Trabalho de Biologia - Apoptose
Trabalho de Biologia - Apoptose
Trabalho de Biologia - Apoptose
Jamara, Katialy, Lana Mara, Mara Meireles e Manuely Prof. Patrcia A. Cardoso Nutrio B
JUNHO/2011 ALMENARA MG
ALFA FACULDADE DE ALMENARA Rua Vereador Virglio Mendes Lima, 847 Bairro So Pedro Almenara/MG CEP: 39900 -000 Fone/Fax: (33) 3721 -1098 Email: [email protected]
JUNHO/2011 ALMENARA MG
Caspases e Apoptose
Em contraste morte celular acidental de clulas que resulta de uma leso aguda, a morte celular programada um processo ativo caracterizado por mudana morfolgica distinta conhecida como apoptose. Durante a apoptose, o DNA cromossomal normalmente fragmentado como resultado de clivagem entre nucleossomos. A cromatina condensa e o ncleo ento se dissolve em pequenos pedaos. Finalmente, a prpria clula diminui o volume e dissolve-se em fragmentos inclusos em membrana chamados de corpos apoptticos. Tais clulas apoptticas e fragmentos celulares so facilmente reconhecidos e fagocitados no s
por macrfagos mas tambm por clulas vizinhas; deste modo, clulas que morrem por apoptose so eficientemente removidas dos tecidos. Em contraste, clulas que morrem em resultado de leso aguda aumentam de volume e sofrem lise, liberando seus contedo no s espao extracelular e causando inflamao. Estudos de morte celular programada durante o desenvolvimento de C. elegans identificaram inicialmente trs genes que desempenham papis-chave na regulao e execuo de apoptose. Durante o desenvolvimento normal do nematdeo, 131 clulas somticas de um total de 1.090 so eliminadas por morte celular programada. Dois genes, ced3 e ced-4, so necessrios para que a apoptose ocorra; se qualquer desses genes inativodo, a morte celular programada normal no acontece. Um terceiro gene, ced-9, funciona como um regulador negativo de apoptose. Se ced-9 inativo por mutao, as clulas que normalmente sobreviveriam acabam morrendo. Ao contrrio, elas tambm sofrem apoptose, levando morte do animal em desenvolvimento. Inversamente, se ced-9 expresso em um nvel excepcionalmente alto, a morte celular programada normal no acontece. Genes semelhantes a ced-3, ced-4 e ced-9 tm sido identificados em mamferos e considerados responsveis pela codificao de protenas que atuam como efetores e reguladores conservados de apoptose induzida por uma variedade de estmulos. Ced o -3 prottipo de uma famlia de mais de uma dzia de proteases, conhecidas como caspases, porque elas tm resduos cistena (C) em seus stios ativos e clivam depois de resduos de cido asprtico (Asp) em seus substratos protticos. As caspases so os efetores, ou e xecutores derradeiros, da morte celular programada, causando os eventos de apoptose pela clivagem de aproximadamente 100 diferentes protenas-alvo celulares. Alvos-chaves das caspases incluem em inibidor de uma DNAse que , quando ativada, responsvel por fragmentao de DNA nuclear. Alm disso, as caspases clivam laminas nucleares, levando a fragmentao do ncleo, e protenas do citoesqueleto, levando a destruio do citoesqueleto, alterao de membrana e fragmentao celular. As caspases so sintetizadas como precursores inativos que geralmente so convertidos a forma ativa por clivagem proteoltica, catalisadas por outras caspases. A ativao deu uma caspase iniciadora gera uma reao em cadeia, levando a ativao de caspases adicionais e morte da celula. Assim, a regulao das caspases central para a determinao de sobrevivncia celular. Ced-4 e seu homlogo mamfero (Apaf-1) ligam-se a caspases e promovem sua ativao. Em contraste, Ced-9 inibe e ativao de caspases. Mamferos codificam uma famlia inteira de protenas (chamada de famlia Bcl-2) que so semelhantes a Ced-9. Alguns membros da famlia Bcl-2, incluindo a prpria Bcl-2, funcionam de forma anloga a Ced-9 como inibidores de ativao de caspases e morte celular programada. Outros membros da famlia Bcl-2, entretanto, induzem a ativao da caspases e promovem a morte celular. As caspases so tambm reguladas por uma famlia de protenas chamadas IAP (inibidor de protenas da apoptose, do ingls inhibitor of apoptois proteins), que suprimem a apoptose, por inibio direta da atividade da caspases. Nas clulas de mamferos, membros da famlia Bcl-2 atuam nas mitocndrias, as quais desempenham um papel central no controle da morte celular programada. Uma das caspases iniciadoras essenciais das clulas dos mamferos (caspase-9) ativada, como Ced-3 em
