A Política Nacional de Saúde Da Pessoa Idosa
A Política Nacional de Saúde Da Pessoa Idosa
A Política Nacional de Saúde Da Pessoa Idosa
(Lei nº 10.741/2003) são dispositivos legais que norteiam ações sociais e de saúde,
garantem os direitos das pessoas idosas e direcionam/exigem a ação do Estado na
proteção destes. Porém é sabido que a efetivação de uma política pública requer
atitude consciente e ética dos cidadãos envolvidos e interessados em envelhecer do
modo mais saudável possível. Estado, profissionais da saúde, idoso e sociedade em
geral são todos corresponsáveis por esse processo (Catão & Grisi, 2014).
Com o intuito de contribuir para a melhoria da qualidade de vida dos idosos, foram criadas
algumas políticas públicas. Primeiramente, é necessário ressaltar o que compreende o
termo "políticas públicas". Estas se constituem por ações, programas, projetos,
regulamentos, leis e normas que o Estado desenvolve para administrar de maneira mais
eqüitativa os diferentes interesses sociais, abrangendo e organizando a dimensão coletiva
de uma determinada sociedade. Porém, sabe-se que a efetivação de uma política pública,
de acordo com Albuquerque et al (2007), necessita de uma atitude ética, consciente e
cidadã dos envolvidos e interessados em viver envelhecendo de maneira saudável.
Estado, profissionais da saúde, psicólogos, idoso e a sociedade em geral, todos são co-
responsáveis por esse processo.
Existem dispositivos legais que têm por objetivos nortear ações sociais e de saúde,
garantir os direitos das pessoas idosas e obrigar o Estado a proteger os mesmos. Entre
eles, destacam-se o Estatuto do Idoso, a Política Nacional do Idoso e a Política Nacional
de Saúde da Pessoa Idosa. O artigo terceiro do Estatuto do Idoso (2006) cita que:
Dessa forma, o idoso tem garantido seus direitos, e, principalmente, tem a preferência no
atendimento em órgãos públicos e privados e na execução de políticas públicas
específicas, considerando que a população idosa constitui público alvo dessas políticas.
De acordo com os autores supra citados, Albuquerque et al (2007), a Constituição
Brasileira de 1988 foi a primeira a tratar o idoso e a velhice como um problema social, indo
além da assistência previdenciária e assegurando a proteção na forma de assistência
social.
Analisando estes princípios, percebe-se que a lei garante uma renda e também vínculos
relacionais e de pertencimento que assegurem mínimos de proteção social aos idosos,
objetivando a participação, emancipação e construção da cidadania e de um novo conceito
social para a velhice.
Outra política pública que tem como público alvo os idosos é o SUS (Sistema Único de
Saúde), no qual a Psicologia se insere no contexto da Psicologia da Saúde. O Sistema
Único de Saúde (SUS) foi criado pela Constituição Federal de 1988 para que toda a
população brasileira tenha acesso ao atendimento público de saúde. Segundo o Estatuto
do Idoso, a população idosa tem atendimento preferencial no SUS. A distribuição de
remédios aos idosos, principalmente os de uso continuado (hipertensão, diabetes etc.),
deve ser gratuita, assim como a de próteses e órteses. Foi criada também a Política
Nacional de Saúde da População Idosa (PNSPI), cuja finalidade primordial é recuperar,
manter e promover a autonomia e a independência da população idosa, direcionando
medidas coletivas e individuais de saúde para esse fim, concordando com os princípios e
diretrizes do Sistema Único de Saúde. Para Albuquerque et al (2007):
Dessa forma, surgem os seguintes desafios para a Saúde Pública, como reconhecidos
pela Organização Mundial da Saúde: (a) como manter a independência e a vida ativa com
o envelhecimento?; (b) como fortalecer políticas de prevenção e promoção da saúde,
especialmente aquelas voltadas para os idosos?; (c) como manter e/ou melhorar a
qualidade de vida com o envelhecimento? Temos de encontrar os meios para: incorporar
os idosos em nossa sociedade, mudar conceitos já enraizados e utilizar novas tecnologias,
com inovação e sabedoria, a fim de alcançar de forma justa e democrática a eqüidade na
distribuição dos serviços e facilidades para o grupo populacional que mais cresce em
nosso país. (IBIDEM, 2003)
A duração do programas do Cais é anual. As aulas práticas acontecem duas vezes por
semana e constituem-se em seis partes. Cada parte da aula refere-se a um conteúdo
relacionado ao estímulo e alterações dos diferentes sistemas que sofrem impacto do
envelhecimento, entre eles: sistema cardiovascular-respiratório, com atividades
relacionadas a relaxamento, exercícios respiratórios e capacidade aeróbica; sistema
musculoesquelético, com atividades relacionadas a massagem e auto massagem,
informações elementares de anatomia e fisiologia (estrutura e funcionamento dos órgãos e
sistemas do corpo implicados nas ações do aparelho locomotor), capacidade motora
(capacidade de movimento, tempo de reação e de movimento, agilidade, equilíbrio e
ritmo), força e flexibilidade; sistema articular, com atividades relacionadas a habilidades
básicas (a – locomoção: andar, trepar, subir, descer/ b- manipulação: lançar, receber,
arremessar, quicar, agarrar, remeter) e sistema nervoso central e periférico, com
atividades relacionadas a estabilização: giros e rolamentos.
Sendo assim, a psicologia conta com ferramentas que podem enfrentar os processos de
exclusão social vividos por parcelas significativas da população: vínculo, escuta, cuidado,
intervenções coletivas, aproximação com o território e com as redes estabelecidas pelos
sujeitos enquanto suas estratégias de existência. Práticas pautadas por estes
pressupostos certamente culminarão na produção de uma subjetividade cidadã – que
desloque o sujeito de um lugar "assistido" para um lugar protagonista e de direitos,
articulação de redes sociais em defesa da vida, construindo entre si laços de
solidariedade, na lógica da integralidade.