNEFE02

Andamento da Coleta por Setor: esse relatório apresenta os totais de setores segundo seus
status de coleta (não iniciados, associados, carregados, em andamento, realizados,
paralisados, supervisionados, liberados para pagamento e pagos), de acordo com o nível
territorial selecionado. Ao nível de cada setor censitário, permite também acessar o mapa do
setor e a sua listagem de espécies.
Esse relatório permite avaliar o andamento geral da coleta em relação aos prazos do Censo,
permitindo identificar se as atividades estão em dia, conforme o previsto, ou se estão
atrasadas. Na fase inicial, é natural que muitos setores ainda não tenham sido distribuídos ou
iniciados. No entanto, espera-se que em meados da pesquisa a maior parte dos setores já
tenham sido realizados pelos Recenseadores. Na fase final da pesquisa, praticamente todos os
setores devem estar pagos. Caso identifique atrasos ou problemas que causem a paralisação
ou a demora na entrega dos Setores, busque informações mais detalhadas sobre essa
situação. Converse com o Recenseador e analise os demais relatórios. Entenda quais são as
dificuldades e busque soluções em conjunto com a sua equipe.

CNEFE03

Resumo do Setor: esse relatório apresenta totais de unidades trabalhadas por setor, segundo
seu status (confirmadas, alteradas, incluídas e excluídas), bem como totais de domicílios com e
sem coordenadas geográficas, de acordo com o nível territorial selecionado. Ao nível de cada
setor censitário, permite também acessar o mapa do setor e a sua listagem de espécies.

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MANUAL DO ACM E ACS
CD-1.10

O objetivo desse relatório é destacar situações potencialmente problemáticas. Toda ocorrência


de unidade excluída, em especial as selecionadas para pesquisa, além de unidade sem
coordenadas, merece ser analisada com cuidado. A princípio, essas são as situações mais
críticas, que podem ou não representar erro na coleta. Um número alto de coordenadas
possivelmente fora do setor ou capturadas distantes da anterior podem indicar problemas
como: invasão, pouca precisão do GPS no momento da captura ou problemas relacionados ao
posicionamento do contorno carregado no mapa digital. Verifique também o andamento do
trabalho, comparando os totais de unidades trabalhadas em relação aos totais de unidades na
lista prévia. Converse com o Recenseador, utilize as listagens de unidades do Setor e o mapa
do SIGC para avaliar o trabalho e identificar o que pode estar ocorrendo e como corrigir
possíveis problemas.

CNEFE04

Listagem de Setores: esse relatório apresenta uma listagem de setores censitários de acordo
com o filtro aplicado. Esta listagem apresenta informações importantes sobre a coleta no setor,
como status e datas de última atualização e transmissão. Além disso, permite acessar a
listagem de espécies o mapa do setor e as fotos registradas em campo.

É preciso dar especial atenção à data e hora da última atualização, que representam o
momento da ação mais recente realizada pelo Recenseador no DMC. Já a data e hora da
última transmissão correspondem ao momento de comunicação mais recente. Datas antigas
podem indicar que o trabalho está paralisado ou que a transmissão de dados não é realizada
com a devida frequência. Ambas as situações trazem risco à coleta e devem ser evitadas.

118
MANUAL DO ACM E ACS
CD-1.10

CNEFE05

Resumo de Espécies: esse relatório totaliza as espécies segundo o nível territorial


selecionado. Assim, é possível visualizar os totais de espécies dos setores e de unidades
territoriais acima deles.

Esse relatório permite compreender qual é o perfil de ocupação territorial deste setor, se é um
setor marcadamente residencial ou com predominância de outras atividades que não a
moradia. Fique atento ao total de endereços Pendentes de Espécie da Unidade Visitada
(PEUV). Este total deve ser acompanhado ao longo do trabalho no setor e evoluir sempre de
forma decrescente –até que nenhum endereço seja classificado como Pendente.

CNEFE06

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MANUAL DO ACM E ACS
CD-1.10

Listagem de Espécies: esse relatório exibe a listagem de espécies do setor censitário


selecionado. É possível, também, filtrar os registros segundo critérios como espécie, status (da
espécie ou do endereço), quadra/face, questionário web ou regular e data de confirmação. Esta
listagem é muito importante na verificação da qualidade dos registros feitos pelo Recenseador.

Esse relatório permite analisar de forma mais minuciosa o trabalho no setor. Nele você poderá
verificar todos os endereços e espécies registrados, detalhados pelo status (se foram
confirmados, incluídos ou excluídos); pela situação das coordenadas (se foram capturadas ou
não e se estão posicionadas dentro dos limites do setor); e pela situação da entrevista. Aqui
será possível identificar quais unidades podem apresentar problemas, como os apontados nos
relatórios de totais. A listagem de espécies é a sua maior aliada para orientar possíveis ajustes
e correções a serem feitos pelo Recenseador no DMC.

16.2.2. No menu COLETA do SIGC (PCT)


Considerando a necessidade de análise diferenciada de indicadores e de recortes específicos
em áreas de Povos e Comunidades Tradicionais, um conjunto de relatórios de
acompanhamento para PCTs está reunido no SIGC.

Além dos indicadores disponíveis para todos os setores, nesta aba será possível analisar ainda
os seguintes relatórios adicionais:

▪ PCT001: Quantidade de questionários de abordagem em agrupamento indígena,


distribuídos entre os que puderam ou não ser aplicados às lideranças
▪ PCT002: Tempo médio de recenseamento dos setores (considerando desde a atribuição
até o fechamento) por recorte de PCTs
▪ PCT004: Quantidade de setores censitários de PCTs com acionamento de mutirão
▪ PCT005: Quantidade de UVs por espécie com recorte PCTs
▪ PCT006: Quantidade de DPPO em relação ao total de unidades visitadas por recorte de
PCTs
▪ PCT007: Quantidade de domicílios coletivos em relação ao total de unidades visitadas
por recorte de PCTs
▪ PCT008: Quantidade de domicílios por tipo de material de parede por recorte de PCTs
▪ PCT009: Quantidade de moradores por opção de cor ou raça e ignorado com recorte
PCTs
▪ PCT010: Quantidade de moradores por opção de se considera indígena e ignorados
com recorte PCTs
▪ PCT011: Quantidade de moradores por opção de se considera quilombola e ignorados
com recorte PCTs
▪ PCT012: Quantidade de pessoas por etnias assinaladas com recorte PCTs
▪ PCT013: Quantidade de pessoas por línguas indígenas assinaladas com recorte PCTs
▪ PCT014: Quantidade de pessoas por nome de comunidade quilombola com recorte
PCTs
▪ PCT015: Quantidade de pessoas não falantes de português no domicílio em relação ao
total recenseado com recorte PCTs

120
MANUAL DO ACM E ACS
CD-1.10

▪ PCT016: Quantidade de pessoas por trabalho para própria alimentação com recorte
PCTs
▪ PCT017: Quantidade de coordenadas captadas fora do setor com recorte PCTs
▪ PCT003: Quantidade de setores censitários não iniciados, associados, iniciados,
paralisados e finalizados em relação ao total de setores do recorte de PCTs

OBS.: Os relatórios citados acima estão disponíveis nos recortes geográficos de:
▪ Terra Indígena
▪ Território Quilombola
▪ Agrupamento Indígena
▪ Agrupamento Quilombola

16.2.3. No menu SUPERVISÃO do SIGC


Resumo do Setor: esse relatório apresenta um resumo da coleta e da Supervisão no setor.
Você deverá acessá-lo frequentemente para acompanhar o trabalho nos setores sob sua
responsabilidade. Através desse relatório, será possível justificar os indicadores gerenciais e
realizar o fechamento da Supervisão.

Além disso, para os setores PCT, haverá campos específicos para a avaliação de informações
sobre etnia indígena, língua indígena, habitações indígenas, autodeclaração indígena ou
quilombola, entre outras informações.

Atenção
O relatório “Resumo do Setor” é um dos mais importantes no trabalho de
Supervisão dos setores, visto que são apresentadas informações resumidas
da coleta, mapas com coordenadas de endereços e de questionários. Além
disso, exibe os indicadores gerenciais, que serão apresentados na
sequência deste manual.

121
MANUAL DO ACM E ACS
CD-1.10

Esse relatório traz indicadores gerenciais que, quando ativos, devem ser tratados de acordo com
os seguintes procedimentos de supervisão:
▪ analisar os avisos por meio dos relatórios gerenciais;
▪ conversar com o recenseador;
▪ analisar a necessidade eventual de deslocamento a campo para verificação das
informações;
▪ preencher a justificativa de forma objetiva e sucinta.

122
MANUAL DO ACM E ACS
CD-1.10

ACOMP16 – Supervisão no DMC: este relatório apresenta as informações dos pedidos de


supervisão realizados no tablet, permitindo acesso ao total de homens e mulheres verificado em
campo e divergências de espécies. Também há informações sobre inclusões e exclusões de
UVs pelos Supervisores, evidenciando as respectivas omissões e inclusões indevidas dos
Recenseadores.

Endereços Selecionados/Supervisionados: esse relatório exibe a listagem de endereços


selecionados para os pedidos de Supervisão, incluindo informações sobre a visita dos
Supervisores a esses endereços, como: as espécies registradas, inclusões ou exclusões,
comparação do número de moradores nos domicílios e o mapa de coordenadas capturadas do
Recenseador e do Supervisor.

123
MANUAL DO ACM E ACS
CD-1.10

Andamento da Supervisão: este relatório exibe a quantidade de setores que estão em


andamento da coleta ou que foram concluídos pelos recenseadores, e quantos já geraram
pedidos de Supervisão. Além disso, é possível saber quais são as situações dos pedidos de
Supervisão (quantidade de iniciados, em andamento, concluídos e cancelados).

16.2.4. No Dispositivo (tablet) do Supervisor


Além das análises a serem feitas por meio dos relatórios do SIGC, o Supervisor deverá
analisar a qualidade da coleta nos setores a partir do relatório gerado em seu tablet, no
aplicativo de Supervisão. Na tela do pedido de Supervisão, deverá clicar nos três pontos acima
do mapa do setor e selecionar o relatório Resumo da Supervisão.

124
MANUAL DO ACM E ACS
CD-1.10

Relatório de totais da Supervisão:


Informações das reentrevistas

▪ Geradas: É o número de reentrevistas geradas pelo sistema para que


sejam realizadas pelo ACS.

▪ Realizadas: É o número de reentrevistas realizadas pelo Supervisor.

▪ Com divergência de pessoas: É o número de reentrevistas onde houve


divergência no total de pessoas registradas pelo Recenseador e pelo
Supervisor.

▪ Com divergência no questionário: É o número de reentrevistas onde


houve divergência em pelo menos um quesito entre o questionário do
Recenseador e o questionário de reentrevista do Supervisor.

Pessoas

▪ Inclusões indevidas: É o número de pessoas incluídas indevidamente


pelo Recenseador.

▪ Omitidas: É o número de pessoas omitidas pelo Recenseador.

125
MANUAL DO ACM E ACS
CD-1.10

Informações do percurso

▪ Unidades visitadas.
▪ Selecionadas: É o número de unidades visitadas pelo Recenseador e selecionadas
pelo sistema para serem verificadas pelo Supervisor.
▪ Verificadas: É o número de unidades visitadas pelo Recenseador para as quais o
Supervisor verificou o endereço e registrou suas espécies.
▪ Inclusões indevidas: É o número de unidades visitadas incluídas indevidamente
pelo Recenseador.
▪ Omitidas: É o número de unidades visitadas omitidas pelo Recenseador.
▪ Divergentes: É o número de unidades visitadas onde houve divergência nas
espécies registradas pelo Recenseador e as registradas pelo Supervisor.

Domicílios com morador (Ocupados, Sem Entrevista Realizada e Coletivos)

▪ Inclusões indevidas: É o número de Domicílios com morador incluídos


indevidamente pelo Recenseador.
▪ Omitidas: É o número de Domicílios com morador omitidos pelo Recenseador.
▪ Divergentes: É o número de unidades visitadas onde houve divergência nas
espécies registradas pelo Recenseador e as registradas pelo Supervisor
especificamente para as espécies que correspondem a Domicílios com Morador.

Informações da lista de moradores

▪ Inclusões indevidas: É o número de pessoas incluídas indevidamente pelo


Recenseador.
▪ Omitidas: É o número de pessoas omitidas pelo Recenseador.

16.3. Indicadores Gerenciais para Acompanhamento da


Coleta
Os Indicadores Gerenciais de Coleta foram desenvolvidos com a finalidade de atuar como uma
ferramenta de avaliação e controle da coleta por meio do acompanhamento de parâmetros
predefinidos para cada um dos setores censitários. Desta forma, é possível avaliar se as
informações coletadas pelos recenseadores diferem do padrão esperado, permitindo a
identificação de possíveis falhas de procedimentos ou baixa produtividade no trabalho de
campo.

126
MANUAL DO ACM E ACS
CD-1.10

À medida que os recenseadores transmitirem os dados de seus setores, através de


comunicações feitas pelo DMC, o SIGC poderá gerar, ou não, mensagens para os indicadores
gerenciais. Por isso, é importante que tanto o Recenseador quanto o Supervisor realizem
comunicações periódicas com o SIGC.

Quando gerados, os indicadores gerenciais estarão disponíveis no relatório Resumo do Setor.

As mensagens dos indicadores gerenciais serão exibidas em duas condições de setores:

▪ Em andamento: indicador refletirá a situação dos dados mais recentes transmitidos.


Esta situação poderá se alterar em um momento posterior.
▪ Concluídos: indicador refletirá a situação final da coleta no setor.

Atenção
Os indicadores gerenciais serão ativados/desativados de acordo com a
atualização dos dados enviados ao SIGC. Portanto, é possível que apareça
uma mensagem e, a partir de uma nova transmissão de dados, essa
mensagem não apareça mais.

16.3.1. Indicadores para setores em andamento


Caso apareçam mensagens em algum setor com status de coleta “em andamento”, você
deverá, primeiramente, consultar este Manual para conferir as instruções específicas acerca de
possíveis causas e ações que deverão ser adotadas. Para todas as mensagens,
independentemente das instruções de ações específicas, o Supervisor deverá observar os
seguintes procedimentos:

▪ Primeiramente, é importante saber que, sempre que for emitido um alerta


baseado em qualquer um dos indicadores, você deve verificar, por meio dos
relatórios disponíveis no SIGC e no seu próprio tablet, os relatórios referentes
ao setor para o qual a mensagem foi gerada.

▪ Para confirmar os registros cujos valores acionaram as mensagens, o


Supervisor poderá efetuar esta tarefa pessoalmente, realizando, por exemplo,
uma Supervisão complementar.

▪ O Supervisor também deverá realizar verificações em campo quando


determinado pelo ACM ou Coordenador Censitário de Subárea.

▪ Para realizar correções, o Supervisor deverá determinar que o próprio


Recenseador retorne aos endereços onde essas correções sejam necessárias.
[PT9]
É importante ter em mente que uma mensagem de indicador gerencial
não significa, necessariamente, que exista um erro na coleta. Assim, a
pronta ação do Supervisor permitirá que sejam obtidos os esclarecimentos e

127
MANUAL DO ACM E ACS
CD-1.10

justificativas necessários para cada valor apontado como fora dos parâmetros
esperados.

▪ Para cada indicador devem ser registradas justificativas detalhadas. Ou seja,


não serão aceitos como justificativas textos como: “confirmam-se os dados
coletados” ou “confirmado”.

Indicadores, Mensagens e Procedimentos

I10 - Logradouros Excluídos

O que é: identifica número excessivo de Logradouros Excluídos.


Implicações na coleta: pode representar um setor com mudanças territoriais significativas.
Como proceder no caso de Logradouros excluídos acima do esperado:
Analise, no menu SUPERVISÃO (relatório Resumo do Setor) no SIGC, o número de logradouros
anterior e compare os excluídos com o número de logradouros atuais não iniciados, confirmados
e incluídos. Utilize também o mapa do setor existente no SIGC, procurando identificar onde se
localizam os logradouros excluídos. Recomenda-se também a ativação da camada “arruamento”
e a análise das imagens de satélite, de preferência as mais recentes disponíveis, comparando-as
com segmentos de logradouros registrados pela confirmação de faces. Depois, reúna-se com o
Recenseador e verifique as razões para esta discrepância. Oriente-o a sempre dar uma
explicação antes de excluir um logradouro ou uma face e a migrar os endereços antes de excluir.
Caso os logradouros excluídos se refiram a aldeias ou comunidades indígenas ou comunidades
quilombolas, verifique se os setores vizinhos têm o nome desses logradouros ou se os
logradouros incluídos nesses setores correspondem aos que foram excluídos. Caso isso não se
confirme, verifique com as lideranças se essas exclusões procedem.

128
MANUAL DO ACM E ACS
CD-1.10

I11 - Proporção de Endereços Incluídos

O que é: identifica possíveis crescimentos excessivos no número de endereços incluídos por meio
de sua comparação com o total de endereços existentes.
Implicações na coleta: pode representar um setor com mudanças territoriais significativas, como
construção de novas unidades ou identificação de agrupamentos indígenas ou quilombolas desde
o último levantamento do IBGE.
Como proceder no caso de Proporção de endereços incluídos acima do esperado:
Analise, no menu SUPERVISÃO (relatório Resumo do Setor) no SIGC, o número de endereços
anterior e compare os incluídos com o número de endereços atuais não iniciados, confirmados e
excluídos. Utilize também o mapa do setor existente no SIGC procurando identificar os endereços
incluídos - balões de coordenadas amarelos. Recomenda-se a comparação da localização dos
balões em relação às edificações representadas nas imagens de satélite mais recente. Se houver
divergência, isto é, se houver unidades incluídas onde não é acusada a existência de edificações
pela imagem ou número excessivo em relação ao que é mostrado na imagem, isto pode dever-se
à inclusão indevida de endereços pelo Recenseador ou a uma imagem desatualizada. Depois,
reúna-se com o Recenseador e verifique as razões para esta discrepância.
Caso esse setor esteja localizado em área de PCTs, verifique ainda se esse setor constava da
lista de setores com CNEFE desatualizado, com áreas de construções não identificadas, por um
lado, nos mapas de setores e apontadas, por outro lado, pelas lideranças locais, durante as
reuniões de abordagem de que participou. Se as dúvidas persistirem, verifique com as lideranças
locais se as inclusões procedem.

129
MANUAL DO ACM E ACS
CD-1.10

I12 - Proporção de Endereços Excluídos

O que é: identifica número excessivo de endereços excluídos por meio de sua comparação com o
total de endereços já confirmados da lista prévia.
Implicações na coleta: pode representar um setor com mudanças territoriais significativas, como
demolições de unidades e construção de novas edificações. Fique atento às exclusões indevidas,
ou seja, endereço existe em campo, mas não foi identificado corretamente pelo Recenseador.
Como proceder no caso de Proporção de endereços excluídos acima do esperado: Analise,
no menu SUPERVISÃO (relatório Resumo do Setor) no SIGC, o número de endereços anterior e
compare os excluídos com o número de endereços atuais não iniciados, confirmados e incluídos.
Utilize também a listagem de endereços e o mapa do setor existente no SIGC procurando
identificar os endereços excluídos - balões de coordenadas vermelhos. Recomenda-se a
comparação da localização dos balões em relação às edificações representadas nas imagens de
satélite mais recente. Se houver divergência, isto é, se houver unidades excluídas onde é
acusada a existência de edificações pela imagem, isto pode dever-se à exclusão indevida de
endereços pelo Recenseador ou a uma imagem desatualizada. Depois, reúna-se com o
Recenseador e verifique as razões para esta discrepância.
Caso esse setor esteja localizado em área de PCTs, verifique ainda a possibilidade dessa
unidade existir no setor, com áreas de construções não identificadas nos mapas de setores e
apontadas pelas lideranças locais nas reuniões de abordagem de que participou e, se as dúvidas
persistirem, verifique com as lideranças locais se as exclusões procedem.
.