C.elegans, por formao de um complexo com Apaf-1, homlogo de Ced-4. Nos mamferos, a formao desse complexo tambm exige o citocromo c, que liberado pelas mitocndrias, a partir de estmulos que desencadeiam a apoptose. Sob condies normais de sobrevivncia celular, o citocromo c est localizado junto ao espao intermembrana da mitocndria, enquanto Apaf-1 e caspase-9 so encontrados no citosol, de modo que caspase-9 permanece inativa. Entretanto, muitos estmulos que desencadeiam a morte celular, incluindo danos do DNA e carncia de fator de crescimento, levam a danos das mitocndrias e liberao de citocromo c para o citosol. No citosol, o citocromo c se liga a Apaf-1 e provoca formao de um complexo de subunidades mltiplas Apaf-1/caspase-9, chamado de apoptossomo, no qual caspase-9 ativada. Ento, caspase-9 cliva e ativa outras caspases efetoras em cascata, tais como capase-3, resultando finalmente na morte celular. Membros da famlia Bcl-2 atuam na membrana mitocondrial para regular a integridade da mitocndria e a liberao de citocromo c. Membros d famila Bcl-2 que inibem apoptose previnem a liberao de citocromo c, ao passo que mebros da famlia Bcl-2 que provocam morte celular atuam induzindo danos mitocondriais, liberao de citocromo c e ativao de caspase. interessante que leses mitocondrial resulta no apenas na liberao de citocromo c, mas tambm de outras molculas que promovem a apoptose. Essas molculas incluem uma protena (chamada de Smac/Diablo) que estimula a atividade da caspase, interferindo na ao dos IAPs.Como ser discutido adiante, caspases, membros da famlia Bcl-2 e os IAPs so alvos importantes das vias de sinalizao que controlam a sobrevivncia de clulas de mamferos.
Normalmente, ela est retida em forma inativa no citosol. Entretanto, a clivagem por caspase8 permite a Bid translocar para mitocndria, onde ela rompe membrana e libera o citocromo c no citosol. Isto leva ativao direta de caspase-9 em receptores de morte celular.
Sinalizao de Sobrevivncia
A sinalizao por TNF e polipeptdeos semelhantes um processo ativo no qual a estimulao de receptores de morte celular induz apoptose. Outras vias de sinalizao atuam na direo oposta para promover sobrevivncia celular por inibio de apoptose. Essas vias de sinalizao controlam o destino de uma extensa variedade de clulas cuja sobrevivncia dependente de fatores de crescimento extracelulares ou interaes clula-clula. Na verdade, a maioria das clulas dos animais superiores esta programada para sofrer a apoptose, a menos que a morte celular seja ativamente reprimida por sinais de sobrevivncia originados de outras clulas. Como j registrado, um exemplo bem caracterizado de morte celular programada no desenvolvimento proporcionado pelo sistema nervoso de vertebra dos. Aproximadamente 50% dos neurnios morrem por apoptose, com os sobreviventes tendo recebido quantidades suficientes de sinais de sobrevivncia a partir de suas clulas-alvo. Esses sinais de sobrevivncia so fatores de crescimento polipeptdeos semelhantes ao fator de crescimento do nervo (NGF), o qual induz tanto sobrevivncia neural como diferenciao pela ativao de um receptor protena-tirosina quinase. Outros tipos de clulas so, da mesma forma, dependentes de fatores de crescimento ou contatos celulares que ativam protena-tirosina quinase no-receptores associadas com as integrinas. Uma das principais vias de sinalizao intracelular responsveis por promover sobrevivncia celular iniciada pela enzima PI 3-quinase, que ativada ou por receptores protena-tirosina quinase ou receptores acoplados a protenas G. A