Apostila Polícia Militar - PB
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SUMÁRIO
CONHECIMENTOS BÁSICOS:
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS:
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☠ LÍNGUA PORTUGUESA – MARCELO RIBEIRO
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PORTUGUÊS
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ASSUNTO: COMPREENSÃO X INTERPRETAÇÃO
Procedimentos, etapas e competência leitora
Guerreiro (a),
Há etapas significativas que facilitam o processo de leitura. Inicialmente, pode parecer algo
“mecânico”; mas a fluidez virá conforme a prática e, quando menos perceber, estará gabaritando questões
que exigem competência leitora, elemento fundamental e divisor de águas em concurso público. Apresento-
lhes um esquema favorável à metodologia adotada à sua aprovação:
É preciso seguir três etapas para se obter uma leitura ou uma abordagem eficaz de um texto:
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a) Pré-compreensão: toda leitura supõe que o leitor entre no texto já com conhecimentos prévios sobre o
assunto ou área específica. Isso significa dizer, por exemplo, que se você pegar um texto do 3º ano do curso
de Direito estando ainda no 1º ano, vai encontrar dificuldades para entender o assunto, porque vocênão tem
conhecimentos prévios que possam embasar a leitura.
a) Compreensão: já com a pré-compreensão ao entrar no texto, o leitor vai se deparar com informações
novas ou reconhecer as que já sabia. Por meio da pré-compreensão o leitor “prende” a informação nova
com a dele e “agarra” (compreende) a intencionalidade do texto. É costume dizer: “Eu entendi, mas não
compreendi”. Isso significa dizer que quem leu entendeu o significado das palavras, a explicação, mas não
as justificativas ou o alcance social do texto.
b) Interpretação: agora sim. A interpretação é a resposta que você dará ao texto, depois de compreendê-lo
(sim, é preciso “conversar” com o texto para haver a interpretação de fato). É formada então o que se chama
“fusão de horizontes”: o do texto e o do leitor. A interpretação supõe um novo texto. Significa abertura, o
crescimento e a ampliação para novos sentidos.
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Embora os conceitos estejam bem claros, há erros comuns e determinantes em situações de
prova. Vale salientar que as bancas usam estratégias a fim de confundir e dificultar o nível dealguns itens.
Não se permita errar!
Muitos candidatos preterem as questões de competência leitora às de gramática, mas acabam
“remando contra a maré”. É importante ter em mente que a sua prova exigirá, em língua portuguesa,
conhecimentos dos níveis ortográfico, fonético/fonológico, morfológico, sintático e SEMÂNTICO. Portanto,
as relações de sentido também serão pontos fundamentais para a sua tão sonhada aprovação. Candidato
que foge das questões de leitura, no período de preparação, geralmente são os mesmos que deslizam em
tais situações:
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DENOTAÇÃO
Quando a linguagem está no sentido denotativo, significa que ela está sendo utilizada em seu sentido
literal, ou seja, o sentido que carrega o significado básico das palavras, expressões e enunciados de uma língua.
Em outras palavras, o sentido denotativo é o sentido real, dicionarizado das palavras.
De maneira geral, o sentido denotativo é utilizado na produção de textos que tenham função referencial,
cujo objetivo é transmitir informações, argumentar, orientar a respeito de diversos assuntos, como é o caso da
reportagem, editorial, artigo de opinião, resenha, artigo científico, ata, memorando, receita, manual de instrução,
bula de remédios, entre outros. Nesses gêneros discursivos textuais, as palavras são utilizadas para fazer
referência a conceitos, fatos, ações em seu sentido literal.
Exemplos:
• A professora pediu aos alunos que pegassem o caderno de Geografia.
• A polícia capturou os três detentos que haviam fugido da penitenciária de Santa Cruz do Céu.
• O hibisco é uma planta que pode ser utilizada tanto para ornamentação de jardins quanto para a
fabricação de chás terapêuticos a partir das suas flores.
• Amor: forte afeição por outra pessoa, nascida de laços de consanguinidade ou de relações sociais.
CONOTAÇÃO
Quando a linguagem está no sentido conotativo, significa que ela está sendo utilizada em seu sentido
figurado, ou seja, aquele cujas palavras, expressões ou enunciados ganham um novo significado em situações
e contextos particulares de uso. O sentido conotativo modifica o sentido denotativo (literal) das palavras e
expressões, ressignificando-as.
De maneira geral, é possível encontrarmos o uso da linguagem conotativa nos gêneros discursivos
textuais primários, ou seja, nos diálogos informais do cotidiano. Entretanto, são nos textos secundários, ou seja,
aqueles mais elaborados, como os literários e publicitários, que a linguagem conotativa aparece com maior
expressividade. A utilização da linguagem conotativa nos gêneros discursivos literários e publicitários ocorre
para que se possa atribuir mais expressividade às palavras, enunciados e expressões, causando diferentes
efeitos de sentido nos leitores/ouvintes.
Leia um trecho do poema Amor é fogo que arde sem se ver, de Luiz Vaz de Camões, e observe a maneira como
o poeta define a palavra/sentimento 'amor' utilizando linguagem conotativa:
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TESE
Afinal, o que é a TESE de um texto?
Tese é um assunto, um tema, um objeto. É uma proposição que se apresenta para ser discutida e defendida
por alguém, com base em determinadas hipóteses ou pressupostos. Do grego “thesis” que significa
“proposição”.
A expressão “em tese” significa “de modo geral”, “de acordo com o que se supõe”, “em princípio”, “em teoria”.
Adotado em países como Argentina, Espanha, França e Austrália, a mediação dos conflitos pode entrar
na grade curricular das escolas como uma forma de reduzir a violência. A Unesco tem dialogado com o Ministério
da Educação nesse sentido. No Rio de Janeiro, pelo menos 20 escolas públicas adotaram a ideia e mantêm
projetos que ajudam as crianças a mediar conflitos por meio de conversa. O objetivo é atacar a cultura da
hipermasculinidade que reforça a ideia de que a solução para os conflitos é feita por meio da força. [...] [...] "É
preciso conscientizar os alunos de que existem formas não-violentas de resolução de conflitos", afirma o
sociólogo Jorge Werthein, da Unesco. Para ele, a cultura de mediação propicia a prática do diálogo, a resolução
de conflitos, diminui o sentimento de insegurança dos alunos, interfere nos níveis de violência e pode contribuir
para a melhoria na qualidade do ensino e da aprendizagem, [...]"
a) deve ser uma disciplina escolar das escolas públicas do Rio de Janeiro.
b) melhora a aprendizagem nas escolas públicas.
c) propicia a prática do diálogo e diminui a violência.
d)reforça a ideia de que a resolução de desentendimentos ocorre pela força.
COESÃO TEXTUAL
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A coesão textual é a conexão linguística que permite a amarração das ideias dentro de um texto. Bem
utilizada, a coesão permite a eficiência na transmissão da mensagem ao interlocutor e, por consequência, o
entendimento.
Dentro do texto, a coesão pode ser compreendida pelas relações linguísticas, como os advérbios,
pronomes, o emprego de conectivos, sinônimos, dentre outros.
Para ser melhor empregada, a coesão necessita de recursos, como palavras e expressões que têm
como objetivo estabelecer a interligação entre os segmentos do texto. Esses recursos são chamados de
elementos de coesão.
Quando o texto é incoerente, prejudica o processo de comunicação.
A coesão referencial e a coesão sequencial são chamadas de recursos coesivos por estabelecerem
vínculos entre as palavras, orações e as partes de um texto.
Coesão referencial
A coesão referencial é responsável por criar um sistema de relações entre as palavras e expressões
dentro de um texto, permitindo que o leitor identifique ostermos aos quais se referem. O termo que indica a
entidade ou situação a que o falante se refere é chamado de referente.
Exemplo:
• Ana Elisabete gritou. Ela fica apavorada quando fica sozinha, apesar de ser uma menina calma e inteligente.
Nesse exemplo, o termo referente é Ana Elisabete. Todas as vezes que o referenteprecisa ser retomado no
texto, podemos utilizar outras palavras para que os leitores possam retornar e recuperar a ideia.
É bastante frequente o uso de figuras de construção/sintaxe para a coesão referencial, como as anáforas,
catáforas, elipses e as correferências não anafóricas (contiguidades, reiterações).
Coesão sequencial
A coesão sequencial é responsável por criar as condições para a progressão textual. De maneira geral,
as flexões de tempo e de modo dos verbos e as conjunções são os mecanismos responsáveis pela coesão
sequencial nos textos.
Os mecanismos de coesão sequencial são utilizados para que as partes e as informações do texto
possam ser articuladas e relacionadas. Além da progressão das partes do texto, os mecanismos de coesão
sequencial contribuem para o desenvolvimento do recorte temático. Dessa forma, o autor do texto evita falta de
coesão, garantindo boa articulação entre as ideias, informações e argumentos no interior do texto e,
principalmente, a coerência textual.
TIPOLOGIA TEXTUAL
As tipologias textuais são os tipos de textos criados em determinados contextos e que vão depender
da intenção e necessidade de comunicação das pessoas.
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A narração significa contar uma história, acontecimentos e ações de personagens dentro de um
espaço e um tempo determinado.
Assim, se o enredo seguir uma sequência cronológica, trata-se de um enredo linear. Do contrário, se
existir uma mistura entre o passado, o presente e o futuro, estamos diante de um enredo não linear.
Na descrição objetiva não há um juízo de valor, uma opinião, ou mesmo impressões subjetivas sobre
o que está sendo observado. A imparcialidade (visão neutra) é uma das principais características desse
tipo de descrição. Ela busca apontar de maneira muito realista e verossímil os atributos de algo (alto,
baixo, claro, escuro, longo, curto).
Os autores que fazem uso dessa tipologia textual, pretendem convencer seus leitores a partir de suas
opiniões e juízos de valor fundamentados em pesquisas que realizaram ou em conhecimentos que
possuem sobre o tema.
Vale ressaltar que a opinião deve ser apresentada na terceira pessoa do plural (nós, eles) e não na
primeira pessoa do singular (eu).
Embora em sua maioria os textos dissertativos sejam argumentativos, há também outra subcategoria
denominada de textos dissertativos-expositivos. Nesse caso, as ideias, conclusões e conceitos
apresentados são expostos de maneira neutra e imparcial, sem que o autor se posicione mostrando
sua opinião.
Esse tipo textual pode ser produzido de duas maneiras: textualmente (através de um texto) ou
oralmente (através da fala).
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Para entender melhor, vamos pensar no seminário da escola em que as duas modalidades da tipologia
expositiva são utilizadas (escrita e oral). A apresentação projetada no PowerPoint é um texto expositivo
escrito, e a explicação do tema pelos alunos é feita através da fala das pessoas, configurando um texto
expositivo oral.
Esses textos precisam ser claros e objetivos para não gerar dúvidas ou duplas interpretações em quem
está lendo. Pense, por exemplo, no manual de instruções de um móvel. O objetivo é indicar um passo
a passo de tudo o que deve ser feito, como deve ser feito e quais ferramentas serão necessárias para
realizar essa tarefa.
ORTOGRAFIA OFICIAL
A ortografia se caracteriza por estabelecer padrões para a forma escrita das palavras. Essa escrita está
relacionada tanto a critérios etimológicos (ligados à origem das palavras) quanto fonológicos (ligados aos
fonemas representados). É importante compreender que a ortografia é fruto de uma convenção. A forma de
grafar as palavras é produto de acordos ortográficos que envolvem os diversos países em que a língua
portuguesa é oficial. A melhor maneira de treinar a ortografia é ler, escrever e consultar o dicionário sempre que
houver dúvida.
O Alfabeto
O alfabeto da língua portuguesa é formado por 26 letras. Cada letra apresenta uma forma minúscula e outra
maiúscula. Veja:
a A (á) j J (jota)
s S (esse)
b B (bê) k K (cá)
t T (tê)
c C (cê) l L (ele)
u U (u)
d D (dê) m M (eme)
v V (vê)
e E (é) n N (ene)
w W (dáblio)
f F (efe) o O (ó)
x X (xis)
g G (gê ou guê) p P (pê)
y Y (ípsilon)
h H (agá) q Q (quê)
z Z (zê)
i I (i) r R (erre)
Observação: emprega-se também o ç, que representa o fonema /s/ diante das letras: a, o, e u em determinadas
palavras.
a) Em antropônimos originários de outras línguas e seus derivados. Exemplos: Kant, kantismo; Darwin,
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darwinismo; Taylor, taylorista.
c) Em siglas, símbolos, e mesmo em palavras adotadas como unidades de medida de curso internacional.
Exemplos: K (Potássio), W (West), kg (quilograma), km (quilômetro), Watt.
O Novo Acordo Ortográfico está em vigor, mas muitas dúvidas sobre as novas regras, como as do hífen,
permanecem até hoje. Veja a seguir algumas das principais regras elencadas em tópicos:
• ALÉM, AQUÉM, BEM, EX, SUPER, PÓS, PRÉ, PRÓ, RECÉM, SEM, SOTA, SOTO, VICE e VIZO sempre
exigem hífen.
Exemplos: Recém-formado / além-túmulo / super-homem / exnamorado / vice-diretor.
• Os prefixos AUTO, CONTRA, EXTRA, INFRA, INTRA, NEO, PROTO, PSEUDO, SEMI, SUPRA, ULTRA,
ANTE, ANTI, ARQUI e SOBRE passaram a exigir hífen diante de palavras iniciadas pela consoante H ou por
vogal idêntica à do prefixo.
Exemplos: Auto-hipnose / contrahegemonia / extra-atividade / proto-história / arqui-inimigo / sobre-humano /
sobreaviso.
• Os prefixos CIRCUM e PAN exigem hífen somente diante de palavras iniciadas pelas consoantes H, M, N ou
por vogal idêntica à do prefixo. Diante de outras consoantes, o prefixo CIRCUM se aglutina.
Exemplos: Circum-navegação / circumponto / Pan-hispânico / Panamericano
• O prefixo SUB exige hífen somente diante de palavras iniciadas pelas consoantes B, H e R.
Exemplos: Sub-reino / Subatômico / Sub-humano
• O prefixo CO exige hífen somente diante de palavras iniciadas pela consoante H, exceto em casos de
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aglutinação.
Exemplos: Cooperação / Correpresentante / Coerdeiro /Co-hiponimia
• Os falsos prefixos AERO, AGRO, BIO, ELETRO, ENTRE, GEO, HIDRO, MACRO, MAX, MICRO, MINI, MULTI,
PLURI, RETRO etc. exigem hífen somente diante de palavras iniciadas pela consoante H ou por vogal idêntica
à do prefixo.
Exemplos: Bio-óleo / entre-eixos / mini-horta.
Mais algumas considerações e dúvidas importantes sobre a nova regra para o emprego do hífen:
Nos prefixos ou nos falsos prefixos terminados em vogal, diante de palavras iniciadas pelas consoantes R e S,
duplica-se a consoante. Nos prefixos ou nos falsos prefixos terminados em consoante diante de palavras
iniciadas pelas consoantes R e S, não se duplica a consoante. Já os prefixos SUB, IN e MAL não dobram a
consoante S.
Exemplos:
Uso do X e CH
Uma das dificuldades no aprendizado da Língua Portuguesa diz respeito à quantidade de exceçõesexistentes
em relação a determinadas regras. O uso do “x” e do “ch”, por exemplo, traz essa dificuldade para os
candidatos.
Mas podemos, de maneira geral, apontar as seguintes circunstâncias para o uso ou não usodessas estruturas
na ortografia oficial:
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• Costuma-se utilizar o “X” depois da sílaba inicial “me”. Exemplo: mexendo e mexicano.
• Costuma-se utilizar o “X” depois da sílaba inicial “en”. Exemplo: enxergar e enxugar.
• Costuma-se utilizar o “X” depois de ditongos. Exemplo: caixa, abaixar.
• Costuma-se utilizar o “X” em palavras de origem indígena e africana. Exemplo: orixá e
abacaxi.
Esses são os casos básicos onde você deverá usar o “x” no lugar do “ch”.
Uso de S ou Z
Outra pedra no sapato é a confusão que muitos de nós fazemos quando vamos utilizar as letras “s”e “z”.
• Utiliza-se o “s” nas palavras derivadas de outras que já apresentam “s” no radical. Exemplo:
análise/analisar, casa/casinha/casarão.
• Utiliza-se o “s” nos sufixos “ês” e “esa”, ao indicarem nacionalidade, título ou origem.
• Exemplo: portuguesa, milanesa, burguesia.
• Utiliza-se o “s” nos sufixos formadores de adjetivos “ense”, “oso” e “osa”. Exemplo: gostoso,
catarinense, populoso, amorosa.
• Utiliza-se o “s” nos sufixos “ese”, “isa”, “ose”. Exemplo: catequese, glicose, poetisa.
Uso de C, Ç, S ou SS
Outro ponto um tanto confuso da Ortografia Oficial é essa parte de uso de c, ç, s ou ss. Paracomeçar, veja o
vídeo a seguir, do professor Sérgio Nogueira. Só 2 minutinhos:
Aqui vai uma dica genial para quando você estiver no dilema de escrever “s” ou “ss”: nas palavrasem que
empregamos apenas um “s”, ele aparece entre uma vogal e uma consoante. Exemplo: diversão, ofensa.
Quando estamos falando de dois “ss”, eles vêm entre duas vogais. Exemplo: processo, passivo.
Uso de J e G
Vamos a outro ponto bem difícil de definir todas as regras, mas que podemos facilitar um pouco: ouso
de “j” e “g”.
• Usa-se “j” nas palavras de origem árabe, indígena, africana ou exótica. Exemplo: jiboia e
acarajé.
• Usa-se “j” nos verbos terminados em “jar” ou “jear”. Exemplo: sujar e gorjear.
• Usa-se “j” na terminação “aje”. Exemplo: laje, traje.
Embora já esteja em vigor desde 2016, ainda tem muita gente sem saber direito o que significa e oque mudou
com o mais recente Acordo Ortográfico, que mudou regras da nossa Ortografia Oficial.Veja aqui as regras
de maneira objetiva e simples:
Mudança no alfabeto
• Antes: A B C D E F G H I J L M N O P Q R S T U V X Z
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• Depois: A B C D E F G H I J K L M N O P Q R S T U V W X Y Z
Na prática, as letras “k”, “w” e “y” são usadas em várias situações, como na escrita de símbolos deunidades
de medida (Ex.: km, kg) e de palavras e nomes estrangeiros (Ex.: show, William).
Uso do trema
Não se usa mais o trema, exceto em nomes próprios estrangeiros ou derivados, como porexemplo: Müller,
mülleriano, Hübner, hüberiano etc.
Acentuação
Perdem o acento os ditongos abertos “éi” e “ói” das palavras paroxítonas (palavras que têm acentotônico na
penúltima sílaba).
Perdem o acento o “i” e o “u” tônicos nas palavras paroxítonas, quando eles vierem depois deditongo.
Obs: É facultativo o uso do acento circunflexo para diferenciar as palavras forma/fôrma. Ex.: Qualé a forma
da fôrma do bolo? O circunflexo sai da palavra côa (do verbo coar).
Perde o acento o u tônico das formas verbais rizotônicas (com acento na raiz) nos grupos que equi/gue e gui.
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• Antes: auto-retrato e anti-social
• Depois: antissocial e autorretrato
Atenção: Mantém-se o hífen quando os prefixos hiper, inter e super se ligam a elementos iniciadospor r. Ex.:
hiper-requisitado; inter-regional; super-resistente.
Usa-se o hífen quando o prefixo termina com a mesma vogal que inicia o segundo elemento.
• Antes: antiinflamatório
• Depois: anti-inflamatório
Não se usa o hífen quando o prefixo termina em vogal diferente da que inicia o segundo elemento.
• Antes: auto-escola
• Depois: autoescola
Atenção: Não se usa o hífen com o prefixo co, ainda que o segundo elemento comece pela vogal
o. Ex.: coocupante, cooptar.
Não se usa hífen em palavras compostas que, pelo uso, passaram a formar uma unidade.
• Antes: manda-chuva
• Depois: mandachuva
ACENTUAÇÃO GRÁFICA
Acento Prosódico e Acento Gráfico Todas as palavras de duas ou mais sílabas possuem uma sílaba
tônica, sobre a qual recai o acento prosódico, isto é, o acento da fala. Veja:
es - per - te - za
ca - pí - tu - lo
tra - zer
e - xis - ti - rá
Dessas quatro palavras, note que apenas duas receberam o acento gráfico. Logo, conclui-se que:
Acento Prosódico é aquele que aparece em todas as palavras que possuem duas ou mais sílabas. Já o
acento gráfico se caracteriza por marcar a sílaba tônica de algumaspalavras. É o acento da escrita. Na língua
portuguesa, os acentos gráficos empregados são:
Acento Agudo (´ ): utiliza-se sobre as letras a, i, u e sobre o e da sequência -em, indicando que essas
letras representam as vogais das sílabas tônicas.
Exemplos: Pará, ambíguo, saúde, vintém Sobre as letras e e o, indica que representam as vogais tônicas com
timbre aberto. Exemplos: pé, herói
Acento Grave (`): indica as diversas possibilidades de crase da preposição "a" com artigos e pronomes.
Exemplos: à, às, àquele
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Acento Circunflexo (^): indica que as letras e e o representam vogais tônicas, com timbre fechado. Pode
surgir sobre a letra a, que representa a vogal tônica, normalmente diante de m, n ou nh.
Exemplos: mês, bêbado, vovô, tâmara, sândalo, cânhamo.
Baseiam-se na constatação de que, em nossa língua, as palavras mais numerosas são as paroxítonas,
seguidas pelas oxítonas.
A maioria das paroxítonas termina em -a, -e, -o, -em, podendo ou não ser seguidas de "s". Essas
paroxítonas, por serem maioria, não são acentuadas graficamente. Já as proparoxítonas, por serem pouco
numerosas, são sempre acentuadas.
PROPAROXÍTONAS
PAROXÍTONAS
l fácil
n pólen
r cadáver
ps bíceps
x tórax
us vírus
i, is júri,lápis
om,ons iândom,íons
um,uns álbum,álbuns
ã(s),ão(s) órfã,órfãs, órfão,órfãos
ditongo oral (seguido ou não de s) jóquei,túneis
Observações:
1) As paroxítonas terminadas em "n" são acentuadas (hífen), mas as que terminam em "ens",
não(hifens, jovens).
2) Não são acentuados os prefixos terminados em "i "e "r" (semi, super).
Exemplos: várzea, mágoa, óleo, régua, férias, tênue, cárie, ingênuo, inícioOxítonas
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a(s): sofá,sofás
e(s): jacaré, vocês
o(s): paletó, avós
em, ens: ninguém, armazéns
Os monossílabos, conforme a intensidade com que se proferem, podem ser tônicos ou átonos.
Monossílabos Tônicos
Possuem autonomia fonética, sendo proferidos fortemente na frase onde aparecem. Acentuam-
se os monossílabos tônicos terminados em:
a(s): lá, cá
e(s): pé, mês
o(s): só, pó, nós,pôs
MONOSSÍLABOS
ÁTONOS
Não possuem autonomia fonética, sendo proferidos fracamente, como se fossem sílabas átonas do
vocábulo a que se apoiam.
Exemplos:
o(s), a(s), um, uns, me, te, se, lhe nos, de, em, e, que, etc.
Observações:
Exemplos:
Você trouxe sua mochila para quê? (tônico) / Que tem dentro da sua mochila? (átono)
Há sempre um mas para questionar. (tônico) / Eu sei seu nome, mas não me recordo agora.(átono).
Saiba que:
Acento de insistência
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Sentimentos fortes (emoção, alegria, raiva, medo) ou a simples necessidade de enfatizar uma ideiapodem
levar o falante a emitir a sílaba tônica ou a primeira sílaba de certas palavras com uma intensidade e
duração além do normal.
Exemplos:
REGRAS ESPECIAIS
Além das regras fundamentais, há um conjunto de regras destinadas a pôr em evidência alguns
detalhes sonoros das palavras. Observe:
Ditongos Abertos
Os ditongos éi, éu e ói, sempre que tiverem pronúncia aberta em palavras oxítonas (éi e não êi),
são acentuados. Veja:
Exemplos: assembleia, boia, colmeia, Coreia, estreia, heroico, ideia, jiboia, joia, paranoia, plateia,
etc.
Atenção: a palavra destróier é acentuada por ser uma paroxítona terminada em "r" (e não porpossuir
ditongo aberto "ói").
Hiatos
Acentuam-se o "i" e "u" tônicos quando formam hiato com a vogal anterior, estando eles sozinhos
na sílaba ou acompanhados apenas de "s", desde que não sejam seguidos por "-nh".
Exemplos:
sa - í - da e - go - ís -mo sa - ú - de
ju - iz ra - iz ru - im ca - ir
Observação: cabe esclarecer que existem hiatos acentuados não por serem hiatos, mas por outras
razões. Veja os exemplos abaixo:
po-é-ti-co: proparoxítona
bo-ê-mio: paroxítona terminada em ditongo
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crescente.ja-ó: oxítona terminada em "o".
Acentua-se com circunflexo a 3ª pessoa do plural do presente do indicativo dos verbos ter e vir,
bem como nos seus compostos (deter, conter, reter, advir, convir, intervir, etc.). Veja:
Obs.: nos verbos compostos de ter e vir, o acento ocorre obrigatoriamente, mesmo no singular.
Distingue-se o plural do singular mudando o acento de agudo para circunflexo:
REGRAS ESPECIAIS
Acentua-se com circunflexo a 3ª pessoa do plural do presente do indicativo dos verbos ter e vir,
bem como nos seus compostos (deter, conter, reter, advir, convir, intervir, etc.). Veja:
Obs.: nos verbos compostos de ter e vir, o acento ocorre obrigatoriamente, mesmo no singular.
Distingue-se o plural do singular mudando o acento de agudo para circunflexo:
MORFOLOGIA
O Que É Morfologia?
Morfologia é a parte da gramática que estuda as palavras de acordo com a classe gramatical a que ela
pertence. Quando nos referimos às classes gramaticais, logo sabemos que se refere à dez classes, que
são: substantivos, artigos, pronomes, verbos, adjetivos, conjunções, interjeições, preposições, advérbios e
numerais.
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SUBSTANTIVOS
É a palavra que dá nome aos objetos, aos lugares, às ações, aos seres em geral, entre outros e varia em
gênero (masculino e feminino), número (singular e plural) e grau (aumentativo e diminutivo).
Comum – é a palavra que dá nome aos elementos da mesma espécie, de forma genérica. Exemplos:
cidade, pessoa e rio.
Próprio – é a palavra que dá nome aos elementos de forma específica, por isso, são sempre grafados com
letra maiúscula. Exemplos: Bahia, Ana e Tietê.
Concreto – é a palavra que dá nome aos elementos concretos, de existência real ou imaginária. Exemplos:
casa, fada e pessoa.
Coletivo – é a palavra que dá nome ao grupo de elementos da mesma espécie. Exemplos: acervo (conjunto
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de obras de arte), cardume (conjunto de peixes) e resma (conjunto de papéis).
Abstrato – é a palavra que dá nome a ações, estados, qualidades e sentimentos. Exemplos: trabalho, alegria,
altura e amor.
ARTIGOS
É a palavra que antecede os substantivos e varia em gênero e número, bem como o determina (artigo
definido) ou o generaliza (artigo indefinido).
São artigos definidos: o, a (no singular) e os, as (no plural)
São artigos indefinidos: um, uma (no singular) e uns, umas (no plural)
NUMERAL
Cardinais – é a forma básica dos números, utilizada na sua contagem. Exemplos: um, dois e vinte.
Ordinais – é a forma dos números que indica a posição de um elemento numa série. Exemplos: segundo,
quarto e trigésimo.
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Fracionários – é a forma dos números que indica a divisão das proporções. Exemplos: meio,metade e um
terço.
Coletivos – é a forma dos números que indica um conjunto de elementos. Exemplos: uma dúzia(conjunto de
doze), semestre (conjunto de seis) e centena (conjunto de cem).
Multiplicativos – é a forma dos números que indica multiplicação. Exemplos: dobro, duplo esêxtuplo.
INTERJEIÇÃO
É a palavra que exprime emoções e sentimentos.
As interjeições podem ser classificadas em:
Advertência – Calma!, Devagar!, Sentido!
Saudação – Alô!, Oi!, Tchau!
Ajuda – Ei!, Ô!, Socorro!
Afugentamento – Fora!, Sai! Xô!
Alegria – Eba!, Uhu! Viva!
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Tristeza – Oh!, Que pena!, Ui!
Medo – Credo!, Cruzes!, Jesus!
Alívio – Arre!, Uf!, Ufa!
Animação – Coragem!, Força!, Vamos!
Aprovação – Bis!, Bravo!, Isso!
Desaprovação – Chega!, Francamente! Livra!,
Concordância –Certo!, Claro!, Ótimo!
Desejo – Oxalá!, Quisera!, Tomara!
Desculpa – Desculpa!, Opa!, Perdão!
Dúvida – Hã?, Hum?, Ué!
Espanto – Caramba!, Oh!, Xi!,
Contrariedade – Credo!, Droga!, Porcaria!
ADJETIVOS
É a palavra que caracteriza, atribui qualidades aos substantivos e varia em gênero, número e
grau.
Primitivo – é o adjetivo que dá origem a outros adjetivos. Exemplos: alegre, bom e fiel.
Derivado – é o adjetivo que deriva de substantivos ou verbos. Exemplos: alegria e bondade (palavras
derivadas dos exemplos acima, respetivamente) e escritor (palavra derivada do verbo escrever).
Simples – é o adjetivo formado por apenas um radical. Exemplos: alta, estudioso e honesto, cujosradicais são
respetivamente: alt, estud e honest.
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Composto – é o adjetivo formado por mais do que um radical. Exemplos: superinteressante, surdo-mudo e
verde-claro, cujos radicais são respetivamente: super e interessant, surd e mud e verd e clar.
Há também os Adjetivos Pátrios, que caracterizam os substantivos de acordo com o seu local deorigem e as
Locuções Adjetivas, que são o conjunto de palavras que tem valor de adjetivo.
Exemplos de Adjetivos Pátrios: brasileiro, carioca e sergipano.
Exemplos de Locuções Adjetivas: de anjo (=angelical), de mãe (=maternal) e de face (=facial).
CONJUNÇÕES
De acordo com o tipo de relação que estabelecem, as conjunções podem ser classificadas
em coordenativas e subordinativas.
No primeiro caso, os elementos ligados pela conjunção podem ser isolados um do outro. Esse isolamento, no
entanto, não acarreta perda da unidade de sentido que cada um dos elementos possui.
Já no segundo caso, cada um dos elementos ligados pela conjunção depende da existência do outro.
CONJUNÇÕES COORDENATIVAS
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CONJUNÇÕES SUBORDINATIVAS
PREPOSIÇÃO
É a palavra que liga dois elementos da oração.
As preposições classificam-se em:
Essenciais – têm somente função de preposição. Exemplos: a, desde e para.
Acidentais – não têm propriamente a função de preposição, mas podem funcionar como tal.Exemplos: como,
durante e exceto.
Há também as Locuções Prepositivas, que são o conjunto de palavras que tem valor de preposição.
Exemplos: apesar de, em vez de e junto de.
ADVÉRBIO
É a palavra que modifica o verbo, o adjetivo ou outro advérbio, exprimindo circunstâncias de
tempo, modo, intensidade, entre outros.
Os advérbios classificam-se em:
Modo – Exemplos: assim, devagar e grande parte das palavras terminadas em “-mente”.
Intensidade – Exemplos: demais, menos e tão.
Lugar – Exemplos: adiante, lá e fora.
Tempo – Exemplos: ainda, já e sempre.
Negação – Exemplos: não, jamais e tampouco.
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Afirmação – Exemplos: certamente, certo e sim.
Dúvida – acaso, quiçá e talvez.
CORRELAÇÃO VERBAL
Correlação verbal é a uniformidade entre tempos e modos verbais num período composto por subordinação.
Seu objetivo é evitar incoerências na estruturação de frases, como ocorre no exemplo a seguir:
Essa mistura entre hipótese e certeza numa mesma sentença acaba por fugir da lógica esperada na afirmativa.
Portanto, a correlação de tempos e modos verbais trata dessa necessidade de uma lógica na semântica entre
os verbos de uma oração.
Vejamos, então, algumas possibilidades de articulação correta entre os tempos e modos verbais numa frase.
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– Eu sei que você comerá muito durante as festas.
– Se ele tivesse feito a compra do mês, a esposa não teria ficado brava.
3) Quando a oração principal está no tempo futuro:
CRASE
Crase é a fusão de duas vogais idênticas. Representa-se graficamente a crase pelo acento grave.
Exemplo: Fomos à piscina à = a(preposição) + a(artigo)
Ocorrerá a crase sempre que houver um termo que exija a preposição a e outro termo que aceite o
artigo a. Para termos certeza de que o "a" aparece repetido, basta utilizarmos alguns artifícios:
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I. Substituir a palavra feminina por uma masculina correspondente. Se aparecer ao ou aos diante de
palavras masculinas, é porque ocorre a crase.
Exemplo: Temos amor à arte. (Temos amor ao estudo) Respondi às perguntas. (Respondi aos questionário)
II. Substituir o "a" por para ou para a. Se aparecer para a, ocorre a crase:
Exemplo: Contarei uma estória a você. (Contarei uma estória para você.) Fui à Holanda (Fui para a Holanda)
III. Substituir o verbo "ir" pelo verbo pelo verbo "voltar". Se aparecer a expressão voltar da, é porque ocorre a
crase.
Exemplo: Fui à França (voltei da França)
Crase facultativa
1. Antes de nome próprio feminino: Refiro-me à(a) aluna.
Casos particulares
1. Casa Quando a palavra casa é empregada no sentido de lar e não vem determinada por nenhum adjunto
adnominal, não ocorre a crase.
Exemplo: Regressaram a casa para almoçar Regressaram à casa de seus pais
2. Terra Quando a palavra terra for utilizada para designar chão firme, não ocorre crase. Exemplo:
Regressaram a terra depois de muitos dias. Regressaram à terra natal.
3. Pronomes demonstrativos: aquele, aquela, aqueles, aqueles, aquilo. Se o tempo que antecede um desses
pronomes demonstrativos reger a preposição a, vai ocorrer a crase.
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c) Nas expressões adverbiais femininas, exceto às de instrumento:
Exemplo: Chegou à tarde (tempo). Falou à vontade (modo).
Sintaxe da Oração
1. Sujeito e predicado
Sujeito: termo com o qual o verbo concorda. Predicado: termo com uma afirmação sobre o su-jeito.
Tipos de sujeito
Conforme a Nomenclatura Gramatical Brasileirade fevereiro de 1959, só existem quatro tipos de sujeito.
http://www.filologia.org.br/revista/ar- tigo/7(19)09.htm
Obs.: O sujeito pode vir oculto (antigamente cha- mado de sujeito elíptico, implícito, deverbal, su-
bentendido, inexpresso ou desinencial). Mesmo es-tando elíptico na oração, o sujeito precisa ser classificado.
Sujeito Indeterminado: não aparece explícito na oração por não se saber ou não se querer identificá- lo.
Entretanto ele existe. Ocorre com:
2. Verbo “haver” no sentido de existir ou ocorrer Ex.: Houve um protesto na praça principal.
Ex.: Há pessoas que merecem a felicidade.
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2. Termos ligados ao verbo
Objeto direto: completa o sentido do verbo sempreposição obrigatória.
Predicativo: caracteriza o nome a que se refere por intermédio de um verbo, podendo ser do su-jeito ou
do objeto.
• Exemplo:
O pai encontrou a filha apavorada.O pai encontrou a filha apavorado.
Aposto: núcleo substantivo, que identifica outro nome. O aposto é uma equivalência entre substan-tivos.
• Exemplo: O afeto, amigo dos felizes, cura.
Obs.: O aposto pode aparecer antes ou depois do termo ao qual se refere, podendo ser, ou não, desta-cado
por sinais de pontuação como vírgula, dois- pontos ou travessão.
Tipos de aposto
• Aposto explicativo
Usado para explicar ou esclarecer um termo da oração anterior. Sempre vem isolado na frase, po- dendo
aparecer entre sinais de pontuação como vír-gulas, parênteses ou travessões.
Exemplos: Rafael, aluno muito esforçado, ficouem melhor classificação.
• Aposto enumerativo
Enumera os elementos constituintes de um termoda oração.
Exemplos:
Nilo já visitou vários países: Argentina, México, Bolívia, Peru e Chile.
• Aposto especificativo
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Exemplos: O professor e o aluno moravam longe, aquele na área metropolitana e este em uma cidade
vizinha.
Rita e Kely são minhas alunas. Esta gosta de Lite-ratura, aquela, de Matemática.
Complemento nominal: completa o nome a quese liga por meio de preposição obrigatória.
• Exemplo: todos temos necessidade de cari-nho.
ANALISANDO...
ADJUNTO COMPLEMENT
ADNOMINAL O NOMINAL
SUBST. ADJETIVO
CONCRETO ADVÉRBIO
SUBST. SUBST. ABSTRATO
ABSTRATO
4. Vocativo:
Termo isolado por vírgula, que indica a pessoa a quem se faz um chamado. Admite a anteposiçãoo
da interjeição ó.
• Exemplo: Turma, façam os exercícios.
PONTUAÇÃO I
• Temos essenciais da oração
O sujeito e o predicado constituem a estrutura bá- sica das orações, por isso a ligação que mantêm
en- tre si não pode ser interrompida por uma vírgula, independentemente, de o sujeito ser extenso
ou es- tar posposto ao verbo.
Ex.: Várias tentativas de se estabelecer uma nova política entre os setores produtivo e financeiro
re- sultaram em fracasso.
A intercalação de termos entre o sujeito e o predi- cado deve ser marcada por vírgula
Ex.: Os ministros, ontem à noite, encaminharam um pedido coletivo de demissão.
Atenção...
Moviam-se incessantemente as pessoas, e os ani-mais, e os seus reflexos e sombras.
Nem você, nem ela, nem o próprio dono desta es- pelunca me farão mudar de ideia.
PREDICATIVO DESLOCADO
Aborrecido, o homem velho afastou-se devagar. O homem velho, aborrecido, afastou-se devagar.
OMISSÃO DO VERBO
No chão, vários objetos quebrados.
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• Termos integrantes da oração
Não se separa verbo de complemento por vírgula, ainda que os complementos estejam antepostos
ao termo que completam.
Agente da passiva– a vírgula não o separa da locu- ção verbal que o antecede.
A resposta foi contestada por todos.
Termos intercalados, entre um verbo e um nome, devem ser sempre entre vírgulas.
Observem, caros alunos, que o material foi distri- buído.
Atenção...
. Isolamento de palavras explicativas ou
retificati- vas
Termos como isto é, ou melhor, ou seja, por
exem- plo, a saber e sem dúvida serão
sempre separados por vírgula.
Ex.: Aquele envelope, isto é, aquele
documento, fi- cou no banco do carro.
. Isolamento do nome de um lugar que vem
antes de data.
Ex.: Fortaleza, 20 de novembro de 2017.
Sintaxe do Período
1. Coordenação
Os períodos compostos por coordenação são formados por orações sintática e semanticamente
independentes.
COORDENADAS ASSINDÉTICAS – orações que se ligam sem conjunção, sendo separadas por vírgulas:
Estudo, aprendo, passo!
COORDENADAS SINDÉTICAS
(AD/AD/AL/COM/EX) – separam-se por vírgulas,exceto as aditivas com sujeitos iguais.
Aditiva: Raphael pratica esportes e faz longascaminhadas.
Adversativa: Raphael pratica esportes, mas não fazlongas caminhadas.
Alternativa: Raphael ora pratica esportes, ora fazlongas caminhadas.
Conclusiva: Raphael pratica esportes, logo fazlongas caminhadas.
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Explicativa: Raphael teve uma distensão muscular,porque está mancando.
FIQUE ATENTO!
* Aditivas separadas por vírgulas:
. Sujeitos diferentes: Os alunos estavam preparados, e o professor continuava a motivá-los.
. Repetição do “e” (polissíndeto): E brinca, e deita,e dorme.
.“E” com valor adversativo(= mas): Ela é rica, e não paga as dívidas.
ADJETIVAS (R/EX)
. INTRODUZIDAS POR PRONOMESRELATIVOS
. FUNCIONAM SINTATICAMENTE COMO ADJUNTOS ADNOMINAIS.
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Que (quando equivale a o qual e flexões)
Quem (quando equivale a o qual e flexões)Onde (quando equivale a no qual e flexões)ANALISANDO...
Walmir, que é nosso professor, está explicando as orações.
A orações que exercem função adjetiva sãoclassificadas como adjuntos adnominais.
Sou o que sou.
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3. Orações Reduzidas: não são introduzidas por conjunção e verbos em suas formas nominais
(infinitivo, gerúndio e particípio). Ao começar a prova, o candidato deve guardar o material.
Quando começar a prova, o candidato deve guardaro material.
PONTUAÇÃO
O ponto e vírgula indica uma pausa maior que a vírgula e menor que o ponto. Quanto à melodia da frase,
indica um tom ligeiramente descendente, mas capaz de assinalar que o período não terminou. Emprega-
se nos seguintes casos:
- Para separar orações coordenadas não unidas por conjunção, que guardem relação entre si.
Por Exemplo:
- Para alongar a pausa de conjunções adversativas (mas, porém, contudo, todavia, entretanto, etc.) ,
substituindo, assim, a vírgula.
Por Exemplo:
Gostaria de vê-lo hoje; todavia, só o verei amanhã.
- Para separar orações coordenadas adversativas quando a conjunção aparecer no meio da oração.
Por Exemplo:
Esperava encontrar todos os produtos no supermercado; obtive, porém, apenas alguns.
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Observe o uso dos dois-pontos nos enunciados abaixo:
Como é possível notar, em cada um dos casos acima, o uso dos dois-pontos
possui justificativas diferentes, não é mesmo? Em (1), tal pontuação é utilizada
antes da fala de alguém; em (2), a razão do uso está no fato de que os dois-
pontos iniciam uma enumeração (os três ideais da Revolução Francesa); e, por
último, em (3), observa-se o uso para introduzir uma explicação de algo que
foi mencionado anteriormente no enunciado.
Assim, podemos conceituar que os dois-pontos são utilizados para:
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Exemplo:
TRAVESSÃO
Por Exemplo:
Por Exemplo:
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Por Exemplo:
"Junto do leito meus poetas dormem
Por Exemplo:
ASPAS
As aspas têm como função destacar uma parte do texto. São empregadas:
Por Exemplo:
Por Exemplo:
Obs.: para realçar títulos de livros, revistas, jornais, filmes, etc.também podemos
grifar as palavras, conforme o exemplo:
Exemplos:
O "lobby" para que se mantenha a autorização de importação de pneus
usados no Brasil está cada vez maisdescarado.(Veja)
Exemplos:
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o "inteligente" que fez isso?
Por Exemplo: "Tinha-me lembrado da definição que José Dias dera deles,
'olhos de cigana oblíqua e dissimulada'. Eu não sabia o que era oblíqua, mas
dissimulada sabia, equeria ver se podiam chamar assim. Capitu deixou-se
fitare examinar." (Machado de Assis)
O PODER DA VÍRGULA
Por meio da pontuação, indica-se, na escrita, as várias possibilidades de entonação da fala. Ela
ajuda também a expressão de pensamentos, de emoções, de sentidos e assim torna mais precisa
a compreensão de um texto. Dentre os sinais de pontuação, a vírgula é a que mais requer atenção.
Existem situações em que o uso desse sinal é obrigatório levando em conta a estrutura da frase;
em outras, se o deslocarmos, o sentido da frase será totalmente alterado.
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O professor = sujeito
durante a aula = adjunto adverbial de tempodevolveu =
verbo
em silêncio = adjunto adverbial
as provas corrigidas = complemento do verbo "devolveu"
3) Isolar expressões que indicam circunstâncias variadas como tempo, lugar, modo,
companhia, entre outras (adjuntos adverbiais invertidos ou intercaladosna oração):
Todos, em meio à festa, se puseram a fazer brindes aos convidados. Durante muitos
anos, fiz trabalho voluntário. Isso foi muito gratificante!
4) Antes dos conectivos mas, porém, contudo, pois, logo:
Faça suas escolhas, mas seja responsável por elas.
Estudou muito durante o ano, logo deve conseguir uma vaga na faculdade.
5) Isolar termos explicativos tais como isto é, a saber, por exemplo, digo, a meu ver,
ou melhor, as quais servem para retificar, continuar ou concluir o que se está dizendo:
O amor, isto é, o maior dos sentimentos deve reger nossas atitudes.Voltaremos a nos
falar na quinta-feira, ou melhor, na sexta.
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Estando a oração em ordem direta (seus termos se sucedem na seguinte progressão: sujeito → verbo
2. Usa-se a vírgula:
⇒ Para marcar intercalação:
a) do adjunto adverbial
O café,em razão dasua abundância, vem caindo de preço.
b) da conjunção:
Estão produzindo, todavia, altas quantidades de alimentos.
c) das expressões explicativas ou corretivas:
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As indústrias não querem abrir mão de suas vantagens,isto é,não querem abrirmão dos lucros altos.
⇒ Para marcar inversão:
a) do adjunto adverbial (colocado no início da oração):
Depois das sete horas, todo o comércio está de portas fechadas.
b) dos objetos pleonásticos antepostos ao verbo:
Aos pesquisadores, não lhes destinaram verba alguma.
c) do nome de lugar anteposto às datas:
Recife, 15 de maio de 1982.
a) Vírgula
Emprega-se a vírgula (uma breve pausa):para separar os elementos mencionados numa relação:Exemplos:
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• O apartamento tem três quartos, sala de visitas, sala de jantar, área deserviço e
dois banheiros.
OB SER VAÇ Ã O
Exemplos:
Exemplos:
Exemplos:
Exemplos:
Exemplos:
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• O palácio, o palácio está destruído.
• Estão todos cansados, cansados de dar dó!
Exemplos:
Exemplos:
Exemplos:
Exemplos:
• Não se sabe ao certo. Paulo diz que ela se suicidou, a irmã, que foi umacidente.
k) para separar o paralelismo de provérbios:
Exemplos:
Exemplos:
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• Com muito amor,
• Respeitosamente,
m) para isolar as orações adjetivas explicativas:
Exemplos:
Exemplos:
Ponto
1. Emprega-se o ponto, basicamente, para indicar o término de uma frase declarativa
de um período simples ou composto. Nesse caso, ele recebe onome de ponto-final.
Exemplo:
Exemplos:
Ponto e vírgula
Utiliza-se o ponto e vírgula para assinalar uma pausa maior do que a da vírgula, praticamente uma
pausa intermediária entre o ponto-final e a vírgula.Geralmente, emprega-se o ponto e vírgula para:
Exemplo:
• Criança, foi uma garota sapeca; moça, era inteligente e alegre; agora, mulher
madura, tornou-se uma doidivanas.
b) separar vários itens de uma enumeração:
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Exemplo:
• Art. 206. O ensino será ministrado com base nos seguintes princípios:
• I – igualdade de condições para o acesso e permanência na escola;
• II – liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento,a arte e o
saber;
• ensino;
• IV – gratuidade do ensino em estabelecimentos oficiais;
• (Constituição da República Federativa do Brasil)
Dois-pontos
Os dois-pontos são empregados para:
a) uma enumeração:
Exemplo:
Exemplo:
c) um esclarecimento:Exemplo:
• Joana conseguira enfim realizar seu desejo maior: seduzir Pedro. Nãoporque o
amasse, mas para magoar Lucila.
Observe que os dois-pontos são também usados na introdução de observações,
notas ou exemplos.
Exemplos:
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• Nota: a preposição per, considerada arcaica, somente é usada naexpressão
de per si (= cada um por sua vez, isoladamente).
• Querida amiga:
• Prezados senhores,
Ponto de interrogação
O ponto de interrogação é empregado para indicar uma pergunta direta.
Exemplos:
Ponto de exclamação
1. O ponto de exclamação é empregado para marcar o fim de qualquerenunciado
com entonação exclamativa, que normalmente
exprime admiração, surpresa, assombro,indignação etc.
Exemplos:
Exemplos:
• Oh!
• Valha-me Deus!
Reticências
As reticências são empregadas para:
Exemplo:
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• – Bem; eu retiro-me, que sou prudente. Levo a consciência de que fiz omeu dever.
Mas o mundo saberá... (Júlio Dinis)
b) indicar trechos que foram suprimidos de um texto:
Exemplos:
Exemplo:
Aspas
As aspas são empregadas:
Exemplo:
• Roulet afirma que “o gramático deveria descrever a língua em uso em nossa época,
pois é dela que os alunos necessitam para a comunicaçãoquotidiana”.
Exemplos:
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•
c) para realçar uma palavra ou expressão:
Exemplos:
Travessão
Emprega-se o travessão para:
Exemplos:
Exemplos:
• Maria José sempre muito generosa — sem ser artificial ou piegas — aperdoou
sem restrições.
Exemplos:
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Exemplo
Exemplo:
Exemplos:
Exemplo:
• Afirma-se (não se prova) que é muito comum o recebimento de propina para que os
carros apreendidos sejam liberados sem o recolhimento dasmultas.
Asterisco
O asterisco, sinal gráfico em forma de estrela, é um recurso empregado para:
Exemplos:
* É o morfema que não possui significação autônoma e sempre aparece ligadoa outras palavras.
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b) substituição de um nome próprio que não se deseja mencionar:
Exemplo:
SINTAXE DE CONCORDÂNCIA
A sintaxe de concordância faz com que as palavras dependentes concordem, nas suas flexões, com
as pa- lavras de que dependem na frase. Os adjetivos, pro- nomes, artigos e numerais concordam
em gênero e número com os substantivos determinados.
1. Concordância do adjetivo adjunto com o substan- tivo:
a) o adjetivo biforme, como adjunto adnominal, con- corda com o substantivo em gênero e número.
As árvores tristonhas deixavam cair suas lágrimas so- lidificadas.
b) referindo-se a mais de um substantivo de gênero e número diferentes, o adjetivo concordará no
mascu- lino plural ou com o substantivo mais próximo.
- A referida regra aplica-se aos adjetivos escritos apósos substantivos.
Um cravo e uma rosa perfumados. Um cravo e uma rosa perfumada.
- Escrito antes dos substantivos, o adjetivo concorda geralmente com o mais próximo.
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a) o adjetivo predicativo concorda em gênero e nú- mero com o objeto simples.
Encontrei-o atordoado.
b) se o objeto for composto e do mesmo gênero, o ad- jetivo predicativo concordará no plural com o
gênero dos objetos.
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MAL
Advérbio de modo: Não estamos mal.Substantivo: Nunca lhe desejei o mal. BEM
Substantivo: Vivo entre o bem e o mal. Advérbio de modo: Ana se comportou bem hoje. Advérbio de
intensidade: O sol raia bem cedo.
TODO
Substantivo: Não julgue a parte sem analisar o todo! Pronome indefinido: Toda mulher quer ser amada. Advérbio
de modo: Ele chegou todo molhado. Elachegou toda molhada. (único advérbio que deve serflexionado)
Adjetivo: Vou estudar o ano todo.
MAIS
Pronome indefinido: Cheguei com mais novidades. Advérbio de intensidade: Vou sair mais cedo hoje.
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Havia (existiam) muitas pessoas na festa Pode haver sérios obstáculos à sua vitória. Faz três
semanas que não a vejo.
Deve fazer uns cinco dias que João nos deixou.
Sujeito formado pelas expressões Mais de, Me- nos de ou Cerca de + numeral.
O verbo concordará com o numeral. A expressão “mais de um” levará o verbo para o plural quando vierrepetida
e quando indicar reciprocidade.
Mais de um professor, mais de um aluno e mais de um funcionário já reclamaram deste barulho.
Mais de um aluno fez o treinamento.
Mais de uma pessoa encontraram-se no aeroporto.
Cerca de dois alunos fizeram o trabalho.
Menos de dois alunos chegaram atrasados.
Sujeito composto
A regra geral é que o verbo venha no plural, mas po-derá concordar com o núcleo do sujeito mais próximose o
sujeito for posposto ao verbo.
O atleta e o técnico chegaram.
Chegou o atleta e o técnico. O verbo também poderia vir no plural
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A roupa eram uns trapos.
Obs.: a concordância priorizará, respctivamente, nome de pessoa, pronome pessoal e palavras de sen- tido
coletivo.
O filho(ele) era as alegrias do casal. A maioria eram crianças órfãs.
O herdeiro sois vós.
Na indicação de horas, datas e distâncias, o verbo ser concordará com a expressão numérica.
São duas horas.
Eram oito de maio. (Hoje é dia oito de maio)É um quilômetro.
Sujeito coletivo
O verbo concordará no singular com o sujeito cole-tivo escrito no singular também.
O rebanho comeu toda a ração.
Nota: Alguns poucos gramáticos consideram a colo- cação do oblíquo facultativa quando o infinitivo não
flexionado vem precedido de preposição ou palavra negativa:
Estou aqui para ouvir-te.(ou: para te ouvir)
Meu desejo era não o aborrecer. (ou: não aborrecê- lo).
Mas, se o infinitivo vier antecedido da preposição a, recomenda-se a ênclise:
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Estou decidido a acompanhar-te.Comecei a deitá-lo.
8. Nas orações optativas (aquelas que expressam de- sejo) de sujeito anteposto ao verbo.
Deus nos abençoe.
9. Nas orações exclamativas.
Quanta fofoca se espalhou desnecessariamente!
10. Nas orações interrogativas. Por que me ignoras?
Mesóclise – colocação do pronome oblíquo no in-terior do verbo.
. Com o futuro do presente e com o futuro do preté-rito, desde que não ocorra condição para a próclise. “Dir-
me-á o leitor que a beleza vive de si mesma!”(M.A.)
“Dar-me-iam água para lavar as mãos?” (G. Ramos)
Ênclise – pronome oblíquo posposto ao verbo.
1. Nas orações iniciadas por verbo. Falava-me com doçura.
Provaram-me que você fez tudo só.
2. Com verbo no gerúndio, sem partícula atrativa
O professor elogiava os alunos, dirigindo-se aos co-ordenadores.
Repudiava as marcas do tempo, mirando-se no espe-lho.
3. Com verbo no imperativo afirmativo. Dê-me um suco gelado.
Faça-me a gentileza de fechar a porta ao passar.
4. Com verbo no infinitivo, regido da preposição a. Cheguei a entrevistá-lo.
“Sabe-se ele se tornará a vê-los algum dia!” (José deAlencar)
5. Junto a infinitivo precedido de artigo.
O perder-se, o achar-se, compõem o livro da vida.
6. Nas orações interrogativas, estando o verbo no in- finitivo, embora antecedido de palavra ou
locução que obrigue a próclise.
Como ausentar-me, se não tenho substituto?Por que queixar-me ao reitor?
Como ignorá-la?
Auxiliar + particípio:
a) próclise ao auxiliar
b) Os alunos se tinham separado com o tempo.
c) ênclise ao auxiliar.
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Os alunos tinham se (tinham-se) separado com o tempo.
Fique atento...
1. Com palavra ou locução atrativas, o pronome não pode ficar no meio da locução.
Não lhe posso acompanhar. Não posso acompanhar-lhe.
2. “A interposição do pronome átono nas locuções verbais sem se ligar por hífen ao auxiliar, é sintaxe
brasileira que se consagrou na língua literária.
“O morcego vem te chupar o sangue.” (Alencar) “...estava se distanciando da outra.” (Taunay) “Como
teria se comportado aquela alma de passari- nho diante do mistério da morte?” (Raquel de Quei-
rós)
Denotação ou Denotativo
Denotação é o sentido real da palavra ou frase. Exatamente o contrário da função conotativa. É o
significado literal e original presente no dicionário.
Exemplos:
No estudo semântico, sinonímia acontece quando duas palavras com significados diferentes são
colocadas em um contexto em que passam a ser sinônimas. Isto quer dizer que não são palavras
sinônimas, mas dentro daquela determinada oração assume significados iguais.
Cuidado! Essas expressões não são sinônimos, apenas estabelecem uma relação de sinonímia dentro
de um contexto.
Exemplos:
Entenda: Os substantivos "paz", "tranquilidade", "frágil e "fraca" quando separados do contexto não
são sinônimos. Contudo, dentro do contexto de cada sentença, elas possuem o mesmo significado, ou
seja, estão estabelecendo uma relação de sinonímia.
Antonímia
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Antonímia é a relação que ocorre quando duas ou mais palavras não são necessariamente contrárias,
mas ao serem colocadas dentro de um contexto assumem sentido de antônimos.
Exemplos:
Entenda: “caridosa” e “agressivo” não são antônimos, mas transmitem esse sentido dentro desse
contexto. Já as palavras “mau” e “boa” estão estabelecendo uma relação de antonímia, no entanto,
também são palavras antônimas, pois o contrário de mau é bom e vice e versa.
São palavras que tem um sentido mais abrangente, ou seja, englobam um conjunto de palavras
relacionadas a ela e que estão dentro do mesmo grupo semântico.
Exemplos:
• Profissão: é um hiperônimo, pois dentro desse grupo há várias outras palavras. Como médico,
jornalista, cozinheiro, entre outros.
• Inseto: hiperônimo de barata, mosquito, mosca, etc.
• Mamíferos: hiperônimo de ser humano, baleia, vaca, etc.
Hipônimo
Ao contrário do “hiper” que é algo mais amplo, “hipo” é mais restrito. Isto é, está relacionado a
elementos mais específicos dentro do conjunto dos hiperônimos.
Exemplos:
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Frutas é hiperônimo de maça e uva que são
hipônimos de frutas. (Foto: Freepik)
São palavras parônimas aquelas que têm a escrita e a pronúncia semelhantes, mas possuem
diferentes significados. A relação parônima acontece quando duas ou mais expressões possuem
significados distintos, mas são parecidas na sonoridade e ortografia.
Exemplos:
Homonímia
É a relação presente entre duas ou mais palavras que possuem a mesma pronúncia ou escrita, mas
diferentes significados.
Polissemia
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A polissemia acontece quando uma mesma palavra pode ser interpretada em diversos significados,
proporciona mais de um leitura.
Entenda: as palavras mostradas acima podem ter vários significados. Os sentidos mudam apenas no
contexto em que forem inseridas.
Ambiguidade
Ambiguidade anda ao lado da polissemia, porém a ambiguidade não está atrelada a vários
significados, mas sim as possíveis interpretações em uma frase. Isto é, ambiguidade está relacionada
ao duplo sentindo de uma sentença ou palavra, enquanto que a polissemia caracteriza-se pelos vários
significados de uma única palavra.
Então, ambiguidade é a abertura que uma palavra ou oração pode deixar para interpretações, a
possibilidade de olhar por vários ângulos uma mesma coisa.
Exemplos:
• Daniela comeu um chocolate e sua irmã também. (Daniela e a irmã dela comeram um doce ou Daniela
comeu o doce e a irmã?).
• O policial prendeu o suspeito em sua casa. (Na casa de quem? Do suspeito ou do policial?).
• A estudante falou para a professora que era soteropolitana. (Quem era soteropolitana? A estudante
ou a professora?).