I13 - Domicílios Particulares Permanentes acima do esperado

O que é: identifica possíveis crescimentos excessivos no número de domicílios particulares


permanentes por meio da comparação entre o total de domicílios particulares permanentes atual
e o total de domicílios particulares permanentes na lista prévia.
Implicações na coleta: pode representar um setor com mudanças territoriais significativas, como
construção de novas unidades domiciliares desde o último levantamento do IBGE. Pode indicar
também mudanças de uso das unidades já existentes, por exemplo, estabelecimentos que
passaram a ser utilizados como domicílios.
Como proceder no caso de Domicílios Particulares Permanentes acima do esperado:
Analise, no menu SUPERVISÃO (relatório Resumo do Setor) no SIGC, o número de domicílios
anterior e compare com o número de domicílios atuais. Um aumento excessivo de domicílios
pode resultar no aumento do número de entrevistas a serem realizadas no setor. Este aumento
está diretamente relacionado a uma maior carga de trabalho neste setor, do que o inicialmente
previsto. Verifique também se não ocorrem inclusões indevidas de domicílios pelo Recenseador.
Depois, reúna-se com o Recenseador e verifique as razões para esta discrepância.

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MANUAL DO ACM E ACS
CD-1.10

I14 - Domicílios Particulares Permanentes abaixo do esperado

O que é: identifica reduções excessivas no número de domicílios particulares permanentes por


meio da comparação entre o total de domicílios particulares permanentes atual e o total de
domicílios particulares permanentes na lista prévia.
Implicações na coleta: pode representar um setor com mudanças territoriais significativas, como
demolição de unidades ou conversão de uso, de residencial para não residencial desde o último
levantamento do IBGE.
Como proceder no caso de Domicílios Particulares Permanentes abaixo do esperado:
Analise, no menu SUPERVISÃO (relatório Resumo do Setor) no SIGC, o número de domicílios
anterior e compare com o número de domicílios atuais. Uma diminuição excessiva de domicílios
pode resultar na diminuição do número de entrevistas a serem realizadas no setor. Verifique
também se não ocorre omissão de domicílios pelo Recenseador. Depois, reúna-se com o
Recenseador e verifique as razões para esta discrepância.

I15 - Proporção de Endereços com Coordenadas não Obtidas

O que é: acompanha a eventual perda de coordenadas na operação atual.


Implicações na coleta: prejuízo à divulgação dos endereços, especialmente em locais de
endereçamento mais frágil e menos formalizado. Prejuízo na Supervisão e acompanhamento da
coleta.
Como proceder no caso de Percentual de coordenadas perdidas acima do limite:
Analise o mapa do setor e a listagem de endereços. Fique atento especialmente quando isso
ocorrer em área de endereçamento mais frágil, como setores rurais, setores de ocupação
desordenada, setores com áreas de interesse operacional indígenas ou quilombolas e aqueles
distantes das áreas de ocupação mais consolidada dos municípios. Depois, reúna-se com o
Recenseador e verifique as razões para esta discrepância.

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MANUAL DO ACM E ACS
CD-1.10

I16 - Setor com Coordenadas obtidas fora do setor e distantes do seu perímetro

O que é: identifica elevado número de coordenadas obtidas fora do setor.


Implicações na coleta: pode indicar invasão de outros setores ou baixa precisão do sinal de GPS
no momento da coleta.
Como proceder no caso de Proporção de coordenadas fora do setor e distante do seu
perímetro acima do esperado:
Analise o mapa do setor, o descritivo do setor e a listagem de endereços. É mais comum que isto
ocorra com os endereços localizados mais próximos ao perímetro do setor. Pode representar
tanto baixa precisão do sinal de GPS quanto o recenseamento indevido de uma unidade fora do
Setor Censitário. Neste último caso, configura-se a invasão de um outro setor. Depois, reúna-se
com o Recenseador e verifique as razões para esta discrepância.
Caso o setor seja de agrupamento indígena ou quilombola, verifique se houve mudança da aldeia
ou comunidade dentro do território e se o nome da localidade é o mesmo do setor. Nesse caso
não se trata de uma invasão, mas do procedimento de coleta correto.

I17 - Confirmação Distante

O que é: identifica elevado número de endereços com coordenadas obtidas distantes das
coordenadas obtidas na operação anterior.
Implicações na coleta: pode indicar problema de posicionamento do Recenseador ao trabalhar
um endereço ou ainda indicação equivocada da unidade a ser trabalhada.
Como proceder no caso de Endereços com coordenadas distantes da posição original
acima do esperado:
Analise o mapa do setor e a listagem de endereços. Ative a camada de coordenadas anteriores e
a de coordenadas atuais simultaneamente e verifique a diferença entre elas. Coordenadas muito
distantes das existentes anteriormente podem indicar que um endereço foi trabalhado em local
indevido, não correspondente à real localização da unidade. O equívoco também pode ter
ocorrido na operação anterior, estando correta a atual. Depois, reúna-se com o Recenseador e
verifique as razões para esta discrepância.

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CD-1.10

I18 - Exclusão de Endereço Selecionado para Pesquisa

O que é: identifica endereços excluídos e selecionados para pesquisa.


Implicações na coleta: perda da identificação única de um endereço que participa ou participou
de pesquisas amostrais do IBGE.
Como proceder no caso de Setor com endereço(s) excluído(s) e selecionado(s) para
pesquisa:
A exclusão de um endereço selecionado para pesquisa, assim como as demais exclusões, só
deve ocorrer se, de fato, o endereço anteriormente listado já não existe mais em campo. Verifique
a listagem de endereços e o mapa, de preferência utilizando a imagem de satélite para checar a
possibilidade de a unidade ter sido demolida ou transformada em outro endereço distinto. Depois,
reúna-se com o Recenseador e verifique as razões para esta discrepância.

I19A e I19B - Existência de Erro de Percurso

O que é: identifica existência de erro de percurso entre quadras e faces a partir da data e hora de
confirmação dos endereços
Implicações na coleta: prejudica a organização do trabalho, colocando em risco a cobertura total
do setor.
Como proceder no caso de Setor com erro(s) de percurso:
Verifique a ordem em que as quadras e as faces foram trabalhadas. Um erro no percurso de
quadra é indicado quando a face de uma determinada quadra é trabalhada sem que todas as
faces de uma quadra trabalhada anteriormente tenham sido confirmadas. Já o erro no percurso
de face indica que o Recenseador segue de uma face a outra deixando incompleto o trabalho de
confirmar e incluir unidades em alguma delas, tendo que retornar posteriormente à face já
trabalhada.
Fique atento à possibilidade de ocorrência de omissões ou registro incorreto de endereços.

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CD-1.10

Indicadores associados a domicílios e pessoas

I1 - Total de Pessoas Recenseadas por Dia de Coleta (apenas para setor em andamento)

O que é: este indicador acompanha a produtividade média do Recenseador. Para isso, avalia o
total de pessoas recenseadas durante o período de trabalho do Recenseador no setor. Por isso é
importante que o Recenseador comece a coleta assim que baixar o setor em seu DMC pois a
partir deste dia a média de questionários coletados começa a ser calculada.
Implicações na coleta: além de controlar o andamento do trabalho na operação censitária, este
indicador fornece indícios de sub ou sobreenumeração na coleta. A mensagem referente a este
indicador é: “Pessoas recenseadas por dia abaixo do esperado”.
Como proceder no caso de Total de pessoas recenseadas por dia de coleta abaixo do
esperado:
Verifique se não há fatores como necessidade de deslocamentos de média ou longa duração para
acessar o setor, condições climáticas desfavoráveis, alguma dificuldade ou empecilho ao contato
do Recenseador com os moradores etc. Se não houver nenhuma razão específica para tal,
caberá a você, Supervisor, exigir mais empenho e dedicação ao Recenseador no sentido de
melhorar sua produção. Se a mensagem de baixa produtividade se reproduzir, sem que haja
justificativa para tal, caberá ao ACM, junto com o Coordenador Censitário de Subárea (CCS),
avaliar a necessidade de substituição do Recenseador para que os prazos de coleta não sejam
comprometidos.

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CD-1.10

I2 - Média de Moradores por Domicílio Particular Ocupado

O que é: este indicador monitora a média de moradores por domicílio particular ocupado
(Permanentes e Improvisados). Caso haja mensagem neste indicador, significa que a média de
moradores por domicílio do setor difere consideravelmente do valor esperado.
Implicações na coleta: este indicador também fornece indícios de omissão ou inclusão indevida
de pessoas nos domicílios coletados. As mensagens são: “Média de moradores por domicílio
abaixo do esperado” ou “Média de moradores por domicílio acima do esperado”.
Como proceder no caso de Média de moradores por domicílio particular ocupado acima ou
abaixo do esperado: O primeiro passo, independentemente de a mensagem ser de moradores
ACIMA ou ABAIXO do esperado, é analisar o menu SUPERVISÃO (relatório Resumo do Setor)
no SIGC e demais relatórios que julgar necessário. Veja se é perceptível a falta ou excesso de
pessoas relacionadas a alguma faixa etária específica (idosos e crianças). No caso de moradores
ABAIXO do esperado, o Supervisor deve estar atento à possibilidade de o Recenseador ter
deixado de recensear pessoas dentro dos domicílios. Na maioria das vezes isso ocorre quando a
pessoa entrevistada se esquece de listar (informar) algum morador. Crianças pequenas e
pessoas idosas têm mais chances de serem omitidas, assim como pessoas que tenham vindo
morar recentemente no domicílio ou que estejam temporariamente afastadas (por motivo de
estudo ou trabalho, por exemplo). Caso já tenha realizado algum pedido de Supervisão, observe o
número de omissões e inclusões indevidas, pois eles podem indicar se o Recenseador realmente
está deixando moradores de fora. Caso encontre esse tipo de problema, oriente o Recenseador a
voltar a campo e corrigir o trabalho.
Caso possua pedidos de Supervisão para realizar, dê especial atenção para a detecção destes
tipos de erro durante a verificação da lista de moradores e da realização das reentrevistas.
Confirme se realmente todas as pessoas que o Recenseador listou encaixam-se devidamente na
condição de morador, de acordo com a definição do Manual do Recenseador, dando especial
atenção à data de referência da operação.

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CD-1.10

I3 - Domicílios Particulares Ocupados

O que é: este indicador monitora o número de domicílios particulares ocupados (permanentes e


improvisados) encontrados pelo Recenseador.
Implicações na coleta: este indicador tenta apontar problemas que possam causar
subenumeração ou sobrenumeração de domicílios (e, consequentemente, moradores) na coleta.
O IBGE dispõe de dados aproximados de quantidade de domicílios de um setor, que advêm de
operações anteriores. Então fique atento quando aparecerem mensagens relacionadas a esse
indicador. As mensagens referentes a este indicador são: “Total de domicílios particulares
ocupados ACIMA do esperado” ou “Total de domicílios particulares ocupados ABAIXO do
esperado”.
Como proceder no caso de Total de domicílios particulares ocupados acima do esperado:
Analise, no menu SUPERVISÃO (relatório Resumo do Setor) no SIGC, a estimativa de
endereços. Depois, reúna-se com o Recenseador e verifique as razões para esta discrepância.
Verifique junto aos seus superiores se ocorreram mudanças no setor em relação às operações
passadas, como surgimento de novos domicílios/apartamentos, divisão de outro setor que tenha
incorporado domicílios neste setor etc. Verifique também se nos pedidos de Supervisão foram
identificadas inclusões indevidas de domicílios. Aproveite também as informações do mapa digital
presente no seu dispositivo de coleta e no SIGC para avaliar a cobertura do setor e possíveis
invasões de setores vizinhos (mas lembre-se de levar em consideração as imprecisões do GPS
dos equipamentos).
Como proceder no caso de Total de domicílios particulares ocupados abaixo do esperado:
No caso de o número de domicílios estar abaixo do esperado, através do menu SUPERVISÃO
(relatório Resumo do Setor) será possível ver o tamanho da diferença em relação às informações
da estimativa de endereços. Não é esperada uma redução significativa no número de domicílios
em relação às informações passadas. Assim, reúna-se com o Recenseador e verifique as razões
para esta diferença. Avalie se no mapa digital do setor existem edificações (prováveis domicílios)
sem pontos de coordenadas associadas. Observe nos pedidos de Supervisão o número de casos
de omissão de domicílios, pois eles poderão dar subsídios para analisar a qualidade do trabalho
do Recenseador.

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CD-1.10

I4 - Proporção de Pessoas com Declaração do Mês e Ano de Nascimento

O que é: este indicador de qualidade da coleta visa a controlar o número de pessoas em relação
às quais o Recenseador não consegue obter o mês e o ano de nascimento, registrando apenas a
idade.
Implicações na coleta: as idades de cada indivíduo calculadas com base na data de nascimento
são essenciais para garantir a qualidade da estrutura etária da população. A idade declarada
(sem ser através do mês e ano de nascimento), em geral, traz consigo maior imprecisão por parte
do informante, podendo acarretar em maior frequência em idades múltiplas de 5 ou 10. A
mensagem referente a este indicador é: “Proporção de pessoas com declaração do mês e ano de
nascimento ABAIXO do esperado”.
Como proceder no caso de Proporção de pessoas com declaração do mês e ano de
nascimento abaixo do esperado: Analise, no menu SUPERVISÃO (relatório Resumo do Setor),
e veja a quantidade de pessoas existentes no setor sem a declaração de mês e ano de
nascimento. Esclareça com o Recenseador o ocorrido o mais rápido possível. Alerte-o que a
estrutura etária da população é uma informação fundamental para análise e interpretação dos
resultados do Censo. Proporções baixas de declarações de mês e ano de nascimento trazem
prejuízo à qualidade da informação, pois, em geral, este é um dado mais preciso que a idade
declarada. Por isso, é aconselhável que se obtenha o mês e ano de nascimento de cada morador.
Deve-se registrar a idade declarada somente quando o informante não souber a data de
nascimento.

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CD-1.10

I5 - Proporção de Pessoas com Menos de 5 Anos ou Mais de 69 Anos de Idade em relação


ao total de pessoas recenseadas

O que é: este indicador monitora a quantidade de pessoas com menos de 5 anos ou mais de 69
anos de idade em relação ao total de pessoas recenseadas.
Implicações na coleta: sabe-se que nos levantamentos censitários, quando ocorre omissão de
pessoas, a maior incidência se concentra em populações infantis e em populações idosas. Em
algumas situações o entrevistado se esquece de que as crianças de baixa idade e pessoas com
idade mais avançada devem ser consideradas moradoras. Por isso, existem as perguntas de
cobertura na lista de moradores.
Como proceder no caso de Proporção de pessoas com menos de 5 anos ou mais de 69
anos de idade em relação ao total de pessoas recenseadas abaixo do esperado: Analise, no
menu SUPERVISÃO, o relatório Resumo do Setor e converse com o Recenseador para que ele
investigue com mais cuidado a existência de crianças de baixa idade nos domicílios. Instrua o
Recenseador a sempre fazer as perguntas: “Quantas crianças de zero a nove anos de idade,
inclusive as recém-nascidas, moravam neste domicílio em 31 de maio de 2022?”, e “Existe mais
alguma pessoa que normalmente vive aqui, mas está temporariamente ausente por motivo de
trabalho, estudo, internação hospitalar, a passeio ou por outra razão?”.
Estas perguntas fazem parte da estrutura do questionário. Observe nos pedidos de Supervisão,
na conferência da lista de moradores, se há omissão de crianças e idosos, pois confirmaria a
hipótese de problemas na captação. Se for confirmado o problema, você deve solicitar ao
Recenseador que volte ao setor para investigar a presença de crianças e idosos em todos os
domicílios.

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CD-1.10

I6 - Proporção de Domicílios sem Entrevista Realizada em Relação aos Ocupados (apenas


para setores concluídos)

O que é: este indicador monitora o número de domicílios classificados como sem entrevista
realizada pelo Recenseador. O domicílio Sem Entrevista Realizada, como você sabe, representa
um domicílio particular permanente ocupado onde, por algum motivo, não foi possível o contato
com um morador.
Implicações na coleta: um número muito elevado de domicílios Sem Entrevista Realizada afeta
diretamente a qualidade dos dados do Censo, pois os moradores destes domicílios deixarão de
ser recenseados. A mensagem referente a este indicador é: Proporção de domicílios Sem
Entrevista Realizada ACIMA do esperado.
Como proceder no caso de Proporção de domicílios Sem Entrevista Realizada em relação
aos ocupados acima do esperado: Analise, no menu SUPERVISÃO, o relatório Resumo do
Setor do SIGC e verifique o número de domicílios Sem Entrevista Realizada. Aproveite também
para visualizar o relatório com a listagem dos endereços destes domicílios Sem Entrevista
Realizada, registrados no equipamento de coleta do Recenseador ou no seu próprio
equipamento. Converse com o Recenseador e descubra se há alguma razão que justifique este
volume de domicílios Sem Entrevista Realizada. Relembre ao Recenseador que ele deve se
esforçar para tentar realizar as entrevistas no maior número possível destes domicílios. Caso já
tenha realizado algum pedido de Supervisão, observe se você teve facilidade para encontrar
moradores em alguns domicílios classificados pelo Recenseador como Sem Entrevista Realizada.
Explique ao Recenseador que ele deve procurar uma estratégia para encontrar estes moradores:
voltar ao domicílio à noite ou nos finais de semana. Caso o Recenseador relate alguma situação
de recusa, tente identificar os motivos para tal e, se for preciso, vá ao domicílio junto com o
Recenseador e tente contornar a situação. Persistindo o problema, comunique ao ACM.
Caso esse setor seja de PCTs, veja com o Recenseador se ele está contando com o apoio de um
guia comunitário e se a liderança comunitária pode ajudar a abrir os domicílios, identificando os
melhores horários para retornar aos domicílios.

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CD-1.10

I7 - Proporção de Domicílios Vagos em Relação aos Ocupados

O que é: este indicador monitora o número de domicílios classificados como vagos pelo
Recenseador.
Implicações na coleta: a classificação incorreta de um domicílio como vago quando ele possui
moradores ocasiona uma subenumeração de pessoas e domicílios ocupados na coleta. A
mensagem referente a este indicador é: Proporção de domicílios vagos ACIMA do esperado.
Como proceder no caso de Proporção de domicílios vagos em relação aos ocupados acima
do esperado: Analise, no menu SUPERVISÃO, o relatório Resumo do Setor no SIGC. Verifique
com seus superiores se o setor possui histórico ou razões para um número de domicílios vagos
acima da média. Caso já tenha realizado algum pedido de Supervisão, fique atento para um
possível erro de classificação do Recenseador. Se você encontrar moradores em domicílios
classificados como vagos pelo Recenseador, peça que o Recenseador revisite todos os
domicílios com tal classificação para uma nova confirmação da espécie. Se possível acompanhe
esta atividade e aproveite a oportunidade para conversar com o Recenseador e rever os
conceitos com ele.
Caso esse setor seja de PCTs, veja com o Recenseador se ele está contando com o apoio de um
guia comunitário e se a liderança comunitária pode ajudar a confirmar a espécie desses
domicílios. Verifique essas informações nas suas supervisões.

I8 - Proporção de Domicílios de Uso Ocasional em Relação aos Ocupados

O que é: este indicador monitora o número de domicílios classificados de uso ocasional.


Implicações na coleta: a classificação incorreta de um domicílio como de uso ocasional quando
ele possui moradores ocasiona uma subenumeração de pessoas e domicílios ocupados na
coleta. A mensagem referente a este indicador é: Proporção de domicílios de uso ocasional
ACIMA do esperado.
Como proceder no caso de Proporção de domicílios de uso ocasional em relação aos
ocupados acima do esperado: Analise, no menu SUPERVISÃO, o relatório Resumo do Setor no
SIGC. Verifique com seus superiores se o setor possui histórico ou razões para um número de
domicílios de uso ocasional acima da média. Geralmente, os domicílios de uso ocasional se
localizam em regiões com vocação turística. Mantenha diálogo constante com o Recenseador
para ficar ciente do que se passa no campo. Caso já tenha realizado algum pedido de Supervisão,
verifique se você classificou como particular ocupado algum domicílio que o Recenseador tenha
classificado como de uso ocasional. Encontrando erros de classificação, peça que o Recenseador
revisite todos os domicílios com essa classificação para uma nova confirmação da espécie. Se
possível acompanhe esta atividade e aproveite a oportunidade para conversar com o
Recenseador e rever os conceitos com ele.

