08-Curvamento de Tubos-2006
08-Curvamento de Tubos-2006
08-Curvamento de Tubos-2006
1. CURVAMENTO DE TUBOS
1.2 Deve-se verificar a adequação dos equipamentos de curvamento ao tubo a ser curvado.
Nota: Para uma grande coluna do mesmo diâmetro, troca-se a “sela” para outro serviço, com
outro diâmetro.
1.3 Para adequação ao projeto de terraplanagem e abertura da vala, no que se refere a raios
horizontais e verticais, o raio mínimo de curvatura do tubo deve ser previamente estabelecido
através de um teste de qualificação, utilizando-se os tubos a serem aplicados, sempre
considerando o respectivo código de montagem.
Teste de qualificação - distribui-se ao longo do tubo revestido, golpes com valores progressivos
de ângulo, até ocorrer o enrugamento visível externamente ou danos ao revestimento. Depois
deve ser examinado internamente nestas regiões, determinando o máximo de angulação
aceitável sem causar danos. Todos esses parâmetros devem estar no relatório chamado “as
built” (conforme construído).
1.4 O método de curvamento deve ser aprovado e satisfazer às seguintes condições mínimas
de inspeção:
a) a diferença entre antes e depois do curvamento, do diâmetro externo, medidos em
qualquer seção do tubo, após o curvamento, não pode exceder 2,5% do seu diâmetro
externo especificado na norma dimensional de fabricação.
b) não serão permitidos enrugamentos e danos mecânicos no tubo e no revestimento.
c) o tubo com grau de curvatura igual ou superior a 50% do grau máximo de curvatura,
estabelecido no seu procedimento de curvamento, deve ser inspecionado por
passagem de gabarito interno (passa não passa) para verificar se a ovalização está
dentro do prescrito neste item alínea “a)“.
DP = 0,98.DE-2.e(1+K)
Onde:
DP: Diâmetro externo da Placa (pol)
DE: Diâmetro externo do tubo (pol)
e: Espessura nominal de parede do tubo ou da conexão, o que for maior (pol)
K tolerância da espessura, conforme Tabela 1 (abaixo)
d) deve ser feita inspeção visual em toda a superfície do tubo para verificar possíveis
danos nos biseis, corpo e no revestimento anticorrosivo.
CURSO DE INSPETOR DE DUTOS TERRESTRES – NÍVEL 1 1
Curvamento de Tubos
1.5 Quando for utilizado o curvamento natural, este não deve ultrapassar o limite elástico do
material, fixado pelo projeto.
1.6 O raio mínimo de curvatura, para curvamento natural, para linhas trabalhando com
produtos a temperatura ambiente (∆θ=0), deve ser calculado pela fórmula:
Ec.D/2
R=
0,9 SY – 0,7 P.D –E.α.∆θ
2.e
Onde:
R: raio mínimo de curvatura para curvamento natural [cm]
Ec: módulo de elasticidade do material [MPa] (*) tensão
SY: mínima de escoamento especificada [MPa]
D: diâmetro externo do tubo [cm]
e: espessura nominal de parede do tubo [cm]
P: pressão de projeto do duto [MPa]
α coeficiente de dilatação térmica linear do aço em ºC¹
1.8 O curvamento a quente somente deve ser empregado, quando seu método de execução,
prever aquecimento uniforme por indução elétrica de alta freqüência e resfriamento controlado.
1.9 O raio da curva obtido deve atender a limitação definida pelo projeto, quanto ao raio mínimo
para a passagem de “pig” instrumentado.
1.10 Os tubos curvados devem ser marcados com pintura externa contendo as seguintes
informações:
Ângulo / raio da curva
Posição da geratriz superior (na montagem)
Local de aplicação
Sentido de montagem
1.11 Para Gasodutos, pode ser feito curvamento com raio inferior ao estabelecido no parágrafo
acima, desde que a espessura da parede não fique ao mínimo especificado para aquelas
condições de operação.
1.12 A espessura mínima da parede do tubo, para Gasodutos, é definida pela ASME B 31.8
conforme a fórmula abaixo. No entanto é normal que a espessura mínima seja superior a
encontrada pela fórmula, quando se levar em consideração outros esforços a que o tubo pode
estar sujeito.
P.D
t=
2.S.F.E.T
Valores de F
Classe de Locação F
1 0,72
2 0,60
3 0,50
4 0,40
Para diâmetro < 12 ¾ usar uma proporção direta. No entanto não deve nunca ser < 5D.
GASODUTO OLEODUTO
DE (in) (diâm.ext.) Grau máximo Raio mínimo Raio mínimo
de Deflexão
Menor que 12 ¾ ------------ 18D
12 ¾ 3.2 18D 18D
14 2.7 21D 21D
16 2.4 24D 24D
18 2.1 27D 27D
Maior que 20 1.9 30D 30D
Espessuras maiores são normalmente previstas em trechos bem definidos, quando sujeitos a
outros esforços adicionais:
2.0 O tubo curvado não deve apresentar nenhum enrugamento na parte mais comprimida, pois
isso reduz a sua resistência mecânica, conforme exigência da N–464 H.
3.0 No entanto o ASME B 31.8, quando fala sobre curvamento vincado (wrinkle bend), é mais
flexível, quando diz não ser permitido tão somente rugas pontiagudas (sharp Kinks), esta
prática, no entanto, não é recomendável.
5.0 O Inspetor de Dutos deve verificar periodicamente o estado de manutenção das máquinas
curvadeiras, assim como verificar se o procedimento de curvamento está de acordo com as
normas e especificações técnicas. Conhecendo e eventualmente aprovando esta
documentação e verificando se o curvamento está sendo conduzido de acordo com o referido
procedimento. Executa também exame visual e controle dimensional dos tubos curvados.São
feitas várias passadas do mesmo tubo pela curvadeira para atingir a curva desejada.