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QUESTÕES
01. Assinale a alternativa em que se faz uma correspondência INCORRETA entre os termos do texto.
A) Esse recorde (l. 08) retoma o registro feito de um relâmpago com 321 km de largura no estado de Oklahoma, nos
Estados Unidos (l. 07-08).
C) fruto (l. 09) retoma o relâmpago com 500 quilômetros que atingiu o norte do Texas na manhã do dia 22 de outubro
de 2017 (l. 08-09).
D) Isso (l. 19) refere-se ao fato de o raio americano ter seu posto ameaçado (l. 19).
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Para uma companheira inseparável
Em Gramado, o Festival de Cinema; em Passo Fundo, a Jornada de Literatura: uma semana de festas no Rio
Grande do Sul. Não para mim, que não fui convidado para nenhuma das duas (talvez pensem que já morri?), e
mesmo que fosse, quase certamente não poderia ir. É que, embora continue vivo, arrumei uma inimiga poderosa. A
Tosse, eu a chamo, assim mesmo, com maiúsculas merecidas, pois já dura uns quatro meses e não tem nada,
absolutamente nada, que a cure.
Começou, que eu me lembre, lá por maio. Foi logo depois de uma gripe e tão generalizada que tinha também um
pouco de sinusite, rinite, otite e se outros ites existem no aparelho respiratório, essa gripe certamente também tinha.
Tudo foi passando aos poucos. Ela, a Tosse, não.
Traiçoeira, inadequada, vem principalmente à noite. Tarde da noite, como entidade do mal que é, lá pelas quatro,
cinco da manhã, quando faz tanto frio que seria suicídio sair da cama. E não passa.
Meu médico diz que a causa é uma só – chama-se Porto Alegre, talvez uma das cidades com um dos piores climas
do país. Principalmente em agosto, quando as paredes vertem água de tanta umidade, não há sol, o mofo se infiltra
e as casas geladas transformam-se numa espécie de Disneyworld de ácaros. Trata-se, portanto, de atravessar
agosto. Falta pouco. Prometo ser forte.
A) a fragilidade da saúde do narrador, que venceu a tosse recorrente depois de muito sofrer com ela.
B) o cenário cultural do Rio Grande do Sul, com um Festival de Cinema e uma Jornada de Literatura.
C) a tosse que vitima o narrador, decorrente do clima de Porto Alegre, segundo seu médico.
D) o clima da cidade de Porto Alegre, que é uma das mais geladas e úmidas no cenário nacional.
E) a iminência do suicídio do narrador, já que sofria com a tosse e não suportava mais aquilo.
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03. Com relação à tipologia e aos sentidos do texto, assinale a alternativa correta.
A) O primeiro parágrafo corresponde à introdução de um texto informativo, em que se apresenta um ponto de vista
acerca das empresas que vendem produtos alimentícios e se descrevem alternativas alimentares.
B) O segundo parágrafo é narrativo e apresenta uma sequência de fatos que contribuíram para que hoje se dê
preferência ao consumo de alimentos rápidos e práticos.
C) O texto é injuntivo, já que pretende apresentar informações a respeito da importância de haver consciência na
hora da escolha do alimento.
D) O terceiro parágrafo é a conclusão de um texto dissertativo e apresenta alternativas positivas para o atual cenário
em que vivemos.
E) O texto é dissertativo, uma vez que objetiva discutir, de forma genérica, o cenário alimentar de transição pelo qual
a população está passando.
04. Todas as sentenças abaixo apresentam erro de grafia, exceto uma. Aponte-a:
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A) Ex-presidiário.
B) Sem-teto.
C) Para-quedas.
D) Recém-nascido.
06. Marque a alternativa em que a palavra mantém acento gráfico de acordo com a ortografia vigente e,
portanto, está grafada corretamente:
A) Escarcéu.
B) Idéia.
C) Pólo.
D) Bia.
07. Às vezes, as histórias da infância de minha mãe confundiam-se com as de minha própria infância. Quanto
ao uso do sinal indicativo de crase e à acentuação gráfica, assinale a alternativa correta:
A) Antes de palavra feminina / todas as palavras acentuadas são paroxítonas terminadas em ditongo decrescente.
B) O uso da crase está incorreto / todas as palavras acentuadas são paroxítonas terminadas em ditongo decrescente.
C) Antes de locução adverbial feminina / todas as palavras acentuadas são paroxítonas terminadas em ditongo
crescente.
D) Antes de locução adnominal feminina / todas as palavras acentuadas são paroxítonas terminadas em ditongo
decrescente.
A) Alibí.
B) Colibrí.
C) Daquí.
D) Havaí.
E) Jabutí.
pág.
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66
09. Considerando-se as classes gramaticais, o efeito de humor da tira decorre do emprego do termo
Reza a lenda que ela teria jogado as roupas do ex-marido pela janela, deixando-o envergonhado.
A) Reprovação.
B) Suposição.
C) Desejo.
D) Conselho.
Ninguém se propõe ________ estimar se tal ajuda será suficiente. Não se pode prever com exatidão _________
duração da crise e o efeito real da epidemia sobre os negócios e o mercado de trabalho. No entanto, mais empresas
sobreviverão _________ calamidade.
A) a … à … à
B) à … a … à
C) a … à … a
D) à … à … a
E) a … a … à
12. Não para mim, que não serei convidado para nenhuma das duas (talvez pensem que já morri?), e mesmo
que ______ , quase certamente não _____ ir.
Analisando-se a correlação dos tempos verbais, assinale a alternativa em que os termos completam as
lacunas do enunciado, em conformidade com a norma-padrão.
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D) era ... pudesse
B) Cada cidadão que recebe menos de US$ 75 mil por ano, terá direito a US$ 1.200.
C) O texto final, que ainda não é conhecido, trata de gastos na casa dos US$ 2 trilhões.
D) O programa, oferece renda mínima para os mais pobres e para a classe média.
E) Mais de US$ 500 bilhões estarão disponíveis, para os dois programas, do governo.
A redação oficial não é necessariamente árida e contrária à evolução da língua. É que sua finalidade básica –
comunicar com objetividade e máxima clareza – impõe certos parâmetros ao uso que se faz da língua, de maneira
diversa daquele da literatura, do texto jornalístico, da correspondência particular etc.
14. Com base nas informações do texto e nas demais disposições do Manual de Redação da Presidência da
República, assinale a alternativa correta.
A) O texto com o local e a data do documento deve ser alinhado à margem esquerda da página.
B) Nos textos do padrão ofício, não é obrigatório identificar o nome e o número do expediente.
C) Nas comunicações oficiais, o vocativo deve sempre ser composto, independentemente do cargo do destinatário,
apenas pelo pronome Senhor ou Senhora.
D) O uso do padrão culto nos textos oficiais não pode ser confundido com a supervalorização de uma linguagem
rebuscada ou carregada de termos técnicos.
E) Recomenda-se o uso de formas como Tenho o prazer de comunicar para tornar os textos do padrão ofício mais
objetivos e impessoais.
Gabarito:
1- B 11- E
2- C 12- C
3- E 13- C
4- B 14- D
5- C
6- A
7- C
8- D
9- E
10- B
pág.
68
68
NOÇÕES DE
INFORMÁTICA
69
INFORMÁTICA
Conceito de internet e intranet
Tema dos mais recorrentes em provas, a internet demanda atenção
redobrada na hora da prova, pois de todos os assuntos de informática é
aquele que mais induz o candidato ao erro, e essa indução se dá pelos
hábitos que temos no uso da internet e de suas ferramentas. Aquilo que na
prática é extremamente intuitivo, em provas é exclusivamente teórico.
A definição de Internet, ao contrário do conceito generalizado, não é
uma rede de alcance global e sim um conjunto de redes que compartilham
serviços por meio de determinados protocolos. Esses representam a
maneira que cada serviço compartilha informações.
Quando assinamos um provedor de acesso, geralmente temos ingresso
aos múltiplos serviços da internet, como navegação, e-mail, download, entre
outros, porém cada serviço tem suas próprias regras para transmissão de
dados, e essas atendem pelo termo protocolos.
Camadas do TCP/IP
Camada de
Aplicação
Camada de
Transporte
Camada de Rede
Camada de Enlace
Camada Física
70
Camada Física - Representa os componentes de hardware que são
necessários para acessar a internet, como os Modens ou hardwares
específicos para redes de computadores (Hub, Roteador, etc.).
Camada de Enlace - Representa a camada que possibilita a
interconexão entre redes autônomas sem a obrigatória definição de
hierarquia entre elas, por meio, principalmente da tecnologia Ethernet.
Camada de Rede - Representa a camada que permite estabelecer
os endereçamentos dos dispositivos tanto de origem quanto de destino do
conteúdo compartilhado. Esses endereços de dispositivos são
denominados IPs "Internet Protocol".
Camada de Transporte - Representa a camada que efetivamente
possibilita o transporte de dados, por meio do protocolo que garante a
entrega de pacotes "TCP" e o que não garante a entrega, pois tem envio
único "UDP':
Camada de Aplicação - Representa a camada dos serviços da Internet,
e onde se encontram os proto- colos, como hipertexto (http e https), e-
mails (smtp, pop3, imap4), voz por ip (voip), chat (ire) e trans- missão de
dados (ftp).
Os Serviços Da Internet
de aplicações.
71
possibilitando a navegação assim como a conhecemos. O serviço de
Thunderbird, etc).
o ser- viço que permite a conversação telefônica por meio dos recursos
Skype.
rnIRC.
72
ou "baixar" mensagens) e upload (enviar mensagens); utiliza o protocolo
"FTP" e tem duas categorias de programas, os "Via Ser- vidor" corno o
Emule e os "Via Torrent" corno o Ares Galaxy
Questões:
GABARITO
01) CERTO
02) ERRADO
03) CERTO
04) ERRADO
73
Termos da Internet - Intranet
Provedor De Acesso
Servidor
Arquitetura
74
fixa e definida, pois os computadores que têm o papel de atuar como clientes
e como servidores não sofrem alterações de suas funções e, por
decorrência, não sofrem mudança de hierarquia.
Definição de Intranet
VPN
Extranet
75
A Extranet é a extensão da intranet de uma organização para
parceiros, em um contexto business-to-business. Como exemplo temos
a área privada de um site que é acessível apenas para intranets de
outras empresas parceiras.
LAN:
MAN
São redes que abrangem uma cidade. Normalmente são compostas por
76
computadores na internet. O nome de domínio foi concebido com o
números.
QUESTÕES
77
enorme área secreta foi tornada pelo desregramento, e está repleta de
atividades ilegais.
GABARITO
1) A
2) B
3) ERRADO
4) CERTO
Internet
Intranet
78
Utiliza uma rede local (LAN).
Aplicativos e procedimentos:
79
HTTPS - Hyper Text Transfer Protocol Secure (Protocolo de Transferência de
Hiper Texto Seguro
Servidor WEB: Para você entrar em um site é necessário que seu navegador
entre em contato com o servidor Web do site para poder acessar seus
conteúdos, ou seja, as páginas HTML, os arquivos de som, imagem, vídeos ou
qualquer outra coisa que estiver na página que você está acessando.
Navegação:
80
Através do navegador, é possível imprimir documentos, salvar os documentos
carregados no computador local, salvar imagens e links contidos no documento,
exibir o documento fonte e suas informações.
Correio eletrônico:
Grupos de discussão
81
comunidade onde as pessoas se ajudam para resolver problemas comuns sobre
o este assunto.
As respostas são dadas por diversos membros na qual uma poderá efetivamente
ajudar sobre a resolução de um problema.
Todo grupo tem um administrador que gerencia o grupo, ou seja, cria as regras
para a utilização de seus membros. Ele inclusive pode colocar outras pessoas
para administrar junto com ele. O administrador do grupo pode banir ou penalizar
algum membro que tenha infringido as regras do grupo.
Busca e pesquisa
No Brasil os sites de busca mais utilizados são o Google que detêm mais de 90%
do mercado e no segundo grupo bem lá atrás com média de 1% a 2% do
mercado vem o Bing (Microsoft), Yahoo e Ask.
Neste sites nós temos os mecanismos de busca (search engines) que são
efetivamente os buscadores.
Pesquisa na internet
82
Ele faz uma busca em todos os sites procurando as palavras chaves que você
digitou. Por mais eficiente que seja ele não consegue ler a internet inteira.
A busca também pode ser ainda mais específico através de filtros como por
imagem, vídeo, notícias, shopping dentre outras.
Redes sociais:
Twitter: Rede social que funciona como um microblog onde você pode seguir ou
ser seguido, ou seja, você pode ver em tempo real as atualizações que seus
contatos fazem e eles as suas.
Linkedin: Voltada para negócios. A pessoa que participa desta rede quer manter
contatos para ter ganhos profissionais no futuro, como um emprego por exemplo.
83
Myspace: Rede social de relacionamento.
LINUX
Por ser de código aberto ele pode ser modificado por qualquer pessoa, além
disso, ele é um software gratuito, ou seja, não pode ser vendido e não tem licença
para uso.
84
Também é de autoria dele o projeto GNU que, junto do Kernel desenvolvido por
Torvalds, formaria mais tarde o sistema operacional Linux
O Sistema GNU/Linux foi criado por Linus Torvalds em 1991.
Linus fez uma cópia do Unix utilizando a linguagem de programação C.
Linus + Unix = Linux
Componentes do Linux:
Interface gráfica: Outra maneira que o usuário interage com o Linux. São também
conhecidos como gerenciadores de desktop. Existem várias interfaces gráficas
como a KDE, Unity, Gnome, dentre outras.
O Linux também possui um padrão para ambiente gráfico. Os sistemas Unix mais
antigos são baseados somente em caracteres, mas hoje praticamente qualquer
sistema Unix, incluindo o Linux, dispõe de um sistema gráfico de janelas que é
chamado de X Windows (que também podem ser chamadas de Ambiente x)
Distribuições Linux:
Quando você tem um sistema Linux completo, ou seja, com todos os software
necessários para um sistema operacional funcionar corretamente e é claro
usando o Linux como seu núcleo, você tera uma distribuição Linux.
Existem várias distribuições Linux que tem características diferentes por serem
criados para vários tipos de usuários.
85
As mais conhecidas são o Red Hat, Fedora, Ubuntu, Debian, conectiva,
Mandriva, Slackware entre outros.
Comum ($): É quem instalou o Linux e outros que foram criados depois. Estes
usuários têm restrições, ou seja, não tem acesso a todos os recursos do sistema.
COMANDOS PRINCIPAIS
help: Ajuda
86
killall5 fecha (mata) todos os processos da sessão.
DIRETÓRIOS PRINCIPAIS
87
/lib - Bibliotecas compartilhadas essenciais e módulos do kernel
88
ctrl + W = exclui somente uma palavra
QUESTÕES
A ‘-’
B ‘_’
C ‘(’
D ‘/’
E ‘.’
02) Linus Torvalds criou o sistema operacional Linux com base em que
linguagem de programação?
89
A Fortran
B Haskel
C Clipper
DC
E Pascal
Certo
Errado
A versões de Kernel.
B distribuições Linux.
C ambientes gráficos.
05) O sistema operacional precisa apresentar a cada usuário uma interface que
aceita, interpreta e então executa comandos ou programas do usuário. Essa
interface é genericamente chamada de
A BATCH.
B SHELL.
C PROMPT.
90
D NÚCLEO.
E SCRIPT.
GABARITO
01 – D
02 – D
03 – CERTO
04 – C
05 – B
06 – B
WINDOWS
Foram lançados várias versões até o dia de hoje, mas os mais conhecidos foram
o Windows XP, Windows 7, Windows 8 e atualmente o Windows 10
Nos concursos são pedidos alguns conceitos, recursos e principalmente atalhos.
91
Gerenciador de tarefas: Ferramenta onde você visualiza os processos e
execução no sistema, como o consumo de recursos de cada processo. Monitora
também a memória e CPU.
Área de Trabalho ou Desktop: É a tela quando você liga o computador onde você
organiza suas atividades. Chamamos de tela inicial do Windows.
Componentes da área de trabalho: Menu iniciar, Barra de tarefas, Área de
notificação e as pastas e atalhos.
Menu iniciar: Clicando no botão iniciar na barra de tarefas, você abre um menu
que te dá acesso aos programas instalados no computador.
Barra de tarefas: É aquela barra na parte de baixo da área de trabalho onde você
monitora as aplicações (programas que estão sendo usados).
Área de notificação: Fica no lado direito da barra de tarefas. Nela fica o relógio
do sistema, o volume do som, conexão de internet e outros ícones de mensagens
do sistema.
92
modificar os drivers dos componentes de hardware e solucionar problemas,
utiliza-se o recurso do Windows no gerenciador de dispositivo.
ATALHOS:
Ctrl + X = Recortar
Ctrl + C = Copiar
Ctrl + V = Colar
Shift + Delete = Excluir o item selecionado sem movê-lo para a Lixeira primeiro
A empresa tem um servidor privado e por meio dele consegue acessar o sistema
da empresa. Esta interligação pode ligar vários locais de trabalho.
Esta tecnologia facilita muito o trabalho, pois você pode acessar seu e-mail,
arquivos da empresa, acessar seu computador do trabalho de sua casa, dentre
outras facilidades.
VPN: Utilizando-se dos recursos físicos da internet podemos criar uma rede
privada. A esse tipo de rede chamamos de VPN (Virtual Private Network) que é
93
uma rede privada virtual construída utilizando a infraestrutura de uma rede
pública como a internet. A VPN mantém os dados seguros enquanto trafegam
pela rede utilizando um protocolo SSL (Secure Sockets Layer), que permite a
comunicação criptografada entre um site e um navegador.
Já quando o site envia suas informações para seu servidor para ´que todos
possam acessá-la pela internet ele está fazendo um “upload”, ou seja, enviando
os dados para o servidor do site.
Com ele você pode receber e enviar arquivos para servidores remotos e o
servidor poderá também receber e enviar os arquivos.
Você também pode instalar um servidor de FTP em seu computador para você
ou outra pessoa acessar seu computador remotamente.
Temos também aplicativos para edição de vídeo como Camtasia, Filmora Go,
Adobe premiere Clip dentre outros. Normalmente os aplicativos de edição de
vídeo também faz pequenas edições no áudio.
94
Temos também aplicativos de escritórios que também faz edições com áudio e
vídeo como o PowerPoint, da Microsoft e o Impress, do pacote LibreOffice. Estes
aplicativos são especializados em apresentações de slides.
Hoje com o advento do Netflix, Amazon Prime, YouTube dentre outros, ouvimos
muito falar em streaming.
O que são editores de texto? Editores de texto são quaisquer softwares feitos
com o objetivo de “escrever”, escrever um trabalho escolar, uma carta, um artigo,
um livro e etc… temos alguns exemplos famosos no mercado, como o Microsoft
Word e o Bloco de Notas do Windows.
95
Microsoft Office:
A versão do pacote Office 2010 reúne os aplicativos mais conhecidos da
empresa como Word, Excel, Power Point, Access, Outlook e Publisher.
Trabalho em conjunto
96
Mobilidade
97
fácil, uma vez que o programa adota o trabalho por layers (camadas), similar ao
de editores de imagens como o Adobe Photoshop.
98
pois os aplicativos desenvolvidos podem rodar perfeitamente numa rede de
computadores e os dados armazenados pelo sistema podem ser publicados na
Intranet ou até mesmo na Internet.
99
Uma ferramenta muito útil para busca de anotações é a ferramenta busca que o
OneNote oferece. Todas as notas são indexadas, o que significa que em um
tempo muito curto o software tem a capacidade de encontrar arquivos e textos.
A busca ocorre igualmente dentro dos textos de figuras e nas palavras gravadas
por áudio, já que o programa possui reconhecimento de texto e fala automáticos.
Uma versão web do OneNote é parte integrante do OneDrive ou Office Web
Apps e possibilita aos usuários que editem notas através de uma navegador de
internet (browser).
100
SWF, o PDF e mesmo o OpenDocument Format. Os arquivos do PowerPoint em
geral são lidos sem problemas por outros softwares similares como o Impress.
É capaz de criar
101
para criação de espaços de trabalho de colaboração do Groove e pastas
compartilhadas sincronizadas. Com o uso do SharePoint Workspace 2010, os
profissionais de informações podem sincronizar facilmente conteúdo online e
offline com um site designado do SharePoint ou colaborar com parceiros
externos e membros da equipe externa por meio de espaços de trabalho
compartilhados. O SharePoint Workspace 2010 está incluído no Microsoft Office
Professional Plus 2010.
O Microsoft Word é um processador de texto produzido pela Microsoft. Foi
criado por Richard Brodie para computadores IBM PC com o sistema operacional
DOS em 1983. Mais tarde foram criadas versões para o Apple Macintosh (1984),
SCO UNIX e Microsoft Windows (1989). Faz parte do conjunto de aplicativos
Microsoft Office. Utiliza atualmente como extensão padrão dos arquivo de texto:
“.docx”.
BROFFICE
BrOffice.org é o nome adotado no Brasil da suíte para
escritório OpenOffice.org. A mudança do nome surgiu em função de um
processo movido pela BWS Informática, uma microempresa de comércio de
equipamentos e prestação de serviços de informática do Rio de Janeiro que
anteriormente já havia registrado a marca Open Office, sob a alegação de que o
nome OpenOffice.org, mesmo não sendo exatamente igual, poderia causar
confusão aos usuários.
102
versões diferentes para rodar em vários sistemas operacionais, inclusive
no Linux.
Redes de computadores
Definição, LAN, MAN e WAN
LAN
• Redes pequenas, locais
•Exemplos: Redes residenciais, redes de escritório, etc.
MAN
103
•Redes maiores, atingem vários prédios e casas de uma mesma cidade.
•Exemplo: Uma rede de uma grande universidade com faculdades espalhadas
por uma cidade.
WAN
• Redesde maior abrangência, geralmente não limitadas por regiões geográficas
•Exemplo: Internet
BizuCavernoso:
Quando adicionado a letra "W" a frente de qualquer umas dessas redes
acima citadas, isso significa dizer que se trata de uma rede sem fio,
Wirelless.
Camadas do TCP/IP
CAMADA DE
APLICAÇÃO
CAMADA DE
TRANSPORTE
CAMADA DE
REDE
CAMADA DE
ENLACE
CAMADA FÍSICA
Portas:
104
UDP encriptação
105
Formatado: Fonte: Minion Pro, 16 pt, Negrito, Cor da fonte:
Azul-escuro
Topologia de Redes:
106
Rede Ponto a Ponto
,' - '
1
. ------------------------------------1
'·-
Anel: Nesse topologia por sua vez todos os dispositivos são conectados em
série, formando um ciclo fechado (anel). Os dados são transmitidos
unidirecionalmente ou seja em uma única direção de nó em nó até atingir o
seu destino. Uma mensagem enviada por uma estação passa por outras
estações, através das retransmissões, até ser retirada pela estação destino
ou pela estação fonte.
107
Estrela(hub-and-spoke): Atualmente a topologia com maior utilização é a
topologia em estrela a mesma utiliza cabos de par trançado e um
concentrador como ponto central da rede. O concentrador tem a tarefa de
realizar a retransmição de todos os dados para a estação de destino, mas
com a vantagem de tornar mais fácil a localização dos problemas, já que se
um dos cabos, uma das portas do concentrador ou uma das placas de rede
estiver com problemas, apenas o nó ligado ao componente defeituoso ficará
fora da rede.
Versões de IP
IPV4 32 bits este protocolo pode abranger 2"32 dispositivos, forma xxx: xxx:
xxx: xxx, sendo que cada grupo xxx pode variar entre O e 255.
Ex: 192.168.0.1
108
Classes de IPV4
A classe A: Na classe A os endereços vão de 1.0.0.0 até 127.0.0.0, nesse
caso o primeiro octeto (pri- meiros 8 bits N.H.H.H) de um endereço IP
identifica a rede e os outros 3 octetos restantes ( 24 bits) irão identificar
um determinado host nessa rede.
Ex: 120.2.1.0.
Exercícios:
109
02) Existem duas classes de IP, IPV4 que já está entrando em desuso, haja
vista que, não há mais suporte para suprir a necessidade de urna grande
quantidade de usuários, e para sua substituição já existe o endereço IPv6
que comporta um número bem mais considerável de endereços disponíveis.
GABARITO
l)A
2) C
110
Este resumo tem muito a ver com as empresas, mas você, como usuário pessoal
deve também proteger seu computador, pois existem criminosos digitais
chamados de hackers que tem como objetivo roubar suas informações pessoais
ou mesmo somente danificar a sua máquina.
Criptografia:
Criptografia simétrica
Utiliza-se uma chave secreta, que pode ser um número, uma palavra ou apenas
uma sequência de letras aleatórias, é aplicada ao texto de uma mensagem para
alterar o conteúdo de uma determinada maneira. Tanto o emissor quanto o
receptor da mensagem devem saber qual é a chave secreta para poder ler a
mensagem.
Criptografia assimétrica
111
Se a mensagem foi criptografada com a chave privada, ela só poderá ser
descriptografada pela chave pública correspondente.
QUESTÕES
01 - Julgue verdadeira (V) ou falsa (F) cada uma das afirmativas a seguir, sobre
segurança da informação.
A sequência correta é
A I – F; II – F; III – V
B I – V; II – F; III – V.
C I – F; II – V; III – F.
D I – V; II – V; III – V.
112
E I – V; II – V; III – F.
RESPOSTA - LETRA D
Vírus através de download, sites suspeitos, e-mails e pen drive são os métodos
mais comuns
Antivírus desatualizados
Senhas fracas
MALWARE:
PHISHING:
Método para roubar dados pessoais. Pode acontecer de várias formas, mas as
mais utilizadas são duas:
113
atualizações, validação, confirmação de dados da conta ou dizendo que sua
conta foi bloqueada por acesso ilegal ou algum outro problema. Com isso você
é redirecionado para o site que é exatamente igual ao verdadeiro para você
colocar suas informações.
SPYWARE:
Evite colocar senhas com dados conhecidos como data de nascimento ou placa
do seu carro.
Anti-phishing
114
Firewall: É um software que cria uma barreira contra acessos não autorizadas.
Anti-spam instalados
Tenha cuidado quando solicitado dados pessoais. Caso seja necessário forneça
somente em sites seguros.
Instale um anti-spyware.
Temos muitos tipos de vírus como : vírus de boot, worms, spyware, cavalo de
Troia (trojans), Trojans como o Back-orifice, time bomb, hijackers, estado
zombie, vírus de macro e muitos outros malwares.
Para se manter bem protegido, além dos procedimentos anteriores você deve
ter um antivírus
Antivírus:
O banco de dados do antivírus é muito importante neste processo, por isso, ele
deve ser constantemente atualizado, pois todos os dias são criados vírus novos.
Uma grande parte das infecções de vírus tem participação do usuário. Os mais
comuns são através de links recebidos por e-mail ou download de arquivos na
115
internet de sites desconhecidos ou mesmo só de acessar alguns sites duvidosos
pode acontecer uma contaminação.
QUESTÕES
B Cavalo de Tróia.
C Spyware.
D Machine Learning.
116
03- As atualizações de segurança do Windows podem ajudar a proteger contra
ameaças novas e contínuas à sua privacidade e ao seu computador. Dentre as
opções disponíveis de configuração qual opção é a RECOMENDADA pelo
Sistema Operacional Windows?
GABARITO
01 – D
02 – D
03 – B
117
crescido para incluir worms, cavalos de Troia, spyware, adware e assim por
diante.
Vírus
Stealth: É uma característica dos vírus usa técnicas para disfarçar quaisquer
modificações feitas no sistema infectado, escondendo-se e dificultando a ação
dos antivírus. Ele tem a capacidade de se remover da memória temporariamente
para evitar que o antivírus o detecte
Worms
Ele é um malware muito parecido com os vírus, pois também se multiplica, mas
é bem mais perigoso do que um vírus, pois ele é um programa autônomo, ou
seja, não necessita de ser acionado pelo usuário para ser ativado e além disso
ele é mais rápido e se espalha pela rede contaminando outras máquinas, por
meio de internet, e-mail, pendrive e etc.
118
Igual ao cavalo de Troia da Guerra entre Gregos e troianos, este malware finge
ser um software legítimo para enganar o usuário e abrir as portas para que uma
pessoa acesse seu computador ou colete seus dados sem seu consentimento.
Esta pessoa por ter acesso ao seu computador pode enviar spans, infectar
outros computadores e atacar seu servidor.
Spyware
Ele também são usados pelas empresas de publicidade, pois entendendo melhor
o usuário ele mostrará uma publicidade mais qualificada. Mas as empresas
sérias pedem autorização para o usuário antes de instalar na máquina.
Adware
Ele exibe anúncios conforme o seu perfil de navegação. Ele também pode deixar
seu computador vulnerável para a invasão de outros malware.
Bot e botnet
119
É um programa que abre uma porta no computador para ser acessado
remotamente. Este computador é conhecido como zumbi por ser controlado
remotamente. Sua infecção e propagação é parecida com a do worms, ou seja,
é um programa autônomo, não necessitando ser acionado pelo usuário para se
propagar. A infecção pode ocorrer por IRC, servidores, e redes do tipo P2P, entre
outros mecanismos.
Backdoor
É um programa que abre uma porta de acesso para que o invasor retorne para
o computador invadido. Depois de instalado ele pode continuar invadindo
remotamente.
Ransomware
Rootkit
120
Keylogger (Registrador de teclado)
QUESTÕES
( ) worm
( ) fandom
( ) spyware
( ) trojan
A V, V, V, V
B V, F, V, V
C F, F, V, V
D V, V, V, F
121
C É um programa malicioso autônomo que se replica e se propaga por redes de
computadores, sem a ajuda das pessoas.
GABARITO
01 – B
02 – B
03 – E
Antivírus
122
O vírus infecta o computador através da multiplicação dele (cópias) com intenção
de causar dano na máquina ou roubar dados.
O banco de dados do antivírus é muito importante neste processo, por isso, ele
deve ser constantemente atualizado, pois todos os dias são criados vírus novos.
Uma grande parte das infecções de vírus tem participação do usuário. Os mais
comuns são através de links recebidos por e-mail ou download de arquivos na
internet de sites desconhecidos ou mesmo só de acessar alguns sites duvidosos
pode acontecer uma contaminação.
Firewall
Pode ser definido também como uma combinação de hardware e software que
isola a rede interna de uma organização da internet em geral, permitindo que
alguns pacotes passem e bloqueando outros.
123
O Firewall pessoal registra todas as tentativas de acesso, bloqueia as tentativas
de invasão identificando sua origem. Ele verifica constantemente os conteúdos
de conexões para detectar códigos maliciosos para impedir a comunicação do
invasor com o código instalado, ou seja, caso os dados tenham sido coletados
ele bloqueia o envio deles. Ele também evita que o código malicioso se empalhe
para outros computadores.
Antispyware
SPYWARE:
124
Ação maliciosa mais comum é o furto de informações sensíveis contidas no
computador infectado.
Ele também são usados pelas empresas de publicidade, pois entendendo melhor
o usuário ele mostrará uma publicidade mais qualificada. Mas as empresas
sérias pedem autorização para o usuário antes de instalar na máquina.
Windows Defender:
125
Os principais fornecedores deste tipo de tecnologia são Microsoft, Salesforce,
Skytap, HP, IBM, Amazon e Google.
As principais características da computação em nuvem são a agilidade,
escalabilidade, acesso em qualquer local e por diferentes aparelhos (telefones
celulares, laptops e PDAs), permite o compartilhamento de recursos por um
grande grupo de usuários, serviços fáceis de usar, não sendo necessária
instalação. Porém, o quesito segurança preocupa um pouco. Assim como tem
surgido tecnologias como esta para facilitar o acesso às informações,
paralelamente pessoas especializadas em invadir computadores e programas,
os "hackers" podem invadir nossos dados e roubá-los. No entanto, estas
empresas fornecedoras da computação em nuvem investem muito em
segurança, nos chamados “antivírus em nuvem”
Quando é utilizado a nuvem para armazenamento e edição, não
existe a necessidade de dispositivos de armazenamento em massa
tais como: pen-drives,Cd, Blu-ray, HD, etc. E essa situação
traz várias vantagens para quem faz uso desses serviços.
126
Comprometimento de dados -
Velocidade de acesso
Custo
Disponibilidade
Esse tipo de nuvem o próprio usuário faz a adesão de uma infraestrutura que
já vem pronta, tanto hardware como software (“máquinas virtuais”). Nesse
serviço contratado, o usuário possui total controle sobre os recursos aderidos e
se desejar pode fazer uso desses recursos sempre que quiser, bastando
apenas do uso da Internet.
As grandes empresas que necessitam de um servidor controlador de acesso
ou servidor de segurança, mas que não há necessidade de instalar um
computador, utilizam muito esse tipo específico de serviço. Exemplo de
empresas que prestam esse tipo de serviço é a Amazon, Google Cloud
Platform e a IBM.
127
Já esse tipo específico é muito usado para acesso de softwares sem haver a
necessidade destes estarem instalados na máquina do cliente. Quando o
usuário recebe um e-mail com anexos do tipo .docx ou .pdf e consegue abrir
o conteúdo desses anexos no próprio navegador de internet sem a
necessidade de ter instalado na máquina o Word ou um leitor de .pdf. Outro
serviço muito utilizado na Tipologia SaaS é o de armazenamento de dados na
nuvem Cloud Storage (armazenamento em nuvem), onde o usuário contrata
um serviço de armazenamento em nuvem e utiliza programas específicos do
serviço contratado para gerenciar os arquivos armazenados ou utiliza o próprio
navegador de Internet para poder acessar seus recursos salvos em nuvem.
Exemplos de empresas que prestam esse tipo de serviço são Dropbox, iCloud,
google docs.
NUVEM PÚBLICA
Vantagens
Redução de custos – não há necessidade de comprar hardware ou
software.
Sem manutenção – seu provedor de serviços fornece a manutenção.
Escalabilidade.
Alta confiabilidade.
128
NUVEM PRIVADA
Vantagens
NUVEM HÍBRIDA
Assim como o nome sugere, nuvem mista ou nuvem híbrida é quando uma
empresa ou organização utiliza os recursos de nuvem pública e nuvem privada
ao mesmo tempo.
Na teoria, esse tipo de nuvem seria o modelo mais indicado para as empresas,
pois esse tipo de implementação oferece muitos recursos de operação. Mas, a
implantação desse tipo de serviço em nuvem é mais cara que a nuvem pública
ou privada, pois ao mesclar os dois tipos de implantação em nuvem, o recurso
pode se tornar economicamente inviável para Pequenas e Médias Empresasbb
Exercícios:
129
B) Software como serviço
C) Infraestrutura de redes sociais
D) Redes sociais como serviço
E) Hardware como serviço
GABARITO
01 – A
02 – B
03 – C
130
são: o ‘conceito organísmico’, a ‘construção do organismo como um sistema
aberto’ e a construção da ‘Teoria Geral dos Sistemas (ROSSINI e
PALMISANO, 2012, p.3)
Desde 1950 a Teoria Geral dos Sistemas (TGS) começou a ser estudada como
teoria pelo biólogo alemão Ludwing Von Bertallanffy, abordando as questões
científicas e empíricas ou pragmáticas dos sistemas. O foco de seus esforços
estava na produção de conceitos que permitam criar condições de aplicações
na realidade empírica e pragmática, sob a óptica das questões científicas dos
sistemas.
Fica, portanto, determinada, origem da TGS, e sua importância para o
desenvolvimento dos estudos relacionados aos sistemas como um todo.
Chiavenato (2011) afirma que não há na TGS a busca pela solução de
problemas ou soluções práticas, mas sim: “produzir teorias e formulações
conceituais para aplicações na realidade empírica”.
3) Esta teoria pode ser um importante meio para alcançar uma teoria exata nos
campos não físicos da ciência.
131
surge o seguinte questionamento: Qual a definição de sistemas? Essa não é
uma pergunta simples de se respondida, uma vez que existem vários tipos de
sistemas e seria então necessário ter uma definição que abrangesse todas as
ciências. Pode-se começar a apresentar a definição de sistemas a partir da
apresentada por Rezende (2010) que afirma existir vários conceitos, podendo-
se destacar:
132
Chiavenato (2010), Rossini e Palmisano (2012), apresentam perspectivas
distintas em relação a um mesmo termo.
Para Chiavenato (2010), o “sistema recebe entradas (inputs) ou insumos para
poder operar”, podendo estes serem constituídos de “informação, energia e
materiais”.
A física convencional só trata de sistemas fechados, que são aqueles que estão
isolados do seu ambiente. Porém, normalmente esses sistemas que só são
estudados em casos isolados nunca aparecem separados do meio, mas sim
133
interagindo com outros sistemas. Somente nos últimos anos que a física passou
a englobar alguns casos de sistemas abertos.
Existe um grande contraste entre a natureza animada e a natureza inanimada,
no ponto de vista da física convencional. O próprio metabolismo humano é um
grande paradoxo, como também o princípio da equifinalidade.
Ao pegar o ponto de vista dos sistemas generalizados, muitas das supostas
violações, paradoxos e contradições da física convencional desaparecem, e o
conceito de sistema aberto pode ser aplicado à níveis não físicos.
Informação e entropia
Causalidade e Teologia
A teoria geral dos sistemas tem como função integrar a ciência. Essa integração
não tem como objetivo de reduzir tudo ao nível da física, mas sim na elaboração
de leis que sirvam para todas as áreas.
A concepção humana de “desenvolvimento” está muito ligada ao
desenvolvimento de novas tecnologias e inventos, que inclusive levaram a
grandes catástrofes do nosso tempo. É possível que se tratarmos o mundo como
uma grande organização, daremos mais importância aos seres vivos.
Importância esta que quase perdemos nas últimas décadas.
134
específicos.
Os benefícios do domínio humano sobre as leis da física são claros, como por
exemplo a nossa tecnologia. Nos campos biológicos, apesar de não serem tão
evoluídos, conseguimos melhoras na qualidade de vida e expectativa de vida.
Mas, todo o controle do ser humano sobre a tecnologia também traz um grande
perigo: o da destruição. Muitas vidas foram tiradas por inventos que nós mesmo
criamos. O homem não é somente um pequeno “animal político”, mas sim um
indivíduo que merece sua importância.
QUESTÃO
Sistemas de informação
A primeira questão a se pensar em relação a esse assunto é que o sistema de
informação não está restrito a um hardware ou software.
Na verdade, o objetivo dos sistemas de informação é entender e analisar como
ocorre o impacto da adoção das tecnologias de informação nos processos de
decisão gerenciais e administrativos das empresas.
O sistema é dividido em subsistemas.
Um deles é social (incluindo pessoas, informações, processos e documentos) e
o outro, automatizado (composto por máquinas, redes de comunicação e
computadores).
Isso demonstra que realmente as pessoas são fundamentais para essa
ferramenta.
Quais são as características desse sistema?
O sistema de informação pode trabalhar com diversos elementos. Entre eles
estão software, hardware, banco de dados, sistemas especialistas, sistemas de
apoio à gestão etc.
Ou seja, estão inclusos todos os processos informatizados, que podem
disponibilizar a informação correta e fazer a empresa funcionar de maneira
adequada.
No entanto, existem algumas características inerentes a esse sistema que
devem ser levadas em consideração. Veja quais são elas.
135
Relevância
Integração
Fluxo independente
Ele está integrado aos subsistemas existentes e, por isso, age de forma mais
rápida e com menos custo.
Controle
Diretrizes
136
Esses diversos tipos de sistemas trabalham de maneira integrada, atendendo a
interesses empresariais diversificados. Eles atuam nos níveis estratégico,
operacional, de conhecimento e tático.
ERP
Os dados fornecidos pelos softwares ERP ajudam a trazer mais agilidade aos
processos e permitem cumprir a produção por demanda, também chamada de
just in time.
CRM
SCM
137
Já os sistemas Supply Chain Management (ou gestão da cadeia de
fornecimento) integram os diferentes processos relativos os fornecedores de
serviços, produtos e informações.
SIG
As informações podem ser fornecidas por meio de gráficos, planilhas ou, mais
comumente, relatórios.
No caso dos relatórios, eles podem ser categorizados em 4 tipos, como você
verá a seguir.
- Relatórios programados
- Relatórios de exceção
138
- Informes e respostas por solicitação
- Relatórios em pilhas
139
Quais as principais etapas de resolução de problemas durante o
desenvolvimento de novos sistemas de informação?
Os passos para resolução de problemas durante o desenvolvimento de novos
sistemas de informação são: definir e entender o problema, desenvolver
soluções alternativas, escolher a melhor solução e implementar a solução.
Quais são as disciplinas e as etapas de desenvolvimento de sistemas
explique cada uma delas?
Projeto ou Análise, codificação, testes, Implantação, treinamento e manutenção.
Veja esta proposta das possíveis etapas para o desenvolvimento de softwares.
O que é a evolução de um sistema de informação?
O grande salto evolutivo nos sistemas de informação aconteceu nos anos 1980,
com a popularização dos computadores. A globalização, que teve início no final
dos anos 70 do século XX, aumentou significativamente as transações
comerciais entre as nações, o que impactou diretamente a produção das
empresas.
Quatro etapas para a construção de um sistema de informação:
• Definição e entendimento do problema.
• Desenvolvimento de soluções alternativas.
• Avaliação e escolha de soluções.
• Implementação da solução.
O desenvolvimento de sistemas é um processo que ocorre em algumas etapas,
como projeto ou análise, codificação, testes, implantação, treinamento e
manutenção. A definição das etapas pode variar de caso para caso, mas de uma
forma geral o processo de desenvolvimento está relacionado às seguintes
etapas:
Projeto ou Análise
O projeto é a parte mais importante do sistema. Nele é definido o que, como,
quando e porque será feito.
No projeto são realizados diversos tipos de análises, protopipação, desenhos de
cenários, diagramas e outras representações para tentar aproximar ao máximo
a expectativa e o resultado final do sistema.
Codificação
A codificação é o desenvolvimento propriamente dito. Aqui são escritas milhares
de linhas de códigos que interligação o sistema com bancos de dados e outros
dispositivos a fim de produzir o resultado que foi especificado no projeto.
A codificação é uma atividade subordinada no projeto.
140
Testes
A etapa de testes é importante para verificar a existência de falhas ou se o
sistema está se comportando dentro dos princípios do projeto.
A realização de testes não deve ser feita de qualquer maneira ou por qualquer
pessoa. Para obter um bom resultado, o ideal é estabelecer procedimentos para
testes, que deverá incluir:
▪ O que deve ser testado;
▪ Qual dado deverá ser inserido;
▪ Qual o perfil da pessoa que irá testar: amador, experiente, usuário, etc;
▪ Se o procedimento deverá ser repetido com variações de dados;
▪ Entre outros.
O relatório de testes deverá constar como e quando os testes foram feitos, bem
como se o resultado foi satisfatório ou não.
Implantação e treinamento
Se aprovado nos testes, o sistema deverá ser implantado, isto é, colocar em
produção. Em muitos casos a implantação é a etapa mais dolorosa do processo
de desenvolvimento de sistemas, já que implicam movimentar pessoas,
hardwares, softwares e muitas vezes com a empresa em pleno funcionamento.
Dependendo do tipo e tamanho do sistema é necessário determinar momentos
estratégicos para a implantação a fim de provocar menos impacto nos
procedimentos da empresa.
Manutenção
A última etapa do processo de desenvolvimento de sistemas é a manutenção.
Ela inicia logo após a implantação e não terá fim, ou seja, existirá enquanto o
sistema existir.
A manutenção é uma etapa de muitas controvérsias, por isto é importante existir
um documento que regulamente o que é manutenção, quais as
responsabilidades de clientes, usuários e desenvolvedores, bem como os custos
envolvidos nessas atividades.
Teoria da informação
-Conceitos de informação, dados, representação de dados, de conhecimentos,
segurança e inteligência
A teoria matemática da informação estuda a quantificação, armazenamento e
comunicação da informação.
141
A medida chave em teoria da informação é a entropia. A entropia é o grau de
casualidade, de indeterminação que algo possui. Ela está ligada à quantidade
de informação. Quanto maior a informação, maior a desordem, maior a entropia.
Quanto menor a informação, menor a escolha, menor a entropia.
Por exemplo, a saída de um cara ou coroa de uma moeda honesta (com duas
saídas igualmente prováveis) fornece menos informação (menor entropia) do
que especificar a saída da rolagem de um dado de seis faces (com seis saídas
igualmente prováveis). Algumas outras medidas importantes em teoria da
informação são informação mútua, informação condicional e capacidade de um
canal.
Dado, Informação e Conhecimento
Dado:
Dados são uma série de fatos discretos que servem como base para a
construção da informação e do conhecimento.
Um dado não apresenta um significado importante e não leva a nenhuma
compreensão quando analisado sozinho.
Tipos de Dados
De modo geral, existem três tipos de dados:
- Qualitativos: qualidade de algo;
- Quantitativos: números;
- Categóricos: categorias.
Metadados:
Metadados tem a função de informar “do que se trata” um determinado dado
numa linguagem de computador.
142
Definições e regras de negócio, detalhes de segurança, informação de domínios,
tags XML são metadados.
Informação:
Informação nada mais é do que uma estruturação e organização de dados.
Sua finalidade é reduzir incertezas, a fim de levar ao conhecimento.
Conhecimento:
É a informação processada e já transformada em experiência por uma pessoa.
Conhecimento Tácito: conhecimento informal, adquirido com as experiencias ao
longo da vida (constituído na mente).
Conhecimento explícito: conhecimento interno estruturado, como manuais de
produtos e guias instrucionais.
Inteligência:
Capacidade de compreender e resolver novos problema e conflito e adaptar-se
a novas situações.
Inteligência envolve o poder de síntese de uma determinada situação.
QUESTÕES
01- (CESPE 2018) Julgue o próximo item, a respeito da teoria da informação e
de sistemas de informação.
O conceito de conhecimento é mais complexo que o de informação, pois
conhecimento pressupõe um processo de compreensão e internalização das
informações recebidas, possivelmente combinando-as.
( ) CERTO
( ) ERRADO
Gabarito:
01 – C
143
02 – E
Banco de dados
Conceitos Banco de Dados
Entidade
Quando falamos em entidade não tem nada a ver com um ser do outro
mundo. Outra definição bem aceita e muito citada é tabela, é urna
estrutura composta:
Relacionamento
144
Atributos
Os atributos por sua vez são os dados do qual são armazenados acerca
de urna determinada informação e que são definidos com domínios
específicos. O domínio (tipo de informação: valor inteiro, real, texto,
palavra, caractere, booleano - aqui citados, a fim de entendimento na
aplicação prática, recebem outros nomes).
Simples
compostos
Monovalorados
multivalorados
Nulo
Derivado
Ao realizar a definição de um relacionamento entre duas entidades, é necessário
definir qual é essa relação, e muito importante também definir sua cardinalidade.
A cardinalidade define se uma entidade pode ter apenas uma instância de outra
entidade atrelada a ela (um para um) ou se ela pode ter várias instâncias (um
para muitos).
Exemplos:
Um para muitos
Muitos para muitos
145
Exemplo:
Uf(UF Código, UF_Sigla, UF_Nome)
Cidade( Cdd Codigo, UF_Codigo, Cdd_Nome, Cdd_DDD)
PssFisica(PssFsc Codigo, PssFsc_Nome, PssFsc_CPF, PssFsc_RG,
PssFsc_Rua,
DER
O Diagrama Entidade Relacionamento é uma espécie de detalhamento
de um MODELO ENTIDADE- RELACIONAMENTO ( MER), ou seja, é uma
estrutura mais visual das ligações que existem entre as entidades Na figura
abaixo podemos ver basicamente como funcionam.
Símbolo Significado
Tipo de Entidade
Tipo de Ertidade-Fraca
Atributo
-----e)
Atribut0-Chave
------Q
Atributo Multivalorado
----O>
Atributo Composto
Atributo Derivado
Participação Total de E2 em R
SQL
SQL é a linguagem padrão usada para a criação, manipulação e
consulta a bd. Standard Query Location, ou simplesmente SQL é uma
linguagem estruturada que se baseia nas operações da Álgebra Relacional
146
para seleção de linhas e colunas de dados das tabelas ou de junções
destas em um Banco de Dados.
DataMining
A empresa tinha corno meta conhecer o cenário de suas vendas, corno por
exemplo: qual produto era mais vendido em determinado dia da semana, em
cima dos dados obtidos constatou-se que os produtos mais vendidos eram
cerveja e fralda.
147
de conhecimento em banco de dados é também chamada de KDD
(Knowledge Discovery in Databases). Por sua vez, o processo de
descoberta em si é dividido em seis fases:
1) Seleção de dados;
2) Limpeza de dados;
3) Enriquecimento;
4) Transformação ou codificação de dados;
5) Mineração de Dados;
6) Relatório e exibição da informação descoberta.
Exercícios:
148
temporais, para detectar relacionamentos sistemáticos
entre variáveis, detectando assim novos subconjuntos de dados é
conhecido como
a) Data Warehouse.
b) SGBD.
c) Mineração de Dados (Data Mining).
d) modelagem relacional de dados.
e) Mineração de Textos (Text Mining
GABARITO
01 – ERRADO
02 – CERTO
03 – C
04 – C
149
Bases de dados relacionais consistem, principalmente de três componentes:
Uma coleção de estruturas de dados, conhecidas como relações, ou
informalmente tabelas;
Uma coleção dos operadores, a álgebra e o cálculo relacionais; e
Uma coleção de restrições da integridade, definindo o conjunto consistente de
estados de base de dados e de alterações de estados. As restrições de
integridade podem ser de quatro tipos: de domínio (também conhecidas como
type), de atributo, relvar (variável relacional) e restrições de base de dados.
Um banco de dados possui vários tipos de usuários, que exercem atividades
diferenciadas, de acordo com seu contexto:
- DBA
- Analista Sistemas / Programador
- Usuário Final
DBA – Data Base Administrador
Administrador de banco de dados (DBA): Responsável por monitorar e gerenciar
todas as bases de dados criados no SGBD.
Controla as permissões dos usuários, realiza backups, recupera dados em caso
de falhas, monitora os serviços (Jobs) de usuário.
Analista de Sistemas e Programadores
O Analista de Sistemas e Programadores são responsáveis por modelar a base
de dados e implementá-la no SGBD escolhido.
Também são responsáveis por desenvolver a aplicação (em linguagem de
programação) e conectar essa aplicação à base de dados do sistema.
Usuários Finais
Os usuários finais são aquelas pessoas que vão trabalhar diariamente com as
aplicações desenvolvidas.
São responsáveis por “alimentar” o banco de dados e alterar os dados
armazenados. Não possuem nenhum conhecimento sobre o SGBD utilizado.
USUÁRIO
FINAL
ANALISTA /
PROGRAMA
DOR APLICAÇÃO APLICAÇÃO APLICAÇÃO
01 02 03
SGBD
DBA BANCO DE BANCO DE BANCO DE
DADOS 01 DADOS 02 DADOS 03
150
Um Banco de Dados é a representação de algum aspecto do mundo real.
Prototipação
A prototipação é uma forma de visualizar a sua ideia antes mesmo de tirá-la do
papel. Ela é de extrema importância para startups, uma vez que evita maiores
gastos no desenvolvimento.
Então a prototipação busca simular a experiência do usuário com a solução final
e mostrar como serão as funcionalidades. É a tangibilização da ideia!
O principal benefício de prototipar é, justamente, permitir ver a ideia no papel,
tirando ela do mundo abstrato e jogando para o mundo material. Seu objetivo é
validar os requisitos do usuário.
Tipos de prototipação
Baixa fidelidade X Alta fidelidade: de acordo com o nível de fidelidade do
protótipo com o produto final.
Protótipos baixa fidelidade tem um baixo nível de detalhes, mas representa as
funcionalidades e é muito barato e rápido de fazer, além de ser facilmente
descartável.
Protótipos de alta fidelidade são bem próximos do produto final. Tenta
apresentá-lo da forma mais fiel possível.
Horizontal X Vertical: de acordo com o escopo de funcionalidades e a
profundidade dos protótipos.
A prototipação horizontal apresenta várias funcionalidades da versão final,
mas não se aprofunda em cada uma delas.
Prototipação vertical, os requisitos são analisados de forma mais profunda.
Porém, com mais detalhes, são apresentadas menos funcionalidades.
Descartável X Evolutivo: se o protótipo será reutilizado ou não no
desenvolvimento final.
O protótipo evolutivo passará por diversas transformações até chegar na versão
final. Ou seja, o protótipo será reutilizado ao longo do processo de
desenvolvimento.
Prototipação descartável é usado apenas para visualizar o produto, depois é
descartado.
Ferramentas para prototipação
Webflow: plataforma no-code para design e desenvolvimento de páginas web.
Sketch: plataforma para design digital.
Figma: ferramenta colaborativa de design de interface.
Adobe XD: a ferramenta colaborativa da Adobe para UX/UI.
151
PowerPoint: você pode usar o famoso PowerPoint para organizar protótipos.
NinjaMock: ferramenta de wireframes e mockups online.
Framer: ferramenta de prototipação para equipes.
Figma: ferramenta de design de interface colaborativa.
Miro: plataforma de whiteboard gratuita e colaborativa.
InVision: plataforma de design, fluxo de trabalho e colaboração.
152
A figura de um relacionamento é representada através de um losango, tal como
as entidades os relacionamentos são classificados em fortes ou fracos. Tal como
as entidades, os relacionamentos também possuem nome e devem expressar o
real significado dentro do contexto modelado.
153
Cardinalidade
A cardinalidade representa a quantidade de vezes que um elemento de um
conjunto de entidades pode, em um determinado instante, estar associado em
um dado relacionamento, a outros elementos de outras entidades.
A cardinalidade de uma relação é definida em cada um dos sentidos do
relacionamento por um conjunto (x,y) onde x representa a cardinalidade mínima
e y representa a cardinalidade máxima.
154
Relacionamentos mutuamente exclusivos.
Relacionamentos Independentes:
Tipo de relacionamento presente na maioria das relações. Não há necessidade
de interpretação simultânea de outro relacionamento. Ou seja, é independente,
não depende de ninguém para existir ou influenciar o seu comportamento.
Relacionamentos Contingentes:
Estabelecem associações simultâneas entre os elementos envolvidos. Ou seja,
mais de um relacionamento deve ocorrer em um mesmo instante.
Sua representação é recomendada, pois envolvem regras de negócio
específicas que se não mapeadas neste momento, fatalmente serão esquecidas
mais adiante no decorrer do projeto.
155
Reflete um exemplo onde uma obra é gerida por uma Empresa Privada ou por
uma Unidade Federativa ou por um Município. Ou seja, três tipos de entidades
podem gerir uma obra, porém somente uma é a entidade gestora.
3 - Atributos
Os atributos são informações que caracterizam as entidades e os
relacionamentos. Um atributo pode: identificar, descrever, qualificar, quantificar
ou registrar o estado/situação/ocorrência de uma entidade.
Atributo identificador: Representado através de uma bola cheia na extremidade
do atributo. Atributos identificadores identificam ou compõe a identificação única
de uma ocorrência em uma entidade. Vale ressaltar que uma entidade e/ou
relacionamento pode possuir mais de um atributo identificador, desde que os
mesmos em conjunto componham a identificação única.
Atributo não identificado: Representado através de uma bola vazia na
extremidade do atributo. Corresponde a maioria das ocorrências de uma
entidade. Além disso, atributos não identificados podem ser opcionais, ou seja,
em algumas instâncias de entidade, alguns atributos poderão conter valores
nulos.
Atributos multivalorados: Representado através de uma flor ou asterisco na
extremidade do atributo.
Atributos multivalorados são utilizados para representar mais de uma ocorrência
de valor de um atributo dentro de uma mesma instância de uma entidade.
Atributos compostos: Representados através de uma oval com vários nós na
extremidade do atributo.
Atributos compostos são utilizados para representar mais de um tipo de
informação (qualificação) em um atributo. Tal como o atributo multivalorado, seu
uso é recomendado somente no modelo conceitual de dados.
156
Mecanismos avançados de abstração utilizados em um Modelo Conceitual de
Dados
Os mecanismos avançados de abstração são excelentes recursos para melhorar
o entendimento e representação dos modelos de dados. Alguns mecanismos
como o auto relacionamento já são bastante utilizados pelos técnicos que
produzem os modelos de dados. As seções a seguir irão detalhar e mostrar
exemplos de como esses mecanismos são utilizados.
1 - Repetição
Existem situações em que uma mesma instância de uma entidade pode
selecionar com outra mesma instância de outra entidade várias vezes.
A repetição permite representar as regras de negócio que expressam a
quantidade de instâncias de relacionamentos que podem ser estabelecidos entre
os mesmos elementos das entidades participantes de um relacionamento.
Quando trabalhamos com o mecanismo de Repetição, é obrigatória a existência
de um atributo identificador no relacionamento onde ocorre a repetição.
A repetição é indicada no modelo através de um número que indica quantas
vezes uma mesma instância de uma entidade pode se relacionar com outra
instância mais de uma vez em outra entidade. Se o número de vezes for
indefinido utiliza-se a letra “N”.
157
O auto relacionamento, também conhecido como relacionamento recursivo
representa a associação entre elementos pertencentes à mesma entidade.
Em um auto relacionamento temos sempre dois papéis formados pelos
elementos de uma entidade. A representação desses papéis é obrigatória e
fundamental para o entendimento do modelo. De forma geral, prefiro utilizar um
substantivo para nomear o relacionamento e verbos ou expressões verbais para
nomear os papéis.
3 - Generalização e Especialização
Existem situações onde precisamos representar entidades comuns com um
maior ou menor grau de propriedades em cada uma, sempre mantendo uma
visão hierárquica entre essas entidades. Dependendo da situação, podemos
utilizar a Generalização ou a Especialização.
A consiste em criar um conceito superior para as entidades existentes, mantendo
uma relação de hierarquia de entidade entre a nova entidade (entidade pai) e as
entidades já existentes (entidades filhas).
ABSTRAÇÃO
Uma camada de abstração de banco de dados é uma interface de programação
de aplicações que unifica a comunicação entre uma aplicação de computador e
bancos de dados como o SQL Server, DB2, MySQL, PostgreSQL, Oracle ou
SQLite. Tradicionalmente, todos os fornecedores de bancos de dados fornecem
suas próprias interfaces sob medida para os seus produtos, o que deixa o
programador de aplicações implementar código para todas as interfaces de
banco de dados que ele ou ela deseja suportar. As camadas de abstração de
banco de dados reduzem a quantidade de trabalho fornecendo uma API
consistente para o desenvolvedor e esconde os detalhes do banco de dados
atrás desta interface tanto quanto possível. Existem muitas camadas de
abstração com interfaces diferentes em várias linguagens de programação. Se
uma aplicação possui tal camada embutida, ela é chamada de agnóstica a banco
de dados (database-agnostic).
Níveis de abstração de banco de dados
Nível físico (nível mais baixo)
Define como os dados são armazenados. É muito complexo e é usado por
desenvolvedores.
Nível conceitual (nível médio ou próximo mais alto)
Define dados em termos de um modelo de dados. Ele diz o quais dados são
armazenados e descritos em pequenos números. Este nível é normalmente
usado pelo DBA (database administrator - em português, administrador de banco
de dados).
Nível externo ou de visão
158
Define um número de visões simplificadas de domínio específico. Descreve
apenas parte de bancos de dados. Este nível é usado pelos usuários.