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MANUAL DO ACM E ACS
CD-1.10

I22 - Proporção de Trocas de Espécie Sem Entrevista Realizada para Unidades não
Habitadas (Vago, Uso Ocasional, Estabelecimentos etc.)

O que é: este indicador visa a controlar as trocas de espécies não usuais pelo Recenseador.
Implicações na coleta: a troca errada de espécies pode impactar negativamente a qualidade do
trabalho de campo. A troca de DPPO (com Morador Ausente, Recusa ou Agendamento) para a
espécie Vago ou Uso Ocasional, por exemplo, pode gerar uma subenumeração de moradores do
setor caso tenha sido feita indevidamente. A mensagem é: Proporção de troca da espécie de Sem
Entrevista Realizada para Unidade não Habitada ACIMA do esperado.
Como proceder no caso de Proporção de trocas de espécie Sem Entrevista Realizada para
Unidades não Habitadas acima do esperado: Novamente, analise as informações do menu
SUPERVISÃO (relatório Resumo do Setor) no SIGC. Observe a existência de indicador de
proporção de Domicílios Sem Entrevista Realizada e se houve retornos dos recenseadores aos
DPPO sem entrevista realizada. Caso já tenha efetuado alguma Supervisão, verifique se existem
divergências de espécies de DPPO sem entrevista realizada para Domicílio Particular
Permanente não habitado (DPPV ou DPPUO). Encontrando erros de classificação, peça que o
Recenseador revisite todas as unidades não habitadas do setor para uma nova confirmação da
espécie. Se possível acompanhe esta atividade e aproveite a oportunidade para conversar com o
Recenseador e rever os conceitos com ele. Caso haja suspeita de que o Recenseador possa ter
cometido este erro de maneira generalizada, comunique o fato ao ACM e analisem a necessidade
de uma Supervisão complementar específica para este problema.

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MANUAL DO ACM E ACS
CD-1.10

I9 - Diferença entre o número médio de pessoas recenseadas nos questionários de amostra


e básico

O que é: este indicador monitora o número médio de pessoas recenseadas de acordo com o tipo
de questionário, pois não é normal que haja diferenças significativas no número de pessoas
recenseadas por tipo de questionário.
Implicações na coleta: problemas neste indicador afetam uma das principais informações do
censo, que é a informação de quantos somos. Desta forma, pode-se levar o IBGE a divulgar uma
informação de má qualidade em relação ao total populacional.
Como proceder no caso de Diferença entre o número médio de pessoas recenseadas nos
domicílios de amostra e básico acima do esperado: caso a coleta esteja no começo, o
indicador pode aparecer em função de poucos questionários da amostra terem sidos coletados
pelo Recenseador. Neste caso, espere que o Recenseador colete mais questionários da amostra
para uma melhor avaliação. Caso já tenha sido coletado um número relevante de questionários
da amostra, observe se há divergências no número de pessoas encontradas por você e pelo
Recenseador em seus pedidos de Supervisão. Verifique se há uma tendência de omissão/
inclusão de pessoas em algum tipo específico de questionário. Depois converse com o
Recenseador para que ele não continue errando sistematicamente. Ressalte que ele pode estar
incluindo/omitindo pessoas para um determinado tipo de questionário e que, constatado o erro,
ele terá que rever o trabalho em todo o setor.

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MANUAL DO ACM E ACS
CD-1.10

I21 - Proporção de domicílios particulares ocupados da amostra

O que é: este indicador monitora a fração amostral especificada para cada setor.
Implicações na coleta: a fração amostral de cada setor é calculada pelos estatísticos do IBGE
em função de características do município, tamanho da população etc. Para a correta divulgação
das informações do censo, é preciso que a fração amostral esteja de acordo com o previsto pelos
técnicos.
Como proceder no caso de Proporção de domicílios particulares ocupados da amostra
acima/abaixo do esperado: caso a coleta esteja no começo, o indicador pode aparecer em
função de poucos questionários da amostra terem sidos coletados pelo Recenseador. Neste caso,
espere que o Recenseador colete mais questionários da amostra para uma melhor avaliação.
Lembre-se que o questionário da amostra leva mais tempo para ser preenchido, o que pode levar
o Recenseador a excluir o domicílio selecionado para amostra ou alterar a sua espécie para evitar
problemas no preenchimento do questionário. Sendo assim, fique atento para estes tipos de
divergências que podem aparecer no seu pedido de Supervisão e são indícios de erros/ falhas do
Recenseador. Além disso, verifique se o Recenseador está deixando os domicílios da amostra
como sem entrevista realizada (Morador Ausente / Recusa), em função da complexidade maior do
questionário. Converse com seu Recenseador e analise o que está ocorrendo, sempre lembrando
ao Recenseador que a forma mais rápida e prática de realizar o trabalho é seguindo o que lhe foi
ensinado no treinamento.

16.3.2. Indicadores para setores concluídos

Haverá também um conjunto de indicadores gerenciais que serão calculados para avaliação do
setor assim que a coleta for dada como encerrada pelo Recenseador.

Para isso, o Recenseador deve proceder à rotina de encerramento da coleta em seu DMC e
realizar a última transmissão de dados para o SIGC, tão logo termine os trabalhos no setor.

Os seguintes indicadores serão acionados para os Setores Concluídos, e suas


especificidades seguem os mesmos princípios descritos na seção anterior para Setores
em andamento:

Média de moradores por domicílio.

Domicílios Particulares Ocupados.

Proporção de pessoas com declaração do mês e ano de nascimento.


Proporção de pessoas com menos de 5 anos e pessoas maiores de 69 anos
em relação ao total de pessoas recenseadas.

Proporção de Domicílios Ocupados Sem Entrevista Realizada.

Proporção de domicílios Vagos.

Proporção de domicílios de uso ocasional.

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MANUAL DO ACM E ACS
CD-1.10

Proporção de trocas de espécie (Domicílio Ocupado Sem Entrevista Realizada


Unidade não Habitada [Vago, Uso Ocasional, Estabelecimentos etc.]).
[MAMdF10]
O único indicador que não será calculado ao final da coleta é o de produtividade (Total de
pessoas recenseadas por dia de coleta). Todos os demais serão atualizados, gerando suas
respectivas mensagens de alerta. Assim, além das mensagens dos indicadores gerenciais
descritas anteriormente, poderão aparecer outras ao final da coleta.

No caso de setores em áreas de PCTs, os seguintes indicadores também são acionados no


fechamento do setor:

▪ Média de Moradores por “Domicílio Permanente Particular Ocupado”

▪ Domicílio em Área Indígena classificado como “Improvisado”

▪ Áreas não visitadas pelo Recenseador

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MANUAL DO ACM E ACS
CD-1.10

16.3.3. Indicadores para Setores PCT

IND011 - Média de Moradores por Domicílio Particular Ocupado

O que é: Este indicador monitora a média de moradores por domicílio particular ocupado
(permanente e improvisado).
Implicações na coleta: Este indicador fornece indícios de omissão ou inclusão indevida de
pessoas nos domicílios coletados, ou da aplicação incorreta do conceito de domicílio dentro de
setores de Povos e Comunidades Tradicionais.
Como proceder: O primeiro passo, independentemente de a mensagem ser de moradores
ACIMA ou ABAIXO do esperado, é analisar o relatório Resumo do Setor do setor no SIGC e
demais relatórios que julgar necessário. Veja se é perceptível a falta ou o excesso de pessoas
relacionadas a alguma faixa etária específica (idosos e crianças). No caso de moradores
ABAIXO do esperado, o Supervisor deve estar atento à possibilidade de o Recenseador deixar
de recensear pessoas dentro dos domicílios. Na maioria das vezes isso ocorre quando a pessoa
entrevistada se esquece de listar (informar) algum morador. Crianças pequenas e pessoas
idosas têm mais chances de serem omitidas, assim como pessoas que tenham vindo morar
recentemente no domicílio ou que estejam temporariamente afastadas (por motivo de estudo ou
trabalho, por exemplo). Alguns grupos indígenas tendem a omitir alguns parentes como nora,
genro, cunhado, sogra, sogro por conta das regras de evitação existentes nesses grupos. Caso
já tenha realizado algum pedido de supervisão, observe o número de omissões e inclusões
indevidas, pois eles podem indicar se o Recenseador realmente está deixando moradores de
fora. Caso encontre esse tipo de problema, oriente o Recenseador a voltar a campo e corrigir o
trabalho, alertando para as perguntas adicionais de cobertura que precisa realizar para ver se
estão faltando idosos e outros parentes e lembre-o de que, em áreas indígenas, os dados do
DSEI/SESAI podem ajudar bastante a garantir o correto preenchimento do quesito de data de
nascimento e a evitar omissão.
No caso de moradores ACIMA do esperado, o Supervisor deve estar atento à possibilidade de o
Recenseador aplicar incorretamente o conceito de domicílios nos setores de Povos e
Comunidades Tradicionais. É possível que o Recenseador, ao se deparar com uma maloca sem
divisões internas facilmente identificáveis, esteja enumerando todos os moradores em um só
domicílio. Também é possível que o Recenseador esteja cometendo equívocos na aplicação do
conceito de morador e esteja enumerando como moradores indivíduos que passaram a habitar o
domicílio após a data de referência ou que estão apenas temporariamente no local, assim como
é possível que os informantes estejam listando sua família completa e não apenas os que
moram naquele domicílio.
Caso possua pedidos de supervisão para realizar, dê especial atenção para a detecção destes
tipos de erro durante a verificação da lista de moradores e da realização das reentrevistas.
Confirme se realmente todas as pessoas que o Recenseador listou encaixam-se devidamente na
condição de morador, de acordo com a definição do Manual do Recenseador, dando especial
atenção à data de referência da operação. Certifique-se de que o Recenseador está aplicando
corretamente o conceito de Domicílio no contexto apropriado.

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IND010 - Domicílio em Área Indígena classificado como Improvisado

O que é: Este indicador evidencia a marcação de domicílios localizados em áreas indígenas


como “domicílio improvisado” (ocupado ou sem morador).
Implicações na coleta: Nenhum domicílio localizado em área indígena pode ser considerado
“improvisado” (ocupado ou sem morador). O acionamento desse indicador indica uma aplicação
errônea da metodologia do Censo 2022.
Como proceder: É preciso que o Supervisor oriente o Recenseador quanto a esse problema e,
se necessário, reveja com ele as seções relevantes da metodologia.

IND001 - Morador em área indígena com declaração “não indígena” no quesito de cor ou
raça que não apresenta informação no quesito “se considera”

O que é: Este indicador monitora o percentual de não preenchimento da pergunta de


pertencimento indígena quando o morador, dentro de área indígena, declara qualquer resposta
diferente de “indígena” no quesito de cor ou raça.
Implicações na coleta: A falta de preenchimento da questão de pertencimento étnico indígena
acarreta uma subenumeração dos povos indígenas. Essa é uma informação chave para a
demografia de povos indígenas e para retratar a diversidade étnica dos povos indígenas
residentes no Brasil.
Como proceder: O Supervisor deve entrar em contato imediatamente com o Recenseador e
inquirir acerca dos motivos que estão na origem do preenchimento errôneo desse quesito: se
derivam de falhas na compreensão da metodologia, problemas na comunicação com o
informante ou outro motivo. Esclarecidas as dúvidas, oriente o Recenseador a retornar aos
domicílios em questão para confirmar as respostas apropriadas e preencher os quesitos que
ficarão pendentes com essa alteração.

IND002 - Morador declarado ou considerado indígena sem declaração de etnia

O que é: Este indicador aponta a ausência de preenchimento do campo etnia quando o


informante se declarou ou se considerou indígena para um número excessivo de pessoas.
Implicações na coleta: A falta de preenchimento do campo etnia impacta a qualidade da coleta.
Essa é uma informação chave para a demografia de povos indígenas e para retratar a
diversidade étnica dos povos indígenas residentes no Brasil.
Como proceder: O Supervisor deve entrar em contato imediatamente com o Recenseador e
inquirir acerca dos motivos que estão na origem do preenchimento errôneo desse quesito: se
derivam de falhas na compreensão da metodologia, problemas na comunicação com o
informante ou outro motivo. Esclarecidas as dúvidas, oriente o Recenseador a retornar aos
domicílios em questão para a confirmação das respostas apropriadas.

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IND003 - Morador declarou que fala língua indígena com campo de língua indígena não
preenchido

O que é: Este indicador aponta quando, apesar de o informante declarar que fala língua
indígena, nenhum dos campos de língua indígena está preenchido para um número excessivo
de pessoas.
Implicações na coleta: A falta de preenchimento do campo de língua indígena falada ou
utilizada no domicílio impacta a qualidade da coleta. Essa é uma informação chave para a
demografia de povos indígenas e para retratar a diversidade linguística dos povos indígenas
residentes no Brasil.
Como proceder: O Supervisor deve entrar em contato imediatamente com o Recenseador e
inquirir acerca dos motivos que estão na origem do preenchimento errôneo desse quesito: se
derivam de uma compreensão falha da metodologia, de problemas na comunicação com o
informante ou outro motivo. Esclarecidas as dúvidas, oriente o Recenseador a retornar aos
domicílios em questão para a confirmação das respostas apropriadas.

IND006 - Língua indígena considerada extinta

O que é: Este indicador aponta a marcação de uma língua tida como extinta pela literatura
especializada.
Implicações na coleta: A marcação de uma língua tida como extinta impacta a qualidade da
coleta, pois pode representar um erro na informação coletada pelo Censo. A correta captação
das línguas indígenas faladas no Brasil é de fundamental importância para a caracterização da
variedade linguística presente no país.
Como proceder: É possível que a marcação de uma língua considerada extinta derive de um
erro de coleta, provavelmente na comunicação entre Recenseador e informante em interação
através de um guia-intérprete. Certifique-se de que o Recenseador e o guia-intérprete estão se
entendendo bem quanto às traduções dos quesitos do questionário domiciliar, e que o
Recenseador não esteja equivocado quanto ao que está sendo informado. Retorne ao domicílio
em questão e se certifique da informação prestada. Esclarecidas as dúvidas, oriente o
Recenseador a retornar aos domicílios em questão para a confirmação das respostas
apropriadas.

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MANUAL DO ACM E ACS
CD-1.10

IND004 - Comparação do total de crianças e idosos com as pessoas entre 15 e 64 anos


dentro da Terra Indígena e na Unidade da Federação (Razão de Dependência)

O que é: Este indicador compara a razão entre a população economicamente dependente,


definida como pessoas com menos de 15 anos e as com mais de 64 anos, e a população
economicamente ativa, definida como as pessoas entre 15 e 64 anos de idade, para cada Terra
Indígena e a Unidade da Federação na qual ela está inserida. É esperado que, via de regra, as
Terras Indígenas apresentem valores maiores que as Unidades da Federação onde estão
inseridas. A escolha pela idade de limite superior como 64 anos se justifica pela sua melhor
adequação à realidade demográfica dos povos indígenas e para uma melhor captação da Razão
de Dependência dentro de Terras Indígenas.
Implicações na coleta: Valores baixos da taxa de dependência dentro de Terras Indígenas
podem indicar omissão de moradores jovens e idosos dentro dos domicílios, ou dificuldades com
a captação da data de nascimento ou idade presumida. Isso porque o indicador, quando muito
abaixo de 1, representa uma proporção baixa de jovens e idosos em relação a pessoas em
idade entre 15 a 64 anos, algo não esperado em terras indígenas.
Como proceder: O Supervisor deve analisar o relatório Resumo do Setor no SIGC e demais
relatórios que julgar necessários. Veja se é perceptível a falta ou excesso de pessoas
relacionadas a alguma faixa etária específica (0-14 / 15-64 / 65 ou +) na tabela de informações do
setor. O Supervisor deve estar atento à possibilidade de o Recenseador deixar de recensear
pessoas dentro dos domicílios. Na maioria das vezes, isso ocorre quando a pessoa entrevistada
se esquece de listar algum morador. Crianças pequenas e pessoas idosas têm mais chances de
serem omitidas e contribuem, portanto, para a diminuição da razão de dependência. Além disso,
regras de evitação podem prejudicar a captação de genros, noras e cunhados(as), diminuindo a
quantidade de moradores entre 15 e 64. É possível também que haja problemas com a captação
da idade, presumida ou calculada. Nesse caso, oriente o Recenseador a pedir sempre
documentos que ajudem a captar a idade dos moradores e lembre-o de que, em áreas indígenas,
os dados do DSEI/SESAI podem ajudar bastante a garantir o correto preenchimento do quesito
de data de nascimento e a evitar omissão. Durante a supervisão, dê atenção especial para a
inclusão de todos os moradores dos domicílios, tendo sempre em mente a aplicação correta da
Data de Referência. Procure atentar também para a verificação das datas, utilizando-se, sempre
que possível, de documentos e dados do DSEI/SESAI.

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CD-1.10

IND005 - Número excessivo de tipo de domicílio “Habitações Indígenas Sem Paredes ou


Malocas”

O que é: Este indicador busca indicar um número excessivo de marcação de domicílios como
Habitação Indígena Sem Paredes ou Malocas em locais nos quais essas habitações não são
comuns.
Implicações na coleta: Este indicador pode indicar uma aplicação equivocada do conceito de
tipo do domicílio e sua aplicação ao Censo.
Como proceder: É preciso que o Supervisor esteja atento aos motivos que ocasionam um
excesso de Habitações indígenas sem paredes ou malocas marcadas como tipo de domicílio
particular permanente. É possível que o Recenseador esteja classificando erroneamente uma
edificação precária, inacabada ou em ruínas, como maloca, mas esse tipo só pode ser marcado
em habitações indígenas. Converse com o Recenseador e esclareça quaisquer dúvidas na
aplicação desse conceito e, caso ainda vá a campo em Supervisão, preste atenção à
caracterização correta do tipo de domicílio e confirme as marcações apropriadas nos domicílios
em questão.

IND007 - Língua indígena declarada fora da Unidade da Federação onde é esperada

O que é: Este indicador busca investigar o aparecimento excessivo de línguas indígenas


distantes dos locais onde sua presença é esperada.
Implicações na coleta: Pode indicar problemas com a qualidade da informação coletada. A
correta captação, tanto em termos numéricos quanto espaciais, das etnias e línguas indígenas
faladas é de fundamental importância para a caracterização da diversidade étnica e linguística
no Brasil.
Como proceder: O Supervisor deve estar atento aos motivos que podem levar à captação de
etnia ou língua indígena distante de seu local esperado. Isso pode ocorrer por alguma falha na
comunicação entre o Recenseador e o informante ou por uma falha na marcação do quesito por
parte do informante. Converse com seu Recenseador para entender se a marcação está correta.

IND008 - Etnia indígena declarada fora da Unidade da Federação onde é esperada

O que é: Este indicador busca investigar o aparecimento excessivo de etnias indígenas distantes
dos locais onde sua presença é esperada.
Implicações na coleta: Pode indicar problemas com a qualidade da informação coletada. A
correta captação, tanto em termos numéricos quanto espaciais, das etnias e línguas indígenas
faladas no Brasil é de fundamental importância para a caracterização da diversidade étnica e
linguística no país.
Como proceder: O Supervisor deve estar atento aos motivos que podem levar à captação de
etnia ou língua indígena distante de seu local esperado. Isso pode ocorrer por alguma falha na
comunicação entre o Recenseador e o informante ou por uma falha na marcação do quesito por
parte do informante. Converse com seu Recenseador para entender se a marcação está correta.