PI 3 -quinase fosforila o fosfolipdeo de membrana PIP para formar PIP, que ativa a protena-serina/treonina quinase Akt. Ento, Akt fosforila vrias protenas que regulam a apoptose. Um substrato para Akt um membro da famlia Bcl-2 chamado de Bad. Bad um dos membros da famlia Bcl-2 (como Bid) que induz morte celular por estimular a liberao de citocromo c das mitocndrias. A fosforilao de Bad por Akt cria um stio de ligao para proteinas que seqestram Bad no citosol, impedindo desta forma a translocao de Bad para a membrana mitocondrial. A Akt tambm fosforila vrios fatores de transcrio que regulam a sobrevivncia celular, mediante controle da expresso dos genes-alvo, que incluem os membros da famlia Bcl-2. Alm disso, Akt fosforila outra proteino-quinase (GSK-3), que afeta a apoptose regulando potencialmente tanto a transcrio como a traduo de seus genes-alvo. Assim, a via PI -3quinase/Akt regula a sobrevivncia celular atuando sobre vrios alvos em cascata, que podem incluir IAPs e seus reguladores, alem de membros da famlia Bcl-2. A sobrevivncia celular e mediada no somente por sinalizao PI 3-quinase/Akt, mas tambm por outras vias de sinalizao que incluem a via Ras/Raf/ERK. Um mecanismo pelo qual esta via inibe a apoptose envolvendo a fosforilao e ativao de uma proteiniquinase chamada de RSK pela quinase ERK. Semelhante a Akt, RSK fosforila o membro Bad da famlia
Bcl-2, de modo que Bad serve como um stio de convergncia para as vias PI 3-quinase/Akt e ERK na sinalizao da sobrevivncia celular. Alm disso, ERK e RSK podem atuar por fosforilao de fatores de transcrio que afetam a e xpresso de genes que regulam a apoptose. Assim, a compreenso dos sinais e mecanismo que controlam a sobrevivncia celular permanece sendo uma rea ativa e excitante de contnua pesquisa, ainda com muitas questes a serem respondidas.
A apoptose e as doenas
A morte celular programada faz parte de diversos processos vitais, como o desenvolvimento embrionrio, o controle de tumores e a regulao de populaes de clulas do sistema imune. Alteraes nos genes responsveis pela autodestruio podem ser desastrosas. Por ser indispensvel vida, a morte da clula deve seguir um plano meticuloso. Qualquer distrbio de sua regulao (tanto o excesso quanto a insuficincia) pode provocar uma variedade de doenas. A apoptose excessiva pode causar doenas neurodegenerativas (como o mal de Alzheimer e o mal de Parkinson), leses secundrias aps isquemia (bloqueio de circulao do sangue), retinite pigmentosa (uma causa de cegueira) e osteoporose (perda de massa ssea). Certas infeces tambm podem levar apoptose excessiva: no mal de Alzheimer, os neurnios parecem cometer suicdio precocemente, o que resulta em demncia progressiva e irreversvel, por perda da cognio e da memria. Em ataques cardacos por isquemia, o bloqueio sangneo leva necrose as clulas que dependem do vaso afetado. Mas a destruio no termina a: clulas prximas da rea afetada tambm morrem, mais lentamente, e sua aparncia sugere a ocorrncia de apoptose. Parece que o contedo txico das primeiras clulas mortas, quando no destri as clulas vizinhas por necrose, as leva ao suicdio. Infeces por bactrias e protozorios tambm podem provocar a apoptose. Bactrias como Shigella flexneri e espcies de Salmonella, causadoras de disenterias, invadem as clulas e liberam as protenas IpaB (S. f lexneri) e SipB (Salmonella), que ativam a caspase 1 e levam autodestruio. O protozorio Trypanosoma cruzi, causador da doena de Chagas, induz apoptose em algumas das clulas que infecta (no em todas), embora no se conhea o processo em detalhes. Re sultados preliminares de estudo recente do grupo de um dos autores (Horta) indicam que macrfagos infectados em laboratrio pelo protozorio Leishmania amazonensis, causador de um tipo de leishmaniose, mostram diminuio do contedo, fragmentao "em escada" do ADN e condensao de cromatina, eventos tpicos da apoptose. J a ausncia de apoptose, em que a clula "esquece" de morrer, pode levar a doenas auto-imunes (em que o sistema imune ataca o prprio organismo), infeces virticas prolongadas ou tumo res (como no cncer). As doenas auto -imunes podem ser geradas por falhas no programa de morte (ainda no timo) de clulas T que reagem com substncias do prprio organismo, ou mesmo aps uma reao de defesa a certos componentes externos muito semelhantes aos internos. Infeces virticas tambm podem se alongar pela ausncia de apoptose. As clulas invadidas por vrus com freqncia param ou reduzem a sntese das prprias protenas para fabricar as dos invasores. Em geral, isso bastaria para levar apopt ose muitas clulas, mas alguns vrus inibem o processo. O vrus Epstein -Barr, agente da
mononucleose e associado a cnceres linfticos, produz protenas parecidas com a Bcl-2 (inibidora de apoptose) e molculas que induzem maior produo dessa protena na clula. Outros inativam ou destroem a p53 (indutora da apoptose), como o vrus do papiloma, principal causa do cncer de colo do tero. O vrus da varola bovina produz uma protena que impede a cascata de caspases. O conhecimento dessas estratgias est permitindo a criao de novas drogas, que bloqueiam a ao do vrus. Na Aids, a induo de apoptose em clulas sadias contribui para a deficincia do sistema imune que caracteriza a doena. O vrus da Aids (HIV) infecta basicamente os linfcitos T "auxiliares", usando como porta de entrada a protena de superfcie CD4. A "chave" que se encaixa no CD4 e abre essa porta a protena virtica gp120. Pessoas com Aids perdem grande parcela desses linfcitos, mas a maioria dos que morrem no parece estar infectada , e foi provado que muitos morrem por apoptose. Estudos recentes sugerem que a gp120 tambm presente no sangue dos portadores do HIV, ativaria o suicdio de clulas no -infectadas ao ligar -se ao CD4. Interaes entre as protenas Fas e FasL, cuja produo aumenta durante a infeco, fariam o mesmo. Os linfcitos T citotxicos (mesmo no tendo a CD4) tambm so levados ao suicdio, pois dependem de fatores de crescimento derivados dos auxiliares para evitar o processo. Essa uma pequena amostra de como uma falha mnima no programa de morte que toda a clula carrega pode levar a uma doena e, s vezes, morte do indivduo. Mas suficiente para justificar todo o esforo realizado para que cada participante, cada etapa e cada arma do misterioso suicdio celul ar sejam revelados. Qualquer descoberta importante para a criao de novas terapias e mtodos de preveno, que podero evitar ou tratar com sucesso inmeras doenas hoje incurveis. APOPTOSE INSUFICIENTE
1. CNCER
Linfomas foliculares Carcinomas com mutao de p53 Tumores dependentes de hormnios Cncer de mama Cncer de prstata Cncer de ovrio
2. DOENAS AUTO-IMUNES
Lpus eritematoso sistmico Glomerulonefrite imune
3. INFECES VIRTICAS
Herpesvrus Poxvrus
Estmulo
Ocorrncia
Acomete um grupo de clulas. Fenmeno degenerativo, conseqncia de leso celular severa e irreversvel.
Reversibilidade
Irreversvel, aps o "ponto de no retorno"- Deposio de material floculento e amorfo na matriz mitocondrial.
Ativao da Endonuclease
Sim, aparentemente Ca+2 e Mg+2 dependente, peso molecular varia entre 12 e 32 Kilodaltons.
No.
Morfologia:
Clula
Perda (precoce).
Perda (tardia).
Organelas citoplasmticas
Tumefao tardia.
Tumefao precoce.
Ausente.
Presente.
Ncleo
Cromatina Nuclear
Compactao em massas densas uniformes, alinhadas no lado interno da membrana nuclear (Crescentes).
Inflamao Exsudativa
Formao de cicatrizes
Ausente.
Fragmentao do DNA
Internucleossmica, detectvel em 1 ou 2 horas (mxima em 24 horas). Processo de "tudo ou nada ", de curta durao.
Aleatria.
Em fragmentos com 180-200 pares de base ou mltiplo integrais, produzindo o tpico "Padro em escada ".
Bibliografia
Livro, AClula Uma Abordagem Molecular- Geoffrey M. Cooper e Robert E. Hausman 3 Edio, Parte IV Regulao celular pag. 571 a 575. Portal So Francisco - http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/apoptose/apoptose1.php Mini Web - http://www.miniweb.com.br/ciencias/artigos/Apoptose3.html