MODELO ENTIDADE RELACIONAMNETO
O Modelo Entidade Relacionamento (também chamado Modelo ER, ou
simplesmente MER), como o nome sugere, é um modelo conceitual utilizado na
Engenharia de Software para descrever os objetos (entidades) envolvidos em
um domínio de negócios, com suas características (atributos) e como elas se
relacionam entre si (relacionamentos).
Em geral, este modelo representa de forma abstrata a estrutura que possuirá o
banco de dados da aplicação. Obviamente, o banco de dados poderá conter
várias outras entidades, tais como chaves e tabelas intermediárias, que podem
só fazer sentido no contexto de bases de dados relacionais.
Entidades
Os objetos ou partes envolvidas um domínio, também chamados de entidades,
podem ser classificados como físicos ou lógicos, de acordo sua existência no
mundo real. Entidades físicas: são aquelas realmente tangíveis, existentes e
visíveis no mundo real, como um cliente (uma pessoa, uma empresa) ou um
produto (um carro, um computador, uma roupa). Já as entidades lógicas são
aquelas que existem geralmente em decorrência da interação entre ou com
entidades físicas, que fazem sentido dentro de um certo domínio de negócios,
mas que no mundo externo/real não são objetos físicos (que ocupam lugar no
espaço). São exemplos disso uma venda ou uma classificação de um objeto
(modelo, espécie, função de um usuário do sistema).
As entidades são nomeadas com substantivos concretos ou abstratos que
representem de forma clara sua função dentro do domínio. Exemplos práticos de
entidades comuns em vários sistemas são Cliente, Produto, Venda, Turma,
Função, entre outros.
Podemos classificar as entidades segundo o motivo de sua existência:
Entidades fortes: são aquelas cuja existência independe de outras entidades, ou
seja, por si só elas já possuem total sentido de existir. Em um sistema de vendas,
a entidade produto, por exemplo, independe de quaisquer outras para existir.
Entidades fracas: ao contrário das entidades fortes, as fracas são aquelas que
dependem de outras entidades para existirem, pois individualmente elas não
fazem sentido. Mantendo o mesmo exemplo, a entidade venda depende da
entidade produto, pois uma venda sem itens não tem sentido.
Entidades associativas: esse tipo de entidade surge quando há a necessidade
de associar uma entidade a um relacionamento existente. Na modelagem
Entidade-Relacionamento não é possível que um relacionamento seja associado
a uma entidade, então tornamos esse relacionamento uma entidade associativa,
que a partir daí poderá se relacionar com outras entidades. Para melhor
compreender esse conceito, tomemos como exemplo uma aplicação de vendas
159
em que existem as entidades Produto e Venda, que se relacionam na forma
muitos-para-muitos, uma vez que em uma venda pode haver vários produtos e
um produto pode ser vendido várias vezes (no caso, unidades diferentes do
mesmo produto). Em determinado momento, a empresa passou a entregar
brindes para os clientes que comprassem um determinado produto. A entidade
Brinde, então, está relacionada não apenas com a Venda, nem com o Produto,
mas sim com o item da venda, ou seja, com o relacionamento entre as duas
entidades citadas anteriormente. Como não podemos associar a entidade Brinde
com um relacionamento, criamos então a entidade associativa "Item da Venda",
que contém os atributos identificadores das entidades Venda e Produto, além de
informações como quantidade e número de série, para casos específicos. A
partir daí, podemos relacionar o Brinde com o Item da Venda, indicando que
aquele prêmio foi dado ao cliente por comprar aquele produto especificamente.
Mais adiante veremos um exemplo prático onde poderemos observar a
existência dessas entidades de forma mais clara.
Relacionamentos
Uma vez que as entidades são identificadas, deve-se então definir como se dá
o relacionamento entre elas. De acordo com a quantidade de objetos envolvidos
em cada lado do relacionamento, podemos classifica-los de três formas:
Relacionamento 1..1 (um para um): cada uma das duas entidades envolvidas
referenciam obrigatoriamente apenas uma unidade da outra. Por exemplo, em
um banco de dados de currículos, cada usuário cadastrado pode possuir apenas
um currículo na base, ao mesmo tempo em que cada currículo só pertence a um
único usuário cadastrado.
Relacionamento 1..n ou 1..* (um para muitos): uma das entidades envolvidas
pode referenciar várias unidades da outra, porém, do outro lado cada uma das
várias unidades referenciadas só pode estar ligada uma unidade da outra
entidade. Por exemplo, em um sistema de plano de saúde, um usuário pode ter
vários dependentes, mas cada dependente só pode estar ligado a um usuário
principal. Note que temos apenas duas entidades envolvidas: usuário e
dependente. O que muda é a quantidade de unidades/exemplares envolvidas de
cada lado.
Relacionamento n..n ou *..* (muitos para muitos): neste tipo de relacionamento
cada entidade, de ambos os lados, podem referenciar múltiplas unidades da
outra. Por exemplo, em um sistema de biblioteca, um título pode ser escrito por
vários autores, ao mesmo tempo em que um autor pode escrever vários títulos.
Assim, um objeto do tipo autor pode referenciar múltiplos objetos do tipo título, e
vice versa.
160
- Dados estruturados e não estruturados
Dados são essenciais e saber utilizá-los é primordial para a sobrevivência de
qualquer empresa. Quando falamos sobre dados ou análises, os termos dados
estruturados e não estruturados aparecem frequentemente. Um dado é a
representação utilizada para gerar uma informação. Os dados sozinhos não
correspondem a nenhum valor, eles precisam ser analisados em conjunto para
se chegar a alguma informação.
Dados Estruturados
Dados estruturados são aqueles organizados e representados com uma
estrutura rígida, a qual foi previamente planejada para armazená-los.
Pense em um formulário de cadastro com os campos: nome, e-mail, idade e uma
pergunta que admite como resposta sim ou não. O campo nome será um texto,
uma sequência de letras com ou sem a presença de espaços em branco, que
terá um limite máximo e não poderá conter números ou símbolos. O campo e-
mail também terá o padrão textual, mas formado por uma sequência de
caracteres (e não só letras, pois admitirá números e alguns símbolos) e terá que
ter obrigatoriamente um arroba. Idade é um campo que aceita apenas um
número inteiro positivo, enquanto o campo referente a pergunta armazena um
valor binário (pense um 1 bit, que pode ser 0 ou 1. Valor 0 para não, 1 para sim).
Assim, cada campo possui um padrão bem definido, que representa uma
estrutura rígida e um formato previamente projetado para ele. Destaco 2 pontos:
Os dados de um mesmo cadastro estão relacionados (dizem respeito a mesma
pessoa). Em outras palavras, os dados estruturados de um mesmo bloco
(registro) possuem uma relação.
Registros ou grupos de dados diferentes (como de pessoas diferentes), possuem
diferentes valores, mas utilizam a mesma representação estrutural homogênea
para armazenar os dados. Ou seja, possuem mesmo atributos (pense como
sinônimo de campos no exemplo acima) e formatos, mas valores diferentes.
Agora, veja, banco de dados é um exemplo de dados estruturados, mas existem
outros. O formulário de cadastro, mesmo que salvasse os dados em outro
recurso fora banco de dados (como em um arquivo), também é um exemplo de
161
dados estruturados por conter campos definidos por uma estrutura rígida e
previamente projetada, se enquadrando na definição.
Exemplos de Dados Estruturados
O exemplo mais típico de dados estruturados é um banco de dados. Nele, os
dados são estruturados conforme a definição de um esquema, que define as
tabelas com seus respectivos campos (ou atributos) e tipos (formato). O
esquema pode ser pensado como uma meta-informação do banco de dados, ou
seja, uma descrição sobre a organização dos dados que serão armazenados no
banco. É exatamente como no exemplo do formulário que, normalmente, está
interligado com um banco de dados.
Dados Não Estruturados
Qual é o oposto de uma estrutura rígida e previamente pensada? Uma estrutura
flexível e dinâmica ou sem estrutura. Exemplo mais comum? Um documento ou
um arquivo.
Pense em um arquivo feito em um editor de texto. Você pode adicionar quanto
texto quiser, sem se preocupar com campos, restrições e limites. O arquivo pode
conter também imagens, como gráficos e fotos, misturado com textos. Imagens,
assim como vídeos ou arquivos de áudio, são também exemplos de dados não
estruturados.
Assim, é fácil concluir que as redes sociais, as quais possuem um enorme
volume de dados, como textos, imagens e vídeos criados diariamente por
usuários, representam outro exemplo de dados não estruturados. Atualmente,
mais de 80% do conteúdo digital gerado no mundo é do tipo não estruturado.
Essa informação está nesse artigo.
Exemplos de Dados Não Estruturados
Normalmente, basta pensar em uma situação de dados que não seguem
estrutura para termos exemplos de dados não-estruturados, mas é preciso tomar
um pouco de cuidado com essa análise.
Em computação, todo dado, seja ele um arquivo ou um campo rígido, terá que
ter algum tipo de estrutura, mesmo que mínima. Um arquivo é um tipo de
estrutura mínima, pois é a unidade básica de armazenamento de um sistema
operacional, mas ela é genérica, pois aceita diferentes tipos de dados. Em
resumo, quase tudo cairá em um arquivo, mesmo porque um vídeo tem que
gravar em arquivo seus dados com um codificador (codec), um áudio também e
assim por diante. Pensem, portanto, na estrutura interna do arquivo, se ela existe
e é rígida, ou não.
Assim, possivelmente, a maior parte dos arquivos que você pensar serão não-
estruturados. Vamos aos exemplos:
162
Textos diversos (páginas da internet, relatórios, documentos, e-mails,
mensagens em aplicativos como Whats App etc)
Imagens (fotos, gráficos, ilustrações, desenhos etc)
Arquivos de áudio (música, streaming etc)
Arquivos de vídeo (filmes, seriados, feitos por usuários etc)
Redes sociais (blogs, Facebook, Twitter, Instagram, Linkedin etc)
Dados Semi-Estruturados
Apresentam uma representação heterogênea, ou seja, possuem estrutura, mas
ela é flexível. Assim, pensando no exemplo acima, ela agrega um pouco dos
dados lados em termos de benefícios. Facilita o controle por ter um pouco de
estrutura, mas também permite uma maior flexibilidade.
Um exemplo típico é um arquivo em XML (eXtensible Markup Language, que
significa, em português, linguagem de marcação estendida), o qual possui nós,
que são rótulos de abertura e fechamento, este precedido com o símbolo “/”, com
os dados inseridos entre os nós. Vamos exemplificar.
Imagine o seguinte texto bruto (digo, por estar em um editor de texto):
Nome: Leandro Pinho Monteiro
E-mail: [email protected]
Rua Siqueira Bueno, 1134, Mooca, São Paulo.
Agora, pensem nesses dados não-estruturados transpostos para um arquivo
XML. O conteúdo da arquivo ficará ssim:
<?xml version=”1.0″ encoding=”UTF-8″ ?>
<cadastro>
<nome>Leandro Pinho Monteiro</nome>
<e-mail>[email protected]</e-mail>
<endereço>Rua Siqueira Bueno, 1134, Mooca, São Paulo</endereço>
</cadastro>
A primeira linha serve para avisar que o arquivo contém uma estrutura XML e
que usa codificação de caracteres unicode.
Outros exemplos de arquivos com dados semi-estruturados:
JSON – Javascript Object Notation,
RDF – Resource Description Framework,
OWL – Web Ontology Language.
163
- Banco de dados relacionais: conceitos básicos e características
Um banco de dados relacional é um tipo de banco de dados que armazena e
fornece acesso a pontos de dados relacionados entre si. Bancos de dados
relacionais são baseados no modelo relacional, uma maneira intuitiva e direta de
representar dados em tabelas. Em um banco de dados relacional, cada linha na
tabela é um registro com uma ID exclusiva chamada chave. As colunas da tabela
contêm atributos dos dados e cada registro geralmente tem um valor para cada
atributo, facilitando o estabelecimento das relações entre os pontos de dados.
164
Um banco de dados relacional é composto de tabelas bidimensionais . A tabela
contém um conjunto de valores em colunas e linhas. Cada coluna contém um
tipo de dados ( numéricos , alfa, binário ) e as regras ou restrições são impostas
para que apenas o tipo de dados aceito podem ser inseridos. Cada linha em uma
tabela representa um fato no negócio. Por exemplo, em uma tabela intitulada
Tabela Cliente, um cliente pode ser representado como: Coluna 1 - Sobrenome,
Coluna 2 - Nome , Coluna 3 - ID do cliente , Coluna 4 - Data de Nascimento .
Com essas informações combinadas , uma linha de dados representa sempre
um cliente único.
Como os Bancos de Dados Relacionais são Estruturados
O modelo relacional significa que as estruturas de dados lógicas: tabelas de
dados, exibições e índices são separadas das estruturas de armazenamento
físico. Essa separação significa que os administradores de banco de dados
podem gerenciar o armazenamento de dados físicos sem afetar o acesso a
esses dados como uma estrutura lógica. Por exemplo, a renomeação de um
arquivo de banco de dados não renomeia as tabelas armazenadas nele.
A distinção entre lógico e físico também se aplica às operações do banco de
dados, que são ações claramente definidas que permitem aos aplicativos
manipular os dados e as estruturas do banco de dados. As operações lógicas
permitem que um aplicativo especifique o conteúdo necessário e as operações
físicas determinam como esses dados devem ser acessados e, em seguida,
executa a tarefa.
Para garantir que os dados sejam sempre precisos e acessíveis, os bancos de
dados relacionais seguem determinadas regras de integridade. Por exemplo,
uma regra de integridade pode especificar que linhas duplicadas não são
permitidas em uma tabela para eliminar o potencial de informações errôneas que
entram no banco de dados.
O Modelo Relacional
Nos primeiros anos de bancos de dados, todos os aplicativos armazenavam
dados em sua própria estrutura única. Quando os desenvolvedores queriam criar
aplicativos para usar esses dados, precisavam conhecer muito a estrutura de
dados específica para encontrar os dados de que precisavam. Essas estruturas
de dados eram ineficientes, difíceis de manter e difíceis de otimizar para oferecer
um bom desempenho de aplicativos. O modelo de banco de dados relacional foi
projetado para resolver o problema de várias estruturas de dados arbitrárias.
O modelo relacional forneceu uma maneira padrão de representar e consultar
dados que poderiam ser usados por qualquer aplicativo. Desde o início, os
desenvolvedores reconheceram que a principal força do modelo de banco de
dados relacional estava no uso de tabelas, que era uma maneira intuitiva,
eficiente e flexível de armazenar e acessar informações estruturadas.
Com o tempo, outra força do modelo relacional surgiu quando os
desenvolvedores começaram a usar a linguagem de consulta estruturada (SQL)
165
para criar e consultar dados em um banco de dados. Por muitos anos, a SQL
tem sido amplamente utilizada como a linguagem para consultas de banco de
dados. Com base na álgebra relacional, a SQL fornece uma linguagem
matemática internamente consistente que facilita a melhoria do desempenho de
todas as consultas ao banco de dados. Em comparação, outras abordagens
devem definir consultas individuais.
- Chaves e relacionamentos
Redes de comunicação
- Introdução a redes (computação/telecomunicações)
- Camada física, de enlace de dados e subcamada de acesso ao meio
- Noções básicas de transmissão de dados: tipos de enlace, códigos, modos e
meios de transmissão
166
RACIOCÍNIO
LÓGICO
MATEMÁTICO
167
LÓGICA PROPOSICIONAL
Disposições Preliminares
Exemplo(s):
q: José é Médico.
Observações
II – Observe nos exemplos acima que cada proposição simples é representada poruma
letra minúscula.
Exemplo(s):
168
P ~P
V F
F V
Exemplo:
p: Pitágoras foi jogador do Vasco.
Exercícios
01.(CESPE) A proposição “Não é verdade que os funcionários públicos são sujeitos ao Regime
Jurídico Único nem que os gastos públicos aumentaram” está corretamente simbolizada pela
forma (¬C) (¬B).
02.(CESPE) Julgue o item seguinte, acerca da proposição P: Quando acreditar que estou
certo, não me importarei com a opinião dos outros.
Uma negação correta da proposição “Acredito que estou certo” seria “Acredito que não estou
certo”
GABARITO:
1- ERRADO
2- ERRADO
169
Conectivos Lógicos
Disjunção v Ou p ou q Ou Thiago é
Exclusiva Médico ou João é
Engenheiro
Conjunção: p^q(p e q)
P Q P^Q
V V V
V F F
F V F
F F F
• P: Irei ao cinema
• Q: Irei ao clube
Disjunção Inclusiva: Vimos que a operação da disjunção inclusiva liga duas ou mais
proposições simples pelo conectivo “ou”. Observemos o exemplo:
170
Dar-te-ei uma camisa ou um calção. Vamos montar a tabela verdade para a proposição
composta destacando todas as valorações possíveis.
Disjunção: p v q (p ou q)
P Q PvQ
V V V
V F V
F V V
F F F
P Q PvQ
V V F
V F V
F V V
F F F
Observe a diferença entre a disjunção inclusiva e exclusiva! Como o próprio nome diz
“exclusiva” a proposição resultante da disjunção exclusiva só será “V” se uma das
partes for “F” e a outra “V” (independentemente da ordem) não podendo acontecer “V”
nos dois casos, caso aconteça a proposição resultante desta operação será falsa.
• P: Nasci em salvador
• Q: Sou Baiano
171
Nesta estrutura vale destacar os termos suficiente e necessário
Observe que:
Regra: O que esta a esquerda da seta é sempre condição suficiente e o que está à
direitaé sempre condição necessária. ( p → q).
P Q P→Q
V V V
V F F
F V V
F F V
Observe que a condicional só será falsa se a antecedente (lado esquerdo da seta)
forverdadeiro e a consequente (lado direito) da seta for falso.
q”.Observe que;
Ex:
• P: 4 é maior que 2
• Q: 2 é menor que 4
4 ser maior que 2 é condição suficiente e necessária para 2 ser menor do que 4.
Tabela Verdade
Bicondicional: p ↔ q ( p se e somente se q)
P Q P↔Q
V V V
172
V F F
F V F
F F V
A proposição resultante da bicondicional só será falsa se as proposições individuais
possuírem valoração diferente.
Negação: ¬p
P: O Brasil é um País pertencente a América do Sul.
¬P: O Brasil não é um País pertencente a América do Sul
Q: X é Par
¬Q: X não é par
Agora;
173
LÓGICA PROPOSICIONAL
VERDADES e MENTIRAS
Um dos temas mais simples e mais legais de se estudar no raciocínio lógico é o tema verdades
e mentiras, onde se deve trabalhar hipóteses e verificar a validade de cada uma delas.
1 – O enunciado admite que uma pessoa fala a verdade, outra mente e outra às vezesmente e
às vezes fala a verdade.
4 – E ainda quando existem três pessoas e admite que apenas uma delas fala averdade ou
mente.
Uma das maneiras de resolver esse tipo de problema e que funciona muito bem em questões
de concursos é o método da suposição que consiste em admitir uma das hipóteses como
verdadeira e analisar as demais hipóteses – caso não haja nenhuma contradição – a hipótese
que foi escolhida como suposição é a verdadeira.
Exercícios
(CESPE) Durante blitz de rotina, um agente de trânsito notou um veículo que havia parado a
distância, no qual o condutor trocou de lugar com um dos passageiros. Diante dessa situação,
o agente resolveu parar o veículo para inspeção. Ao observar ointerior do veículo e constatar
que havia uma lata de cerveja no console, indagou aos quatro ocupantes sobre quem teria
bebido a cerveja e obteve as seguintes respostas:
- Não fui eu, disse Ricardo, o motorista.
- Foi o Lucas, disse Marcelo.
- Foi o Rafael, disse Lucas.
- Marcelo está mentindo, disse Rafael.
Considerando a situação hipotética acima, bem como o fato de que apenas um dosocupantes
do veículo bebeu a cerveja, julgue os itens subsequentes.
01. Considerando-se que apenas um dos ocupantes do carro estivesse mentindo, écorreto
afirmar que Rafael foi quem bebeu a cerveja.
174
3.(CESPE) Edna, Marta e Sandra são analistas de apenas uma das áreas: informática,
orçamento e serviço social, mas não necessariamente nessa ordem. Nesse sentido, considere
as proposições a seguir.
P: Edna é analista na área de informática.
Q: Marta não é analista na área de informática.
R: Sandra não é analista na área de serviço social.
Sabendo-se que apenas uma dessas proposições é verdadeira, é correto afirmar que
Gabarito
01 - CERTO
02 - ERRADO
03 – a) CERTO b) ERRADO c) ERRADO
175
Lógica de Argumentação
De um modo geral temos que um argumento é uma sequência finita de proposições p1, p2,
p3 ....... pn que tem como consequência uma conclusão C.
Um argumento muito comum é o SILOGISMO formado por três proposições, sendo as duas
primeiras as premissas e a última conclusão.
Argumento Válido?
Em Raciocínio lógico o argumento será válido quando a conclusão for única e inequívoca.
Para chegar a essa conclusão, nos apoiamos nas premissas. Mas para sabermos que um
argumento é valido basta ser a verdade que existe uma única conclusão com certeza absoluta.
Podemos ter premissas verdadeiras e falsas, como também podemos ter conclusões
verdadeiras e falsas.
Nosso argumento não será válido no caso de premissas verdadeiras e conclusão falsa.
Então,
Exercícios
176
P2: Se não tem informações precisas ao tomar decisões, então o policial tomadecisões
ruins.
P3: Se está em situação de estresse e não teve treinamento adequado, o policial sedeixa dominar
pela emoção ao tomar decisões.
P4: Se teve treinamento adequado e se dedicou nos estudos, então o policial teminformações
precisas ao tomar decisões.
Com base nessas proposições, julgue os itens a seguir.
01. Considerando que P1, P2, P3 e P4 sejam as premissas de um argumento cuja conclusão
seja “Se o policial está em situação de estresse e não toma decisões ruins, então teve
treinamento adequado”, é correto afirmar que esse argumento é válido.
02. A partir das proposições P2 e P4, é correto inferir que “O policial que tenha tido
treinamento adequado e tenha se dedicado nos estudos não toma decisões ruins” é uma
proposição verdadeira.
03. O cenário político de uma pequena cidade tem sido movimentado por denúncias arespeito
da existência de um esquema de compra de votos dos vereadores. A dúvida quanto a esse
esquema persiste em três pontos, correspondentes às proposições P, Qe R, abaixo:
P1: Se o vereador Vitor não participou do esquema, então o prefeito Pérsio não sabia do
esquema.
P2: Ou o chefe de gabinete foi o mentor do esquema, ou o prefeito Pérsio sabia doesquema, mas
não ambos.
P3: Se o vereador Vitor não participou do esquema, então o chefe de gabinete não foio mentor
do esquema.
A partir das premissas P1, P2 e P3 é correto inferir que “O chefe de gabinete foi omentor do
esquema ou o vereador Vitor participou do esquema”.
Gabarito
01 - CERTO
02 - ERRADO
03 – ERRADO
177
Lógica de Argumentação
Bem! Iniciaremos o estudo da relação Proposições Categóricas – Diagramas Lógicos muito
presente em provas e bem fácil de ser identificadas.
Primeiro, vamos conhecer (estudar) essas “proposições categóricas” que são proposições
simples (ou formada por um quantificador) e se apresentam de quatro formas:
▪ Todo A é B
▪ Nenhum A é B
▪ Algum A é B
Onde: ▪ Algum A não é B
Universal Particular
Afirmativa Todo Algum
Negativa Nenhum Algum não
I – Todo A é B.
Nenhum A é B.
III – Algum A é B.
178
Observe a interseção, ou seja, algum representa um elemento comum aos dois conjuntos.
IV – Algum A não é B.
Nesse caso, são todos os elementos que pertencem ao conjunto A e não pertencem
ao conjunto B.
Exercícios
III – Todos aqueles que têm o direito de herança são cidadãos de muita sorte.
Supondo que todas essas proposições sejam verdadeiras, é correto concluir logicamente que:
Gabarito
01 - CERTO
02 - CERTO
03 – ERRADO
179
LÓGICA PROPOSICIONAL
Disposições Preliminares
Exemplo(s):
q: José é Médico.
Observações
II – Observe nos exemplos acima que cada proposição simples é representada poruma
letra minúscula.
Exemplo(s):
180
P ~P
V F
F V
Exemplo:
p: Pitágoras foi jogador do Vasco.
Exercícios
01.(CESPE) A proposição “Não é verdade que os funcionários públicos são sujeitos aoRegime
Jurídico Único nem que os gastos públicos aumentaram” está corretamente simbolizada pela
forma (¬C) (¬B).
03.(CESPE) Julgue o item seguinte, acerca da proposição P: Quando acreditar que estou
certo, não me importarei com a opinião dos outros.
Uma negação correta da proposição “Acredito que estou certo” seria “Acredito que não estou
certo”.
181
Gabarito
1 - Errado
2 – Errado
182
LÓGICA PROPOSICIONAL
Tabela - Verdade
O primeiro passo para a elaboração de uma tabela é o número de linhas da tabeladada por:
2n
(Onde: n é o número de proposições simples)
Exemplo(s):
I – Proposição P: p
Uma proposição simples (no caso, representado pela letra p), logo:
2n = 2¹ = 2 linhas
II – Proposição P: p → q
Duas proposições simples (no caso, representado pelas letras p e q), logo:
2n = 2² = 4 linhas
III – Proposição P: (p → q) ∧ r
Três proposições simples (no caso, representado pelas letras p , q e r), logo:
2n = 23 = 8 linhas
p q r
183
V V V
V V F
V F V
V F F
F V V
F V F
F F V
F F F
Observação
Por outro lado, dizemos que ocorre uma CONTRADIÇÃO quando a coluna
correspondente a afirmação contém somente valorações falsas.
(Disjunção Inclusiva)
Símbolo: ∨
Tabela - Verdade
p q p∨q
V V V
184
V F V
F V V
F F F
Observe na tabela que a DISJUNÇÃO é verdadeira quando pelo menos uma das condições é
verdadeira.
Disjunção Exclusiva
Símbolo: ∨
- Verdade
p q p∨q
V V F
V F V
F V V
F F F
Observação
Conjunção
Símbolo: ∧
p e q → Lê – se: p e q.Tabela –
Verdade
p q p∧q
V V V
V F F
F V F
Condicional F F F
Símbolo: →
Quando A, B
185
Como A, B
B, pois A (invertido)
p (antecedente) e q (consequente)
Tabela – Verdade
p q p→q
V V V
V F F
F V V
F F V
Bicondicional
Símbolo: ⟷
P se, e somente se q
Tabela – Verdade
p q p⟷ q
V V V
V F F
F V F
F F V
Observação
Exercícios
186
02.(CESPE) Julgue o item a seguir, relativos a raciocínio lógico e operações com conjuntos.
Gabarito
1 - Certo
2 - Certo
3 – Errado
LÓGICA PROPOSICIONAL
Equivalência e Negações
Vamos trabalhar inicialmente as negações, ou seja, vamos estudar “as regras” quepossibilitam
tal efeito. Veja as duas situações abaixo:
■ Nesse caso específico, vamos utilizar o modificador “não” antes do “1° verbo”, ouseja, sua
negação será:
■ Nesse caso basta apenas retirar o modificador “não” da proposição, ou seja, suanegação
será:
187
Negação de P ∨Q
( P ∨Q )≡ P∧ Q
Negação de P ∧Q
( P ∧Q )≡ P∨ Q
Negação de P→Q
( P→Q ) ≡P ∧ Q
Duas proposições são equivalentes quando mesmo possuindo escritas diferentes terevelam a
mesma informação.
Equivalência de P→Q
188
A condicional apresenta duas equivalências.
( P→Q ) ≡ Q → P
( P→Q ) ≡ P ∨Q
Equivalência de P↔Q
( P ↔Q ) ≡( P →Q )∧(Q→ P)
Exercícios
A negação da proposição P pode ser corretamente expressa por “João não seesforçou o
bastante, mas, mesmo assim, conseguiu o que desejava".
02.(CESPE) A empresa alegou ter pago suas obrigações previdenciárias, mas não apresentou
os comprovantes de pagamento; o juiz julgou, pois, procedente a ação movida pelo ex-
empregado.
d) A empresa não alegou ter pago suas obrigações previdenciárias nem apresentouos
comprovantes de pagamento.
189
03.(CESPE) A proposição “O candidato não apresenta deficiências em língua portuguesa ou
essas deficiências são toleradas” é logicamente equivalente a “Se o candidato apresenta
deficiências em língua portuguesa, então essas deficiênciassão toleradas”.
Gabarito
1 - Errado
2 -A
3 – Certo
190
O que é o princípio fundamental da contagem?
O princípio fundamental da contagem é uma técnica para calcularmos de quantas
maneiras decisões podem combinar-se. Se uma decisão pode ser tomada de
n maneiras e outra decisão pode ser tomada de m maneiras, o número de maneirasque
essas decisões podem ser tomadas simultaneamente é calculado pelo produto de n
· m.
Analisar todas as combinações possíveis sem utilizar o princípio fundamental da
contagem pode ser bastante trabalhoso, o que faz com que a fórmula seja muito
eficiente.
Exemplo:
Em um restaurante, é oferecido o famoso prato feito. Todos os pratos possuem arroz, e
o cliente pode escolher uma combinação entre 3 possibilidades de carne (bovina, de
frango e vegetariana), 2 tipos de feijão (caldo ou tropeiro) e 2 tipos de bebida (suco ou
refrigerante). De quantas maneiras distintas um cliente pode fazer o pedido?
Note que há 12 possibilidades de escolha, mas era possível chegar a esse número
realizando a simples multiplicação das possibilidades por meio do princípio fundamental
da contagem, logo o número de combinações de pratos possíveis poderia ser calculado
por:
2 · 3 · 2 = 12.
Perceba que, quando meu interesse é saber somente o total de possibilidades, realizar
a multiplicação é muito mais rápido do que construir qualquer esquema para analisar, o
que pode ser bastante trabalhoso, caso haja mais e mais possibilidades.
191
Outra aplicação é no estudo das probabilidades. Para calculá-las, precisamos saber a
quantidade de casos possíveis e a quantidade de casos favoráveis. A contagem dessa
quantidade de casos possíveis e favoráveis pode ser feita por meio do princípio
fundamental da contagem. Esse princípio gera também as fórmulas de permutação,
combinação e arranjo.
192
PROBABILIDADE I
(Conceitos Preliminares)
Experimento aleatório:
É todo experimento que não podemos predizer o resultado.
Evento (E)
É qualquer subconjunto do espaço amostral.
Probabilidade
É a chance de ocorrência de determinado acontecimento (evento).
n( E)
P ( E)=
n( A)
Observação
Eventos complementares - São eventos mutuamente exclusivos cuja união é igualao espaço
amostral e a probabilidade deles ocorrerem é igual a 1 ou 100%.
Exercícios
Considere que a tabela abaixo mostra o número de vítimas fatais em acidentes detrânsito
ocorridos em quatro estados brasileiros, de janeiro a junho de 2003.
193
02. (CESPE) Chance de que esse relatório corresponda a uma vítima do sexo feminino é
superior a 23%.
Gabarito
1 - Certo
2 - Errado
3 – Errado
194
PROBABILIDADE II
P ( A ∪ B)=P( A )+ P ( B)
Pois,
P ( A ∩B )≠ 0.
Probabilidade (Regra do E)
Também denominada probabilidade dos eventos simultâneos ou sucessivo. Uma
característica é que vários sorteios consecutivos são realizados e a ordem dossorteios é
conhecida.
Exercícios
01.(CESPE) Se, entre as 16 empresas contratadas para atender aos serviços diversos do
TRT, houver quatro empresas que prestem serviços de informática e duas empresas que
cuidem da manutenção de elevadores, e uma destas for escolhida aleatoriamente para prestar
contas dos custos de seus serviços, a probabilidade de que a empresa escolhida seja
prestadora de serviços de informática ou realize a manutenção de elevadores será igual a:
a) 0,125;
b) 0,250;
c) 0,375;
d) 0,500;
e) 0,625
195
02.(CESPE) Em uma urna há 100 bolas numeradas de 1 a 100. Nesse caso, a probabilidade
de se retirar uma bola cuja numeração seja um múltiplo de 10 ou de 25será inferior a 0,13.
03.(CESPE) Um dado não viciado é lançado duas vezes. Nesse caso, a probabilidade de se
ter um número par no primeiro lançamento e um número múltiplo de três no segundo
lançamento é igual a 1/6.
Gabarito
1 -C
2 - Certo
3 – Certo
196
CONJUNTOS NUMÉRICOS
O sistema de numeração decimal recebe esse nome devido a utilização dos 10 algarismos que formam os demais
números. O sistema de numeração decimal utiliza os algarismos 0, 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8 e 9. Todos os outros
números são formados pela união desses algarismos, levando em consideração a posição relativa decada um
deles.
O conjunto dos números naturais nasceu da simples necessidade de se fazer contagens, por isso, seus
elementos são apenas os números inteiros e não negativos.
Representado por N, o conjunto dos números naturais possui os seguintes elementos:
197
N = {0, 1, 2, 3, 4, 5, …}
O conjunto dos números inteiros é representado por (Z). Um número é considerado inteiro quando não
apresenta casas decimais, ou seja, números após uma vírgula. Pertencem a esse conjunto os números
inteiros positivos, inteiros negativos e o zero.
Z = { … -5, - 4, - 3, - 2, - 1, 0, + 1, + 2, + 3, + 4, + 5 …}
198
EXERCÍCIOS
1) A respeito dos elementos que pertencem a cada conjunto numérico, assinale a alternativa correta
entre as afirmações a seguir.
a) O conjunto dos números inteiros é formado por todos os números naturais e pelo zero.
b) O conjunto dos números reais contém a intersecção entre os conjuntos dos números racionais e
irracionais.
c) O conjunto dos números racionais contém, entre outros, todas as dízimas periódicas.
d) O conjunto dos números irracionais contém, entre outros, todas as raízes.
e) O conjunto dos números irracionais é formado pela união entre o conjunto dos números reais e racionais.
199
3) Observando as afirmações abaixo, marque o item CORRETO.
I. O conjunto dos Números Naturais está contido no conjunto dos Números Racionais.
II. O conjunto dos Números Inteiros está contido no conjunto dos Números Naturais.
III.O conjunto dos Números Racionais está contido no conjunto dos Números Inteiros.
a) As afirmativas I e II são verdadeiras.
b) As afirmativas II e III são verdadeiras.
c) Somente a afirmativa I é verdadeira.
d) Somente a afirmativa II é verdadeira.
5) Considerando N como o conjunto dos números naturais, Z como o conjunto dos números inteiros, Q como
o conjunto dos números racionais, R como o conjunto dos números reais e XC como o complementar do
conjunto X, julgue o item acerca dos conjuntos numéricos, de suas operações, propriedades e aplicações,
das operações com conjuntos e da compreensão das estruturas lógicas e dos respectivos diagramas.
É correto afirmar que o diagrama a seguir representa corretamente a afirmação: “Se não é um número real,então
não é um número natural”.
Certo( ) Errado( )
200
GABARITO
1) C
2) C
3) C
4) D
5) CERTO
201
TEORIA DOS CONJUNTOS
Teoria dos conjuntos é o ramo da matemática que estuda conjuntos, que são coleções de elementos. Embora
qualquer tipo de elemento possa ser reunido em um conjunto, a teoria dos conjuntos é aplicada namaioria das
vezes a elementos que são relevantes para a matemática.
Diagrama de Euler-Venn
No modelo de Diagrama de Euler-Venn (Diagrama de Venn), os conjuntos são representados graficamente:
Tipos de conjuntos
O conjunto vazio possui essa denominação justamente por não possuir elementos e pode ser representado
por { } ou Ø.
Conjunto universo
O conjunto universo é a junção de todos os elementos que estão sendo trabalhados em uma situação e é
representado pela letra U.
Exemplo:
Se possuímos o conjunto A= {2, 4, 6, 8} e o conjunto B= {1, 3, 5, 7, 9}, nesse caso teremos o conjunto
universo U= {1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9}
202
Conjunto unitário
Possuímos também o conjunto unitário que é definido por possuir apenas um elemento. Não faz diferençao
tipo de elemento que esse conjunto possua, seja um número, dia da semana ou animal de estimação, sempre
existirá apenas um elemento dentro desse conjunto.
União de Conjuntos
A união de conjuntos corresponde a junção dos elementos dos conjuntos dados, ou seja, é o conjunto
formado pelos elementos de um conjunto mais os elementos dos outros conjuntos.
Se existirem elementos que se repetem nos conjuntos, ele aparecerá uma única vez no conjunto união.
203
Exemplo:
Dados os conjuntos A = {c, a, r, e, t} e B = {a, e, i, o, u}, represente o conjunto união (A U B).
Para encontrar o conjunto união basta juntar os elementos dos dois conjuntos dados. Temos de ter o
cuidado de incluir os elementos que se repetem nos dois conjuntos uma única vez.
A U B = {c, a, r, e, t, i, o, u}
Intersecção de Conjuntos
A intersecção de conjuntos corresponde aos elementos que se repetem nos conjuntos dados. Ela
érepresentada pelo símbolo ∩.
Exemplo:
Dados os conjuntos A = {c, a, r, e, t } e B = {a, e, i, o, u}, represente o conjunto intersecção ( ).
Devemos identificar os elementos comuns nos conjuntos dados que, neste caso, são os elementos a e e,
assim o conjunto intersecção ficará:
= {a, e}
Obs: quando dois conjuntos não apresentam elementos em comum, dizemos que a intersecção entre eles é
um conjunto vazio.
Nesse caso, esses conjuntos são chamados de disjuntos: A ∩ B = Ø
Diferença de Conjuntos
A diferença de conjuntos é representada pelos elementos de um conjunto que não aparecem no outro
conjunto.
Dados dois conjuntos A e B, o conjunto diferença é indicado por A - B (lê-se A menos B).
204
EXERCÍCIOS
O conjunto T é um subconjunto de S.
Certo ( ) Errado ( )
Certo ( ) Errado ( )
a) A ∩ B ∩ C = {0}
b) A U C = {1,3,5,7,14,15}
c) B ∩ C = {2,4,6,8,14,15}
d) A U B = {0,1,2,3,4,5,6,7,8,15}
205
GABARITO
1) CERTO 2) ERRADO 3) A
206
RACIOCÍNIO ENVOLVENDO PROBLEMAS ARITMÉTICOS,
GEOMÉTRICOS E MATRICIAIS.
MMC e MDC
Bem! sobre esse tema podemos expor pelas provas pesquisadas uma grande variedade de
assuntos desde MMC e MDC até áreas e volumes. Mas a maioria das questões está
concentrada em problemas aritméticos como grandezas diretamente e inversamente
proporcionais, regra de três, MMC e MDC e noções básicas de Porcentagem.
MMC MDC
Exercícios
(CESPE) Considerando que 300 pessoas tenham sido selecionadas para trabalhar em
locais de apoio na próxima copa do mundo e que 175 pessoas sejam do sexo
masculino, julgue os itens que se seguem.
01. Se, em um dia de jogo, funcionarem 24 postos de apoio e se cada posto necessitar de 6
mulheres e 6 homens, então a quantidade de pessoasselecionadas será suficiente.
02. É impossível dividir as 300 pessoas em grupos de modo que todos os grupos tenham a
mesma quantidade de mulheres e a mesma quantidade de homens.
207
03.(CESPE) Se o máximo divisor comum de dois números é 7, então, se cada um dosnúmeros
for multiplicado por 2² x 5, o máximo divisor comum dos números obtidos serão 70.
Gabarito
1 - Errado
2 - Errado
3 - Errado
208
RACIOCÍNIO ENVOLVENDO PROBLEMAS ARITMÉTICOS,
GEOMÉTRICOS E MATRICIAIS.
Baseado nas definições acima, vamos explorar esse assunto resolvendo as questões
do bloco.
Exercícios
01.(CESPE) Determinada companhia aérea possui uma frota com cinco aviões: dois deles
têm capacidade para 138 passageiros; outros dois, para 180 passageiros e um, para 264
passageiros.
Se 12% dos assentos disponíveis na frota forem reservados para passageiros portadores de
necessidades especiais, então 108 assentos estarão disponíveis para esses passageiros.
e) 10% inferior
Gabarito:
1 – certo
2-A
209
RACIOCÍNIO ENVOLVENDO PROBLEMAS ARITMÉTICOS,
GEOMÉTRICOS E MATRICIAIS.
GRANDEZAS..........
• O tempo que um caminhoneiro leva para ir do Rio de Janeiro a São Paulo dependede sua
velocidade média?
Duas grandezas são chamadas diretamente proporcionais quando a razão entre os valores
da primeira é igual à razão entre os valores da segunda. Portanto, se uma grandeza dobra a
outra também dobra. Se uma grandeza triplica a outra também triplica.
Duas grandezas são chamadas inversamente proporcionais quando a razão entre os valores
da primeira é igual ao inverso da razão entre os valores da segunda.
REGRA DE TRÊS......
Regra de três é um processo prático para resolver problemas que envolvam quatro valores
dos quais conhecemos três deles. Devemos, portanto, determinar um valor a partir dos três já
conhecidos.
210
Passos utilizados numa regra de três:
Exercícios
01. Se todos os empregados trabalharem 6 horas por dia durante 8 dias, então,nesse
período, eles construirão menos de 110 cisternas.
02. Se todos os empregados trabalharem 12 horas por dia durante 2 dias, entãoeles
construirão, nesse período, mais de 55 cisternas.
Gabarito
1 - Errado
2 - Certo
3 - Errado
211
GEOGRAFIA
DA
PARAÍBA
212
DADOS GERAIS DA PARAÍBA
❖ Região: Nordeste.
❖ Capital: João Pessoa.
❖ Área territorial: 56.467 km² (IBGE, 2019).
❖ População: 4.039.277 habitantes (IBGE, 2020).
❖ Densidade demográfica: 66,7 hab./km² (IBGE, 2010).
❖ Clima: tropical.
❖ Segundo dados estatísticos do IBGE [2019], a Paraíba tem uma população estimada
de 4.018.127 habitantes e ocupa o 5º lugar entre os Estados nordestinos mais
populosos.
❖ O território da Paraíba foi uma das regiões de ocupação pioneira no Brasil. A partir da
chegada dos portugueses, a região foi estabelecida como parte da capitania de
Itamaracá. Porém, houve várias dificuldades de implementação das frentes de
213
ocupação portuguesa na região, em especial por meio da resistência dos índios e da
influência de exploradores franceses, que utilizavam o litoral paraibano para a
extração ilegal de pau-brasil. O primeiro centro urbano da Paraíba foi fundado apenas
em 1585, a chamada Cidade da Paraíba, hoje a atual capital do estado, João Pessoa.
❖ No período do Brasil República, ao longo do século XX, a Paraíba foi um dos centros
da chamada Revolução de 1930, que marcou o fim da República Velha no Brasil.
Nesse período, ocorreu o assassinato do então governador do estado da Paraíba,
João Pessoa, que era vice na chapa presidenciável de Getúlio Vargas. Esse evento
reorganizou as alianças políticas em âmbito nacional, provocando mudanças
profundas no governo federal brasileiro. O nome atual da capital da Paraíba, João
Pessoa, foi uma homenagem ao político paraibano assassinado.
EXERCÍCIOS
1 - Esta capital nordestina já foi eleita a capital mais verde do mundo, ficando atrás
apenas de Paris. A cidade apresenta o melhor Índice de Desenvolvimento Humano
(IDH) do Estado, e tem aproximadamente 900 mil habitantes. Indique-a:
a) João Pessoa.
b) Fortaleza.
c) São Luís.
d) Branco.
e) Campo Grande.
b) É uma das cidades mais verdes do planeta, com mais de 7 m² de floresta por
habitante, rodeada por duas grandes reservas de Mata Atlântica.
214
c) No ano de 2021 a capital da Paraíba – João Pessoa completará 435 anos de
fundação.
d) É conhecida como "Porta do Sol", devido ao fato de, no município, estar localizada
a Ponta do Seixas, que é o ponto mais oriental das Américas, o que faz a cidade ser
conhecida como o lugar "onde o sol nasce primeiro nas Américas.
b) Está situado a leste da região nordeste e tem como limites o Estado do Rio Grande
do Norte ao norte, o Oceano Atlântico ao leste, Pernambuco ao sul e Ceará ao oeste.
215
❖ GEOGRAFIA DA PARAÍBA
• Pernambuco e
• Ceará.
216
migração expulsora do Nordeste, em especial para o Sudeste do Brasil. Porém, nas últimas
duas décadas, tem-se verificado um alto índice de migração de retorno.
A maior cidade em população da Paraíba é a capital, João Pessoa, com cerca de 800 mil
habitantes. As cidades de Campina Grande, Santa Rita e Patos também são importantes
centros demográficos do estado, ambas com mais de 100 mil habitantes.
❖ CLIMA DA PARAÍBA
O clima da Paraíba se distingue pela alta incidência de raios solares, devido à proximidade
com a Linha do Equador, e conforme um maior distanciamento do oceano. A leste, o clima
é tropical úmido com chuvas durante o outono e o inverno. Na região do Borborema e em
parte do Sertão, o clima é semiárido, local onde predomina o chamado Polígono das Secas.
A oeste, as massas de ar úmidas deixam o clima na região quente e semiúmido com o
predomínio de chuvas de verão.
A Mata Paraibana é caracterizada pelo clima tropical quente e úmido. A umidade advinda do
Oceano Atlântico é a principal responsável pelos altos índices pluviométricos na porção leste
do território.
❖ A HIDROGRAFIA PARAIBANA
EXERCÍCIOS
a) Os rios litorâneos são rios que nascem no litoral e correm na direção da serra da
Borborema.
b) Os rios sertanejos são rios que vão em direção ao norte em busca de terras baixas e
desaguando no litoral do Rio Grande do Norte.
c) Dentre os rios litorâneos, o mais importante é o Piranhas.
d) Dentre os rios sertanejos, o mais importante é o Paraíba.
2 – Assinale a alternativa correta em relação a vegetação do estado da Paraíba.
217
a) O estado da Paraíba está localizado dentro da Zona Térmica Intertropical, ao norte do
Equador, recebendo uma alta radiação energética, o que determina um clima equatorial,
com temperatura média anual de 26°C.
b) O estado da Paraíba possui dois biomas em seu território: Amazônico, na porção oriental,
e o cerrado, na porção centro-oriental.
d) O pico do Itaguaré, ponto mais alto da Paraíba, está localizado na fronteira com o estado
do Rio Grande do Norte, na serra da Aratanha.
4 - A Paraíba está localizada no Nordeste do Brasil. O estado faz divisa com: Rio Grande do
Norte, Acre e Ceará.
( ) Certo ( ) Errado
GABARITO
1-D, 2-E, 3-C, 4-ERRADO, 5-CERTO
218
ASPECTOS ECONÔMICOS
• Abacaxi: Sobre o qual a Paraíba se destaca como o maior produtor, tendo grande
importância para a exportação. O abacaxi é cultivado em Sapé, Mari e Mamanguape.
• Sisal: Nos anos 50 e 60 foi o principal produto agrícola paraibano. Hoje ocupa o
terceiro lugar na exportação estadual.
• Cana-de-açúcar: Possui grande importância econômica, pois dela se fabrica o
álcool usado como combustível. As principais áreas de cultivo são os vales, os
tabuleiros e o litoral.
• Algodão: Na região sertaneja, ocupa lugar de destaque. Essa cultura já representou
o principal produto agrícola paraibano.
• Mandioca, milho e feijão: São culturas de subsistência.
219
Na produção animal, destacamos os rebanhos:
220
ASPECTOS SOCIAIS
• Nosso povo surgiu na mistura das raças branca, negra e índia. Esta última já habitava
a região.
• A população da Paraíba é essencialmente mestiça, o que resulta da união de três
etnias: a mulata, a cabocla e a cafuza.
Área territorial: 56.467,242 km² (IBGE, 2020).
População: 4.039.277 habitantes (IBGE, 2020).
Densidade demográfica: 66,70 hab/km² (IBGE, 2010).
• 51,85% são mulheres.
• Em relação à cor, a maioria da população se declara parda (56,13%), seguida de
brancos (36,20%), pretos (6,67%), indígenas (0,88%) e amarelos (0,11%).
• Mais de 3/4 dos paraibanos vivem em áreas urbanas do estado (81,61%). Por grupos
de idade, os habitantes entre 0 e 14 anos correspondem a 23,49% da população. Os
idosos com mais de 65 anos equivalem a 9,54%. O restante (66,97%) é composto
pela população em idade ativa, ou seja, pessoas entre 15 e 64 anos, idade considerada
adequada para desenvolver atividades remuneradas. O estado tem a segunda menor
população em idade ativa de toda a região Nordeste, perdendo somente para o
Maranhão.
• A taxa de crescimento populacional do estado vem caindo ano após ano, a taxa de
fecundidade da Paraíba é a terceira menor do Nordeste.
• Um dos grandes problemas do estado é a educação. Paraíba apresenta a terceira
maior taxa de analfabetismo do Brasil.
• A esperança de vida ao nascer na Paraíba também está entre os índices mais baixos
em relação aos demais estados do Brasil. A estimativa média é a de que os paraibanos
vivam até os 72 anos, dois a menos que a média nacional, que é de 73,94 anos. Além
disso, o estado registra a sexta pior taxa de mortalidade infantil do país. Para cada mil
crianças nascidas vivas, 21,67 morrem antes de completar um ano de vida.
• A pobreza também é um fator preocupante para a Paraíba. De toda a população,
13,39% é extremamente pobre, ou seja, possui renda inferior a setenta reais per
capita por mês.
• Outro dado alarmante é o da violência no estado. Em 2000, os índices de homicídio
ficavam entre os mais baixos de todo o país, entretanto, a partir de 2010, a Paraíba
passou a figurar na lista dos seis estados mais violentos do Brasil. Para cada 100 mil
habitantes, 38,6 são mortos. A Região Metropolitana de João Pessoa é a terceira mais
violenta do país, atrás apenas de Maceió e Belém. Tudo isso coloca a Paraíba entre os
mais baixos índices de qualidade de vida do Brasil.
ASPECTOS CULTURAIS
• O estado da Paraíba é reconhecido nacionalmente pela riqueza das suas tradições
culturais. As festas religiosas e juninas atraem muitos visitantes para o estado. O São
João de Campina Grande é considerado a maior festa junina do mundo. Há ainda
221
festivais folclóricos, como folguedos e cavalhadas, assim como a preservação de
danças tradicionais, como o coco de roda, a ciranda e o xaxado. Na música, destacam-
se os ritmos forró, xote e baião.
• A Paraíba é terra de importantes escritores brasileiros, como Ariano Suassuna,
Augusto dos Anjos, Pedro Américo e José Lins do Rego. Em relação às artes, o
artesanato é uma importante prática de afirmação da cultura paraibana, com
confecções de peças de barro, couro e diferentes tipos de bordado. Já na culinária,
são destaques os pratos típicos paraibanos de buchada de bode, cuscuz, carne de sol
e bode guisado.
EXERCÍCIOS
1 - Quanto ao quesito cor, o censo de 2010 do IBGE, apontou que a população do estado se
autodeclarava predominantemente:
a) Branca
b) Negra
c) Parda
d) Amarela
GABARITO
1-C, 2-, 3-, 4-
222
HISTÓRIA
DA
PARAÍBA
223
A história da Paraíba começa antes do descobrimento do Brasil, quando o litoral do atual
território do Estado era povoado pelos índios tabajaras e potiguaras. Demorou um certo
tempo para que Portugal começasse a explorar economicamente o Brasil, uma vez que
os interesses lusitanos estavam voltados para o comércio de especiarias nas Índias. Além
disso, não havia nenhuma riqueza na costa brasileira que chamasse tanta atenção quanto
o ouro, encontrado nas colônias espanholas, minério que tornara uma nação muito
poderosa na época.
224
A terceira aconteceu em 1579, ainda sob forte domínio “de fato” dos franceses, foi
concedida, por dez anos, ao capitão Frutuoso Barbosa a capitania da Paraíba,
desmembrada de Olinda. Essa ideia só lhe trouxe prejuízos, uma vez que quando estava
vindo à Paraíba, caiu sobre sua frota uma forte tormenta e além de ter que recuar até
Portugal, ele perdeu sua esposa. Em 1582, na quarta expedição, com a mesma proposta
imposta por ele na expedição anterior, Frutuoso Barbosa volta decidido a conquistar a
Paraíba, mas cai na armadilha dos índios e dos franceses. Barbosa desiste após perder
um filho em combate. Na quinta e última expedição, em 1584, após a sua chegada à
Paraíba, Frutuoso Barbosa capturou cinco navios de traficantes franceses, solicitando
mais tropas de Pernambuco e da Bahia para assegurar os interesses portugueses na
região. Nesse mesmo ano, da Bahia vieram reforços por meio de uma esquadra
comandada por Diogo Flores de Valdés, e de Pernambuco tropas sob o comando de D.
Filipe de Moura. Conseguiram finalmente expulsar os franceses e conquistar a Paraíba.
Após a conquista, eles construíram os fortes de São Tiago e São Filipe.
Para as jornadas, o ouvidor-geral Martim Leitão formou uma tropa constituída por brancos,
índios, escravos e até religiosos. Quando aqui chegaram se depararam com índios que
sem defesa, fogem e são aprisionados. Ao saber que eram índios tabajaras, Martim Leitão
manda soltá-los, afirmando que sua luta era contra os potiguaras, rivais dos Tabajaras.
Após o incidente, Leitão procurou formar uma aliança com os Tabajaras, que por temerem
outra traição, rejeitaram-na.
Depois de um certo tempo, Leitão e sua tropa finalmente chegaram aos fortes (Forte de
São Filipe/São Filipe e Santiago), ambos em decadência e miséria devido às intrigas entre
espanhóis e portugueses. Com isso, Martim Leitão nomeou o espanhol conhecido como
Francisco Castejón para o cargo de Frutuoso Barbosa. A troca só fez piorar a situação.
Ao saber que Castejón havia abandonado, destruído o Forte e jogado toda a sua artilharia
ao mar, Leitão o prendeu e o enviou de volta à Espanha.
Quando ninguém esperava, os portugueses unem-se aos Tabajaras, fazendo com que os
potiguaras recuassem. Isto se deu no início de agosto de 1585. A conquista da Paraíba
se deu ao final, pela união de um português e um chefe indígena chamado Pirajibe,
palavra que significa “Braço de Peixe”. A província tornou-se estado com a proclamação
da República, em 15 de novembro de 1889.
Fundação da Paraíba
225
Leitão nomeou João Tavares para ser o capitão do Forte. Paraíba foi a terceira
cidade a ser fundada no Brasil e a última do século XVI.
Invasões Holandesas
Durante o ataque o governador foi preso. Mas orientadas por Marcos Teixeira, as
forças brasileiras mataram vários chefes batavos, enfraquecendo as tropas
holandesas. Em maio de 1625, eles foram expulsos da Bahia pela esquadra de D.
Fradique de Toledo Osório.
226
Aos cinco dias de dezembro de 1632, comandados por Callenfels, 1600 batavos
desembarcaram na Paraíba. Ocorreu um tiroteio, os holandeses construíram uma
trincheira em frente a fortaleza de Santa Catarina, mas foram derrotados com a
chegada de 600 homens vindos de Felipéia de Nossa Senhora das Neves a mando
do governador.
Antônio de Albuquerque Maranhão enviou à Paraíba tudo o que foi preciso para
combater com os chefes holandeses na região do forte. Enquanto isso, Callabar
roubava as propriedades. Vieram reforços do Rio Grande do Norte e de
Pernambuco. O capitão Francisco Peres Souto assumiu o comando da fortaleza
de Cabedelo.
O comandante das tropas holandesas entendeu-se com Duarte Gomes, que procurou
a Antônio de Albuquerque, que prendeu-o e mandou-o para o Arraial do Bom Jesus.
Depois, os holandeses mandaram libertar Duarte Gomes.
227
No Engenho Espírito Santo, os nossos guerreiros venceram os invasores, que
eram chefiados por André Vidal de Negreiros.
a liberdade de imprensa;
democracia;
fim da importação de indústrias têxteis;
228
Os revoltosos eram os liberais adversativos dos conservadores (grandes
latifundiários e comerciantes portugueses). O principal jornal liberal em Recife
tinha sua localização na Rua da Praia. Por causa disto, os liberais ficaram
conhecidos como praieiros.
Revolução de 1930
Tudo piorou com o levante de Princesa, que contou com o apoio de todos os
coronéis do açúcar e do algodão, entre outros fatores que contribuíram para o
agravamento da situação.
229
☠ DIREITO CONSTITUCIONAL – LUCAS NETO
☠ DIREITO PENAL – LÍVIA FERNANDES
☠ DIREITO PROCESSUAL PENAL – LÍVIA
FERNANDES
230
DIREITO
constitucional
231
Direitos e Garantias Fundamentais: Origem e
Características
Características
➢ Historicidade
Essa características revela que os Direitos Fundamentais são frutos da evolução histórica da
humanidade. O individuo evolui com o passar do tempo.
➢ Inalienabilidade
Os Direitos Fundamentais não podem ser alienados, não podem ser negociados, não podem ser
transigidos.
➢ Irrenunciabilidade
Os Direitos Fundamentais não podem ser renunciados
➢ Imprescritibilidade
Os Direitos Fundamentais não se sujeitam aos prazos prescricionais. Não se perde um direito
fundamental com o passar do tempo.
➢ Universalidade
Os Direitos Fundamentais pertencem a todas as pessoas, independentemente de sua condição.
➢ Máxima Efetividade
Essa característica é mais uma imposição ao Estado, que está coagido a garantir a máxima
efetividade dos direitos fundamentais. Esses direitos não podem ser ofertados de qualquer
forma. É necessário que eles sejam garantidos da melhor forma possível.
pág. 1
232
➢ Concorrência
Os direitos fundamentais podem ser utilizados em conjunto com os outros direitos. Não é
necessário abandonar um para usufruir outro direito.
➢ Complementariedade
Um direito fundamental não é interpretado sozinho. Cada direito é analisado juntamente com
os outros direitos fundamentais.
➢ Proibição do Retrocesso
Essa característica proíbe que os direitos já conquistados sejam perdidos.
➢ Limitabilidade
Não existe direito fundamental absoluto. Todos são direitos relativos.
➢ Não Taxatividade
O rol de direitos fundamentais é meramente exemplificativo, tendo em vista a possibilidade de
novos direitos.
Embora hoje se fale muito em direitos fundamentais até a sétima geração, a doutrina
tradicionalmente identifica três gerações – ou dimensões – de direitos fundamentais, de acordo
com a sua evolução histórica.
pág. 2
233
➢ Estão relacionados à ideia de Solidariedade/Fraternidade.
EXERCÍCIO
2) Direito fundamental pode sofrer limitações, mas é inadmissível que se atinja seu
núcleo essencial de forma tal que se lhe desnature a essência.