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CD-1.10

IND012 - Domicílio localizado em área indígena classificado como “Domicílio Coletivo”

O que é: Este indicador evidencia a marcação de domicílios localizados em áreas indígenas


como “domicílio coletivo”.
Implicações na coleta: A classificação de domicílios em áreas indígenas como “coletivos”
provavelmente é ocasionada por uma aplicação equivocada da metodologia do Censo,
resultando em uma classificação errônea do tipo de domicílio.
Como proceder: O Supervisor deve conversar com o Recenseador para garantir que a
metodologia do Censo esteja sendo compreendida e aplicada corretamente nos casos
relevantes e, caso julgue necessário, deve ir a campo para observar a aplicação do questionário.
Caso seja preciso, o Supervisor deve rever junto ao Recenseador o treinamento da seção
relativa a esse tema.

QUI001 - Moradores em domicílios em áreas quilombolas sem resposta ao quesito “se


considera quilombola”

O que é: Este indicador investiga o não preenchimento do quesito “se considera quilombola” em
áreas onde o mesmo está programado para ser perguntado à população.
Implicações na coleta: Pode indicar problemas na qualidade da informação coletada. A correta
captação dessa informação é de fundamental importância para a caracterização da diversidade
étnica e cultural do Brasil.
Como proceder: É fundamental que o Supervisor proceda imediatamente à revisão do trabalho
realizado nesse caso. Esse não preenchimento pode derivar de uma incompreensão do
questionário por parte do Recenseador ou por um problema de compreensão entre Recenseador
e informante. Converse com seu Recenseador para tentar entender o que está ocasionando
esse problema. Esclareça quaisquer dúvidas sobre essa pergunta e seu preenchimento e, caso
vá a campo em supervisão, preste atenção especial a essa seção do questionário para evitar
esse equívoco.

QUI002 - Morador declarado quilombola sem declaração de nome de comunidade

O que é: Este indicador investiga o não preenchimento do nome de comunidade quilombola por
parte de informantes que declararam serem quilombolas.

Implicações na coleta: Pode indicar problemas na qualidade da informação coletada. A correta


captação dessa informação é de fundamental importância para a caracterização da diversidade
étnica e cultural do Brasil.
Como proceder: É fundamental que o Supervisor proceda imediatamente à revisão do trabalho
realizado nesse caso. Esse não preenchimento pode derivar de uma incompreensão do
questionário por parte do Recenseador ou por um problema de compreensão entre Recenseador
e informante. Converse com seu Recenseador para tentar entender o que está ocasionando
esse problema. Esclareça quaisquer dúvidas sobre essa pergunta e seu preenchimento e, caso
vá a campo em Supervisão, preste atenção especial a essa seção do questionário para evitar
esse equívoco.

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CD-1.10

IND009 - Quantidade de questionários de abordagem em agrupamento indígena

O que é: Este indicador investiga a não aplicação de questionários de abordagem em setores de


Terra Indígena, Agrupamento Indígena ou Área de Interesse Operacional Indígena.
Implicações na coleta: Pode indicar problemas na qualidade da informação coletada, ligados
ao fato de o Recenseador deixou de coletar informações em locais onde houve coleta, ou pode
indicar omissão, tendo o Recenseador deixado efetivamente de recensear domicílios e
comunidades inteiras.
Como proceder: O Supervisor deve entrar em contato com seu Recenseador e descobrir o
motivo da não aplicação de nenhum questionário de abordagem em setores de área indígena. É
preciso investigar se algum agrupamento existente no setor não recebeu a aplicação do
questionário de abordagem. Entre em contato com a liderança e se certifique de que nenhum
agrupamento, discriminado ou não em descritivo de setor, deixou de receber o questionário.
Caso seja identificado algum agrupamento nessa condição, direcione o Recenseador a proceder
à aplicação do questionário de abordagem. Caso não tenha ocorrido omissão, investigue se
algum agrupamento recenseado deixou de receber a aplicação do questionário de abordagem.
Caso sim, direcione o Recenseador a esse agrupamento para a aplicação do questionário de
abordagem. É possível que o setor em questão abarque parte de um agrupamento espalhado
em mais de um setor ou que o setor contenha apenas domicílios dispersos. Nesse caso, é
necessário justificar essa não aplicação depois da investigação apropriada.

IND011 ou QUI003 - Média de Moradores por “Domicílio Particular Ocupado” em setores


de Povos e Comunidades Tradicionais

O que é: Este indicador monitora a média de moradores por domicílio particular ocupado
(permanente e improvisado).
Implicações na coleta: Este indicador fornece indícios de omissão ou inclusão indevida de
pessoas nos domicílios coletados, ou da aplicação incorreta do conceito de domicílio dentro de
setores de Povos e Comunidades Tradicionais.
Como proceder: O primeiro passo, independentemente de a mensagem ser de moradores
ACIMA ou ABAIXO do esperado, é analisar o relatório Resumo do Setor do setor no SIGC e
demais relatórios que julgar necessários. Veja se é perceptível a falta ou excesso de pessoas
relacionadas a alguma faixa etária específica (idosos e
crianças). No caso de moradores ABAIXO do esperado, o Supervisor deve estar atento à
possibilidade de o Recenseador deixar de recensear pessoas dentro dos domicílios. Na maioria
das vezes, isso ocorre quando a pessoa entrevistada se esquece de listar (informar) algum
morador. Crianças pequenas e pessoas idosas têm mais chances de serem omitidas, assim
como pessoas que tenham vindo morar recentemente no domicílio ou que estejam
temporariamente afastadas (por motivo de estudo ou trabalho, por exemplo). Caso já tenha
realizado algum pedido de supervisão, observe o número de omissões e inclusões indevidas,
pois eles podem indicar se o Recenseador realmente está deixando moradores de fora. Caso
encontre esse tipo de problema, oriente o Recenseador a voltar a campo e corrigir o trabalho,
alertando para as perguntas adicionais de cobertura que precisa realizar para ver se estão
faltando idosos e outros parentes.
No caso de moradores ACIMA do esperado, o Supervisor deve estar atento à possibilidade de o
Recenseador estar cometendo equívocos na aplicação do conceito de morador, e esteja

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MANUAL DO ACM E ACS
CD-1.10

enumerando como moradores indivíduos que passaram a habitar o domicílio após a data de
referência ou que estão apenas temporariamente no local. Também é possível que os
informantes estejam listando sua família completa e não apenas os que moram naquele
domicílio.
Caso possua pedidos de supervisão para realizar, dê especial atenção para a detecção desses
tipos de erro durante a verificação da lista de moradores e da realização das reentrevistas.
Confirme se realmente todas as pessoas que o Recenseador listou se encaixam devidamente na
condição de morador, de acordo com a definição do Manual do Recenseador, dando especial
atenção à data de referência da operação. Certifique-se de que o Recenseador está aplicando
corretamente o conceito de Domicílio no contexto apropriado.

16.3.4. Respondendo às mensagens


Para cada mensagem haverá um campo para observações, no qual o Supervisor deverá
apresentar justificativas para os valores encontrados. As mensagens deverão ser justificadas
no relatório Resumo do Setor, menu SUPERVISÃO.
Para justificar os indicadores gerenciais, o ACS deverá realizar alguns procedimentos para o
preenchimento do campo explicativo:

• Analisar as informações dos relatórios gerenciais do SIGC;

• Avaliar, nos pedidos de Supervisão, os possíveis problemas associados aos indicadores


gerenciais;

• Caso sejam verificados procedimentos incorretos do Recenseador, reunir-se com ele


para que as instruções corretas sejam dadas e que as correções sejam feitas pelo
Recenseador em campo.

Atenção
Sempre deverá ser informado se houve ou não retorno a campo para
verificação, e se foi o Supervisor ou o Recenseador quem executou tal
tarefa.

Não serão aceitas justificativas simples como: “confirmam-se os dados coletados”, “confirmado”,
“Ok”, “Visto”, etc.

As especificidades para os Indicadores de Setores em Andamento são as mesmas para os


Indicadores de Setores Concluídos.

É simples justificar os valores. Veja um exemplo de resposta:

“Foi verificado que o Recenseador estava omitindo moradores. Por isso, foi
solicitado que ele retornasse a campo para as devidas correções.”

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MANUAL DO ACM E ACS
CD-1.10

Atenção
É importante ter em mente que a mensagem de indicador gerencial não
indica, necessariamente, que haja um erro na coleta. A pronta ação do
supervisor permitirá esclarecer cada valor apontado como fora dos
parâmetros esperados.

[MAMdF11]

17. REALIZAÇÃO DOS PEDIDOS DE SUPERVISÃO


Os pedidos de Supervisão são verificações geradas de forma automática no aplicativo de
Supervisão com a finalidade de avaliar a qualidade do percurso, da cobertura e da aplicação
correta dos conceitos do questionário do Censo.

Dessa forma, caberão ao Supervisor, nessa etapa da operação, as seguintes tarefas:

I. Pedidos de Supervisão: conferências de percurso, cobertura e reentrevistas. II.


Supervisão complementar (quando necessário).
III. Entrega de e-tickets para preenchimento pela internet nos Domicílios Ocupados Sem
Entrevista Realizada, após o encerramento do setor.
IV. Entrevista aos informantes que estiverem disponíveis no momento da entrega da carta
com os e-tickets, nos Domicílios Ocupados Sem Entrevista Realizada (Morador Ausente,
Recusa, Internet sem Preenchimento e os Agendamentos não Realizados).

Quando falamos em avaliar o percurso e a cobertura de um setor, estamos buscando saber:

▪ Todas unidades (domicílios e estabelecimentos) existentes no setor foram registradas?

▪ De que forma foram feitos esses registros?

▪ De maneira ordenada ou desordenada?

▪ A classificação das espécies dentro de cada endereço foi realizada da forma correta?

As informações dos setores recebidas por meio de relatórios gerenciais e das mensagens dos
indicadores gerenciais podem fornecer somente indícios de algum problema na coleta.
Sendo assim, para confirmá-las, é necessário que o ACS vá a campo para avaliar também a
situação de coleta.

É importante mencionar que, no domicílio onde o retorno tiver sido necessário, o seu respectivo
morador pode dizer a você que já respondeu ao Censo. Ele pode estranhar o retorno de um
agente do IBGE para nova entrevista. Por isso, quando o ACS abordar o respondente, sempre
deve explicar a natureza do trabalho que fará.

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MANUAL DO ACM E ACS
CD-1.10

17.1. Pedidos de Supervisão em setores rurais


Nos setores rurais, poderá haver apenas 1 (um) pedido quando o setor estiver com status de
“Realizado” e houver pendência em pelo menos um dos seguintes indicadores gerenciais:

▪ média de Moradores por Domicílio Particular Ocupado;

▪ domicílios Particulares Ocupados;

▪ proporção de coordenadas obtidas fora do Setor;

▪ proporção de endereços com coordenadas não obtidas.

As exceções são os setores de aglomerados rurais de extensão urbana e aglomerados


rurais isolados – povoados, nos quais sempre será gerado um pedido quando o setor estiver
com status de “Realizado”.

O pedido de Supervisão em setores rurais terá:

▪ um trecho contínuo com 7 unidades visitadas de acordo com o percurso do


Recenseador, onde o Supervisor deverá verificar a cobertura do setor
mediante a confirmação de espécie(s) e a confirmação da lista de moradores
nos Domicílios Particulares Ocupados (DPPO e DPIO).

▪ até 3 reentrevistas nos Domicílios Particulares Ocupados (DPPO e DPIO).

▪ para realizar as reentrevistas, será necessário que o Supervisor encontre o


prestador de informações do questionário de coleta. Caso não seja possível
contato com a pessoa indicada para prestar as informações da reentrevista, o
sistema permitirá que o Supervisor confirme apenas a lista de moradores
para este domicílio.

▪ fora do trecho contínuo, até 10 (dez) unidades trabalhadas pelo Recenseador


serão selecionadas aleatoriamente para confirmação de espécie(s). Neste
caso, não será necessário avaliar o percurso feito pelo Recenseador, apenas a
cobertura.

▪ na verificação de espécie(s), caso haja divergência de espécie entre Sem


Morador e Com Morador, o sistema solicitará que o Supervisor preencha a
quantidade de moradores no domicílio. Por exemplo, se o Recenseador
registrou o endereço como DPPV e o Supervisor registrou o endereço como
DPPO, o Supervisor deverá perguntar ao morador que o atendeu quantas
pessoas moravam no domicílio na data de referência;

▪ as coordenadas do Supervisor serão comparadas com aquelas geradas na


visita do Recenseador ao endereço, por meio de relatórios de monitoramento
dessas coordenadas. Além disso, o sistema emitirá um alerta ao Supervisor
caso haja diferenças elevadas entre as coordenadas.

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MANUAL DO ACM E ACS
CD-1.10

No caso de geração de pedidos de Supervisão em setores PCT e em setores de


Aglomerado Subnormal, caberá ao ACS, em conjunto com o ACM (e, se for possível, com o
CCS), discutir se haverá condições para efetuar as avaliações em campo do trabalho dos
Recenseadores (condições operacionais, logísticas e de segurança).

17.2. Pedidos de Supervisão em setores urbanos


Nos setores urbanos, poderá haver até 3 pedidos de Supervisão, sendo que o último sempre
será gerado ao final da coleta no setor. Ou seja, quando o setor estiver com status de
“Realizado”.

Os pedidos de supervisão serão gerados automaticamente após quantidades preestabelecidas


de unidades visitadas e comunicadas pelo Recenseador:

PEDIDO DE
GERADO APÓS
SUPERVISÃO
1º 65 UVs

2º 200 UVs
3º Setor REALIZADO

Cada pedido de Supervisão em setores urbanos terá:

▪ um trecho contínuo com, no mínimo, 10 unidades, onde o Supervisor deverá


verificar o percurso e a cobertura do setor (ordem do percurso feito pelo
Recenseador, confirmação de espécie(s) e a confirmação da lista de
moradores nos Domicílios Particulares Permanentes Ocupados e Domicílios
Particulares Improvisados Ocupados);

▪ o último pedido de Supervisão poderá conter um trecho contínuo com mais de


10 (dez) endereços, onde o sistema detectar maiores percentuais de possíveis
falhas (quantidade de divergências em pedidos anteriores, indicadores
gerenciais, etc);

▪ até 3 reentrevistas nos Domicílios Particulares Ocupados (DPPO e DPIO), com


exceção do último pedido de Supervisão;

▪ para realizar as reentrevistas, será necessário que o Supervisor encontre o


prestador de informações do questionário de coleta. Caso não seja possível
contato com a pessoa indicada para prestar as informações da reentrevista, o
sistema permitirá que o Supervisor confirme apenas a lista de moradores para
este domicílio;

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MANUAL DO ACM E ACS
CD-1.10

▪ fora do trecho contínuo, até 10 (dez) unidades trabalhadas pelo Recenseador


serão selecionadas aleatoriamente para confirmação de espécie(s). Neste
caso, não será necessário avaliar o percurso feito do Recenseador, apenas a
cobertura.

▪ na verificação de espécie(s), caso haja divergência de espécie de Sem


Morador para outra Com Morador, o sistema solicitará que o Supervisor
preencha a quantidade de moradores no domicílio. Por exemplo, se o
Recenseador registrou o endereço como DPPV e o Supervisor registrou o
endereço como DPPO, o Supervisor deverá perguntar ao morador que o
atendeu quantas pessoas moravam no domicílio na data de referência;

▪ as coordenadas do Supervisor serão comparadas com aquelas geradas na


visita do Recenseador ao endereço, por meio de relatórios de monitoramento
dessas coordenadas. Além disso, o sistema emitirá um alerta ao Supervisor no
caso de as diferenças entre as coordenadas serem elevadas;

▪ no último pedido de Supervisão dos setores urbanos, para todos os Domicílios


Particulares Permanentes Ocupados Sem Entrevista onde o Recenseador não
tiver conseguido encontrar moradores após sucessivas tentativas, ou nos
casos em que ele tiver enfrentado recusa, o Supervisor terá a incumbência de:
o tentar encontrar moradores para realizar a entrevista presencialmente;
ou
o caso não consiga fazer a entrevista, realizar a entrega de carta que dá
acesso ao questionário online (para preenchimento dos dados do
domicílio respectivo).

Passo a passo para os procedimentos nos Domicílios Particulares Permanentes


Ocupados Sem Entrevista, no último pedido de supervisão:
o 1º) ao receber o terceiro pedido de Supervisão, deve-se desassociar,
no SIGC, o setor do DMC do Recenseador e associá-lo ao ACS, no
aplicativo de coleta no tablet.
o 2º) chegando no setor, ao fazer a conferência dos DPPO sem
entrevista realizada (Aplicativo de Supervisão), deve-se realizar novas
tentativas de entrevistas, caso haja moradores presentes.
o 3º) caso os moradores estejam disponíveis, basta reabrir o setor no
aplicativo de coleta – procedimento liberado pelo próprio ACS – e
realizar as entrevistas.
o 4º) se os moradores estiverem ausentes ou continuarem se
recusando a prestar as informações, realizar o procedimento de
entrega das cartas (no aplicativo de Supervisão), que trazem o código
de acesso ao questionário online (para preenchimento dos dados do
domicílio respectivo), conforme já citado.

No caso de geração de pedidos de Supervisão em setores PCT e em setores de Aglomerado


Subnormal, caberá ao ACS, em conjunto com o ACM (e, se for possível, com o CCS), discutir
se haverá condições para que sejam feitas as avaliações em campo do trabalho dos
Recenseadores. Essas condições são operacionais, logísticas e de segurança.

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MANUAL DO ACM E ACS
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17.3. Trabalho de campo após terceiro pedido de


Supervisão
Em alguns casos, poderá ser necessário um trabalho de retorno aos setores com alto
percentual de Domicílios Particulares Ocupados “sem entrevista”. Isto é, todos aqueles cujos
questionários não foram preenchidos (Morador Ausente e Recusa). Quem solicita esse trabalho
aos Supervisores é o ACM (ou o CCS).

O Supervisor deverá realizar este trabalho depois que tiver sido encerrada a coleta de todos os
setores que acompanha. Fazê-lo com setores ainda em andamento irá desconcentrá-lo de seu
trabalho de Supervisão corriqueiro.

Atenção
O ACM deverá enviar o Supervisor a campo para retorno aos Domicílios
Particulares Permanentes Ocupados “sem entrevista” somente se o
percentual for maior do que 5% do total de domicílios trabalhados.
As Coordenações Estaduais poderão estabelecer limites menores do que
5% para definir o critério de reabertura de setores.
Esta informação está disponível no relatório ACOMP07 (Relatório de Totais
de Domicílios e Pessoas).
O ACM é quem indicará em quais setores e quando este procedimento deverá ter início.
Depois de finalizar o terceiro pedido de Supervisão nos setores sob sua responsabilidade, o
ACS, se detectar problemas no trabalho dos Recenseadores, deverá ordenar que eles voltem
aos setores para que realizem as devidas correções. Após todas as correções, o Supervisor
não terá mais sob sua incumbência qualquer tipo de trabalho com os Recenseadores.

Assim, os Supervisores retornarão ao campo, sempre que:

os setores sob sua responsabilidade estiverem com percentual elevado de


Domicílios Particulares Ocupados sem entrevista realizada; e

tiverem finalizado todos os seus últimos pedidos de Supervisão.

Atenção
Visto que o objetivo desse procedimento é a realização das entrevistas, as
visitas devem ser feitas em horários alternativos, para que se encontre o
maior número de informantes. Além disso, esse retorno deverá ser
efetuado, no mínimo, duas vezes aos domicílios.
É importante lembrar que, antes de efetuar esse retorno a campo, deve-se
carregar o setor no aplicativo de coleta do Supervisor. Além disso, reabrir
esse setor.
Caso seja necessária uma segunda reabertura do setor, apenas o ACM
pode autorizá-la.
É o ACM quem define quais são os setores prioritários para a reabertura.

