Resumo Sobre A Era Vargas
Resumo Sobre A Era Vargas
Resumo Sobre A Era Vargas
A Era Vargas corresponde ao período em que Getúlio Vargas (1882-1954) governou o Brasil em três
momentos:
Também foram criados novos ministérios como o Ministério do Trabalho, Indústria e Comércio e o
Ministério da Educação e Saúde, ambos em 1930.
Após a Revolução Constitucionalista de 1932, Getúlio Vargas teve que promover eleições legislativas e
convocar a Assembleia Constituinte para elaborar uma nova Carta Magna em 1934.
Nesta, havia importantes mudanças políticas, como o voto feminino, estabeleceu o ensino primário
gratuito e obrigatório, e criou a Justiça do Trabalho.
O Partido Comunista Brasileiro estava ilegal desde 1927 e muitos de seus membros participaram da
ANL (Aliança Nacional Libertadora) . No entanto, esta também seria extinta e vários dos seus membros
foram perseguidos.
Alguns setores do PCB e da ANL tentam tomar o poder através das armas e então, tentam articular a
Intentona Comunista, de 1935, dirigida por Luís Carlos Prestes (1898-1990). O golpe não se concretiza
e a repressão foi feroz, incluindo torturas e prisões ilegais por parte da polícia política chefiada por
Filinto Müller (1900-1973).
Dois anos mais tarde, em 1937, Getúlio Vargas alega que existia outra tentativa de golpe comunista,
conhecida como Plano Cohen. Este será o pretexto para o fechamento do Congresso, cancelamento das
eleições presidenciais e a anulação da Constituição de 1934.
Na verdade, o plano foi realizado pelo capitão integralista e aliado de Vargas, Olímpio Mourão Filho
(1900-1972), e utilizado pelo governo para justificar o estado de sítio e inaugurar o Estado Novo.
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Estado Novo (1937-1945)
O Estado Novo é lembrado pela História de maneira contraditória.
O Estado Novo é considerado o período mais repressivo e ditatorial da Era Vargas, quando é
proclamada a Constituição de 1937. Ao mesmo tempo é lembrado como uma época dourada onde os
direitos trabalhistas foram criados.
A nova Carta Magna extinguiu os partidos políticos, instituiu o regime corporativo e acabou com a
independência entre os três poderes. Por ter sido inspirada na Constituição polonesa de 1926 foi
apelidada de "Polaca".
Ademais, a partir de novembro de 1937, Vargas impôs a censura aos meios de comunicação para
impedir que a mídia divulgasse qualquer crítica ao governo.
Em 1938, indignados com o rumo centralista que tomava o governo, a Ação Integralista Brasileira
planeja um golpe. Liderada por Plínio Salgado (1895-1975) e Gustavo Barroso (1888-1959), os
integralistas tentam tomar o poder, mas são derrotados e seus participantes são presos ou exilados.
No plano econômico, a Era Vargas se caracteriza por medidas de nacionalização, bem como levar a
cabo sua política trabalhista com a concepção da CLT (Consolidação das Leis do Trabalho). No âmbito
legislativo, estabeleceu o Código Penal e o Código de Processo Penal.
Com a eclosão da Segunda Guerra Mundial, em 1939, o Brasil toma a decisão de manter-se neutro
diante do conflito europeu.
No entanto, no governo existiam aqueles que eram a favor de apoiar o Eixo e os que desejavam se
aproximar dos Aliados.
Devido à pressão americana, Getúlio Vargas decide declarar guerra à Alemanha e, posteriormente,
mandar soldados para Europa e ceder uma base aérea para os americanos em Natal (RN).
Vários intelectuais, associações de estudantes e mesmo parte dos militares, começam a protestar
abertamente contra o regime varguista.
No dia 29 de outubro de 1945, Getúlio Vargas foi deposto por um golpe militar e pela U.DN. (União
Democrática Nacional), sendo conduzido ao desterro na sua cidade natal, São Borja/RS.
Porém, em 1951, retornaria à Presidência concorrendo pelo Partido Trabalhista Brasileiro (PTB). Neste
mandato, alcançado pelo voto popular, lança as bases para criação da Petrobras.
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Vargas suicidou-se no Palácio do Catete em 24 de agosto de 1954 com um tiro no peito. Sua carta-
testamento explicava os motivos de sua decisão com uma frase célebre: "Deixo a vida para entrar na
História".