Gabarito:
1) A
2) CERTO
pág. 3
234
TÍTULO II
DOS DIREITOS E GARANTIAS FUNDAMENTAIS
CAPÍTULO I
DOS DIREITOS E DEVERES INDIVIDUAIS E COLETIVOS
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza,
garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do
direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos
seguintes:
II - ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude
de lei;
235
XXII - é garantido o direito de propriedade;
XXXIX - não há crime sem lei anterior que o defina, nem pena sem prévia cominação
legal;
LVII - ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença penal
condenatória;
236
Segurança Pública
237
A força Nacional de Segurança Pública poderá ser empregada em
qualquer parte do território nacional, mediante expressa solicitação do
Governador de Estado ou do Distrito Federal, cabendo ao Ministro de
Estado da Justiça determinar a oportunidade para tal. Seu
emprego será esporádico e planejado.
O grupo mobilizável da Força Nacional de Segurança Pública será
formado por servidores que tenham recebido treinamento especial do
Ministério da Justiça, integrantes das policias federais e órgãos de
segurança pública dos Estados que aderiram ao programa de
cooperação federativa.
238
II – prevenir e reprimir o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins,
o contrabando e o descaminho, sem prejuízo da ação fazendária e deoutros
órgãos públicos nas respectivas áreas de competência;
III – exercer as funções de polícia marítima, aeroportuária e de
fronteiras;
IV – exercer, com exclusividade, as funções de polícia judiciária da
União.
239
Exercício
1. Os Órgãos apresentados nas alternativas a seguir estão incluídos
no art. 144 da Constituição como responsáveis pelos exercícios da
preservação da ordem pública e da incolumidade das pessoas e do
patrimônio, à exceção de um. Assinale-o
a) Policias Militares e Corpos de Bombeiros Militares
b) Policia Ferroviária Federal
c) Policias Civis
d) Forças Armadas
240
e) Policia Federal
Gabarito
1. D
2. Certo
3. Errado
241
Segurança Pública
Polícia Civil
§ 4º Às polícias civis, dirigidas por delegados de polícia de carreira,
incumbem, ressalvada a competência da União, as funções de polícia
judiciária e a apuração de infrações penais, exceto as militares.(grifo
nosso).
De acordo com o entendimento do STF, compete à Polícia Civil apurar os
crimes comuns praticados por militares, isto é, os crimes estranhos à
atividade militar.
Policial Penal
§ 5º-A. Às polícias penais, vinculadas ao órgão administrador do sistema
penal da unidade federativa a que pertencem, cabe a segurança dos
estabelecimentos penais.,
Polícia Militar
§ 5º Às polícias militares cabem a polícia ostensiva e a preservação da
ordem pública; aos corpos de bombeiros militares, além das atribuições
definidas em lei, incumbe a execução de atividades de defesa civil.
As polícias militares bem como os corpos de bombeiros militares,
sudordinam-se aos Governos dos Estados, do Distrito Federal e dos
Territórios, assim com a Polícia Civil As Polícias Militares são forças auxiliares
e reserva do exército
242
De acordo com o STF, a polícia militar poderá realizar flagrante ou
participar de apreensão determinada por ordem judicial, ainda que não seja
polícia judiciária
Guardas Municipais
Segurança Viária
§ 10. A segurança viária, exercida para a preservação da ordem pública
e da incolumidade das pessoas e do seu patrimônio nas vias públicas:
I – compreende a educação, engenharia e fiscalização de trânsito,
além de outras atividades previstas em lei, que assegurem ao cidadão
o direito à mobilidade urbana eficiente; e
II – compete, no âmbito dos Estados, do Distrito Federal e dos
Municípios, aos respectivos órgãos ou entidades executivos e seus
agentes de trânsito, estruturados em Carreira, na forma da lei.
243
A Segurança Viária foi incluída pela Emenda Constitucional nº 82/2014
Essa Emenda criou a carreia de agentes de trânsito dentro do sistema de
segurança pública, tornando constitucional a competência desses agentes
A Emenda Constitucional nº 82/2014 objetiva a diminuição de
acidentes no trânsito → Lembre-se!!
˃ A segurança viária é exercida para a “preservação da ordem pública e da
incolumidade das pessoas e do seu patrimônio nas vias públicas”
˃ No conceito de segurança viária, estão a educação, a engenharia e a
fiscalização de trânsito, além de outras atividades previstas em lei. Com isso,
busca-se garantir ao cidadão o direito à mobilidade urbana eficiente.
Exercícios
244
Gabarito
1 -E
2 - Errado
3 - Errado
245
NOÇÕES
DE DIREITO
PENAL
246
DO CRIME
CULPABILIDADE
BIZU MONSTRUOSO → Salvo os casos expressos em lei, ninguém pode ser punido por fato previsto
como crime, senão quando o pratica dolosamente.
Pelos resultados que agravam especialmente as penas só responde o agente quando os houver
causado, pelo menos, culposamente.
ERROS
ERRO DE DIREITO:
A pena pode ser atenuada ou substituída por outra menos grave quando o agente, salvo em se
tratando de crime que atente contra o dever militar, supõe lícito o fato, por ignorância ou erro de
interpretação da lei, se escusáveis.
ERRO DE FATO:
É isento de pena quem, ao praticar o crime, supõe, por erro plenamente escusável, a inexistência de
circunstância de fato que o constitui ou a existência de situação de fato que tornaria a ação legítima.
ERRO CULPOSO:
Se o erro deriva de culpa, a este título responde o agente, se o fato é punível como crime culposo.
ERRO PROVOCADO:
Se o erro é provocado por terceiro, responderá este pelo crime, a título de dolo ou culpa, conforme o caso.
pág. 1
247
pessoa em vez de outra, responde como se tivesse praticado o crime contra aquela que realmente pretendia
atingir. Devem ter-se em conta não as condições e qualidades da vítima, mas as da outra pessoa, para
configuração, qualificação ou exclusão do crime, e agravação ou atenuação da pena.
Duplicidade do resultado se, no caso acima é também atingida a pessoa visada, ou, no caso do parágrafo
anterior, ocorre ainda o resultado pretendido, aplica-se a regra do art. 79.
Se a ordem do superior tem por objeto a prática de ato manifestamente criminoso, ou há excesso nos atos ou
na forma da execução, é punível também o inferior.
ATENUAÇÃO DE PENA:
Nos casos do art. 38, letras a e b, se era possível resistir à coação, ou se a ordem não era manifestamente
ilegal; ou, no caso do art. 39, se era razoavelmente exigível o sacrifício do direito ameaçado, o juiz, tendo em
vista as condições pessoais do réu, pode atenuar a pena.
EXCLUSÃO DE CRIME
Não há crime quando o agente pratica o fato:
1) em estado de necessidade;
2) em legítima defesa;
3) em estrito cumprimento do dever legal;
4) em exercício regular de direito.
Não há igualmente crime quando o comandante de navio, aeronave ou praça de guerra, na iminência de
perigo ou grave calamidade, compele os subalternos, por meios violentos, a executar serviços e manobras
urgentes, para salvar a unidade ou vidas, ou evitar o desânimo, o terror, a desordem, a rendição, a revolta ou
o saque.
pág. 2
248
ESTADO DE NECESSIDADE, COMO EXCLUDENTE DO CRIME
Considera-se em estado de necessidade quem pratica o fato para preservar direito seu ou alheio, de perigo
certo e atual, que não provocou, nem podia de outro modo evitar, desde que o mal causado, por sua natureza
e importância, é consideravelmente inferior ao mal evitado, e o agente não era legalmente obrigado a arrostar
o perigo.
LEGÍTIMA DEFESA
Entende-se em legítima defesa quem, usando moderadamente dos meios necessários, repele injusta
agressão, atual ou iminente, a direito seu ou de outrem.
EXCESSO CULPOSO
O agente que, em qualquer dos casos de exclusão de crime, excede culposamente os limites da necessidade,
responde pelo fato, se este é punível, a título de culpa.
EXCESSO ESCUSÁVEL
Não é punível o excesso quando resulta de escusável surpresa ou perturbação de ânimo, em face da situação.
EXCESSO DOLOSO
O juiz pode atenuar a pena ainda quando punível o fato por excesso doloso.
2) De acordo com o Direito Penal Militar. Crime doloso é quando o agente quis o resultado ou
assumiu o risco de produzi-lo.
GABARITO
1- E
2- C
pág. 3
249
ESTADO DE NECESSIDADE, COM EXCLUDENTE DE CULPABILIDADE
Art. 39. Não é igualmente culpado quem, para proteger direito próprio ou de pessoa a
quem está ligado por estreitas relações de parentesco ou afeição, contra perigo certo
e atual, que não provocou, nem podia de outro modo evitar, sacrifica direito alheio, ainda
quando superior ao direito protegido, desde que não lhe era razoavelmente exigível
conduta diversa.
EXCESSO CULPOSO
Art. 45. O agente que, em qualquer dos casos de exclusão de crime, excede culposamente os
limites da necessidade, responde pelo fato, se este é punível, a título de culpa.
EXCESSO ESCUSÁVEL
Parágrafo único. Não é punível o excesso quando resulta de escusável surpresa ou
perturbação de ânimo, em face da situação.
ATENUAÇÃO DA PENA
Art. 41. Nos casos do art. 38, letras a e b , se era possível resistir à coação, ou se a ordem
não era manifestamente ilegal; ou, no caso do art. 39, se era razoavelmente exigível o sacrifício
do direito ameaçado, o juiz, tendo em vista as condições pessoais do réu, pode atenuar a pena.
As hipóteses do art. 38 são exatamente a coação e a obediência hierárquica. O art. 39 trata do estado
de defesa exculpante.
Art. 42. Não há crime quando o agente pratica o fato:
I - em estado de necessidade;
II - em legítima defesa;
III - em estrito cumprimento do dever legal;
IV - em exercício regular de direito.
Parágrafo único. Não há igualmente crime quando o comandante de navio, aeronave ou
praça de guerra, na iminência de perigo ou grave calamidade, compele os subalternos, por
meios violentos, a executar serviços e manobras urgentes, para salvar a unidade ou vidas, ou
evitar o desânimo, o terror, a desordem, a rendição, a revolta ou o saque.
250
LEGÍTIMA DEFESA
Art. 44. Entende-se em legítima defesa quem, usando moderadamente dos meios necessários,
repele injusta agressão, atual ou iminente, a direito seu ou de outrem.
EXCESSO CULPOSO
Art. 45. O agente que, em qualquer dos casos de exclusão de crime, excede culposamente os
limites da necessidade, responde pelo fato, se êste é punível, a título de culpa.
EXCESSO ESCUSÁVEL
Parágrafo único. Não é punível o excesso quando resulta de escusável surpresa ou
perturbação de ânimo, em face da situação
EXCESSO DOLOSO
Art. 46. O juiz pode atenuar a pena ainda quando punível o fato por excesso doloso.
CULPABILIDADE
• Doloso, quando o agente quis o resultado ou assumiu o risco de produzi-lo;
• Culposo, quando o agente, deixando de empregar a cautela, atenção, ou diligência ordinária,
ou especial, a que estava obrigado em face das circunstâncias, não prevê o resultado que
podia prever ou, prevendo-o, supõe levianamente que não se realizaria ou que poderia evitá-
lo.
BIZU MONSTRUOSO → Salvo os casos expressos em lei, ninguém pode ser punido por fato previsto
como crime, senão quando o pratica dolosamente.
Pelos resultados que agravam especialmente as penas só responde o agente quando os houver
causado, pelo menos, culposamente.
ERROS
ERRO DE DIREITO:
A pena pode ser atenuada ou substituída por outra menos grave quando o agente, salvo em se
tratando de crime que atente contra o dever militar, supõe lícito o fato, por ignorância ou erro de
interpretação da lei, se escusáveis.
251
ERRO DE FATO:
É isento de pena quem, ao praticar o crime, supõe, por erro plenamente escusável, a inexistência de
circunstância de fato que o constitui ou a existência de situação de fato que tornaria a ação legítima.
ERRO CULPOSO:
Se o erro deriva de culpa, a este título responde o agente, se o fato é punível como crime culposo.
ERRO PROVOCADO:
Se o erro é provocado por terceiro, responderá este pelo crime, a título de dolo ou culpa, conforme
o caso.
Quando o agente, por erro de percepção ou no uso dos meios de execução, ou outro acidente, atinge
uma pessoa em vez de outra, responde como se tivesse praticado o crime contra aquela que
realmente pretendia atingir. Devem ter-se em conta não as condições e qualidades da vítima, mas as
da outra pessoa, para configuração, qualificação ou exclusão do crime, e agravação ou atenuação da
pena.
Se, por erro ou outro acidente na execução, é atingido bem jurídico diverso do visado pelo agente,
responde este por culpa, se o fato é previsto como crime culposo.
Duplicidade do resultado se, no caso acima é também atingida a pessoa visada, ou, no caso do
parágrafo anterior, ocorre ainda o resultado pretendido, aplica-se a regra do art. 79.
➔ Coação irresistível: Sob coação irresistível ou que lhe suprima a faculdade de agir segundo a
própria vontade;
➔ Obediência hierárquica: Em estrita obediência a ordem direta de superior hierárquico, em
matéria de serviços.
Se a ordem do superior tem por objeto a prática de ato manifestamente criminoso, ou há excesso
nos atos ou na forma da execução, é punível também o inferior.
252
ESTADO DE NECESSIDADE, COM EXCLUDENTE DE CULPABILIDADE
Não é igualmente culpado quem, para proteger direito próprio ou de pessoa a quem está ligado por
estreitas relações de parentesco ou afeição, contra perigo certo e atual, que não provocou, nem podia
de outro modo evitar, sacrifica direito alheio, ainda quando superior ao direito protegido, desde que
não lhe era razoavelmente exigível conduta diversa.
Nos crimes em que há violação do dever militar, o agente não pode invocar coação irresistível senão
quando física ou material.
ATENUAÇÃO DE PENA:
Nos casos do art. 38, letras a e b, se era possível resistir à coação, ou se a ordem não era
manifestamente ilegal; ou, no caso do art. 39, se era razoavelmente exigível o sacrifício do direito
ameaçado, o juiz, tendo em vista as condições pessoais do réu, pode atenuar a pena.
EXCLUSÃO DE CRIME
1) em estado de necessidade;
2) em legítima defesa;
Não há igualmente crime quando o comandante de navio, aeronave ou praça de guerra, na iminência
de perigo ou grave calamidade, compele os subalternos, por meios violentos, a executar serviços e
manobras urgentes, para salvar a unidade ou vidas, ou evitar o desânimo, o terror, a desordem, a
rendição, a revolta ou o saque.
Considera-se em estado de necessidade quem pratica o fato para preservar direito seu ou alheio, de
perigo certo e atual, que não provocou, nem podia de outro modo evitar, desde que o mal causado,
por sua natureza e importância, é consideravelmente inferior ao mal evitado, e o agente não era
legalmente obrigado a arrostar o perigo.
LEGÍTIMA DEFESA
Entende-se em legítima defesa quem, usando moderadamente dos meios necessários, repele injusta
agressão, atual ou iminente, a direito seu ou de outrem.
EXCESSO CULPOSO
O agente que, em qualquer dos casos de exclusão de crime, excede culposamente os limites da
necessidade, responde pelo fato, se este é punível, a título de culpa.
253
EXCESSO ESCUSÁVEL
Não é punível o excesso quando resulta de escusável surpresa ou perturbação de ânimo, em face da
situação.
EXCESSO DOLOSO
O juiz pode atenuar a pena ainda quando punível o fato por excesso doloso.
Direito alheio igual ou superior ao direito Direito alheio é inferior ao direito defendido
defendido
254
DAS PENAS
PENAS PRINCIPAIS
As penas principais são:
1) morte;
2) reclusão;
3) detenção;
4) prisão;
5) impedimento;
6) suspensão do exercício do posto, graduação, cargo ou função;
7) reforma.
PENA DE MORTE:
A pena de morte é executada por fuzilamento. A sentença definitiva de condenação à morte é
comunicada, logo que passe em julgado, ao Presidente da República, e não pode ser executada
senão depois de sete dias após a comunicação.
A pena de reclusão ou de detenção até 2 (dois) anos, aplicada a militar, é convertida em pena de
prisão e cumprida, quando não cabível a suspensão condicional:
• pelo oficial, em recinto de estabelecimento militar;
• pela praça, em estabelecimento penal militar, onde ficará separada de presos que estejam
cumprindo pena disciplinar ou pena privativa de liberdade por tempo superior a dois anos.
Para efeito de separação, no cumprimento da pena de prisão, atender-se-á, também, à condição das
praças especiais e à das graduadas, ou não; e, dentre as graduadas, à das que tenham graduação
especial.
pág. 1
255
PENA DO ASSEMELHADO:
O assemelhado cumpre a pena conforme o posto ou graduação que lhe é correspondente.
BIZU MONSTRUOSO
Para os não assemelhados dos Ministérios Militares e
órgãos sob controle destes, regula-se a correspondência
pelo padrão de remuneração.
A pena privativa da liberdade por mais de 2 (dois) anos, aplicada a militar, é cumprida em
penitenciária militar e, na falta dessa, em estabelecimento prisional civil, ficando o recluso ou detento
sujeito ao regime conforme a legislação penal comum, de cujos benefícios e concessões, também,
poderá gozar.
O civil cumpre a pena aplicada pela Justiça Militar, em estabelecimento prisional civil, ficando ele
sujeito ao regime conforme a legislação penal comum, de cujos benefícios e concessões, também,
poderá gozar. Por crime militar praticado em tempo de guerra poderá o civil ficar sujeito a cumprir a
pena, no todo ou em parte em penitenciária militar, se, em benefício da segurança nacional, assim o
determinar a sentença.
PENA DE IMPEDIMENTO
256
PENA DE REFORMA
A pena de reforma sujeita o condenado à situação de inatividade, não podendo perceber mais de
um vinte e cinco avos do soldo, por ano de serviço, nem receber importância superior à do soldo.
O condenado a que sobrevenha doença mental deve ser recolhido a manicômio judiciário ou, na falta
deste, a outro estabelecimento adequado, onde lhe seja assegurada custódia e tratamento.
TEMPO COMPUTÁVEL
TRANSFERÊNCIA DE CONDENADOS
O condenado pela Justiça Militar de uma região, distrito ou zona pode cumprir pena em
estabelecimento de outra região, distrito ou zona.
1) De acordo com o direito penal militar a pena de reclusão ou de detenção até 2 (dois) anos, aplicada
a militar, é convertida em pena de prisão e cumprida, quando não cabível a suspensão condicional
pelo oficial, em recinto de estabelecimento militar pela praça, em estabelecimento penal militar, onde
ficará separada de presos que estejam cumprindo pena disciplinar ou pena privativa de liberdade por
tempo superior a dois anos.
2) A pena privativa da liberdade por mais de 2 (dois) anos, aplicada a militar, é cumprida em
penitenciária militar e, na falta dessa, em estabelecimento prisional civil, ficando o recluso ou detento
sujeito ao regime conforme a legislação penal comum, de cujos benefícios e concessões, também,
poderá gozar.
GABARITO
1- C
2- C
pág. 3
257
DA APLICAÇÃO DAS PENAS
DETERMINAÇÃO DA PENA
§ 1º Se são cominadas penas alternativas, o juiz deve determinar qual delas é aplicável.
LIMITES LEGAIS DA PENA
§ 2º Salvo o disposto no art. 76, é fixada dentro dos limites legais a quantidade da pena
aplicável.
No Direito Penal comum, a questão da aplicação da pena está praticamente pacificada, sustentando-
se a aplicação por um critério trifásico, com base nos arts. 59 e 68 do CP.
O Código Penal Militar, porém, não apresenta dispositivos claros para adoção do critério trifásico, mas
o STF já adotou a visão de que esse mesmo critério deve ser adotado na aplicação da pena para o
crime militar (HC 92.116/RJ, julgado pela primeira vez em 25/9/2007).
No Código Penal comum, a culpabilidade substitui a intensidade do dolo e o grau de culpa, já que as
teorias mais modernas consideram os dois elementos em conjunto.
258
CIRCUNSTÂNCIAS AGRAVANTES
Art. 70. São circunstâncias que sempre agravam a pena, quando não integrantes ou
qualificativas do crime:
I - a reincidência;
II - ter o agente cometido o crime: a) por motivo fútil
ou torpe;
b) para facilitar ou assegurar a execução, a ocultação, a impunidade ou vantagem de
outro crime;
c) depois de embriagar-se, salvo se a embriaguez decorre de caso fortuito, engano ou
força maior;
à traição, de emboscada, com surpresa, ou mediante outro recurso insidioso que dificultou ou
tornou impossível a defesa da vítima;
d) com o emprego de veneno, asfixia, tortura, fogo, explosivo, ou qualquer outro meio
dissimulado ou cruel, ou de que podia resultar perigo comum;
e) contra ascendente, descendente, irmão ou cônjuge;
f) com abuso de poder ou violação de dever inerente a cargo, ofício, ministério ou profissão;
h) contra criança, velho ou enfermo;
i) quando o ofendido estava sob a imediata proteção da autoridade;
j) em ocasião de incêndio, naufrágio, encalhe, alagamento, inundação, ou qualquer
calamidade pública, ou de desgraça particular do ofendido; l) estando de serviço;
m) com emprego de arma, material ou instrumento de serviço, para esse fim
procurado;
n) em auditório da Justiça Militar ou local onde tenha sede a sua administração; o)
em país estrangeiro.
259
Parágrafo único. As circunstâncias das letras c , salvo no caso de embriaguez preordenada, l ,
m e o , só agravam o crime quando praticado por militar.
[...] CIRCUNSTÂNCIAS ATENUANTES
Art. 72. São circunstâncias que sempre atenuam a pena:
I - ser o agente menor de vinte e um ou maior de setenta
anos;
II - ser meritório seu comportamento anterior; III - ter o
agente:
a) cometido o crime por motivo de relevante valor social ou moral;
b) procurado, por sua espontânea vontade e com eficiência, logo após o crime, evitar-lhe
ou minorar-lhe as conseqüencias, ou ter, antes do julgamento, reparado o dano;
c) cometido o crime sob a influência de violenta emoção, provocada por ato injusto da
vítima;
d) confessado espontaneamente, perante a autoridade, a autoria do crime, ignorada ou
imputada a outrem;
e) sofrido tratamento com rigor não permitido em lei. Não atendimento de atenuantes
Parágrafo único. Nos crimes em que a pena máxima cominada é de morte, ao juiz é facultado
atender, ou não, às circunstâncias atenuantes enumeradas no artigo.
As circunstâncias agravantes são condições genéricas que, se verificadas no caso julgado, agravarão
a pena a ser aplicada, desde que não constituam elemento integrante ou qualificador do próprio tipo
penal.
Art. 84 - A execução da pena privativa da liberdade, não superior a 2 (dois) anos, pode ser
suspensa, por 2 (dois) anos a 6 (seis) anos, desde que:
I - o sentenciado não haja sofrido no País ou no estrangeiro, condenação irrecorrível por
outro crime a pena privativa da liberdade, salvo o disposto no 1º do art. 71;
II - os seus antecedentes e personalidade, os motivos e as circunstâncias do crime, bem
como sua conduta posterior, autorizem a presunção de que não tornará a delinqüir.
Art. 86. A suspensão é revogada se, no curso do prazo, o beneficiário:
I - é condenado, por sentença irrecorrível, na Justiça Militar ou na comum, em razão de crime,
ou de contravenção reveladora de má índole ou a que tenha sido imposta pena privativa de
liberdade;
II- não efetua, sem motivo justificado, a reparação do dano;
III - sendo militar, é punido por infração disciplinar considerada grave.
260
Art. 88. A suspensão condicional da pena não se
aplica:
I - ao condenado por crime cometido em tempo
de guerra; II - em tempo de paz:
a) por crime contra a segurança nacional, de aliciação e incitamento, de violência contra
superior, oficial de dia, de serviço ou de quarto, sentinela, vigia ou plantão, de desrespeito a
superior, de insubordinação, ou de deserção;
b) pelos crimes previstos nos arts. 160, 161, 162, 235, 291 e seu parágrafo único, ns. I
a IV.
02) Para fixação da pena privativa de liberdade, o juiz aprecia a gravidade do crime praticado e a
personalidade do réu, devendo ter em conta a intensidade do dolo ou grau da culpa, a maior ou
menor extensão do dano ou perigo de dano, os meios empregados, o modo de execução, os motivos
determinantes, as circunstâncias de tempo e lugar, os antecedentes do réu e sua atitude de
insensibilidade, indiferença ou arrependimento após o crime.
261
DAS PENAS ACESSÓRIAS
Art. 99. A perda de posto e patente resulta da condenação a pena privativa de liberdade por
tempo superior a dois anos, e importa a perda das condecorações.
A condenação que resulta na perda do posto e da patente só pode decorrer de decisão de Tribunal
Militar ou Civil, nos termos do art. 142, §3º, VI, da Constituição. Além disso, o dispositivo
constitucional é claro no sentido de que a perda do posto e patente não é autônoma, decorrendo da
declaração de indignidade ou incompatibilidade para o oficialato.
Para fins de interpretação deste dispositivo, “tribunal” deve ser entendido como órgão judiciário de
segunda instância ou de instância superior. A decisão da perda do posto e patente não pode ser de juiz
de primeiro grau, pois apenas tribunais podem decidir pela indignidade ou incompatibilidade para o
oficialato.
262
Esta pena acessória decorre dos crimes de desrespeito a símbolo nacional, pederastia ou outro ato
libidinoso, furto simples, roubo simples, extorsão simples, extorsão mediante sequestro, chantagem,
estelionato, abuso de pessoa, peculato, peculato mediante aproveitamento de erro de outrem,
falsificação de documento, falsidade ideológica.
Como observação, chamo sua atenção também para o advento da Lei Complementar nº 135, de 4 de
junho de 2010, conhecida como Lei Ficha Limpa. Esta lei trouxe tornou inelegível pelo período de oito
anos aquele que for declarado indigno do oficialato ou com ele incompatível.
Esta pena acessória, nos termos do caput do art. 103, é aplicável apenas ao civil que cometeu crime
militar, já que a figura do assemelhando não mais existe em nosso ordenamento.
O parágrafo único, por outro lado, permite que a perda da função seja aplicada também ao militar da
reserva ou reformado que esteja exercendo função pública de qualquer natureza.
263
SUSPENSÃO DO PÁTRIO PODER, TUTELA OU CURATELA
Art. 105. O condenado a pena privativa de liberdade por mais de dois anos, seja qual for o crime
praticado, fica suspenso do exercício do pátrio poder, tutela ou curatela, enquanto dura a
execução da pena, ou da medida de segurança imposta em substituição (art. 113).
SUSPENSÃO PROVISÓRIA
Parágrafo único. Durante o processo pode o juiz decretar a suspensão provisória do exercício do
pátrio poder, tutela ou curatela.
SUSPENSÃO DOS DIREITOS POLÍTICOS
Art. 106. Durante a execução da pena privativa de liberdade ou da medida de segurança imposta
em substituição, ou enquanto perdura a inabilitação para função pública, o condenado não pode
votar, nem ser votado.
Os efeitos secundários previstos no art. 109 são de natureza civil. Há ainda outros efeitos, de natureza
penal, indicados pela Doutrina e previstos em outros artigos, a exemplo da indução à reincidência,
dilação do prazo da prescrição da pretensão executória, lançamento do nome do condenado no rol dos
culpados, etc.
264
DOS CRIMES CONTRA A PESSOA
pág. 1
265
INJÚRIA – Art. 140, CP
Art. 140 - Injuriar alguém, ofendendo-lhe a dignidade ou o decoro:
Pena - detenção, de um a seis meses, ou multa.
§ 1º - O juiz pode deixar de aplicar a pena:
I - quando o ofendido, de forma reprovável, provocou diretamente a injúria;
II - no caso de retorsão imediata, que consista em outra injúria.
§ 2º - Se a injúria consiste em violência ou vias de fato, que, por sua natureza ou pelo meio empregado, se
considerem aviltantes:
Pena - detenção, de três meses a um ano, e multa, além da pena correspondente à violência.
§ 3º Se a injúria consiste na utilização de elementos referentes a raça, cor, etnia, religião, origem ou a condição
de pessoa idosa ou portadora de deficiência:
Pena - reclusão de um a três anos e multa
✓ RAÇA ✓ ORIGEM
✓ COR ✓ PESSOA IDOSA
✓ ETNIA ✓ PESSOA DEFICIENTE
✓ RELIGIÃO
pág. 1
266
👉 No racismo, existe uma segregação de raças, na injúria racial, quero ofender aquela pessoa.
☠ racismo impróprio
pág. 1
267
01 - Quanto aos crimes contra a honra, correto afirmar que
A) não constitui difamação ou calúnia punível a ofensa irrogada em juízo, na discussão da causa, pela parte ou por seu
procurador.
B) cabível a exceção da verdade na difamação e na injúria.
C) há isenção de pena se o querelado, antes da sentença, se retrata cabalmente da difamação ou da injúria.
D) a ação penal é pública incondicionada na injúria com preconceito.
E) possível a propositura de ação penal privada no caso de servidor público ofendido em razão do exercício de suas
funções.
03 - Nos crimes contra a honra previstos no Código Penal, todas as hipóteses delituosas enumeradas admitem a
exceção da verdade.
Certo ( ) Errado ( )
Gabarito
01 – E
02 – A
03 – E
pág. 1
268
CORRESPONDÊNCIA LEGISLATIVA
CAPÍTULO I
DO HOMICÍDIO
Homicídio simples
Art. 205. Matar alguém:
Pena - reclusão, de seis a vinte anos.
Minoração facultativa da pena
§ 1º Se o agente comete o crime impelido por motivo de relevante valor social
ou moral, ou sob o domínio de violenta emoção, logo em seguida a injusta provocação
da vítima, o juiz pode reduzir a pena, de um sexto a um terço.
Homicídio qualificado
§ 2° Se o homicídio é cometido:
I - por motivo fútil;
II - mediante paga ou promessa de recompensa, por cupidez, para excitar ou
saciar desejos sexuais, ou por outro motivo torpe;
III - com emprego de veneno, asfixia, tortura, fogo, explosivo, ou qualquer outro
meio dissimulado ou cruel, ou de que possa resultar perigo comum;
IV - à traição, de emboscada, com surpresa ou mediante outro recurso insidioso,
que dificultou ou tornou impossível a defesa da vítima;
V - para assegurar a execução, a ocultação, a impunidade ou vantagem de outro
crime;
VI - prevalecendo-se o agente da situação de serviço:
Pena - reclusão, de doze a trinta anos.
Homicídio culposo
Art. 206. Se o homicídio é culposo:
Pena - detenção, de um a quatro anos.
269
§1° A pena pode ser agravada se o crime resulta de inobservância de regra técnica de profissão, arte
ou ofício, ou se o agente deixa de prestar imediato socorro à vítima.
Multiplicidade de vítimas
§2º Se, em consequência de uma só ação ou omissão culposa, ocorre morte de mais de uma pessoa
ou também lesões corporais em outras pessoas, a pena é aumentada de um sexto até metade.
Art. 207. Instigar ou induzir alguém a suicidar-se, ou prestar-lhe auxílio para que o faça, vindo o
suicídio consumar-se:
§1º Se o crime é praticado por motivo egoístico, ou a vítima é menor ou tem diminuída, por qualquer
motivo, a resistência moral, a pena é agravada.
§ 2o Com detenção de um a três anos, será punido quem, desumana e reiteradamente, inflige maus
tratos a alguém, sob sua autoridade ou dependência, levando-o, em razão disso, à prática de suicídio.
Redução de pena
DO GENOCÍDIO
Genocídio
Art. 208. Matar membros de um grupo nacional, étnico, religioso ou pertencente
a determinada raça, com o fim de destruição total ou parcial desse grupo:
Pena - reclusão, de quinze a trinta anos.
270
Casos assimilados
Parágrafo único. Será punido com reclusão, de quatro a quinze anos, quem, com
o mesmo fim:
I - inflige lesões graves a membros do grupo;
II - submete o grupo a condições de existência, físicas ou morais, capazes de ocasionar
a eliminação de todos os seus membros ou parte deles;
III - força o grupo à sua dispersão;
IV - impõe medidas destinadas a impedir os nascimentos no seio do grupo;
V - efetua coativamente a transferência de crianças do grupo para outro grupo.
01) Matar alguém mediante paga ou promessa de recompensa, por cupidez, para excitar ou
saciar desejos sexuais, ou por outro motivo torpe é considerado homicídio simples.
271
CORRESPONDÊNCIA LEGISLATIVA
CAPÍTULO III
DA LESÃO CORPORAL E DA RIXA
Lesão leve
Art. 209. Ofender a integridade corporal ou a saúde de outrem:
Pena - detenção, de três meses a um ano.
Lesão grave
§ 1° Se se produz, dolosamente, perigo de vida, debilidade permanente de membro,
sentido ou função, ou incapacidade para as ocupações habituais, por mais de trinta
dias:
Pena - reclusão, até cinco anos.
§2º Se se produz, dolosamente, enfermidade incurável, perda ou inutilização de
membro, sentido ou função, incapacidade permanente para o trabalho, ou
deformidade duradoura:
Pena - reclusão, de dois a oito anos.
272
Lesão levíssima
§6º No caso de lesões levíssimas, o juiz pode considerar a infração como disciplinar.
Lesão culposa
Art. 210. Se a lesão é culposa:
Pena - detenção, de dois meses a um ano.
§1º A pena pode ser agravada se o crime resulta de inobservância de regra técnica
de profissão, arte ou ofício, ou se o agente deixa de prestar imediato socorro à vítima.
Aumento de pena
§2º Se, em consequência de uma só ação ou omissão culposa, ocorrem lesões em
várias pessoas, a pena é aumentada de um sexto até metade.
Participação em rixa
Art. 211. Participar de rixa, salvo para separar os contendores:
Pena - detenção, até dois meses.
Parágrafo único. Se ocorre morte ou lesão grave, aplica-se, pelo fato de participação
na rixa, a pena de detenção, de seis meses a dois anos.
01) A pena de lesão grave pode ser agravada se o crime resulta de inobservância de regra
técnica de profissão, arte ou ofício, ou se o agente deixa de prestar imediato socorro à vítima.
02) Se, em consequência de uma só ação ou omissão culposa, ocorrem lesões em várias
pessoas, a pena é aumentada de um sexto até metade.
273
DOS CRIMES CONTRA A PESSOA
O “mal injusto” estabelecido no artigo, deve ser possível de realização pelo sujeito, e não necessita ser
um crime.
☠ CRIME SUBSIDIÁRIO: somente ocorre se não constituir crime mais grave e específico.
☠ ELEMENTO SUBJETIVO: dolo, não existe uma finalidade específica
☠ ADMITE-SE A TENTATIVA
☠ CONSUMAÇÃO: ocorre no momento em que a vítima toma conhecimento da ameaça. Não importa se o
agente tinha mesmo a intenção de realizar o mal injusto prometido ou não, configurando o crime desde que a
ameaça passe a causar um temor a vítima.
☠ AÇÃO PENAL: Pública Condicionada a Representação
☠ CRIME SUBSIDIÁRIO: somente ocorre se não constituir crime mais grave e específico.
☠ CRIME PERMANENTE: a consumação permanece enquanto não cessada a restrição da liberdade
☠ ELEMENTO SUBJETIVO: dolo, não existe uma finalidade específica
☠ CONSUMAÇÃO: com a privação da liberdade da vítima, que durará durante determinado período de tempo,
até a cessação.
☠ ADMITE-SE A TENTATIVA
☠ AÇÃO PENAL: Pública Incondicionada
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274
QUALIFICADORAS – Art. 148, §§ 1º e 2º, CP
§ 1º- A pena é de reclusão, de dois a cinco anos:
I- se a vítima é ascendente, descendente, cônjuge ou companheiro do agente ou maior de 60 (sessenta) anos;
II- se o crime é praticado mediante internação da vítima em casa de saúde ou hospital;
III- se a privação da liberdade dura mais de 15 (quinze) dias.
IV- se o crime é praticado contra menor de 18 (dezoito) anos;
V- se o crime é praticado com fins libidinosos.
§ 2º- Se resulta à vítima, em razão de maus-tratos ou da natureza da detenção, grave sofrimento físico ou moral:
Pena - reclusão, de dois a oito anos.
SÚMULA 711, STF: A lei penal mais grave aplicasse aos crimes permanentes e continuados se a sua vigência é
anterior a cessação da permanência ou da continuidade.
A
prescrição começa a correr do dia em que cessou a permanência, e não do início do sequestro (art. 111,III, CP)
Estará configurado o crime sempre que o agente praticar qualquer das duas condutas:
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275
O
que é casa???
§ 4º- A expressão "casa" compreende:
I- qualquer compartimento habitado;
II- aposento ocupado de habitação coletiva;
III- compartimento não aberto ao público, onde alguém exerce profissão ou atividade.
👉 Casa não é apenas aquele local que o indivíduo estabelece sua residência.
O
que não posso considerar como casa???
§ 5º- Não se compreendem na expressão "casa":
I- hospedaria, estalagem ou qualquer outra habitação coletiva, enquanto aberta, salvo a restrição do n.º II do
parágrafo anterior;
II- taverna, casa de jogo e outras do mesmo gênero.
QUALIFICADORAS – Art.150, § 1º CP
§ 1º- Se o crime é cometido durante a noite, ou em lugar ermo, ou com o emprego de violência ou de arma, ou
por duas ou mais pessoas:
Pena - detenção, de seis meses a dois anos, além da pena correspondente à violência.
👉Não podemos estabelecer uma hora em exatidão para o que seria considerado noite, tudo se faz com
análisedo caso concreto.
A qualquer hora
FLAGRANTE
SEM O CONSENTIMENTO DESASTRE
Independentemente de mandado judicial
DO MORADOR SOCORRO
DETERMINAÇÃO JUDICIAL Durante o dia
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276
01– Quanto ao crime de Ameaça, é correto afirmar que:
A) pressupõe a injustiça do mal prometido
B) é de ação penal privada.
C) não admite transação penal.
D) não pode ser praticado por meios simbólicos.
E) quando usado como meio executório de um roubo, coexiste com este em concurso de crimes.
02- Assinale a afirmação correta em relação ao crime de ameaça (artigo 147 do Código Penal).
A) O Ministério Público e o ofendido têm legitimidade para promover a ação penal.
B) Trata-se de crime de ação penal privada.
C) Somente se procede mediante representação.
D) O Ministério Público tem a faculdade de oferecer denúncia a qualquer tempo, sem restrições legais.
E) Só pode ser praticado por meio da palavra ou por escrito, não sendo possível a consumação por meio de gesto ou
qualquer outro meio simbólico.
03- Quanto à classificação dos delitos, é correto afirmar-se que o sequestro caracteriza-se como crime:
A) comum, permanente e unissubsistente.
B) comum, permanente e plurissubsistente.
C) comum, instantâneo e unissubsistente.
D) próprio, instantâneo e plurissubsistente.
E) próprio, permanente e unissubsistente.
04- A violação de domicílio é crime de mera conduta, não se exigindo resultado determinado.
Certo ( ) Errado ( )
Gabarito
01 – A
02 – C
03 – B
04 – C
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277
DOS CRIMES CONTRA O PATRIMÔNIO I
Estará configurado sempre que o agente “subtrai” coisa alheia, não interessando se para ele ou para
terceira pessoa, preciso da finalidade especial o “animus rem sibi habendi” – intenção de ter a coisa alheia para si ou
para terceira pessoa.
Por se tratar de crime comum, não se exige qualidade especial do sujeito ativo ou do passivo, o sujeito
passivo pode ser tanto quem tem a posse, como quem tem a propriedade, cuidado com a figura do DETENTOR, este
não pode ser vítima do crime.
Admite-se a forma tentada.
Ação Pública Incondicionada.
❖ COISA ABANDONADA (res derelicta) – Não pode ser objeto de furto – não preenche a qualidade de coisa
alheia
❖ COISA DE NINGUÉM (res nullius) - Não pode ser objeto de furto – não preenche a qualidade de coisa alheia.
❖ COISA PERDIDA (res deperdita) - Não pode ser objeto de furto, mas poderá configurar o crime de apropriação
de coisa achada – art. 169, II CP.
FURTO CIRCUNSTANCIADO – essa causa de aumento de pena pode ser aplicada tanto a forma simples
quanto a qualificada (STJ e STF).
Repouso noturno: estabelecido de acordo com os costumes de cada região. Não interessa se a vítima está ou
não dormindo, nem se tenha ocorrido em estabelecimento comercial ou se a residência está desabitada (STJ).
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278
PRIMARIEDADE DO AGENTE + PEQUENO VALOR DA COISA FURTADA.
Trata-se de direito subjetivo do autor, ou seja, presentes os requisitos, o juiz tem que aplicar a redução, a
faculdade está presente apena aplicação da pena.
• INSIGNIFICÂNCIA: análise geral com base na mínima ofensividade da conduta, ausência de periculosidade da
ação, reduzido grau de reprovabilidade do comportamento e inexpressividade de lesão ao bem jurídico. STJ
considera insignificante o valor de até 10% do salário mínimo. Cabe o juiz a análise do caso concreto. O fato é
atipico e o agente será absolvido.
• PRIVILÉGIO: requisitos específicos de cada agente, o juiz não pode acrescentar outros requisitos. O fato é tipico
e o agente condenado, porém sua pena será reduzida.
Para o STJ, não posso dar a essa modalidade de crime, o mesmo tratamento referente ao inadimplemento
tributário, ou seja, mesmo havendo o pagamento antes do recebimento da denúncia, não ensejará a extinção da
punibilidade, podendo, no entanto, ser analisado no arrependimento posterior.
Súmula 567, STJ: Sistema de vigilância realizado por monitoramento eletrônico ou por existência de
segurança no interior de estabelecimento comercial, por si só, não torna impossível a configuração do crime de
furto.
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279
Súmula 442, STJ: “É inadmissível aplicar, no furto qualificado, a majorante do roubo”.
Uso o explosivo para cometer o crime, incluída no rol de qualificadoras pela Lei 13.654/18.
Denominado abigeato, o animal tem que ser domesticável e de produção, ou seja, aqueles destinados a
abate, não entram animais domésticos.
Aqui, eu não tenho a figura do uso do explosivo para cometer o crime, como previsto no § 4ºA, mas sim a
subtração do próprio explosivo ou substâncias análogas, incluída no rol de qualificadoras pela Lei 13.654/18
De maneira geral, posso aplicar as peculiaridades referentes ao crime de Furto (Art.155, CP), aqui, serão
tratadas apenas as regras referentes ao tipo penal.
CRIME PRÓPRIO: Posso considerá-lo como bipróprio, pois exige uma característica particular tanto do sujeito
ativo, como do sujeito passivo.
CRIME DE MENOR POTENCIAL OFENSIVO
AÇÃO PENAL: Pública Condicionada a Representação
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280
CAUSAS ESPECIAIS DE EXCLUDENTES DE ILICITUDE - Art. 156, §2°, CP
§ 2º- Não é punível a subtíação de coisa comum fungível, cujo valoí não excede a quota a que tem
diíeito o agente
Se o agente se apropria de uma coisa fungível, mas o valor da coisa não ultrapassa a sua cota, estará se
apropriando do que é seu!
DOLO ESPECIAL: intuito de obter para si ou para outrem, indevida vantagem econômica.
Não admite a modalidade culposa.
Admite a forma TENTADA.
CONSUMAÇÃO: consuma-se com a mera exigência da vantagem indevida. Crime formal e instantâneo. Súmula 96
do STJ.
Abrange qualquer espécie de arma (de fogo, branca), não houve alteração pela Lei 13.654/18.
EXTORSÃO QUALIFICADA PELA LESÃO GRAVE E PELA MORTE – Art. 158, §2°, CP
§ 2º - Aplica-se à extorsão praticada mediante violência o disposto no § 3º do artigo anterior.
Considerada uma norma penal em branco ao revés, pois, a complementação normativa é referente a sanção
e não ao tipo penal.
À extorsão qualificada pela lesão grave ou pela morte, aplica-se as penas relacionadas ao roubo qualificado
nessa modalidade.
CUIDADO!!! Cuidado com as alterações estabelecidas para o crime de roubo pela Lei 13.654/18.
PRINCÍPIO DA INSIGNIFICÂNCIA: o STF e o STJ negam a aplicação do princípio da insignificância aos crimes
praticados mediante violência ou grave ameaça.
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281
01 - Artêmis, maior de idade, estava passando em frente a uma loja de produtos eletrônicos e, com o uso de uma
chave falsa, logrou êxito em adentrar ao estabelecimento para subtrair várias mercadorias de elevado valor. Segundo
o Código Penal, o crime cometido por Artêmis se enquadra como
A) roubo simples.
B) roubo qualificado.
C) furto simples.
D) furto qualificado.
E) furto simples, com aumento de pena pelo uso de chave falsa.
02- João exerce a função de guarda municipal em uma Unidade de Saúde da Família (USF) do Município do Brejo. Na
última sexta-feira, foi ameaçado por um colega, que portava um canivete, para que não o denunciasse por levar
consigo cinco caixas de luvas descartáveis da USF. De acordo com o Código Penal Brasileiro, a situação acima,
caracteriza que João foi vítima de
A) furto.
B) furto de coisa comum.
C) extorsão.
D)furto qualificado.
E) extorsão indireta.
03 – O crime de furto de coisa comum, previsto no Art. 165, CP, é de ação pública incondicionada a representação.
Certo ( ) Errado ( )
Gabarito
01 – D
02 – C
03 – E
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282
DOS CRIMES CONTRA O PATRIMÔNIO II
Para configurar o crime de roubo, o agente tem que “subtrair” coisa alheia, porém, aqui, é indispensável o
uso da violência/grave ameaça ou de meios que impossibilitem ou tornem impossíveis a defesa do ofendido.
Podemos aplicar o mesmo raciocínio adotado no crime de furto, em relação a coisa própria, coisa
abandonada, coisa sem dono ou uso comum (não está presente a elementar “coisa alheia”).
👉 Não existe a figura do ROUBO DE USO como sendo uma figura atipica!
👉 Não existe a figura do ROUBO PRIVILEGIADO!
👉PRINCÍPIO DA INSIGNIFICÂNCIA – O STJ e o STF não reconhecem o princípio da insignificância sendo aplicado aos
crimes que contenham violência ou grave ameaça à pessoa, mesmo sendo a coisa subtraída de pequeno valor.
👉CRIME IMPOSSÍVEL – a ausência de patrimônio pela vítima não gera crime impossível, pois, para configurar o roubo,
tenho a incidência de duas condutas, SUBTRAÇÃO + VIOLÊNCIA – sofrendo o bem jurídico qualquer risco, tem-se o
crime na modalidade tentada.
ROUBO PRÓPRIO Art. 157, “caput”, CP ROUBO IMPRÓPRIO Art. 157, §1°, CP FURTO Art. 155, CP
1º 2º 1º 2º 1º 2º
- VIOL./GRAVE AME. SUBTRAÇÃO SUBTRAÇÃO - VIOL./GRAVE AME. SUBTRAÇÃO - IMP. DE RESIST.
- IMP. DE RESIST.
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AUMENTO DE PENA – Art. 157, §2°, CP
§ 2º A pena aumenta-se de 1/3 até metade
I – (revogado); revogado pela Lei 13.654/18
II - Se há o concurso de duas ou mais pessoas;
III - Se a vítima está em serviço de transporte de valores e o agente conhece tal circunstância.
IV - Se a subtração for de veículo automotor que venha a ser transportado para outro Estado ou para o exterior;
V - Se o agente mantém a vítima em seu poder, restringindo sua liberdade
VI – Se a subtração for de substâncias explosivas ou de acessórios que, conjunta ou isoladamente, possibilitem
sua fabricação, montagem ou emprego. (Incluído pela Lei nº 13.654, de 2018)
VII – Se a violência ou grave ameaça é exercida com o emprego de arma branca. (Incluído pela Lei nº 13. 964,
de 2019)
👉Não existia diferença de a arma de fogo ser de uso restrito ou proibido. Por se tratar de Novatio Legis In
Pejus, seus efeitos não retroagem.
👉O resultado que agrava o crime pode ser cometido tanto a titulo de dolo como de culpa, porém, a violência
usada para se alcançar o resultado deve ser necessariamente dolosa.
👉Não posso aplicar as majorantes dos §§2° e 2°- A.
👉Quanto ao LATROCÍNIO, observe o disposto na súmula 610 do STF:
❖ Súmula 610 – STF: Há crime de latrocínio, quando o homicídio se consuma, ainda que não realize o agente
a subtração de bens da vítima.
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ROUBO MORTE LATROCÍNIO
❖ CONSUMADO ❖ CONSUMADA ❖ CONSUMADO
👉Tenho que ter a finalidade especial de obter qualquer vantagem como condição ou preço do resgate.
👉Não há a modalidade culposa.
☠ A consumação ocorre com a simples privação da liberdade da vítima, por tempo juridicamente relevante.
Crimeformal.
👉A vítima deve ser menor de 18 anos no momento do sequestro, não importando se quando foi liberada, já
tenha atingido a maioridade. Com o mesmo raciocínio, não importa se no momento do sequestro a vítima era menor
de 60 anos, se atingiu essa idade antes de cessar a permanência do crime, incidirá a qualificadora.
👉 A lesão grave e a morte devem decorrer do fato, e não, necessariamente do emprego da violência.
👉A doutrina é divergente quando a morte, Cleber Masson entente que a morte, necessariamente tem que ser
do sequestrado, de maneira diversa entende Rogério Sanches, entendendo que configura com a morte de qualquer
pessoa.
👉 A redução de pena desse parágrafo aplica-se tanto a modalidade simples como a qualificada, trata-se de
direito subjetivo do autor.
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01 - João invade um museu público disposto a furtar um quadro. Durante a ação, quando já estava tirando o quadro
da parede, depara-se com um vigilante. Diante da ordem imperativa para largar o quadro, e temendo ser alvejado,
vulnera o vigilante com um projétil de arma de fogo. O vigilante vem a óbito; e João, impressionado pelos
acontecimentos, deixa a cena do crime sem carregar o quadro. De acordo com o entendimento sumulado pelo
Supremo Tribunal Federal, praticou-se
02 - Conforme jurisprudência dominante no STJ, nos crimes de furto e roubo (arts. 155 e 157 do CP) a consumação do
fato tipico somente ocorre com a posse mansa e pacífica, o que não se verifica no caso de perseguição imediata do
agente e recuperação da coisa subtraída.
Certo ( ) Errado ( )
03 - O crime de extorsão mediante sequestro, desde que se prove que a intenção do agente era, de fato, sequestrar a
vítima, se consuma no exato instante em que a pessoa é sequestrada, privada de sua liberdade, independentemente
de o(s) sequestrador(es) conseguir(em) solicitar(em) ou receber(em) o resgate.
Certo ( ) Errado ( )
Gabarito
01 - E
02 - E
03 - C
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286
DOS CRIMES CONTRA O PATRIMÔNIO III
O agente se vale da condição de necessidade da outra pessoa para fazer com que esta assine documento que
pode dar causa a procedimento criminal, que pode ser tanto contra a própria pessoa que está assinando, como
contra terceiros
Tenho que ter a destruição, inutilização ou deterioração de coisa alheia, não existirá o crime se o agente
destrói o próprio bem, também não existirá nos casos de:
👉 COISA ABANDONADA
👉 COISA SEM DONO
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IV - por motivo egoístico ou com prejuízo considerável para a vítima:
Pena - detenção, de seis meses a três anos, e multa, além da pena correspondente à violência.
👉Na hipótese qualificada, a única modalidade em que a ação penal será privada, vai ser a do Inciso IV (art.
167, CP), nos demais casos, a ação será pública incondicionada.
No caso do Inciso I, a violência à pessoa ou a grave ameaça, são meios de execução do crime de dano, se for
posterior a sua prática, o agente responderá por ambos os crimes em concurso material.
No caso do Inciso II, temos a hipótese de um crime na modalidade subsidiária.
03 - O filho de João tem grave problema de saúde e precisa realizar custoso procedimento cirúrgico, que a família não
tem condição de pagar. Imagine que Pedro empresta R$ 50.000,00 a João, mas como garantia de tal dívida exige que
João, de próprio punho e em documento escrito, confesse ter traído a própria esposa, bem como ter fraudado a
empresa em que ambos trabalham, desviando recursos em proveito próprio. João cede à exigência a fim de obter o
empréstimo. A conduta de Pedro
A) é isenta de pena, por incidir causa supra legal que afasta a culpabilidade, qual seja, o consentimento da vítima.
B) configura exercício arbitrário das próprias razões.
C) é atipica, por ausência de previsão legal.
D) configura constrangimento ilegal
E) configura extorsão indireta.
04 - Considere que determinada pessoa, indignada por não ter resolvido uma questão particular em órgão público da
União, destrua o balcão de recepção do referido órgão. Nessa situação, a conduta do agente classifica-se como dano
qualificado, para o qual é prevista multa e pena de detenção de seis meses a três anos.
CERTO ( ) ERRADO ( )
GABARITO
01- D
02- E
03- E
04- C
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288
DOS CRIMES CONTRA O PATRIMÔNIO IV
👉 O sujeito ativo tem a posse ou a detenção desvigiada ou legítima do bem móvel, daí, o sujeito ativo
investe o domínio daquele bem e passa a dispor como se a coisa fosse sua.
A questão referente ao depósito necessário previsto no incido I, é tratada nos arts. 647 a 652, do CC. No
inciso II, encontramos um rol taxativo, sem a possibilidade de aumento de pena em casos fora os estabelecidos.
Quanto ao inciso III, temos hipóteses de circunstâncias pessoais, incomunicáveis em concurso de pessoas.
Trata-se de um crime que afeta a ordem tributária, é um crime omissivo próprio já que só pode ser praticado
por quem tinha o dever de repassar contribuições, através de uma omissão. Para o STF e para o STJ, estará
consumado o crime na data da constituição definitiva do crédito tributário, com o esgotamento da via administrativa.
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☠ CRIME PRÓPRIO: Apenas aquele a quem cabe recolher as contribuições e repassá-las pode ser sujeito ativo. O
sujeito passivo será a UNIÃO
☠ CRIME MATERIAL
☠ ELEMENTO SUBJETIVO: dolo
☠ NÃO É CRIME DE MENOR POTENCIAL OFENSIVO
☠ NÃO ADMITE TENTATIVA: trata-se de um crime omissivo próprio.
O STF já decidiu que a quitação, mesmo depois do trânsito em julgado, pode beneficiar o agente, já que a Lei
10.684/03 não estabelece tempo, e não cabe ao judiciário estabelecê-lo.
Não cabe outra interpretação a não ser a de que o adimplemento do débito tributário, a qualquer tempo, é
causa extintiva da punibilidade (HC 362,478/SP, rel. Min. Jorge Mussi. DJe 20/09/2017)
No âmbito federal, o valor mínimo para o ajuizamento da execução fiscal é de R$20.000,00 (Portaria MF
75/2002). Qualquer valor acima, não cabe ao juiz deixar de aplicar a pena.
• APROPIAÇÃO DE COISA HAVIDA POR ERRO, CASO FORTUITO OU FORÇA MAIOR– Art. 169, CP
Art. 169- Apropriar-se alguém de coisa alheia vinda ao seu poder por erro, caso fortuito ou força da natureza:
Pena - detenção, de um mês a um ano, ou multa.
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290
CUIDADO!!! Não confunda este crime com o crime de apropriação indébita, na apropriação indébita, o
agente entrega, voluntariamente a coisa ao sujeito ativo, que passa a dispor como se dono fosse. No crime
em tela, o agente entregou a coisa ao sujeito ativo, por uma falsa percepção da realidade, ou seja, é imprescindível o
erro na entrega da coisa.
01 - Ao anoitecer de 28 de abril de 2017, o funcionário público municipal Mário Pança, ao sair da prefeitura de
Passárgada, onde trabalha, encontra um pacote contendo cerca de R$ 20.000,00 (vinte mil reais) em notas de R$
100,00. Feliz com a possibilidade de saldar todas as suas dívidas, leva tal numerário para casa e, no dia seguinte,
procura seus credores, saldando um a um. Marta Rochedo, que havia perdido tal numerário, procura a Delegacia de
Polícia local pedindo providências a respeito. Os policiais civis realizam investigações, conseguindo apurar que Mário
Pança havia encontrado tal numerário, dando cabo de suas dívidas com o mesmo. Diante de tal enunciado, a opção
em que se enquadra a conduta praticada por Mário Pança é:
A) Apropriação indébita de coisa alheia achada.
B) Furto privilegiado.
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C) Furto simples.
D) Peculato apropriação.
02 - Durante um ano e cinco meses, a empresa L&X recolheu as contribuições previdenciárias de seus empregados,
mas não as repassou à previdência social, o que caracterizou o crime de apropriação indébita previdenciária. Nessa
situação, se os representantes legais da empresa L&X, espontaneamente, confessarem e efetuarem o pagamento das
contribuições, ficará extinta a punibilidade.
CERTO ( ) ERRADO ( )
03 - A apropriação de veículo do patrão por empregado doméstico que detinha o bem para utilização em tarefas
afetas às suas obrigações é delito de apropriação indébita, devendo a pena-base ser majorada de um terço por
determinação legal.
CERTO ( ) ERRADO ( )
GABARITO
01 – A
02 – C
03 – C
pág. 1
292
DOS CRIMES CONTRA O PATRIMÔNIO V
O sujeito ativo usa de uma fraude para ludibriar uma pessoa, induzindo-a em erro, ou mantendo em erro
quem já se encontra, para obter uma vantagem ilícita.
CUIDADO!!! O Pacote Anticrime (Lei 13.964/19) inseriu o §5º ao art. 171, modificando, assim, a ação penal,
antes era pública incondicionada, hoje, para a ser, em regra, ação pública condicionada a representação, com
exceção dos casos previstos no próprio parágrafo que veremos a seguir.
Nossa jurisprudência entende como sendo coisa de pequeno valor, aquela que não ultrapassa um salário
mínimo. Nesse caso, o juiz poderá:
pág. 1
293
III- defrauda, mediante alienação não consentida pelo credor ou por outro modo, a garantia pignoraticia, quando tem a posse do
objeto empenhado;
Fraude na entrega de coisa
IV- defrauda substância, qualidade ou quantidade de coisa que deve entregar a alguém;
Fraude para recebimento de indenização ou valor de seguro
V- destrói, total ou parcialmente, ou oculta coisa própria, ou lesa o próprio corpo ou a saúde, ou agrava as conseqüências da lesão
ou doença, com o intuito de haver indenização ou valor de seguro;
Fraude no pagamento por meio de cheque
VI- emite cheque, sem suficiente provisão de fundos em poder do sacado, ou lhe frustra o pagamento.
Também recebe o nome de ESTELIONATO CIRCUNSTANCIADO, porém, quando for cometido em detrimento
da Previdência Social, que é entidade de direito público, recebe o nome de ESTELIONATO PREVIDENCIÁRIO.
01 - Hugo estava em via pública com seu currículo na mão, considerando o fato de estar desempregado. Ao observar
aquela situação, Carlos apresentou-se como funcionário da sociedade empresária que funcionava naquela rua e
afirmou que teria um emprego para oferecer a Hugo. Para isso, Hugo precisaria inicialmente apresentar seus
documentos. Posteriormente, Carlos solicitou que Hugo lhe entregasse seu aparelho de telefonia celular, afirmando
que iria ao interior do estabelecimento comercial para registrar o wi-fi no aparelho. Hugo, então, entregou a Carlos
seu celular e permitiu que ele fosse ao estabelecimento, combinando de aguardá-lo em via pública. Uma hora depois,
entendendo que Carlos estava demorando, Hugo o procurou no estabelecimento, descobrindo que, na verdade,
Carlos nunca trabalhara no local e que deixara a localidade na posse do seu telefone assim que o recebeu.