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Atenção
Lembre-se de que o processo de trabalho de coleta é finalizado quando há o
pagamento total do Recenseador ao término de sua produção.
Por isso, é imprescindível que, após o término da coleta (setor
“Realizado”), o Supervisor realize o último pedido de supervisão no
prazo máximo de 5 (cinco) dias corridos.
Assim que o setor estiver como “Supervisionado”, o CCS terá o prazo
máximo de 5 (cinco) dias corridos para realizar a liberação de
pagamento do setor ao Recenseador.
O ACM deverá estar atento aos possíveis atrasos nas liberações do setor,
entrando em contato com o ACS e com o CCS, quando necessário,
para que o processo de pagamento não seja prejudicado.

17.4. Conferência de Percurso/Cobertura


Durante o trabalho de campo do Supervisor, será necessário que sejam analisados os aspectos
relativos ao percurso/cobertura dos setores censitários.

O objetivo da conferência de percurso/cobertura é avaliar se o Recenseador está realizando a


cobertura correta do setor. Em outras palavras, o objetivo deste procedimento é verificar se ele
está registrando corretamente e de maneira ordenada todas as unidades dentro de sua área de
trabalho e classificando corretamente todas as espécies dentro de cada endereço.

Dessa maneira, é possível avaliar as falhas de cobertura, ou seja, se o Recenseador omitiu ou


incluiu indevidamente algum endereço, alguma espécie ou pessoas dentro dos domicílios.
Essa verificação permite também avaliar uma classificação errada das espécies.

Em setores urbanos
É um procedimento de verificação em campo no qual o Supervisor deve dirigir-se a um trecho
contínuo do percurso (aleatório dentro do setor censitário) realizado pelo Recenseador para
avaliar a cobertura deste trecho.

O trecho do percurso é selecionado e enviado automaticamente para o aplicativo de Supervisão.


Você deverá iniciar o percurso no primeiro endereço da lista.

Caso termine os endereços da face antes de o sistema informar o término do percurso, passe
para a face seguinte, seguindo as regras de percurso no setor, e continue o trabalho até
terminar os endereços do pedido.

Na prática, o Supervisor, ao receber o pedido de Supervisão em seu tablet, deverá se dirigir ao


primeiro endereço do trecho selecionado e realizar os seguintes procedimentos:

▪ confirmar os endereços registrados corretamente pelo Recenseador;

▪ verificar e registrar a(s) espécie(s) de cada endereço;

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MANUAL DO ACM E ACS
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▪ excluir endereços e espécies registrados indevidamente pelo Recenseador;

▪ incluir endereços e espécies omitidos pelo Recenseador.

Para os casos em que houver troca de espécie para Domicílios Particulares Ocupados (DPPO
ou DPIO), o sistema pedirá o número de moradores do domicílio na data de referência. Se
não houver morador ou vizinho para informar a quantidade de moradores, esse campo
deve ser deixado em branco.

Para todos os DPPO e DPIO presentes no percurso o Supervisor deverá realizar a confirmação
da lista de moradores.

Serão dispostas no tablet do Supervisor as seguintes informações:

▪ total de moradores no domicílio na data de referência;

▪ total de crianças de 0 a 9 anos, inclusive recém-nascidos, na data de referência;

▪ lista dos moradores ordenados pela relação de parentesco com o responsável.

Para confirmar a lista de moradores, você deverá acessar as informações de cada um dos
moradores do domicílio, por meio da opção de “Editar Morador”. Deverá confirmar cada uma
das informações com o morador que lhe atender. Se for detectado algum erro, você deverá
alterar a(s) informação(ões) discrepante(s).

As justificativas para as inconsistências encontradas em campo poderão ser feitas no


relatório de divergências após a confirmação dos dados do endereço pelo Supervisor, por
meio de campo específico ao lado das variáveis da lista de moradores, com as seguintes
opções:

▪ o Recenseador não fez a pergunta corretamente;

▪ o Recenseador não aplicou corretamente os conceitos;

▪ o Recenseador registrou uma informação diferente daquela prestada pelo


entrevistado;

▪ o informante se enganou (na entrevista ou na reentrevista) ao prestar a


informação;

▪ não foi possível identificar o motivo.

Você também tem disponível a funcionalidade de “Excluir” ou “Incluir” um ou mais moradores,


caso seja necessário.

No caso de inclusão de morador, as seguintes informações deverão ser coletadas:

▪ nome (e sobrenome);

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▪ data de nascimento ou idade presumida;

▪ sexo;

▪ relação de parentesco com o responsável pelo domicílio.

Além dos endereços contidos no percurso, o sistema também disponibilizará uma lista de, no
máximo, 10 (dez) unidades aleatórias que foram trabalhadas pelo Recenseador, para que o
Supervisor avalie pontualmente suas espécies. Tal procedimento contribui para a avaliação da
cobertura dos setores.

O Supervisor deverá prestar muita atenção às divergências em relação a domicílios com


moradores, por exemplo. Havendo muitas divergências desse tipo, é possível que, para
finalizar a coleta no setor rapidamente, o Recenseador esteja (erroneamente) fazendo
trocas de espécie para não ter que retornar 4 (quatro) vezes aos DPPO ou DPIO.

SUPERVISOR RECENSEADOR

DPPV
DPPO ou DPIO DPPUO
Estabelecimento

Durante a conferência de percurso e cobertura, o sistema coletará as coordenadas dos


endereços nos mesmos moldes em que a captura de coordenadas é realizada pelo sistema de
coleta.

As coordenadas serão comparadas com aquelas geradas na visita do Recenseador ao mesmo


endereço. O aplicativo emitirá um alerta ao Supervisor, sempre que a diferença entre as duas
coordenadas for uma distância considerada elevada. Ambas as coordenadas poderão ser
visualizadas no SIGC, no relatório Resumo do Setor (menu SUPERVISÃO).

Em setores rurais
De forma semelhante, neste procedimento de verificação em campo, o Supervisor deve
dirigirse a um trecho contínuo do percurso (aleatório dentro do setor censitário) realizado pelo
Recenseador para avaliar a cobertura deste trecho.

O trecho do percurso é selecionado e enviado automaticamente para o aplicativo de Supervisão.


O ACS deverá iniciar o percurso no primeiro endereço da lista.
Entretanto, a maior parte dos setores rurais não apresenta configurações de quadra e face. Por
isso, o percurso será realizado de acordo com o caminho percorrido pelo Recenseador no
setor.

Observação

O Supervisor deverá realizar os mesmos procedimentos definidos para os


setores urbanos;

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17.5. Reentrevista
É uma nova entrevista a ser realizada pelo ACS, a partir de alguns quesitos selecionados do
questionário da coleta, em Domicílios Particulares Ocupados (DPPO e DPIO). O ACS a efetua
não em todos os domicílios, mas em uma amostra extraída dentre os domicílios já trabalhados
pelo Recenseador. Após a confirmação da lista de moradores no aplicativo, durante a visita a
esses domicílios, o sistema exibirá o questionário de reentrevista.

Ao término da reentrevista, haverá o que chamamos de batimento das informações


coletadas na Supervisão com aquelas obtidas pelo Recenseador. Nesse momento, as
ocasionais divergências entre uma coleta e outra serão apresentadas ao informante.

Por meio de perguntas de cobertura, o Supervisor investigará o motivo dessas divergências e


registrará as respostas corretas. Além disso, preencherá o campo existente para justificativas.

O aplicativo mostrará as seguintes categorias ao Supervisor:

▪ endereço;

▪ código do quesito;

▪ status;

▪ valor registrado
pelo
Recenseador;

▪ valor registrado
pelo
Supervisor;

▪ resposta correta; e

▪ justificativa para divergência.


E as seguintes categorias de justificativas:

1. Recenseador não fez a pergunta


corretamente;
2. Recenseador não aplicou
corretamente os conceitos;
3. Recenseador registrou uma
informação diferente daquela
prestada pelo entrevistado;
4. entrevistado se enganou ao prestar a informação (na entrevista ou na
reentrevista);
5. Não foi possível identificar o motivo.

Observação: Em caso de dúvida sobre as siglas que aparecem na coluna “Nome” (código do
quesito) da tela de divergências, é possível conferir seu significado ao manter a sigla

161
MANUAL DO ACM E ACS
CD-1.10

pressionada (com o dedo) por alguns instantes. Aparecerá a redação do quesito na parte de
baixo da tela.

Posteriormente, o Supervisor deverá pedir ao Recenseador que volte aos domicílios para
realizar as correções, lembrando sempre de rever com ele o que não tiver sido bem assimilado.

Para realizar as reentrevistas, será necessário que o Supervisor encontre a pessoa que prestou
as informações ao Recenseador, quando respondeu ao questionário de coleta.

Ao confirmar o DPO registrado pelo Recenseador, o aplicativo de supervisão apresentará a


seguinte pergunta: “O morador ____________ encontra-se em casa e pode responder
algumas perguntas?”.

Caso a resposta seja positiva, o sistema solicitará a confirmação da lista de moradores e, após,
a reentrevista.

Caso não seja possível contato com a pessoa indicada, o sistema permitirá que o Supervisor
confirme apenas a lista de moradores do domicílio em análise.

Atenção
Caso acertos no trabalho do Recenseador sejam necessários, este fato
deve ser comunicado imediatamente ao Recenseador (pessoalmente),
para que efetue os ajustes em seu DMC. O banco de dados apenas
poderá ser corrigido dessa forma. Esses acertos podem ser relativos ao
percurso e cobertura, ou quanto ao conteúdo das reentrevistas.
O Recenseador deverá voltar aos endereços que apresentaram
inconsistências. Para corrigir respostas ao questionário, o Recenseador
deverá procurar o morador que lhe forneceu as informações.

Atenção
O questionário de reentrevista será aplicado apenas nos Domicílios
Particulares Ocupados confirmados do Percurso do Supervisor.
Nos pedidos de supervisão, serão aplicadas (no máximo) 3 reentrevistas
nos Domicílios Particulares Ocupados. Após, somente a confirmação da
lista de moradores será solicitada.
Não haverá reentrevistas no último pedido de supervisão quando o
setor estiver “Realizado”.

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MANUAL DO ACM E ACS
CD-1.10

18. COLETA PELA INTERNET E ENTREGA DE E-


TICKET
A operação censitária será realizada no período entre 3 (três) e 4 (quatro) meses. Dentro desse
intervalo, duas coletas acontecerão simultaneamente: a coleta presencial (pelo Recenseador) e
a coleta pela internet. O objetivo é maximizar o número de respostas, buscando oferecer uma
alternativa aos moradores que interpuserem dificuldades à entrevista direta com o
Recenseador. Diante dessas situações, o Recenseador deverá registrar, no aplicativo de
coleta, um pedido para que a opção pela internet seja oferecida a essas pessoas.

Essas situações são explicitamente as seguintes:

▪ Quando houver restrições de acesso às áreas específicas, como no caso de


condomínios fechados, por exemplo, ou recusas explícitas em receber o
Recenseador;

▪ Quando o morador não se recusar a responder ao Censo, mas preferir a opção


de preenchimento pela internet;

▪ Quando o morador se recusar expressamente a responder o Censo, mas


aceitar responder pela internet;
Em qualquer uma dessas situações, o Recenseador só poderá registrar as informações em seu
DMC mediante contato direto com o morador do domicílio (presencialmente, por interfone ou
por outro meio).

IMPORTANTE
O método prioritário para a coleta das informações deve ser a entrevista presencial, ou seja,
aquela feita pelo Recenseador.
Veja o procedimento de envio de código para preenchimento de questionário pela internet:

▪ Em seu DMC, o Recenseador deverá indicar (por meio de opção no sistema) a


solicitação de preenchimento pela internet. Assim, o DMC pedirá as seguintes
informações do morador:

▪ nome;

▪ e-mail;

▪ telefone celular (informação obrigatória);

163
MANUAL DO ACM E ACS
CD-1.10

▪ total de moradores do domicílio na data de referência; e

▪ melhor período para contato do IBGE;

▪ O morador receberá mensagens em seu e-mail e em seu telefone celular com


uma senha de acesso ao portal do Censo 2022 para cadastro e preenchimento
do questionário.

▪ A data de referência para a coleta pela internet será a mesma data de


referência que será utilizada na coleta presencial pelo Recenseador, ou seja,
31 de maio de 2022.

▪ O informante poderá preencher o questionário apoiado por um assistente


automatizado e pelo Centro de Apoio ao Censo (CAC) orientado ao conteúdo.

▪ Em caso de não haver resposta após 2 dias do recebimento da senha de


acesso ao portal do Censo, o morador receberá mensagem de SMS (e/ou e-
mail) com a cobrança para o preenchimento do questionário pela internet.

▪ Em caso de não haver resposta após 2 dias do recebimento da mensagem de


cobrança, o CAC entrará em contato com o informante, reforçando a
necessidade de preenchimento completo, informando sobre a possível visita do
Recenseador. Se, por algum motivo, o morador não puder preencher o
questionário pela internet, deverá ser oferecida a opção de resposta por meio
telefônico, diretamente com o agente do CAC.

▪ Após mais 2 dias sem o preenchimento, o CAC entrará em contato novamente.

▪ Após o 7º dia de recebimento da senha de acesso, se o morador não iniciou o


autopreenchimento ou não finalizou o questionário, o sistema informará
automaticamente ao Recenseador que ele deverá voltar ao domicílio para
realizar a coleta presencialmente, sem a possibilidade de o morador solicitar
novamente o preenchimento pela internet.

Além disso, após o encerramento da coleta pelo Recenseador e durante o terceiro pedido de
Supervisão, o ACS terá a incumbência de visitar os domicílios com status “Morador Ausente”
ou “Recusa”. Neles, tentará encontrar algum morador para realizar a entrevista pessoalmente.
Na impossibilidade da coleta presencial, o Supervisor deverá entregar envelopes contendo os
códigos de e-tickets associados a cada um dos domicílios. Por meio do e-ticket, o morador
poderá preencher o questionário pela internet.
Tal procedimento tem o objetivo de conseguir que domicílios cujos moradores não puderam ser
encontrados pelo Recenseador, em nenhuma circunstância ou em casos de recusa, realizem o
preenchimento das informações.

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MANUAL DO ACM E ACS
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Entretanto, caso o morador não tenha a possibilidade de responder ao questionário pela


internet, este poderá entrar em contato com o Centro de Apoio ao Censo (CAC), informará o
número do e-ticket e o sistema deverá permitir o preenchimento pelo agente de pesquisas, e
este dará o auxílio necessário para a retirada de dúvidas e as definições de conceitos da
pesquisa.

Resumidamente, podemos pensar na coleta pela internet da seguinte maneira:

▪ Durante a coleta presencial – diretamente nos domicílios, com envio de código (via e-
mail e/ou SMS) para aqueles moradores que assim solicitarem no momento da visita
do Recenseador.
▪ Após o encerramento do setor - durante o terceiro pedido de Supervisão (pelo
Supervisor) nos domicílios com status Domicílio Particular Permanente Ocupado, mas
sem entrevista realizada.

19. COMPARAÇÃO ENTRE OS DADOS DO


RECENSEADOR E OS DO SUPERVISOR
No relatório de divergências (dispositivo móvel do Supervisor), além das inconsistências
encontradas nas reentrevistas, também poderão ser encontrados outros tipos de
inconsistências, como as divergências após a classificação da espécie de cada endereço, por
exemplo. Esse fato melhora a capacidade de análise do Supervisor, pois ele poderá investigar
o erro exatamente quando acontece. Uma vez terminado o pedido, o sistema oferecerá um
resumo que facilitará a análise do trabalho.

O Supervisor deverá, então:

▪ convocar o Recenseador e avaliar com ele cada uma dessas divergências;

▪ orientar o Recenseador adequadamente para evitar outras ocorrências de


falhas, se alguma for detectada;

▪ orientar o Recenseador para que volte a campo e faça as devidas correções


em seu DMC, através do aplicativo de coleta. Os registros efetuados pelo
Supervisor no aplicativo da Supervisão não corrigem automaticamente os
dados do setor.

Você ainda deverá considerar que:

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MANUAL DO ACM E ACS
CD-1.10

▪ Como cada pedido de Supervisão é composto de uma amostra contendo


unidades do setor, um mau resultado pode significar que todo o trabalho ou
parte dele esteja seriamente comprometido. Portanto, não basta corrigir as
unidades verificadas para garantir a qualidade do trabalho. Em alguns
casos, esses resultados observados poderão demandar ações mais efetivas,
que deverão ser decididas, junto ao ACM e CCS, e tomadas de acordo com a
gravidade dos erros apurados.

Atenção
Os resultados obtidos nos pedidos de Supervisão interferem na geração de
novos pedidos e nas quantidades de unidades a verificar nos pedidos
seguintes. Isto é, os novos pedidos de Supervisão dependem das ações
gerenciais tomadas pelo Supervisor, frente às divergências encontradas nos
pedidos de Supervisão anteriores.

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MANUAL DO ACM E ACS
CD-1.10

20. RECURSOS ALTERNATIVOS DE AVALIAÇÃO


Além das ferramentas: Relatórios Gerenciais, Mensagens dos Indicadores Gerenciais e
Pedidos de Supervisão que você acabou de conhecer, veremos como analisar os possíveis
erros de percurso por meio da junção de procedimentos:

Avaliação de Erro de Percurso


Intercalação de Quadra-Face – para identificar se existe alternância entre faces de quadras
distintas, ordene a confirmação de endereços no setor por data e hora. Isto é, se o
Recenseador, após confirmar um endereço em uma face, confirmar o endereço em uma face
de outra quadra e, por fim, retornar a uma face já trabalhada para confirmar novos endereços,
será gerada uma indicação automática de erro de percurso.

O correto seria que a face fosse inteiramente percorrida antes de permitir a abertura de uma
nova face em quadra distinta.

Objetivo: indicando-se o ato como erro de percurso, busca-se evitar possíveis problemas de
cobertura, sobretudo aqueles que ocasionariam omissão de unidades. A indicação do erro
serve para que o Supervisor oriente o Recenseador a corrigir o percurso ao retomar o trabalho
de campo.

Mapa digital com os pontos do GPS onde o Recenseador efetuou a coleta de dados:
permite a visualização das coordenadas associadas aos endereços, que foram trabalhados
pelo Recenseador. Quando não exibir coordenadas associadas, indica unidades possivelmente
omitidas. Preste atenção também a pontos de GPS que não tiverem unidades associadas. Isto
pode indicar uma inclusão indevida. Quando notar algum desses problemas, procure conversar
com o Recenseador para saber a respeito das razões envolvidas. Tenha em mente que essa
ferramenta serve para auxiliá-lo e que depende de você averiguar os indícios que ela lhe
oferece.

Mapa e descrição do setor: oferecidos em papel, orientam o Recenseador no setor de


trabalho e mostram graficamente a área a ser recenseada, bem como a descrição de seus
limites. Não se esqueça de identificar, por meio das imagens, endereços possivelmente
omitidos pelo Recenseador.

Outros que se fizerem necessários: o trabalho de coleta e Supervisão é extremamente


rápido. Por isso, podem surgir situações que requeiram a criação de recursos alternativos para
avaliá-lo.

Atenção
Todos os procedimentos alternativos a serem adotados para ajudar o
trabalho de avaliação que não estiverem contidos no contexto do Plano de
Supervisão deverão ser divulgados e autorizados pelas Coordenações
envolvidas através de Notas Técnicas.

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MANUAL DO ACM E ACS
CD-1.10

21. PONTO ELETRÔNICO – “FUNÇÃO ENCONTRO


COM O RECENSEADOR”
Já vimos neste Manual que Recenseador e Supervisor devem se encontrar para conversar
sobre a coleta no setor, sobre dificuldades e sobre dúvidas encontradas.

O dispositivo de coleta do Recenseador e o dispositivo do Supervisor oferecem uma ferramenta


para registrar cada encontro que promoverem.

Essa ferramenta simples permite um controle por parte dos CCSs, ACMs e dos próprios
Supervisores sobre a frequência e o histórico de encontros com os Recenseadores.

O seguinte procedimento é realizado para a efetivação do ponto eletrônico:

▪ O Recenseador e o Supervisor se encontram (fisicamente) para que


conversem sobre suas dúvidas e sugestões para a melhoria do trabalho em
campo.