Os fatos são informados ao Ministério Público.
Com base apenas nas informações expostas, a conduta de Carlos condiz com a figura tipica do crime de:
A) apropriação indébita majorada em razão do ofício, emprego ou profissão;
B) furto qualificado pelo emprego de fraude;
C) apropriação indébita simples;
D) furto simples;
E) estelionato.
294
CERTO ( ) ERRADO ( )
03 - Aquele que lesar o próprio corpo ou agravar as consequências de uma lesão com o intuito de buscar indenização
será, ao mesmo tempo, sujeito ativo e passivo do delito em razão da sua própria conduta.
CERTO ( ) ERRADO ( )
04 - Saulo, utilizando-se da fraude conhecida como conto do bilhete premiado, ofereceu o falso bilhete a Salete para
que esta resgatasse o prêmio. Encantada com a oferta e desconhecendo a falsidade do bilhete, Salete entregou a
Saulo vultosa quantia, sob a crença de que o bilhete representasse maior valor. Após dirigir-se à casa lotérica, Salete
descobriu o engodo e procurou uma delegacia de polícia para registrar o fato. Nessa situação, não cabe qualquer
providência na esfera policial, porquanto a vítima também agiu de má-fé (torpeza bilateral), ficando excluído o crime
de estelionato.
CERTO ( ) ERRADO ( )
GABARITO
01 – E
02 – C
03 – E
04 – E
pág. 1
295
DOS CRIMES CONTRA O PATRIMÔNIO VI
Podemos conceituar a receptação como sendo um CRIME ACESSÓRIO, pois necessita da ocorrência de um
crime anterior.
☠ RECEPTAÇÃO PRÓPRIA – ocorre quando o agente “adquire”, “recebe”, “transporta”, “conduz” ou “oculta”
☠ RECEPTAÇÃO IMPRÓPRIA – ocorre quando o agente “influi” para que terceiro de boa-fé, adquira,
receba,ou oculte.
A receptação própria é CRIME MATERIAL, já a receptação imprópria classifica-se como CRIME FORMAL.
👉 Somente a RECEPTAÇÃO PRÓPRIA admite tentativa.
A figura contida no parágrafo primeiro foi inserida para que aqueles proprietários de desmanche de carro
pudessem ser punidos mais severamente.
Aqui, eu tenho a figura de um CRIME PRÓPRIO, ou seja, somente pode ser sujeito ativo deste crime, o
comerciante ou industrial.
O § 2º trás a figura de uma NORMA PENAL EXPLICATIVA
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296
Único crime culposo contra o patrimônio. Crime de menor potencial ofensivo.
Não importa se o autor do crime anterior é desconhecido, ou, se conhecido, for isento de pena, irei punir a
receptação da mesma forma.
☠ RECEPTAÇÃO DOLOSA – Sendo o criminoso primário e a coisa de pequeno valor, o juiz poderá:
👉Substituir a reclusão pena detenção
👉Diminuir a pena de 1/3 a 2/3
👉Aplicar somente a pena de multa
01 -Um indivíduo, sem antecedentes criminais, que, consertando e vendendo telefones celulares novos e usados,
exercia comércio clandestino no quintal de casa, expôs à venda, em certa ocasião, um celular roubado avaliado em R$
3.000. Ao ser indagado sobre a procedência do bem, o comerciante alegou que o comprara de um desconhecido, sem
recibo ou nota fiscal. Embora não tenha ficado esclarecido como o celular chegara às suas mãos ou quem o subtraíra,
é inquestionável a procedência criminosa, já que a vítima, quando do roubo, havia registrado na delegacia a
ocorrência do fato, o qual fora confirmado por testemunhas oculares.
Nessa situação hipotética, tal indivíduo responderá pela prática de crime de receptação
pág. 1
297
C) culposa, já que agiu com imprudência ao comprar produtos sem exigir recibo ou nota fiscal.
D) simples, porque não explorava comércio regular.
E) dolosa com forma privilegiada, por ser primário e ter bons antecedentes.
03 - A extinção da punibilidade pela prática do crime de furto alcança o crime de receptação, haja vista que este
último só foi possível em razão do primeiro.
CERTO ( ) ERRADO ( )
GABARITO
01 - B
02 - D
03 - E
pág. 1
298
DOS CRIMES CONTRA O PATRIMÔNIO VI
👉Aqui, a imunidade é relativa tendo em vista não mais existir isenção de pena, mas, se a ação penal for
pública incondicionada, passará a ser PÚBLICA CONDICIONADA A REPRESENTAÇÃO.
👉Exitem determinados casos em que não posso aplicar nem a imunidade absoluta nem a imunidade relativa,
como estabelecido no art. 183, CP
01 - Sobre as disposições gerais aplicáveis aos crimes contra o patrimônio, previstas nos artigos 181 a 183 do Código
Penal, assinale a alternativa correta.
A) Maria, apesar de divorciada de José, com este mantém amizade, e constantemente se encontram para jantar. Em
um desses encontros, Maria furtou o relógio e as abotoaduras de ouro pertencentes a José. Nesse caso, por ter sido
casada com José, Maria estará isenta de pena, nos temos do art. 181, I, do Código Penal.
B) Se o crime for cometido em prejuízo de irmão, legítimo ou ilegítimo, a ação penal será pública incondicionada.
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299
C) Manoel, para sustentar o vício em jogos, furtou R$ 70.000,00 de seu pai, referente a todo o dinheiro economizado
durante a vida do genitor, um senhor de 65 anos de idade à época do fato. Por ter praticado crime sem violência
contra seu genitor, Manoel ficará isento de pena.
D) As causas de isenção de pena previstas nos artigos 181 e 182 também se estendem ao estranho que participa do
crime.
E) Se o crime for cometido em prejuízo de tio ou sobrinho com quem o agente coabita, a ação penal será pública
condicionada à representação.
02 - Nilson, na companhia de sua namorada, Ana Paula, ambos maiores e capazes, subtraem a quantia de R$ 200,00
da carteira do avô de Nilson que, na data do furto, contava 62 anos de idade. Diante da situação hipotética
apresentada,
A) Nilson ficará isento de pena, em razão do crime ter sido praticado contra seu ascendente. Contudo, tal isenção não
alcançará Ana Paula.
B) haverá isenção da pena para Nilson, circunstância que também alcançará sua namorada Ana Paula.
C) Nilson e Ana Paula responderão pelo crime de furto qualificado, não incidindo a isenção de pena para nenhum dos
agentes.
D) Nilson responderá por furto qualificado, enquanto que Ana Paula responderá por furto simples.
E) A responsabilização penal de Nilson e Ana Paula dependerá de queixa-crime.
03 - É correto afirmar que é isento de pena a esposa que pratica crime de furto qualificado com emprego de chave
falsa contra seu marido na constância do casamento, gozando esta de imunidade penal absoluta.
CERTO ( ) ERRADO ( )
04 - G. S., primário e de bons antecedentes, furta R$ 10.000,00 de seu próprio pai, um senhor de 55 anos. Na
hipótese, conclui-se que G. S.
A) fica isento de pena.
B) responde pelo crime de furto privilegiado.
C) responde pelo crime de furto simples.
D) responde pelo crime de furto agravado.
E) responde pelo crime de furto qualificado.
05 - As escusas absolutórias previstas no art. 181 do Código Penal favorecem ao estranho que participa do crime,
desde que tenha ciência de estar participando de prática de fato envolvendo parentes.
CERTO ( ) ERRADO ( )
GABARITO
01 – E
02 – C
03 – C
04 – A
05 - E
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300
DOS CRIMES CONTRA A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA I
CRIMES FUNCIONAIS
◆ PRÓPRIOS - quando não existir o funcionário público – FATO ATÍPICO
◆ IMPRÓPRIOS - quando não existir o funcionário público – OUTRO CRIME
O
particular poderá ser sujeito ativo???
✓ Art.30, CP
✓ Ciência da condição de funcionário público
CAUSA DE AUMENTO DE PENA APLICÁVEL A TODOS OS CRIMES PRATICADOS POR FUNCIONÁRIO PÚBLICO CONTRA
A ADMINISTRAÇÃO EM GERAL – Art. 327, §2°, CP
Art. 327 - Considera-se funcionário público, para os efeitos penais, quem, embora transitoriamente ou sem
remuneração, exerce cargo, emprego ou função pública.
§ 2º - A pena será aumentada da terça parte quando os autores dos crimes previstos neste Capítulo forem ocupantes de
cargos em comissão ou de função de direção ou assessoramento de órgão da administração direta, sociedade de
economia mista, empresa pública ou fundação instituída pelo poder público.
➢ PECULATO APROPRIAÇÃO – Apropriar-se o funcionário público de dinheiro, valor ou qualquer outro bem
móvel.
➢ PECULATO DESVIO - Desviá-lo, em proveito próprio ou alheio.
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301
§ 1º - Aplica-se a mesma pena, se o funcionário público, embora não tendo a posse do dinheiro, valor ou bem, o
subtrai, ou concorre para que seja subtraído, em proveito próprio ou alheio, valendo-se de facilidade que lhe
proporciona a qualidade de funcionário.
👉Não é necessário que o agente tenha a posse em razão do cargo, mas a qualidade de funcionário público é
exigida para facilitar a prática da subtração.
☠ Também pode ser chamado de PECULATO IMPRÓPRIO (o Funcionário Público não tem a posse do objeto ou valor
em razão do cargo)
👉O agente não subtrai, mas contribui para a subtração de terceira pessoa, é praticado na modalidade de
negligência. Há dois crimes, peculato culposo por parte do funcionário público e furto ou apropriação indébita por
parte do terceiro.
👉Não há concurso de pessoas pela ausência do vínculo subjetivo.
01 - “Apropriar-se o funcionário público de dinheiro, valor ou qualquer outro bem móvel, público ou particular, de
que tem a posse em razão do cargo, ou desviá-lo, em proveito próprio ou alheio” é o texto do crime praticado por
funcionário público contra a administração em geral denominado
A) prevaricação.
B) Concussão.
C) Peculato.
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302
D) corrupção passiva.
E) excesso de exação.
02 - Situação hipotética: Um médico de hospital particular conveniado ao Sistema Único de Saúde praticou conduta
delituosa em razão da sua função, configurando-se, a princípio, o tipo penal do peculato-furto. Assertiva: Nessa
situação, como não detém a qualidade de servidor público, o agente responderá pelo crime de furto em sua forma
qualificada.
CERTO ( ) ERRADO ( )
03 - O Guarda Civil que se apropria de dinheiro ou de qualquer utilidade que, no exercício do cargo, recebeu por
erro de outrem
A) não comete crime, pois o erro de outrem afasta a tipificação penal.
B) comete o crime de peculato mediante erro de outrem.
C) comete o crime de corrupção passiva, apenado com reclusão.
D) não comete crime, pois a conduta não está descrita no Código Penal.
E) comete os crimes de furto e prevaricação.
04 - No que concerne ao peculato, é correto afirmar que, se o funcionário público concorre culposamente para o
crime de outrem,
A) fica sujeito a pena de detenção.
B) fica sujeito a pena de reclusão e multa.
C) a reparação do dano ocorrida depois do trânsito em julgado de sentença condenatória não tem qualquer
consequência penal.
D) a reparação do dano ocorrida antes do trânsito em julgado de sentença condenatória reduz de metade a pena
imposta.
E) a conduta é considerada atipica, por não haver expressa previsão legal para punição por crime culposo.
GABARITO
01 – C
02 – E
03 – B
04 - A
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303
DOS CRIMES CONTRA A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA II
👉 Por ser crime formal, consuma-se com a simples exigência, sendo o recebimento da vantagem mero
exaurimento do crime.
👉 Embora de difícil constatação, admite-se a tentativa
👉 Apesar de integrar o art. 316, CP, é um crime autônomo em relação a Concussão. Aqui, o agente também,
faz uma exigência, mas não pra ele, mas para o próprio estado.
No §1°, o agente exige tributo ou contribuição social indevida, o recebimento e o recolhimento aos cofres
públicos é mero exaurimento do crime, estamos diante de um crime formal. Já na modalidade qualificada, os valores
são desviados pelo agente em proveito próprio ou alheio.
👉É uma forma qualificada referente ao §1°.
👉Tipo misto alternativo, a realização de qualquer das condutas, ou mais de uma configurará crime único.
☠ BIZU: SRA!!!
pág. 1
304
➢ SOLICITAR - Crime formal
➢ RECEBER – Crime material
➢ ACEITAR PROMESSA – Crime formal
👉 Denominada corrupção exaurida, por ser o crime formal em quase todas as modalidades, estará
consumado com a solicitação, recebimento ou aceitação da vantagem, o fato de o funcionário público deixar de
praticar o ato, retardá-lo ou praticar infringindo dever funcional, torna a conduta ainda mais reprovável, gerando
agravamento de sua pena.
FUNC.PÚB. SOLICITOU, NÃO RECEBEU E NÃO PRATICOU O ATO ART. 317, CONSUMADO
FUNC.PÚB. RECEBEU, MAS NÃO PRATICOU O ATO ART. 317, CONSUMADO
FUNC.PÚB. RECEBEU, E PRATICOU O ATO ART. 317,§ 1º, CONSUMADO
👉Aqui, não existe vantagem indevida, por isso a corrupção é privilegiada, ocorre quando o agente cede
apedido ou influência de terceira pessoa, existindo assim, a interferência direta de terceira pessoa na tomada de
decisão do agente.
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305
E) Praticar violência, no exercício de função ou a pretexto de exercê-la
02 - João, oficial de justiça, solicita o pagamento de dois mil reais para não cumprir rapidamente um mandado de
citação, o que acaba ocorrendo.
Nessa situação, João sujeita-se às penas previstas para o crime de:
A) concussão;
B) corrupção passiva simples;
C) prevaricação;
D) corrupção passiva com aumento de pena;
E) tráfico de influência.
03 - João, policial civil, exigiu vantagem indevida de particular para não prendê-lo em flagrante. A vítima não realizou
o pagamento e prontamente comunicou o fato a policiais civis. Nessa situação, como o delito de concussão é formal,
o crime consumou-se com a exigência da vantagem indevida, devendo João por ele responder.
CERTO ( ) ERRADO ( )
GABARITO
01 – B
02 – D
03 – C
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306
DOS CRIMES CONTRA A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA III
O servidor extravasa os limites de sua atribuição, o ato de ofício deve estar contido na sua esfera de
atribuição.
Aqui não existe pedido de ninguém, não há influência externa interferindo na vontade do agente, partirá
sempre da sua esfera subjetiva.
👉É uma infração de menor potencial ofensivo.
👉Trata-se de crime próprio, só podendo ser cometido pelo Direitos de Penitenciária ou o agente público que
tenha a responsabilidade de vedar aparelhos de comunicação ao preso.
👉 Por ser crime formal, sua consumação ocorre quando o sujeito ativo permite o acesso indevido do preso.
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307
☠ CRIME PRÓPRIO: somente pode ser praticado por funcionário público
☠ CONSUMAÇÃO: ocorre quando o funcionário deixa de responsabilizar o subordinado que cometeu a infração, no
exercício do cargo, ou, quando lhe falta a competência, não leva o caso a quem é de fato competente.
☠ CRIME FORMAL: não necessito da ocorrência do resultado naturalístico
☠ NÃO ADMITE TENTATIVA
☠CRIME DE MENOR POTENCIAL OFENSIVO
☠AÇÃO PENAL PÚBLICA INCONDICIONADA
01 - Oficial de justiça que deixa de dar cumprimento integral a mandado de penhora em razão de sentir pena do
proprietário do bem penhorado comete, em tese, o crime de:
A) corrupção passiva privilegiada;
B) abandono de função
C) violação de sigilo profissional;
D) corrupção passiva simples;
E) prevaricação.
02 - De acordo com Jesus (2006), aquele que se valendo de sua qualidade de funcionário público patrocina interesse
privado perante a administração pública pratica qual crime?
A) Condescendência criminosa.
B) Advocacia administrativa.
C) Excesso de exação.
D) Concussão.
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308
03 - Na condescendência criminosa do funcionário público, o qual, por indulgência, deixa de responsabilizar
subordinado que cometeu infração no exercício do cargo, para a configuração do crime é necessário que o subalterno
seja sancionado pela transgressão cometida.
CERTO ( ) ERRADO ( )
GABARITO
01 – E
02 – B
03 - E
pág. 1
309
PRINCÍPIOS DO DIREITO PENAL
1. LEGALIDADE - Art. 5°, XXXIX, CF e art. 1°, CP. Para que eu considere uma conduta como criminosa, anteriormente
a sua prática, é necessário que exista uma lei nesse sentido. Esse princípio se divide em duas espécies:
1.1. Reserva Legal – Somente lei em sentido estrito, ou seja, aquela editada pelo poder legislativo, pode
definir condutas criminosas e estabelecer sanções penais
Quando trato de Medidas Provisórias que tratam de condutas criminosas, prevalece no STF a possibilidade,
desde que tal matéria seja favorável ao réu.
1.2. Anterioridade da Lei Penal - Não é necessário apenas que a criminalização da conduta se de por
lei em sentido estrito, é preciso ainda que essa lei seja anterior a prática do ato.
2. INDIVIDUALIZAÇÃO DA PENA - art. 5°, XLVI. A pena é estabelecida pela análise de várias circunstâncias, feitas
caso a caso, não posso impor de maneira genérica, a todas as pessoas, sem avaliar o caso concreto.
Um exemplo clássico é a declaração de inconstitucionalidade pelo STF ao artigo que tratava da impossibilidade
de progressão de regime aos condenados por crimes hediondos.
3. INTRANSCEDÊNCIA DA PENA - art. 5°, XLV. Nenhuma pena poderá passar da pessoa do condenado, assim, pagará
pelo crime quem de fato cometeu, não posso responsabilizar outras pessoas estranhas a conduta do agente. Lembre-
se, estou falando de regras de direito penal, nada impede que “penas” estabelecidas, por exemplo, na área civil, sejam
executadas em face de outras pessoas, como o herdeiro.
Cuidado com a pena de MULTA, ela tem natureza penal, e não civil, sendo assim, não posso transmitir essa
obrigação aos herdeiros.
4. PRESUNÇÃO DE INOCÊNCIA/ NÃO CULPABILIDADE - art. 5°, LVII. Enquanto não houver sentença penal
condenatória, a pessoa não poderá ser considerada culpada, por conseguinte, não poderá sofrer consequências de uma
condenação.
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310
PRINCÍPIOS PENAIS
1. ALTERIDADE/ LESIVIDADE – Para que a conduta seja considerada criminosa, ela tem que atingir bem de terceira
pessoa. O direito penal não pune a autolesão.
☠ Exceção: fraude para o recebimento de indenização ou valor do seguro – Art. 171, §2°, V, CP
2. ADEQUAÇÃO SOCIAL – O direito penal também deve se adequar as condutas que, atualmente, são aceitas pela
sociedade, ou seja, deve se adequar ao tempo em que está vigorando.
👉 Não se plica esse princípioà venda de CDs e DVDs falsificados, isso porque viola o direito autoral, causando impacto
econômico para os detentores da obra, não posso assim, considerar essa prática como socialmente tolerável haja vista
o expressivo prejuízo causado.
4. SUBSIDIARIEDADE – Só usarei do direito penal em ultimo caso, quando as demais normas se mostrarem
ineficientes. Terá caráter subsidiário em relação as demais normas.
6. VEDAÇÃO DO BIS IN IDEM – O que se busca é que uma pessoa não seja punida (processada ou condenada) duas
vezes por um mesmo fato. O que não impede que haja novo processo de decisões que não fazem coisa julgada material.
7. INSIGNIFICÂNCIA/BAGATELA – Aquilo que, minimamente ofender o bem jurídico, não deve ser considerado
crime. A insignificância atua na TIPICIDADE MATERIAL, torna a conduta atipica, o cabimento deve ser analisado caso a
caso, o STF fixa ainda quatro requisitos que devem estar presentes para a aplicação desse princípio
BIZU!!! MARI
8. OFENSIVIDADE (nullus crimen sine iniúria) – só são passíveis de punição, as condutas que lesionem ou
coloquem em perigo um bem jurídico penalmente tutelado.
9. ESPECIALIDADE – Se a conduta do indivíduo se amolda a mais de uma lei, a lei especial prevalecerá sobre
a lei geral.
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311
01 - Érica conduz investigação no concernente a crime que é capitulado em mais de uma lei formal. Com dificuldades
de definir a lei aplicável, estabelece que, no caso investigado, deveria ser aplicado o princípio da:
A) constitucionalidade
B) individualidade
C) especialidade
D) temporalidade
02 - O presidente da República, em caso de extrema relevância e urgência, pode editar medida provisória para agravar
a pena de determinado crime, desde que a aplicação da pena agravada ocorra somente após a aprovação da medida
pelo Congresso Nacional.
CERTO ( ) ERRADO ( )
03 - O princípio da individualização da pena determina que nenhuma pena passará da pessoa do condenado, razão pela
qual as sanções relativas à restrição de liberdade não alcançarão parentes do autor do delito.
CERTO ( ) ERRADO ( )
GABARITO
01 – C
02 – E
03 - E
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312
APLICAÇÃO DA LEI PENAL I
Para determinar o tempo em que ocorreu o crime, o Código Penal adota a TEORIA DA ATIVIDADE prevista no
art. 4°, segundo ela “Considera-se praticado o crime no momento da ação ou omissão, ainda que outro seja o
momento do resultado”. Vou considerar o momento da ação ou omissão, que pode coincidir ou não, com o
momento do resultado.
☠ LEX GRAVIOR/NOVATIO LEGIS IN PEJUS - Nova lei que será prejudicial ao réu, a conduta criminosa já existe, agora
será agravada. Aplica-se apenas a fatos posteriores à entrada em vigor. EX NUNC
☠ NOVATIO LEGIS INCRIMINADORA - A conduta que antes configurava um fato atipico, agora para a ser considerada
crime por uma nova lei. Aplica-se apenas a fatos posteriores à entrada em vigor. EX NUNC
☠ LEX MITIOR/NOVATIO LEGIS IN MELLUIS - Nova lei que beneficiará o réu, a conduta continua sendo criminosa,
porém, a nova lei estabelece regras antes não contidas, que melhoram a situação do agente. São adotadas a
retroatividade e a ultratividade. EX TUNC
👉 Transitada em julgado a sentença penal condenatória, compete ao juiz da execução a aplicação da lei mais
benigna – Súmula 611, STF
☠ ABOLITIO CRIMINIS - Art. 2°, CP. Nova lei deixa de considerar determinada conduta como criminosa, cessando em
virtude dela, todos os efeitos penais da sentença penal condenatória (extinção da punibilidade - art. 107, III, CP). Aplica-
se ainda que já tenha ocorrido o trânsito em julgado. EX TUNC
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313
*ABOLITIO CRIMINIS X CONTINUIDADE TÍPICO NORMATIVA*
👉 ABOLITIO CRIMINIS – o crime é revogado totalmente, ou seja, formal e materialmente, ocorre a extinção da
punibilidade do agente
👉 CONTIUIDADE TÍPICO NORMATIVA – O crime não é revogado totalmente, existe apenas a revogação formal,
ou seja, o fato continua sendo crime, porém, a conduta é deslocada para outro tipo penal.
*LEI INTERMEDIÁRIA*
Imagine existir uma Lei A ao tempo da conduta, ao decorrer do processo criminal, surge uma lei revogadora da lei
A, a Lei B, e ao tempo da sentença já está em vigor a Lei C.
Súmula 711, STF: A lei penal mais grave aplica-se aos crimes permanentes e continuados se a sua vigência é anterior à
cessação da permanência ou continuidade.
O entendimento do STF e do STJ é de que NÃO É POSSÍVEL a combinação de leis no tempo, ou seja, o juiz não pode
aplicar partes de uma lei que beneficia o réu e partes de outra lei que também beneficia o réu, com essa atitude, o
judiciário criaria uma terceira lei (lex tertia), ferindo com isso a separação dos poderes.
Tenho que aplicar a lei mais benéfica na íntegra, vedada a combinação de leis.
👉 LEI EXCEPCIONAL: É aquela criada para vigorar durante casos excepcionais, como por exemplo, uma lei que
vigorará durante o período de catástrofe natural. Aplicada a situações específicas, durará até o fim do período do fato
que ensejou sua criação.
👉 LEI TEMPORÁRIA: É aquela criada para vigorar em determinado período de tempo, como por exemplo a lei
da copa, editada em 2014, foi criada para vigorar durante o período da copa das confederações. O próprio texto indica
o seu tempo de vigência.
Ambas são leis ultra-ativas, ou seja, aplicam-se aos fatos ocorridos durante a sua vigência, mesmo que já
revogadas, são também autorrevogáveis, já que não necessitam do surgimento de uma lei posterior para perderem a
vigência (não caracteriza então, abolitio criminis).
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314
01-Assinale a alternativa que indica a teoria adotada pela legislação quanto ao tempo do crime.
A) Retroatividade.
B) Atividade.
C) Territorialidade.
D) Ubiquidade.
E) Extraterritorialidade.
02-A ultratividade é a aplicação da norma penal benéfica a fato criminoso acontecido antes do período da sua vigência.
CERTO ( ) ERRADO ( )
03-Manoel praticou conduta tipificada como crime. Com a entrada em vigor de nova lei, esse tipo penal foi formalmente
revogado, mas a conduta de Manoel foi inserida em outro tipo penal. Nessa situação, Manoel responderápelo crime
praticado, pois não ocorreu a abolitio criminis com a edição da nova lei.
CERTO ( ) ERRADO ( )
GABARITO
01 – B
02 – E
03 – C
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315
APLICAÇÃO DA LEI PENAL II
Como regra, uma lei é editada para vigorar dentro do seu país, pois cada estado possui um limite de
soberania que não deve ultrapassar as fronteiras nacionais, ou seja, um estado não pode exercer sua soberania
em outro estado. Passaremos agora a estudar regras e exceções relacionadas as leis penais no espaço.
TERRITORIALIDADE
Art. 5°, CP: “Aplica-se a lei brasileira, sem prejuízo de convenções, tratados e regras de direito internacional, ao
crime cometido no território nacional.” Temos o que chamamos de PRINCÍPIO DA TERRITORIALIDADE
MITIGADA/TEMPERADA (possui exceções: “sem prejuízo de...”).
Existem ainda os casos em que a lei considera sendo EXTENSÃO DO TERRITÓRIO NACIONAL, aplicando-se
assim a lei penal brasileira, estão previstos nos §§ 1° e 2° do Art. 5°, CP.
.
.
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316
EXTENSÃO DO TERRITÓRIO NACIONAL
EMBARCAÇÕES E AERONAVES
BRASILEIRAS, DE NATUREZA PÚBLICA BRASILEIRAS, MERCANTES OU DE ESTRANGEIRAS DE PROPRIEDADE
OU A SERVIÇO DO GOVERNO PROPRIEDADE PRIVADA PRIVADA
BRASILEIRO
ONDE QUER QUE SE ENCONTREM ESPAÇO AÉREO CORRESPONDENTE OU EM POUSO NO TERRITÓRIO NACIONAL
EM ALTO-MAR OU EM VOO NO ESPAÇO AÉREO
CORRESPONDENTE, E ESTAS EM PORTO
OU MAR TERRITORIAL DO BRASIL
01 - Esquimó é acusado de cometer crime ocorrido em aeronave que realiza voo internacional. Nos termos do Código
Penal, é considerada extensão do território para fins de aplicação da lei brasileira:
A) aeronaves estrangeiras em voo onde estiverem
B) aeronaves brasileiras em voo no espaço aéreo nacional
C) aeronaves estrangeiras pousadas em aeroportos internacionais
D) aeronaves brasileiras mercantes em voo perante espaço aéreo estrangeiro
02 - De acordo com o Código Penal, assinale a alternativa correta acerca do tempo e lugar do crime:
A) Considera-se praticado o crime no momento em que ocorreu a ação ou omissão, bem como quando se produziu
ou deveria produzir-se o resultado.
B) Considera-se praticado o crime no lugar em que ocorreu a ação ou omissão, ainda que outro seja o local do
resultado.
C) Considera-se praticado o crime no lugar em que ocorreu a ação ou omissão, no todo ou em parte, bem como onde
se produziu ou deveria produzir-se o resultado.
D) Considera-se praticado o crime no lugar da ação ou, em caso de omissão, apenas no local do resultado.
E) Para fins penais, o tempo e o lugar do crime são idênticos.
03 – Aeronave brasileira de natureza pública, será considerada extensão do território nacional onde quer que se
encontre.
CERTO ( ) ERRADO ( )
GABARITO
01 - B
02 -C
03 - C
pág. 1
317
APLICAÇÃO DA LEI PENAL III
EXTRATERRITORIALIDADE
A regra de aplicação da lei brasileira é a do princípio da territorialidade em que se aplica a lei brasileira aos
crimes cometidos no Brasil, porém, existem casos em que a lei brasileira será aplicada aos crimes cometidos no
estrangeiro, é o fenômeno da extraterritorialidade.
. EXTRATERRITORIALIDADE INCONDICIONADA
Não há qualquer condição à aplicação da lei brasileira, sendo suficiente o fato de o crime ter sido praticado no
estrangeiro, são as hipóteses previstas no art. 7°, I, CP:
Art. 7°, I, CP - Ficam sujeitos a lei brasileira mesmo que cometidos no estrangeiro os crimes:
. Neste casos, o agente será punido segundo a lei brasileira ainda que tenha sido condenado ou absolvido no
estrangeiro (art. 7°, § 1°, CP), ou seja, eu não afasto a lei penal brasileira, sendo aplicado o instituto da DETRAÇÃO
PENAL (art.8°) nesse caso. A pena cumprida no estrangeiro atenua a pena imposta no Brasil pelo mesmo crime
quando diversas, ou nela é computada, quando idênticas.
A
detração só se aplica na extraterritorialidade incondicionada, para afastar o bis in idem.
EXTRATERRITORIALIDADE CONDICIONADA
pág. 1
318
Prevista no art.7°, II, CP, são estabelecidas determinadas condições para que seja aplicada a sei brasileira, ou seja,
determinados crimes cometidos no exterior são submetidos a lei brasileira desde que atendidas certas condições,
acompanhe as regras:
Art. 7°, II, CP - Ficam sujeitos a lei brasileira mesmo que cometidos no estrangeiro os crimes:
EXTRATERRITORIALIDADE HIPERCONDICIONADA
Além das condições estabelecidas no §2°, o art. 7°, §3°, CP estabelece duas outras condutas que devem ser
somadas a elas:
01 - Ficam sujeitos à lei brasileira, sem a necessidade do concurso de nenhuma condição, os seguintes crimes
cometidos no estrangeiro:
A) praticados por brasileiro.
B) aqueles que, por tratado ou convenção, o Brasil se obrigou a reprimir.
C) de genocídio, quando o agente for brasileiro ou domiciliado no Brasil.
D) praticados em aeronaves brasileiras, mercantes ou de propriedade privada, quando em território estrangeiro e aí
não sejam julgados.
E) praticados em embarcações brasileiras, mercantes ou de propriedade privada, quando em território estrangeiro e
aí não sejam julgados.
02 - O crime contra a fé pública de autarquia estadual brasileira cometido no território da República Argentina fica
sujeito à lei do Brasil, ainda que o agente seja absolvido naquele país.
pág. 1
319
CERTO ( ) ERRADO ( )
03 - No que se refere ao direito penal, segundo entendimento do STJ, do STF e da doutrina dominante, julgue o
próximo item.
Em atenção ao princípio ne bis in idem, a pena cumprida no estrangeiro deve atenuar a pena imposta no Brasil pelo
mesmo crime, quando diversas, ou nela ser computada, quando idênticas.
CERTO ( ) ERRADO ( )
GABARITO
01 – C
02 – C
03 - C
pág. 1
320
ILICITUDE/ANTIJURIDICIDADE I
ILICITUDE
Segundo elemento do crime, a ilicitude é a contrariedade entre a conduta do agente e o ordenamento jurídico.
Passamos a analisar da ilicitude após a análise do fato tipico.
Existem algumas teorias sobre o elemento negativo do tipo:
☠ TEORIA DA RATIO ESSENDI – Há uma absoluta relação de dependência entre a ilicitude e o fato tipico, analiso os
dois no mesmo momento. A doutrina majoritária afasta essa teoria.
☠ TEORIA DA RATIO COGNOSCENDI (INDICIARIEDADE) – Todo fato tipico é presumidamente ilícito, ou seja, é função
da defesa comprovar a presença de uma exclusão de ilicitude para afastar o crime, na dúvida, o réu deve ser absolvido
(art.286, CPP). Teoria adotada!
👉 Observe que, a ação do agente tem que ser necessária e suficiente para reprimir a conduta injusta, seu
excesso será punido.
1. ESTADO DE NECESSIDADE
“Art. 24 - Considera-se em estado de necessidade quem pratica o fato para salvar de perigo atual, que não provocou por
sua vontade, nem podia de outro modo evitar, direito próprio ou alheio, cujo sacrifício, nas circunstâncias, não era
razoável exigir-se.
§ 1º- Não pode alegar estado de necessidade quem tinha o dever legal de enfrentar o perigo.
§ 2º- Embora seja razoável exigir-se o sacrifício do direito ameaçado, a pena poderá ser reduzida de um a dois terços.”
✍ Estado justificante – o bem protegido deve ser maior ou igual ao bem sacrificado, caso contrário, haverá a redução
de pena prevista no § 2º.
pág. 1
321
TEORIA UNITÁRIA: O bem protegido deve ser igual ou maior que o sacrificado.
TEORIA UNITÁRIA
BEM PROTEGIDO BEM SACRIFICADO CONCLUSÃO
MAIOR VALOR MENOR VALOR Exclusão de ilicitude
IGUAL VALOR IGUAL VALOR Exclusão de ilicitude
MENOR VALOR MAIOR VALOR Pena reduzida: - 1/3 a 2/3
02 - No CP brasileiro, a situação correspondente ao estado de necessidade somente exclui a ilicitude do fato, e por isso
não afeta a culpabilidade da conduta.
CERTO ( ) ERRADO ( )
03 - Agirá em estado de necessidade o motorista imprudente que, após abalroar um veículo de passageiros, causando-
lhes ferimentos, fugir do local sem prestar socorro, para evitar perigo real de agressões que possam ser perpetradas
pelas vítimas.
CERTO ( ) ERRADO ( )
GABARITO
01 – B
02 – E
03 - C
pág. 1
322
ILICITUDE/ANTIJURIDICIDADE II
ILICITUDE
1. LEGÍTIMA DEFESA
“Art. 25 - Entende-se em legítima defesa quem, usando moderadamente dos meios necessários, repele injusta agressão,
atual ou iminente, a direito seu ou de outrem.”
Parágrafo único: observados os requisitos previstos no caput desse artigo, considera-se também em legítima defesa o
agente de segurança pública que repele agressão ou risco da agressão a vítima mantida refém durante a prática de crime
(Lei 13.964/2019)
☠ DIREITO PRÓPRIO OU ALHEIO: direito seu ou de outra pessoa. Não preciso de autorização para salvar um bem de
terceiro (STF).
☠ *USO MODERADO DOS MEIOS: se não for moderado, estarei diante do excesso, que pode ser punido a titulo de dolo
ou de culpa. STF entende pela mitigação.
☠ AGENTE DE SEGURANÇA PÚBLICA: Se o agente de segurança pública, observando os requisitos necessários exigidos
para a configuração da legítima defesa, estando em uma situação de a vítima ser mantida refém, cabe a atuação em
legítima defesa de terceiros durante a prática criminosa, respeitando sempre a possibilidade de punição pelo excesso.
LEGÍTIMA DEFESA SUCESSIVA: é legitima defesa real, prevista no excesso, cessada a agressão, a vítima passa a
agredir o autor.
LEGÍTIMA DEFESA DE MENOR DE IDADE: cabe contra um ataque de menor.
LEGÍTIMA DEFESA DE ATAQUE DE ANIMAL: DEPENDE! Se esse ataque foi provocado por um humano, o animal
funciona como um instrumento e caberá legítima defesa contra esse ataque do humano, se o animal não foi
provocado, não há de se falar em legítima defesa, poderá haver estado de necessidade
LEGÍTIMA DEFESA PUTATIVA: A situação de injusta agressão atual ou iminente só ocorre na mente do autor, por
constituir erro sobre a situação fática- ERRO DE PROBIÇÃO INDIRETO, pode ser causa justificante que atua na
culpabilidade do agente, isentando ou reduzindo a pena. Se o erro era evitável – diminuirá a pena, na medida
da sua evitabilidade, se, porém, o erro era inevitável – excluirá a culpabilidade por inexigibilidade de conduta
diversa. (regras do art. 21, CP)
pág. 1
323
LEGÍTIMA DEFESA X ESTADO DE NECESSIDADE (SIMULTANEIDADE)
É POSSÍVEL que ocorram ao mesmo tempo – ex: Caio, para defender-se de uma agressão injusta de Mévio (legítima
defesa), pega rapidamente a arma de Tício para de defender (estado de necessidade).
01 - Bruna é atacada a tiros desferidos por arma de fogo por Otávio, que não logra acertar os dois primeiros tiros.
Antes de desfechar o terceiro tiro, Bruna saca de arma que carrega em sua bolsa com autorização legal e vem a atingir
Otávio, que veio a óbito. Nesse caso, pode ser assentado que ficou caracterizado, nos termos do Código Penal, por
parte de Bruna:
A) exercício regular de direito
B) estado de necessidade
C) arrependimento eficaz
D) legitima defesa
02 - A legítima defesa é causa de exclusão da ilicitude da conduta, mas não é aplicável caso o agente tenha tido a
possibilidade de fugir da agressão injusta e tenha optado livremente pelo seu enfrentamento.
CERTO ( ) ERRADO ( )
03 - Bruno, vendo seu inimigo Rodolfo aproximar-se com um revólver em mãos e, supondo que seria morto, antecipou-
se e desferiu contra ele um tiro fatal. Posteriormente, verificou-se que a arma que Rodolfo segurava era de brinquedo.
Nessa situação, Bruno responderá por homicídio culposo.
CERTO ( ) ERRADO ( )
GABARITO
01 - D
02 - E
03 - E
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324
ILICITUDE/ANTIJURIDICIDADE III: ESTRITO CUMPRIMENTO DO DEVER LEGAL E
EXERCÍCIO REGULAR DO DIREITO
Direito de exercer o que é permitido pela lei, estabelecido por uma norma. Esse direito autoriza a realização
de uma conduta reprovável.
Ex: art.128, CP; Art. 301, CPP.
“DIREITO” deve ser entendido de maneira ampla. Essa excludente de ilicitude destina-se ao cidadão em
geral. Deve sempre ser analisado com base na proporcionalidade.
Ordem emanada por autoridade competente para o devido cumprimento do dever legal – eu estou cumprindo de
forma estrita o que foi mandado.
Ex: não comete o crime de invasão de domicílio, o policial que ingressa na casa de uma pessoa com mandado
judicial.
O “DEVER LEGAL”, deve ser entendido de forma ampla, como uma obrigação que deriva de uma lei em
sentido genérico ou de atos administrativos de caráter geral.
Esse dever legal, não precisa ter conteúdo penal.
👉 Aquele
dever que decorre de concepções morais, filosóficas ou religiosas, NÃO É ENTENDIDO COMO ESTRITO
CUMPRIMENTO DE UM DEVER LEGAL.
pág. 1
325
01 – Não há de se falar em crime quando o autor pratica a conduta:
A) em estrito cumprimento de dever legal e no exercício regular de direito
B) em estrito cumprimento de dever legal e na obediência hierárquica
C) no exercício regular de direito e na coação moral irresistivel
D) em excesso de estado de necessidade e na inimputabilidade
E) em legítima defesa recíproca e no erro de direito
02 - Situação hipotética: Um policial, ao cumprir um mandado de condução coercitiva expedido pela autoridade
judiciária competente, submeteu, embora temporariamente, um cidadão a situação de privação de liberdade.
Assertiva: Nessa circunstância, a conduta do policial está abarcada por uma excludente de ilicitude representada pelo
exercício regular de direito.
CERTO ( ) ERRADO ( )
03 - O agente policial, ao submeter o preso aos procedimentos estabelecidos na lei, como, por exemplo, à
identificação datiloscópica, quando autorizada, e ao reconhecimento de pessoas e de coisas, no curso do inquérito
policial, encontra-se amparado pelo exercício regular de direito, respondendo criminalmente nos casos de excesso
doloso ou culposo.
CERTO ( ) ERRADO ( )
GABARITO
01 – A
02 – E
03 - E
pág. 1
326
CULPABILIDADE I
Último elemento da teoria do crime, diferentemente do que ocorre no Fato Típico e na Ilicitude em que analiso
o fato, na Culpabilidade, analiso a figura do agente.
Seria a possibilidade de o agente entender o caráter ilícito do fato e determinar-se de acordo com esse
entendimento, ou seja, é o juízo de reprovabilidade da conduta do agente.
Existem algumas teorias que buscam explicar a culpabilidade:
☠ TEORIA PSICOLÓGICA: Tenho que analisar a imputabilidade e a vontade do agente (dolo e culpa), ou seja, o
agente seria culpável se, a época do fato, era imputável e agiu com dolo ou culpa. Como o nosso código penal adota
a TEORIA FINALISTA da conduta, esta teoria não pode ser aplicada já que, dolo e culpa não analisados no fato tipico,
e não na culpabilidade.
☠ TEORIA EXTREMADA: todo erro que recaia sobre uma causa de justificação, seria equiparado ao ERRO DE
PROIBIÇÃO
☠ TEORIA LIMITADA: divide o erro sobre a causa de justificação em dois, ERRO SOBRE O PRESSUPOSTOS FÁTICOS =
ERRO DE TIPO PERMISSIVO; ERRO SOBRE A EXISTÊNCIA OU LIMITE JURÍDICO DA NORMA = ERRO DE PROIBIÇÃO.
ELEMENTOS EXCLUDENTES
IMPUTABILIDADE Menor idade ( - 18 anos T. BIOLÓGICA)
Embriaguez
Doença mental
POTENCIAL CONHECIMENTO DA ILICITUDE Erro de proibição
EXIGIBILIDADE DE CONDUTA DIVERSA Coação moral irresistivel
Obediência hierárquica
☠ BIZU!!! MEDECO
IMPUTABILIDADE
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327
Quando tratamos de imputabilidade, a teoria adotada pelo código penal é a TEORIA BIOPSICOLÓGICA, além de
analisar o biológico, ou seja, a idade da vítima, devo analisar seu psicológico, a plena capacidade de entender o caráter
ilícito do fato e de determinar-se de acordo com esse entendimento.
MENORIDADE
“Art. 27 - Os menores de 18 (dezoito) anos são penalmente inimputáveis, ficando sujeitos às normas estabelecidas na
legislação especial.”
Exceção a adoção da regra da teoria Biopsicológica, quando tratamos da menoridade, o Código Penal adota a teoria
BIOLÓGICA, ou seja, não interessa, para análise da imputabilidade, se o agente tinha o potencial conhecimento sobre
seus atos, sendo ele menor de 18 anos, sempre será considerado inimputável.
EMBRIAGUEZ
“Art.28- Não excluem a imputabilidade penal
II- A embriaguez, voluntária ou culposa, pelo álcool ou substância de efeitos análogos.
§ 1º- É isento de pena o agente que, por embriaguez completa, proveniente de caso fortuito ou força maior, era, ao tempo
da ação ou da omissão, inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse
entendimento.
§ 2º- A pena pode ser reduzida de um a dois terços, se o agente, por embriaguez, proveniente de caso fortuito ou força
maior, não possuía, ao tempo da ação ou da omissão, a plena capacidade de entender o caráter ilícito do fato ou de
determinar-se de acordo com esse entendimento.”
NÃO ACIDENTAL
PREORDENADA VOLUNTÁRIA CULPOSA
O agente se embriaga para cometer o O agente só queria ficar bêbado, não O agente não queria ficar bêbado,
crime. tinha nenhum dolo específico. porém, bebeu demais.
Aumento de pena: art. 61, I, CP
ACIDENTAL
FORTUITA PATOLÓGICA
Não deu causa a embriaguez Dependente, ébrio habitual
DOENÇA MENTAL
“Art. 26- É isento de pena o agente que, por doença mental ou desenvolvimento mental incompleto ou retardado, era, ao
tempo da ação ou da omissão, inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo
com esse entendimento.
Parágrafo único- A pena pode ser reduzida de um a dois terços, se o agente, em virtude de perturbação de saúde mental
ou por desenvolvimento mental incompleto ou retardado não era inteiramente capaz de entender o caráter ilícito do fato
ou de determinar-se de acordo com esse entendimento”
Devo fazer a análise com base no caso concreto, se o crime foi cometido em um momento de lucidez, a
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328
culpabilidade não será afastada.
As consequências para uma pessoa que comete o crime e possui doença mental são as seguintes:
-1/3 a 2/3
RELATIVAMENTE
INCAPAZ Medida de
DOENÇA Segurança
MENTAL
ABSOLUTAMENTE Isenção de
INCAPAZ Pena
02 - Pessoas doentes mentais, que tenham dezoito ou mais anos de idade, mesmo que sejam inteiramente incapazes
de entender o caráter ilícito da conduta criminosa ou de determinar-se de acordo com esse entendimento, são
penalmente imputáveis.
CERTO ( ) ERRADO ( )
03 - Comprovado que o acusado possui desenvolvimento mental incompleto e que não era inteiramente capaz de
entender o caráter ilícito de sua conduta, é cabível a condenação com redução de pena.
CERTO ( ) ERRADO ( )
GABARITO
01 – D
02 – E
03 – C
pág. 1
329
CULPABILIDADE II
ERRO DE PROIBIÇÃO
“Art. 21 - O desconhecimento da lei é inescusável. O erro sobre a ilicitude do fato, se inevitável, isenta de pena; se evitável,
poderá diminuí-la de um sexto a um terço.
Parágrafo único- Considera-se evitável o erro se o agente atua ou se omite sem a consciência da ilicitude do fato, quando
lhe era possível, nas circunstâncias, ter ou atingir essa consciência.”
É a possibilidade de o agente conhecer o caráter ilícito do seu comportamento, o agente sabe o que está
fazendo, mas não sabe que sua conduta é considerada crime.
☠ INESCUSÁVEL/EVITÁVEL/VENCÍVEL – O erro não é tão perdoável, pois era possível, mediante algum esforço,
entender que se tratava de conduta penalmente ilícita. Não afasta a culpabilidade. Há diminuição de pena de
um sexto a um terço.
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330
Nessa situação hipotética, a conduta de Ulisses na festa caracterizou
A) erro de tipo.
B) excludente de ilicitude.
C) arrependimento posterior.
D) erro de proibição.
E) crime impossível.
02 - Antony, estrangeiro que reside no Brasil há dois meses, inicia em seu quintal uma plantação de maconha, com a
intenção de utilizar aquele material para fins medicinais, já que sua doença respiratória melhora com o uso da droga.
Ao tomar conhecimento de que seu vizinho, João, possui a mesma doença, decide transportar o material até a
residência de João, mas vem a ser abordado por policiais civis. Após denúncia pela prática do crime de tráfico, durante
seu interrogatório, Antony esclarece que tinha conhecimento de que transportar maconha no Brasil era crime, mas
acreditava na licitude de sua conduta diante da intenção de utilizar o material para fins medicinais, esclarecendo,
ainda, que essa conduta seria válida em seu país de origem.
Com base apenas nas informações expostas, Antony agiu:
A) em erro de proibição, podendo gerar reconhecimento de causa de redução de pena ou afastamento da
culpabilidade;
B) em erro de tipo, o que gera o reconhecimento de causa de diminuição de pena;
C) com desconhecimento da lei, o que não afasta a culpabilidade;
D) em erro de proibição, afastando a tipicidade da conduta;
E) em erro de tipo, afastando a tipicidade da conduta.
03 - Na legislação brasileira as consequências do erro evitável sobre os pressupostos fáticos de uma excludente de
ilicitude são as mesmas do erro de tipo, e não as do erro de proibição.
CERTO ( ) ERRADO ( )
GABARITO
01 – A
02 – A
03 – C
pág. 1
331
CULPABILIDADE III
Aqui, analisa-se de poderia ser exigido do agente uma conduta diversa daquela que ele efetivamente tomou no
caso concreto.
Na exigibilidade de conduta diversa, podemos analisar alguns elementos, como os seguintes:
☠ COAÇÃO MORAL IRRESISTÍVEL – o agente não pode ter a oportunidade de resistir a coação.
Se for “resistivel”, e mesmo assim o agente pratica o crime, haverá concurso de pessoas em relação ao coautor,
com agravante de pena para o mandante (art. 62, II, CP)
☠ OBEDIÊNCIA HIERÁRQUICA – a obediência tem que derivar de uma relação de hierarquia dentro da relação
pública, não pode derivar de relações privadas, mesmo que haja hierarquia entre os agentes.
Não pode ainda ser manifestamente ilegal, pois aqui não há obrigatoriedade de ser cumprida.
Sendo manifestadamente ilegal e cumprindo o subordinado essa ordem, haverá concurso de pessoas.
01 - De acordo com o Código Penal, aquele que pratica o fato em estrita obediência a ordem não manifestamente
ilegal de superior hierárquico
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332
02 - No que concerne à exigibilidade de conduta diversa e hipóteses de sua exclusão, é correto afirmar que a:
A) embriaguez proveniente de caso fortuito é hipótese de inexigibilidade de conduta diversa.
B)exclusão da culpabilidade pela obediência hierárquica exige ordem não manifestamente ilegal.
C) coação moral resistivel é considerada causa supralegal de inexigibilidade de conduta diversa.
D) coação irresistivel. física ou moral, conduz á inexigibilidade de conduta diversa.
E) exigibilidade de conduta diversa é elemento da culpabilidade criado pelas teorias funcionalistas.
03 - Arnaldo, gerente de banco, estava dentro de seu veículo juntamente com familiares quando foi abordado por dois
indivíduos fortemente armados, que ameaçaram os ocupantes do veículo e exigiram de Arnaldo o fornecimento de
determinada senha para a realização de uma operação bancária, o que foi por ele prontamente atendido. Nessa
situação, o uso da senha pelos indivíduos para eventual prática criminosa excluirá a culpabilidade de Arnaldo.
CERTO ( ) ERRADO ( )
04 - Situação hipotética: Um oficial de justiça detentor de porte de arma de fogo, ao proceder à citação de um réu em
processo criminal, foi por este recebido a tiros e acabou desferindo um disparo letal contra o seu agressor. Assertiva:
Nessa situação, a conduta do oficial de justiça está abarcada por uma excludente de culpabilidade representada pela
inexigibilidade de conduta diversa.
CERTO ( ) ERRADO ( )
Gabarito
01 – C
02 – B
03 – C
04 - E
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333
NOÇÕES DE
DIREITO
PROCESSUAL
PENAL
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334
INQUÉRITO POLICIAL I
CONCEITO
O inquérito policial pode ser entendido como a principal forma de investigação estatal, sua principal função é
sustentar o oferecimento da ação penal. Exige-se aqui, um suporte probatório mínimo, relativo a indícios de autoria
e prova de materialidade.
Temos um procedimento administrativo preliminar e informativo.
O inquérito será conduzido pela Polícia Judiciária.
➔ POLÍCIA JUDICIÁRIA: Tem caráter repressivo, atua após a prática da infração penal, no âmbito estadual, será
exercida pela POLÍCIA CIVIL, no âmbito federal, será exercida pela POLÍCIA FEDERAL.
➔ POLÍCIA ADMINISTRATIVA: Tem caráter preventivo ou ostensivo, atua antes da prática da infração penal,
tem o objetivo de evitá-la, ex: POLÍCIA MILITAR.
O juiz poderá fundamentar sua decisão unicamente nas provas produzidas em Inquérito Policial???
NÃO!!! Em regra, as provas produzidas em inquérito policial, somente se prestam para fundamentar o
oferecimento da ação penal, assim, o juiz, para formular sua convicção, deve basear-se nas provas produzidas em
contraditório.
EXCEÇÃO: provas cautelares, não repetiveis, antecipadas (art.155, CPP).
Por ser o inquérito um procedimento administrativo, ele não estará sujeito ao regime de nulidades por
eventuais irregularidades, não contamina o processo
CARACTERÍSTICAS
ADMINISTRATIVO – presidido pelo Delegado de Polícia, o inquérito policial é um instituto pré processual.
INQUISITIVO - serve para fornecer informações sobre autoria e materialidade do crime, por ter critérios
investigativos e não acusatórios, não possuo contraditório ou ampla defesa, não sendo permitido que o investigado
participe dele. Em virtude de ser inquisitivo, cuidar apenas de uma investigação é que faz-se necessário que as
provas colhidas nessa fase sejam confrontadas com as colhidas em contraditório.
ESCRITO – Art. 9º, CPP – os procedimentos deverão ser escritos, quando existirem atos orais, esses deverão ser
reduzidos a termo.
SIGILOSO – Art. 20, CPP – Não será disponível para qualquer do povo, porém, em relação as partes diretamente
envolvidas, o IP são será sigiloso (ofendido, indiciado e advogado). Determinadas partes poderão ser declaradas
pág. 1
335
sigilosas para a necessária eficácia da medida, ex: posso restringir ao advogado as partes que ainda não estejam
documentadas (súmula vinculante 14)
OFICIAL – Deve ser presidido por órgão oficial do Estado, no caso, a Polícia Judiciária.
OFICIOSO - Nos crimes de ação penal pública incondicionada, pode ser iniciado de ofício pela autoridade policial.
INDISPONÍVEL – art. 17, CPP – A autoridade policial não poderá determinar o arquivamento de inquérito policial,
mesmo que não existam indícios suficientes de autoria e prova de materialidade
DISPENSÁVEL – art. 39, §5º - O inquérito policial é dispensável, não será obrigatório caso o Ministério Público já
possua todas as provas necessárias para o oferecimento da denúncia.
DISCRICIONÁRIO – A autoridade policial poderá conduzir a investigação da maneira que achar mais conveniente,
não possuindo um rito prévio a ser seguido.
PRAZOS
Art.10. O inquérito deverá terminar no prazo de 10 dias, se o indiciado tiver sido preso em flagrante, ou estiver preso
preventivamente, contado o prazo, nesta hipótese, a partir do dia em que se executar a ordem de prisão, ou no prazo de
30 dias, quando estiver solto, mediante fiança ou sem ela.
§1oA autoridade fará minucioso relatório do que tiver sido apurado e enviará autos ao juiz competente.
§2oNo relatório poderá a autoridade indicar testemunhas que não tiverem sido inquiridas, mencionando o lugar onde
possam ser encontradas.
§3ºQuando o fato for de difícil elucidação, e o indiciado estiver solto, a autoridade poderá requerer ao juiz a devolução dos
autos, para ulteriores diligências, que serão realizadas no prazo marcado pelo juiz.
Art. 3-B (...) § 2º Se o investigado estiver preso, o juiz das garantias poderá, mediante representação
da autoridade policial e ouvido o Ministério Público, prorrogar, uma única vez, a duração do inquérito
por até 15 (quinze) dias, após o que, se ainda assim a investigação não for concluída, a prisão será
imediatamente relaxada.
CUIDADO!!! O STF na liminar na ADI 6298 suspendeu a eficácia deste e de outros dispositivos incluídos pela Lei
13.964/19. Assim, no momento, esta previsão de prorrogação no caso de indiciado preso ainda não está em vigor.
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336
SOLTO: 10 dias – improrrogáveis
JUSTIÇA MILITAR PRESO: 20 dias – improrrogável
SOLTO: 40 dias – prorrogável +20 dias
02 - O inquérito policial é dispensável para a promoção da ação penal desde que a denúncia esteja minimamente
consubstanciada nos elementos exigidos em lei.
CERTO ( ) ERRADO ( )
03 - No âmbito do inquérito policial, cuja natureza é inquisitiva, não se faz necessária a aplicação plena do princípio
do contraditório, conforme a jurisprudência dominante.
CERTO ( ) ERRADO ( )
GABARITO
01 – A
02 – C
03 – C
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337
INQUÉRITO POLICIAL II
CUIDADO!!! Quanto a possibilidade do juiz requerer a instauração de IP, o novo art. 3º-A prevê que o
processo penal terá estrutura acusatória, vedadas a iniciativa do juiz na fase de investigação e a substituição da
atuação probatória do órgão de acusação.
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338
APF
Embora não esteja contida no art.5º, é um entendimento doutrinário
REQUISIÇÃO DO MP
Da mesma forma da ação pública incondicionada, admite-se a requisição do MP, porém, aqui, necessito da
representação da vítima somada a essa requisição.
APF
Embora não esteja contida no art.5º, é um entendimento doutrinário. Também é necessária a representação
do o fendido, que se não exercer dentro de 24h do momento da prisão, o agente deverá ser imediatamente solto,
mas permanece o direito de exercer a representação dentro do prazo de 6 meses.
AÇÃO PRIVADA
APF
Embora não esteja contida no art.5º, é um entendimento doutrinário. Também é necessária a representação
do o fendido, que se não exercer dentro de 24h do momento da prisão, o agente deverá ser imediatamente solto,
mas permanece o direito de exercer a representação dentro do prazo de 6 meses.
NOTITIA CRIMINIS – É a ciência pela autoridade policial, de um fato criminoso (NUCCI, 2008. p.152)
COGNIÇÃO IMEDIATA/ESPONTÂNEA: A própria autoridade policial tomou noticia pelas suas
próprias investigações
COGNIÇÃO MEDIATA/INDIRETA/PROVOCADA: A autoridade toma conhecimento do fato por meio
de provocação de terceiro, ex: representação.
COGNIÇÃO COERCITIVA: A autoridade policial toma conhecimento do fato através da prisão em
flagrante do indivíduo.
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339
DELATIO CRIMINIS – Comunicação a autoridade policial de uma fato criminoso.
SIMPLES – ART. 5º, §3º, CPP – comunicação feita por qualquer do povo. A instauração do Inquérito
será feita depois de uma verificação de procedibilidade das informações.
POSTULATÓRIA – O ofendido já solicita a instauração do IP, se dá nas ações públicas condicionadas e
nas ações privadas
INQUALIFICADA – “denúncia anônima”, comunicação feita por qualquer do povo, mas sem
identificação. Aqui, o IP não será instaurado de imediato, primeiramente o delegado verificará a
procedência das informações.
02 – A notitia criminis de cognição imediata ocorre quando a autoridade policial toma conhecimento do fato
delituoso através da apresentação do indivíduo preso em flagrante delito, enquanto a denúncia anônima é
considerada notitia criminis inqualificada.
CERTO ( ) ERRADO ( )
GABARITO
01 – B
02 - E
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340
INQUÉRITO POLICIAL III
Art. 6º - Logo que tiver conhecimento da prática da infração penal, a autoridade policial deverá:
I- dirigir-se ao local, providenciando para que não se alterem o estado e conservação das coisas, até a chegada dos
peritos criminais;
II- apreender os objetos que tiverem relação com o fato, após liberados pelos peritos criminais;
III- colher todas as provas que servirem para o esclarecimento do fato e suas circunstâncias;
IV- ouvir o ofendido;
V- ouvir o indiciado, com observância, no que for aplicável, do disposto no Capítulo III do Título Vll, deste Livro, devendo
o respectivo termo ser assinado por duas testemunhas que Ihe tenham ouvido a leitura;
VI- proceder a reconhecimento de pessoas e coisas e a acareações;
VII- determinar, se for caso, que se proceda a exame de corpo de delito e a quaisquer outras perícias;
VIII- ordenar a identificação do indiciado pelo processo datiloscópico, se possível, e fazer juntar aos autos sua folha de
antecedentes;
IX- averiguar a vida pregressa do indiciado, sob o ponto de vista individual, familiar e social, sua condição econômica,
sua atitude e estado de ânimo antes e depois do crime e durante ele, e quaisquer outros elementos que contribuírem
para a apreciação do seu temperamento e caráter.
X- colher informações sobre a existência de filhos, respectivas idades e se possuem alguma deficiência e o nome e o
contato de eventual responsável pelos cuidados dos filhos, indicado pela pessoa presa.
O rol do art. 6º não é taxativo, já sabemos disso analisando que o art. 13 trás diversos outros atos de
competência da autoridade policial.
A autoridade policial estará autorizada a reproduzir de forma simulada os fatos, para tentar chegar o mais
próximo da verdade, porém, será vedada qualquer reprodução que ofenda a moralidade ou a ordem pública.
É importante ainda salientar que o investigado não estará obrigado a participar dessa reprodução, por força
do princípio do nemo tenetur se detegere.
REQUISIÇÃO DE DADOS
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341
Art. 13-A. Nos crimes previstos nos arts. 148, 149 e 149-A, no § 3º do art. 158 e no art. 159 do Decreto-Lei no 2.848, de 7
de dezembro de 1940 (Código Penal), e no art. 239 da Lei no 8.069, de 13 de julho de 1990 (Estatuto da Criança e do
Adolescente), o membro do Ministério Público ou o delegado de polícia poderá requisitar, de quaisquer órgãos do poder
público ou de empresas da iniciativa privada, dados e informações cadastrais da vítima ou de suspeitos.
Parágrafo único. A requisição, que será atendida no prazo de 24 (vinte e quatro) horas, conterá:
I- o nome da autoridade requisitante;
II- o número do inquérito policial;
III- a identificação da unidade de polícia judiciária responsável pela investigação.
Em razão da prática de determinados crimes, tanto a AUTORIDADE POLICIAL quanto o MINISTÉRIO PÚBLICO,
poderão solicitar informações cadastrais dos suspeitos ou das vítimas. São os crimes de:
Quanto a qualquer desses crimes for cometido, será autorizada a requisição direta, tando pelo MP quanto
pela autoridade policial, que pode ser destinada tanto a órgãos públicos quanto as empresas privadas.
CUIDADO!!! Quando os crimes forem relacionados ao TRÁFICO DE PESSOAS, o art. 13-B, CPP, autoriza a
requisição da AUTORIDADE POLICIAL e do MP, porém, mediante autorização judicial, às empresas prestadoras de
serviço de telecomunicações e/ou telemática que disponibilizem imediatamente os dados (meios técnicos) que
permitam a localização da vítima ou dos suspeitos do delito em curso (como sinais, informações e outros). Com
algumas observações como:
Nos crimes relacionados ao Tráfico de Pessoas, o Inquérito deverá ser instaurado em até 72 horas do registro
da ocorrência policial.
FORMAS DE TRAMITAÇÃO
SIGILOSIDADE
Art. 20 - A autoridade assegurará no inquérito o sigilo necessário à elucidação do fato ou exigido pelo interesse da
sociedade
Será sempre sigiloso em relação as pessoas do povo, mas não em relação as partes envolvidas (ofendido,
indiciado e advogado).
Quanto a publicidade relacionada ao advogado, é importante salientar que é possível ser decretado o sigilo
em relação a algumas peças para o próprio sucesso da investigação, como é o caso de investigações ainda em
andamento.
Súmula vinculante nº 14: “É direito do defensor, no interesse do representado, ter acesso amplo aos
elementos de prova que, já documentados em procedimento investigatório realizado por órgão com competência de
polícia judiciária, digam respeito ao exercício do direito de defesa”.
Quanto a presença do advogado no interrogatório policial, prevalece o entendimento de que o indiciado
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342
deve ser alertado sobre seu direito à presença de advogado, mas, caso queira ser ouvido mesmo sem a presença do
advogado, o interrogatório policial é válido.
INCOMUNICABILIDADE DO PRESO
Art.21. A incomunicabilidade do indiciado dependerá sempre de despacho nos autos e somente será permitida quando o
interesse da sociedade ou a conveniência da investigação o exigir.
Parágrafo único. A incomunicabilidade, que não excederá de três dias, será decretada por despacho fundamentado do Juiz,
a requerimento da autoridade policial, ou do órgão do Ministério Público, respeitado, em qualquer hipótese, o disposto no
artigo 89, inciso III, do Estatuto da Ordem dos Advogados do Brasil (Lei n. 4.215, de 27 de abril de 1963)
Consiste na vedação absoluta do preso ao contato com o mundo exterior, seja em relação a família ou, até
mesmo, seu advogado. Nesse caso, a doutrina é pacífica no entendimento de que esse dispositivo não foi
recepcionado pela Constituição, primeiro porque a própria CF garante que é direito do preso o contato com sua
família ou advogado, segundo porque a CF veda a incomunicabilidade do preso durante o estado de defesa, se nem
mesmo durante o estado de defesa será declarada a incomunicabilidade do preso, imagine em situações normais do
cotidiano!
INDICIAMENTO
Art. 2º (...)
§ 6º O indiciamento, privativo do delegado de polícia, dar-se-á por ato fundamentado, mediante análise técnico-jurídica
do fato, que deverá indicar a autoria, materialidade e suas circunstâncias.
Ocorre quando a autoridade policial centraliza a sua investigação em relação aquela ou aquelas pessoas que
serão consideradas prováveis autores da prática criminosa.
O indiciamento será PRIVADO DA AUTORIDADE POLICIAL.
01 - Sobre o ato de indiciamento realizado no âmbito de investigação criminal conduzida por delegado de polícia, é
CORRETO afirmar:
A) É realizado mediante o mesmo grau de certeza de autoria que a situação de suspeito.
B) Não é ato exclusivo do delegado de polícia que conduz a investigação.
C) Não poderá o delegado de polícia retratar sua posição e “desindiciar” o investigado.
D) Resulta de um juízo de probabilidade e não de mera possibilidade sobre a autoria delitiva.
02 - Após a realização de inquérito policial iniciado mediante requerimento da vítima, Marcos foi indiciado pela
autoridade policial pela prática do crime de furto qualificado por arrombamento.
Nessa situação hipotética, de acordo com o disposto no Código de Processo Penal e na atual jurisprudência do
Superior Tribunal de Justiça acerca de inquérito policial, embora fosse possível a instauração do inquérito mediante
requisição do juiz, somente a autoridade policial poderia indiciar Marcos como o autor do delito.
CERTO ( ) ERRADO ( )
03- Mário foi surpreendido no momento em que praticava crime de ação penal pública condicionada à
representação. A partir dessa situação hipotética, julgue os itens a seguir.
Mário será identificado criminalmente pelo processo datiloscópico, procedimento obrigatório e indispensável em
caso de indiciamento.
CERTO ( ) ERRADO ( )
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343
GABARITO
01 – D
02 – C
03 – E
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344
INQUÉRITO POLICIAL IV
Quando se esgotar o prazo para a conclusão, de acordo com o art. 10, CPP (já estudado) ou quando
encerradas as investigações, a autoridade policial fará minucioso relatório daquilo que foi investigado e enviará ao
juiz competente.
A hipótese de prorrogação do indiciado preso, só poderá ocorrer uma única vez, mediante representação da
autoridade policial e ouvido o MP.
Essa regra é estabelecida de forma genérica pelo CPP, sabemos que existem outros prazos referentes a
legislação extravagante (anteriormente estudados)
CONTAGEM DO PRAZO
A maioria da doutrina entende se tratar de um prazo processual, obedecendo as regras do art. 798, § 1° do
CPP.
Art. 798.Todos os prazos correrão em cartório e serão continuos e peremptórios, não se interrompendo por férias,
domingo ou dia feriado.
§ 1ºNão se computará no prazo o dia do começo, incluindo-se, porém, o do vencimento
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345
E nos crimes de ação privada???
Depois de concluído o IP, os autos são remetidos ao Juízo, onde permanecerão até o fim do prazo
decadencial, aguardando manifestação do ofendido (art.19, CPP)
ARQUIVAMENTO IMPLÍCITO: Arquivamento implícito é aquele em que o MP ajuíza a ação apenas em relação a
alguns dos fatos ou alguns dos investigados, silenciando quanto a outros, entendendo a doutrina, haver um
arquivamento implícito em relação aqueles silenciados.
O STF vem entendeu, em decisões recentes, que não existe “arquivamento implícito”(HC - 104356, informativo 605
do STF).
ARQUIVAMENTO INDIRETO: Ocorria quando o membro do MP deixava de oferecer a denúncia por entender que
o juízo era incompetente, porém, o juízo entendia ser competente, e recebia aquele declínio de competência como
sendo um pedido indireto de arquivamento.
TRANCAMENTO DO IP: ocorre quando for cessada a atividade investigatória por decisão judicial quando não
houver fundamentação razoável para a sua instauração ou prosseguimento.
SÚMULA 524 DO STF: Arquivado o Inquérito Policial, por despacho do Juiz, a requerimento do Promotor de
Justiça, não pode a ação penal ser iniciada, sem novas provas.
Porém, existem exceções a essa regra, existem casos em que o arquivamento do IP gerará coisa julgada
material, nos casos de:
ATIPICIDADE DO FATO;
RECONHECIMENTO DE EXCLUDENTE DE ILICITUDE OU CULPABILIDADE;
RECONHECIMENTO DE EXTINÇÃO DE PUNIBILIDADE
*ARQUIVAMENTO DO INQUÉRITO POLICIAL – LEI 13.964/19 (suspenso pelo STF – ADI 6298)
CUIDADO!!! -As informações que serão dadas agora não estão, atualmente, em vigor, o STF suspendeu sua aplicação
por tempo indeterminado.
O procedimento para o arquivamento do IP foi afetado pelo nosso Pacote Anticrimes. O MP não irá mais
requerer o arquivamento ao judiciário, entendendo ele não ser caso de ajuizamento de ação penal, PODERÁ
REALIZAR DIREITAMENTE O ARQUIVAMENTO. Depois de ordenado o arquivamento, o MP comunicará a vítima, ao
investigado e a autoridade policial, após, o membro do MP encaminha os autos para a instância de revisão
ministerial (órgão do MP que fará a revisão da decisão) para fins de homologação.
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01 - Depois de ordenado o arquivamento do inquérito pela autoridade judiciária, por falta de base para a denúncia, a
autoridade policial
A) dependerá de anuência do membro do Ministério Público responsável pelo caso para proceder a novas
investigações.
B) não poderá proceder a novas investigações sem expressa autorização judicial.
C) poderá proceder a novas pesquisas, se de outras provas tiver noticia.
D) dependerá de autorização judicial para proceder a novas investigações.
E) deverá proceder a novas investigações, independentemente do surgimento de novas provas.
02 - Lúcio é investigado pela prática de latrocínio. Durante a investigação, apurou-se a participação de Carlos no
crime, tendo sido decretada de ofício a sua prisão temporária.
A partir dessa situação hipotética e do que dispõe a legislação, julgue o item seguinte
Como Lúcio está solto, o inquérito policial não terá prazo para ser concluído
CERTO ( ) ERRADO ( )
03 - Com relação ao inquérito policial e à ação penal, julgue o item que se segue.
A doutrina e a jurisprudência majoritárias admitem o denominado arquivamento implícito, que consiste no fato de o
oferecimento de denúncia pelo Ministério Público por apenas alguns dos crimes imputados ao indiciado impedir que
os demais sejam objeto de futura ação penal.
CERTO ( ) ERRADO ( )
GABARITO
01 – C
02 – E
03 - E
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INQUÉRITO POLICIAL V
VALOR PROBANTE
Nosso país adota o sistema do LIVRE CONVENCIMENTO MOTIVADO, no que se refere ao valor das provas
estabelecidas pelo judiciário, ou seja, o juiz tem a liberdade de apreciar as provas e valorá-las da forma que achar
necessário, dando a elas o valor que entender que merecem, não tendo a obrigação de conferir maior peso a esta ou
aquela. Além, a decisão deverá sempre ser motivada, fundamentada.
No sistema acusatório, a confissão não é considerada a “rainha das provas”, ou seja, o juiz, existindo
confissão do acusado, deve confrontá-la com as demais provas colhidas. Podendo inclusive entender que essa
confissão não possui nenhum valor probante, podendo absolver o acusado que confessou a prática criminosa.
PODER DE INVESTIGAÇÃO DO MP
O MP também possui poderes investigatórios, não sendo estes privativos da Polícia Judiciária.
Mas tome muito cuidado com essa afirmação! Vamos tratá-la de forma esquematizada:
O MP poderá proceder investigações através dos seus PICs (Procedimento Investigatório Criminal) mas não
através de IP.
Existindo a prática de infração penal de menor potencial ofensivo, não será lavrado
Inquérito Policial, mas sim Termo Circunstancial de Ocorrência (TCO).
O TCO pode ser considerado como uma investigação simplificada, contendo o resumo das
declarações das pessoas envolvidas, das testemunhas, e, se o crime deixar vestigio, deverá ainda
conter a juntada do exame de corpo de delito.
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348
Nos autos de TCO, o delegado terá a responsabilidade de tomar o compromisso do autuado
de comparecer ao juizado especial em dia e horário previamente designado.
Após a conclusão do TCO, o delegado o remete ao Juizado Especial Criminal
02 - O mérito da suficiência de suporte probatório para a instauração da ação penal é juízo exclusivo do órgão
acusatório, razão por que não cabem recursos judiciais do arquivamento do inquérito policial.
CERTO ( ) ERRADO ( )
03 - A autoridade policial poderá arquivar o inquérito policial se verificar que o fato criminoso não ocorreu.
CERTO ( ) ERRADO ( )
04 - Arquivado o IP, por falta de elementos que evidenciem a justa causa, admite-se que a autoridade policial realize
novas diligências, se de outras provas tiver noticia.
CERTO ( ) ERRADO ( )
GABARITO
01 – B
02 – C
03 – E
04 – C
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349
AÇÃO PENAL I
Guilherme de Souza Nucci entende que a ação penal é “o direito do Estado-acusação ou do ofendido de
ingressar em juízo, solicitando a prestação jurisdicional, representada pela aplicação das normas de direito penal ao
caso concreto.” (NUCCI, 2008, p. 183)
Podemos extrair, da doutrina, algumas características do DIREITO DE AÇÃO, possuindo a natureza jurídica de
um direito:
Possui fundamento constitucional, a ação penal é considerada um direito fundamental (art.5º, XXXV, CF),
quando é estabelecido que “a lei não excluirá da apreciação do poder judiciário qualquer lesão ou ameaça a direito”
O critério adotado aqui será o da titularidade do exercício da ação, estabelecidas nos arts. 100, CP e 24, CPP.
A regra é a ação pública (titularidade privativa do Ministério Público) e a exceção é a ação privada
(titularidade do ofendido ou de seu representante legal).
Ainda existe a regra dentro da própria ação penal pública, é que seja pública incondicionada, as exceções, se
previstas em lei, é que a ação pública seja condicionada a representação do ofendido ou a requisição do ministro da
justiça.
No silêncio da lei sobre a modalidade de ação, aplica-se a regra, será PÚBLICA INCONDICIONADA, com isso,
para que seja aplicada qualquer outra espécie de ação, o tipo penal deve estipular expressamente essa possibilidade.
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AÇÃO PENAL LEGITIMIDADE
INCONDICIONADA Ministério Público
AÇÃO PENAL PÚBLICA CONDICIONADA A REPRESENTAÇÃO Ministério Público (representação do ofendido ou
(DENÚNCIA) CADI – Art.24, §1º, CP.
CONDICIONADA A REQUISIÇÃO Ministério Público (requisição do Ministro da
Justiça)
EXCLUSIVA/PROPRIAMENTE DITA Ofendido/ representante legal, ou no caso de
AÇÃO PENAL PRIVADA morte ou ausência– CADI, Art. 31, CPP
(QUEIXA) PERSONALÍSSIMA Somente o ofendido
SUBSIDIÁRIA DA PÚBLICA Ofendido/ representante legal, ou no caso de
morte ou ausência – CADI
Para que a denúncia ou a quixa seja recebida, é necessário o preenchimento das condições da ação penal,
que são requisitos mínimos e indispensáveis ao julgamento de mérito.
Se não estiverem presentes as condições da ação, deverá ocorrer a rejeição da denúncia ou quixa.
Mas se, depois de iniciada a ação, recebida a denúncia ou quixa, contatou-se a ausência de determinada
condição da ação???
O juiz deverá proferir um julgamento de mérito, absolvendo o condenado ou réu.
CONDIÇÕES GENÉRICAS
POSSIBILIDADE JURÍDICA DO PEDIDO: O estado tem que ter a possibilidade de condenar o indivíduo, o fato tem
que ser considerado um crime.
INTERESSE DE AGIR: Pressupõe a necessidade, a adequação e a utilidade da ação penal.
LEGITIMIDADE DAS PARTES: Aborda tanto a legitimidade para a causa quanto a legitimidade para o processo
(MP, ofendido…)
JUSTA CAUSA: Pode ser analisada como o conjunto de todas as condições da ação, faltando qualquer delas,
faltará justa causa
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CONDIÇÕES ESPECÍFICAS
REPRESENTAÇÃO DO OFENDIDO
REQUISIÇÃO DO MINISTRO DA JUSTIÇA
01 - Ao tratar da iniciativa da ação penal, o Código de Processo Penal, estabelece, como regra, que a iniciativa será do
Ministério Público. Todavia, mesmo nos crimes de ação pública, por vezes, a lei exige a representação do ofendido.
Declarado judicialmente ausente o ofendido, terão qualidade para representá-lo APENAS
A) os herdeiros necessários, o curador especial ou advogado constituído.
B) o cônjuge, ascendente ou descendente.
C) o cônjuge, ascendente, descendente ou irmão.
D) os sucessores ou curador.
E) os sucessores ou tutor.
02 - Desde o advento da Lei n.º 11.719/2008, que alterou dispositivos do Código de Processo Penal, as condições da
ação penal são a possibilidade jurídica do pedido, o interesse de agir e a legitimidade
CERTO ( ) ERRADO ( )
03 - A legitimação ativa para a ação penal e a definição de sua natureza decorre da lei, sendo, de regra, ação pública,
salvo se a lei expressamente a declara privativa do ofendido.
CERTO ( ) ERRADO ( )
GABARITO
01 – C
02 – E
03 – C
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AÇÃO PENAL II
A ação pública tem como titular o Ministério Público, rege-se por alguns princípios
PRINCÍPIO DA OBRIGATORIEDADE
Consiste no dever que é imposto ao Ministério Público e a Polícia Judiciária quanto a processar e investigar
crimes desta espécie de ação, ou seja, não cabe ao delegado escolher se investiga ou não, nem ao MP se oferece ou
não a denúncia.
PRINCÍPIO DA INDISPONIBILIDADE
Decorre do princípio da obrigatoriedade, aqui, o MP não poderá desistir da ação penal instaurada (art. 42,
CPP). Quando nos referimos aos recursos, logicamente o MP não será obrigado a recorrer, mas se já interposto, não
poderá desistir (art. 576, CPP).
PRINCÍPIO DA OFICIALIDADE
As atividades persecutórias serão exercidas, necessariamente, por órgão oficial do Estado, não sendo
possível que essa função seja exercida por particulares. Essa função será exercida por três órgãos estatais:
PRINCÍPIO DA OFICIOSIDADE
A autoridade pública competente deve agir de ofício, sem necessitar de qualquer assentimento ou
provocação de terceira pessoa.
CUIDADO!!! Este princípio apenas será aplicado a ação pública incondicionada, não sendo possível a
atuação
de ofício quando ela necessitar de representatividade do ofendido ou do Ministro da Justiça.
PRINCÍPIO DA AUTORITARIEDADE
Os órgãos que investigam e processam devem ser autoridades públicas
CUIDADO!!! Este princípio não se aplica a ação privada, pois esta deve ser oferecida pelo particular.
PRINCÍPIO DA (IN)DIVISIBILIDADE
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Segundo o STF, a ação pública será DIVISÍVEL, pois, poderá sempre o MP (até a sentença), aditar a denúncia,
incluindo novos agentes ou oferecendo, contra eles, nova ação penal caso já tenha sido prolatada a sentença.
Porém, prevalece na doutrina que a ação pública será INDIVISÍVEL, já que deve ser estendida a todos aqueles
que praticaram a infração.
Essa controvérsia não se torna tão importante quando temos a consciência que a ação penal pública obedece
o princípio da obrigatoriedade, em que todos os agentes delitivos devem ser incluídos na demanda, desde que
existam indícios de autoria e prova da materialidade.
REPRESENTAÇÃO DO OFENDIDO
É uma condição de procedibilidade para o oferecimento da ação pública, em alguns casos estabelecidos em
lei. Consiste numa modalidade de Delatio Criminis Postulatória. Com isso, nem o IP, nem a Ação Penal, nos crimes
que necessitam de representatibilidade, poderão ser iniciados sem ela.
PRAZO: deve ser oferecida no prazo de 6 meses contados do conhecimento da autoria (art.38, CPP), sob pena
de extinção da punibilidade pela decadência. - PRAZO PEREMPTÓRIO.
RETRATAÇÃO: caberá retratação da representação até o OFERECIMENTO DA DENÚNCIA (art. 25, CPP)
CUIDADO!!! Na Lei Maria da Penha (art.16, da Lei 11.340/06) caberá retratação da representação até
o
RECEBIMENTO DA DENÚNCIA em audiência especialmente designada para esse fim, ouvido o MP.
A retratação da representação pode ser expressa ou tácita. Cabe a retratação da retratação desde que não
operada a decadência.
PRAZO: não obedece o prazo decadencial, podendo ser exercida enquanto não houver prescrição.
DESTINATÁRIO: dirigida ao MP
DISCRICIONARIEDADE: a requisição é discricionária do Ministro da Justiça, que decide com base na conveniência
e oportunidade.
RETRATAÇÃO: existe uma enorme polêmica doutrinária quanto a isso, parte entende ser possível com base em
analogia do art. 25, outra parte entende não ser possível por falta de previsão legal e por ser um ato político
HIPÓTESES: só será cabível para casos específicos, são eles:
CRIMES COMETIDOS POR ESTRANGEIROS CONTRA BRASILEIROS FORA DO PAÍS (art. 7º, §3º, “b”, CP)
CRIMES CONTRA A HONRA PRATICADOS CONTRA O PRESIDENTE DA REPÚBLICA OU CHEFE DO
GOVERNO ESTRANGEIRO (art. 145, §único, 1º parte, CP)
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354
01 - A ação penal pública pode ser incondicionada ou condicionada à representação. Em relação à ação penal pública
condicionada à representação, há a exigência da manifestação do ofendido ou de quem tenha qualidade para
representá-lo. Acerca da ação penal pública condicionada à representação, assinale a opção correta.
A) A representação é uma condição de procedibilidade da ação penal, e sua ausência impede o Ministério Público de
oferecer a denúncia.
B) Opera-se a decadência da ação penal condicionada à representação se o direito de representar não for exercido no
prazo de seis meses, a contar da data do fato criminoso.
C) O ofendido pode, a qualquer tempo, exercer o direito de se retratar da representação, sendo a extinção da
punibilidade sem resolução de mérito o efeito da retratação.
D) A ação penal pública condicionada à representação é essencialmente de interesse privado e regida pelos princípios
da conveniência e oportunidade.
E) A irretratabilidade da representação inicia-se com a instauração do inquérito policial.
02 - Em se tratando de crimes sujeitos a ação penal pública condicionada, a representação do ofendido é irretratável
depois de oferecida a denúncia.
CERTO ( ) ERRADO ( )
03 - É de seis meses o prazo para que o ministro da Justiça requeira a instauração de inquérito policial em crime de
ação penal pública condicionada. Findo esse prazo, opera-se a decadência do direito de ação.
CERTO ( ) ERRADO ( )
GABARITO
01 – A
02 – C
03 – E
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AÇÃO PENAL III
O particular passa a ter o direito de ação e a legitimidade para oferecê-la, porém, a pretensão punitiva
permanece sendo do Estado. Nesse caco, o interesse privado prevalece em relação ao interesse público.
Terão legitimidade para propor a ação privada, o ofendido ou o seu representante legal (art. 30, CPP).
Havendo o a morte ou declarado ausente o ofendido, a legitimidade passará ao CADI (Cônjuge, Ascendente,
Descendente, Irmão) - art. 36, CPP.
Em qualquer caso, é necessário que o autor da ação esteja acompanhado de advogado, salvo se ele próprio
for advogado, nesse causo, advogará em causa própria.
CUIDADO!!! No CRIME CONTINUADO, o prazo decadencial será contado individualmente para cada
delito.
RENÚNCIA
Ocorre quando a vítima não deseja tomar qualquer providência contra o seu agressor. Aplicada na AÇÃO
PRIVADA.
Opera-se antes do oferecimento da ação penal (pré processual). Será irretratável já que gera a extinção da
punibilidade (art. 107, V, CP).
A renúncia feita em relação a um dos acusados, aproveita a todos (art. 49, CPP).
É ato unilateral do indivíduo, não necessita ser aceito para causar efeito. Podendo ainda ser expresso ou
tácito.
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CUIDADO!!! O mero convívio social não será considerado renúncia. Ex: cumprimentos ao longo do
dia.
PERDÃO
Desistência da demanda, aplicável na ação privada, somente ocorre com a ação já iniciada (processual).
Também gera a extinção da punibilidade do agente (art.107, V, CPP). O perdão é ato bilateral, precisa ser aceito para
surtir efeitos, não produzindo efeitos em relação aos que recusar, se concedido a um dos querelados, aproveitará a
todos (art. 51, CPP).
O perdão poderá ser operado até o trânsito em julgado (art.106, §2º, CP).
Podendo ainda ser expresso (devendo o querelado dizer no prazo de 3 dias se aceita ou não, devendo o seu
silêncio ser entendido como aceitação tácita) ou tácito (quando o ofendido toma atitudes incompatíveis com o
desejo de processar).
Se existe mais de uma vítima e qualquer delas perdoou o autor, isso não afetará a situação das outras (art.
106, II, CP).
Existindo vários processos entre a vítima e o agressor, o perdão feito em um deles não atingirá os demais.
CUIDADO!!! O mero convívio social não será considerado perdão. Ex: cumprimentos ao longo do dia.
RENÚNCIA PERDÃO
DECORRE DO PRINC. DA OPORTUNIDADE DECORRE DO PRINC. DA DISPONIBILIDADE
UNILATERAL BILATERAL
AÇÃO PRIVADA – em regra AÇÃO PRIVADA
PRÉ-PROCESSUAL PROCESSUAL
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01 - João sofreu calúnia, mas veio a falecer dentro do prazo decadencial de seis meses, antes de ajuizar ação contra o
ofensor. Ele não tinha filhos e mantinha um relacionamento homoafetivo com Márcio, em união estável reconhecida.
João era filho único e tinha como parente próximo sua mãe.
Nessa situação hipotética, o ajuizamento de ação pelo crime de calúnia
A) somente poderá ser promovido pela mãe de João.
02 - Situação hipotética: Antônio e Pedro são autores de um mesmo crime contra João. Assertiva: Nessa situação,
João poderá renunciar ao exercício de seu direito de queixa em relação a Antônio e mantê-lo em relação a Pedro.
CERTO ( ) ERRADO ( )
03 - Na ação penal privada, apesar de a vítima ou seu representante legal não serem obrigados a oferecer queixa-
crime, uma vez ajuizada a ação, o querelante não pode deixar de processar quaisquer dos autores da infração penal
CERTO ( ) ERRADO ( )
GABARITO
01 – C
02 – E
03 – C
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AÇÃO PENAL IV
EXCLUSIVA OU PROPRIAMENTE DITA: Tanto o ofendido quanto o seu representante legal (art. 30, CPP), seus
sucessores (CADI, no caso de morte ou ausência, art. 31, CPP), ou o seu curador especial (hipóteses do art. 33,
CPP), podem ingressar com a ação penal.
PERSONALÍSSIMA: Nessa modalidade, a legitimidade ativa é privada da pessoa ofendida, não admitindo-seque
qualquer outra pessoa assuma o polo ativo.
O único exemplo atual que exige essa modalidade de ação é o crime de INDUZIMENTO A ERRO ESSENCIAL E
OCULTAÇÃO DE IMPEDIMENTO AO CASAMENTO (art.236, § único, CP).
PRIVADA SUBSIDIÁRIA DA PÚBLICA: Ocorre quando o MP faz-se inerte frente ao oferecimento da denúncia, o
ofendido ou seu representante legal ingressa diretamente com a ação penal, através do oferecimento da queixa
(art.46, CPP).
Nesse caso, o ofendido terá a faculdade de decidir se oferecerá a ação ou não. Terá um prazo decadencial de
6 meses contados a partir do esgotamento do prazo para o MP oferecer a denúncia. Trata-se de uma queixa-
crime substitutiva.
O MP poderá entender que a ação oferecida não possui justa causa, nesse caso, deverá fornecer parecer
pugnando pela rejeição da peça, o magistrado, porém, não estará vinculado ao parecer ministerial.
DENÚNCIA X QUEIXA
A ação penal é iniciada com o oferecimento da denúncia ou queixa, mas, segundo o STF, o ajuizamento da
ação se dá no momento do recebimento da inicial, que é quando ocorrerá a posterior citação do réu.
pág. 1
359
Art. 46. O prazo para oferecimento da denúncia, estando o réu preso, será de 5 dias, contado da data em que o órgão
do Ministério Público receber os autos do inquérito policial, e de 15 dias, se o réu estiver solto ou afiançado. No último
caso, se houver devolução do inquérito à autoridade policial (art. 16), contar-se-á o prazo da data em que o órgão do
Ministério Público receber novamente os autos.
§ 1º - Quando o Ministério Público dispensar o inquérito policial, o prazo para o oferecimento da denúncia contar-se-á
da data em que tiver recebido as peças de informações ou a representação
§ 2º. O prazo para o aditamento da queixa será de 3 dias, contado da data em que o órgão do Ministério Público
receber os autos, e, se este não se pronunciar dentro do tríduo, entender-se-á que não tem o que aditar,
prosseguindo-se nos demais termos do processo.
O prazo decadencial terá seu cômputo finalizado com o oferecimento da peça acusatória, pouco importando
se houve ou não o seu recebimento.
SENTENÇA QUE, POR MOTIVO DE ERRO OU IMPEDIMENTO, ANULE CASAMENTO: 6 meses do trânsito em julgado da
sentença (art. 236, § único, CP)
CRIMES CONTRA A PROPRIEDADE IMATERIAL, QUE DEIXAR VESTÍGIOS: 30 dias da homologação do laudo (art.529,
CPP)
ATENÇÃO!!! Nesse último caso, é necessário que ele seja contabilizado junto com o prazo geral indicado no
art. 38, CPP. Ficando da seguinte forma, “conhecido o infrator, é deflagrado o prazo decadencial de 6 meses. Ficando
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pronto o laudo, com a respectiva homologação, terá então a vítima, no máximo de 30 dias para deflagrar a ação. É
como se o prazo geral fosse limitado pela homologação do laudo.” (TÁVORA; ALENCAR, 2009, p. 670).
01 - Oferecendo o ofendido ação penal privada subsidiária da pública, o Ministério Público, nos exatos termos do art.
29 do CPP,
A) perde interesse processual e deixa de intervir nos autos.
B) pode intervir em todos os termos do processo, contudo, sem capacidade recursal
C) pode aditar a queixa.
D) deixa de ser parte e passa a atuar como custos legis e não pode, por exemplo, fornecer elementos de prova.
03 - No caso de crime processável por ação penal pública, quando o Ministério Público não oferecer a denúncia no
prazo legal, o ofendido poderá impetrar ação penal privada subsidiária da pública
CERTO ( ) ERRADO ( )
GABARITO
01 – C
02 – C
03 – C
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361
NOÇÕES DE
DIREITO
MILITAR
362
DA HIERARQUIA E DA DISCIPLINA
OFICIAIS SUPERIORES
Coronel PM
Tenente Coronel PM
Major PM
INTERMEDIÁRIOS
Capitão PM
SUBALTERNOS
Primeiro Tenente PM
Segundo Tenente PM
PRAÇA ESPECIAL
363
Aspirante-a-Oficial PM
Subtenentes PM
Primeiro Sargento PM
Segundo Sargento PM
Terceiro Sargento PM
Cabo PM Soldado PM
a) entre policiais militares do mesmo quadro pela posição nas respectivas escalas
numéricas ou registros de que trata o art. 17;
364
Parágrafo 3º - Em igualdade de posto ou graduação, os policiais militares, da ativa
tem precedência sobre os da inatividade.
CAPÍTULO III
Art. 19 - Cargo policial militar é aquele que só pode ser e exercido por policial
militar serviço ativo.
Art. 20 - Os cargos policiais militares são providos com o pessoal que satisfaça
aos requisitos de grau hierárquico e de qualificação exigidos para o seu desempenho.
TÍTULO II
CAPITULO I
SEÇÃO I
365
DO VALOR POLICIAL MILITAR
VI – O aprimoramento técnico-profissional.
SEÇÃO II
VI - Zelar pelo preparo próprio, moral, intelectual, físico e também pelos dos
subordinados, tendo em vista o cumprimento da missão comum;
366
XI - Acatar as autoridades civis;
a) em atividades político-partidárias
b) em atividades comerciais;
c) em atividades industriais;
XIX - Zelar pelo bom nome da Polícia Militar e de cada um dos seus integrantes,
obedecendo e fazendo obedecer aos preceitos da ética policial-militar.
367
sobre a origem e a natureza de seus bens, sempre que houver razões que recomendem
tal medida.
CAPÍTULO II
SEÇÃO I
SEÇÃO II
DO COMANDO E DA SUBORDINAÇÃO
368
Art. 36 - Os Subtenentes e Sargentos auxiliam e completam as atividades dos
oficiais, quer no adestramento e no emprego dos meios, quer na instrução e na
administração; poderão ser empregados na execução de atividades de policiamento
ostensivo peculiares a Policia Militar.
369
III – a legalidade;
IV – a impessoalidade;
V- a moralidade;
VI – a publicidade;
VII – a eficiência;
VIII – a promoção, o respeito e a garantia à dignidade e aos direitos humanos;
IX – o profissionalismo;
X- a probidade;
XI – a ética.
CAPÍTULO III
Da Competência
Art. 4° Compete à Polícia Militar do Estado da Paraíba, dentre outras atribuições
previstas em lei:
I planejar, organizar, dirigir, supervisionar, coordenar e controlar as ações de polícia
ostensiva e de preservação da ordem pública, que devem ser desenvolvidas
prioritariamente para assegurar a incolumidade das pessoas e do patrimônio, o
cumprimento da lei e o exercício dos Poderes constituídos;
II - executar, com exclusividade, ressalvadas as missões peculiares às Forças Armadas,
o policiamento ostensivo fardado para prevenção e repressão dos ilícitos penais e
infrações definidas em lei, bem como as ações necessárias ao pronto restabelecimento
da ordem pública;
III – atender à convocação do Governo Federal em caso de guerra externa ou para
prevenir ou reprimir grave subversão da ordem ou ameaça de sua irrupção,
subordinando-se ao Comando do Exército, em suas atribuições específicas de Polícia
Militar e como participante da defesa territorial, para emprego;
IV – atuar de maneira preventiva ou dissuasiva em locais ou áreas específicas em que
se presuma ser possível e/ou ocorra perturbação da ordem pública;
V - atuar de maneira repressiva em caso de perturbação da ordem, precedendo eventual
emprego das Forças Armadas;
VI - exercer a polícia ostensiva e a fiscalização de trânsito nas rodovias estaduais, além
de outras ações destinadas ao cumprimento da legislação de trânsito, e nas vias
urbanas e rurais, quando assim se dispuser;
VII exercer a polícia administrativa do meio ambiente, nos termos de sua competência,
na constatação de infrações ambientais, na apuração, autuação, perícia e outras ações
legais pertinentes, quando assim se dispuser, conjuntamente com ambientais,
colaborando na fiscalização das florestas, rios, estuários e em tudo que for relacionado
com a fiscalização do meio ambiente; os demais órgãos.
VIII - participar, quando convocada ou mobilizada pela União, do planejamento e das
ações destinadas à garantia dos Poderes constitucionais, da lei e da ordem, e à defesa
territorial;
370
IX - proceder, nos termos da lei, à apuração das infrações penais de competência da
polícia judiciária militar;
X - planejar e realizar ações de inteligência destinadas à prevenção criminal e ao
exercício da polícia ostensiva e da preservação da ordem pública, observados os
direitos e garantias individuais;
XI – realizar internamente correições e inspeções, em caráter permanente ou
extraordinário;
XII - autorizar, mediante prévio conhecimento, a realização de reuniões ou eventos de
caráter público ou privado, em locais que envolvam grande concentração de pessoas,
para fins de planejamento e execução das ações de polícia ostensiva e de preservação
da ordem pública;
XIII - emitir, com exclusividade, pareceres e relatórios técnicos relativos à polícia
ostensiva, à preservação da ordem pública e às situações de crise, fiscalizar o
cumprimento dos dispositivos à preservação da ordem pública, aplicando as sanções
previstas na legislação específica; técnico-científicas,
XIV - legais e normativos pertinentes à polícia ostensiva;
XV - realizar pesquisas estatísticas e exames técnicos relacionados às atividades de
polícia ostensiva, de preservação da ordem pública, de polícia judiciária militar e outras
pertinentes;
XVI – acessar os bancos de dados existentes nos órgãos do Sistema de Defesa Social
do Estado da Paraíba e, quando assim se dispuser, da União, relativos à identificação
civil e criminal, de armas, veículos, objetos e outros, observado o disposto no inciso X
do art. 5° da Constituição Federal;
XVII – realizar a segurança interna do Estado;
XVIII – proteger os patrimônios histórico, artístico, turístico e cultural;
XIX – realizar o policiamento assistencial de proteção às crianças, aos adolescentes e
aos idosos, o patrulhamento aéreo e fluvial, a guarda externa de estabelecimentos
penais e as missões de segurança de dignitários em conformidade com a lei;
XX - gerenciar as situações de crise que envolva reféns;
XXI – apoiar, quando requisitada, o Poder Judiciário e o Ministério Público Estadual, no
cumprimento de suas decisões; realizar,
XXII situações especiais, o em policiamento velado para garantir a eficiência das ações
de polícia ostensiva e de preservação da ordem pública.
XXIII – atuar na fiscalização e controle dos serviços de vigilância particular no Estado,
vedando-se o uso e o emprego de uniformes, viaturas, equipamentos e apetrechos que
possam se confundir com os por ela adotados;
XXIV lavrar, subsidiariamente, Termo Circunstanciado de Ocorrência - TCO;
XXV – executar as atividades da Casa Militar do Governador;
XXVI - assessorar as Presidências dos Poderes Legislativo e Judiciário, à Prefeitura da
Capital, ao Tribunal de Contas do Estado, à Procuradoria Geral de Justiça, à Justiça
371
Militar Estadual e às Secretarias da Segurança e da Defesa Social e da Cidadania e
Administração Penitenciária, nos termos definidos na legislação peculiar;
XXVII – desempenhar outras atribuições previstas em lei.
§ 1° Os integrantes da Polícia Militar do Estado da Paraíba no desempenho de atividade
policial militar no âmbito de suas responsabilidades são considerados autoridades
policiais.
§ 2° Para o desempenho das funções a que se refere o inciso IX deste artigo, a Polícia
Militar requisitará exames periciais e adotará providências cautelares destinadas a
colher e resguardar indícios ou provas da ocorrência de infrações penais no âmbito de
suas atribuições, sem prejuízo da competência dos demais órgãos policiais.
§ 3° As atividades previstas no inciso XXVI deste Artigo são consideradas como em
serviço de natureza policial militar, e o efetivo empregado fará parte da Ajudância Geral.
Art. 5° A Polícia Militar será estruturada em órgãos de direção estratégica, de direção
setorial, de execução e vinculados.
Art. 6° Os órgãos de direção estratégica realizam o comando e a administração da
Corporação, executando as seguintes atribuições:
I planejar institucionalmente a organização da Corporação;
II - acionar, por meio de diretrizes e ordens, os órgãos de direção setorial e os de
execução, para suprir as necessidades de pessoal e de material no cumprimento de
suas missões;
III – coordenar, controlar e fiscalizar a atuação dos órgãos de direção setorial e de
execução.
Art. 7° Os órgãos de direção setorial atendem às necessidades de pessoal e logística
de toda a Corporação, realizam a atividade meio e atuam em cumprimento às diretrizes
e ordens dos órgãos de direção estratégica.
Art. 8° Os órgãos de execução são constituídos pelas Organizações Policiais Militares -
OPM que se destinam à atividade-fim, focando o cumprimento da missão e dos objetivos
institucionais, executando as ordens e diretrizes emanadas dos órgãos de direção
estratégica e apoiados em suas necessidades de pessoal e logística pelos órgãos de
direção setorial.
CAPÍTULO IV
Dos Órgãos de Direção Estratégica
Seção I
Da Constituição e das Atribuições
Art. 9° Os órgãos de direção estratégica compreendem:
I- Comando Geral;
II – Subcomando Geral;
III – Estado-Maior Estratégico;
IV – Corregedoria;
372
V – Ouvidoria;
VI – Comandos Regionais;
VII – Comissões;
VIII – Procuradoria Jurídica;
IX – Assessorias.
Seção II
Do Comando Geral
Art. 10. O Comando Geral é constituído de:
I- Comandante-Geral;
II – Gabinete do Comandante-Geral;
III - Grupamento de Ações Táticas Especiais - GATE.
Art. 11. O Comandante-Geral é responsável pelo comando e administração da
Corporação, e seu cargo será ocupado por um Coronel da Ativa do Quadro de Oficiais
Combatentes - QOC da Polícia Militar, escolhido pelo Governador do Estado, e terá
precedência funcional e hierárquica sobre os demais, quando este não for o oficial mais
antigo da Corporação.
§ 1° A nomeação para o provimento do cargo em comissão de Comandante-Geral da
Polícia Militar, símbolo CDS-1, previsto na Estrutura Organizacional da Administração
Direta do Poder Executivo do Estado da Paraíba, será feita por ato do Governador do
Estado.
§ 2° O Comandante-Geral tem honras, prerrogativas, direitos e obrigações de Secretário
de Estado.
Art. 12. Compete ao Comandante-Geral:
I- o comando, a gestão, o emprego, a supervisão e a coordenação geral das atividades
da Corporação;
II – presidir as Comissões de Promoção de Oficiais e de Julgamento do Mérito Policial
Militar;
III – encaminhar ao órgão competente o projeto de orçamento anual referente à Polícia
Militar e participar, no que couber, da elaboração do plano plurianual;
IV - celebrar convênios e contratos de interesse da Polícia Militar com entidades de
direito público ou privado, nos termos da lei;
V - nomear e exonerar militares estaduais no exercício das funções de direção, comando
e assessoramento, nos limites estabelecidos na legislação vigente;
VI – autorizar militares estaduais e servidores civis da Corporação a se afastarem do
Estado e do país;
VII – ordenar o emprego de verbas orçamentárias, de créditos abertos ou de outros
recursos em favor da Polícia Militar do Estado da Paraíba.
373
VIII – incluir, nomear, licenciar e excluir Praças e Praças especiais, obedecidos os
requisitos legais;
IX – promover Praças e declarar Aspirantes-a-Oficial;
XI - conceder férias, licenças ou afastamentos de qualquer natureza; XI - decidir sobre
a instauração e a solução dos procedimentos e processos administrativos disciplinares,
aplicando as penalidades previstas nas normas disciplinares da Corporação;
XII - expedir os atos administrativos necessários à gestão Institucional.
Art. 13. O Gabinete do Comandante-Geral, definido como Estado-Maior Pessoal, é
constituído de:
I- Assistência de Gabinete;
II – Ajudância de Ordens.
Parágrafo único: O Estado-Maior Pessoal, Órgão de Apoio, tem a seu cargo as funções
administrativas de Gabinete do Comandante-Geral, sendo composto pela Assistência
ao Gabinete, gerenciada por um Coronel do QOC, e a Ajudância de Ordens, com cargos
a serem exercidos por Oficiais Intermediários do QOC.
Art. 14. O GATE é o comando de pronto-emprego do Comandante-Geral, com um
efetivo mínimo de uma Companhia, especialmente treinado para missões especiais e
gerenciamento de crises, o qual poderá ser empregado também em outras missões do
policiamento ostensivo geral.
Seção III
Do Subcomando-Geral
Art. 15. O Subcomando-Geral é constituído de:
I- Subcomandante-Geral;
II – Gabinete do Subcomandante-Geral;
III – Ajudância-Geral.
§ 1° O Subcomandante Geral, cargo em comissão símbolo CDS-2, previsto na Estrutura
Organizacional da Administração Direta do Poder Executivo do Estado da Paraíba, é
exercido por um Coronel da Ativa do QOC, escolhido e nomeado pelo Governador do
Estado.
§ 2° O Subcomandante-Geral é o responsável pela garantia da disciplina da Corporação
e Presidente da Comissão de Promoção de Praças, além de prestar assessoramento
ao Comandante-Geral na coordenação do funcionamento da Instituição, sendo seu
eventual substituto.
$ 3° O Gabinete do Subcomandante-Geral tem a seu cargo as funções administrativas
do Subcomando-Geral.
Art. 16. Ajudância Geral tem a seu cargo as funções administrativas, de segurança e de
controle do efetivo do Quartel do Comando Geral, bem como a administração do
Presídio e do Museu da Polícia Militar.
Parágrafo único: A Ajudância Geral é constituída de:
374
I- Gabinete do Ajudante-Geral;
II – Gabinete do Ajudante-Geral Adjunta;
III – Museu da Polícia Militar;
IV – Presídio da Polícia Militar
V - Secretaria - AG/1;
VI – Arquivo Geral - AG/2;
VII – Companhia de Comando e Serviços - CCSV.
Seção IV
Do Estado-Maior Estratégico
Art. 17. O Estado-Maior Estratégico é o órgão que tem a competência de assessorar o
Comandante-Geral no planejamento e gestão estratégica para o desenvolvimento e
cumprimento das missões institucionais, tendo a Coordenação Geral de um Coronel do
QOC da ativa.
Parágrafo único. O Estado-Maior Estratégico será assim organizado:
I- Gabinete do Coordenador Geral;
II – Gabinete do Coordenador Geral Adjunto;
III – Coordenadorias:
a) de Integração Comunitária e Direitos Humanos EM/1;
b) de Inteligência – EM/2;
c) de Planejamento e Elaboração de Projetos = EM/3;
d) de Combate e Resistência às Drogas e à Violência - EM/4;
f) de Comunicação Social e Marketing – EM/5;
g) de Gerenciamento de Crises – EM/6;
h) de Estatística e Avaliação – EM/7;
i) de Tecnologia da Informação – EM/8.
Seção V
Da Corregedoria
Art. 18. A Corregedoria da Polícia Militar tem a finalidade de correição das infrações
penais militares e do regime ético- disciplinar, apurando, acompanhando, fiscalizando e
orientando os serviços da Corporação, em articulação com as Corregedorias Setoriais.
Parágrafo único: A Corregedoria é constituída de:
I- Gabinete do Corregedor;
II – Gabinete do Subcorregedor;
III – Divisões:
375
a) de investigação de infrações penais militares CORG/1;
b) de apuração de transgressões disciplinares CORG/2;
c) de análise procedimental – CORG/3;
d) de estatística e avaliação – CORG/4;
e) de apoio administrativo – CORG/5.
Art. 19. A Ouvidoria da Polícia Militar tem por finalidade receber e registrar denúncias,
reclamações e representações de atos desabonadores praticados por integrantes da
Corporação ou críticas à prestação de serviço institucional, bem como de encaminhar e
acompanhar a solução das mesmas, funcionando em estreita articulação com as
Ouvidorias Setoriais.
Parágrafo Único: A Ouvidoria é constituída de:
I- Gabinete do Ouvidor;
II – Gabinete do Subouvidor;
III – Divisões:
a) de atendimento e triagem - OUV/1;
b) de estatística e avaliação – OUV/2;
c) de apoio administrativo - OUV/3.
Seção VI
Dos Comandos Regionais
Art. 20. Os Comandos Regionais têm por finalidade planejar, coordenar, controlar e
supervisionar, na Região Metropolitana de João Pessoa e do Interior, as atividades
realizadas pelos Órgãos de Execução, no que concerne à eficiência nas missões de
policiamento ostensivo, de acordo com as necessidades de preservação da ordem
pública.
Parágrafo único: Os Comandos Regionais são:
I Comando do Policiamento da Região Metropolitana da Capital – CPRM;
II – Comando do Policiamento Regional I – CPR I;
III – Comando do Policiamento Regional II – CPR II.
Art. 21. O Comando do Policiamento da Região Metropolitana da Capital, com sede em
João Pessoa, é o órgão responsável pelo emprego e atuação da Corporação na Região
Metropolitana da Grande João Pessoa e adjacências, de acordo com as diretrizes
emanadas do Comando Geral, e será integrado pelos 1°, 5° e 7° Batalhões de Polícia
Militar.
Art. 22. O Comando do Policiamento Regional I, com sede na cidade de Campina
Grande, é o órgão responsável pelo emprego e atuação da Corporação nas regiões do
Estado polarizadas pelos municípios de Campina Grande e Guarabira, de acordo com
as diretrizes emanadas do Comando-Geral, e será integrado pelos 2°, 4°, 8°, 9º, 10° e
11° Batalhões de Polícia Militar.
376
Art. 23. O Comando do Policiamento Regional II, com sede na cidade de Patos, é o
órgão responsável pelo emprego e atuação da Corporação nas regiões do estado
polarizadas pelos municípios de Patos e Cajazeiras, de acordo com as diretrizes
emanadas do Comando- Geral, e será integrado pelos 3º, 6°, 12°, 13º e 14º Batalhões
de Polícia Militar.
Art. 24. Os Comandos do Policiamento da Região Metropolitana e Regionais têm a
seguinte organização:
I- Gabinete do Comandante;
II – Gabinete do Subcomandante;
III – Estado Maior:
a) Seção de Gestão de Pessoas - PM/1;
b) Seção de Inteligência – PM/2;
c) Seção de Planejamento e Operações – PM/3;
d) Seção de Estatística e Avaliação – PM/ 4.
IV – Tesoureiro;
V – Setor de Apoio Administrativo.
Parágrafo único. O Subcomandante é o chefe do Estado Maior dos Comandos
Regionais.
Seção VII
Das Comissões
Art. 25. As Comissões destinam-se à execução de estudos e trabalhos de
assessoramento direto ao Comandante-Geral e terão caráter permanente ou
temporário.
§ 1° As Comissões de caráter permanente são:
a) A Comissão de Promoção de Oficiais - CPO, presidida pelo Comandante-Geral, e a
Comissão de Promoção de Praças – CPP. presidida polo Subcomandante Geral, cujas
composições e competências serão fixadas por regulamentos, aprovados por Decretos
do Chefe do Poder Executivo;
b) Comissão Permanente de Licitação Comissão de Julgamento do Mérito – CJM e a
CPL, cujas composições e competências serão fixadas em regulamentos, aprovados
por Portarias do Comandante-Geral.
$ 2° As Comissões de caráter temporário têm objetivos e fins específicos previstos em
lei, decreto e regulamentos ou serão criadas a critério do Comandante-Geral.
Seção VIII
Da Procuradoria Jurídica
Art. 26. A Procuradoria Jurídica é o órgão que presta assessoramento jurídico-
administrativo direto ao Comandante-Geral, tendo a seguinte composição:
I- Gabinete do Procurador Jurídico;
377
II – Seção de Estudos e Pareceres;
III – Seção de Projetos Normativos;
IV – Seção de Apolo Administrativo.
§ 1° Compete à Procuradoria Jurídica:
I - O estudo das questões jurídicas afetas à Corporação;
II - acompanhar, em juízo ou fora dele, por determinação do Comandante-Geral, os
procedimentos do interesse da Polícia Militar;
III - o exame da legalidade dos atos e normas que forem submetidos à apreciação;
IV – demais atribuições que venham a ser previstas em regulamentos.
§ 2° O cargo de Procurador Jurídico da Polícia Militar, símbolo CAD-2, previsto na
estrutura organizacional da Administração Direta do Poder Executivo, será exercido por
Advogado do quadro de servidores civis do Estado, nomeado por Ato do Governador do
Estado, mediante proposta do Comandante-Geral.
Seção IX
Das Assessorias
Art. 27. As Assessorias constituídas eventualmente para determinados estudos que
escapam às atribuições normais específicas dos órgãos de direção estratégica e
setorial, destinadas a dar flexibilidade à estrutura de Comando da Corporação, serão
integradas por servidores do Estado, postos à disposição da Corporação, por ato do
Governador do Estado ou do Secretário de Estado da Administração.
Capítulo V
Dos Órgãos de Direção Setorial
Art. 28. Os órgãos de direção setorial compreendem:
I- Diretorias;
II – Centro de Educação.
Seção I
Das Diretorias
Art. 29. As Diretorias estruturadas sob forma de sistema destinam-se às atividades de
administração financeira, gestão de pessoas, logística, saúde e assistência social.
Parágrafo único: A Corporação terá as seguintes Diretorias:
I– de Finanças – DF;
II – de Gestão de Pessoas - DGP;
III – de Apoio Logístico – DAL;
IV – de Saúde e Assistência Social – DSAS.
378
Art. 30. A Diretoria de Finanças é o órgão que tem como finalidade a administração
financeira, contábil, orçamentária e de auditagem, bem como coordenar, supervisionar,
auxiliar e controlar as atividades financeiras dos órgãos da Corporação.
Parágrafo único: A Diretoria de Finanças é constituída de:
I- Diretor;
II – Vice-Diretor;
III – Divisões:
a) de Administração Financeira - DF/1;
b) de Contabilidade - DF/2;
c) de Auditoria e Controle Interno- DF/3;
d) de Implantação - DF/4;
f) de Orçamento -DF/5;
g) de Apoio Administrativo - DF/6.
Art. 31. A Diretoria de Gestão de Pessoas é o órgão que tem como finalidade o
planejamento, execução, controle e fiscalização das atividades relacionadas com o
pessoal, legislação e assistência religiosa.
Parágrafo único. A Diretoria de Gestão de Pessoas é constituída de:
I- Gabinete do Diretor;
II – Gabinete do Vice-Diretor;
III – Núcleo de Recrutamento e Seleção - NRS;
IV – Capelania;
V – Divisões:
a) de Inativos e Civis - DGP/1;
b) de Identificação, Cadastro e Monitoramento - DGP/2;
c) de Análise e Legislação - DGP/3;
d) de Aplicação e Movimentação - DGP/4
e) de Justiça e Disciplina - DGP/5;
f) de Apoio Administrativo - DGP/6.
Art. 32. A Diretoria de Apoio Logístico é o órgão de direção setorial do Sistema Logístico,
incumbindo-se do planejamento, coordenação, fiscalização e controle das atividades de
suprimento e manutenção da logística e do patrimônio da Corporação.
Parágrafo Único: A Diretoria de Apoio Logístico é constituída de:
I- Gabinete do Diretor;
II – Gabinete do Vice-Diretor;
379
III – Centro de Suprimento Logístico – CSL;
IV – Divisões:
a) de Engenharia e Construção - DAL/1
b) de Motomecanização - DAL/2;
c) de Patrimônio - DAL/3;
d) de Compras e Registros - DAL/4;
e) de Cadastramento de Armas dos policiais militares - DAL/5;
f) de Apoio Administrativo - DAL/6.
Art. 33. A Diretoria de Saúde e Assistência Social é o órgão que tem como finalidade
planejar, coordenar, fiscalizar, controlar e executar todas as atividades de saúde,
assistência social e veterinária, além do trato das questões referentes ao estado
sanitário do pessoal da Corporação e seus dependentes, devidamente articulada com
os Núcleos Setoriais de Saúde.
Parágrafo Único: Assistência Social é constituída de:
I- Gabinete do Diretor;
II – Gabinete do Vice-Diretor;
III – Junta Médica Especial – JME;
IV – Divisões:
a) Médica - DSAS/1;
b) Veterinária - DSAS/2;
c) Odontológica - DSAS/3;
d) Farmacêutica - DSAS/4;
e) Enfermagem - DSAS/5;
f) Nutrição - DSAS/6;
g) de Apoio Administrativo - DSAS/7.
V – Unidades Executivas:
a) Hospital da Polícia Militar General Edson Ramalho - HPM;
b) Policlínica - POLI;
c) Centro de Assistência Social – CASO;
d) Centro de Assistência Psicológica – CAPS.
Seção VIII
Do Centro de Educação
Art. 34. O Centro de Educação, instituição que compreende o ensino em todos os níveis
previstos na legislação federal e estadual, é o órgão que tem como finalidade a gestão
380
da política educacional da Corporação por meio do planejamento, supervisão,
coordenação, fiscalização, controle e execução das atividades de ensino, treinamento
e pesquisa, relacionadas com a qualificação profissional de servidores militares ou civis
de outros entes públicos ou privados, observadas as modalidades presencial, semi-
presencial ou à distância.
§ 1° O Centro de Educação é constituído de:
I- Gabinete do Diretor;
II – Gabinete do Vice-Diretor;
III – Conselho Educacional;
IV – Conselho de Conduta Escolar e Ética;
V - Coordenadoria de Ensino, Treinamento e Pesquisa – CETP, compreendendo:
a) Divisão de Ensino Superior – DESU;
b) Divisão de Formação Técnica de Nível Médio - DIFO;
c) Divisão de Educação Básica – DIEB;
d) Divisão de Tecnologias Educacionais - DITE.
VI - Coordenadoria de Educação Física e Desportos – COEF, compreendendo:
a) Divisão de Educação Física - DEF;
b) Divisão de Avaliação e Pesquisa – DAP;
c) Divisão de Desportos - DID;
VII – Núcleo Setorial de Saúde - NSS;
VIII – Órgãos Executivos do Ensino:
a) Centro de Pós-Graduação e Pesquisa - CEPE;
b) Academia de Polícia Militar do Cabo Branco - APMCB;
c) Centro de Formação e Aperfeiçoamento de Praças - CFAP;
d) Colégios da Polícia Militar - CPM (unidades de João Pessoa, Campina Grande, Patos,
Guarabira e Cajazeiras);
e) Núcleo de Programas de Extensão e Treinamento - NUPEX;
f) Núcleo de Estudos de Trânsito - NET;
g) Núcleos de Formação Aprimoramento e Profissional – NUFAP.