▪ Há uma função chamada “Encontro com o Supervisor” no DMC do


Recenseador e uma função chamada “Encontro com o Recenseador” no tablet
do Supervisor. Ambos devem ativar estas funções.

▪ As coordenadas dos dispositivos serão capturadas. Assim, o encontro entre o


Recenseador e o Supervisor estará formalizado.

▪ As seguintes informações ficarão disponíveis no SIGC: código do setor,


matrícula e nome do Recenseador e do Supervisor, data e hora do encontro,
imagem da assinatura e coordenada.

22. CARGA DO SETOR NO DISPOSITIVO MÓVEL


DE COLETA (DMC)
A carga de novos setores no dispositivo de coleta do Recenseador independe da presença de
qualquer um dos agentes (Supervisor e Recenseador) no Posto de Coleta.

Mais detalhes sobre as operações necessárias para realizar a carga de setores no DMC estão
disponíveis no capítulo 15 (PLANEJAMENTO E GESTÃO DO TRABALHO DOS
RECENSEADORES).

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MANUAL DO ACM E ACS
CD-1.10

Atenção
Haverá uma funcionalidade no equipamento de coleta que evita que o
Recenseador fique muito tempo sem transmitir dados ou sem se encontrar
com o Supervisor.
O DMC deverá passar a emitir a seguinte mensagem a cada inclusão de
unidade: “Você deve realizar transmissão de dados para o ambiente central
ou encontrar-se com seu Supervisor”.

Observação

Nos setores rurais e de Povos e Comunidades Tradicionais (PCTs), em virtude das


distâncias percorridas pelo Recenseador para o preenchimento dos questionários, essa
rotina de controle no DMC deverá ser estendida.

23. ENCERRAMENTO DA SUPERVISÃO

23 ENCERRAMENTO DA SUPERVISÃO
Durante o andamento da coleta, a avaliação dos resultados do trabalho do Recenseador
poderá apontar indícios de problemas. As providências que você tomará deverão ser
orientadas pela análise conjunta de todos os recursos disponíveis, tomando por base:

▪ prioritariamente a avaliação das omissões e inclusões indevidas de pessoas


ou domicílios ocupados;

▪ em segundo lugar, a eventual aplicação incorreta de conceitos do


questionário do Censo;

▪ por último, as omissões ou inclusões indevidas de endereços e espécies


sem morador.

Se ficar constatado que o Recenseador está incidindo em erro, você deverá retreiná-lo. Caso
persistam os problemas, caberá ao ACM junto com o Coordenador Censitário de Subárea
avaliar a necessidade de substituição do Recenseador.

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MANUAL DO ACM E ACS
CD-1.10

Após o encerramento da coleta, o Supervisor deverá realizar as últimas verificações do setor, o


último pedido de Supervisão e realizar o procedimento de encerramento da Supervisão no
SIGC;
Para isso, o Supervisor deverá realizar as quatro etapas de verificação descritas a seguir:

▪ Avaliar os Relatórios e Indicadores Gerenciais da Coleta: O Supervisor


deverá acessar os relatórios do SIGC antes de encerrar a Supervisão. Esses
relatórios somados ao que foi observado nos pedidos de Supervisão servirão
de base para que você avalie a qualidade da coleta no setor e encerre a
Supervisão. Não deixe de consultar o relatório Resumo do Setor no SIGC
(menu SUPERVISÃO) e responder às mensagens dos indicadores gerenciais,
caso o setor as possua.

▪ Realizar a avaliação do mapa digital e das coordenadas geográficas de


endereços: No SIGC (menu SUPERVISÃO, relatório Resumo do Setor e
relatório CNEFE04), acompanhe as informações dos pontos dos endereços
recenseados para visualizar o trabalho do Recenseador. Aproveite a
oportunidade para verificar se alguma coordenada está muito distante dos
limites do setor, pois pode indicar uma invasão de um setor vizinho. Preste
atenção também, se existe no mapa alguma construção/ unidade sem a
respectiva coordenada, pois pode indicar omissão de unidades pelo
Recenseador. Outra configuração é uma grande quantidade de pontos no
mesmo lugar. Nesta situação, procure saber se se trata de prédio ou outro tipo
de concentração de unidades, pois nesta situação pode-se estar diante de
inclusões indevidas do Recenseador realizadas em um mesmo local. Ainda no
mapa disponível no relatório de Resumo do Setor, verifique se existem trajetos
do Recenseador em locais de exclusão de domicílios. Se não houver, você
deve perguntar ao Recenseador quais foram os critérios que o levaram à
exclusão.

▪ Fechar todos os pedidos de Supervisão abertos: Como já mencionado,


apenas após o setor ser declarado com status “Realizado”, será disparado o
último pedido de Supervisão. É aconselhável que o Supervisor se programe de
forma que os pedidos de Supervisão não se acumulem e possam interferir no
encerramento da Supervisão. Caso não consiga realizar algum pedido, total ou
parcialmente, lembre-se de comunicar imediatamente aos seus superiores as
razões e de justificar os motivos no aplicativo de Supervisão.

▪ Alterar o status para Supervisionado: Caso valide as informações da


verificação final do setor, realizar o procedimento de encerramento da
Supervisão em seu tablet e fazer a comunicação ao SIGC. No relatório
Resumo do Setor (SIGC – menu SUPERVISÃO), será necessário que o
status do setor seja alterado manualmente de Realizado para
Supervisionado. A partir de então, os trabalhos de Supervisão estarão
encerrados no setor.

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MANUAL DO ACM E ACS
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Se for detectada uma falha em alguma das etapas de verificação final descritas anteriormente,
com necessidade de corrigir as informações, o Supervisor deverá:

▪ Caso encontre problemas no último pedido ou durante o processo de análise


dos relatórios gerenciais, reabrir o setor no SIGC (relatório Resumo do Setor)
e, posteriormente, no equipamento de coleta do Recenseador para revisão, a
fim de que ele efetue as devidas correções em campo.

▪ Se algum problema for apurado após o encerramento da coleta, sempre que


se tratar de constatação inequívoca de inclusão indevida e/ou omissão de
pessoas ou de domicílios com morador, as providências de correção deverão
ser reportadas ao ACM e ao Coordenador Censitário de Subárea (CCS), que
decidirão as ações gerenciais a serem adotadas.

Além das verificações anteriores, será necessária uma avaliação espacial obrigatória antes do
envio do setor para pagamento. Para alterar o status do setor para “Supervisionado”, o
Supervisor deverá realizar a verificação de cobertura do setor no ambiente de visualização
espacial do SIGC, mediante checklist a ser preenchido (sim/não), dos seguintes elementos:

▪ se o Recenseador percorreu toda a área domiciliada do setor;

▪ se há trajetos chegando a todos os telhados verificados na imagem digital;

▪ se há trajetos chegando a todos os pontos excluídos;

▪ se todos os pontos da lista prévia foram visitados;

▪ se houve omissões a partir da análise dos telhados da imagem digital;

▪ se houve duplicação de entrevistas.

▪ se houve coleta de unidades pertencentes a outro setor (invasão de setor


censitário), durante a coleta deste setor

23.1. Restrições para os Pedidos de Supervisão


É fundamental que todos os pedidos de supervisão gerados no aplicativo tenham seus
endereços visitados pelo Supervisor, para que o percurso, a cobertura e os questionários sejam
analisados e que os recenseadores corrijam seus erros em campo.

Porém, há casos em que o Supervisor encontra restrições ao realizar a visita a todos os


endereços do pedido de supervisão em determinados setores. Seguem abaixo algumas das
situações mais comuns de restrição:

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MANUAL DO ACM E ACS
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▪ Restrição de acesso ao setor devido a causas naturais (enchentes, quedas de


árvores, por exemplo).

▪ Restrição de acesso ao setor devido a questões de segurança (alta


periculosidade, impedimento de entrada por síndico ou porteiro, por exemplo).

Diante dessas situações, o Supervisor deve conversar com o ACM sobre como proceder,
tendo como opções:

▪ Nas restrições parciais de acesso, o Supervisor pode visitar o(s) endereço(s) do


setor que esteja(m) disponível(is) para entrada.

▪ Nas restrições totais de acesso, o Supervisor pode encerrar o pedido de


supervisão sem visitar nenhum endereço.

Em todas as situações de pedidos de supervisão incompletos, o Supervisor deve justificar (no


aplicativo) o principal motivo da restrição encontrada, de acordo com a tela a seguir:

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MANUAL DO ACM E ACS
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24. SUPERVISÃO COMPLEMENTAR


Na aba SUPERVISÃO no SIGC há um módulo chamado NOVO PEDIDO COMPLEMENTAR.
Este mecanismo se destina aos setores que careçam de uma Supervisão extra ou
complementar àquela realizada via sistema. Acessando esta opção, o Supervisor terá a relação
de todos os endereços e as espécies registradas pelo Recenseador permitindo que faça a
conferência de trechos diferentes daqueles que o sistema selecionou nos pedidos de
Supervisão.
Outros agentes da estrutura organizacional (ACM, CCS, etc) também poderão realizar
supervisões complementares, se houver necessidade. Essa ferramenta permite, inclusive, que
sejam escolhidos trechos iguais aos que os Supervisores receberam (via sistema) para avaliar
a qualidade do trabalho de coleta.
O procedimento para acesso à Supervisão Complementar no SIGC (passo inicial) está ilustrado
na figura a seguir:

Será necessário selecionar o trecho desejado, marcando as opções de “UF”, “Área”, “Subárea”,
“Postos de Coleta”, “Municípios”, “Setores”, “Quadra/Face”, “UV Inicial”, “UV Final”, “Espécie”,
no SIGC, tal como aparece no exemplo a seguir:

A Supervisão Complementar poderá ser gerada por todos os servidores da estrutura censitária
(desde o ACS até a Coordenação Geral do Censo). Por causa disso, a comunicação entre o
servidor que irá gerar e o servidor que irá efetivar (em campo) a Supervisão complementar
deverá ser a mais eficiente possível.

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MANUAL DO ACM E ACS
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Por isso, assim que os filtros forem selecionados, o solicitante deverá marcar o(s) motivo(s)
para a geração do pedido. Esse(s) motivo(s) será(ão) enviado(s) ao Supervisor – ou a outro
servidor que irá a campo – para que este saiba exatamente quais aspectos deverá verificar nos
endereços selecionados.

Além disso, o solicitante poderá escrever, em campo livre, maiores detalhes sobre a solicitação
do pedido complementar.

Os seguintes motivos estarão disponíveis:

▪ Problemas nos pedidos de supervisão;

▪ Verificação de classificação de espécies;

▪ Erros generalizados ou propositais do Recenseador;

▪ Verificação de Informações dos Indicadores Gerenciais;

▪ Solicitação de Avaliação Extra por superior hierárquico;

▪ Verificação de troca de espécies;

▪ Outros.

As informações do trecho selecionado serão listadas para a conferência das unidades (ainda no
SIGC), conforme ilustração a seguir.

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MANUAL DO ACM E ACS
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Para posterior operação de envio destas informações ao tablet, basta “Exportar DMC” (como na
figura a seguir) para que as unidades visitadas do trecho selecionado estejam disponíveis para
visualização e edição no aplicativo.

Após esta etapa, todos os trechos selecionados estarão disponíveis no tablet do Supervisor.

Os trechos selecionados serão baixados automaticamente, logo após a próxima comunicação


feita pelo equipamento.

Os pedidos de Supervisão Complementar estarão disponíveis no tablet junto aos demais


pedidos, com o nome Complementar seguido do número do pedido (pedido complementar 4,
pedido complementar 5, e assim por diante).

Os pedidos de supervisão complementar têm as mesmas funcionalidades dos pedidos de


supervisão automáticos. Ou seja, o método de verificação de endereços é praticamente
idêntico, com a confirmação de endereço, captura de coordenadas, seleção de espécie(s) e
confirmação de lista de moradores em Domicílio Particular Ocupado. A única funcionalidade
que não está disponível nas supervisões complementares é a
Reentrevista[DGC12][MAMdF13].

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MANUAL DO ACM E ACS
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MANUAL DO ACM E ACS
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Existe ainda a possibilidade de o Recenseador realizar a coleta de questionário por meio de


entrevista telefônica, conforme orientações descritas no Manual da Coleta.

Em alguns casos, para minimizar a possibilidade de erros ou fraudes nessa modalidade de


coleta, será necessário gerar pedidos de supervisão complementares nos Domicílios
Particulares Ocupados (Permanentes ou Improvisados) se a quantidade de questionários
preenchidos por telefone for superior a 10 (dez). Esta informação é facilmente verificada no
relatório ACOMP07.

Assim sendo, o Supervisor deverá telefonar para os informantes dos domicílios e realizar a
confirmação das listas de moradores.

Atenção
A Supervisão Complementar por Telefone deverá ser gerada somente após
o término do trabalho no setor (“Realizado”), em acréscimo ao último
pedido de supervisão automático.
Para gerar este tipo de supervisão, a quantidade de questionários
preenchidos por telefone pelo Recenseador deverá ser superior a 10
(dez).

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MANUAL DO ACM E ACS
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24.1. Funcionalidades complementares de Supervisão nos


sistemas do Censo Demográfico 2022
Esquema de Permissões para realização das funcionalidades complementares

Agente Agente Coordenador


Censitário Censitário Censitário de
Recenseador
Supervisor Municipal Subárea
(ACS) (ACM) (CSS)

Restaurar backup x x x

Reabrir setor realizado x x x

x x x x
Paralisar setor em
andamento

x x x x
Passar setor paralisado
para em andamento

x x x
Carregar mais de um
setor em um mesmo
equipamento de coleta

x x x
Transferência de
questionário (dentro do
mesmo setor)

x
Tratamento de
Invasões/ Transferência
entre setores:

Veja a descrição das Funcionalidades a seguir.

24.1.1. Restaurar backup


Caso seja necessário recuperar o trabalho de coleta de um setor, ele se encontra armazenado
em cartão de memória no DMC. Somente o ACM poderá autorizar a restauração através do
SIGC.

24.1.2. Reabrir setor realizado


A reabertura de setor realizado (ainda não pago) deverá ser realizada quando o Supervisor,
ACM ou coordenação julgarem necessária alguma ação de revisão/correção da coleta no Setor
Censitário com coleta encerrada.

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MANUAL DO ACM E ACS
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O Supervisor terá a permissão de reabertura do setor apenas 1 (uma) vez. Se houver a


necessidade de reabrir o setor mais vezes, ele deverá solicitá-lo ao ACM, informando os
devidos motivos.

Caso o setor já tenha sido liberado pelo ACM e pago, apenas o Coordenador Censitário de
Subárea poderá autorizar reabertura pelo SIGC.

24.1.3. Paralisar setor em andamento


Quando um setor for paralisado no DMC, será exibida uma mensagem instruindo o
Recenseador a realizar comunicação com o SIGC para atualização do status do setor nos
relatórios gerenciais.

24.1.4. Passar setor paralisado para em andamento


Quando um setor paralisado for posto em andamento no DMC, será exibida uma mensagem
instruindo o Recenseador a realizar comunicação com o SIGC para atualização do status do
setor nos relatórios gerenciais.

24.1.5. Carregar mais de um setor em um mesmo equipamento de


coleta
Nos casos em que houver necessidade de o Recenseador trabalhar mais de um setor
simultaneamente, o aplicativo permitirá ao Recenseador ativar/desativar setor. Porém, é
importante que o Recenseador realize os backups e comunicações ao SIGC constantemente
e converse com o Supervisor sobre o andamento do trabalho nos setores.

24.1.6. Transferência de questionário (dentro do mesmo setor)


Deverá haver possibilidade de transferir questionário entre endereços dentro do mesmo Setor
Censitário.

Quando for necessário transferir questionário de uma UV para outra, as seguintes regras de
trocas de espécies deverão ser implementadas no aplicativo de coleta.

No aplicativo, não poderá haver possibilidade de transferir questionários entre unidades,


quando ambas (origem e destino) tiverem espécie DPPO. Nestes casos, o Recenseador deverá
alterar a espécie do endereço de destino antes de realizar a transferência.

24.1.7. Tratamento de Invasões / Transferência entre setores


A invasão pode ser definida como toda coleta de endereço registrado incorretamente em outro
setor que não aquele ao qual deveria estar vinculado de acordo com os limites pré-definidos
pelo IBGE.

Esse tipo de problema deve ser combatido, se possível, durante a coleta com o setor em
andamento e o Recenseador ainda em campo. Em último caso, a ferramenta de transferência
pode ser utilizada para corrigir esse erro.

Quando ocorrer invasão entre setores, será possível transferir endereços e seus respectivos
questionários de um setor (origem) para outro (destino). Essa transferência pode ser feita no
SIGC, somente pelo CCS e pelos demais Coordenadores.

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MANUAL DO ACM E ACS
CD-1.10

Este procedimento é bastante sensível e segue diversos critérios:

▪ ambos os setores de origem e destino da transferência já devem ter sido


fechados pelo Recenseador e supervisionados pelo ACS;

▪ a existência de ocorrências de invasão será indicada manualmente pelo


Supervisor, no fechamento do Setor Censitário de “origem” da invasão;

▪ possíveis ocorrências de invasão de setor em outro município ou em outro


estado serão necessariamente verificadas pelas coordenações quando as
coordenadas de um setor tiverem sido capturadas fora de seu perímetro.

Além de indicar que houve invasão, o ACS e o ACM devem estar à disposição do CCS para
identificar em conjunto setores e unidades invasoras, se necessário, bem como quais setores
deverão receber estas unidades, de forma correta.”
Como identificar possíveis invasões?
A identificação de uma invasão deve se valer do correto uso e interpretação dos elementos
conceituais do Censo e do descritivo do setor censitário, com o suporte da representação gráfica
do setor.
Considere também que o mapa pode conter imprecisões de posicionamento em escalas mais
detalhadas e que o nível de precisão do GPS pode variar. Em decorrência desses fatores, o
trabalho de tratamento de invasão de setores censitários é extremamente sensível e requer
avaliação criteriosa para identificação e caracterização de sua ocorrência.
Um setor pode apresentar um considerável número de endereços apontados com coordenadas
possivelmente fora do setor, mas que, em face do seu descritivo, estejam corretamente
coletados. Por outro lado, um setor sem nenhuma coordenada apontada como ‘possivelmente
fora do setor’ pode apresentar endereço coletado indevidamente, pois, segundo seu descritivo,
este faria parte do setor vizinho.
Por isso, é necessário ter atenção tanto para os setores com marcação de endereço
‘possivelmente fora do setor’, quanto para os setores sem esta ocorrência.
Veja alguns exemplos, a seguir:
Ao comparar o descritivo com a imagem do SIGC, é possível verificar que a referência
gráfica não está exatamente correspondente ao descritivo. Por isso, nele é possível
observar os casos mais comuns:

180
MANUAL DO ACM E ACS
CD-1.10

A) Endereço marcado como ‘possivelmente fora do setor’ que de fato não pertence ao setor
censitário para o qual foi inicialmente coletado. Nestes casos, o tratamento de invasão deve
ser realizado.

B) Endereço que foi coletado corretamente (pertencente ao setor para o qual foi coletado), mas
marcado como ‘possivelmente fora do setor’ (por imprecisão da captura de coordenadas
e/ou da representação gráfica do limite do setor). Nestes casos, o tratamento de invasão não
deve ser realizado.

181
MANUAL DO ACM E ACS
CD-1.10

C) Endereço marcado como ‘dentro do setor’ inicialmente coletado que, entretanto, pertence a
outro setor censitário (devido a imprecisão da captura de coordenadas e/ou da
representação gráfica do limite do setor). Nestes casos, o tratamento de invasão deve ser
realizado.

Caso as ferramentas de consulta disponíveis no seu tablet ou impressos no Posto de


Coleta não sejam conclusivos para identificar a ocorrência ou não de invasão, avalie a
possibilidade de realizar um pedido de Supervisão complementar para verificar a situação
em campo.

25. CRITÉRIOS PARA O FECHAMENTO DO


SETOR NO CENSO 2022
Após concluir a coleta do setor, o Recenseador deverá procurar você, Supervisor, e comunicar
o fim da coleta do setor. O Recenseador deverá realizar as operações necessárias no DMC
para que o status do setor seja alterado de “Em andamento” para “Realizado”.

Entretanto, para que o trabalho possa ser considerado finalizado é necessário que os dados do
setor satisfaçam um conjunto de regras cujo objetivo é garantir a integridade dos dados e, na
medida do possível, a sua completude.

No aplicativo do DMC, ao executar o procedimento de Fechamento do Setor, deve-se


atender aos seguintes critérios quanto aos endereços registrados:

▪ todos os logradouros presentes na lista prévia devem ter sido confirmados ou


excluídos;

▪ todos os logradouros confirmados ou incluídos devem possuir ao menos uma


face confirmada ou incluída mesmo que do tipo NAR;

▪ todas as faces presentes na lista prévia devem ter sido confirmadas ou


excluídas;

182
MANUAL DO ACM E ACS
CD-1.10

▪ todas as faces confirmadas ou incluídas devem possuir endereços confirmados


ou incluídos ou serem do tipo NAR;

▪ não deve haver faces em andamento, ou seja, todas as faces devem estar
concluídas;

▪ todos os endereços presentes na lista prévia devem ter sido confirmados ou


excluídos;

▪ todos os endereços confirmados ou incluídos devem ter uma espécie;

▪ não existirão espécies “Pendente”;

Note que situações divergentes de alguma dessas condições emitirão advertência e impedirão
o fechamento do setor.

No aplicativo do DMC, ao executar o procedimento de Fechamento do Setor, deve-se


atender aos seguintes critérios quanto aos dados coletados:

▪ Todas as unidades visitadas com espécie classificada como Domicílio Particular


Permanente Ocupado (DPPO) com entrevista, Domicílio Particular Improvisado
Ocupado (DPIO) com entrevista e Domicílio Coletivo com Morador devem ter
um questionário a elas associado.

▪ Não pode haver questionário associado a uma unidade visitada com espécie
diferente de Domicílio Particular Permanente Ocupado (DPPO) com entrevista,
Domicílio Particular Improvisado Ocupado (DPIO) com entrevista ou Domicílio
Coletivo com Morador.

▪ O setor não poderá ser fechado caso exista um questionário referente a uma
unidade visitada com espécie classificada Domicílio Particular Permanente
Ocupado (DPPO) com entrevista, Domicílio Particular Improvisado Ocupado
(DPIO) com entrevista ou Domicílio Coletivo com Morador cuja lista de
moradores não esteja preenchida completamente.

▪ Quando uma espécie for classificada como “Domicílio Coletivo com Morador”, é
obrigatória a existência de pelo menos uma unidade domiciliar com pelo menos
um morador com a lista de moradores (com a relação de parentesco, o sexo e a
data de nascimento ou idade declarada do(s) morador(es) preenchida(s). Por
isso deverão ser avaliadas as duas possibilidades descritas em seguida:

▪ Caso, no fechamento do setor, haja alguma unidade domiciliar cadastrada sem


estar associado um questionário preenchido com pelo menos a lista de
moradores, a mesma unidade deverá ser excluída;

▪ Caso, no fechamento do setor, todas as unidades domiciliares cadastradas não


estejam associadas aos respectivos questionários, o sistema deverá emitir
mensagem, alertando para a situação e, conforme a resposta do Recenseador,

183
MANUAL DO ACM E ACS
CD-1.10

a espécie deverá ser considerada “domicílio coletivo sem morador”, excluindo


as unidades domiciliares indevidamente cadastradas.

▪ O setor não poderá ser fechado caso exista alguma unidade em domicílio
coletivo sem moradores ou com lista de moradores não preenchida
completamente.

▪ Não deverá existir questionário com pendência. Nesses casos, apenas o ACS,
o ACM ou o Coordenador de Subárea/CCS poderá fechar setor com
questionários pendentes.

▪ Não deverá existir questionário que, embora sem pendência até onde foi
preenchido, não foi finalizado, ou seja, respondido até o final.

▪ Em setores de TI ou agrupamento indígena deve haver o preenchimento de


pelo menos um questionário de abordagem indígena no DMC.

No caso de coleta pela internet

▪ Questionários preenchidos pela internet só deverão ser gravados e, portanto,


transmitidos para o banco da coleta, se todas as pessoas estiverem com sexo e
idade e relação de parentesco preenchidas completamente.

▪ Os quesitos de preenchimento obrigatório são os mesmos definidos para a


entrevista presencial.

▪ Caso existam questionários da internet (na fase em que o Recenseador gera o


código para o endereço) pendentes de conclusão, as unidades domiciliares
correspondentes voltarão para o DMC do Recenseador para que ele volte a
campo e tente realizar a entrevista presencial. O setor não poderá ser
encerrado enquanto não houver a ação do Recenseador.
Se o banco da coleta receber de um mesmo domicílio um questionário da internet e outro
presencial, vale o presencial.

26. MANUSEIO DO SISTEMA DE SUPERVISÃO


O tablet do Supervisor será provido de um sistema chamado Sistema de Supervisão.
Observe o esquema a seguir para compreendê-lo melhor
(cf, próx página)

184
MANUAL DO ACM E ACS
CD-1.10

SISTEMA DE SUPERVISÃO

O que é?

Um aplicativo

Qual a sua função?

Realização de todos os procedimentos de Supervisão automatizados já descritos


anteriormente.

Como isso acontece?

Esse sistema receberá as informações dos setores através de conexões que deverão ser
feitas com o Sistema Integrado de Gerenciamento e Controle (SIGC).

Como você já sabe, à medida que os recenseadores enviarem seus dados para o
computador central do IBGE, os dados serão atualizados, e serão gerados, via SIGC, os
pedidos de Supervisão, as mensagens dos indicadores gerenciais e os relatórios
gerenciais. Então, quando você realizar a comunicação com SIGC, receberá todas essas
informações referentes aos setores sob sua responsabilidade (pedidos de Supervisão,
indicadores gerenciais etc.).

185
MANUAL DO ACM E ACS
CD-1.10

Atenção
A forma de comunicação do DMC do Recenseador e do Supervisor com o
computador central do IBGE é através do uso de rede 3G ou wifi. As
comunicações devem ser realizadas periodicamente a fim de que as
atualizações exibidas no SIGC reflitam os dados mais recentes dos setores
em trabalho.

Agora que você já sabe, em linhas gerais, o que é o sistema e quais as suas funções, vamos à
prática!

26.1. Início da operação com tablet


Nós já vimos que o Supervisor terá à sua disposição duas ferramentas de controle da coleta
para o Censo Demográfico 2022: o SIGC e o tablet.

O tablet de cada Supervisor é definido no momento da distribuição do trabalho e associações


que são realizadas no SIGC. Você só poderá efetuar login no equipamento previamente
designado para você pelo ACM.

No intuito de facilitar a visualização do trabalho, veremos a seguir o passo a passo do trabalho


de Supervisão no tablet.

Primeiramente, temos que acessar um sistema restrito através da autenticação da identificação


do usuário, por meios de suas credenciais que foram previamente cadastradas no sistema.
Assim, você terá acesso aos setores que são de sua responsabilidade. Para isso, basta
confirmar suas credenciais na tela inicial do Aplicativo de Supervisão e confirmar, como
indicado pela seta.

Dessa forma, antes de iniciar o trabalho no setor, veremos as funções que o aplicativo tem.
Para isso, basta clicar no canto superior esquerdo, de acordo com o destaque na imagem a
seguir.

186
MANUAL DO ACM E ACS
CD-1.10

▪ Início: Volta para a tela com a lista de setores alocados no tablet.

▪ Backup/Restore: Realiza uma cópia de segurança. Há um limite de cópias


permitidas.

▪ Comunicação – SIGC: Transmite as informações do tablet para o SIGC e


viceversa; Sempre que possível (quando houver cobertura para o chip 3G ou
quando houver uma rede wifi disponível), deve-se tentar realizar comunicações
em vez de backups, porque a cada comunicação é gerado, automaticamente,
um arquivo de backup.

▪ Configuração: Acessa configurações como uso de bateria, memória disponível


do dispositivo, brilho da tela, habilita novo usuário (limpa todas as informações
do tablet portanto é preciso sempre muita atenção para o uso desta função), faz
o download, abre os mapas e documentos referentes aos setores de trabalho.

▪ Sair: Termina o uso do sistema, removendo a senha do usuário.

Agora podemos voltar para a tela inicial e começar a trabalhar no setor. Para iniciar a
Supervisão, na tela inicial, clique em início, conforme a imagem a seguir.

A tela mostrará a relação de setores associados à matrícula do Supervisor cadastrado no tablet.


O setor a ser trabalhado deve ser selecionado, clicando na linha com a identificação

187
MANUAL DO ACM E ACS
CD-1.10

correspondente. Ao clicar no setor será mostrada a tela com os pedidos de Supervisão gerados
para o setor.

Para o início da Supervisão do trabalho do Recenseador, o ACS acessará a função Confirmar


endereços. Após a finalização do pedido de Supervisão, basta fazer o Fechamento do
pedido. Veremos cada uma dessas funções.
Uma amostra de unidades visitadas e comunicadas pelo Recenseador até o momento da
geração do pedido pode ser visualizada em Confirmar endereços. Nesta opção, o Supervisor
terá a visualização de:
• Todos os endereços da amostra;

• Percurso, para a verificação de percurso/cobertura;


• Unidades para a verificação de espécie;

• Sem Entrevista, para entrega de cartas (e-tickets), a fim de que o morador realize o
autopreenchimento pela internet.

Neste momento, o ACS também poderá visualizar apenas o mapa do setor com as
coordenadas capturadas pelo GPS clicando em “Mapa”.

26.2. Confirmar percurso


É neste momento da Supervisão que o Supervisor deverá ir a campo e fazer a conferência de
Percurso/Cobertura no seu Setor Censitário.

Dentro do pedido de Supervisão, ao selecionar “Percurso” abrirá o mapa do setor com as


unidades que nele se encontram.

Ao clicar na face do endereço a ser trabalhado, conforme indica a seta na imagem a seguir, as

188
MANUAL DO ACM E ACS
CD-1.10

unidades visitadas aparecerão com o indicativo da ordem de registro que o Recenseador fez
quando ele realizou a coleta no setor.

A parte inferior do círculo cinza, que acompanha o endereço (3ª. imagem), mostra a ordem
em que o Recenseador registrou o endereço durante a coleta. Por exemplo, na tela abaixo, é
possível ver que o Recenseador registrou o endereço 131 em primeiro lugar; o 123 em
segundo lugar; o 115 em terceiro lugar; e assim por diante.

O Supervisor poderá:

▪ confirmar a unidade;

▪ excluir a unidade;

▪ Registrar ERRO de nome do endereço; ou

▪ adicionar antes, para incluir alguma unidade que foi omitida pelo Recenseador.

À medida que o SIGC recebe os dados dos setores trabalhados pelos Recenseadores, várias
informações são processadas. Além de atualizar todas as informações do Posto no SIGC,
esses dados servem de insumo para os pedidos de Supervisão. Então, quando o setor atinge
certas quantidades de unidades visitadas (65 unidades para o 1º pedido, 200 unidades
visitadas para o 2º pedido e setor “Realizado” para o 3º pedido), o SIGC gera os pedidos
de Supervisão e os transmite para o tablet do Supervisor assim que ele se comunicar.

189
MANUAL DO ACM E ACS
CD-1.10

I. Confirmar

Ao confirmar o endereço da unidade visitada, o DMC irá capturar a coordenada deste endereço.
Em seguida “Adicionar espécie”. Se for um DPPO ou DPIO, e o Recenseador tiver registrado
uma espécie sem morador, deve-se também registrar o número de moradores do domicílio.

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MANUAL DO ACM E ACS
CD-1.10

Ao selecionar “CONFIRMAR”, o aplicativo irá para a tela de divergências, que mostrará as


inconsistências encontradas. Depois, o aplicativo voltará para a tela de endereços, onde
aparecerá qual foi a ordem daquela unidade registrada pelo Supervisor e os tipos de
divergências, quando for o caso, entre o que foi registrado pelo Recenseador e o que foi
registrado pelo Supervisor.

Podemos notar que, no exemplo a seguir, o Supervisor registrou o endereço 123 como o
primeiro da lista. Dessa forma, houve uma divergência, pois o Recenseador registrou o
endereço como o segundo da sua lista.

Além disso, os símbolos de pessoa e localização também indicam divergências em


informações de moradores e coordenadas. Portanto, o Recenseador deverá voltar ao setor

191
MANUAL DO ACM E ACS
CD-1.10

para realizar a correção nas informações do questionário e capturar novamente as coordenadas


do endereço.

O sinal abaixo de “Questionário” sinaliza que o questionário de reentrevista foi respondido por
completo.

Para exibir as divergências existentes ou gerar um resumo do pedido de Supervisão, pode-se


ainda pressionar no símbolo de três pontinhos, no canto superior direito da tela de Endereços.
Veja a seguir:

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MANUAL DO ACM E ACS
CD-1.10

26.2.1. Descrição dos status de divergência no aplicativo de


Supervisão
Haverá uma caixa de diálogo para descrição de status, espécie e variáveis. Como no exemplo a
seguir.

Status Descrição da Divergência

NV Espécie Não Verificada

ND Espécie Não Divergente

ED Espécie Divergente

DM Espécie Divergente em Domicílio com Morador

OE Omissão de Espécie pelo Recenseador

OM Omissão de Espécie com Morador pelo Recenseador

IE Inclusão Indevida de Espécie pelo Recenseador

IM
Inclusão Indevida de Espécie com Morador pelo
Recenseador

A descrição das divergências estará disponível na tela de divergências, ao pressionar o


Status. O significado aparecerá na parte de baixo da tela.

193
MANUAL DO ACM E ACS
CD-1.10

Atenção
Ao realizar a avaliação das divergências, observe que:
• O Supervisor deverá buscar esclarecimentos junto ao Recenseador,
pedindo que corrija falhas detectadas. O mais importante é que
enfatize a prática correta, para que essas falhas não ocorram
novamente.
• Os resultados da Supervisão permitem avaliar a qualidade do
trabalho do Recenseador. Essa análise, no entanto, como qualquer
produção humana, é passível de erro. Assim, o Supervisor deve ter
em vista a possibilidade de que também tenha cometido alguma
falha de procedimento na verificação de campo, estando aberto
para ouvir os esclarecimentos do Recenseador – antes de apontar
medidas corretivas.
• Alguns tipos de erros são mais relevantes na avaliação do trabalho
do Recenseador. Sempre dê maior importância às falhas que
envolvam pessoas (omissões e inclusões indevidas) e
domicílios com morador (omissões e inclusões indevidas).

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MANUAL DO ACM E ACS
CD-1.10

II. Excluir

Quando o ACS opta por EXCLUIR uma unidade registrada pelo Recenseador, indica que ela,
na verdade, não existe no percurso observado em campo.

Pode ser que a unidade seja excluída apenas por estar fora de ordem no percurso observado
no campo. Esta exclusão não será contada como inclusão indevida e, sim, como um erro de
percurso cometido pelo Recenseador.

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MANUAL DO ACM E ACS
CD-1.10

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MANUAL DO ACM E ACS
CD-1.10

III. Erro
Significa que houve erro em algum item nos campos de endereço. É uma opção de
resposta aberta, onde o Supervisor deverá anotar as inconsistências encontradas e
solicitar ao Recenseador para que este realize as devidas correções no DMC de
coleta.

197
MANUAL DO ACM E ACS
CD-1.10

IV. Adicionar

Para incluir uma unidade não registrada pelo Recenseador, basta selecionar a unidade do
percurso imediatamente anterior à unidade a ser incluída e clicar nos três pontos localizados
no canto direito do registro. Em seguida, selecionar a opção “ADICIONAR ANTES” ou
“ADICIONAR APÓS”.
Não é permitida a inclusão de uma unidade antes da primeira unidade do percurso ou após
a última unidade do percurso pois, em alguns casos, essa unidade poderá fazer parte de um
próximo pedido de supervisão.

Em seguida, será apresentada uma lista com todos os endereços trabalhados pelo
Recenseador, para que Supervisor verifique se o endereço em questão encontra-se fora da
ordem ou realmente não foi coletado (omissão). Caso seja uma inclusão por omissão,
aparecerá uma tela para o preenchimento do endereço da unidade incluída.

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MANUAL DOACME ACS
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199
MANUAL DOACME ACS
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200
MANUAL DOACME ACS
CD-1.10

Após ter realizado a verificação dos endereços do Percurso, se não houver mais endereços
para verificar no pedido de Supervisão (na aba Unidades e na aba Sem Entrevista), volte
para a tela anterior, clique nos três pontinhos, conforme indicado na imagem a seguir, e
selecione “Fechamento do pedido”.

201
MANUAL DOACME ACS
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26.3. Confirmar Unidades


Neste momento, o ACS deverá realizar a confirmação de espécie(s) dos endereços listados na
aba Unidades, no aplicativo de Supervisão. Esses endereços fazem parte de uma verificação
aleatória, para que seja avaliada a cobertura nas unidades registradas pelo Recenseador.
Por exemplo, poderá ser verificado que um endereço foi registrado pelo Recenseador com a
espécie EOF (Estabelecimento de Outras Finalidades), mas o Supervisor atestou que o
endereço é um DPPO (Domicílio Particular Permanente Ocupado), com 3 moradores. Ou seja,
houve um problema de cobertura feito pelo Recenseador, com a omissão de 1 domicílio com 3
moradores.

Diferentemente da confirmação de Percurso, o ACS não precisará fazer verificações de


ordem de percurso do trabalho do Recenseador. Isto é, não será necessário ADICIONAR
(ANTES/APÓS) endereços. A opção de EXCLUIR deverá ser utilizada apenas se forem
verificadas inclusões indevidas de endereços feitas pelo Recenseador.

202
MANUAL DOACME ACS
CD-1.10

26.4. Entrega de E-tickets


Cabe lembrar que, antes do encerramento da coleta no setor, o Supervisor deverá cobrar,
sistematicamente, que o Recenseador retorne aos Domicílios Particulares Ocupados (DPPO e
DPIO) sem entrevista realizada, no mínimo 4 (quatro) vezes e em horários alternativos,
para que moradores sejam encontrados e os questionários possam ser preenchidos.

Ao encerramento da coleta, o Supervisor receberá em seu tablet o 3º pedido de Supervisão


com os endereços para a verificação de percurso e cobertura. Na aba Sem Entrevista, estarão
disponíveis os Domicílios Particulares Ocupados (DPPO e DPIO) sem entrevista realizada pelo
Recenseador. Em cada endereço da lista, o ACS deverá:

▪ Confirmar o endereço, sem análise de percurso, e o excluindo se for observada


inclusão indevida pelo Recenseador;

▪ Confirmar a espécie do endereço;

▪ Caso a espécie seja DPPO ou DPIO, o ACS deverá tentar encontrar algum morador e
realizar a entrevista presencialmente, de acordo com as orientações descritas no
capítulo 17;

▪ Se não for encontrado algum morador (ou em caso de recusa), o ACS deverá associar
o código externo da carta impressa ao domicílio e entregá-la na caixa de correio (ou
em algum local de recebimento de correspondências), para que o morador tenha a
opção de preencher o questionário via internet;

▪ Cabe ressaltar que este procedimento será feito somente no 3º pedido de Supervisão.

203
MANUAL DOACME ACS
CD-1.10

26.5. Confirmar Todos


Conforme visto nos itens anteriores, o Supervisor deverá realizar as atividades de confirmação
de Percurso, confirmação de Unidades e entrega de E-tickets, para fins de análise do
trabalho de coleta do Recenseador e de aumento dos níveis de resposta aos questionários do
Censo.

Dentro do aplicativo de Supervisão, o Supervisor terá a possibilidade de realizar essas tarefas


separadamente, acessando uma aba de cada vez (Percurso / Unidades / Sem Entrevista) e
realizando as atribuições devidas ao longo do setor.