IX - Seções de:
a) Gestão de Pessoas – P/1;
b) Inteligência – P/2;
c) Planejamento e Operações – P/3;
d) Administração – P/4
381
e) Comunicação Social - P/5.
X- Setores de:
a) Motomecanização;
b) Comunicações;
c) Tecnologia da Informação;
d) Armamento e Munições;
e) Tesouraria;
f) Aprovisionamento;
g) Almoxarifado;
h) Corregedoria Setorial;
i) Ouvidoria Setorial;
j) Companhia de Comando e Serviços;
k) Música.
$ 2° O Conselho Educacional poderá instituir Departamentos, em áreas específicas de
conhecimentos, para atender às pesquisas educacionais, face às novas competências
exigidas pelas mutações sociais.
§ 3° O ensino tecnológico poderá ser desenvolvido em qualquer dos níveis de ensino
previstos na Legislação Federal.
Capítulo IV
Dos Órgãos de Execução
Art. 35. Os órgãos de execução da Polícia Militar constituem as Organizações Policiais
Militares que executam a atividade fim da Corporação, com atribuição de realizar os
seguintes tipos policiamento ou missões policiais militares:
I- policiamento ostensivo geral em seus processos a pé, montado, motorizado, aéreo,
em embarcação e em bicicleta, nas zonas urbanas e rurais;
II – policiamento de guarda, que tem a seu cargo a segurança externa dos
estabelecimentos prisionais, das sedes dos poderes estaduais e, em particular, de
estabelecimentos públicos;
III – policiamento de trânsito urbano e/ ou rodoviário;
IV – policiamento ambienta,
V policiamentos especiais de choque e/ou operações táticas;
VI – policiamento suplementado pelo uso de cães;
VII – policiamento velado.
Parágrafo único: Com o desenvolvimento do Estado e consequente aumento das
necessidades de segurança, poderão ser implementados outros tipos, processos ou
modalidades de policiamento.
382
Seção I
Das Unidades Operacionais
Art. 36. São Unidades Operacionais – UOp:
I- 1° Batalhão de Polícia Militar, com sede em João Pessoa;
II - 2° Batalhão de Polícia Militar, com sede em Campina Grande,
III 3° Batalhão de Polícia Militar, com sede em Patos;
IV- 4° Batalhão de Polícia Militar, com sede em Guarabira;
V – 5° Batalhão de Polícia Militar, com sede em João Pessoa;
VI – 6° Batalhão de Polícia Militar, com sede em Cajazeiras;
VII – 7° Batalhão de Polícia Militar, com sede em Santa Rita;
VIII – 8° Batalhão de Polícia Militar, com sede em Itabaiana;
IX - 9° Batalhão de Polícia Militar, com sede em Picuí;
X - 10° Batalhão de Polícia Militar, com sede em Campina Grande;
XI – 11° Batalhão de Polícia Militar, com sede em Monteiro;
XII – 12° Batalhão de Polícia Militar, com sede em Catolé do Rocha;
XIII – 13° Batalhão de Polícia Militar, com sede em Itaporanga;
XIV – 14° Batalhão de Polícia Militar, com sede em Sousa;
XV – Batalhão de Polícia Ambiental – BPAmb, com sede em João Pessoa;
XVI – Batalhão de Operações Especiais - BOPE, com sede em João Pessoa;
XVII - Batalhão de Polícia de Trânsito Urbano e Rodoviário - BPTran, com sede em João
Pessoa;
XVIII – Regimento de Polícia Montada - RPMont, com sede em João Pessoa;
XIX - Comando do Operações A6reas – COA, com sede em João Pessoa.
Art. 37. São Sub-Unidades Operacionais - SubUOp:
I- Companhia de Polícia Militar - Cia PM;
II – Companhia de Polícia de Guarda - CPGD;
III – Companhia de Polícia Rodoviária - CPRV;
IV - Companhia de Polícia Tática e Motorizada CPTMtz;
V- Companhia de Polícia de Trânsito - CPTran;
VI – Companhia de Polícia de Choque - CPChoq;
VII – Companhia de Polícia Rural - CPR;
VIII – Companhia de Polícia Ambiental – CPAmb;
IX - Companhia de Polícia de Apoio ao Turista · CPAT
383
X- Esquadrão de Polícia Montada – EPMont.
Art. 38. Denominam-se Pelotões Operacionais - PelOps:
I- Pelotão de Polícia Militar - Pel PM;
II – Pelotão de Polícia de Guarda - PPGD;
III – Pelotão de Polícia Rodoviária - PPRV;
IV Pelotão de Polícia Tática e Motorizada - PPTMTZ;
V – Pelotão de Polícia de Trânsito - PPTran;
VI – Pelotão de Polícia de Choque - PPChoq;
VII – Pelotão de Polícia Rural - PPR;
VIII – Pelotão de Polícia de Apoio ao Turista - PAT;
IX – Pelotão de Polícia Ambiental – PPAmb;
X- Pelotão de Polícia Montada – PPMont.
Art. 39. As Áreas de Responsabilidade Territorial dos Batalhões de Polícia Militar ou
congêneres e as subáreas das Subunidades dos Batalhões de Polícia Militar ou
congêneres serão estabelecidas por Ato do Comandante-Geral, mediante estudos do
Estado- Maior Estratégico e dos Comandos Regionais.
Art. 40. As Unidades Operacionais de Polícia Militar, com efetivos previstos em Quadros
de Organização - QO atuarão de acordo com as necessidades de suas áreas de
responsabilidade e missões, sendo constituídas de:
I- Gabinete do Comandante;
II – Gabinete do Subcomandante;
III – Gabinete do Ajudante secretário;
IV – Seções de:
a) Gestão de Pessoas - P/1;
b) Inteligência – P/2;
c) Planejamento e operações – P/3;
d) Administração – P/4;
e) Comunicação Social – P/5.
V – Setores de:
a) Motomecanização;
b) Comunicações;
c) Educação Física e Desportos;
d) Tecnologia da Informação;
e) Armamento e Munições;
384
f) Núcleo Setorial de Saúde - NSS;
g) Tesouraria;
h) Aprovisionamento;
i) Almoxarifado;
j) Corregedoria Setorial;
k) Ouvidoria Setorial;
m) Coordenação do Policiamento;
n) Música.
VI – Companhias PM;
VII – Pelotões PM e de Comando e Serviços;
VIII – Grupo PM - GPM.
Art. 41. As Subunidades Operacionais de Polícia Militar, com efetivos previstos em
Quadros de Organização - QO atuarão de acordo com as necessidades de suas
subáreas de responsabilidade e missões, sendo constituídas de:
I- Gabinete do Comandante;
II – Gabinete do Subcomandante;
III – Seção de Gestão de Pessoas e Operações;
IV – Tesoureiro e Aprovisionador;
V - Setores de:
a) Armamento e Munição;
b) Coordenação do Policiamento.
VI – Pelotões PM – Pel PM;
VII – Grupo PM - GPM.
Art. 42. Cada Grupo PM é responsável pela manutenção da ordem pública nos
Municípios e Distritos do interior, denominado de destacamento, com efetivo variável de
acordo com o seu subsetor de responsabilidade e missões.
Art. 43. O Batalhão de Operações Especiais BOPE, com atuação em todo o Estado e
subordinação direta ao Comandante-Geral, realizará as missões especiais do Comando
Geral, e terá a mesma estrutura orgânica de um Batalhão de Polícia Militar, acrescido
de suas Subunidades Especiais.
Art. 44. O Comando de Operações Aéreas - COA, com atuação em todo o Estado e
subordinação direta ao Comandante- Geral, é responsável pelo comando,
planejamento, coordenação, operacionalização, fiscalização, treinamento, segurança,
manutenção e controle das atividades aéreas, além de apoio às atividades de defesa
civil, tendo a seguinte estrutura:
I– Gabinete do Comandante;
385
II – Gabinete do Subcomandante;
III – Seções de:
a) Gestão Administrativa – SGA;
b) Segurança de Vôo - SSV;
c) Operações de Vôo – SOV;
d) Instrução e Treinamento - SIT;
e) Suprimentos e Manutenção – SSM;
f) Apoio Administrativo – SAA.
Art. 45. O Regimento de Polícia Montada – RPMont e os Batalhões de Polícia de
Trânsito Urbano e Rodoviário – BPTran e de Polícia Ambiental – BPAmb, com atuação
em todo o Estado, subordinam- se aos Comandos Regionais, realizando as missões
especiais e tendo a mesma estrutura orgânica de um Batalhão de Polícia Militar,
acrescidos de suas Subunidades Especiais.
CAPÍTULO V
Dos Órgãos Vinculados
Art. 46. Órgãos Vinculados são entes públicos que possuam, em suas estruturas
orgânicas, a previsão legal de emprego de policiais militares, observados os limites
quantitativos e a respectiva competência.
§ 1° São Órgãos Vinculados:
I - Secretaria de Estado da Segurança e da Defesa Social;
II Secretaria de Estado da Cidadania e da Administração Penitenciária;
III - Casa Militar do Governador, vinculada à Secretaria de Estado do Governo;
IV – Tribunal de Justiça;
V – Assembleia Legislativa;
VI – Procuradoria Geral de Justiça;
VII – Tribunal de Contas do Estado;
VIII – Justiça Militar Estadual;
IX – Secretaria Nacional de Segurança Pública;
X- Prefeitura Municipal de João Pessoa.
§ 2° Os policiais militares empregados nos órgãos vinculados ficarão adidos e
devidamente controlados pela Diretoria de Gestão de Pessoas.
TÍTULO III
Do Pessoal e Efetivo
Art. 47. O pessoal da Polícia Militar será composto por policiais militares e servidores
civis.
386
CAPÍTULO I
Dos Policiais Militares
Art. 48. Os policiais militares encontrar-se-ão em uma das seguintes situações:
I- na ativa;
II - na inatividade, compreendendo os policiais militares:
a) da reserva remunerada;
b) reformados.
§ 1° Os Quadros de Oficiais são:
I - Quadros de Oficiais Combatentes QOC, constituído de oficiais possuidores do Curso
de Formação de Oficiais PM ou equivalente;
II – Quadro de Oficiais de Saúde – QOS, constituído médicos, farmacêuticos,
fisioterapeutas, nutricionistas e outras especialidades; de oficiais odontólogos,
veterinários,
III – Quadro de Oficiais Músicos – QOM, constituído por pessoal oriundo das graduações
de Subtenente ou 1º Sargento, possuidores do Curso de Habilitação de Oficiais - CHO
ou equivalente, na respectiva especialidade, destinado ao exercício das funções de
regente ou maestro de banda de música;
IV – Quadro de Oficiais de Administração – QOA, constituído por pessoal oriundo das
graduações de Subtenente ou 1° Sargento, possuidores do Curso de Habilitação de
Oficiais – CHO ou equivalente, destinado ao exercício de funções administrativas na
Corporação.
§ 2° As Qualificações de Praças são:
I - Qualificação de Praças Combatentes constituído por praças com o Curso de
Formação de Combatentes; Qualificação de Praças Músicos – QPC,
II - QPM, composto por praças com o Curso de Formação de Especialização em Música;
III – Qualificação de Praças para o apoio à Saúde QPS, compostos por praças auxiliares
de saúde.
Art. 49. As Praças Especiais são:
I- Aspirante-a-Oficial PM;
II – Cadete PM.
CAPÍTULO II
Dos Servidores Civis
Art. 50. Os servidores civis da Polícia Militar serão profissionais de nível superior ou
técnico nas áreas de educação, psicologia, administração, ciências jurídicas,
contabilidade, engenharia civil, tecnologia da informação, espiritualidade,
fonoaudiologia, biblioteconomia, sociologia, assistência social, comunicação social,
estatística e outras determinadas pela dinâmica social, os quais constituirão o Corpo de
Servidores Civis da Polícia Militar – CSCPM, em caráter permanente ou temporário,
conforme Anexo II.
387
Parágrafo único: Os servidores civis da Polícia Militar serão disciplinados pelo Regime
Jurídico dos Servidores Públicos Civis do Estado da Paraíba, com remuneração prevista
em lei, e seu ingresso processar-se-á através de concurso público, mediante proposta
do Comandante-Geral ao Chefe do Poder Executivo.
CAPÍTULO III
Do Efetivo da Polícia Militar
Art. 51. O efetivo da Polícia Militar da Paraíba será de 17.933 (dezessete mil novecentos
e trinta e três) militares estaduais, sendo 1.362 (um mil e trezentos e sessenta e dois)
oficiais e (dezesseis mil quinhentos e setenta e uma) praças e 54 (cinquenta e quatro)
servidores civis, conforme o Anexo II.
TÍTULO IV
Das Disposições Finais
Art. 52. Os órgãos da Corporação poderão, excepcionalmente e por necessidade do
serviço, ser comandados, dirigidos ou chefiados por oficiais ou praças de grau
hierárquico imediatamente inferior ou superior ao previsto nesta Lei Complementar.
Parágrafo único: Quando efetivada a situação em que o titular da função possua grau
hierárquico inferior ao previsto no Quadro de Organização, fará jus à remuneração
imediatamente superior.
Art. 53. A estrutura organizacional e funcionamento da Polícia Militar, prevista nesta Lei
Complementar, será efetivada progressivamente, por meio de atos do Poder Executivo,
até dezembro de 2010.
Art. 54. As missões, detalhamento, as responsabilidades, as áreas e as competências
dos órgãos de direção estratégica, setorial, e de execução, bem como as atribuições
dos comandantes, diretores e chefes serão estabelecidas em regulamento, a ser editado
em 180 (cento e oitenta) dias, a contar da data de publicação desta Lei.
Art. 55. Os recursos necessários à execução da presente Lei Complementar correrão à
conta do Tesouro Estadual, consignados no orçamento do Estado, ficando o Poder
Executivo autorizado a proceder ao escalonamento na liberação dos recursos
pertinentes, à medida que os órgãos forem ativados, e as vagas previstas forem
devidamente preenchidas.
Art. 56. Aos membros das Comissões de Promoção de Oficiais e de Praças, da Junta
Médica Especial e dos Conselhos de Justiça Militar Estadual, devido por
comparecimento a reuniões ou audiências, previamente convocadas por autoridade
competente, na retribuição de até 08 (oito) reuniões ou audiências mensais, fica
concedido "jeton" nas seguintes condições:
I - Para presidente, de R$ 120,00 (cento e vinte reais), por reunião;
II – Para membros, de R$ 80,00 (oitenta reais), por reunião ou audiência.
Art. 57. Os incisos I, IV e V do Artigo 90 e os Artigos 105 e 110 da Lei n° 3.909, de 14
de julho de 1977, passam a ter a seguinte redação:
"Art. 90. ..................................................................
I- atingir as seguintes idades limites:
388
a) Para os oficiais
1. Coronel: 60 anos;
2. Tenente-Coronel e Major: 58 anos;
3. Capitão, 1°e 2° Tenentes: 56 anos;
b) Para praças:
1. Subtenente: 60 anos;
2. 1° e 2° Sargentos: 58 anos;
3. 3° Sargento, Cabo e Soldado: 56 anos.
II. .........................................................................
III. ........................................................................
IV - ser diplomado em cargo eletivo, na forma da alínea "b", parágrafo único, do Artigo
51, percebendo a remuneração a que fizer jus, em função do seu tempo de serviço;
V- quando, na condição de suplente de cargo eletivo, vir assumir o mandato,
percebendo a remuneração a que fizer jus, em função do seu tempo de serviço.
Art. 105. O oficial da ativa empossado em cargo público permanente, estranho à sua
carreira, inclusive na função de Magistério, será imediatamente, por meio de demissão
"ex-officio", transferido para a reserva, onde ingressará com o posto que possuía na
ativa, não podendo acumular quaisquer proventos de inatividade com a remuneração
do cargo público permanente.
Art. 110. O Aspirante-a-Oficial PM e as demais praças empossadas em cargo público
permanente estranho à sua carreira, inclusive na função de magistério, serão
imediatamente licenciados "ex-officio", sem remuneração, e terão sua situação militar
definida pela Lei do Serviço Militar."
Art. 58. Os incisos II, III e VII do Artigo 12 da Lei n° 4.025, de 30 de novembro de 1978,
passam a ter a seguinte redação:
"Art. 12. ...................................................................
I. ...............................................................................
II – Possuir escolaridade, no mínimo, correspondente ao Ensino Médio;
III - ter, no máximo, 48 anos de idade, no ato da matrícula;
VII Classificado no comportamento "EXCEPCIONAL" e não possuir punição por prática
de transgressão que afete o sentimento do dever, a honra pessoal, o pundonor policial-
militar ou o decoro da classe, não canceladas pelo entendimento estabelecido no Art.
64 do Decreto n° 8.962, de 11 de março de 1981;
Art. 59. Esta Lei Complementar entra em vigor na data de sua publicação.
Art. 60. Revogam-se as disposições em contrário.
ANEXO I
389
Cargos integrantes da estrutura organizacional da Polícia
Militar do Estado da Paraíba
390
Comandante do CEPE CSP-1 1
Subcomandante do CEPE CSP-2 1
Comandante da APMCB CSP-1 1
Subcomandante da CSP-2 1
APMCB
Comandante do CFAP CSP-1 1
Subcomandante do CFAP CSP-2 1
Diretores dos Colégios CDE-1 5
Militares
Vice-Diretores dos CVE-1 5
Colégios
Comandante do NUPEX CSP-1 1
Subcomandante do CSP-2 1
NUPEX
Comandante do NET CSP-2 1
Subcomandante do NET CSP-3 1
Regente Geral das Bandas CSP-2 1
Regente de Banda CSP-3 5
Regente Adjunto de Banda CSP-4 5
Chefe de Seção do Centro CSE-4 5
de Educação
Chefe de Setor do Centro CSE-4 10
de Educação
Chefe do NSS CSS-5 19
Comandante de Unidade CSP-1 18
Operacional
Subcomandante de CSP-2 18
Unidade Operacional
Ajudante-Secretário de CSE-4 18
Unidade Operacional
Chefe de Seção de CSE-4 90
Unidade Operacional
Chefe de Setores CSE-4 216
Comandante de CSP-2 14
Companhia Isolada
Subcomandante de CSP-3 14
Companhia Isolada
Comandante de CSP-3 33
Companhia
Subcomandante de CSP-4 33
Companhia
Chefe de Seções de CSE-4 180
Companhia
Sargenteante da FGT-1 47
Companhia
Comandante de Pelotão CSP-5 180
Destacamento FGT-1 120
Comandante de guarnição FGT-3 800
motorizada
Patrulheiro de guarnição FGT-4 800
motorizada
Motorista Operacional FGT-4 800
Comandante do COA CSP-2 1
Subcomandante do COA CSP-3 1
Chefe de Divisão do COA CSP-4 6
ANEXO II
391
Quadro do Efetivo da Polícia Militar do Estado da Paraíba
I- Efetivo de policiais militares
a) Efetivo de Oficiais:
QUADRO
Grau Hierárquico QOC QOS QOA QOM TOTAL
CORONEL 14 3 17
TENENTE- 39 9 48
CORONEL
MAJOR 77 20 97
CAPITÃO 187 41 30 2 260
10 TENENTE 223 53 67 7 350
20 TENENTE 425 71 86 10 592
TOTAL 965 197 183 19 1.364
b) Efetivo de Praças:
QUALIFICAÇÃO
ESPECIALIZAÇÃO QUANTIDADE
PSICÓLOGO 10
ASSISTENTE SOCIAL 5
ADVOGADO 4
COMUNICÓLOGO 2
CONTADOR 3
PEDAGOGO 5
PROGRAMADOR 4
ESTATÍSTICO 4
ADMINISTRADOR 3
TERAPEUTA OCUPACIONAL 2
ENGENHEIRO CIVIL 2
ARQUITETO 1
RELIOSOS 6
OUTROS 10
TOTAL 60
392
Crimes militares em tempo de paz
I - os crimes de que trata este Código, quando definidos de modo diverso na lei
penal comum, ou nela não previstos, qualquer que seja o agente, salvo disposição
especial;
III - os crimes praticados por militar da reserva, ou reformado, ou por civil, contra
as instituições militares, considerando-se como tais não só os compreendidos no inciso
I, como os do inciso II, nos seguintes casos:
d) ainda que fora do lugar sujeito à administração militar, contra militar em função
de natureza militar, ou no desempenho de serviço de vigilância, garantia e preservação
da ordem pública, administrativa ou judiciária, quando legalmente requisitado para
aquele fim, ou em obediência a determinação legal superior.
393
§ 1o Os crimes de que trata este artigo, quando dolosos contra a vida e cometidos
por militares contra civil, serão da competência do Tribunal do Júri.
§ 2o Os crimes de que trata este artigo, quando dolosos contra a vida e cometidos
por militares das Forças Armadas contra civil, serão da competência da Justiça Militar
da União, se praticados no contexto:
CAPÍTULO III
MILITAR DE SERVIÇO
Formas qualificadas
394
Pena - reclusão, de doze a trinta anos.
Abandono de posto
Art. 195. Abandonar, sem ordem superior, o posto ou lugar de serviço que lhe
tenha sido designado, ou o serviço que lhe cumpria, antes de terminá-lo:
Embriaguez em serviço
Dormir em serviço
Art. 203. Dormir o militar, quando em serviço, como oficial de quarto ou de ronda,
ou em situação equivalente, ou, não sendo oficial, em serviço de sentinela, vigia, plantão
às máquinas, ao leme, de ronda ou em qualquer serviço de natureza semelhante:
395
§ 5º Compete aos juízes de direito do juízo militar processar e julgar, singularmente,
os crimes militares cometidos contra civis e as ações judiciais contra atos disciplinares
militares, cabendo ao Conselho de Justiça, sob a presidência de juiz de direito,
processar e julgar os demais crimes militares.
TÍTULO IV
DA JUSTIÇA MILITAR
CAPÍTULO I
DA COMPOSIÇÃO E COMPETÊNCIA
Seção I
Da Composição
Art. 187. A Justiça Militar estadual, com sede na Capital e jurisdição em todo o
Estado é composta:
CAPÍTULO III
DA EXECUÇÃO DA PENA
Art. 198. O regime carcerário aplicável ao condenado pelo juiz de direito titular de
Vara Militar é o seguinte:
I - No caso de pena privativa da liberdade por até dois anos, o regime será
regulamentado nas decisões que proferirem o juiz monocrático e os conselhos da
Justiça Militar, sendo o condenado recolhido à prisão militar;
396
NOÇÕES DE
SOCIOLOGIA
397
MOVIMENTOS POPULARES URBANOS
398
Uma escavação das lutas populares urbanas revela que os movimentos sociais
continuam a dar uma contribuição substancial para uma democratização
profunda da política brasileira. As organizações de moradores, de fato formam a
base do projeto de democracia popular do Brasil ao facilitar estrutural e
cognitivamente um grau de participação popular.
399
INTRODUÇÃO
A falta de moradia é uma das manifestações da questão social, que segundo
Raichelis (2006, p.17), a expressão das “desigualdades sociais produzidas e
reproduzidas na dinâmica contraditória das relações sociais” na sociedade
capitalista.
As condições de habitação da população “são um dos aspectos que perpassam as
várias dimensões das desigualdades sociais na América Latina”, onde “as
condições de moradia da população brasileira e latino-americana são marcadas por
alto grau de desigualdade e exclusão”. Apesar de a moradia ser considerada um
direito social no Brasil a partir da Constituição Federal de 1988, ela continua a ser
negada a toda população, pois como destaca Koga (2009), as famílias mais pobres
residem em domicílios precários, vivendo em áreas e em condições de
vulnerabilidade social.
Em decorrência dessa situação a população resiste se organiza e se mobiliza em
busca pelo direito à moradia segura e digna, na qual as mulheres tem feito parte
dos movimentos sociais de moradia.
400
transportes, pois a precariedade habitacional abrange contingentes ainda maiores
da população.
Além disso, Maricato (2003) aponta que para maioria da população a urbanização
é feita de forma ilegal e sem financiamento público, por isso surgem barracos,
construções em morros com risco de desmoronamento, em lugares de reserva
ambiental e em terras invadidas.
Essa situação levou as pessoas a lutar pelo direito à moradia, através da
mobilização popular, onde a sociedade civil se organizou e foi para as ruas lutar
pelos seus direitos, surgindo assim os movimentos sociais que foram responsáveis
por grandes mudanças de direitos conquistados na vida dos brasileiros, não só
movimentos pela habitação, mas também vários outros movimentos sociais.
De acordo com Gohn (2013 p.141), os movimentos sociais são vistos como “ações
sociais coletivas de caráter sociopolítico e cultural”, são comportamentos
conflituosos gerados no seio da ordem, realizam diagnósticos da realidade social,
transformam pessoas simples em atores da sociedade civil, onde muitos entram
para a história através de sua participação nos movimentos sociais.
Ainda, segundo Gohn (2013), só é possível a participação cidadã nos movimentos
sociais se a sociedade civil estiver organizada, articulada e tendo os mesmos
ideais. No Brasil e na América Latina os movimentos sociais populares se
propagaram bastante nos anos de 1970 e 1980, por causa da oposição ao então
regime militar, especialmente pelos movimentos cristãos de base, inspirados pela
Teologia da Libertação.
Assim, a Confederação Nacional das Associações de Moradores - CONAM foi
fundada no dia 17 de janeiro de 1982, tendo como seu papel organizar as
federações estaduais, uniões municipais e associações comunitárias, entidades de
bairro e similares, para defender a universalização da qualidade de vida, com
especial atenção às questões do direito a cidades, incluindo além da luta pela
moradia digna, saúde, transporte, educação, meio ambiente, trabalho, igualdade
de gênero e raça, assim como a democratização em todos os níveis.
Já em 1987, foi instituído o Fórum Nacional de Reforma Urbana - FNRU que atua
para modificar o processo de segregação social e espacial existente nas cidades
brasileiras, a fim de que se tornem mais justas, inclusivas e democráticas, através
da articulação nacional que reúne movimentos populares, sociais, ONGs,
associações de classe e instituições de pesquisa.
Em 1989 a União Nacional por Moradia Popular - UNMP, por sua vez, vem com
objetivo de articular e mobilizar os movimentos de moradia, lutar pelo direito à
moradia, por reforma urbana e autogestão e assim resgatar a esperança do povo
rumo a uma sociedade sem exclusão social; atuando favelas e cortiços, articulando
a questão do sem-teto, mutirões ocupações e loteamentos. Esses movimentos
contribuíram depois para a criação da Constituição Federal de 1988, principalmente
na inserção dos direitos sociais, que foram inscritos em leis na novaConstituição
brasileira de 1988.
Em 1990, Gohn (2011), relata que ocorreu o surgimento de novas formas de
401
organização popular, mais institucionalizadas como os Fóruns Nacionais de Luta
pela Moradia, pela Reforma Urbana, o Fórum Nacional de Participação Popular etc.
Os encontros destes fóruns tinham abrangência nacional e eram com objetivos
estratégicos gerando diagnósticos dos problemas sociais, impulsionando assim
algumas políticas sociais, como por exemplo, Renda Mínima e a Bolsa Escola.
A criação de uma Central dos Movimentos Populares foi outro fato marcante nos
anos 1990, pois formou vários movimentos populares em nível nacional, tal como
a luta pela moradia, também buscou uma articulação e criou colaborações entre
diferentes tipos de movimentos sociais, populares e não populares.
Neste cenário surge também o Movimento dos Trabalhadores Sem- Teto - MTST,
que é um movimento de trabalhadores urbanos a partir do local em que vivem, por
isso é um movimento territorial, tem como seu maior objetivo a luta contra o capital
e o Estado que representa os interesses capitalistas; o MTST luta por moradia, é
um movimento de sem teto. O direito à moradia digna é uma bandeira central do
movimento.
A partir dos anos “2000, a moradia passou a integrar a concepção de direito social
pela emenda constitucional nº26/2000 que altera o artigo 6º da ConstituiçãoFederal
que se refere aos direitos sociais” (Oliveira e Cassab, 2010, p 80).
Em 2004, os movimentos oficializam a articulação e organizam o primeiro encontro
da Frente de Luta por Moradia – FML em Ribeiro Pires – SP e esta Frente articulou
novos processos de ocupação, defendendo pontos básicos para a consolidação
dos objetivos dos trabalhadores sem-teto de baixa renda: Plano integrado de
✓ 1- Desenvolvimento social e programas complementares,
✓ 2- Participação popular
✓ 3- Instrumentos de política de desenvolvimento urbano.
.
Em decorrência desses movimentos sociais de moradia e contando com a
participação dos diversos segmentos sociais envolvidos com a questão
habitacional, foi lançado em 2004 uma nova Política Nacional de Habitação (PNH),
responsável pela criação e organização do PlanHab- Plano Nacional de Habitação,
que “apresenta e convida a sociedade brasileira a debater suas principais
propostas e metas de forma a agregar esforços, balizando as ações do governo
federal.
.
Segundo o Ministério das Cidades - Secretaria Nacional de Habitação, o PlanHab
402
Em 2008, segundo Leher e al. (2010), entidades como a União Nacional por
Moradia Popular (UNMP), a Confederação Nacional das Associações de
Moradores (CONAM), a Central de Movimentos Populares (CMP), o Movimento
Nacional de Luta pela Moradia (MNLM), se reuniram junto ao Fórum Nacional de
Reforma Urbana (FNRU) e protagonizaram uma Jornada de Luta pela Reforma
Urbana e pelo Direito a Cidade.
Em 2009 o Plano Nacional de Habitação (PlanHab)11, que se propõe “a mostrar
que é possível transformar as condições de moradia deste país, com a participação
ativa dos setores públicos estaduais e municipais, do setor privado e dos agentes
e movimentos sociais”. Nesse período também foi criado o Sistema Nacional de
habitação de Interesse Social (SNHIS), nascido de um projeto de lei de iniciativa
popular, promovido pelo movimento de moradia e da secretaria da habitação.
Todavia, como aponta Santos (2013, p. 2), “[o] direito à moradia passou de direito
de todos para apenas direito dos mais favorecidos. E quando fornecido à minoria,
não abrange o perfeito desenvolvimento da dignidade da pessoa humana”. Assim
sendo, não ter uma moradia segura e salubre corrobora com a situação de
vulnerabilidade social da população, na qual as famílias estão sujeitas a qualquer
tipo de situação, isto é, falta de saneamento e transporte, acesso precário aos
serviços e até mesmo preconceito pelo local de moradia.
403
Os movimentos sociais são ações coletivas mantidas por grupos
organizados da sociedade que visam lutar por alguma causa social. Em geral, o
grito levantado pelos movimentos sociais representa a voz de pessoas excluídas
do processo democrático, que buscam ocupar os espaços de direito na sociedade.
Os movimentos sociais são de extrema importância para a formação de
uma sociedade democrática ao tentarem possibilitar a inserção de cada vez mais
pessoas na sociedade de direitos. Os primeiros movimentos sociais visavam
resolver os problemas de classes sociais e políticos, como a ampliação do direito
ao voto. Hoje, os movimentos sociais baseiam-se, em grande parte, nas pautas
identitárias que representam categorias como gênero, raça e orientação sexual.
CARACTERÍSTICAS DOS MOVIMENTOS SOCIAIS
Ao pensar-se nos movimentos sociais à luz de pensadores da filosofia e da
sociologia, é impossível apontar um consenso. O cientista político italiano
Gianfranco Pasquino aponta a impossibilidade de estabelecer-se uma linha
conciliatória entre os que tratam dos movimentos sociais, tendo-se em vista um
horizonte de pensadores clássicos.
Nesse sentido e como exemplos, os sociólogos Marx, Weber e Durkheim
veem nos movimentos sociais a sustentação de uma revolução, a
institucionalização de um novo poder burocrático e até a maior coesão social,
respectivamente.
MOVIMENTOS SOCIAIS E EDUCAÇÃO
É importante registrar que os movimentos pela educação têm caráter
histórico, são processuais e ocorrem, portanto, dentro e fora de escolas e em outros
espaços institucionais. As questões centrais no estudo da relação dos movimentos
sociais com a educação são as da: participação, cidadania e o sentido político da
educação. As lutas pela educação envolvem a luta por direitos e são parte da
construção da cidadania. Movimentos sociais pela educação abrangem questões
tanto de conteúdo escolar quanto de gênero, etnia, nacionalidade, religiões,
portadores de necessidades especiais, meio ambiente, qualidade de vida, paz,
direitos humanos, direitos culturais etc. Esses movimentos são fontes e agências
de produção de saberes.
Podemos equacionar as seguintes fontes de demandas no campo da
educação: no setor da educação formal-escolar, e a educação não-formal,
desenvolvida em práticas do cotidiano, fruto de aprendizagem advinda da
experiência ou de ações mais estruturadas, com alguma intencionalidade,
404
objetivando a formação das pessoas em determinado campo de habilidade, fora
das grades curriculares, certificadoras de graus e níveis de ensino.
Historicamente, as lutas pela educação formal/escolar nem sempre tem
tido grande visibilidade. Ocorrem no seio dos profissionais da própria educação,
usualmente via associações de classe e sindicatos, na forma clássica-greves,
manifestações com carros de som, extensas pautas e jornadas de negociações. As
lutas pelo acesso à educação do ensino infantil (antigas creches) ao ensino superior
têm ocupada grande parte das agendas. Neste novo século, um dado novo entrou
em pauta. Novas formas de manifestação, especialmente de jovens, advindas da
sociedade civil não organizada nos moldes clássicos, demandando educação, não
apenas o acesso ou “Mais Educação”, mas demandando educaçãocom qualidade,
para além dos discursos e retóricas dos planos e promessas dos políticos e
dirigentes.
A relação movimento social e educação ocorre de várias formas- a partir
das ações práticas de movimentos e grupos sociais em contato com instituições
educacionais, no próprio movimento social, dado caráter educativo de suas ações
na sociedade, e no interior dos movimentos, pelas aprendizagens adquiridas pelos
participantes e pelos projetos socioeducativos formulados e desenvolvidos pelos
próprios movimentos, a exemplo do MST (Movimento dos Trabalhadores Sem
Terra).
1 -O MOVIMENTO DOS ESTUDANTES-ME
O movimento dos Estudantes- ME, especialmente os do ensino médio e
universitário, merece um destaque maior porque ele sempre esteve presente em
momentos cruciais da história política do país. Das ações dos estudantes de Direito
na fase do Brasil Império, passando pelas lutas estudantis dos anos 60, pelas
Diretas Já de 1984, pelos Caras Pintada de 1992, até a UNE atual, e as novas
formas de ação, com ocupações em órgãos administrativos da universidade, ou as
ocupações de escolas por estudantes do ensino médio, os estudantes são atores
políticos relevantes no Brasil.
Se retomarmos os anos de 1960 do século passado, observa-se que após
1964 as mobilizações de estudantes, como outros movimentos e organizações da
sociedade brasileira, sofreram um refluxo. Mas em 1966 o ME se recompôs, até
chegar ao apogeu em 1968- criando um imaginário de luta dos estudantes que
associou-se à luta contra a ditadura, às lutas contra o status quo, no rastro de Maio
de 68 na França, Alemanha, Checoslováquia, Estados Unidos, México, Argentina
etc.
2- OUTROS MOVIMENTOS E CAMPANHAS PELA EDUCAÇÃO
405
e demais profissionais da educação, ou por articulações amplas, como a luta pela
educação no período da Constituição levadas a efeito pelo Fórum Nacional de Luta
pela Escola Pública, protagonizada basicamente por atores das camadas médias.
Os militantes da luta pela educação continuaram muito atuantes nos anos
90 - até a promulgação da nova Lei de Diretrizes e Bases -LDB, em 1996; mas as
reformas neoliberais realizadas nas escolas públicas de ensino fundamental e
médio alteraram de tal forma o cotidiano das escolas que deu as bases para outras
mobilizações pela educação.
✓ Falta de vagas, filas para matrículas, resultados de exames nacionais,
progressões contínuas (passagem de ano sem exames), deslocamento de alunos
de uma mesma família para diferentes escolas, atrasos nos repasses de verbas
para merendas escolares, denúncias de fraudes no uso dos novos fundos de apoio
à educação, entre outras, foram pautas da agenda do movimento popular na área
da educação.
✓ Registre -se ainda os altos índices de evasão escolar. Registre-se
ainda que, a crise econômica e o desemprego levaram centenas de famílias das
camadas médias a procura de vagas nas escolas públicas.
✓ Além de aumentar a demanda, essas famílias estavam acostumadas
a acompanhar o cotidiano das escolas, levando essas práticas para as escolas
públicas, antes bastante fechadas à participação comunitária.
Com isso, as escolas passaram a desempenhar o papel de centros comunitários
pois a falta de verbas, e a busca de solução para novos problemas como a
segurança, a violência entre os jovens e o universo das drogas, levou-as a busca
de parceiros no bairro ou na região, com outros organismos e associações
organizadas.
O MOVIMENTO PELAS CRECHES ( educação infantil), importante nos
anos de 1970, especialmente em São Paulo e em Belo Horizonte, se
institucionalizou bastante nos anos 80. Neste novo milênio o movimento foi recriado
em várias cidades, como em São Paulo, devido à falta de vagas como "Movimento
dos Sem Creche". Isto se explica também porque o acesso à educação infantil do
0-6 anos não foi universalizado na Constituição de 1988, ao contrário do ensino
fundamental. Pesquisas sobre movimentos sociais e lutas por creches foram
realizadas especialmente na década de 1980, durante o processo de
redemocratização do Brasil ( ver GOHN, 1985) mas poucos abordaram esses
movimentos a partir da década de 1990 até o presente.
Outro movimento importante que é o MOVIMENTO DA INFÂNCIA, ele
abrange crianças e adolescentes que vivem em situação de exclusão, usualmente
nas ruas. Inúmeros projetos sociais têm sido desenvolvidos com estas crianças e
adolescentes. Este movimento conta com o apoio de pastorais da Igreja Católica e
o apoio de inúmeros voluntários.
A Educação de Jovens e Adultos - EJA , tem no passado dos movimentos
de Educação Popular criados a partir dos anos 60, sua matriz fundadora, configura-
se na atualidade como um movimento social e tem inúmeros programas. O EJA
406
organiza-se por turmas e possui grande demanda pois é ofertado à noite. No
passado a educação de jovens e adultos focalizava bastante o processo de
alfabetização, e a educação popular também era utilizada como terminologia para
indicar processos de alfabetização em espaços alternativos, com métodos
alternativos ou a pedagogia freiriana, voltada para a educação. Na atualidade, os
processos de certificação curriculares podem e devem ser diferenciados dos
processos de aprendizagem de conteúdos necessários para o dia-a-dia, no eixo da
educação não-formal. O MOVA- Movimento de Alfabetização de Jovens e Adultos
é uma das ações do EJA, que não se limita a categoria dos jovens.
Algumas ações ou movimentos na área da educação foram criados nos
últimos anos do século XX, a exemplo da Campanha Nacional de Direitos da
Educação, mas a maioria foi criada nos primeiros anos do novo século, muitos
deles já no padrão organizativo predominante neste novo século que é o de se
organizar segundo um foco. Assim, negros, índios e outros excluídos articularam o
movimento ao redor da questão das cotas nas universidades levando a criação de
programas como o PROUNI; ou em movimentos específicos de mulheres negras
como o Fala Preta, movimento por escolas dos Quilombolas, movimento por
universidades para negros como a universidade da Cidadania Zumbi dos Palmares,
criada em 2001 em São Paulo.
Segundo alguns analistas, o multiculturalismo que está por detrás destas
políticas, na Europa está tendo um resultado muito contraditório. De um lado,
afirmou a cultura de minorias, deu dignidade às diferenças. De outro, o
multiculturalismo não levou à integração e sim à segregação. O objetivo inicial, de
promover a tolerância, levou ao seu contrário a intolerância e hostilidade dos grupos
que se agregaram identitariamente. Resta avaliar os resultados destas políticas no
Brasil, aplicadas sem nenhuma mediação em relação às diferenças históricas do
processo brasileiro de construção de sua nação.
O “Compromisso Todos pela Educação” é um outro exemplo dos novos
movimentos sociais na área da educação neste milênio. Ele é uma coalização de
pessoas do mundo empresarial e/ou das elites empresariais tais como G. Gerdau,
J. Roberto Marinho, ou executivos de grandes bancos e personalidades do Terceiro
Setor com destacada atuação no campo da educação como Viviane Senna, Milu
Vilela, Ana Dinis, Norberto Pascoal etc. além do Instituto Ethos, o GIFE, apoio da
Unesco. A proposta é no sentido de fazer da Educação uma ferramenta básica para
o próprio desenvolvimento do país, pressionando o governo para que ela se torne
a principal política pública. A proposta é focalizar a rede pública da escola básica.
Quando o Compromisso foi lançado, cinco metas básicas foram propostas para
serem atingidas, até 2022.
Movimentos sociais já existentes no século XX também se reorganizaram,
a exemplo Campanha Nacional de Direitos da Educação-CNDE, que teve sua
origem em de 1999, no contexto preparatório da Cúpula Mundial de Educação no
Senegal /2000). Na ocasião, um grupo de organizações da sociedade civil brasileira
lançou a Campanha, com a meta de contribuir para a efetivação dos
407
"direitos educacionais garantidos na Constituição, por meio de ampla mobilização
social, de forma a que todos tenham acesso a uma escola pública de qualidade.
3- A PRESENÇA DAS LUTAS PELA EDUCAÇÃO NAS
MANIFESTAÇÕES DE JUNHO DE 2013.
Dentre outros movimentos sociais protagonizados por estudantes, fora das
escolas, destaca-se o MPL- Movimento Passe Livre O MPL foi criado oficialmente
em 2005 em Porto Alegre, mas desde 2003 esteve presente em manifestações
importantes de estudantes em Florianópolis, Salvador etc. Em 2007 ganharam
notoriedade na mídia na questão das tarifas de ônibus (muitos atos se realizavam
dentro próprio veículo-pulavam a catraca). O bilhete único existente em várias
cidades brasileiras foi uma conquista que deve ser atribuída à luta do MPL. É bom
recordar também que a luta pelos transportes públicos também é histórica.
Para não irmos tão longe relembro apenas a luta por transporte (ônibus) ao
final dos anos de 1970, em movimentos sociais populares em bairros da periferia
apoiados pelas CEBS Comunidades Eclesiais de Base. A mobilidade urbana é uma
questão central para o cidadão, para o exercício da cidadania e une todas as
camadas sociais, que sofrem o pesadelo dos deslocamentos diários no trânsito, de
ônibus, carro ou metrô lotado. A insuficiência dos meios de locomoção e a lentidão
das ações governamentais (nunca há verbas, obras quando aprovadas são
adiadas continuamente) é uma das responsáveis pelo ‘desencanto’ com a política
e com os políticos.
Portanto, na realidade, a relação movimento social e educação existe nas
ações práticas de movimentos, organizações e grupos sociais.
408
LEGISLAÇÃO
EXTRAVAGANTE
pág. 1
409
Lei 13.869/2019 – Lei de Abuso de Autoridade
Aspectos Iniciais
- Para que os agentes públicos não se aproveitem dos seus cargos, funções ou até mesmo mandatos eletivos
para constranger ilegalmente os cidadãos, por motivos pessoais, torpe, egoísta e etc, com o objetivo de lesar
a terceiros ou, ainda, para benefício próprio ou de outrem.
- É sujeito ativo do crime de abuso de autoridade qualquer agente público, servidor ou não, da administração
direta, indireta ou fundacional de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos
Municípios e de Território, compreendendo, mas não se limitando a:
Reputa-se agente público, para os efeitos desta Lei, todo aquele que exerce, ainda que transitoriamente ou sem
remuneração, por eleição, nomeação, designação, contratação ou qualquer outra forma de investidura ou vínculo,
mandato, cargo, emprego ou função em órgão ou entidade abrangidos pelo caput deste artigo.
ALTERAÇÕES IMPORTANTES:
2) Prisão temporária
• O mandado de prisão deverá ter o tempo de duração da prisão temporária, assim como o dia queo
preso será solto.
• Após tendo ocorrido o tempo contido no mandado de prisão, a autoridade responsável pela custódia
deverá, independentemente de nova ordem da autoridade judicial, pôr imediatamente o preso em
liberdade, salvo se já tiver sido comunicada da prorrogação da prisão temporária ou da decretação da
prisão preventiva.
pág. 2
410
2) Interceptação das comunicações telefônicas:
Parágrafo único. Incorre na mesma pena a autoridade judicial que determina a execução de
conduta prevista no caput deste artigo com objetivo não autorizado em lei.
Art. 227- A Os efeitos da condenação prevista no inciso I do caput do art. 92 do Decreto-Lei nº 2.848,
de 7 de dezembro de 1940 (Código Penal), para os crimes previstos nesta Lei, praticados por servidores
Parágrafo único. A perda do cargo, do mandato ou da função, nesse caso, independerá da pena aplicada
na reincidência.
QUESTÕES
1) De acordo com a lei de abuso de autoridade é considerado sujeito ativo do crime de abuso de
autoridade qualquer agente público, devendo ser servidor público, da administração direta, indireta ou
fundacional de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos Municípios e de
Território.
2) Para que os agentes públicos não se aproveitem dos seus cargos, funções ou até mesmo mandatos
eletivos para constranger ilegalmente os cidadãos, por motivos pessoais por exemplo, visando benefício
próprio ou de outrem foi feito a criminalização do abuso de autoridade.
GABARITO:
1) E
2) C
pág. 1
411
Lei 13.869/2019 – Lei de Abuso de Autoridade
Da ação penal
Será admitida ação privada se a ação penal pública não for intentada no prazo legal, cabendo ao Ministério
Público aditar a queixa, repudiá-la e oferecer denúncia substitutiva, intervir em todos os termos do processo,
fornece elementos de prova, interpor recurso e, a todo tempo, no caso de negligência do querelante,
retomar a ação como parte principal.
- A ação privada subsidiária será exercida no prazo de 6 (seis) meses, contado da data em que se
esgotar o prazo para oferecimento da denúncia.
• As penas restritivas de direitos substitutivas das privativas de liberdade previstas nesta Lei são:
- Suspensão do exercício do cargo, da função ou do mandato, pelo prazo de 1 (um) a 6 (seis) meses, com
a perda dos vencimentos e das vantagens;
→ Parágrafo único. As penas restritivas de direitos podem ser aplicadas autônoma ou cumulativamente.
pág. 2
412
• Constranger o preso ou o detento, mediante violência, grave ameaça ou redução de sua capacidade
de resistência, a:
Pena - detenção, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa, sem prejuízo da pena cominada à violência.
• Constranger a depor, sob ameaça de prisão, pessoa que, em razão de função, ministério, ofício ou
profissão, deva guardar segredo ou resguardar sigilo:
Questões
1) De acordo com a lei 13.869/2019 os crimes previstos nela são de ação penal pública
condicionada.
GABARITO:
1) E
2) E
pág. 1
413
Análise geral para Concursos da Lei 8072, de 1990:
Em 1977, entrou em vigor a Lei nº 6.416, modificando a Parte Geral do Código Penal, principalmente no Título
das Penas.
Ocorre que esta não conseguiu acompanhar a realidade social que existia no Brasil.
A criminalidade vinha num intenso crescimento, onde se aproveitava de uma justiça morosa e de uma lei
liberal.
Desta forma, o Governo Federal viu-se na obrigação de realizar outra reforma, em 1984, cuja finalidade era
criar uma legislação mais repressiva e eficiente. Daí surgiu a famosa Lei dos Crimes Hediondos.
Saliente-se que a Constituição Federal, em seu artigo 5º, XLIII, estabeleceu que os crimes definidos como
hediondos seriam:
➔ Insuscetíveis de fiança, graça ou anistia. Com essa medida, a Carta Magna visou punir os agentes de
crimes considerados mais repugnantes com maior severidade.
A Lei n° 8.072, de 25 de julho de 1990, em seu parágrafo 1º, classificava como hediondos os seguintes crimes:
"latrocínio (art. 157, parágrafo 3º, in fine),
• extorsão qualificada pela morte (art. 158, parágrafo 2º),
• extorsão mediante seqüestro e na forma qualificada (art. 159, caput e parágrafos 1º, 2º e 3°),
• estupro (art. 213, caput, e sua combinação com o art. 223, caput e parágrafo único),
• atentado violento ao pudor (art. 214 e sua combinação com o art. 223, caput e parágrafo único),
• epidemia com resultado morte (art. 267, parágrafo 1º), envenenamento de água potável ou de subs-
tância alimentícia ou medicinal,
• qualificado pela morte (art. 270, combinado com o art. 285), todos do Código Penal, e de genocídio
(arts. 1º, 2º e 3º da Lei n° 2.889, de 01-10-56),
• tentados ou consumados".
Perceba que o homicídio havia sido deixado de lado, fora da competência dessa Lei, fato este que indignava
as pessoas.
Houve então uma longa pressão da mídia e da sociedade, que se comoveu com um caso em especial, o
assassinato da atriz Daniela Perez, por ter sido praticado com requintes de crueldade, levou o legislador a
incluir tal delito – homicídio qualificado (art. 121, parágrafo 2º, inc. I a VII do CP) e o homicídio simples
praticado em atividade típica de grupo de extermínio (art. 121, caput) – no rol dos hediondos.
Assim sendo, em 1994, a Lei dos Crimes Hediondos ganhou nova redação com a promulgação da Lei n°
8.930/94.
Essa nova redação da Lei dos Crimes Hediondos não se limitou a inserir o crime de homicídio no texto anterior,
mas também exclui a conduta do envenenamento de água potável ou de substância alimentícia ou medicinal,
qualificada pelo resultado morte do rol dos crimes hediondos.
pág. 2
414
Em 1998, a Lei n° 9.677/98 incluiu na classificação dos delitos considerados hediondos a vulgarmente chamada
"falsificação de remédios". Por se tratar de uma conduta culposa, muitos juristas vêm criticando essa inclusa
na lista dos Crimes Hediondos.
As infrações apenadas com detenção são reservadas para os delitos mais leves. O caráter hediondo atribuído
a tal conduta é um contraditório ao objetivo da Lei nº 8.072/90, que rotula como hediondo os crimes mais
graves e repugnantes, visando uma punição mais severa aos crimes de maior crueldade.
Em 2009, a Lei nº 12.015/09 modificou a Lei de crimes hediondos (inciso V e VI do artigo 1º), como conse-
quência da alteração de alguns crimes no Código Penal. Tais alterações se referem ao estupro, modificando a
indicação do artigo 213, agora com os §§ 1º e 2º, que foram acrescentados pela referida Lei ao Código Penal,
no lugar do antigo parágrafo único. Isso se deve a nova tipificação do crime de estupro, evitando-se, assim,
incongruências. Acrescentou ainda o crime de estupro de vulnerável, inciso VI, indicando o artigo correspon-
dente no Código Penal.
Por fim, a Lei nº 13.497/2017 incluiu o crime de posse ou porte ilegal de arma de fogo de uso restrito àquele
rol.
DEFINIÇÃO
O Brasil adota o Sistema Legal para definição da hediondez, de modo que cabe ao legislador, no plano abstrato,
selecionar previamente os tipos penais que serão considerados hediondos, quando vierem a ser praticados: O
juiz não tem liberdade alguma para definir a hediondez na apreciação do caso concreto.
A Doutrina (Alberto Toron), por sua vez, sugere que seja inserido na Lei nº 8.072/90 um dispositivo legal que
permita ao juiz afastar a hediondez da infração penal no caso concreto. É a chamada Cláusula Salvatória-.
RESTRIÇÕES CONSTITUCIONAIS
Nos termos do art. 2º, incisos I e II, da Lei 8.072/90, os crimes hediondos, a prática da tortura, o tráfico ilícito
de entorpecentes e drogas afins e o terrorismo são insuscetíveis de anistia, graça, indulto e fiança.
Note-se que o texto constitucional - art. 5º, XLIII não prevê expressamente a restrição ao indulto. Diante
disso, o Plenário do Supremo Tribunal Federal, no julgamento do Habeas Corpus nº 81.810/SP, estabeleceu
que a proibição do indulto aos condenados por crimes hediondos é plenamente constitucional, pois decorre
diretamente da norma constitucional, e está contida no termo "graça", que foi empregado pelo legislador
constituinte em seu sentido amplo.
a) ANISTIA: Perdão decorrente do Poder Legislativo por meio de Lei Federal em relação a um determinado
pág. 1
415
fato;
b) GRAÇA: Perdão concedido pelo Presidente da República através de decreto para indivíduo específico;
c) INDULTO: Perdão concedido pelo Presidente da República através de decreto para uma coletividade.
d) FIANÇA: A CF/88 veda a fiança como condição para a concessão da liberdade provisória aos acusados da
prática de crime hediondo ou equiparado, de forma que é possível a obtenção da liberdade provisória, desde
que fixada outra medida cautelar diversa da prisão que não seja a fiança
Para efeito de hediondez, o art.1º, caput, equipara as formas consumada e tentada, que conservam a quali-
dade da hediondez, independentemente de a conduta ter se consumado ou não.
Art. 1º São considerados hediondos os seguintes crimes, todos tipificados no Decreto-Lei no 2.848, de 7 de
dezembro de 1940 - Código Penal, consumados ou tentados:
I - homicídio (art. 121), quando praticado em atividade típica de grupo de extermínio, ainda que cometido por
um só agente, e homicídio qualificado (art. 121, § 2º, incisos I, II, III, IV, V, VI, VII e VIII); (Redação dada
pela Lei nº 13.964, de 2019)
O crime homicídio doloso simples - art. 121, caput, CP, quando praticado em atividade típica de grupo de
extermínio, ou homicídio condicionado, como é chamado pela doutrina, é hediondo ainda que cometido por
um só agente. O homicídio qualificado, por sua vez, será hediondo independentemente da qualificadora.
Em razão da ausência de previsão legal, não são considerados hediondos o homicídio simples, que não come-
tido em atividade típica de grupo de extermínio e o homicídio privilegiado - art. 121, caput, e § 1º, código
penal.
I- A lesão corporal dolosa de natureza gravíssima (art. 129, § 2o) e lesão corporal seguida de morte (art. 129,
§ 3o), quando praticadas contra autoridade ou agente descrito nos arts. 142 e 144 da Constituição Federal,
integrantes do sistema prisional e da Força Nacional de Segurança Pública, no exercício da função ou em
decorrência dela, ou contra seu cônjuge, companheiro ou parente consanguíneo até terceiro grau, em razão
dessa condição; (Incluído pela Lei nº 13.142, de 2015)
a) circunstanciado pela restrição de liberdade da vítima (art. 157, § 2º, inciso V); (Incluído pela Lei nº
13.964, de 2019)
b) circunstanciado pelo emprego de arma de fogo (art. 157, § 2º-A, inciso I) ou pelo emprego de arma de
fogo de uso proibido ou restrito (art. 157, § 2º-B); (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
pág. 3
416
c) qualificado pelo resultado lesão corporal grave ou morte (art. 157, § 3º); (Incluído pela Lei nº 13.964,
de 2019)
III - extorsão qualificada pela morte (art. 158, § 2o); (Inciso incluído pela Lei nº 8.930, de 1994)
III - extorsão qualificada pela restrição da liberdade da vítima, ocorrência de lesão corporal ou morte (art.
158, § 3º); (Redação dada pela Lei nº 13.964, de 2019)
IV - extorsão mediante seqüestro e na forma qualificada (art. 159, caput, e §§ lo, 2o e 3o); (Inciso
incluído pela Lei nº 8.930, de 1994)
V - estupro (art. 213 e sua combinação com o art. 223, caput e parágrafo único); (Inciso incluído pela
Lei nº 8.930, de 1994)
V - estupro (art. 213, caput e §§ 1o e 2o); (Redação dada pela Lei nº 12.015, de 2009)
VI - atentado violento ao pudor (art. 214 e sua combinação com o art. 223, caput e parágrafo único); (Inciso
incluído pela Lei nº 8.930, de 1994)
VI - estupro de vulnerável (art. 217-A, caput e §§ 1o, 2o, 3o e 4o); (Redação dada pela Lei nº
12.015, de 2009)
VII - epidemia com resultado morte (art. 267, § 1o). (Inciso incluído pela Lei nº 8.930, de 1994)
VII-B - falsificação, corrupção, adulteração ou alteração de produto destinado a fins terapêuticos ou medicinais
(art. 273, caput e § 1o, § 1o-A e § 1o-B, com a redação dada pela Lei no 9.677, de 2 de julho de 1998). (Inciso
incluído pela Lei nº 9.695, de 1998)
IX - furto qualificado pelo emprego de explosivo ou de artefato análogo que cause perigo comum (art. 155, §
4º-A). (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
Parágrafo único. Considera-se também hediondo o crime de genocídio previsto nos arts. 1o, 2o e 3o da Lei no
2.889, de 1o de outubro de 1956, tentado ou consumado. (Parágrafo incluído pela Lei nº 8.930,
de 1994)
Parágrafo único. Consideram-se também hediondos o crime de genocídio previsto nos arts. 1o, 2o e 3o da Lei
no 2.889, de 1o de outubro de 1956, e o de posse ou porte ilegal de arma de fogo de uso restrito, previsto no
art. 16 da Lei no 10.826, de 22 de dezembro de 2003, todos tentados ou consumados. (Redação
dada pela Lei nº 13.497, de 2017)
Parágrafo único. Consideram-se também hediondos, tentados ou consumados: (Redação dada pela Lei nº
13.964, de 2019)
I - o crime de genocídio, previsto nos arts. 1º, 2º e 3º da Lei nº 2.889, de 1º de outubro de 1956; (Incluídopela
Lei nº 13.964, de 2019)
pág. 4
417
II - o crime de posse ou porte ilegal de arma de fogo de uso proibido, previsto no art. 16 da Lei nº 10.826, de
22 de dezembro de 2003; (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
III - o crime de comércio ilegal de armas de fogo, previsto no art. 17 da Lei nº 10.826, de 22 de dezembro de
2003; (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
IV - o crime de tráfico internacional de arma de fogo, acessório ou munição, previsto no art. 18 da Lei nº
10.826, de 22 de dezembro de 2003; (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
V - o crime de organização criminosa, quando direcionado à prática de crime hediondo ou equiparado. (In-
cluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
A lei nº 13.964/19 (Anticrime) desmembrou o art. 16, caput, da lei nº 10.826/03 (Estatuto do Desarmamento),
e manteve a mesma pena anteriormente prevista, qual seja: reclusão de 03 a 06 anos, e multa, quando se
tratar de posse ou porte de arma de fogo de USO RESTRITO, munição ou acessório (fuzil, metralhadora, etc),
e criou, no § 2º, do art. 16, da referida lei de armas uma QUALIFICADORA, a qual prevê a pena de reclusão
de 04 a 12 anos, quando as condutas descritas no caput e no § 1º envolverem arma de fogo de USO PROIBIDO.
Ocorre que o art. 2º, inciso III, alínas "a" e "b" do Decreto nº 9.847, de 25 de junho de 2019, estabalece que:
a) as armas de fogo classificadas de uso proibido em acordos e tratados internacionais dos quais a República
Federativa do Brasil seja signatária; ou
Conclui-se, portanto, a que a Lei Anticrime declarou a hediondez APENAS para as armas de fogo de USO
PROIBIDO - art. 16, § 2º, da Lei nº 10.826/03 (Estatuto do Desarmamento).