▪ Ponto Positivo: o trabalho feito em uma aba de cada vez pode diminuir a chance de
confusão em relação a tarefas específicas. Por exemplo, há trechos em que é
necessária a análise de percurso e cobertura; em outros trechos, apenas a
confirmação de espécie.

▪ Ponto Negativo: o trabalho feito em uma aba de cada vez pode aumentar movimentos
de idas e voltas dentro do setor, o que poderá causar demora para a finalização do
pedido.

De forma alternativa, pode-se realizar o pedido de Supervisão por meio da aba Todos, que
organiza, de forma conjunta, todos os endereços gerados no pedido de Supervisão, de modo
que o Supervisor varie a forma de trabalho dependendo do tipo de endereço mostrado no
aplicativo.

▪ Ponto Positivo: o trabalho feito na aba Todos pode evitar movimentos de idas e
voltas dentro do setor, o que poderá causar maior fluidez e, consequentemente, maior
rapidez na finalização do pedido.

▪ Ponto Negativo: o trabalho feito na aba Todos pode aumentar a chance de confusão
em relação a tarefas específicas. Por exemplo, poderá haver Unidades aleatórias
espalhadas ao longo do setor, antes e após o trecho para a verificação de
Percurso/cobertura.

Agora, veja um exemplo gráfico de como poderá ser, na prática, um pedido de Supervisão no
setor:

204
MANUAL DOACME ACS
CD-1.10

Neste manual, não há recomendações sobre a melhor forma de o Supervisor percorrer os


setores para realizar os pedidos de Supervisão. Caberá ao Supervisor, em conversa com o
ACM, definir qual será a forma mais prática e organizada para ir a campo e avaliar o trabalho
de seus recenseadores (acessando uma aba de cada vez ou somente a aba Todos).

26.6. Fechamento do pedido


Após a realização da Conferência do Percurso/Cobertura, Unidades e E-tickets (este último no
terceiro pedido de Supervisão), o pedido de Supervisão deve ser fechado para que seja
considerado como realizado.

Após o fechamento do pedido de Supervisão, as funções de Conferência de


Percurso/Cobertura, Unidades e E-tickets serão bloqueadas, não permitindo mais nenhuma
alteração dos dados. É importante ressaltar que a não realização ou realização parcial de um

205
MANUAL DOACME ACS
CD-1.10

pedido de Supervisão implica a diminuição de informações sobre a qualidade do trabalho do


Recenseador.

Atenção
É recomendável que você obtenha todas as informações de um pedido de
Supervisão dirigindo-se ao setor uma só vez, fechando o pedido logo após o
seu término. Isso permitirá que você tenha pronto acesso aos resultados do
pedido, podendo agir com rapidez em relação às falhas detectadas.
A opção de não realizar um dos pedidos de Supervisão deverá ser
comunicada e autorizada pelo ACM ou pelo CCS, pessoalmente ou por
escrito (via e-mail ao Posto de Coleta).

Vimos que um pedido de Supervisão consiste, em linhas gerais, nos seguintes procedimentos:

▪ conferência do Percurso/Cobertura de um conjunto de endereços


selecionados da relação de endereços já coletados pelo Recenseador;

▪ realização de um conjunto de reentrevistas em domicílios já entrevistados


pelo Recenseador;

▪ confirmação da lista de moradores nos DPPO e nos DPIO;

▪ conferência de espécie(s) em Unidades aleatórias no setor;

▪ entrega de E-tickets nos Domicílios Particulares Ocupados, durante o 3º


pedido de Supervisão, onde o Recenseador e o ACS não tiveram a
possibilidade de realizar a coleta presencial.

26.7. Procedimentos específicos


Para realização da conferência do percurso/cobertura na área rural
A avaliação de cobertura nos setores rurais deverá ser baseada na avaliação dos pontos
coletados pelo Recenseador por meio das fotos de satélite. Através do SIGC e do sistema de
Supervisão é possível visualizar o mapa do setor contendo os limites do setor e as
coordenadas dos pontos correspondentes às unidades visitadas pelo Recenseador.

Na próxima figura, o polígono em vermelho representa os limites de um Setor Censitário, as


marcas em amarelo representam as coordenadas captadas pelo Recenseador,

206
MANUAL DOACME ACS
CD-1.10

correspondentes às unidades recenseadas.

No Posto de Coleta, o Supervisor deverá avaliar o mapa do setor, buscando identificar


possíveis omissões ou invasão de setores vizinhos.

Por exemplo, ao ampliar a imagem do setor, é possível identificar algumas edificações na foto
que possivelmente não possuem coordenadas associadas, deixando a suspeita de possíveis
omissões cometidas pelo Recenseador.

Esta avaliação deverá ter início logo após a primeira semana de trabalho do Recenseador.
Apesar de nos setores rurais as orientações de percurso não indicarem um sentido obrigatório,
a coleta dos endereços deve ser feita na sequência correta e a visualização dos pontos
coletados pode apontar indícios de omissão, inclusão indevida ou desordem no trabalho por
parte do Recenseador. Alerte sempre o Recenseador sobre essas possíveis omissões. Reforce
a instrução de procurar coletar as unidades, sempre levando em conta o menor deslocamento
durante o percurso.

Após a coleta ser dada como encerrada pelo Recenseador, esta avaliação poderá e deverá ser
realizada com mais detalhe pelo Supervisor. As edificações suspeitas de omissão devem ser
identificadas. Esclareça com o Recenseador os casos de possíveis omissões. Mas note que
não necessariamente todos os casos identificados consistirão em omissões. Algumas
possibilidades devem ser consideradas nessa avaliação:

▪ a edificação identificada pode ter sido demolida após a captura da imagem


disponível no sistema;

▪ a coordenada pode não ter sido capturada pelo equipamento no momento em


que a unidade foi recenseada;

▪ as imprecisões no mapa digital podem dificultar a localização exata de uma


edificação

207
MANUAL DOACME ACS
CD-1.10

▪ a unidade pode não ser uma edificação a ser recenseada, como por exemplo:
paióis, silos etc.

Nestes casos o Supervisor deverá esclarecer com o Recenseador se aquelas unidades foram
coletadas. Se houver suspeita de omissão de unidade domiciliar, na medida do possível, o
Supervisor deve verificar a existência dessas unidades em campo e exigir retorno do
Recenseador para a inclusão das unidades omitidas.

Outra situação possível é a ocorrência de invasão de Setor Censitário, o que acontece quando
o Recenseador extrapola sua área de trabalho e faz o recenseamento de unidades
pertencentes ao outro Setor Censitário.

A ocorrência de invasão de setores vizinhos é menos provável, pois o equipamento de coleta


do Recenseador emite um alerta quando o Recenseador inserir uma unidade fora dos limites
do Setor Censitário.

O Supervisor deverá esclarecer com o Recenseador os casos suspeitos de invasão, levando


em conta as possíveis imprecisões da imagem avaliada. Caso seja constatada realmente a
invasão, o Recenseador deverá excluir essas unidades. Estes casos devem ser observados
com cuidado no Posto de Coleta junto ao ACM para que verifique o setor que foi invadido,
evitando duplicidade na coleta de informações.

Em algumas situações consideradas invasões, devido a imprecisões da representação gráfica


do limite do setor censitário, a localização do ponto captado pode estar correta. Essa
confirmação deve ser realizada a partir da confirmação dos limites do setor, que deve sempre
ter como referência o DESCRITIVO DO SETOR CENSITÁRIO. Nestes casos, as unidades
NÃO devem ser excluídas.

Setor 150530405000088 (Censo Agro), onde a unidade 3 aparece como invasão, quando, na verdade,
encontra-se dentro do setor.

208
MANUAL DOACME ACS
CD-1.10

27. FUNÇÕES E PERMISSÕES DO SUPERVISOR


NO SIGC
O Supervisor conta com uma importante ferramenta de gerenciamento do trabalho de coleta, o
SIGC. Neste sistema, é possível realizar funções como: distribuição do trabalho entre os
Recenseadores, fazer a análise diária dos relatórios de acompanhamento e de Supervisão,
realizar consulta de pagamento dos recenseadores entre outras funcionalidades que veremos
no decorrer do manual do Supervisor.

A seguir estão relacionadas todas as funções disponíveis ao Supervisor no SIGC. Vamos ver
cada recurso presente na barra de ferramentas do SIGC[PAGT14][MAMdF15].

209
MANUAL DOACME ACS
CD-1.10

27.1. SIGC – opção “Administração”

Distribuição de Trabalho

▪ Usuário – Este recurso é utilizado para cadastrar um novo usuário no SIGC.


Pode-se também filtrar usuários.

▪ Função – Este recurso é utilizado para cadastrar as funções do Censo


Demográfico 2022.

▪ Liberação de carga – Este recurso permite a liberação de carga (setor) para o


usuário selecionado.

Gerenciamento de equipamentos

▪ Administração de equipamentos – Este recurso é utilizado para cadastrar o


equipamento de coleta, associando-o ao Posto de Coleta. Pode-se também
filtrar equipamento de coleta.

▪ Geração de contrassenha – Para quando houver esquecimento de senha e,


portanto, precisar de uma nova senha.

210
MANUAL DOACME ACS
CD-1.10

Relatórios do Posto

▪ Setores por Posto de Coleta – Abre a lista de setores associados ao Posto de


Coleta.

▪ Configuração do Posto – Mostra o histórico de associações de setores ao


usuário selecionado.

▪ Alocação de equipamentos – Mostra o histórico de equipamentos de coleta


associados ao usuário selecionado.

▪ Transmissões – Mostra o histórico de transmissões por setor e/ou usuário em


período de tempo selecionado.

DI

▪ Configuração dashboard – é um recurso que permite ao usuário


configurar/editar os ícones informativos presentes na tela (situação da coleta,
população recenseada, transmissões etc.), de forma a personalizar de acordo
com as necessidades do usuário. É especialmente útil em situações em que o
Posto de Coleta não possui uma boa qualidade de rede: uma tela com menos
ícones permite um carregamento acelerado.

Recuperação

▪ Recuperação dos insumos – Permite recuperar insumos.

211
MANUAL DOACME ACS
CD-1.10

27.2. SIGC – opção “Coleta”

Esta opção exibe diversos relatórios de acompanhamento da coleta que já foram tratados
anteriormente.

27.3. SIGC – opção “Supervisão”

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MANUAL DOACME ACS
CD-1.10

Relatórios de Supervisão

▪ Indicador Gerencial

▪ Andamento da Supervisão

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MANUAL DOACME ACS
CD-1.10

▪ Supervisão Complementar

27.4. SIGC – opção “Pagamento”

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MANUAL DOACME ACS
CD-1.10

▪ Consulta Sistema de Administração de Pessoal Censitário (SAPC)

▪ Prévia de Pagamento

▪ Consulta de usuários no SAPC

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MANUAL DOACME ACS
CD-1.10

216
28. FECHAMENTO DE SETOR COM
QUESTIONÁRIOS PENDENTES
Cada quesito que fica pendente de preenchimento em um questionário implica em ausência de
informação. Por isso, a quantidade excessiva de questionários com quesitos pendentes ao final
da coleta do setor afeta negativamente a qualidade das informações que serão produzidas e
divulgadas pelo IBGE.

É atribuição de o Supervisor acompanhar durante a coleta o quantitativo de questionários com


quesitos pendentes. É natural que, em alguns domicílios, certos quesitos fiquem pendentes de
preenchimento. O ideal é que todas as situações de pendência de quesitos sejam resolvidas
até a finalização do setor, demandando, sempre que necessário o retorno do Recenseador ao
domicílio para a obtenção dos dados pendentes. No entanto, por diversos motivos, a obtenção
de algumas informações pode se tornar realmente inviável. Estas situações deverão ser
devidamente esclarecidas com os recenseadores e serem tratadas como exceções.

No caso de setores em áreas de PCTs, antes de fechar os setores, é necessário reforçar que o
Recenseador deve solicitar o apoio das lideranças e dos guias para resolver as pendências de
questionários.

217
[PT16][MAMdF17]

31.
Instalar, organizar e zelar pelo Posto de Coleta

Distribuir áreas de atuação de cada Supervisor

Realizar a supervisão da Coleta de Entorno

Organizar e executar o treinamento dos Recenseadores

Providenciar mapas

Realizar a contratação dos Recenseadores

218
Orientar as equipes de campo

Fazer uso dos relatórios do SIGC

Supervisionar os trabalhos do Supervisor e do Recenseador

Solicitar e supervisionar o trabalho de Entorno Pós-coleta

Relatar as ocorrências ao CCS

Zelar pelo sigilo das informações

Verificar a situação de pagamento dos setores

219
220
32. RETORNO AOS DPPO (SUPERVISOR)

221
Recenseador
encerra o setor
(“Realizado”)

Setor é desassociado do Recenseador


e associado ao ACS

Último Pedido de
Supe rvisão

Abertura do Setor
e Realização da
Morador aceitou Entrevista
prestar informações
Morador aus ente ou
com recusa

Entrega da Carta
com oE-ticket

Supervisor realiza pelo


Encerramento do
Todos o s setores menos 2 visitas em cada
Retorno aos DPPO
supervisionados DPPO sem entrevista após
Sem Entrevista
determinação do ACM

222
223
CONCLUSÃO

33. CONSIDERAÇÕES FINAIS


Caro Agente Censitário Municipal,

Caro Agente Censitário Supervisor,

Ao concluir este processo de manuseio do sistema de Supervisão, você está apto a realizar o
seu trabalho.

Esperamos que as orientações contidas neste Manual tenham lhe fornecido as informações
necessárias para que você bem oriente recenseadores ou ACS que estiverem sob a sua
responsabilidade, a atuar com segurança no Censo Demográfico 2022.

Recorde algumas dicas que vimos durante o estudo:

▪ Você não estará sozinho: trabalhará em equipe e, por isso, deverá apoiar e
receber apoio de seus colegas em suas dúvidas e colocações.

▪ É importante consultar o Manual do Recenseador. Esta consulta é condição


básica para o pleno desenvolvimento dos trabalhos de Supervisão.

▪ Você deve zelar pela integridade do seu material de trabalho, pois ele o
acompanhará em todo o processo.

Confiamos em sua capacidade de estudo, em sua atenção e dedicação. Conquistar essas


habilidades dependem da sua vontade de fazer o melhor!

224
Desejamos um bom trabalho!

34. G

225
GLOSSÁRIO

AGLOMERADO SUBNORMAL: Forma de ocupação irregular de terrenos de propriedade


alheia (públicos ou privados) para fins de habitação em áreas urbanas e, em geral,
caracterizados por um padrão urbanístico irregular, carência de serviços públicos essenciais e
localização em áreas restritas à ocupação.
AQUAVIA: Via líquida usada para o transporte. Sinônimo: Hidrovia.
ARBORIZAÇÃO: Árvores plantadas linearmente nas calçadas ou em canteiros centrais ao
longo de ruas e avenidas.
ASFALTO: Material aglutinante de consistência variável, cor pardo-escura ou negra. O seu
constituinte predominante é o betume, podendo ocorrer na natureza em jazidas ou ser obtido
pela refinação do petróleo. Serve comumente para a pavimentação das vias.
AUTOMÓVEL: Veículo automotor destinado ao transporte de passageiros, tendo quatro rodas
e com capacidade de transporte de até nove pessoas e respectivas bagagens ou até seis
pessoas, no caso do Brasil.
BUEIRO / BOCA DE LOBO: Entrada de uma caixa coletora de água, geralmente provida de
grades ou abertura em um meio fio que serve de entrada para águas a serem escoadas.
CALÇADA: Parte da via, normalmente segregada e em nível diferente, não destinada à
circulação de veículos, reservada ao trânsito de pedestres e, quando possível, à implantação
de mobiliário, sinalização, vegetação, placas de sinalização e outros fins.
CANTEIRO CENTRAL: Espaço compreendido entre os bordos internos de pistas de rolamento
de tráfego, para separá-las física, operacional, psicológica e esteticamente.
CICLOFAIXA: Parte da pista de rolamento destinada à circulação exclusiva de ciclos,
delimitada por sinalização específica. As Ciclofaixas de Lazer, montadas aos domingos em
várias cidades, são tecnicamente ciclovias operacionais, já que são temporárias e têm sua
estrutura removida após o término do evento semanal.
CICLOVIA: Pista própria destinada à circulação de ciclos, separada fisicamente do tráfego
comum.

226
CICLORROTA: Caminho ou rota que, no Brasil, é representado por uma pintura de solo e/ou
placas em ruas que apontam para a presença e prioridade de circulação de ciclistas em
relação aos veículos motorizados.
FACE: Segmento de reta, independente da forma, que compõe uma parte de uma quadra.
Uma quadra é composta de no mínimo uma face podendo ser composta de quantas faces
forem relacionadas. Nos Aglomerados Subnormais (AGSNs) devido as suas particularidades,
principalmente nos adensados, quando não puderem ser definidas pelos vértices, as faces
serão definidas através da contagem de 15 a 20 domicílios.
FACE CONFRONTANTE: Face em frente a face em trabalho (ou percorrida),
independentemente de pertencer ao setor que está sendo trabalhado, contendo ou não
domicílios ou estabelecimentos.
ILUMINAÇÃO PÚBLICA: Serviço que tem por objetivo prover de luz, ou claridade artificial, os
logradouros públicos no período noturno ou nos escurecimentos diurnos ocasionais, inclusive
aqueles que necessitam de iluminação permanente no período diurno.
LOGRADOURO: Espaço livre, inalienável, destinado à circulação, parada ou estacionamento
de veículos, ou à circulação de pedestres, tais como: calçadas, parques, áreas de lazer,
calçadões, e reconhecido pela municipalidade, que lhe confere designação oficial.
PARALELEPÍPEDOS: Pedra lavrada, em forma de prisma retangular, que se utiliza como
material de pavimento.

PASSEIO: Parte da calçada ou da pista de rolamento, neste último caso separada por pintura
ou elemento físico, livre de interferências, destinada à circulação exclusiva de pedestres e,
excepcionalmente, de ciclistas
PAVIMENTO: Superestrutura constituída por um sistema de camadas de espessuras finitas,
assentes sobre a infraestrutura ou terreno de fundação, a qual é designada de subleito.
PÉ-DE-MOLEQUE: Calçamento feito com pedras de forma irregular.
PEDESTRE: Usuário da via pública que se locomove a pé.
PISTA DE ROLAMENTO: Parte da via projetada para deslocamento dos veículos, podendo
conter uma ou mais faixas de tráfego.

227
PLACA DE SINALIZAÇÃO: Chapa ou lâmina de material resistente que contém uma
informação.
QUADRA: Trecho geralmente retangular, bem definido, de uma área urbana ou aglomerado
rural, que possui quarteirões (fechados ou abertos). É delimitado por ruas e/ou estradas,
cursos d’água ou encostas. Pode apresentar forma irregular. Em alguns locais, a quadra é
chamada de quarteirão.
RAMPA: Inclinação da superfície de piso, longitudinal ao sentido de caminhamento, com
declividade igual ou superior a 5 %. Declividade de 5% significa que a cada 100 centímetros
percorridos horizontalmente desloca-se 5 centímetros verticalmente.
REVESTIMENTO: Camada, tanto quanto possível impermeável, que recebe diretamente a
ação do trânsito de veículos e pessoas e destinada a melhorar as condições quanto ao
conforto e segurança e a resistir aos esforços horizontais que nela atuam, tornando mais
durável a superfície.
SETOR CENSITÁRIO OU SETOR: Unidade territorial de controle cadastral da coleta,
constituída por áreas contíguas, respeitando-se os limites da divisão político-administrativa, do
quadro urbano e rural legal e de outras estruturas territoriais de interesse, além dos parâmetros
de dimensão mais adequados à operação de coleta.
VIA: Faixa de terreno, convenientemente preparada para o trânsito de qualquer natureza,
podendo incluir pedestres, veículos e animais, compreendendo pistas, acostamentos, ilhas e
canteiros, normalmente incluindo a área da sua faixa de domínio.

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MANUAL DOACME ACS
CD-1.10

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