Em outras palavras, ao desmembrar o dispositivo legal acima mencionado, fazendo distinção entre USO RES-
TRITO e USO PROIBIDO, a posse ou o porte ilegal de arma de fogo de USO RESTRITO DEIXOU DE SER
HEDIONDO POR FALTA DE REFERÊNCIA LEGAL.
Vale consignar que este também é o entendimento adotado pelo Ministério Público do Estado de São Paulo
em seus enunciados internos.
Trata-se, portanto, neste aspecto de novatio legis in mellius, uma vez que a Lei Anticrime foi benéfica nesse
sentido.
Registre-se que no final do ano de 2017 a posse ou porte de arma de fogo, munição ou acessório de uso
pág. 5
418
restrito havia sido inserida no rol de crimes hediondos, sendo que, posteriormente, a Lei Anticrime veio a fazer
referência tão somente à arma de fogo de USO PROIBIDO.
Em razão disso, podem ser cogitadas duas posições a respeito da hediondez prevista no art. 1º, parágrafo
único, II, da Lei, 8.072/90:
1º Posição - RESTRITIVA: Como o inciso II, do parágrafo único da Lei de Crimes Hediondos nº 8.072/90 faz
referência apenas às armas de fogo de USO PROIBIDO - art. 16, § 2º, lei 10.826/03 - Estatuto do Deserma-
mento, a posse ou o porte ilegal de armas de fogo de USO RESTRITO - art. 16, caput, do mesmo diploma
legal TERIA DEIXADO DE SER CRIME HEDIONDO, de modo que, neste ponto, a Lei Anticrime teria sido bené-
fica, portanto, retroativa.
2º Posição - AMPLIATIVA: Ao se referir GENERICAMENTE ao art. 16 da Lei de Armas, a Lei dos Crimes Hedi-
ondos estaria abrangendo todas as figuras típicas do referido dispositivo legal, de modo que a posse ou o
porte ilegal de arma de fogo de fogo de uso restrito e proibido continuariam sendo consideradas hediondas.
CONCLUSÃO
Como o Brasil adota o SISTEMA LEGAL para definição de crime hediondo, e a Lei Anticrime nº 13.964/19, que
entrou em vigor em 25 de janeiro de 2020, equivocadamente, não fez referência à posse ou ao porte ilegal de
arma de fogo de USO RESTRITO, mas tão somente à posse ou porte ilegal de USO PROIBIDO, a princípio,
tem-se que tais condutas deixaram de ter natureza hedionda, até que sobrevenham decisões dos Tribunais
Superiores em sentido contrário.
Art. 2º Os crimes hediondos, a prática da tortura, o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins e o terrorismo
são insuscetíveis de: (Vide Súmula Vinculante)
§ 1º A pena por crime previsto neste artigo será cumprida integralmente em regime fechado.
§ 1o A pena por crime previsto neste artigo será cumprida inicialmente em regime fechado. (Redação
dada pela Lei nº 11.464, de 2007)
§ 2º Em caso de sentença condenatória, o juiz decidirá fundamentadamente se o réu poderá apelar em liber-
dade.
§ 2o A progressão de regime, no caso dos condenados aos crimes previstos neste artigo, dar-se-á após o
cumprimento de 2/5 (dois quintos) da pena, se o apenado for primário, e de 3/5 (três quintos), se reincidente.
(Redação dada pela Lei nº 11.464, de 2007)
pág. 6
419
§ 2º A progressão de regime, no caso dos condenados pelos crimes previstos neste artigo, dar-se-á após o
cumprimento de 2/5 (dois quintos) da pena, se o apenado for primário, e de 3/5 (três quintos), se reincidente,
observado o disposto nos §§ 3º e 4º do art. 112 da Lei nº 7.210, de 11 de julho de 1984 (Lei de Execução
Penal). (Redação dada pela Lei nº 13.769, de 2018) (Revogado pela Lei nº 13.964, de 2019)
§ 3º A prisão temporária, sobre a qual dispõe a Lei nº 7.960, de 21 de dezembro de 1989, nos crimes previstos
neste artigo, terá o prazo de trinta dias, prorrogável por igual período em caso de extrema e comprovada
necessidade.
§ 4o A prisão temporária, sobre a qual dispõe a Lei no 7.960, de 21 de dezembro de 1989, nos crimes previstos
neste artigo, terá o prazo de 30 (trinta) dias, prorrogável por igual período em caso de extrema e comprovada
necessidade. (Incluído pela Lei nº 11.464, de 2007)
Art. 3º A União manterá estabelecimentos penais, de segurança máxima, destinados ao cumprimento de penas
impostas a condenados de alta periculosidade, cuja permanência em presídios estaduais ponha em risco a
ordem ou incolumidade pública.
Art. 4º (Vetado).
Exercícios:
1) A lei dos crimes hediondos nº 8.072/90 possui seu fundamento constitucional no art. 5º, inciso XLIII,
CF/88, o qual estabelece que:
"a lei considerará crimes inafiançáveis e insuscetíveis de graça ou anistia a prática da tortura , o tráfico ilícito
de entorpecentes e drogas afins, o terrorismo e os definidos como crimes hediondos, por eles respondendo os
mandantes, os executores e os que, podendo evitá-los, se omitirem"
4) Lei Anticrime declarou a hediondez para todos os crimes de armas de fogo de USO PROIBIDO, PERMITIDO,
dentre outras figuras típicas.
5) Mesmo que no final do ano de 2017 a posse ou porte de arma de fogo, munição ou acessório de uso restrito
tenha sido inserida no rol de crimes hediondos, a Lei Anticrime veio a fazer referência tão somente à arma de
fogo de USO PROIBIDO, com natureza de hediondez.
GABARITO:
1-C
2-C
pág. 7
420
3-E
4-E
5-C
pág. 8
421
Lei nº 9.455/1997 Definição dos Crimes de Tortura
Tortura – Crime
Art. 1º, I, “b” – Constitui crime de tortura constranger alguém com
emprego de violência ou grave ameaça, causando-lhe sofrimento
físico ou me para provocar ação ou omissão de natureza criminosa.
1
422
discriminação racial ou religiosa, não abarcando a hipótese de
discriminação por opção sexual, social, política ou outa qualquer.
A prática de racismo abrange a discriminação contra judeus.
O STF, em 2003, entendeu que a prática de racismo abrange a
discriminação contra judeus, portanto é crime imprescritível e
inafiançável. (Habeas Corpus 82424; julgado em 17 de setembro
de 2003). Transcrevemos parte do HC. Vejamos:
O julgamento do pedido de Habeas Corpus (HC 82424) de
Sigfried Ellwanger, iniciado em dezembro do ano passado, levou
nove meses para ser concluído. O pedido, no entanto, foi negado
em junho, quando a maioria dos ministros entendeu que a
prática de racismo abrange a discriminação contra os
judeus. (grifo nosso)
Tortura-Castigo (Art. 1°, II)
Art. 1°, II – submeter alguém, sob sua guarda, poder ou autoridade,
com emprego de violência ou grave ameaça, a intenso sofrimento
físico ou mental, como forma de aplicar castigo pessoal ou medida
de caráter preventivo.
Classificação do Crime
2
423
Tortura-Castigo Art. 1°, II
Art. 1°, II – submeter alguém, sob sua guarda, poder ou autoridade,
com emprego de violência ou grave ameaça, a intenso sofrimento
físico ou mental, como forma de aplicar castigo pessoal ou medida
de caráter preventivo.
Classificação do Crime
Tortura-Castigo e Maus-Tratos
A diferença da tortura para o crime de maus-tratos (Art. 136 do
CP) está exatamente na intensidade do sofrimento da vítima.
3
424
III. Enquanto na hipótese de maus-tratos, a finalidade da conduta
é a repreensão de uma indisciplina, na tortura, o propósito é
causar o padecimento da vítima.
IV. Para a configuração da segunda figura do crime de tortura é
indispensável a prova cabal da intenção deliberada de causar o
sofrimento físico ou moral, desvinculada do objetivo de educação.
V. Evidenciado ter o Tribunal a quo desclassificado a conduta de
tortura para a de maus-tratos por entender pela inexistência
provas capazes a conduzir a certeza do propósito de causar
sofrimento físico ou moral à vítima, inviável a desconstituição da
decisão pela via do recurso especial. (REsp 610.395/SC, Rel.
Min. Gilson Dipp, Quinta Turma, julgado em 25.05.2004, DJ
02.08.2004 p. 544).
4
425
CÓDIGO PENAL de 1940
Art. 38 – O preso conserva todos os direitos não atingidos pela
perda da liberdade, impondo-se a todas as autoridades o respeito à
sua integridade física e moral. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de
11.7.1984)
LEI DE EXECUÇÃO PENAL – LEI 7.210/84
Art. 1º – A execução penal tem por objetivo efetivar as disposições
de sentença ou decisão criminal e proporcionar condições para a
harmônica integração social do condenado e do internado.
Art. 3º Ao condenado e ao internado serão assegurados todos os
direitos não atingidos pela sentença ou pela lei.
Art. 40 – Impõe-se a todas as autoridades o respeito à integridade
física e moral dos condenados e dos presos provisórios.
Lei 4.898/65 –
Art. 4º Constitui também abuso de autoridade:
b) submeter pessoa sob sua guarda ou custódia a vexame ou a
constrangimento não autorizado em lei.
Tortura-Omissiva – Tortura Anômala – Tortura Imprópria –
Tortura Atípica. Art. 1°, § 2º
5
426
➢ SUJEITO ATIVO – É crime próprio ou especial. Crime praticado
por funcionário público, especialmente aquele que tem o dever jurídico
de evitar ou apurar o crime de tortura.
➢ CONSUMAÇÃO – O delito se consuma com a mera omissão. Isto
é, consuma-se com a inércia dolosa na apuração da tortura, não se
exigindo qualquer resultado naturalístico.
➢ CRIME FORMAL – Não se exige qualquer resultado naturalístico
para sua consumação, uma vez que se consuma com a mera omissão.
➢ ELEMENTO SUBJETIVO – Dolo, sem finalidade específica.
➢ OMISSÃO CULPOSA – Como não existe participação culposa em
crime doloso, caso o omitente tenha agido culposamente, o fato será
atípico.
➢ PREVARICAÇÃO x TORTURA-OMISSIVA – A principal diferença
entre os dispositivos reside no fato de que a Prevaricação (Art. 319,
CP) tem com fim a satisfação de interesse ou sentimento pessoal. No
delito de tortura, não há essa finalidade específica.
Prevaricação
Art. 319 – Retardar ou deixar de praticar, indevidamente, ato de
ofício, ou praticá-lo contra disposição expressa de lei, para
satisfazer interesse ou sentimento pessoal.
➢ PRINCÍPIO DO NO BIS IN IDEM – Consiste na repetição (bis) de
uma sanção sobre mesmo fato (in idem). Para evitar o bis in idem, não
se aplica a causa de aumento de pena do Art. 1°, § 4º, I desta lei.
➢ NÃO EQUIPARAÇÃO A HEDIONDO – Por força constitucional
(como já vimos acima) e conforme previsão expressa na Lei 8.072/90
(LCH), o delito de tortura é equiparado a hediondo. No entanto, essa
modalidade não é equiparada a hediondo.
Tortura Qualificada
6
427
De acordo com a segunda parte do dispositivo legal, qualifica a
tortura se resultar em morte.
Temos, portanto, um crime preterdoloso. Aqui, inicialmente, o
sujeito ativo quer apenas torturar, no entanto, por culpa na conduta
consequente, ele acaba matando a vítima. Dessa forma, temos a
tortura dolosa + morte culposa.
Gabarito
01 - E
7
428
Lei nº 9.455/1997 (Definição dos Crimes
de Tortura)
Constituição Federal
429
executores e os que, podendo evitá-los, se omitirem.
(grifo nosso)
430
CRIME IMPRESCRITÍVEL ESTATUTO DE ROMA DO
TRIBUNAL PENAL INTERNACIONAL: O Artigo 7 prevê os
crimes contra a humanidade, dentre eles o crime de
tortura.
Crimes contra a Humanidade
PRESCRITÍVEL
431
Generalidades Aplicadas ao Art. 1°, Inciso I,
“A”, “B” e “C”
Art. 1º Constitui crime de tortura:
I – constranger alguém com emprego de violência ou
grave ameaça, causando-lhe sofrimento físico ou
mental:
a) com o fim de obter informação, declaração ou
confissão da vítima ou de terceira pessoa;
b) para provocar ação ou omissão de natureza
criminosa;
c) em razão de discriminação racial ou religiosa.
432
ELEMENTO SUBJETIVO – dolo; não admite a
modalidade culposa.
433
SOFRIMENTO FÍSICO E MENTAL
SIMULTANEAMENTE.
EXERCÍCIO
Gabarito
01 - C
434
Lei n° 8.069/1990 (Estatuto da Criança
e do Adolescente).
435
Troca e bebês e descumprimento do art. 10 do
Estatuto da Criança e do Adolescente
436
flagrante de ato infracional ou inexistindo ordem escrita da
autoridade judiciária competente:
Parágrafo único. Incide na mesma pena aquele que procede
à apreensão sem observância das formalidades legais.
437
e a familia do apreendido ou a pessoa por
ele indicada:
Pena - detencao de seis meses a dois anos.
Art. 232. Submeter crianca ou adolescente sob sua
autoridade, guarda ou vigilancia a vexame ou a
constrangimento:
Pena - detencao de seis meses a dois anos.
Art. 234. Deixar a autoridade competente, sem justa
causa, de ordenar a imediata liberacao de crianca ou
adolescente, tao logo tenha conhecimento da ilegalidade
da apreensao:
438
Paragrafo unico. Incide nas mesmas penas quem oferece
ou efetiva a paga ou recompensa.
439
Lei n° 8.069/1990 (Estatuto da Criança
e do Adolescente).
Crimes Diversos
440
distribuir, publicar ou divulgar por qualquer meio, inclusive
por meio de sistema de informatica ou telematico,
fotografia, video ou outro registro que contenha
cena de sexo explicito ou pornografica envolvendo
crianca ou adolescente:
441
manter sob sigilo o material ilicito referido.
Art. 241-C. Simular a participacao de crianca ou
adolescente
em cena de sexo explicito ou pornografica por
meio de adulteracao, montagem ou modificacao de
fotografia, video ou qualquer outra forma de representacao
visual:
Pena - reclusao, de 1 (um) a 3 (tres) anos, e multa.
Paragrafo unico. Incorre nas mesmas penas quem
vende, expoe a venda, disponibiliza, distribui, publica
ou divulga por qualquer meio, adquire, possui ou armazena
o material produzido na forma do caput deste
artigo.
Art. 241-D. Aliciar, assediar, instigar ou constranger,
por qualquer meio de comunicacao, crianca, com o fim
de com ela praticar ato libidinoso:
Pena - reclusao, de 1 (um) a 3 (tres) anos, e multa.
Paragrafo unico. Nas mesmas penas incorre quem:
I. Facilita ou induz o acesso a crianca de material
contendo cena de sexo explicito ou pornografica
com o fim de com ela praticar ato libidinoso;
II. Pratica as condutas descritas no caput deste artigo
com o fim de induzir crianca a se exibir de forma
pornografica ou sexualmente explicita.
Art. 241-E. Para efeito dos crimes previstos nesta Lei,
a expressao “cena de sexo explicito ou pornografica”
compreende qualquer situacao que envolva crianca ou
adolescente em atividades sexuais explicitas, reais ou
simuladas,
ou exibicao dos orgaos genitais de uma crianca
ou adolescente para fins primordialmente sexuais.
Art. 242. Vender, fornecer ainda que gratuitamente ou
entregar, de qualquer forma, a crianca ou adolescente
arma, municao ou explosivo:
Pena - reclusao, de 3 (tres) a 6 (seis) anos.
Art. 243. Vender, fornecer ainda que gratuitamente,
ministrar
ou entregar, de qualquer forma, a crianca ou adolescente,
sem justa causa, produtos cujos componentes
possam causar dependencia fisica ou psiquica, ainda
que por utilizacao indevida:
Pena - detencao de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e multa,
442
se o fato nao constitui crime mais grave.
Art. 244. Vender, fornecer ainda que gratuitamente ou
entregar, de qualquer forma, a crianca ou adolescente
fogos de estampido ou de artificio, exceto aqueles
que, pelo seu reduzido potencial, sejam incapazes de
provocar qualquer dano fisico em caso de utilizacao
indevida:
Pena - detencao de seis meses a dois anos, e multa.
Art. 244-A. Submeter crianca ou adolescente, como
tais definidos no caput do Art. 2o desta Lei, a prostituicao
ou a exploracao sexual:
Pena - reclusao de quatro a dez anos, e multa.
§ 1o Incorrem nas mesmas penas o proprietario, o gerente
ou o responsavel pelo local em que se verifique a
submissao de crianca ou adolescente as praticas referidas
no caput deste artigo.
§ 2o Constitui efeito obrigatorio da condenacao a cassacao
da licenca de localizacao e de funcionamento do
estabelecimento.
Art. 244-B. Corromper ou facilitar a corrupcao de menor
de 18 (dezoito) anos, com ele praticando infracao
penal ou induzindo-o a pratica-la:
Pena - reclusao, de 1 (um) a 4 (quatro) anos.
§ 1o Incorre nas penas previstas no caput deste artigo
quem pratica as condutas ali tipificadas utilizando-se
de quaisquer meios eletronicos, inclusive salas de bate-
papo da internet.
§ 2o As penas previstas no caput deste artigo sao
aumentadas
de um terco no caso de a infracao cometida
ou induzida estar incluida no rol do Art. 1o da Lei no
8.072, de 25 de julho de 1990.
Das Infracoes Administrativas
As infracoes tem natureza administrativa como
consequencia
de violacao dos direitos da crianca e adolescente, punivel
com multa.
Sao as infracoes:
Art. 245. Deixar o medico, professor ou responsavel por
estabelecimento de atencao a saude e de ensino
fundamental,
pre-escola ou creche, de comunicar a autoridade
4
443
competente os casos de que tenha conhecimento,
envolvendo
suspeita ou confirmacao de maus-tratos contra
crianca ou adolescente:
Pena - multa de tres a vinte salarios de referencia,
aplicando-
se o dobro em caso de reincidencia.
Art. 246. Impedir o responsavel ou funcionario de entidade
de atendimento o exercicio dos direitos constantes
nos incisos II, III, VII, VIII e XI do Art. 124 desta Lei:
Pena - multa de tres a vinte salarios de referencia,
aplicando-
se o dobro em caso de reincidencia.
Art. 247. Divulgar, total ou parcialmente, sem autorizacao
devida, por qualquer meio de comunicacao, nome,
ato ou documento de procedimento policial, administrativo
ou judicial relativo a crianca ou adolescente a
que se atribua ato infracional:
Pena - multa de tres a vinte salarios de referencia,
aplicando-
se o dobro em caso de reincidencia.
§ 1o Incorre na mesma pena quem exibe, total ou
parcialmente,
fotografia de crianca ou adolescente envolvido
em ato infracional, ou qualquer ilustracao que lhe
diga respeito ou se refira a atos que lhe sejam atribuidos,
de forma a permitir sua identificacao, direta ou
indiretamente.
§ 2o Se o fato for praticado por orgao de imprensa ou
emissora de radio ou televisao, alem da pena prevista
neste artigo, a autoridade judiciaria podera determinar
a apreensao da publicacao ou a suspensao da programacao
da emissora ate por dois dias, bem como da publicacao
do periodico ate por dois numeros. (Expressao
declara inconstitucional pela ADIN 869-2).
§ 1o Incorrem nas mesmas penas o proprietario, o gerente
ou o responsavel pelo local em que se verifique a
submissao de crianca ou adolescente as praticas referidas
no caput deste artigo.
§ 2o Constitui efeito obrigatorio da condenacao a cassacao
da licenca de localizacao e de funcionamento do
estabelecimento.
5
444
Art. 244-B. Corromper ou facilitar a corrupcao de menor
de 18 (dezoito) anos, com ele praticando infracao
penal ou induzindo-o a pratica-la:
Pena - reclusao, de 1 (um) a 4 (quatro) anos.
§ 1o Incorre nas penas previstas no caput deste artigo
quem pratica as condutas ali tipificadas utilizando-se
de quaisquer meios eletronicos, inclusive salas de bate-
papo da internet.
§ 2o As penas previstas no caput deste artigo sao
aumentadas
de um terco no caso de a infracao cometida
ou induzida estar incluida no rol do Art. 1o da Lei no
8.072, de 25 de julho de 1990.
Das Infracoes Administrativas
As infracoes tem natureza administrativa como
consequencia
de violacao dos direitos da crianca e adolescente, punivel
com multa.
Sao as infracoes:
Art. 245. Deixar o medico, professor ou responsavel por
estabelecimento de atencao a saude e de ensino
fundamental,
pre-escola ou creche, de comunicar a autoridade
competente os casos de que tenha conhecimento,
envolvendo
suspeita ou confirmacao de maus-tratos contra
crianca ou adolescente:
Pena - multa de tres a vinte salarios de referencia,
aplicando-
se o dobro em caso de reincidencia.
Art. 246. Impedir o responsavel ou funcionario de entidade
de atendimento o exercicio dos direitos constantes
nos incisos II, III, VII, VIII e XI do Art. 124 desta Lei:
Pena - multa de tres a vinte salarios de referencia,
aplicando-
se o dobro em caso de reincidencia.
Art. 247. Divulgar, total ou parcialmente, sem autorizacao
devida, por qualquer meio de comunicacao, nome,
ato ou documento de procedimento policial, administrativo
ou judicial relativo a crianca ou adolescente a
que se atribua ato infracional:
445
Pena - multa de tres a vinte salarios de referencia,
aplicando-
se o dobro em caso de reincidencia.
§ 1o Incorre na mesma pena quem exibe, total ou
parcialmente,
fotografia de crianca ou adolescente envolvido
em ato infracional, ou qualquer ilustracao que lhe
diga respeito ou se refira a atos que lhe sejam atribuidos,
de forma a permitir sua identificacao, direta ou
indiretamente.
§ 2o Se o fato for praticado por orgao de imprensa ou
emissora de radio ou televisao, alem da pena prevista
neste artigo, a autoridade judiciaria podera determinar
a apreensao da publicacao ou a suspensao da programacao
da emissora ate por dois dias, bem como da publicacao
do periodico ate por dois numeros. (Expressao
declara inconstitucional pela ADIN 869-2).
do espetaculo ou o fechamento do estabelecimento
por ate quinze dias.
Art. 256. Vender ou locar a crianca ou adolescente fita
de programacao em video, em desacordo com a
classificacao
atribuida pelo orgao competente:
Pena - multa de tres a vinte salarios de referencia; em
caso de reincidencia, a autoridade judiciaria podera
determinar o fechamento do estabelecimento por ate
quinze dias.
Art. 257. Descumprir obrigacao constante dos Arts. 78
e 79 desta Lei:
Pena - multa de tres a vinte salarios de referencia,
duplicando-
se a pena em caso de reincidencia, sem prejuizo
de apreensao da revista ou publicacao.
Art. 258. Deixar o responsavel pelo estabelecimento ou
o empresario de observar o que dispoe esta Lei sobre o
acesso de crianca ou adolescente aos locais de diversao,
ou sobre sua participacao no espetaculo:
Pena - multa de tres a vinte salarios de referencia; em
caso de reincidencia, a autoridade judiciaria podera
determinar o fechamento do estabelecimento por ate
quinze dias.
446
Art. 258-A. Deixar a autoridade competente de
providenciar
a instalacao e operacionalizacao dos cadastros
previstos no Art. 50 e no § 11 do Art. 101 desta Lei:
Pena - multa de R$ 1.000,00 (mil reais) a R$ 3.000,00
(tres mil reais).
Paragrafo unico. Incorre nas mesmas penas a autoridade
que deixa de efetuar o cadastramento de criancas
e de adolescentes em condicoes de serem adotadas, de
pessoas ou casais habilitados a adocao e de criancas e
adolescentes em regime de acolhimento institucional
ou familiar.
Art. 258-B. Deixar o medico, enfermeiro ou dirigente de
estabelecimento de atencao a saude de gestante de
efetuar
imediato encaminhamento a autoridade judiciaria
de caso de que tenha conhecimento de mae ou gestante
interessada em entregar seu filho para adocao:
Pena - multa de R$ 1.000,00 (mil reais) a R$ 3.000,00
(tres mil reais).
Paragrafo unico. Incorre na mesma pena o funcionario
de programa oficial ou comunitario destinado a
garantia do direito a convivencia familiar que deixa de
efetuar a comunicacao referida no caput deste artigo.
EXERCÍCIO
447
Gabarito
01 – C
02 - C
448
DA PREVENÇÃO
É dever de todos prevenir a ocorrência de ameaça ou violação dos direitos da criança e do adolescente. (art.
70)
A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios deverão atuar de forma articulada na elaboração de
políticas públicas e na execução de ações destinadas a coibir o uso de castigo físico ou de tratamento cruel ou
degradante e difundir formas não violentas de educação de crianças e de adolescentes, tendo como principais ações
(art.71):
A criança e o adolescente têm direito a informação, cultura, lazer, esportes, diversões, espetáculos e produtos
e serviços que respeitem sua condição peculiar de pessoa em desenvolvimento. (Art. 71)
A inobservância das normas de prevenção importará em responsabilidade da pessoa física ou jurídica (Art.
73).
DA PREVENÇÃO ESPECIAL
Toda criança ou adolescente terá acesso às diversões e espetáculos públicos classificados como adequados à
sua faixa etária. (Art. 75)
OBS: As crianças menores de dez anos somente poderão ingressar e permanecer nos locais de apresentação ou
exibição quando acompanhadas dos pais ou responsável.
Os proprietários, diretores, gerentes e funcionários de empresas que explorem a venda ou aluguel de fitas
de programação em vídeo cuidarão para que não haja venda ou locação em desacordo com a classificação
atribuída pelo órgão competente (Art. 77)
Os responsáveis por estabelecimentos que explorem comercialmente bilhar, sinuca ou congênere ou por casas
de jogos, assim entendidas as que realizem apostas, ainda que eventualmente, cuidarão para que não seja permitida a
entrada e a permanência de crianças e adolescentes no local, afixando aviso para orientação do público (Art. 80)
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449
PRODUTOS E SERVIÇOS
OBS: É proibida a hospedagem de criança ou adolescente em hotel, motel, pensão ou estabelecimento congênere,
salvo - autorizado ou acompanhado pelos pais ou responsável.
Nenhuma criança ou adolescente menor de 16 anos poderá viajar para fora da comarca onde reside
desacompanhado dos pais ou dos responsáveis sem expressa autorização judicial (art. 83) – Lei 13.812/2019
A autorização não será exigida quando:
A autoridade judicial poderá conceder autorização válida por 2 anos, a pedido dos pais.
Autorização será dispensável se a viagem for para o exterior, e a criança ou adolescente (art. 84):
01 - Em 2019, o art. 83 da Lei n.º 8.069/1990 (Estatuto da Criança e do Adolescente) foi alterado no sentido de
determinar que, assim como as crianças, adolescentes, até determinada idade, não podem viajar para fora da
comarca onde residem desacompanhados dos pais ou responsáveis e sem expressa autorização judicial. Conforme
esse dispositivo legal em vigor, a idade mínima a partir da qual adolescentes podem realizar viagem interestadual
desacompanhados dos pais ou responsáveis e sem autorização judicial é de
A) doze anos, tendo sido mantido o conceito de adolescente como pessoa com idade entre doze e dezoito anos.
B) doze anos, tendo sido alterado o conceito de adolescente para pessoa com idade entre dez e quatorze anos.
C) quatorze anos, tendo sido alterado o conceito de adolescente para pessoa com idade entre quatorze e vinte e um
anos.
D) dezesseis anos, tendo sido alterado o conceito de adolescente para pessoa com idade entre quatorze e vinte e um
anos.
pág. 1
450
E) dezesseis anos, tendo sido mantido o conceito de adolescente como pessoa com idade entre doze e dezoito anos.
02 - Em relação às regras de autorização para viagem de crianças e adolescentes estabelecidas no ECA (Lei Nº
8.069/1990), assinale a alternativa CORRETA.
A) A autorização judicial será exigida se a criança estiver acompanhada de pessoa maior, mesmo que expressamente
autorizada pelo pai, mãe ou responsável.
B) Quando se tratar de viagem ao exterior, a autorização judicial é dispensável se a criança ou o adolescente viajar na
companhia de um dos pais, autorizado expressamente pelo outro por meio de documento com firma reconhecida.
C) É dispensável a autorização judicial para a criança ou adolescente nascido em território nacional que estiver de
saída do país em companhia de estrangeiro residente ou domiciliado no exterior.
D) Será exigida autorização judicial quando se tratar de comarca contigua à da residência da criança, se na mesma
unidade da federação, ou incluída na mesma região metropolitana.
03 - De acordo com a Lei n. 8.069/1990, a autorização para viajar não será exigida quando: tratar-se de comarca
contigua à da residência da criança ou do adolescente menor de 16 (dezesseis) anos, se na mesma unidade da
Federação, ou incluída na mesma região metropolitana; e a criança ou o adolescente menor de 16 (dezesseis) anos
estiver acompanhado: de ascendente ou colateral maior, até o terceiro grau, comprovado documentalmente o
parentesco; e de pessoa maior, expressamente autorizada pelo pai, mãe ou responsável.
CERTO ( ) ERRADO ( )
GABARITO
01 – E
02 – B
03 – C
pág. 1
451
DAS MEDIDAS DE PROTEÇÃO
As medidas de proteção a criança e ao adolescente serão aplicadas sempre que os direitos previstos neste
estatuto forem violados ou ameaçados:
Se for verificada que os direitos da criança ou do adolescente foram violados ou sofreram ameaça de violação,
a autoridade competente poderá determinar, dentre outras medias – art.101:
pág. 1
452
ACOLHIMENTO INSTITUCIONAL; (medida excepcional e provisória)
INCLUSÃO EM PROGRAMA DE ACOLHIMENTO FAMILIAR; (medida excepcional e provisória)
COLOCAÇÃO EM FAMÍLIA SUBSTITUTA.
Quando houver abuso ou violência sexual, sem prejuízo de outras medias emergenciais, o afastamento da
criança ou adolescente do convívio familiar é de competência exclusiva da autoridade judiciária e importará na
deflagração, a pedido do Ministério Público ou de quem tenha legítimo interesse, de procedimento judicial
contencioso, no qual se garanta aos pais ou ao responsável legal o exercício do contraditório e da ampla defesa. (§2º)
Crianças e adolescentes poderão ser encaminhados a instituições que executam programas de acolhimento
institucional???
SIM!!! Mas somente por meio de uma Guia de Acompanhamento, expedida pela autoridade judiciária, na qual,
obrigatoriamente conterá, dentre outros:
01 - O afastamento da criança ou adolescente do convívio familiar para proteção, quando vítimas de abuso sexual, é de
competência exclusiva da autoridade judiciária e importará na deflagração do pedido:
A) da família substituta.
B) do Conselho Tutelar
C) do Ministério Público ou de quem tenha legítimo interesse.
D) do Ministério público e do Conselho de Direitos.
02 - A Lei n° 8.069/90 estabelece as medidas socioeducativas aplicáveis ao autor de ato infracional. Fixa também as
garantias individuais, entre as quais: a apreensão somente em flagrante, o recolhimento mediante ordem judicial
fundamentada, a internação provisória e o direito ao devido processo legal. Conforme define o artigo 105 do ECA, à
conduta descrita como crime ou contravenção penal, ou seja, ao ato infracional, praticado por criança, corresponderá
a aplicação das medidas de proteção, entre elas:
A) liberdade assistida.
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453
B) orientação, apoio e acompanhamento temporários.
C) advertência e responsabilização dos pais.
D) obrigação de reparar o dano.
03 - As medidas de proteção, assim como as medidas socioeducativas, podem ser aplicadas isolada ou
cumulativamente, bem como substituídas a qualquer tempo.
CERTO ( ) ERRADO ( )
GABARITO
01 – C
02 – B
03 – C
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454
DAS MEDIAS PERTINENTES AOS PAIS OU RESPONSÁVEIS E DO CONSELHO
TUTELAR
Verificada a hipótese de maus-tratos, opressão ou abuso sexual impostos pelos pais ou responsável,
a autoridade judiciária poderá determinar, como medida cautelar, o afastamento do agressor da moradia
comum.
Da medida cautelar constará, ainda, a fixação provisória dos alimentos de que necessitem a criança
ou o adolescente dependente do agressor.
CONSELHO TUTELAR
O Conselho Tutelar é órgão permanente e autônomo, não jurisdicional, encarregado pela sociedade
de zelar pelo cumprimento dos direitos da criança e do adolescente.
Em cada Município e em casa Região Administrativa do DF, haverá, no mínimo, 1 (um) Conselho
Tutelar como órgão integrante da administração pública local, composto de 5 (cinco) membros, escolhidos
pela população local para mandato de 4 (quatro) anos, permitida recondução por novos processos de
escolha - Lei nº 13.824, de 2019
Para candidatar-se como membro do Conselho Tutelar, serão exigidos os seguintes requisitos:
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455
☠ IDADE SUPERIOR A 21 ANOS;
☠ RESIDIR NO MUNICÍPIO.
☠ COBERTURA PREVIDENCIÁRIA;
☠ GOZO DE FÉRIAS ANUAIS REMUNERADAS, ACRECIDAS DE 1/3 DO VALOR DA
REMUNERAÇÃO MENSAL;
☠ LICENÇA MATERNIDADE;
☠ LICENÇA PATERNIDADE;
☠ GRATIFICAÇÃO NATALINA.
O processo para a escolha dos membros do Conselho Tutelar será estabelecido em lei municipal e
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456
realizado sob a responsabilidade do Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do
Adolescente, e a fiscalização do Ministério Público.
O processo de escolha dos membros do Conselho Tutelar ocorrerá em data
unificada em todo o território nacional a cada 4 (quatro) anos, no primeiro domingo do
mês de outubro do ano subsequente ao da eleição presidencial.
A posse dos conselheiros tutelares ocorrerá no dia 10 de janeiro do ano subsequente ao processo de
escolha.
No processo de escolha dos membros do Conselho Tutelar, é vedado ao candidato doar, oferecer,
prometer ou entregar ao eleitor bem ou vantagem pessoal de qualquer natureza, inclusive brindes de
pequeno valor.
01 - Liliana é docente de uma escola de Ensino Fundamental, e uma de suas alunas, de 9 anos, apareceu
com alguns hematomas pelo corpo. Quando questionada, disse à professora que havia se machucado em
uma queda. Com jeito, Liliana conseguiu que a menina lhe contasse que havia recebido uma surra do
padrasto por ter quebrado dois pratos que estavam sobre a mesa.
O Estatuto da Criança e do Adolescente considera que, quando a escola toma ciência de que algum de seus
alunos foi vítima de maus-tratos, como o relatado, cabe ao dirigente do estabelecimento comunicar esse
fato
A) à Polícia.
B) ao Conselho Tutelar.
C) à Secretaria da Educação do Município.
D) ao Ministério Público.
E) ao Centro de Defesa da Criança e do Adolescente.
02 - O Conselho Tutelar é um órgão permanente e autônomo, não jurisdicional, encarregado de zelar pelo
cumprimento dos direitos da criança e do adolescente previstos pelo Estatuto da Criança e do Adolescente.
CERTO ( ) ERRADO ( )
03 - No Distrito Federal, exige‐se que cada região administrativa tenha, no máximo, um Conselho Tutelar,
composto por cinco membros, eleitos pela população local para um mandado de dois anos, permitida
apenas uma recondução, após nova eleição.
CERTO ( ) ERRADO ( )
GABARITO
01 – B
02 – C
03 – E
pág. 1
457
ESTATUTO DO DESARMAMENTO
LEI 10. 826/03 I
Competência – SINARM
458
XI – informar às Secretarias de Segurança Pública dos Estados e do Distrito Federal os registros
e autorizações de porte de armas de fogo nos respectivos territórios, bem como manter o
cadastro atualizado para consulta.
Parágrafo único. As disposições deste artigo não alcançam as armas de fogo das Forças Armadas
e Auxiliares, bem como as demais que constem dos seus registros próprios.
Observe que o SINARM não controlará todas as armas de fogo, serão excluídas, por exemplo,
as de Forças Armadas e Auxiliares – Exército, Marinha e Aeronáutica, que possuem seusarsenais
próprios. Tais armas estão sujeitas ao seu próprio regramento – Sistema de Gerenciamento
Militar de Armas – SIGMA.
ATENÇÃO!!! Polícias Militares e Corpos de Bombeiros Militares eram conhecidos como Forças
Auxiliares. Hoje, são considerados militares para todos os efeitos.
Cadastro
O Decreto nº 9.847 de 2019 regulamenta a Lei nº 10.826/03 para tratar, inclusive, sobre o
cadastro:
👉 DA POLÍCIA FEDERAL;
👉 DA POLÍCIA RODOVIÁRIA FEDERAL;
DO REGISTRO
459
ARMAS DE USO RESTRITO - Registro no Comando do Exército, que rege o SIGMA
Para adquirir arma de fogo de uso permitido o interessado deverá, além de declarar a
efetiva necessidade, atender aos seguintes requisitos (Art. 4º):
CUIDADO!!! Estará dispensado das exigências constantes do inciso III do caput deste artigo, na
forma do regulamento, o interessado em adquirir arma de fogo de uso permitido que
460
comprove estar autorizado a portar arma com as mesmas características daquela a ser
adquirida.(§8º)
CUIDADO!!! É comum bancas de concursos associarem o CRAF ao PORTE, o que está errado!
👉O CRAF não autoriza o proprietário a portar a arma de fogo dentro da residência ou local
de trabalho (ficar com ela em seu corpo, por exemplo);
👉 Para mantê-la em seu local de trabalho, o proprietário tem que ser o titular.
👉 Não sendo o titular, a outra única possibilidade de manter sua arma em seu local de
trabalho será se ele for o responsável legal pelo estabelecimento ou empresa.
§ 5º Aos residentes em área rural, para os fins do disposto no caput deste artigo,
considera-se residência ou domicílio toda a extensão do respectivo imóvel rural.
(Incluído pela Lei nº 13.870, de 2019)
EXERCÍCIOS
461
B) 60 (sessenta) dias.
C) 45 (quarenta e cinco) dias.
D) 30 (trinta) dias.
GABARITO
01 – C
02 – D
03 – C
462
ESTATUTO DO DESARMAMENTO
LEI 10. 826/03 II
ATENÇÃO!!! É proibido o porte de arma de fogo em todo o território nacional, salvo para os
casos previstos em legislação própria.
Observe então, que a regra é de que o porte de arma de fogo é proibido, com algumas
ressalvas estabelecidas em lei.
Art. 6º É proibido o porte de arma de fogo em todo o território nacional, salvo para os casos
previstos em legislação própria e para:
I – Os integrantes das Forças Armadas (terão direito de portar arma de fogo de propriedade
particular ou fornecida pela respectiva corporação ou instituição, mesmo fora de serviço)
II – Os integrantes de órgãos referidos nos incisos I, II, III, IV e V do caput do art. 144 da
Constituição Federal e os da Força Nacional de Segurança Pública (FNSP) (terão direito de portar
arma de fogo de propriedade particular ou fornecida pela respectiva corporação ou
instituição, mesmo fora de serviço)
III – os integrantes das guardas municipais das capitais dos Estados e dos Municípios com mais
de 500.000 habitantes, nas condições estabelecidas no regulamento desta Lei (terão direito de
portar arma de fogo de propriedade particular ou fornecida pela respectiva corporação ou
instituição, mesmo fora de serviço)
IV – Os integrantes das guardas municipais dos Municípios com mais de 50.000 e menos de
500.000 habitantes, quando em serviço;
V – Os agentes operacionais da Agência Brasileira de Inteligência e os agentes do
Departamento de Segurança do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da
República (terão direito de portar arma de fogo de propriedade particular ou fornecida pela
respectiva corporação ou instituição, mesmo fora de serviço)
VI – Os integrantes dos órgãos policiais referidos no art. 51, IV, e no art. 52, XIII, da Constituição
Federal (terão direito de portar arma de fogo de propriedade particular ou fornecida pela
respectiva corporação ou instituição, mesmo fora de serviço)
VII – Os integrantes do quadro efetivo dos agentes e guardas prisionais, os integrantes das
escoltas de presos e as guardas portuárias;
VIII – As empresas de segurança privada e de transporte de valores constituídas, nos termos
desta Lei;
463
IX – Para os integrantes das entidades de desporto legalmente constituídas, cujas atividades
esportivas demandem o uso de armas de fogo, na forma do regulamento desta Lei, observando-
se, no que couber, a legislação ambiental.
X - Integrantes das Carreiras de Auditoria da Receita Federal do Brasil e de Auditoria-Fiscal do
Trabalho, cargos de Auditor-Fiscal e Analista Tributário.
XI – Os tribunais do Poder Judiciário descritos no art. 92 da Constituição Federal e os Ministérios
Públicos da União e dos Estados, para uso exclusivo de servidores de seus quadros pessoais que
efetivamente estejam no exercício de funções de segurança, na forma de regulamento a ser
emitido pelo Conselho Nacional de Justiça - CNJ e pelo Conselho Nacional do Ministério Público -
CNMP.
§ 1º As pessoas previstas nos incisos I, II, III, V e VI do caput deste artigo terão direito de portar
arma de fogo de propriedade particular ou fornecida pela respectiva corporação ou instituição,
mesmo fora de serviço, nos termos do regulamento desta Lei, com validade em âmbito nacional
para aquelas constantes dos incisos I, II, V e VI.
§ 1º-B. Os integrantes do quadro efetivo de agentes e guardas prisionais poderão portar arma
de fogo de propriedade particular ou fornecida pela respectiva corporação ou instituição,
mesmo fora de serviço, desde que estejam:
I - Submetidos a regime de dedicação exclusiva;
II - Sujeitos à formação funcional, nos termos do regulamento; e
III - Subordinados a mecanismos de fiscalização e de controle interno.
Art. 6º É proibido o porte de arma de fogo em todo o território nacional, salvo para os casos
previstos em legislação própria e para:
(…)
III – os integrantes das guardas municipais das capitais dos Estados e dos Municípios com mais
de 500.000 habitantes, nas condições estabelecidas no regulamento desta Lei;
(…)
§ 7º Aos integrantes das guardas municipais dos Municípios que integram regiões
metropolitanas será autorizado porte de arma de fogo, quando em serviço.
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, autorizou, por meio de liminar,
o uso de arma de fogo para guardas municipais de quaisquer cidades. O Estatuto de
Desarmamento previa a permissão apenas para capitais e cidades com mais de 500 mil
habitantes. Para o ministro, no entanto, é "primordial" que os diversos órgãos
governamentais estejam entrosados no combate à "criminalidade violenta e organizada, à
impunidade e à corrupção".
ADI 5.948: Diante do exposto, nos termos dos arts. 10, § 3º, da Lei 9.868/99 e 21, V, do RISTF,
CONCEDO A MEDIDA CAUTELAR PLEITEADA, ad referendum do Plenário, DETERMINANDO A
IMEDIATA SUSPENSÃO DA EFICÁCIA das expressões das capitais dos Estados e com mais de
500.00 (quinhentos mil) habitantes, no inciso III, bem como o inciso IV, ambos do art. 6º da Lei
Federal nº 10.826/2003.
464
----------- 50.000 500.000
Com a decisão do STF, podemos afirmar que guarda municipal poderá arma mesmo
fora do serviço, independentemente da quantidade de população.
Art. 6º § 5º Aos residentes em áreas rurais, maiores de 25 anos que comprovem depender do
emprego de arma de fogo para prover sua subsistência alimentar familiar será concedido pela
Polícia Federal o porte de arma de fogo, na categoria caçador para subsistência, de uma arma
de uso permitido, de tiro simples, com 1 ou 2 canos, de alma lisa e de calibre igual ou inferior a
16, desde que o interessado comprove a efetiva necessidade em requerimento ao qual deverão
ser anexados os seguintes documentos:
I - Documento de identificação pessoal
II - Comprovante de residência em área rural;
III - Atestado de bons antecedentes.
§ 6º O caçador para subsistência que der outro uso à sua arma de fogo, independentemente de
outras tipificações penais, responderá, conforme o caso, por porte ilegal ou por disparo de arma
de fogo de uso permitido.
• MAIOR DE 25 ANOS;
• RESIDENTE EM ÁREA RURAL;
• DEPENDA DE CAÇAR PARA SOBREVIVER
465
Quando uma autoridade estrangeira visita o Brasil e necessita que sua segurança entre
armada, a autorização para o porte será de competência do Ministério da Justiça.
COLECIONADORES
Art. 24. Excetuadas as atribuições a que se refere o art. 2º desta Lei, compete ao Comando do
Exército autorizar e fiscalizar a produção, exportação, importação, desembaraço alfandegário e
o comércio de armas de fogo e demais produtos controlados, inclusive o registro e o porte de
trânsito de arma de fogo de colecionadores, atiradores e caçadores.
EXERCÍCIOS
03 - Teotônio é proprietário rural, atuando em área de pequeno porte onde habita com sua
família e colhe para subsistência. E com pequeno excesso de produção, atua vendendo os
produtos nas feiras próximas. Tendo em vista que não existem órgãos de segurança pública no
distrito onde exerce a agricultura, requer autorização para portar arma. Nos termos do
estatuto do desarmamento, aos residentes em áreas rurais, maiores de vinte e cinco anos, que
comprovem depender do emprego de arma de fogo para prover sua subsistência alimentar
familiar será concedido pela Polícia Federal o porte de arma de fogo, comprovados os
requisitos legais, na categoria:
A) atirador amador
B) competidor eventual
C) caçador para subsistência
D) profissional de segurança
466
GABARITO
01 – B
02 – E
03 – C
467
ESTATUTO DO DESARMAMENTO
LEI 10. 826/03 III
ARMA DE FOGO
ACESSÓRIO
MUNIÇÃO
CUIDADO!!! Existem dois crimes que não possuem os três objetos materiais de forma
alternativa:
ARMA DE FOGO
Alguns entendimentos que você não encontra na letra da Lei são de extrema
importância para a sua prova, vamos a elas:
468
ARMA QUEBRADA – DEPENDE! (LAUDO PERICIAL)
O exame pericial, por ser crime de perigo abstrato, é DISPENSÁVEL e PRESCINDÍVEL.
469
III - Arma de fogo de uso proibido:
- As armas de fogo classificadas de uso proibido em acordos e tratados internacionais dos
quais a República Federativa do Brasil seja signatária; ou
- As armas de fogo dissimuladas, com aparência de objetos inofensivos.
ACESSÓRIO
ATENÇÃO!!! Partes isoladas da arma não configuram objeto material (cano, cabo…) nem
objetos que não alteram o funcionamento (coldre).
MUNIÇÃO
EXERCÍCIOS
01 – Antônio foi preso em flagrante enquanto realizava assaltos em uma loja de cosméticos, ao
aprenderem a arma, observaram que se tratava de uma arma de brinquedo, nesse caso, para o
Estatuto do Desarmamento, não haverá crime pela ineficácia absoluta do meio.
470
03 - O porte de arma de fogo sem autorização e em desacordo com determinação legal ou
regulamentar, ainda que a arma esteja desmuniciada ou comprovadamente inapta a realizar
disparos, configura delito de porte ilegal de arma de fogo.
GABARITO
01 – C
02 – E
03 – E
471
ESTATUTO DO DESARMAMENTO
LEI 10. 826/03 IV
ELEMENTO SUBJETIVO
A regra é que todos os crimes do Estatuto do Desarmamento tenham como elemento
subjetivo o dolo.
AÇÃO PENAL
Pública Incondicionada
NATUREZA JURÍDICA
Crimes de Perigo Abstrato
CRIMES EM ESPÉCIE
Quando estamos nos referindo aos crimes em espécie, é importante que você observe
essa sequência para melhor compreensão e memorização.
Art. 12. possuir ou manter sob sua guarda arma de fogo, acessório ou munição, de uso
permitido, em desacordo com determinação legal ou regulamentar, no interior de sua
residência ou dependência desta, ou, ainda no seu local de trabalho, desde que seja o titular ou
472
o responsável legal do estabelecimento ou empresa. pena – detenção, de 1 (um) a 3 (três) anos,
e multa.
O crime ocorrerá quando o agente possuir ou manter a arma, acessório ou munição, de uso
permitido na SUA CASA (interior, dependências) ou LOCAL DE TRABALHO (titular ou
responsável legal), SEM O REGISTRO no órgão competente.
CUIDADO!!! O tipo penal fala em “possuir” ou “manter”, não se exigindo a propriedade para a
configuração do crime.
BOLEIA DE CAMINHÃO – STJ considera como PORTE ILEGAL (Art.14) por entender não
ser casa.
• CRIME PERMANENTE
• DE MERA CONDUTA
Art. 14. Portar, deter, adquirir, fornecer, receber, ter em depósito, transportar, ceder, ainda que
gratuitamente, emprestar, remeter, empregar, manter sob guarda ou ocultar arma de fogo,
acessório ou munição, de uso permitido, sem autorização e em desacordo com determinação
legal ou regulamentar: Pena – reclusão, de 2 a 4 anos, e multa.
Parágrafo único. O crime previsto neste artigo é inafiançável, salvo quando a arma de fogo
estiver registrada em nome do agente.
473
ATENÇÃO!!! Cuidado com a Inconstitucionalidade do Parágrafo Único, quando determina que
o crime é inafiançável.
Plenário, 02.05.2007.
Acórdão, DJ 26.10.2007.
Art. 16. Possuir, deter, portar, adquirir, fornecer, receber, ter em depósito, transportar, ceder,
ainda que gratuitamente, emprestar, remeter, empregar, manter sob sua guarda ou ocultar
arma de fogo, acessório ou munição de uso restrito, sem autorização e em desacordo com
determinação legal ou regulamentar: Pena – reclusão, de 3 a 6 anos, e multa.
Antes do pacote anticrime, duas espécies de armas de fogo eram previstas no art. 16 – USO
RESTRITO e USO PROIBIDO – Hoje, as condutas são separadas:
Quanto a hediondez da conduta a redação foi mais detalhista, trazendo apenas o crime
de posse ou porte ilegal de arma de fogo de uso PROIBIDO como crime hediondo (art.1º,
parágrafo único, II da Lei 8.072/1990).
CUIDADO!!! Há doutrinadores que acreditam que a hediondez vale para o art. 16 por
completo, art. 16 caput e parágrafos, inclusive era decisão do STJ prévia ao Pacote Anticrime.
CONDUTAS EQUIPARADAS
474
III – possuir, detiver, fabricar ou empregar artefato explosivo ou incendiário, sem autorização ou
em desacordo com determinação legal ou regulamentar;
IV – Portar, possuir, adquirir, transportar ou fornecer arma de fogo com numeração, marca ou
qualquer outro sinal de identificação raspado, suprimido ou adulterado;
V – Vender, entregar ou fornecer, ainda que gratuitamente, arma de fogo, acessório, munição
ou explosivo a criança ou adolescente;
VI – Produzir, recarregar ou reciclar, sem autorização legal, ou adulterar, de qualquer forma,
munição ou explosivo.
§ 2º Se as condutas descritas no caput e no § 1º deste artigo envolverem arma de fogo de uso
proibido, a pena é de reclusão, de 4 a 12 anos.
As figuras previstas nos incisos se aplicam tanto a arma de fogo de USO PERMITIDO quanto a
arma de fogo de USO RESTRITO.
A conduta aqui equiparada se aplica não apenas aquele que raspa a numeração da arma, mas
também para quem dificulta sua identificação de qualquer outra forma.
III – possuir, detiver, fabricar ou empregar artefato explosivo ou incendiário, sem autorização ou
em desacordo com determinação legal ou regulamentar;
475
• PORTE DE ARMA DE FOGO COM NUMERAÇÃO RASPADA
IV – Portar, possuir, adquirir, transportar ou fornecer arma de fogo com numeração, marca ou
qualquer outro sinal de identificação raspado, suprimido ou adulterado;
V – Vender, entregar ou fornecer, ainda que gratuitamente, arma de fogo, acessório, munição
ou explosivo a criança ou adolescente;
A conduta aqui é dolosa (cuidado para não confundir com a Omissão de Cautela). Observe
ainda a redação estabelecida no Estatuto da Criança e do Adolescente.
“Art. 242. Vender, fornecer, ainda que gratuitamente ou entregar, de qualquer forma, a
criança ou adolescente arma, munição ou explosivo: Pena - reclusão, de 3 (três) a 6 (seis) anos”
Já que o inciso V do art.16 trata apenas de arma de fogo, considera-se que somente a entrega
de ARMAS BRANCAS configuraria o crime do ECA.
A produção, recarga, reciclagem de munição, somente podem ser executadas com a devida
autorização
QUALIFICADORA
476
EXERCÍCIOS
01 - Juliano estava em dúvida após a aula de Direito Penal sobre o crime definido pela conduta
típica de “possuir ou manter sob sua guarda arma de fogo, acessório ou munição, de uso
permitido, em desacordo com determinação legal ou regulamentar, no interior de sua
residência ou dependência desta, ou, ainda no seu local de trabalho, desde que seja o titular
ou o responsável legal do estabelecimento ou empresa” previsto na Lei nº 10.826/2003. Para
sanar sua dúvida, Juliano buscou auxílio do professor Gilmar que prontamente lhe informou se
tratar do crime de:
A) Porte ilegal de arma de fogo de uso permitido.
B) Porte ilegal de arma de fogo de uso restrito.
C) Posse irregular de arma de fogo de uso permitido.
D)Disparo de arma de fogo.
02 - Se o objeto mediante o qual for praticado o crime de posse de arma de fogo for uma arma
de fogo com numeração suprimida pelo sujeito, ocorrerá um concurso formal de delitos entre
a posse e a supressão (Lei n. 10.826/2003).
GABARITO
01 – C
02 – E
03 – E
477
ESTATUTO DO DESARMAMENTO
LEI 10. 826/03 V
CRIMES EM ESPÉCIE
Art. 13 Deixar de observar as cautelas necessárias para impedir que MENOR DE 18 ANOS ou
PESSOA PORTADORA DE DEFICIÊNCIA MENTAL se apodere de arma de fogo que esteja sob sua
posse ou que seja de sua propriedade: Pena – detenção, de 1 (um) a 2 (dois) anos, e multa.
CUIDADO!!! Estamos tratando de um crime culposo, então, não será admitida a tentativa.
Art. 13 - Parágrafo único. Nas mesmas penas incorrem o proprietário ou diretor responsável de
empresa de segurança e transporte de valores que deixarem de registrar ocorrência policial e de
comunicar à Polícia Federal perda, furto, roubo ou outras formas de extravio de arma de fogo,
acessório ou munição que estejam sob sua guarda, nas primeiras 24 horas depois de ocorrido o
fato. Pena – detenção, de 1 (um) a 2 (dois) anos, e multa.
O agente deverá:
• REGISTRAR OCORRÊNCIA.
478
• COMUNICAR À PF.
ATENÇÃO!!! É unânime o entendimento segundo o qual o crime do Art. 13, parágrafo único, é
doloso.
Art. 15. Disparar arma de fogo ou acionar munição em lugar habitado ou em suas adjacências,
em via pública ou em direção a ela, desde que essa conduta não tenha como finalidade a
prática de outro crime: Pena – reclusão, de 2 a 4 anos, e multa.
Parágrafo único. O crime previsto neste artigo é inafiançável
O indivíduo que tenha o porte legal de arma também poderá figurar como sujeito
ativo deste crime.
👉 DISPARARARMA DE FOGO;
👉 ACIONAR MUNIÇÃO, SEM QUE OCORRA O DISPARO (EX.: FALHA DA MUNIÇÃO).
Art. 17. Adquirir, alugar, receber, transportar, conduzir, ocultar, ter em depósito, desmontar,
montar, remontar, adulterar, vender, expor à venda, ou de qualquer forma utilizar, em proveito
próprio ou alheio, no exercício de atividade comercial ou industrial, arma de fogo, acessório ou
munição, sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar:
§ 1º. Equipara-se à atividade comercial ou industrial, para efeito deste artigo, qualquer forma
de prestação de serviços, fabricação ou comércio irregular ou clandestino, inclusive o exercido
em residência.
pena - reclusão, de 6 a 12 anos, e multa.
§ 2º. Incorre na mesma pena quem vende ou entrega arma de fogo, acessório ou munição, sem
autorização ou em desacordo com a determinação legal ou regulamentar, a agente policial
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disfarçado, quando presentes elementos probatórios razoáveis de conduta criminal
preexistente.
§ 2º Incorre na mesma pena quem vende ou entrega arma de fogo, acessório ou munição, sem
autorização ou em desacordo com a determinação legal ou regulamentar, a agente policial
disfarçado, quando presentes elementos probatórios razoáveis de conduta criminal
preexistente.
Art. 18. Importar, exportar, favorecer a entrada ou saída do território nacional, a qualquer
título, de ARMA DE FOGO, ACESSÓRIO ou MUNIÇÃO, sem autorização da autoridade
competente:
Pena - reclusão, de 8 a 16 anos, e multa.
Parágrafo único. Incorre na mesma pena quem vende ou entrega arma de fogo, acessório ou
munição, em operação de importação, sem autorização da autoridade competente, a agente
policial disfarçado, quando presentes elementos probatórios razoáveis de conduta criminal
preexistente.
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autoridade competente, nos termos do Art. 18 da Lei n. 10.826/2003, mesmo que o réu
detenha o porte legal da arma, em razão do alto grau de reprovabilidade da conduta.
Princípio da insignificância
Art. 19. Nos crimes previstos nos arts. 17 e 18, a pena é aumentada da metade se a arma de
fogo, acessório ou munição forem de uso proibido ou restrito.
Art. 20. Nos crimes previstos nos arts. 14, 15, 16, 17 e 18, a pena é aumentada da metade se:
I - forem praticados por integrante dos órgãos e empresas referidas nos arts. 6º, 7º e 8º desta
Lei; ou
II - o agente for reincidente específico em crimes dessa natureza.
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Art. 21. Os crimes previstos nos arts. 16, 17 e 18 são insuscetíveis de liberdade provisória.
ATENÇÃO!!! O Art. 21 do Estatuto teve sua inconstitucionalidade declarada pelo STF na ADI
3112/DF, rel. Min. Ricardo Lewandowski, 02/05/2007.
EXERCÍCIOS
01 - Nos termos da Lei n.º 10.826/03, quem favorece a entrada ou saída do território nacional,
a qualquer título, de arma de fogo, acessório ou munição, sem autorização da autoridade
competente, comete o crime de:
A) Porte ilegal de arma de fogo de uso permitido.
B) Porte ilegal de arma de fogo de uso restrito.
C) Omissão de cautela.
D) Comércio ilegal de arma de fogo.
E)Tráfico internacional de arma de fogo.
02 - Samuel disparou, sem querer, sua arma de fogo em via pública. Nessa situação, ainda que
o disparo tenha sido de forma acidental, culposamente, Samuel responderá pelo crime de
disparo de arma de fogo, previsto no Estatuto do Desarmamento.
03 - Comete crime o agente que deixa de observar as cautelas necessárias para impedir que
menor de dezoito anos de idade se apodere de arma de fogo que esteja sob a sua posse, ainda
que não haja consequências graves.
GABARITO
01 – E
02 – E
03 – C
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